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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
NO BRASIL:
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
PARA O SÉCULO XXI
Eraldo Leme Batista,
Isaura Monica Zanardini
João Carlos da Silva
(Orgs.)
ESTADO, SOCIEDADE E
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
NO BRASIL:
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
PARA O SÉCULO XXI
Revisão:
Felícia Wolkeis
Conselho Editorial:
Clésio Gianello - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)
Eligio Resta – Università degli Studi Roma Tre (Itália)
José Eduardo Zdanowicz - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)
Lizandra Brasil Estabel - Instituto Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)
Mauro Meirelles - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Brasil)
Ribas Antônio Vidal - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)
Ronaldo Bordin - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil)
Silvia López Safi – Universidad Nacional de Asunción (Paraguai)
Tereza Picontó Novales – Universidad de Zaragoza (Espanha)
Valdir Pedde - Feevale (Brasil)
Vera Lucia Maciel Barroso - Faculdade Porto-Alegrense (Brasil)
Virginia Zambrano – Universidade Salerno (Itália)
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7727-990-6
CDU 377(81)
CDD 370.113
1 A IMPLEMENTAÇÃO DOS
INTEGRADOS NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARANÁ
CURSOS TÉCNICOS
2 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
EDUCACIONAIS NO BRASIL
DAS POLÍTICAS
4
A INTRÍNSECA RELAÇÃO ENTRE O ESTADO CAPITALISTA
E AS POLÍTICAS SOCIAIS
Daiane Acco Rossarola Becker
Edaguimar Orquizas Viriato.................................................................. 91
11
OS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA: DOS MOTIVOS PARA A SUA CONSTITUIÇÃO
À PRODUÇÃO DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA
Marcos Aurelio Schwede
Domingos Leite Lima Filho................................................................243
PREFÁCIO
1 Oliveira, F. de Oliveira. A economia brasileira: crítica à razão dualista. 4ª. ed. Petrópolis: Vozes, 1981.
2 Gobbo, B. A. O poder da mídia no Brasil. (Re)editando outras verdades. Rio de Janeiro: Lamparina,
2016.
3 Alguns dados ajudam a entender o poder hegemônico das elites no uso da mídia neste e em outros
episódios da política nacional. A Rede Globo, a segunda maior rede de TV aberta e comercial do
mundo, tem 124 emissoras próprias ou afiliadas, além de transmissão no exterior e de outros ser-
viços do conglomerado Globo; cobre 5.490 municípios do país e alcança 200 milhões de pessoas
no Brasil e no exterior; a concessão pelo governo federal é de 1957, apoiou o golpe civil-militar de
1964 e começou a funcionar em abril de 1965; a TV Record, fundada em 1953, consolidou-se na
década de 1990 quando foi comprada pelo Bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal
do Reino de Deus; o SBT (Sistema Brasileira de Telecomunicação), fundada em 1981, tem 114 emis-
soras entre próprias e afiliadas, além de outros sistemas e aplicativos interligados; é o terceiro maior
complexo televisivo da América Latina. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Brasileiro_de_Te-
levis%C3%A3o; https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=WQmvWNz3BsKIwgTJ8YZ-
g#q=historia+da+rede+globo; https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=WQmvWNz-
3BsKIwgTJ8YZg#q=historia+da+record. Acesso em 22-02-2017.
Maria Ciavatta
Rio, fev. de 2017
Apresentação
tejados com o que vem ocorrendo em outros IFs, assim como com
os processos de implementação da integração entre o ensino técnico
e o ensino médio em escolas públicas de outras redes de ensino que
talvez até se defrontem com mais dificuldades para fazê-lo do que
os IFs, em função da particular atenção do governo federal a essa
ação por parte de tais instituições e, por decorrência, de maior aces-
so aos recursos necessários para realiza-la.
Duas diretrizes orientaram o estudo. A primeira e mais impor-
tante diz respeito à orientação formativa adotada pela escola. Neste
caso, pretendeu-se verificar se a orientação formativa materializada
nos cursos técnicos integrados ao ensino médio é compatível com
a concepção de educação que está na base da proposta de integra-
ção entre o ensino técnico e o ensino médio. Tal concepção é a da
formação politécnica e omnilateral, tendo por base as propostas de
Marx e Gramsci para a formação escolar que se proponha a relação
entre trabalho e educação a qual fornecerá as categorias de análise
pertinentes a esta dimensão da pesquisa. Esta concepção é abordada
por parte de diferentes autores afinados com tal perspectiva educa-
cional tendo em vista a realidade brasileira.
Embora a concepção de integração entre ensino técnico e ensi-
no médio esteja aí claramente definida, esta pode ser mascarada pela
letra da lei ou até mesmo distorcida, dependendo da interpretação
conferida ao conteúdo do Decreto 5.154/04 e da Lei 9.394/96, no
que diz respeito ao ensino técnico integrado ao ensino médio, assim
como das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino do Ensino
Médio e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Pro-
fissional Técnica de nível médio, as primeiras aprovadas em 2011
e as segundas, em 2012, fazendo-se a ressalva de que estas últimas
apresentam distorções em relação às primeiras.
A segunda perspectiva diz respeito ao âmbito em que se desen-
volveu a pesquisa, ou seja, a escola, sempre recordando seu não iso-
lamento do contexto maior em que se situa. Tal perspectiva refere-se
ao pressuposto de que a escola não é mera executora do que dela pre-
tendem os formuladores de política, por ser um organismo vivo. En-
to, quatro anos após iniciar suas atividades, a instituição ainda não
tinha plena clareza, seja da proposta educacional a ser desenvolvida
pelos cursos técnicos integrados, seja de como implementá-la, em-
bora houvesse a percepção de que as práticas existentes apontavam,
como afirmado pelos entrevistados, para a discrepância entre o ideal
e o real, sendo o primeiro representado pelo contido nos documen-
tos que criaram os Institutos Federais e pelo proposto no Decreto
5.154/2004, e o segundo, pelas condições objetivas para atuar de
acordo com o esperado a partir do conteúdo de tais documentos.
No que se refere à clareza a respeito dos fundamentos teórico-
-filosóficos da formação politécnica acima referida, foi possível de-
tectar a mesma dubiedade presente nos documentos institucionais
de caráter amplo, referidos anteriormente: ao mesmo tempo em
que foram reiteradas afirmações sobre “o trabalho como princípio
educativo” e a “ciência, a tecnologia e o trabalho como fundamen-
tos para pensar o currículo”, evidenciaram-se posturas relativas à
organização curricular que se circunscreveram à tradicional oferta
de componentes segmentados ou à articulação ocasional e isolada
entre alguns deles em função de afinidades de conteúdo ou de inte-
resse de alguns professores.
Tal dubiedade não surpreende, pois os interlocutores citaram
como principais referências para pensar a formação nos cursos téc-
nicos integrados duas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educa-
ção Profissional Técnica de Nível Médio, a primeira homologada na
década de 1990, que sacramentava a formação por competência, e a
segunda, de 2012, que, propondo-se uma revisão da primeira (reali-
zada em 2005, tendo em vista o Decreto 5.154/2004), é, na verdade,
um documento dúbio a respeito. Essas foram também as fontes
citadas pelo Diretor de Ensino do Campus Curitiba, o qual, em sua
entrevista, demonstrou a existência da pouca familiaridade interna
com a discussão teórica a respeito dos fundamentos da proposta
de integração dos cursos técnicos, tendo, no entanto, clareza dessa
limitação, razão pela qual enfatizou a necessidade de que deveriam
ser mais estudados e debatidos pela instituição.
Referências Bibliográficas
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______ e MAINARDES, Jefferson. Las contribuciones de la perspectiva
marxista para la investigación sobre políticas educativas. In: TELLO, Cé-
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tiva: posicionamentos, perspectivas y enfoques. Campinas/SP: Mercado
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Morata, 1999.
Introdução
1 Capítulo de livro constitui parte dos estudos realizados em Pesquisa do GEPPES – Grupo de
Estudos e Pesquisa em Política Educacional e Social da Universidade Estadual do Oeste do Pa-
raná -UNIOESTE, em pesquisa que trata da Política Educacional Brasileira e também constitui
parte de trabalho de pós-doutoramento realizado na UEM – Universidade Estadual do Oeste do
Paraná, Programa de Pós-Graduação em Educação, com apoio da FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA
com o tema Políticas de Educação Profissional no Paraná.
Considerações finais
Referências
Introdução
3 O livro “A educação profissional no Brasil”, organizado por Batista e Muller (2013), apresenta um
conjunto de textos e uma vasta referência bibliográfica sobre o tema.
5 Entrevista concedida em 01/11/2014 por um trabalhador da construção civil. A grafia foi man-
tida conforme a fala dos trabalhadores.
8 Entrevista concedida em 02/11/2014 por um mestre de obra. A grafia foi mantida conforme a
fala dos trabalhadores.
prá São Paulo daí lá entrei numa firma, fui trabalhar com
engenheiro, um engenheiro da firma e um mestre de obra,
um cabra legal demais! Ele (o mestre) tinha gosto de ensinar
uma pessoa trabalhar, ele tinha gosto mesmo. Entrava um
cara que não sabia trabalhar, ele encostava, ele mandava, ele
pegava um cara mais experiente e falava ó: ensina essa pessoa
ai que ele não sabe. Ensina ai, vamo fazer dele um pedreiro.
Era assim [...] Chamava até Orlando, aí eu fui aprendendo
trabalhar e ele me pegava, passava a pranta e ele falava: olha
a pranta! é assim, oia como é que é: assim, assim, assim [...]
aprenda.9
Para muitos trabalhadores da construção civil de origem cam-
ponesa, a escolarização ocorreu em concomitância com o trabalho,
e, nesses termos, segundo Martins,
[...] assume, por outro lado, um caráter geral na experiência
de vida dos que tiveram acesso à escola, independentemente
de distinções fundamentais como a que se poderia fazer en-
tre proprietários e não – proprietários, pequenos e grandes
proprietários, arrendatários e assalariados ou semi-assalaria-
dos (1975, p. 87).
A baixa escolaridade dos trabalhadores aprofunda a separação
do trabalho em manual e intelectual e nutre os conflitos entre os
mesmos. Na construção civil, de um lado, estão os trabalhadores
que pensam, planejam (arquitetos e engenheiros) e, do outro, os que
executam, passivamente, os projetos (demais trabalhadores). Essa
divisão traz à tona as diferentes formas de acesso ao conhecimento.
Nas declarações desse mestre de obras estão as marcas desse
conflito:
O engenheiro sabe assentar cerâmica? Não sabe. Ele sabe
depois de assentada é se tá boa, se tá reta, se tá toda linheira,
se não tem diferença nenhuma [...] Aí é que eu digo, quem
assenta cerâmica não é o engenheiro, nem nada ... tem que
9 Entrevista concedida em 01/11/2014 por um mestre de obra. A grafia foi mantida conforme a
fala dos trabalhadores.
Considerações Finais
Referências
Daiane A. R. Becker
Edaguimar Orquizas Viriato
Introdução
Referências Bibliográficas
Introdução
(...) nós estamos (...) refazendo o nosso PPP, este ano esti-
vemos mais um tempo aqui estudando o PPP, modificando,
pois como ele é flexível né, tem que tá sempre atualizado
com outras propostas que estão vindo para escola. Então,
nós estamos sempre renovando o PPP para que o planeja-
mento do ensino da história assim como de outras discipli-
nas elas sejam parte deste projeto [...] (ENTREVISTADO
D)
Como desdobramento do Plano de Curso, são desenvolvidos os
Planejamentos de Área. Da mesma forma que os Planos de Curso
são definidos a partir de Planos feitos por professores organizados
por áreas do conhecimento: Ciências Humanas e suas Tecnologias,
Ciências da Natureza e Linguagens e Códigos. Um dos objetivos
centrais dos Planos é a melhor organização dos conteúdos a par-
tir das três grandes áreas do conhecimento, como proposta voltada
para a integração do ensino e fortalecimento da relação teoria e prá-
tica. (AMAPÁ, 2010)
No entanto, nos Planejamentos de Área os docentes assumem
os conteúdos disciplinares de ensino como elementos centrais para
a projeção da prática pedagógica; portanto, o Planejamento de En-
sino se coloca em função desses conteúdos, e na forma como serão
socializados. Neste caso, não se produz efetivamente um Planeja-
mento de Área, mas sim contribuições para o aperfeiçoamento dos
Planos de Ensino.
(...) em particular acabo colocando conteúdo que não tá fora
dessa matriz, você acaba diversificando; eu trabalho conteú-
do e prática; eu pego, por exemplo, o conteúdo cubismo que
tá no primeiro ano eu trabalho o cubismo, trabalho com a
leitura de imagens da arte cubista com artistas que desenvol-
veram esse estilo; eu trabalho com uma técnica desenvolvida
por eles na época, então eu trabalho com teoria e prática, e
tem a avaliação que é necessária (...). (ENTREVISTADO B)
Já o Plano de Curso ou Plano de Ensino é caracterizado como
o plano das atividades curriculares a serem desenvolvidas no ano
Sobre a flexibilidade
Sobre os conteúdos
Sobre os projetos
Considerações finais
Referências
Introdução
Considerações finais
REFERÊNCIAS
A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE
NÍVEL MÉDIO NO INSTITUTO FEDERAL
DE SÃO PAULO: IMPLANTAÇÃO DE
POLÍTICA PARA INTEGRAÇÃO OU
DESINTEGRAÇÃO?
INTRODUÇÃO
Ensino Médio Técnico – REDE, do governo do Estado de São Paulo, instituído pelo do Decreto
nº 57.121, de 11 de julho de 2011. Estabelece a oferta de cursos técnicos articulados ao ensino
médio nas formas concomitante e integrada, em parceria com instituições públicas e privadas;
Resolução SE 47, de 12 de julho de 2011. Regula o Programa REDE e estabelece a oferta do
ensino médio integrado por meio de acordo de cooperação com instituições de ensino públicas
estaduais e federais; Projeto de Implantação da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
Integrada ao Ensino Médio – Parceria IFSP/SEE-SP. Documento institucional que orienta os
profissionais envolvidos no Acordo sobre a implantação do ensino médio integrado.
3 IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?cod-
mun=353870>. Acesso em: 20 abr. 2014.
6 Os cursos técnicos de nível médio podem ser ofertados nos seguintes formatos: 1) integrado, no
qual o ensino médio regular e profissional são organizados em um currículo único com matrícula
única, na mesma instituição; 2) concomitante, com organização separada entre ensino médio
e técnico, com matrícula e currículo distintos. Pode ser oferecido na mesma escola, porém em
turmas separadas (concomitância interna) ou por escolas diferentes (concomitância externa); e, 3)
subsequente, curso técnico realizado após a conclusão do ensino médio regular.
7 Pautado em Sposati (2010), entende-se por equidade o direito de o indivíduo ter suas diferenças
e necessidades respeitadas para se alcançar a igualdade. Na atualidade, a noção de equidade é
empregada considerando a sociedade homogênea, relegando os mesmos direitos a todos, inde-
pendentemente de suas necessidades individuais e da diferença entre classes sociais. Na educação,
a equidade social poderia ser alcançada por mais anos de escolaridade que levaria o indivíduo a
obter melhores empregos e salários e, consequentemente, melhor condição de sobrevivência.
Resultados da pesquisa
Considerações Finais
Referências
Introdução
3 Conforme o discutido anteriormente, durante a década de 1940 criou-se o Senai e o Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial (Senac). O Serviço Nacional Rural foi criado somente em 1991, por meio
da Lei Federal nº 8.315, com o objetivo de administrar a formação profissional rural. Outro aspecto a
notar é que esse serviço não está subordinado ao MEC, mas à Confederação Nacional da Agricultura,
embora o MEC esteja representado no colegiado que o dirige, bem como o Ministério do Trabalho
e o Ministério da Agricultura. Assim como o SENAI, o SENAR é mantido pelas contribuições de
2,5% sobre a remuneração dos trabalhadores ligados ao ramo agropecuário, doações, subvenções,
bem como pela contribuição recolhida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária –
INCRA (SENAR, 2007). O SENAR não tem uma rede de educação agrícola estruturada. Ele oferece
cursos de capacitação ocasionalmente nas sedes dos sindicatos rurais. Esse ensino técnico agrícola é
oferecido na rede federal de educação profissional de nível técnico e na rede estadual.
4 A modernização da agricultura pode ser caracterizada pela mudança da base técnica da produção
agrícola iniciada depois da Segunda Guerra Mundial, com a maior utilização de equipamentos e
insumos, cuja resultante foi o aumento imediato da produtividade dos fatores. O processo de mo-
dernização acarretou uma integração técnica intrassetorial entre a mercantilização da agricultura,
ao mesmo tempo em que promoveu a substituição de elementos internos do complexo rural por
compras extrassetoriais, como máquinas e insumos, e, desta forma, induz à criação de indústrias
de bens de capital e insumos para o setor agrícola. (COSTA, 2002)
Considerações Finais
Bibliografia
AS ORIENTAÇÃOS DO LIBERALISMO E
DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS
PARA AS POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO
NO BRASIL: O CASO DA EDUCAÇÃO
PROFISSONAL
Introdução
cesso produtivo, não têm seus direitos sociais garantidos via traba-
lho, predominam assim, políticas sociais focalizadas de alívio à po-
breza, destinadas apenas às pessoas com renda mínima estabelecida
pelos programas de assistência.
Reiteramos que a elaboração de políticas com esse caráter está
atrelada aos pressupostos do liberalismo, cuja ideologia também se
acentua em 1990 no Brasil concomitantemente à reforma do Estado
brasileiro.
As propostas nucleares do liberalismo apresentadas já no século
XVIII, por Adam Smith, e atualmente pelos liberais contemporâ-
neos, propagam para o melhor desenvolvimento do capitalismo, a
mínima intervenção do Estado nas questões econômicas, o enalte-
cimento do individualismo e a igualdade de oportunidades iniciais
(FIORI, 1997). Para os liberais, a igualdade social caracteriza-se pela
igualação de condições iniciais, dessa forma cada indivíduo é res-
ponsável pelo seu sucesso ou fracasso.
Seguindo esses princípios, a reforma do Estado no Brasil em
1990 se dá em razão de uma crítica à eficiência do Estado na sua for-
ma de administração, esta ineficiência foi atribuída à administração
burocrática do Estado. O que se propôs para a melhoria sua eficácia
assegurar maior capacidade de regulação foi a implementação da
administração pública gerencial.
Nessa perspectiva, compreendemos que a organização do Es-
tado brasileiro segue a lógica dos pressupostos liberais, que apon-
tam para a valorização da competição entre os mercados mundiais,
flexibilidade nas relações de trabalho e elaboração de políticas so-
ciais emergenciais para atender os excluídos do processo produ-
tivo.
O processo de reestruturação produtiva que se desenvolve en-
quanto organização do processo de produção e controle dos tra-
balhadores, atrelado à globalização da economia, pressupõe a acu-
mulação flexível3, e exige para seu desenvolvimento, trabalhadores
3 Ao usarmos a expressão acumulação flexível, estamos tomando a nomenclatura utilizada por HAR-
VEY (2000).
4 Decreto Federal nº 2.208 composto por doze artigos que regulamentavam os artigos 39 a 42
expostos na LDB nº 9.394/96 referentes à Educação Profissional, assinado pelo Presidente Fer-
nando Henrique Cardoso.
Considerações finais
Referências
O CURRÍCULO NA PERSPECTIVA DE
CLASSE: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL1
Marise Ramos2
Introdução
1 Parte deste texto foi base da exposição realizada na Conferência Estadual de Educação, realizada
no período de 24 a 25 de agosto de 2013, por organização da APP-Sindical e da UNIOESTE.
2 Doutora em Ciências Humanas – Educação (UFF, 2001). Pós-Doutorado em Etnossociologia do
conhecimento profissional (UTAD/Portugal, 2012). Especialista em Ciência, Tecnologia e Ino-
vação em Saúde Pública da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo
Cruz (EPSJV/Fiocruz). Professora dos Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional
em Saúde (EPSJV/Fiocruz) e de Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH) da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
6 Acompanho aqui a posição de Kramer (1997, p. 19) que afirma não estabelecer diferença con-
ceitual entre proposta pedagógica e currículo. A autora compreende o currículo ou alternativa
curricular como a maneira com que se tem concebido uma proposta pedagógica. Identifica, então,
ambos os termos, relacionando-os à vida na escola, na creche e na pré-escola. “Um currículo ou
uma proposta pedagógica, assim definidos, reúnem tanto bases teóricas quanto diretrizes práticas
neles fundamentadas, bem como aspectos de natureza técnica que viabilizam sua concretização”.
7 Os nomes dos autores do documento constam do anexo do artigo de Ciavatta e Ramos (2012)
e, também, de Pacheco (2012). O então Secretário de Educação Média e Tecnológica à época,
Elieser Pacheco, publicou esse documento pela Editora Moderna na condição de organizador da
obra. Ainda que os autores tenham autorizado sua publicação, a colaboração do Sr. Secretário,
neste caso, se restringiu às relações que a viabilizaram e à apresentação do publicação, a qual
pode ser encontrada http://www.moderna.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileI-
d=8A8A8A8337ECDC2B0137ED025BFE393C. Consulta realizada em 26/01/2016.
Considerações finais
9 Os trabalhos a que nos referimos imediatamente acima podem vir a contribuir para este debate.
Referências Bibliográficas
OS INSTITUTOS FEDERAIS DE
EDUAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA:
DOS MOTIVOS PARA A SUA
CONSTITUIÇÃO À PRODUÇÃO DA
CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA
Introdução
esta rede era composta por 142 unidades no país; deste período até
o final de 2014, passa a ser composta por 562 unidades (BRASIL,
2014).
A partir deste contexto, adotando o materialismo histórico e
dialético como referencial teórico e metodológico, no presente arti-
go pretende-se: i) Avaliar quais foram os motivos para a criação dos
IF; e ii) analisar qual a finalidade é atribuída à pesquisa no contexto
do IFSC.
A partir desta perspectiva teórica e metodológica, a realidade
material é campo de investigação, entretanto, esta é realizada a par-
tir da análise de transcursos históricos, visando, dialeticamente, à
compreensão dos movimentos da realidade e da atuação dos grupos
de interesse com suas respectivas posições que se materializam em
projetos educacionais e sociais em disputa.
Sendo o presente artigo resultado de pesquisa mais ampla, a
partir desta orientação teórico-metodológica utilizou-se como pro-
cedimentos de pesquisa: a análise de bibliografias de diferentes pe-
ríodos, contendo em suas temáticas a oferta de educação aos tra-
balhadores; as políticas públicas de educação; e as transformações
na REDE FEDERAL. Da mesma forma, utilizou-se de entrevistas
semiestruturadas, realizadas em profundidade com gestores insti-
tucionais e professores de três campi do IFSC, instituição definida
como campo empírico de investigação.
A partir destes objetivos e percurso de investigação, estrutura-
-se este artigo em dois tópicos, aos quais seguem as considerações
finais. No primeiro tópico, apresenta-se breve transcurso histórico
da REDE FEDERAL, possibilitando a compreensão da influência
dos aspectos econômicos, políticos, e educacionais sobre estas insti-
tuições, bem como, neste percurso, busca-se avaliar por qual motivo
foram constituídos os IF em 2008. No segundo tópico, realiza-se a
análise de como ocorre o direcionamento da pesquisa no IFSC, tan-
to no que se refere à produção da C&T através da pesquisa, quanto
à (im)possibilidade de acesso aos conhecimentos científicos e tecno-
lógicos pelos trabalhadores.
3 Na pesquisa que deu origem a este artigo foram entrevistados cinco gestores e dez professores
em três campi do IFSC. Os nomes dos entrevistados são fictícios, como forma de preservar a
identidade dos sujeitos.
4 Um indicativo bastante relevante da expansão a baixo custo nos IF pode ser identificado através
do Termo de Acordos e Metas que estas instituições precisaram assinar em conjunto com a SE-
TEC/MEC em 2010, sendo um pré-requisito para que houvesse a expansão dos IF. Neste termo,
uma das primeiras metas é o alcance da relação de 20 alunos por professor em cada instituição.
projeto em parceria, com uma empresa (...), ele tem que ter
uma dedicação. (GESTOR PEREIRA, 2014, grifos nossos)
Nesta fala verifica-se preocupação em relação à carga horária
destinada à pesquisa. Por outro lado, esta preocupação surge espe-
cificamente para o atendimento do setor produtivo. A alternativa
visualizada pelo gestor Pereira, de “nem todo mundo fazer tudo”,
pode ser vista a partir de duas perspectivas: por um lado poderia
ser entendido como uma escolha, se direcionar para as suas áreas
de afinidade, algo coerente por um lado, mas que também traz pre-
ocupações quando se almeja uma educação científica, tecnológica
e sócio-histórica. Por outro lado, a alternativa de “nem todo mun-
do precisar fazer tudo” pode ser bastante preocupante, ou seja, até
que ponto não se está prevendo a formação de restritos grupos de
pesquisadores (com um forte caráter de pesquisa por encomenda),
restando aos demais grupos educacionais ofertas fragilizadas/preca-
rizadas. Os indicativos nesse sentido são bastante consistentes.
Como consequência desta expansão a baixo custo citada an-
teriormente e seus condicionantes, verificam-se falas que refletem
a fragilidade nas propostas educacionais desenvolvidas em muitas
áreas:
Pesquisador: Na sua percepção não tem aderência entre a pesquisa e o
ensino? Uma avaliação da estrutura atual não existe (...) assim,
durante o curso inteiro o aluno poderia efetivamente, vis-
lumbrado uma série de ações na construção do pensamento,
na construção...não vamos nem falar do pensamento crítico,
vamos falar só de pensamento técnico e formal, uma coisa
bem rasteirinha, a partir da pesquisa, que naturalmente de-
sencadearia um TCC extremamente técnico, extremamente
ligado ao mercado de trabalho, não vamos nem discutir o
mérito aqui, mas ele iria refletir aquilo que foi feito durante
três anos, como não é feito absolutamente nada, no TCC nós
temos refletido o analfabetismo funcional e científico nos
trabalhos feitos pelos alunos. (PROFESSOR SEBASTIÃO,
2014)
Considerações finais
Referências
OS DIFERENTES SENTIDOS
ATRIBUÍDOS À COMPREENSÃO
DA RELAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E ENSINO MÉDIO
6 Trata-se do documento elaborado pelos professores Maria Ciavatta e Gaudêncio Frigotto, discu-
tido e revisto pela equipe da Diretoria de Ensino Médio da SEMTEC (FRIGOTTO; CIAVATTA,
2004).
Referências
Zuleide S. Silveira2
Introdução
1 Este texto é uma versão revista e ampliada do artigo publicado no Boletim Técnico do Senac, Rio
de Janeiro, v. 41, n. 1, p. 36-57, jan./abr. 2015.
2 Doutora em Educação/Linha de Pesquisa Trabalho e Educação pela Universidade Federal Flu-
minense (UFF). Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal Flumi-
nense (FEUFF), Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFF). Mem-
bro do Comitê Assessor de Pesquisa da PROPPI/UFF, representante da área de Educação.
7 Refiro-me particularmente ao Mercado Comum Sul (Mercosul) e à União Europeia (UE), com
base em Silveira (2015).
8 Para maiores detalhes, ver Silveira (2010; 2011).
9 Leher (2010) desvela a forma dramática com que as Ciências Sociais e Humanas são impelidas a
difundir a ideologia dos desígnios da sociabilidade do capital.
10 Segundo Marx, o caráter cooperativo do processo de trabalho é uma característica de toda forma de
organização social. Entretanto na moderna sociedade, a divisão sociotécnica, que se manifesta no traba-
lho abstrato, reúne de forma concreta todas as partes do “trabalhador coletivo”, cujas funções, socialmen-
te combinadas, são realizadas por meio do trabalho complexo e do trabalho simples. Enquanto este se
caracteriza mais pelo dispêndio da força de trabalho que “todo homem comum, sem educação, possui em
seu organismo”, aquele “emprega-se em trabalho superior, requerendo, pois, maior tempo de formação e
com altos custos, e materializa-se em valor proporcionalmente mais elevado”. (MARX, 2004, p. 211-231)
11 Alguns autores ressaltam que até meados do século XX não havia um nexo causal entre ciên-
cia e economia, por três razões fundamentais: primeiro, porque a aplicação do conhecimento
científico pode ter ocorrido somente após a passagem de um período de tempo relativamente
longo da divulgação da base de conhecimento; segundo, porque, em alguns casos, foi necessário
o surgimento de novas disciplinas que contribuíram para a pesquisa científica de determinadas
“descobertas”, como o caso da química orgânica; terceiro porque as inovações podem ocorrer
sem a respectiva base científica, isto é, algumas inovações foram realizadas a partir da aplicação
prática.
15 Mais recentemente, esta denominação foi modificada para Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI).
17 Depois do esvaziamento da política científica nos anos de 1980, a FINEP e o FNDCT dos anos
de 1990 voltam a contar com empréstimos do BID, a saber: US$ 100 milhões (BID 620 OC-BR
em 1991) dos quais US$ 60 milhões para o FNDCT, e US$ 160 milhões (BID 880 OC-BR em
1996) dos quais US$ 96 milhões para o FNDCT (LONGO; DERENUSSON, 2009).
18 Atualmente, existem dezesseis fundos alocados no FNDCT. Um voltado à interação universida-
de-empresa (FVA – Fundo Verde-Amarelo); um destinado a apoiar a melhoria da infraestrutura
de Institutos de Ciência e Tecnologia; os outros, quatorze voltam-se para setores específicos
como aeronáutica, agronegócio, Amazônia, aquaviário, biotecnologia, energia espacial, hidroviá-
rio, informática, mineral, petróleo e gás, saúde, transporte, telecomunicações. As receitas dos
Fundos são resultado da exploração de recursos naturais, parcelas do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) no que
diz respeito ao uso ou aquisição de conhecimentos tecnológicos/transferência de tecnologia do
exterior. (LONGO; DERENUSSON, 2009)
19 Cf. BRASIL/MCTI [S/d]. Disponível em: http://www.mct.gov.br/index.php/content/
view/1419/CT___Verde_Amarelo.html.
20 Para maiores detalhes, ver Auditoria Cidadã da Dívida, Gráficos do Orçamento Geral da União,
disponível em http://www.auditoriacidada.org.br/e-por-direitos-auditoria-da-divida-ja-confira
-o-grafico-do-orcamento-de-2012/, acesso em janeiro de 2015.
denado pelo Prof. Dr. Gaudêncio Frigotto. Edital FAPERJ nº 29/2012. Apoio à formação e
consolidação de grupos de pesquisa multi-institucionais e interdisciplinares – 2012. Processo nº.
e - 26 / 112.683/2012
22 Para Gramsci (op. cit.), o fenômeno da contrarreforma pode se manifestar em outras tempo-
ralidades que não a da Reforma Protestante, tendo como traço marcante a “combinação entre
o velho e o novo”, com preponderância do velho sobre o novo. Diferentemente da “revolução
passiva” – uma manifestação do reformismo “pelo alto” que, por meio da alternância ou da
conciliação entre diferentes frações da classe burguesa, ao promover a “restauração” (uma reação
conservadora à possibilidade de efetiva e radical transformação proveniente “de baixo”), favorece
a “renovação”, ainda que de modo subordinado, atendendo algumas reivindicações da classe
trabalhadora –, o processo de contrarreforma sendo, também, um movimento conservador, em-
bora apresentado como “reforma”, tem caráter regressivo, alijando do processo toda e qualquer
possibilidade de avanço nas conquistas da classe trabalhadora.
23 Como as contradições fundamentais encontram-se no antagonismo entre capital e trabalho, in-
corporadas as disputas de projetos educacionais, não se pode negligenciar a interdependência das
escalas nacional, regional e internacional que implica mediatamente nas lutas de classe internas de
cada Estado-Nação. Tal movimento de interdependência requer da classe trabalhadora entender o
poder difuso e opaco para, então, enfrentar a organização do capital em blocos político-econômi-
cos regionais que seguem no movimento de padronização da educação por meio de instrumentos
de avaliação externos à escola/universidade.
Matrículas/Ano
Modalidades
de Ensino
2007 2008 2009 2010 2011 2012
Médio
Ensino Médio24 8.369.369 8.366.100 8.377.160 8.357.675 8.400.689 8.376.852
24 O Censo Escolar apresenta o numero de matrículas no nível médio, incluindo, além do ensino
médio regular, o ensino médio integrado à educação profissional e o normal/magistério.
26 Podemos citar (i) a Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica, vinculada
ao MEC, constituída de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Centros Fede-
rais de Educação Profissional, Tecnológica, Escolas Técnicas vinculada às universidades, Colé-
gio Pedro II e Universidade Tecnológica; (ii) a Rede Estadual de Ensino, vinculada às Secretaria
de Educação de cada um dos estados brasileiros; (iii) Fundação de Apoio à Escola Técnica do
Estado do Rio de Janeiro (FAETEC), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e
Tecnologia; (iv) Rede Municipal de Ensino, vinculada a cada uma das Secretarias Municipais de
Educação.
28 Cf. http://www.cnpq.br/web/guest/series-historicas.
29 Disponível em http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/Anuario2013/index.html, acesso em dezem-
bro de 2014.
30 Até o ano de 2014, logramos entrevistar quatro professores: um professor do Colégio Estadual
Aureliano Leal (Niterói) que desenvolve o Projeto Ondas [de rádio] do Desenvolvimento em
convênio com a UERJ ; uma professora que atuou no Programa de “Apoio à melhoria do ensino
em escolas públicas sediadas no estado do Rio de Janeiro – 2010”, Edital FAPERJ nº 21/2010
e orientou bolsistas PIBIC-EM vinculados ao Projeto “Diversificando estratégias de ensino de
Ciências e Biologia no diálogo universidade-escola; uma professora do CEFET-RJ, que desenvol-
ve o Projeto MAFIA - Muitas Atividades de Física Interativa e Aplicada; uma professora da UFF,
que desenvolve o Projeto Jovens e Mídias e conta com uma bolsista PIBI-EM oriunda do Colégio
Pedro II.
Considerações finais
Referências
OS AUTORES
Marise Ramos
Doutora em Ciências Humanas – Educação (UFF, 2001). Pós-Doutorado
em Etnossociologia do conhecimento profissional (UTAD/Portugal, 2012).
Zuleide S. Silveira
Doutora em Educação/Linha de Pesquisa Trabalho e Educação pela Uni-
versidade Federal Fluminense (UFF). Professora Adjunta da Faculdade de
Educação da Universidade Federal Fluminense (FEUFF), Professora do Pro-
grama de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFF). Membro do Comitê
Assessor de Pesquisa da PROPPI/UFF, representante da área de Educação.