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Aula 01
Sumário
Sumário.................................................................................................................1
Considerações iniciais...........................................................................................3
1214470
TEORIA GERAL......................................................................................................4
I. Pessoas..............................................................................................................4
1. Pessoas naturais............................................................................................4
2. Pessoas jurídicas..........................................................................................12
3. Direitos da personalidade............................................................................19
II. Bens................................................................................................................21
1. Noções gerais..............................................................................................21
2. Classificação................................................................................................21
3. Bem de família.............................................................................................26
III. Teoria do fato jurídico....................................................................................26
1. Noções gerais..............................................................................................26
2. Classificação dos fatos jurídicos..................................................................27
3. Pré-excludentes de juridicização.................................................................28
4. Eficacização do negócio jurídico..................................................................29
5. Teoria das invalidades.................................................................................30
6. Caducidade..................................................................................................39
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES.................................................................................43
I. Teoria geral......................................................................................................43
1. Noções Gerais..............................................................................................43
2. A obrigação como processo.........................................................................43
3. Modalidades.................................................................................................44
II. Adimplemento.................................................................................................58
1. Teoria geral do pagamento..........................................................................58
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Considerações iniciais
E aí, galera! Agora vamos começar a “meter a mão na massa”, ou seja, hora de
ver o Direito Civil processualizado que vem na 2ª Fase do Exame da OAB.
Lembro, mais uma vez, que a aula anterior é FUNDAMENTAL!
Se você a pulou e está vindo direto para a aula de conteúdo, está fazendo o
errado... entender como estudar é mais importante que estudar em si. De nada
adianta ficar estudando feito louco sem entender os “paranauê” da prova de 2ª
Fase.
Agora, se você já está manjando essa etapa mais metodológica, por
assim dizer, está na hora de concentrar sua energia no conteúdo.
Lembro a você que meu objetivo aqui é ser super hiper mega sintético.
Se você quer e/ou precisa de um aprofundamento teórico sobre os conteúdos
de Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito da Criança e do Adolescente
e/ou Direito do Consumidor, você tem acesso às aulas de 1ª Fase do Exame da
OAB do Estratégia OAB. Acesse!
Se você não tem tempo e/ou não acha relevante, os conteúdos desta aula
focam nos aspectos que são relevantes para a prova de 2ª Fase. Assim, temas
que não aparecem na prova serão solenemente ignorados. É sério!
E até mesmo temas que apareceram, mas de maneira muito superficial, ou que
sejam complexos demais para que eu apresente de maneira resumida, serão
deixados de lado. Eu me foco no núcleo duro meeesmo da prova!
Nessa primeira etapa eu me foco na Parte Geral e no Direito das Obrigações.
Lembro que me foco na análise dos temas a partir do Direito Material,
trazendo os aspectos processuais de maneira incidental. É uma
metodologia que vem funcionando demais desde que eu comecei a dar
aula no Estratégia OAB, lááá no XVIII Exame =)
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TEORIA GERAL
I. Pessoas
1. Pessoas naturais
1.1. Personalidade
Concepção naturalista
Personalidade
Concepção formalista
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1.2. Capacidade
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deficiência não significa que a pessoa não pode exprimir sua vontade!
Ou seja, A PESSOA COM DEFICIÊNCIA JAMAIS PODERÁ SER
CONSIDERADA INCAPAZ PELA DEFICIÊNCIA EM SI!!!
O Estatuto reconhece, em seu art. 6º, que a deficiência
não afeta a plena capacidade civil da pessoa. Para
deixar isso claro, o EPD estabelece que a deficiência não
afeta a capacidade da pessoa inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações
adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou
adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Para isso, é necessário avaliar a deficiência da pessoa em questão,
considerando, conforme estabelece o art. 2º do Estatuto:
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e
IV - a restrição de participação.
Apenas quando estritamente necessário for, a pessoa com deficiência
será submetida à curatela, nos termos do art. 84, §1º do EPD.
Os relativamente incapazes não são representados,
seja por tutor, seja por curador, como os
absolutamente incapazes. Eles são assistidos, o que
consiste na intervenção conjunta do assistente e do
assistido para a prática do ato.
1.3. Emancipação
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Presunção de morte
(sem decretação de
ausência)
Situações de morte
Guerra
provável
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Se ninguém requisitar em 30
Sentença determinando a
dias a abertura do Inventário,
Habilitação dos herdeiros abertura da Sucessão
vira herança jacente (bens
Provisória (6 meses depois)
vagos)
Conversão em Sucessão
Definitiva: certeza de morte, Se não regressa, termina a
Se regressa nos 10 anos
10 anos da abertura da Sucessão Definitiva e não
seguintes, retoma os bens no
Provisória ou se o ausente for pode mais reclamar nada,
estado em que se encontram
maior de 80 anos e passados ainda que vivo esteja
5 anos do desaparecimento
1.5. Comoriência
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1.6. Domicílio
REQUISITOS
Objetivo Residência
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Todos têm domicílio, ainda que residência não tenham (art. 73 do CC/2002). Ou
seja, o domicílio é necessário, sempre. O domicílio é obrigatório e mesmo os
que não têm residência têm domicílio, como os sem-teto ou os errantes, que se
deslocam constantemente. Em geral, como se fixa o domicílio dos que não têm
A. Necessidade residência? Utiliza-se o local onde for encontrada a pessoa como seu domicílio,
segundo o art. 73 do CC/2002.
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1. Pessoas itinerantes
Art. 73: “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha
residência habitual, o lugar onde for encontrada”
2. Incapazes
Art. 76: “Tem domicílio necessário o incapaz”, que é "o do seu
representante ou assistente"
3. Servidores públicos
Art. 76: “Tem domicílio necessário o servidor público”, que é "o
lugar em que exercer permanentemente suas funções"
4. Militares do Exército
Art. 76: "Tem domicílio necessário o militar", que é "onde servir"
6. Marinha mercante
Art. 76: “Têm domicílio necessário o marítimo”, que é "onde o navio
estiver matriculado"
7. Presos
Art. 76: “Têm domicílio necessário o preso”, que é "o lugar em que
cumprir a sentença"
Segundo Pontes de Miranda, somente com o trânsito em julgado
torna-se esse lugar o domicílio necessário do preso; antes disso,
continua ele com o domicílio voluntário anteriormente fixado
8. Agentes diplomáticos
Art. 77: “O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro,
alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu
domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último
ponto do território brasileiro onde o teve”.
2. Pessoas jurídicas
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Estrutura organizativa
Publicidade de constituição
2.1. Personalidade
2.2. Classificação
Quais são as pessoas jurídicas trazidas pelo CC/2002? São duas classificações:
Municípios
Distrito Federal
Territórios
Autarquias
Associações Públicas
Fundações Públicas
especiais. Eis o rol das pessoas jurídicas de direito privado trazido pelo
Código e pelas leis especiais:
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2.3. Associações
2.4. Fundações
José Lamartine Corrêa de Oliveira Lyra apontou um fenômeno que ele chamou
de dupla crise da pessoa jurídica. Não é uma crise do conceito de pessoa
jurídica ou da própria noção de pessoa jurídica, mas da deformação causada
pelo formalismo. Esse formalismo atribui uma cisão absoluta entre a pessoa
jurídica e a pessoa física/natural.
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TEORIA MAIOR
previsão: art. 50 do CC
Requisitos:
abuso de personalidade +
desvio de finalidade ou
confusão patrimonial
2.6. Domicílio
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3. Direitos da personalidade
3.1. Características
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II. Bens
1. Noções gerais
2. Classificação
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Os bens suscetíveis de
movimento próprio, ou de O solo e tudo o que nele se
remoção por força alheia, incorporar
sem alteração da substância
ou da destinação econômico-
social
Os direitos reais sobre
As energias que tenham valor imóveis e as ações que os
econômico asseguram
Os direitos pessoais de
caráter patrimonial e As edificações que, separadas
respectivas ações do solo, mas conservando a
sua unidade, forem
Os materiais destinados a removidas para outro local
alguma construção, enquanto
não forem empregados,
conservam sua qualidade de Os materiais provisoriamente
móveis separados de um prédio, para
nele se reempregarem
Os materiais provenientes da
demolição de algum prédio
Na dicção do art. 85, são fungíveis os móveis que podem substituir-se por
outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Infungíveis, portanto,
serão aqueles que, ao contrário, possuem peculiaridades próprias que os
tornam únicos, insubstituíveis.
Atente, pois essa classificação vale somente para os bens móveis, dado
que os bens imóveis são, essencialmente, infungíveis, já que não permitem sua
substituição por outro de mesma espécie.
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Frutos
Derivam periodicamente do bem principal
Produtos
A obtenção reduz o valor do bem principal
Benfeitorias
Acréscimos num bem preexistente
Acessões
Criações - artificiais ou naturais - de bens
Pertenças
Destinadas de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento,
sem ser parte integrante
Partes integrantes
Ligados de tal modo ao principal que sua remoção tornaria ele
incompleto
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Por exclusão, todos os demais bens são particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem.
3. Bem de família
1. Noções gerais
Essa parte da disciplina não costuma cair isoladamente nas provas, à exceção
dos chamados vícios de vontade e da prescrição e da decadência. Ainda assim,
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3. Pré-excludentes de juridicização
Legítima defesa
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Estado de necessidade
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Encargo
Condição Termo
(DESDE
(SE) (QUANDO)
QUE)
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Invalidades
Perfeição da
Possibilidade
manifestação
Determinabilidade
5.1. Nulidades
As nulidades têm por núcleo os arts. 166 e 167 do CC/2002. A ação para
nulificação de um ato jurídico em sentido amplo é uma ação declaratória, ou
seja, o ato já é nulo, mas necessário é declaração judicial a respeito. Por isso, as
ações que pretendem reconhecer a nulidade são imprescritíveis (rectius,
incaducáveis).
Como regra, as nulidades podem ser alegadas por
qualquer interessado, ou pelo Ministério Público,
quando lhe couber intervir, segundo dicção do art. 168. Por
isso, segundo o parágrafo único desse mesmo artigo, as
nulidades devem ser pronunciadas de ofício pelo juiz,
quando conhecer do negócio jurídico. Nem o juiz, nem as partes podem
suprir, assim, uma nulidade.
Não convalescem pelo decurso do tempo Nem o juiz nem as partes podem suprir
(prescrição e decadência)
NULIDADES
Devem ser pronunciadas de ofício pelo Podem ser alegadas por qualquer
juiz interessado e pelo MP
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A. Incapaci- I. Má-fé e
dade iniquidade
1. Sujeito
B. Imperfeição
da II. Simulação
manifestação
III. Motivo
A. Ilicitude determinante
NULIDADES ilícito
B. Impossibi-
2. Objeto
lidade
C.
3. Forma Indeterminabi-
lidade
5.2. Anulabilidades
O núcleo das anulabilidades está no art. 171, mas ele é incompleto, pois
faltam as anulabilidades específicas, que estão determinadas na lei e por ela
espalhadas. Veja que mesmo antes do rol de anulabilidades do art. 171, o
CC/2002 já trouxe outras hipóteses.
As ações anulatórias são de natureza desconstitutiva. Por isso, sujeitam-se as
anulabilidades a prazos decadenciais, e não prescricionais.
Ao contrário das nulidades, as anulabilidades podem
ser alegadas somente pelos interessados, segundo o
art. 177. Por isso, segundo esse mesmo dispositivo, as
anulabilidades não podem ser pronunciadas de ofício
pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico.
Daí o negócio anulável poder ser confirmado pelas partes, salvo direito
de terceiros, segundo regra do art. 172. Essa confirmação, inclusive, nem
precisa ser expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor,
ciente do vício que o inquinava, nos termos do art. 174. Com a confirmação
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ANULABILIDADES
Não podem ser pronunciadas de ofício pelo Não podem ser alegadas por qualquer
juiz interessado, apenas pelas próprias partes
1. Sujeito
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I. Erro
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II. Dolo
III. Coação
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V. lesão
2. Objeto
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1. Ato de disposição: redução do patrimônio apto a saldar dívidas, por meio de quaisquer
negócios: doação, venda, dação em pagamento, pagamento de credor quirografário
antecipadamente, perdão de dívida, dar garantias a dívida e renúncia a direitos
hereditários, segundo os arts. 158 e 159;
2. Insolvência ou iminência de insolvência: mesmo grande redução patrimonial não leva à
insolvência, necessariamente, pois o objetivo aqui é assegurar os credores. Ademais,
mesmo que o estado de insolvência seja desconhecido do próprio devedor, fala-se em
fraude. A análise é puramente matemática, na dicção do art. 158;
3. Anterioridade do crédito: a dívida tem de ser anterior ao ato de disposição que leve à
insolvência, segundo o §2º do art. 158;
4. Eventus damni: o evento deve trazer prejuízo, dano, ao credor;
5. Consilium fraudis: o terceiro, envolvido na fraude, precisa estar a par da intenção
fraudatória. Há situações nas quais o conluio (ou colusão) é presumido, no entanto.
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I. Menoridade
relativa (16 a 18
anos)
III. Expressão da
vontade maculada
==128806==
IV. Prodigalidade
1. Sujeito
I. Erro
Anulabilidades
II. Dolo
B. Imperfeição da
III. Coação
manifestação
V. Lesão
6. Caducidade
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Todas as ações
mandamentais
Sujeitam-se à prescrição
* Os efeitos condenatórios
das ações declaratórias *
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Prescrição
Pode renunciar
Pode ser alegada apenas pelo
interessado
Pode ser conhecida de ofício Decadência
pelo juiz Irrenunciável
Admite suspensão e Pode ser alegada por outrem (MP)
interrupção
Deve ser conhecida de ofício pelo juiz
Não suspende nem interrompe
A seguir, vou transcrever os incisos dos artigos do CC/2002 que tratam das
causas de impedimento e suspensão da prescrição, situados nos arts. 197 a
200. O que distingue o impedimento da suspensão? Leia esses artigos para
você ver se consegue reconhecer a diferença, antes que eu dela trate.
Estabelece o art. 197 que não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou
curatela.
Atente também à leitura do inc. II, pois corre prescrição contra o menor
emancipado. Já o art. 198 prevê que também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Continua o art. 199, estabelecendo que não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
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I. Teoria geral
1. Noções Gerais
Obrigação e dever
A obrigação pode ser vista como “um vínculo que liga as partes a uma
prestação de conteúdo patrimonial para a satisfação do interesse do
credor”.
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3. Modalidades
Vale lembrar que o objeto pode ser tomado em dois sentidos, como objeto
imediato (conjunto de situações jurídicas ativas e passivas de
titularidade das partes, consubstanciadas em uma prestação de dar,
fazer ou não fazer) ou mediato (que constituem os bens jurídicos cuja
titularidade, apropriação e disposição ocorre mediante o exercício das
posições jurídicas próprias, ou seja, a coisa).
3.2.1. Reciprocidade
A. Principais/essenciais
As obrigações principais ou essenciais trazem em si todos os elementos
essenciais da obrigação, sendo independentes de quaisquer outras relações
obrigacionais.
B. Acessórias
As obrigações acessórias constituem encargos ou garantias não
essenciais à obrigação principal, ou seja, não têm elas existência
autônoma.
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3.2.2. Finalidade
A. Meio
As obrigações de meio são aquelas em que não há um resultado
específico, mas tendente a tal resultado. É o que acontece, por exemplo,
com as obrigações assumidas por advogados ou médicos em geral.
B. Resultado
Já as obrigações de resultado são aquelas com objetivos já
predeterminados.
C. Garantia
Como uma categoria peculiar, há as obrigações de garantia, que são
aquelas que objetivam dar segurança a outro negócio, outra obrigação,
por isso são sempre acessórias. Por exemplo, o seguro habitacional ou a
fiança de uma locação.
3.2.3. Eficácia
A. Puras
As obrigações puras não dependem de qualquer condição outra que não a
própria obrigação para terem eficácia. É o caso da obrigação de entregar um
produto a alguém.
B. Impuras
As obrigações impuras dependem de “algo mais” para serem eficazes. As
obrigações impuras ligam-se ao elemento eficacial do negócio jurídico,
pelo que podem ser condicionais, modais ou a termo.
3.2.4. Conteúdo
A. Obrigações de dar
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Extinção da obrigação
Sem culpa
Aceitação +
abatimento
Deterioração
O b rig a çã o d e d a r coisa certa
Equivalente
(c/ perdas e danos)
Com culpa
Aceitação +
abatimento (c/ perdas
e danos)
Perecimento
Extinção da obrigação
Com culpa
(c/ perdas e danos)
Aceita + aumento
Com boa-fé
Extingue a obrigação
Melhoramento
Devedor perde o
Sem boa-fé
melhoramento
Deterioração
Extinção da
Sem culpa
obrigação
Perecimento
Extinção da
Com culpa obrigação (c/ perdas
e danos)
Boa-fé (úteis,
necessárias e
voluptuárias, se
aceitas)
Benfeitorias
Sem dispêndio
Má-fé (só
necessárias, sem
Melhoramento retenção)
Com dispêndio
Boa-fé (percebidos e
despesas de
produção)
Frutos
Má-fé (nenhum,
despesas de
produção
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B. Obrigações de fazer
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Possível desfazer:
Impossível desfazer:
Extingue desfaz, mais perdas e perdas e danos
danos
3.2.5. Alternatividade
A. Cumulativas
As obrigações podem ser cumulativas, ou seja, todas as obrigações devem
ser cumpridas em sua totalidade. Podem ser alternativas, também
chamada de disjuntiva, onde a escolha de uma obrigação exclui a
outra, segundo estabelece o art. 252. Ou, ainda, podem ser Facultativas, que
consiste na entrega de um único objeto, no entanto, faculta-se o
devedor, à sua escolha, desde que pactuado previamente, substituir a
prestação quando do adimplemento.
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B. Alternativas
Já a obrigação alternativa, também chamada de disjuntiva, determina-
se no cumprimento, ou seja, a escolha de uma obrigação exclui a outra,
segundo estabelece o art. 252. Essa escolha pode ser feita a critério do credor,
do devedor ou de árbitro, ou caso o terceiro não aceitar a incumbência, ficará a
cargo do juiz, segundo o art. 252, §4º.
Em regra, porém, se não houver estipulação alguma
a respeito do tema, a escolha cabe ao devedor,
segundo regra clássica prevista no art. 252. De
novo, a “lógica” do Direito das Obrigações ilumina
esse raciocínio: a satisfação dos interesses do credor, guiada pelo
adimplemento.
Quem faz a escolha deve escolher uma das
alternativas integralmente, não podendo escolher parte
de uma ou de outra, consoante estabelece o art. 252, §1º
do CC/2002. No entanto, no caso de prestações periódicas,
a opção pode ser exercida a cada período, e não apenas no
primeiro ato de escolha, pela previsão do §2º.
A obrigação alternativa tem por peculiaridade sua manutenção, ainda
que haja perecimento de um dos objetos ou tenha ele se tornado
inexequível (art. 253). Se uma das obrigações se
torna impossível, sem culpa de quaisquer das
partes, a obrigação se concentra na restante,
independentemente de a quem caiba a escolha, na
dicção do art. 253.
Se uma das obrigações se torna impossível, por culpa do devedor, e o credor é
quem deveria escolher, opta pela remanescente ou pelo valor da outra,
segundo o art. 255, primeira parte. Se uma das obrigações se torna impossível,
por culpa do devedor, e o devedor mesmo é quem deveria escolher, ele cumpre
a remanescente, obviamente.
Se todas as obrigações se tornam impossíveis, sem culpa
do devedor, a obrigação se extingue, conforme o art. 256.
Se se tornam impossíveis com culpa do devedor,
deverá pagar pela que ao fim se impossibilitou, mais
perdas e danos, se ele deveria fazer a escolha (art.
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OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Restante ou
SIM equivalente pela outra Concentra na restante
+ perdas e danos
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OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
C. Facultativas
Preste atenção, porém, para não confundir a
obrigação alternativa com a obrigação facultativa. É
comum que as provas tentem confundir você,
tomando uma pela outra! Fala-se que “na obrigação
alternativa é facultado ao...” ou que na obrigação
facultativa a alternativa é...” e por aí vai. O grande
problema é que o CC/2002 não trata da hipótese, sendo que se utiliza como
amparo a legislação comparada, notadamente o Código Civil argentino.
A obrigação facultativa é também chamada de
subsidiária, ou seja, consiste na entrega de um
único objeto. No entanto, faculta-se o devedor, à sua
escolha, desde que pactuado previamente,
substituir a prestação quando do adimplemento.
Pode-se facultar a escolha ao credor? Não, jamais, sob pena de se desfigurar a
obrigação facultativa.
Na obrigação alternativa, pode o credor, se assim se convencionou, escolher
qualquer das duas obrigações (uma ou outra); na obrigação facultativa, porém,
não pode ele escolher a obrigação subsidiária, pois tem direito apenas à
principal (uma ou outra, se não uma).
Trata-se de uma espécie obrigacional que se aproxima muito do direito
processual. Pode o juiz conhecer do pedido subsidiário se conhece do primário?
Não. Contrariamente, pode conhecer do pedido alternativo, ou seja, pode ele
escolher ou um ou outro. É a mesma lógica.
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3.2.6. Divisibilidade
A. Divisíveis
As obrigações divisíveis, em relação ao objeto imediato, podem ser fracionadas
em mais de um momento. As obrigações divisíveis são características das
obrigações de trato sucessivo, como a locação, ou a compra e venda parcelada.
Por outro lado, em relação ao objeto imediato, a coisa, trata-se da divisibilidade
a partir da ótica dos bens divisíveis/indivisíveis.
Quanto a indivisibilidade, assim estabelece o art. 258:
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão
determinante do negócio jurídico.
A indivisibilidade da obrigação pode ser natural, legal ou contratual,
respectivamente.
B. Indivisíveis
Assim estabelece o art. 258:
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão
determinante do negócio jurídico.
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Ou seja, é inviável fracionar a obrigação das partes, seja pela própria natureza
da obrigação (natural), seja por imposição da lei (legal), seja pela vontade das
partes (contratual). A indivisibilidade da obrigação pode ser natural, legal
ou contratual, respectivamente.
No entanto, segundo estabelece o art. 263, perde a
qualidade de indivisível a obrigação que se resolver
em perdas e danos. Isso ocorrerá, por exemplo, quando,
numa obrigação, a prestação for de entregar um veículo,
mas o veículo, por alguma razão, deixar de existir; nesse caso, ela se resolve
em perdas e danos e a obrigação deixa de ser indivisível.
Nesse caso, se houver culpa de todos os devedores, responderão todos por
partes iguais, segundo o §1º do mesmo artigo. Se, porém, for de um só a culpa,
ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos,
segundo o §2º.
No caso das obrigações indivisíveis, se houver dois ou
mais devedores, cada um será obrigado pela dívida
toda. Porém, segundo o parágrafo único do art. 259, o
devedor que paga a dívida sub-roga-se no direito do credor em relação aos
outros coobrigados.
Inversamente, se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes
exigir a dívida inteira, na dicção do art. 260. Nesse caso, o devedor ou
devedores se desobrigarão, pagando, segundo os incisos do artigo:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Ou seja, o devedor deve estar atento para não ter de pagar novamente (a boa e
velha regra, “quem paga mal, paga duas vezes” é uma das regras de ouro
quando se fala em adimplemento). Se pagar a um só, sem obter caução de
ratificação, ficará obrigado perante os demais (e terá de buscar restituição
contra o credor que recebeu por inteiro, de modo a evitar o enriquecimento sem
causa).
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Principais/essenciais
1. Reciprocidade
Acessórias
Meio
2. Finalidade Resultado
Garantia
objeto
ao objeto
Puras
3. Eficácia
Impuras
Coisa certa
Quanto ao
Dar Restituir
Quanto
Cumulativas
5. Alternatividade Alternativas
Facultativas
Divisíveis
6. Divisibilidade
Indivisíveis
A. Singularidade
B. Conjuntividade
C. Solidariedade
Singulares/únicas
Conjuntas
Quanto ao
Plurais/múltiplas
Quanto
Solidárias
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Na perspectiva interna, já não nos interessa mais o credor, dado que está ele
satisfeito, seja com o pagamento direto, realizado por um ou mais de um dos
codevedores obrigados, seja porque transacionou, renunciando à solidariedade
em favor de um dos devedores, seja simplesmente porque perdoou a um ou a
todos. Interessa aqui saber como o codevedor que adimpliu se relaciona com os
demais codevedores.
Quando um ou todos dos devedores solve/solvem a dívida, o credor é
satisfeito e se extingue a relação jurídica obrigacional em relação a
ele. A partir desse momento, a relação entre o credor e os devedores
solidários já não importa mais; interessam, então as relações internas
entre os devedores, entre o devedor que pagou e os demais devedores
solidários:
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos
codevedores a sua quota.
Assim, o codevedor adimplente tem direito de reembolsar-se, no limite
da cota-parte de cada um dos demais codevedores; é a chamada
pretensão de reembolso. Atente porque, quando o codevedor A cobra
dos demais (B, C e D), a obrigação não continua solidária, ou seja, deve
ele cobrar apenas a cota-parte de cada um dos demais, B, C e D.
II. Adimplemento
1.1. Sujeitos
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1.2. Objeto
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Exatidão da prestação
Nominalismo
1.3. Lugar
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Regra
Domicílio do devedor
Exceções
Alteração
1.4. Tempo
Puras
Aquelas nas quais não se encontra fixado termo ou condição.
Impuras
São aquelas que estão sujeitas a termo ou condição (o mais comum
é o “prazo”).
1.5. Prova
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Art. 324
A entrega do título faz presumir seu pagamento
Art. 321
A destruição do título faz presumir seu pagamento
Art. 322
Nas prestações periódicas, a quitação da última parcela faz
presumir a quitação das anteriores
Art. 323
Havendo quitação do capital sem reserva dos juros, presume-se
que estes foram pagos juntamente com o capital
Art. 325
As despesas com a quitação ficam a cargo do devedor, mesmo em
havendo aumento
Art. 326
Se o pagamento tiver que ser feito por medida ou peso, presume-
se a adoção da medida ou peso do lugar de execução da prestação
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I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em
lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
A consignação dá-se mediante depósito judicial (consignação de natureza
processual) ou extrajudicial (consignação de natureza material) da prestação
para liberação do devedor. Ou seja, há duas espécies de consignação distintas,
previstas no art. 334:
2.3. Imputação
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2.4. Dação
2.5. Novação
2.6. Compensação
2.7. Confusão
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2.8. Remissão
Extrajudicial
Consignação em pagamento
Judicial
Convencional
M odalid ades especiais
Imputação ao pagamento
Dação em pagamento
Objetiva
Novação
Subjetiva
Compensação
Confusão
Remissão
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IV. Inadimplemento
1. Mora
A noção de mora é bastante ampla no Direito Civil. A mora não ocorre apenas
nos casos de obrigação pecuniária, verificando-se também nas obrigações de
fazer ou não fazer e nas obrigações de dar coisa diferente de dinheiro.
Mora, do mesmo modo, não equivale apenas à falta de pagamento no prazo, no
tempo certo, mas também no modo e no lugar devidos. Igualmente, a mora
pode ser tanto do devedor (mora solvendi, debitoris ou debendi) quanto do
credor (mora accipiendi, creditoris ou credendi), segundo o art. 394.
No caso de mora do devedor, a jurisprudência entende que uma vez
interpelado o devedor, judicial ou extrajudicialmente (mora ex
persona), para adimplir a obrigação, deve-se
conceder um prazo razoável para que isso seja feito,
não se considerando a mora desde o momento da
notificação.
Também é possível a mora de credor, ainda que a mora do devedor seja
amplamente mais comum, é verdade. A mora do credor se verificará quando ele
recusa receber a prestação no tempo, na forma ou no local devidos.
Nas situações de mora, seja da parte devedora, seja da parte credora, tem a
contraparte o direito de purgar a mora, ou seja, oferecer a prestação devida,
ou receber a prestação, respectivamente, arcando com as
consequências decorrentes da mora, na dicção do art. 401:
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos
decorrentes do dia da oferta;
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos
efeitos da mora até a mesma data.
A purgação da mora visa a obstar maiores efeitos da mora, diminuindo os
prejuízos ao obrigado em mora.
2. Perdas e danos
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3. Juros
4. Correção monetária
5. Cláusula penal
Também chamada de pena convencional, está tratada nos arts. 408 a 416.
Entende-se como a convenção de uma prestação acessória que é devida
nos casos de inadimplemento absoluto ou relativo ou ainda de
descumprimento de alguma cláusula específica, na dicção do art. 406.
6. Arras
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