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Introdução À Dogmática Funcionalista Do Delito De Luís Greco – Resenha

Simples

O artigo analisado tem como principal intuito explicar o instituto do


funcionalismo penal. Segundo ele o que nos motiva a cumprir as regras estabelecidas
em Direito Penal é o valor normativo que determinada conduta possui dentro de cada
agrupamento social, portanto, o desvalor de um crime estaria ligado ao consenso social.
Vale lembrar que crime é toda ação típica, antijurídica e culpável.
Em seguida, o autor se presta a fazer uma evolução histórica das Teorias do
Delito, segundo os sistemas naturalista, neokantiano, finalista, e por fim, funcionalista.
O Sistema Naturalista, ou sistema clássico do delito, foi fortemente
influenciado pelo positivismo. Para esse sistema, ciência é somente aquilo que podemos
aprender através dos sentidos e pode ser mensurado. Além disso, o sistema naturalista
propõe que tudo o que é objetivo está na tipicidade, e que os elementos subjetivos serão
apresentados na culpabilidade. Já a antijuricidade é definida formalmente, ao se analisar
a conduta em confronto com as normas legais. Uma crítica que se faz a esse modelo é
justamente sobre o caráter positivista, onde pressupõe-se que todos os problemas
estarão resolvidos antecipadamente pela legislação.
O Sistema Neokantiano ou sistema neoclássico do delito é aquele que possui a
filosofia de valores alemães aliada às ciências culturais, as principais características
desse sistema são a fundamentação material das categorias de delito, construção
teleológica dos conceitos. Os seguidores do neokantismo separam o mundo do valores
do mundo dos fatos e trabalham com a desordem dos pontos de vista. Além disso, eles
tratam o ilícito penal como um dano à sociedade.
O Sistema Finalista tenta ultrapassar o dualismo do sistema neokantiano,
segundo este, o direito não pode “flutuar nas nuvens do ser” porque ele é responsável
por regular a realidade, motivo este pelo qual deve-se “manter-se no chão” a fim de
estudar tal realidade e submetê-la a análises antes de chegar a uma valoração jurídica.
Esse sistema utiliza o pressuposto da natureza finalista do agir humano, portanto, só são
passíveis de proibição aquelas ações que possuam essa natureza finalista, assim
compreendem a ação como elemento fundamental da teoria do delito. Por fim, o
Sistema Finalista trata o ilícito penal como um ilícito pessoal e a culpabilidade como
reprovação pessoal do autor. Luis Greco afirma que, assim como o causalismo, o
finalismo possui cunho dedutivista e classificatório.
O Sistema Funcionalista ou teleológico-racional trata a construção do sistema
jurídico-penal como uma vinculação exclusiva ao Direito penal. Ademais, o
funcionalista admite que a realidade pode ter muitas interpretações, fazendo com que
determinado problema jurídico só tenha alguma resolução se forem consideradas a
eficácia e a legitimidade da atuação do Direito Penal. Por existirem vários tipos de
funcionalismo, só se pode analisar melhor o Sistema ao abordar os dois autores mais
importantes no tema, são eles: Roxin e Jakobs.
No Sistema de Roxin a principal característica se torna a tonalidade político-
criminal, pois através dele a política criminal e o Direito Penal deviam integrar-se e
trabalharem juntos. Dessa forma caberia à tipicidade aplicar o princípio da legalidade, a
antijuridicidade trabalharia na resolução dos problemas sociais e a culpabilidade ficaria
responsável por determinar quando um comportamento ilícito é passível de condenação
ou não. Portanto tal sistema seria uma síntese entre pensamentos dedutivos e indutivos,
Já no Sistema de Jakobs seriam as expectativas e as expectativas das
expectativas que orientariam o agir e o interagir dos humanos em determinado
agrupamento social. Assim, afim de assegurar tais expectativas, surgem os sistemas
sociais para fornecer aos homens modelos de conduta, tais expectativas se dividiram em
duas modalidades: as cognitivas e as normativas.
As expectativas cognitivas são aquelas que deixam de existir quando violadas,
ao passo que as expectativas normativas continuam existindo, mesmo após sua violação,
mas as normativas não poderiam ser decepcionadas sempre, pois acabariam por perder
credibilidade, é daí que surge a necessidade de alguma reação que reafirme a validade
normativa, uma dessas reações é a sanção.
Ao se falar em sanção, podemos adentrar na classificação dos delitos segundo
o funcionalismo, seriam eles: delitos por competência organizacional e delitos por
competência institucional.
Os delitos por competência organizacional surgiram do dever genérico de
controle dos perigos emanados pela própria organização social, enquanto que, os delitos
por competência institucional surgiram através do sujeito que cumpre determinada
prestação em nome de alguma instituição social.
Assim a distinção entre delitos comissivos e omissivos passou a não ser tão
importante, dando espaço para a distinção entre delitos por competência de organização
e delitos por competência de instituição.
Dessa forma, a Teoria Do Delito passa a transformar-se em Teoria Da
Imputação, e a pergunta “alguém cometeu um crime” passa a ser compreendida como “é
preciso punir alguém para reafirmar a validade normativa e reestabilizar o sistema?”
Após abordados as questões anteriores, passa-se a analisar a moderna discussão
dos conceitos da parte geral. O conceito de Ação acabou por perder seu posto
importante, visto que não pode ser mais considerado um conceito pré-jurídico.
Na Tipicidade surge a teoria da imputação objetiva, uma das mais importantes
do funcionalismo, onde só há proibição de ações que violem um bem jurídico. Assim, o
tipo objetivo é reformulado, pois ao lado da causação da lesão a um bem jurídico, passa
a se levar em conta que essa lesão nasça como consequência da criação de um risco não
permitido e da realização desse risco no resultado.
Já sobre a Tipicidade e a Antijuridicidade, alguns autores passam a adotar a
teoria dos elementos negativos do tipo. Outros, apesar de não adotarem essa teoria,
declaram o fato justificado indiferente para o direito penal. Um último grupo mantém a
postura tradicional de considerar a antijuridicidade e o tipo como categorias jurídicas
distintas.
Sobre a Posição Sistemática do Dolo, os funcionalistas mantêm o dolo como
integração do tipo, embora num contexto de valoração jurídica, superando a posição
finalista de estruturas lógico-reais.
Do Conteúdo do Dolo e Consciência da Ilicitude desprende-se que alguns
autores passam a considerar a supressão do elemento volitivo do dolo, entendendo-o
como desnecessário e injustificável. Já sobre a consciência da ilicitude, a maioria
rechaça a teoria estrita da culpabilidade, adotando, quase unanimemente, a teoria
limitada que afirma que o erro sobre elementos fáticos de uma causa de justificação
exclui o dolo.
Sobre Culpa e Dever de Cuidado, para alguns, pode ser definitivo de maneira
objetiva. Outra parte considera necessário fazer um juízo de culpabilidade individual.
Outros adotam as definições objetivas como um limite mínimo e as subjetivas como
limite máximo de fixação.
Na Culpabilidade, passou a existir uma tendência de superação do livre-arbítrio
e do determinismo como fundamentos. Aqui relembramos a posição de Jakobs, que
define como a competência pela ausência de uma motivação jurídica dominante no
comportamento antijurídico. Já Roxin a entende como elemento limitador da pena e
acrescenta considerações de prevenção geral e especial.
Sobre a Punibilidade, há uma discussão se ela se enquadra no conceito de
delito. Tradicionalmente é entendido de modo puramente negativo, tendo por conteúdo
tudo que não pertence a nenhuma das outras categorias.
Diante de todo o exposto, podemos concluir que o Funcionalismo é um sistema
que se apresenta na forma de exercer um esforço a fim de superar divergências entre
determinados conceitos básicos do Direito Penal, como a questão da segurança vs
liberdade, além de apresentar novas interpretações para cada conceito geral do direito.
Deste modo, o funcionalismo no Direito Penal é um instrumento importantíssimo que
tem por principal destinação garantir a funcionalidade e a eficácia do sistema social.

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