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IESC IV | Isabela Alves

DISPEPSIA  Colagenoses
 Medicamentos (Antinflamatórios não
DEFINIÇÃO
esteroidais, Antibióticos, Xantinas, Alendronato)
 Doenças psiquiátricas (Ansiedade, Depressão,
Grupo heterogêneo de sintomas presentes ou Pânico, Distúrbios alimentares)
recorrentes, localizados na região epigástrica.
Podem surgir em qualquer idade.
CLASSIFICAÇÃO
É uma síndrome definida como a presença de
desconforto na região epigástrica, crônica e recorrente, que
integra vários sintomas como dor, ardor, inchaço, De acordo com os padrões clínicos:
saciedade precoce, plenitude, náuseas ou arrotos. ► Dispepsia do tipo ulcerosa:
Não é um diagnóstico.  Predomínio da dor epigástrica de caráter
periódico que eventualmente desperta o
Dor epigástrica: sensação subjetiva e desagradável que os paciente à noite, melhora com ingestão de
pacientes sentem quando está havendo lesão tecidual, restrita substâncias alcalinas e alimentos.
a região do epigástrio. ► Dispepsia do tipo dismotilidade:
Pirose epigástrica: sensação desagradável de queimação  Predomínio de plenitude epigástrica,
limitada à região do epigástrio. empachamento, saciedade precoce, náusea,
Plenitude pós-prandial: sensação desagradável que a vômito, desconforto ou peso abdominal.
comida permanece prolongadamente no estômago. ► Dispepsia do tipo inespecífica:
 Sintomas vagos.
Saciedade precoce: sensação que o estômago fica cheio logo
depois de iniciar a comer, desproporcional ao volume ingerido,
tanto que não se consegue terminar a refeição. De acordo com os Critérios de Roma III:
► Dispepsia não investigada/diagnosticada:
 Quando sua possível causa ainda não foi
estudada. Ou seja, uma afecção com sintomas
EPIDEMIOLOGIA característicos clinicamente avaliados como
sendo originários do trato gastrointestinal
Cerca de 20 a 40% da população geral apresenta superior, mas que não foram recentemente
investigados pela endoscopia digestiva alta.
alguma queixa dispéptica. Entretanto, somente 30% desses
indivíduos procuram assistência médica.  Os sintomas incluem dor ou queimação
epigástrica, saciedade precoce e
Constitui a causa de 3 a 5% das consultas ambulatoriais
de clínica geral, em um centro de atenção primária, e de 20 preenchimento pós-prandial, eructação,
distensão abdominal, náuseas ou desconforto
a 40% das consultas em gastroenterologia.
Prevalência: 30 a 40%. no abdome superior.
► Dispepsia orgânica:
Incidência: 1% ao ano.
Mais prevalente no sexo feminino.  Quando lesões estruturais ou doenças
sistêmicas que explicam os sintomas já foram
Afeta 25-40% da população em algum momento da vida.
identificadas.
► Dispepsia funcional:
ETIOLOGIA  Quando a síndrome não está associada a
lesões ou doenças detectáveis.
Causas de dispepsia:  Refere-se a uma situação em que a endoscopia
► Digestivas pépticas: digestiva alta não revelou uma causa potencial
 Dispepsia funcional para a dispepsia.
 Doença de refl uxo gastro-esofágico  Geralmente reservada para pacientes com
 Úlcera Péptica endoscopia normal cujos sintomas não sugerem
► Digestivas não pépticas: doença do refluxo gastroesofágico
 Gastropatias específicas (Tuberculose,
Citomegalovirose, Sarcoidose, Doença de
Crohn)
 Neoplasias (Gástrica, Pancreática, de Cólon)
 Síndromes de má absorção (Doença celíaca)
 Colelitíase
► Não digestivas:
 Doenças metabólicas (Diabete melito, Doenças
da tiróide, Hiperparatiroidismo, Distúrbios
eletrolíticos)
 Doença coronariana
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DISPEPSIA FUNCIONAL 5 QUADRO CLÍNICO
Apresenta evolução benigna: 50% dos pacientes
apresenta melhora ou desaparecimento de seus sintomas
1 DEFINIÇÃO com o passar do tempo.
É um transtorno gastroduodenal. Sintomas dispépticos:
O comitê de especialistas do último Consenso de Roma ► Plenitude pós-prandial.
define como uma síndrome clínica caracterizada pela ► Saciedade precoce.
presença de sintomas dispépticos recorrentes e crônicos, ► Dor epigástrica.
na ausência de lesões estruturais ou metabólicas ► Queima epigástrica.
subjacentes, capazes de justificar o quadro clínico. Estudos fisiopatológicos que investigaram o efeito da
A maioria dos pacientes com queixas dispépticas ingestão de refeição na geração de sintomas demonstraram
crônicas que se submetem a investigações laboratoriais, que não apenas plenitude pós-prandial e saciedade
endoscópicas e ultrassonográficas não apresenta qualquer precoce, mas também dor epigástrica ou queimação e
alteração que justifique os sintomas. náusea podem aumentar após a ingestão da refeição.
Portanto, eles podem se sobrepor.
A definição de PDS reconhece que além da plenitude
2 EPIDEMIOLOGIA pós-prandial e da saciedade precoce, os pacientes podem
É um dos distúrbios gastrointestinais funcionais mais perceber dor epigástrica e / ou queimação após as
frequentes da prática clínica. refeições.
É a causa mais frequente da dispepsia não investigada. Além disso, o inchaço, o arroto e a náusea podem estar
É considerada um problema sanitário e socioeconômico presentes tanto no PDS como no EPS, mas o vômito é
de grande relevância, tanto por sua alta prevalência como incomum.
por seu caráter crônico e ausência de tratamento Sinais e sintomas de alarme:
satisfatório. ► Emagrecimento inexplicado
A sintomatologia recidivante afeta de forma significativa ► Anemia
a qualidade de vida dos pacientes. ► Sangramento digestivo
► Disfagia progressiva
► Vômitos persistentes
3 CLASSIFICAÇÃO ► Cirurgia gástrica prévia
Classificada em subtipos de acordo com o sintoma ► Visceromegalia
predominante: ► Icterícia
Síndrome do desconforto pós-prandial: predominam ► Tumoração ou adenopatia abdominal
sintomas de empachamento pós-prandial e/ou saciedade ► Sintomas sistêmicos
precoce, distensão do abdome superior, náusea, eructação. ► Idade
Síndrome da dor epigástrica: predomina dor ou ► Uso de antiinflamatórios (sem gravidade, não
queimação epigástrica moderada a intensa, intermitente, considerar alarem).
não aliviada pela defecação ou eliminação de flatos.
Superposição de SDP e SDE: é caracterizada por ATENÇÂO!!! É importante salientar também a frequente
sintomas dispépticos induzidos pela refeição e dor ou sobreposição dos sintomas dispépticos com sintomas da
queimação epigástrica. doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e da síndrome
Essa classificação é útil para selecionar o tratamento do intestino irritável (SII).
inicial: identificando os subtipos de dispepsia funcional
promove o reconhecimento de diferentes fatores
patofisiológicos subjacentes e, portanto, a necessidade de 6 DIAGNÓSTICO
um tratamento diferencial. Essencialmente clínico.
Sintomas dispépticos não podem distinguir com
segurança se sua origem é orgânica ou funcional.
4 FISIOPATOLOGIA
A fisiopatologia da DF permanece desconhecida. ATENÇÃO!!! O diagnóstico de dispepsia funcional pode ser
Vários fatores etiopatogênicos têm sido considerados: clinicamente suspeito pela aplicação da nova versão dos
► Hipersecreção ácida. critérios de Roma, mas permanece um diagnóstico de
► Dismotilidade gastrointestinal. exclusão que requer endoscopia.
► Hipersensibilidade visceral.
► Alteração da acomodação gástrica. Critério de Roma IV:
► Gastrite associada ao H. pylori. ► Síndrome do desconforto pós-prandial:
► Disfunção na integração do eixo cérebro-intestino.  Plenitude pós-prandial
► Fatores psicossociais: depressão, alterações do  Saciedade precoce
humor, tensão emocional, neuroses.  3x/semana
► Pós infecção. ► Síndrome da dor epigástrica:
► Genética: GN beta-3.  Dor epigástrica
 Queima epigástrica
 Intermitente
 1x/semana.
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Úlcera péptica.
Parasitas intestinais: giárdia, cryptosporidium.
Doença arterial coronariana.
Pancreatite.

8 TRATAMENTO
Ausência de tratamento satisfatório.
É essencial o estabelecimento de uma boa relação
médico-paciente.
Cerca de metade dos casos de dispepsia funcional são
recidivantes.
Tem por objetivo:
► Aliviar os sintomas (dor epigástrica e/ou do
desconforto pós-prandial).
► Melhorar a qualidade de vida.

Tratamento não farmacológico:


Mudança no estilo de vida.
Adoção de hábitos saudáveis.
Evitar alimentos que agravam o quadro.
A queixa de empachamento pós-prandial habitualmente
melhora com a redução de alimentos gordurosos, enquanto
a saciedade precoce pode ser aliviada com o fracionamento
das refeições.
Psicoterapia.
Terapias alternativas.

Tratamento empírico:
É uma estratégia direcionada para pacientes dispépticos
jovens e sem sinais de alarme, que propõe um tratamento
Diagnóstico de exclusão: exames são solicitados para empírico.
excluir causas orgânicas. Realizado por 2 a 4 semanas.
► Endoscopia digestiva alta: CA gástrico, úlcera. Se melhorar: permanecer de 4 a 12 semanas.
► Teste não invasivo para pesquisa do H. pylori: Se não melhorar: investigar causa + IBP ou bloqueador
 Teste respiratório. de H2 em dose máxima.
 Antígeno fecal. ► Síndrome do desconforto pós-prandial:
 Sorologia.  IBP.
► Exame parasitológico de fezes:  Se não melhorar: procinético.
 Três amostras Baermann modificado por ► Síndrome de dor epigástrica:
Moraes.  Procinético.
 Exame direto das fezes.  Se não melhorar: IBP.
► USG: doença pancreática, hepática ou de vias ► Casos refratários:
biliares.  IBP dose dobrada.
► Testes para avaliação do tempo de esvaziamento  Psicoterapia.
gástrico.  Erradicar H. pylori.
► Testes para doença celíaca.  Realizar tratamento experimental: uso de
► Teste para intolerância alimentar. agonistas da 5-hidroxitriptamina capazes de
► Avaliar a presença de cofatores psicológicos, relaxar o fundo gástrico.
ambientais e dietéticos. Sumatriptan:
► Avaliar uso de medicamentos. Buspirona:

ATENÇÃO!!! A endoscopia deve ser realizada em todos os


pacientes com dispepsia não revelada que apresentem
sintomas e sinais de alarme ou falha em um tratamento Hipersensibilidade duodenal ao ácido clorídrico:
inicial orientado para o sintoma predominante inibidores da bomba de prótons ou antagonistas H2.
Hipersecreção ácida: inibidores da bomba de prótons
ou antagonistas H2.
7 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Doenças biliares. Alteração da acomodação gástrica: procinético.
Doenças cardíacas. Dismotilidade gástrica: procinético.
Uso de medicamento.
CA gástrico.
Infecção por H. pylori.
DRGE.
Esofagite.
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Tratamento farmacológico:
► Antissecretores.
► Procinéticos.
► Antibióticos para erradicação do H. pylori.
► Antidepressivos.
A terapia antissecretora com inibidores da bomba de
prótons ou com antagonistas H2 é útil para o controle da
dor epigástrica.
Procinéticos são particularmente eficazes para o
controle dos sintomas associados à dispepsia de tipo
dismotilidade e náuseas, saciedade precoce e plenitude
pós-prandial. Sua eficácia a longo prazo é limitada pelos
efeitos colaterais da maioria deles.
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ANTISECRETORES ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
São bases fracas que reagem com o ácido clorídrico São eficazes como terapia de segunda linha na
gástrico, formando sal e água. dispepsia funcional, particularmente no controle da dor
Os antiácidos mais largamente utilizados consistem em abdominal. Em alguns casos, com ansiedade ou
misturas de hidróxido de alumínio e hidróxido de depressão associadas, pode ser considerada a primeira
magnésio. opção terapêutica. Evidência de melhora com ansiolíticos
Mecanismo de ação: o íon hidróxido reage com íons é insuficiente e inibidores da recaptação da serotonina
hidrogênio no estômago, formando água, enquanto o não são eficazes na dispepsia funcional.
magnésio e o alumínio reagem com bicarbonato nas ATENÇÃO!!! A terapia de combinação com anti-secretora
secreções pancreáticas e com fosfatos da dieta, formando e procinético ou a combinação de qualquer destes com
sais. antidepressivos é frequentemente utilizado na prática
Efeitos adversos: diarréia (magnésio) e obstipação clínica, mas não há estudos para apoiar a sua eficácia na
(alumínio, cálcio), hipofosfatemia (fraqueza, mal-estar e dispepsia funcional. A combinação de AH2 com
anorexia – antiácidos que contêm alumínio podem ligar-se procinéticos demonstrou menor eficácia quando
ao fosfato). comparado ao uso de inibidores de bomba de prótons.
SAL
CONSTITUINTE NEUTRALIZAÇÃO
FORMATO
EFEITO ADVERSO ANTI-SECRETORES
NaHCO3 Alta NaCl
Alcalose sistêmica, Antagonistas dos Receptores H2
retenção de líquidos
Hipercalemia,
Posologia:
nefrolitíase, Cimetidina:
CaCO3 Moderada CaCl2
síndrome de leite- Ranitidina:
alcalino.
Constipação, Famotidina:
Al(OH)3 Alta AlCl3
hipofosfatemia. Nizatidina:
Diarreia,
Mg(OH)2 Alta MgCl2
hipermagnesemia.
Mecanismo de ação: H2 inibem de modo reversível e
competitivamente a ligação da histamina aos receptores
H2, resultando em supressão da secreção gástrica de
PROCINÉTICOS ácido. Os antagonistas dos receptores H2 também
A eficácia a longo prazo é limitada por efeitos colaterais. diminuem indiretamente a secreção gástrica de ácido
induzida pela gastrina e pela acetilcolina.
Metoclopramida
Efeitos adversos: diarréia, cefaléia, dor muscular,
Posologia:
obstipação e fadiga.
Inibidores da bomba de prótons
Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores
Eficazes no tratamento a curto prazo (4 a 8 semanas).
dopaminérgicos D2, que atuam bloqueando a dopamina São superiores na supressão da secreção de ácido e na
no sistema nervoso entérico com o consequente aumento
promoção da cicatrização de úlceras pépticas.
do esvaziamento gástrico e da motilidade. Também atua Posologia:
centralmente, suprimindo náuseas e vômitos.
Omeprazol:
Efeitos adversos: pode causar vários sintomas Esomeprazol:
extrapiramidais (distonia, acatisia, manifestações
Rabeprazol:
parkinsonianas) ao inibir o sistema dopaminérgico central. Lansoprazol:
A curto prazo, pode causar tremores ou reações
Pantoprazol:
distônicas agudas, hiperprolactinemia de médio prazo e Mecanismo de ação: compostos benzimidazois
galactorreia, e a médio e longo prazo pode causar efeitos
substituídos que inibem irreversivelmente a bomba de
potencialmente irreversíveis, como a discinesia tardia. prótons existente nas células parietais gástrica (H+/K-
Domperidona
ATPase).
Posologia: Efeitos adversos: cefaléia, náusea, distúrbio da função
intestinal e dor abdominal.
Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores
dopaminérgicos D2, que atuam bloqueando a dopamina OUTRAS TERAPIAS
no sistema nervoso entérico com o consequente aumento Nenhuma melhora clínica foi demonstrada com
do esvaziamento gástrico e da motilidade. Também atua prebióticos, probióticos ou simbióticos no tratamento
centralmente, suprimindo náuseas e vômitos. da dispepsia funcional.
Efeitos adversos: hiperprolactinemia, os efeitos Observou-se melhora sintomática e da qualidade de
neuropsiquiátricos e extrapiramidais são raros (não vida na dispepsia funcional com o uso de alternativas de
atravessa a barreira hematencefálica em grau tratamento como acupuntura, eletroacupuntura e
significativo). estimulação elétrica transcutânea.
Eritromicina Uso de compostos fitoterápicos no tratamento da
Posologia: dispepsia:
■ Iberogast (STW5, composto de 9 ervas) melhora os
Mecanismo de ação: agonista da motilina. Aumenta a sintomas da dispepsia funcional, causando relaxamento
motilidade gastrintestinal pela sua ação nos receptores do fundo e favorecendo o esvaziamento gástrico.
para a motilina, um estimulante endógeno da atividade
■ Rikkunshito (constituído por 8 componentes entre ervas,
motora no jejum.
raízes, caules, frutos e um fungo) reduz os sintomas,
Efeitos adversos:
promovendo o relaxamento adaptativo gástrico e
aumentando o esvaziamento.
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De acordo com a atualização das diretrizes do American College of Gastroenterology (ACG) e da Associação
Canadense de Gastroenterologia (CAG) sobre dispepsia em uma diretriz conjunta de dispepsia ACG / CAG (2017).
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