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A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO PONTO DE VISTA DO PROFESSOR

Eloína Domingues Matias


Ana Carolina Mohr de Godoi

RESUMO

Este artigo tem por objetivo identificar as expectativas dos professores da escola
Municipal Manoel José Lopes em relação à atuação do psicopedagogo. Através da
pesquisa qualitativa explicativa, utilizando como instrumento de coleta de dados a
entrevista. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida em torno de entrevistas com
professores da Escola Estadual Manoel José Lopes no Município de Grandes Rios.
Nas entrevistas foram utilizadas questões em profundidade como estratégia básica
para a recolha de informação sobre a atuação dos psicopedagogos na escola, e
estas entrevistas posteriormente transcritas, realizadas também as observações em
diferentes estágios de coordenação entre psicopedagogos e professores. O
Psicopedagogo é responsável por orientar professores e estudantes
adequadamente do seu papel na educação, para que os objetivos do conhecimento
inerente, natural e científico alinhem-se com a realidade de todos aqueles envolvidos
nesse contexto, o processo de aprendizagem social e abordagem evolutiva.

Palavras-chave: Escola; Atuação; Psicopedagogo.

1 INTRODUÇÃO

Este estudo segue a linha de pesquisa sobre a atuação psicopedagógica e a


aprendizagem escolar. E através desse estudo pretende-se identificar as
expectativas dos professores da Escola Municipal Manoel José Lopes em relação à
atuação do psicopedagogo.
A metodologia da pesquisa, de acordo com Gil (2007), de natureza
qualitativa, quanto ao seu objetivo, é descritiva, pois através dela buscou-se
identificar as expectativas dos professores da escola Municipal Manoel José Lopes
em relação à atuação do psicopedagogo. O procedimento técnico utilizado foi o
levantamento e o instrumento de pesquisa foi a entrevista.

2 CONTEXTO HISTÓRICO DA ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA ESCOLAR


Os profissionais que trabalham na área da educação, como professores,
pedagogos e diretores que atuam diretamente com o aluno argumentam a
necessidade da atuação de um psicopedagogo no auxilio das soluções e
intervenções da prática docente quanto aos problemas encontrados em sala de aula.
Muitas vezes as estratégias escolhidas pelos professores não atingem a dificuldade
da criança num todo, sendo importante a presença desse profissional no âmbito
escolar.

O diagnóstico psicopedagógico é um processo, um contínuo sempre


revisável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, segundo vimos
afirmando, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso
observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo o
trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação ou
acompanhamento da evolução do sujeito (BOSSA, 1994, p.74).

Na literatura, encontramos diferentes estudos que analisam os processos de


socialização dos professores, que estabelece as várias fases pelas quais a maioria
dos professores caminham na construção do pensamento sobre a psicopedagogia.

Como podemos agir dentro da nossa profissão de educadores e


psicopedagogos no sentido de dar maior seriedade à escola, aos alunos e
às suas dificuldades de desenvolvimento (...) se nem uma ação educativa
pode prescindir de uma reflexão sobre o homem e sua práxis social
(AMARAL; MONCAU, 1994, p. 10).

No caso da figura do psicopedagogo, poucos estudos foram qualitativos e


quantitativos sobre a forma como este constrói não só a prática profissional, mas
também sobre a profissão de psicologia expressa em um corpo de conhecimento
comum sobre o ensino, compartilhadas por profissionais, a expressão do conteúdo
de seu profissionalismo, individual e colaborativamente alcançados.

Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo


aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa,
favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de
acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo,
realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o
psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de
planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais,
fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam
repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades
individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem (BOSSA,
1994, p.23).

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A história relativamente recente da psicologia em nosso país tem como
resultado um complexo sobre o que é ou deveria ser a ação da psicopedagogia,
combinando alguns aspectos como orientação clínica, ambivalência legislativa ou
uma abordagem mais holística e integrada por diversas áreas acadêmicas e, desta
forma, ajudou a difundir o conceito da profissão e, portanto, a falta de um modelo
prático que os profissionais possam se beneficiar, além do estudo das funções
legislativas que muitos pesquisadores têm desenvolvido. Para Calberg (2000) o
psicopedagogo em sua atuação na educação tem os seguintes deveres:

Administrar ansiedades e conflitos; trabalhar com grupos; identificar


sintomas de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem; organizar
projetos de prevenção, clarear papéis e tarefas nos grupos, ocupar um
papel no grupo; criar estratégias para o exercício da autonomia; fazer a
mediação entre os subgrupos envolvidos na relação ensino-aprendizagem;
transforma queixas em pensamentos; criar espaços de escuta; levantar
hipóteses; observar; entrevistar e fazer devolutivas; utilizar-se de
metodologia clínica, olhar clínico; estabelecer vínculo psicopedagógico; não
fazer avaliação psicopedagógica clínica individual dentro da instituição
escolar; fazer acompanhamentos e orientações; compor a equipe técnica-
pedagógica (CALBERG, 2000, p.17).

Nesse sentido, a versatilidade de idéias sobre o papel dos psicopedagogos


tem incentivado a construir não só seu próprio perfil profissional, mas a soma desses
definir juntamente com outros aspectos que hoje entendemos como psicopedagogia
na escola.

3 INSTITUIÇÃO INVESTIGADA

A pesquisa qualitativa foi desenvolvida em torno de entrevistas com


professores da Escola Estadual Manoel José Lopes no Município de Grandes Rios.
Nas entrevistas foram utilizadas como estratégia básica a recolha de informação
sobre a atuação dos psicopedagogos na escola, e estas entrevistas foram
posteriormente transcritas, também foram realizadas as observações em diferentes
estágios de coordenação entre psicopedagogos e professores.
A escola investigada está localizada no município de Grandes Rios, na
região central do Estado do Paraná, há 400 quilômetros da capital do estado. Se
localização à Rua João Leandro Barbosa, n º 36, no Conjunto Habitacional Silvério
Siqueira. A Escola Municipal Manoel José Lopes, foi criada através do Decreto

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Municipal n º 006/92, aos quatro dias do mês de junho do ano de um mil novecentos
e noventa e dois, desmembrando-se do Colégio Estadual Comendador Geremias
Lunardelli, respondendo pela Direção Interinamente a professora Rosa Tamayose
Resende.
O prédio da escola é todo em alvenaria e está subdividido em três prédios,
sendo que no primeiro fica cozinha, refeitório, sala de administração, direção,
almoxarifado e biblioteca. No outro prédio, são seis salas, sendo uma para o
laboratório de informática e as outras salas de estudo e no ultimo prédio também
são mais seis salas e 2 banheiros, um masculino e um feminino. As instalações do
estabelecimento estão adequadas para um bom funcionamento e atendimento a sua
clientela, que atende alunos de classe social média e média-baixa.

3.1 O PSICOPEDAGOGO NA VISÃO DO PROFESSOR

O Psicopedagogo é responsável por orientar professores e estudantes


adequadamente do seu papel na educação, para que os objetivos do conhecimento
inerente, natural e científico alinhem-se com a realidade de todos aqueles envolvidos
nesse contexto, o processo de aprendizagem social e abordagem evolutiva (BOSSA,
1994).
Na entrevista aplicada a quatro professoras, sendo duas do período matutino
e duas do período vespertino. A primeira professora entrevistada, aqui identificada
como P1, tem 24 anos de idade é formada no Magistério com Pós-Graduação em
Educação Especial. A segunda Professora entrevistada identificada como P2, é
formada em Pedagogia, Pós-Graduada em Educação Especial e tem 30 anos de
idade. Já a terceira Professora a ser entrevistada, identificada como P3, tem 47 anos
de idade, é formada em Magistério e Pós-Graduada em Educação Especial e
Psicopedagogia. A quarta professora a ser entrevistada, tem 43 anos de Idade,
Graduada em Pedagogia, Pós-Graduada em Psicopedagogia e Educação Especial
A primeira professora entrevistada(P1) trabalha com alunos do Ensino
Infantil (Pré-Escola), período matutino, quando perguntada sobre a atuação do
Psicopedagogo, ela esclarece que

O papel do Psicopedagogo visa reconhecer e identificar as características


destes alunos e tomar decisões sobre a sua situação familiar, escolar e na

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sociedade. Para isso, ele tem deve ter uma estreita cooperação com os
tutores, professores, equipes pedagógica e a família. Ele recolhe, analisa e
avalia a informação relevante sobre os diferentes elementos envolvidos no
processo ensino-aprendizagem. Essa avaliação tem o intuito de identificar
as necessidades educacionais dos estudantes e da sincronia interna, social
e potencial determinando pelo descompasso entre seu desenvolvimento
intelectual e pessoal. Esta fase é necessária para fundamentar e esclarecer
a decisão sobre a forma de trabalho proposta e o tipo de ajuda que o aluno
pode necessitar para solucionar os problemas. A psicopedagoga da escola é
muito atuante e sempre auxilie os professores frente a tomada de decisões.

A segunda professora (P2) atua no segundo ano do ensino Fundamental no


período matutino, a entrevistada quando feito a mesma pergunta destacou que:

O Psicopedagogo trabalha com o princípio de recolher e avaliar as


informações que o aluno traz, a partir dessa consulta, entrevistando
professores e tutores, através da família passa a orientá-los sobre o seu
potencial ou seu problemas com a trajetória e desenvolvimento da criança.
Esta é uma informação muito interessante que serve como uma base para
centrar o caso, inicialmente, em seguida, contrastando esses dados através
de observação e de várias entrevistas os professores podem conduzir a
aprendizagem de seus alunos. O trabalho do Psicopedagogo é muito
importante para direcionar o trabalho do professor no desenvolvimento dos
alunos.

A terceira professora (P3) trabalha no período vespertino com alunos do


quarto ano do Ensino Fundamental, quanto à visão do trabalho do Psicopedagogo a
professora respondeu que:

O Psicopedagogo investiga questões relacionadas ao aluno como dados


pessoais, (nome, data de nascimento, endereço); detalhes dos pais ou
responsáveis legais (idade, profissão, nível de educação); composição
familiar e características de ligação do aluno com outros membros da
família, o histórico médico, e estudantil. Também busca outras informações
relevantes para a identificação dos alunos relacionadas com a sua história e
desenvolvimento desde o seu nascimento, características neonatais,
desenvolvimento psicomotor e nível de autonomia, desenvolvimento da
linguagem; socialização, contexto social e familiar; as expectativas e os
problemas encontrados na educação da criança; Os recursos humanos e
materiais; o tempo dedicada à criança pelos pais, as preferências da criança
da família; após recolher todas essas informação, é feita uma analisa da
situação do aluno e assim, junta-se a psicopedagoga, professora e equipe
pedagógica para decidir quais as melhores estratégias de trabalho com os
alunos.

A quarta professora (P4) leciona no período vespertino na turma de 5º ano


do ensino fundamental, já está na escola a mais de 15 anos e é a professora mais
experiente, quanto ao seu ponto de vista do Psicopedagogo ela relata que:

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As informações buscadas pelos psicopedagogos são relativas ao ensino e
aprendizagem na sala de aula e na escola. Eles buscam entender: a
natureza e as relações estabelecidas com o grupo da classe e professores,
os principais problemas para saber as medidas que devem ser tomadas até
para resolver os problemas, as áreas curriculares preferenciais e rejeitada
pelos alunos, organização da resposta educativa aos alunos para resolver o
problema e ver se os resultados foram positivos ou negativos, que tipo de
método pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem. Numa segunda
fase de investigação o Psicopedagogo busca a identificação das
características específicas da inteligência e o nível de desempenho, a
competência curricular e a base de conhecimento, a motivação,
persistência, criatividade, os estilos de aprendizagem; dissincronia ou
desequilíbrios no desenvolvimento, nível de proficiência linguística e o
planejamento e organização mental. Os psicopedagogos sempre usam os
procedimentos de identificação diferentes, tais como testes padronizados,
escalas de observação para os pais, colegas e professores. Depois de toda
essa análise o psicopedagogo faz uma reunião com toda equipe
pedagógica, se os resultados forem negativos, também são chamados os
pais para essa reunião, para que eles possam compreender os problemas
de seu filho e quais as melhores solução para desenvolver a aprendizagem
do aluno.

Como se pôde observar, a participação dos psicopedagogos é constante e


eles estão sempre avaliando as necessidades de professores e alunos, com um
único objetivo de promover uma educação de qualidade.
Num mundo em rápida mudança, percebe-se a necessidade de uma nova
visão e um novo paradigma de ensino centrado no aluno, que exige, as reformas em
profundidade, bem como a renovação dos conteúdos, métodos, práticas têm que
confiar em novos tipos de relações com os mais amplos setores da sociedade.
Assim se faz muito importante a atuação do psicopedagogo na escola.

4 CONCLUSÃO

A facilidade com que conduzi o processo de pesquisa e a aceitação e


envolvimento daqueles que fazem parte da escola, fizeram com que a situação fosse
natural para todos. Assim pude observar e analisar a realidade da atuação do
psicopedagogo na escola com tranquilidade.
A identificação e avaliação dos problemas ou solução pelos psicopedagogos
deve ser considerado como um processo de coletar todas as informações que nos
ajuda a entender o comportamento destes alunos e que é mais importante para a
resposta educativa adequada. A avaliação psicopedagógica dos alunos deve ser um
processo contínuo e, como tal, requer ajustamentos adequados com base nas
expectativas de realização do professor e do estudante.
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Nesse processo de avaliação, os dados extraídos do aluno, tendo também
em conta as informações fornecidas pelos professores, pais e colegas. É necessário
recolher o seu funcionamento cognitivo e as áreas preferenciais de competência
curricular, motivação, estilos de aprendizagem, criatividade, conceito de liderança,
auto-desempenho.
Como resultado da avaliação de competências curriculares determina o
domínio do conhecimento dos alunos. É especialmente importante para determinar
as áreas curriculares em que se projeta, e as lacunas que podem ter em outras
áreas. A informação recolhida através da análise de registros curricular nos permite
estabelecer as modificações necessárias para que o currículo proposto para
acomodar o aluno de acordo com seus conhecimentos, de modo que a
aprendizagem é intencional, significativa e importante e o melhor instrumento para a
avaliação curricular é a observação sistemática do professor.

Referências

AMARAL, A.L.M.; MONCAU, M.D.M. A Ação Educativa como Reprodutora e


Mantenedora das Desigualdades Sociais. Revista Psicopedagogia, São Paulo,
v.13, n. 31, pag. 9-14. Dezembro, 1994.

BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.


Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.

CARLBERG, Simone. Psicopedagogia Institucional - uma práxis em construção


In: Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ano 19, nº.51, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. SP: Atlas, 2007.

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