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Aula 00 – LINDB

Curso de Direito Civil p/ Auditor de Controle


Externo do TCDF
Professor: Wangney Ilco
Curso de Direito Civil
Teoria e Questões comentadas
Prof. Wangney Ilco - Aula 00

APRESENTAÇÃO

Olá, você! Tudo beleza?


Curso PRÉ-dital: Auditor de Controle Externo do TCDF
Banca: CESPE (último edital/2014)
Remuneração Inicial: R$ 18.938,23

Seja bem-vindo ao nosso Curso de Direito Civil para Auditor de Controle


Externo do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TC DF)

Bem, não temos edital ainda. Isso é fato! Porém, não podemos esperar
sair o edital para “correr atrás”. O candidato bem preparado está sempre um
passo à frente, pois ele acreditou no concurso e estudou com antecedência. E,
no dia da prova, ele fará uma boa prova, certamente!!! Assim, precisamos
estudar desde já, pois há rumores de um concurso em breve. Para mais
informações, confira a análise desde concurso em: RAIO-X do edital.
Pois bem, o diferencial do presente curso de Direito Civil é a
objetividade e a facilidade na assimilação da matéria, por meio de muitos
esquemas gráficos, tabelas e etc. A linguagem do curso pretende ser a
mais próxima possível de uma aula presencial: solta, objetiva, leve; sem
expressões difíceis, como encontramos nos livros e, principalmente, utilizando
muitos recursos gráficos e esquematizações para facilitar a assimilação do
Direito Civil. Afinal, o objetivo do curso é a aprovação; é ensinar a marcar o
“X” na alternativa correta e “partir pro abraço”. Beleza?
Antes, porém, como dica de estudos, sugiro alguns materiais gratuitos
e ferramentas, como os nossos SIMULADOS e o SQ-SISTEMA DE QUESTÕES.
Além disso, ressalta-se que em diversos concursos, o programa traz o
Direito Civil junto com Direito Empresarial. Nem sempre, os assuntos
apresentam-se separados por essas duas disciplinas; é comum virem
misturados. Assim, para facilitar os seus estudos, também temos os
respectivos cursos de Direito Empresarial aqui no Exponencial Concursos.
Basta conferir, caso o seu concurso tenha a previsão de empresarial!!!
Ah, este curso está atualizado com a legislação e questões bem
recentes (questões 2018) !!! Só conferir!

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Aula 00 – Lei de introdução às normas do direito brasileiro.


Vigência, aplicação, interpretação e integração das leis. Conflito das
leis no tempo. Eficácia da lei no espaço.

Sumário
Apresentação do Professor .................................................................. 5
Estrutura e cronograma do curso......................................................... 5
1- Introdução ..................................................................................... 7
1.1- Leis naturais x leis jurídicas ........................................................... 7
1.2- Direito Objetivo x Direito Subjetivo ................................................ 7
1.3- Fontes do Direito ......................................................................... 9
1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito ................ 9
1.5- Características e classificação das normas jurídicas ........................ 11
1.6- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro .......................... 13
2- Vigência da lei no tempo .............................................................. 15
2.1- Promulgação e publicação ........................................................... 15
2.2- Vigência da lei ........................................................................... 16
2.3- Vigência x Validade x Eficácia da lei ............................................. 17
2.4- Vacatio Legis ............................................................................. 18
2.5- Correções de lei ......................................................................... 19
2.6- Lei permanente x lei temporária .................................................. 19
2.7- Revogação ................................................................................ 20
2.8- Repristinação ............................................................................ 23
2.9- Erro de direito – princípio da obrigatoriedade ................................ 24
2.10- Lacuna legal - Integração das normas jurídicas .............................. 24
2.10.1 Analogia .............................................................................. 25
2.10.2 Costume .............................................................................. 26
2.10.3 Princípios gerais do direito ..................................................... 26
2.10.4 Equidade ............................................................................. 27
2.11- Interpretação da norma jurídica - hermenêutica ............................ 27
2.12- Conflito de normas no tempo....................................................... 28
2.13- Antinomia jurídica ...................................................................... 29
3- Vigência da lei no espaço ............................................................. 31
3.1- Território .................................................................................. 31
3.2- Territorialidade temperada .......................................................... 31
3.3- Princípio domiciliar – lex domicilii ................................................. 32

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3.3.1 Casamento e regime de bens ................................................. 33


3.3.2 Os bens e suas relações ........................................................ 35
3.3.3 Obrigações .......................................................................... 36
3.4- Sucessão .................................................................................. 37
3.4.1 Disposições diversas – conflito da lei no espaço ........................ 38
4- Lei nº 13.655/18: segurança jurídica e eficiência na criação e na
aplicação do direito público ............................................................... 40
5- Questões Comentadas .................................................................. 43
6- Lista de exercícios ........................................................................ 66
7- Gabarito ....................................................................................... 79

Se não puder voar, corra. Se não puder correr,


ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue
em frente de qualquer jeito.
(Martin Luther King Jr.)

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Apresentação do Professor

Meu nome é Wangney Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso


em 1997) e Escola Naval (ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais
pela Escola Naval com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos
como Oficial da Marinha, decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce
vida de “concurseiro”. O foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do
Estado do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz, por
absoluta perda de foco e por problemas pessoais. Porém, já no ano seguinte,
após alguns meses sem estudar, retornei com muita força já com edital na
praça. Fiz alguns ajustes. Foram 45 dias de dedicação total e foco máximo.
Resumos, gráficos, esquemas, mapas-mentais foram utilizados para aproveitar
o tempo com a máxima eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada
aprovação: Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo
que exerço atualmente! Desde então, final de 2009, me tornei Professor de
Direito Empresarial tendo lecionado em alguns dos principais cursos
preparatórios do país, dentre eles o Exponencial Concursos (meus cursos de
empresarial). No momento, estou cursando Direito na Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Pela facilidade com o Direito, mais
especificamente com o Direito Privado, também assumi o Direito Civil.

Agora que você nos conhece um pouco mais, vamos caminhar juntos
com disciplina, foco e determinação, ok?

Estrutura e cronograma do curso

Então, meus amigos, o presente curso de Direito Civil é de TEORIA e


Questões comentadas. O nosso foco será a CESPE, mas podemos usar
eventualmente questões de outras bancas para abordar determinado ponto da
matéria. Por aula, teremos cerca de 50 questões comentadas. Logo, no total,
o amigo “concurseiro” terá a sua disposição por volta de 450 questões de
Direito Civil totalmente comentadas. Excelente, não é mesmo?!
Assim, acreditamos que este curso de Direito Civil seja o suficiente para
a sua aprovação, já que, de forma objetiva, abordamos toda a teoria e ainda
as questões detalhadamente comentadas.
Vejamos, então, o cronograma de nossas aulas, conforme o último
edital CESPE:

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Aula Conteúdo
Lei de introdução às normas do direito brasileiro. Vigência,
00 aplicação, interpretação e integração das leis. Conflito das leis no
tempo. Eficácia da lei no espaço.
Pessoas naturais. Existência. Personalidade. Capacidade. Nome.
01
Estado. Direitos da personalidade.
Pessoas jurídicas. Disposições gerais. Constituição. Domicílio.
02
Associações e fundações. Bens públicos.
Negócio Jurídico. Disposições gerais. Invalidade. Prescrição e
03
decadência.
Obrigações: Transmissão das obrigações. Adimplemento das
04
obrigações.
Contratos. Contratos em geral. Preliminares e formação dos
05
contratos.
06 Atos ilícitos. Responsabilidade civil.
07 Questões CESPE
BÔNUS RESUMÃO
*Confira o cronograma com as datas de disponibilização das aulas no
site do Exponencial.
No mais, esperamos contar com a presença de vocês neste curso de
maneira otimista e compromissada, para que possamos caminhar juntos, de
mãos dadas, rumo à aprovação. Tenho certeza que com ESFORÇO,
DISCIPLINA e ORGANIZAÇÃO chegaremos lá. Força na remada! Em caso
de dúvidas sobre nossas aulas, basta usar e abusar de nosso fórum.
Pois bem, vamos ao que interessa!
Carpe Diem

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1- Introdução

Inicialmente, devemos fazer uma introdução que abrange não somente


o Direito Civil, mas todo o Direito. São assuntos que costumamos ver no início
da faculdade de Direito. É verdade que são assuntos pouco cobrados em
prova, de forma isolada. E, em relação a nossa área, isso não é diferente.
Porém, é uma introdução necessária sim para o bom andamento do curso e
também porque alguns termos que veremos a seguir podem ser usados em
questões de outros assuntos, ok? Então, vamos seguir!

1.1- Leis naturais x leis jurídicas

Vamos começar nosso trabalho com o estudo da lei. Inicialmente, é


interessante perceber que quando falamos em lei, estamos nos referindo ao
conjunto de normas e regras jurídicas, e não às leis naturais. Mas, qual é a
diferença entre as leis naturais e as leis jurídicas?

Leis naturais
Princípio da causalidade ≠ Leis jurídicas
Princípio da imputabilidade

As leis naturais são decorrentes da própria ação da natureza, na qual


reina o chamado princípio da causalidade. Isso significa que cada causa produz
determinado efeito, e isso independe de ação humana. Podemos citar, como
exemplo, a lei da gravidade.
As leis jurídicas, por sua vez, são convenções que disciplinam regras
de conduta, que funcionam como diretivas para ação. Nesse caso, podemos
citar o princípio da imputabilidade, pois quando um indivíduo pratica uma
conduta prevista em lei como crime ou contravenção, a ele deve ser imputada
determinada consequência prevista em lei.
No nosso estudo, quando nos referirmos à lei, estaremos tratando das
leis jurídicas.

1.2- Direito Objetivo x Direito Subjetivo

Outra diferenciação que precisamos fazer é com relação ao Direito


objetivo e o Direito Subjetivo. Vejamos:

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Direito Objetivo Direito Subjetivo

• É o conjunto de normas • É o poder atribuído ao indivíduo


jurídicas de caráter geral e de para agir conforme a sua
observância obrigatória pelos faculdade para a satisfação dos
indivíduos; seus interesses tutelados pela
•É imposto pelo Estado; lei (Direito objetivo);
•Refere-se ao conceito de Norma •Refere-se à Facultas Agendis -
Agendi - são normas jurídicas faculdade individual de agir
comportamentais; conforme o direito objetivo;
•Estabele limites à conduta •Expressa a vontade individual
humana em sociedade; •É posterior à norma jurídica;
•Expressa a vontade geral; •Deriva e nasce do Direito
•Organiza a sociedade conforme objetivo;
o conjunto de regras jurídicas; •Ex.: O indivíduo poderá usar o
•Ex.: O respeito à propriedade é seu direito à propriedade para
uma imposição do Direito; protegê-la. Poder de coerção.

Portanto, o Direito objetivo e o Direito subjetivo estão intimamente


ligados, representando conceitos distintos. Ressalta-se que há uma corrente
doutrinária que considera que o Direito subjetivo é a faculdade de agir do
indivíduo conforme os seus interesses. Mas há outra corrente que entende que
essa faculdade de agir não é o Direito subjetivo em si, mas está contido nele,
pois a faculdade de agir seria algo inerente ao ser humano e, portanto, estaria
inserido no campo natural. A faculdade humana, por esta correte, seria
anterior ao Direito. Beleza?

1. (ESPP/Juiz do Trabalho-TRT-9ªR/2012) Considerando


a teoria do Direito Civil acerca das locuções "direito objetivo" e "direito
subjetivo", assinale a alternativa incorreta:
a) O direito subjetivo associa-se à noção de "facultas agendi".
b) Visto como um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula,
temos o "direito subjetivo".
c) Direito subjetivo é a prerrogativa de invocação da norma jurídica, pelo
titular, na defesa do seu interesse.
d) Visto sob o ângulo subjetivo, o direito é o interesse juridicamente tutelado
(Ihering).
e) 0 direito objetivo refere-se a um conjunto de regras que impõem à conduta
humana certa direção ou limite. Ele descreve condutas obrigatórias e
comina sanções pelo comportamento diverso dessa descrição

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Comentários
Letra “b” incorreta. Na verdade, o conceito expresso na letra “b” qualifica o
Direito objetivo e não o subjetivo. As demais alternativas estão perfeitamente
corretas, representando os conceitos e características do Direito objetivo e do
Direito subjetivo.
Gabarito1: B

1.3- Fontes do Direito

As Fontes do Direito representam a origem, bem como o meio de


expressão das normas jurídicas. Podemos observar duas formas de classificar
as Fontes do Direito:

FONTES do Direito

FORMAIS NÃO FORMAIS

Lei
Analogia
Doutrina
Costume
Jurisprudência
Princípios Gerais de
Direito

Nas fontes formais, a lei é a principal delas, enquanto as demais são


consideradas fontes acessórias. A outra classificação prevista é a seguinte:

Diretas ou Lei + Costumes: criam a regra


Imediatas jurídica.
Fontes do
Direito
Doutrina + Jurisprudência: não
Indiretas ou
criam, mas contribuem para a
Mediatas
criação da regra jurídica.

1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito

As normas jurídicas estão na base de um ordenamento jurídico. Elas


estabelecem as regras de conduta e comportamento da sociedade, sendo uma
imposição do Estado, o qual possui a responsabilidade de aplicar as

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penalidades prevista quando infringidas. Reflete também os preceitos, os


mandamentos e os valores do ordenamento jurídico.
Em algumas ocasiões, a norma jurídica é utilizada como sinônimo de lei.
Assim sendo, é importante atentar que a palavra lei (ou norma jurídica) pode
ser utilizada em dois sentidos: amplo (“lato sensu”) e estrito (“stricto
sensu”).

Sentido amplo Não precisa ser proveniente do


(lato sensu) Poder Legislativo
Lei
Sentido estrito Necessariamente proveniente do
(stricto sensu) Poder Legislativo

Em sentido amplo (norma jurídica), a palavra lei abrange não


apenas as leis emanadas pelo Poder Legislativo, mas também outros
normativos, como por exemplo, os decretos e os regulamentos. Outro
exemplo, seria o caso da Medida Provisória, que em situações de urgência e
relevância, é fruto do Poder Executivo e tem força de lei. Embora não seja lei
em sentido estrito, a medida provisória é lei em sentido amplo. A lei em
sentido amplo também é conhecida como lei em sentido material, pois
apesar de não ser uma norma jurídica que seguiu a formalidade legislativa, é
uma norma em sua essência, em seu conteúdo.
Em sentido estrito, a lei precisaria ser introduzida no ordenamento
jurídico somente pelo Poder Legislativo, por meio de atos legislativos formais.
Por isso, a lei sem sentido estrito também é conhecida como lei em sentido
formal.

2. (FCC/Procurador-AL-SP/2010) Em relação às Fontes do


Direito Objetivo, considere:
I. Legislação, lato sensu, é modo de formação de normas jurídicas por meio de
atos competentes.
II. Lei, no sentido material, designa o conjunto de normas que estabelecem os
meios judiciais de se fazerem valer direitos e obrigações.
III. Os costumes são primordiais para o preenchimento de lacunas da lei, pois
muitos não se opõem à lei, mas disciplinam matérias que a lei não conhece.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I

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b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.
Comentários
Letra “d”.
I – Incorreta. Esta definição é de legislação (lei) stricto sensu, onde a norma é
formada por meio dos órgãos competentes (poder legislativo).
II – Correta. Refere-se à norma jurídica no que tange ao seu conteúdo,
determinando direitos e obrigações.
III – Correta. Os costumes são uma das fontes do direito – é uma fonte formal
ou direta ou imediata. Sendo assim, os costumes são empregados no
preenchimento das lacunas deixadas pela lei, nos termos do art. 4º da Lei de
Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB): “Art. 4o Quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito”.
Gabarito2: D

1.5- Características e classificação das normas jurídicas

A doutrina costuma abordar algumas características das normas


jurídicas:
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS

Bilateralidade Envolve pelo menos duas partes: uma que exige


determinada conduta de outra parte. Há uma relação
de poder e dever. Ex.: O município tem o poder de
exigir o pagamento do ISS dos contribuintes.
Generalidade A norma objetiva atingir todos as pessoas que se
encontrem na mesma situação jurídica. Ela não é
personalíssima. Não é dirigida especificamente a um
indivíduo; mas, à coletividade.
Abstratividade A norma é dirigida às mais diversas situações de forma
abstrata ou hipotética.
Coercibilidade Significa a possibilidade do uso da força para o
cumprimento da norma. Ex.: Prisão civil, despejo de
imóvel.
Obrigatoriedade e A norma deve ser imposta de forma a ser cumprida,
Imperatividade pois não representa uma declaração de vontade ou de

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conduta. O seu descumprimento pode ensejar a


aplicação de sanção. A norma é uma ordem ou
comando.
Permanência a Lei não pode ser aplicada apenas uma vez.

Autorizamento O direito de o lesado recorrer aos meios competentes e


requisitar reparação.

Pois bem, acerca da classificação da norma jurídica, temos diversas


classificações. Vejamos as principais delas:

Quanto à Imperatividade ou Obrigatoriedade:

COGENTES Não COGENTES


-É absoluta; -É relativa;
-Representa um ação ou abstenção; -Representa faculdade de agir ou de
-Mandamentais ou Proibitivas; se abster;
-Proibida a direção alcoolizada; -Permissivas ou Supletivas;
-Usar o cinto de segurança. -Casamento (escolha do regime de
bens).

Obs.: As leis cogentes também são conhecidas como INJUTIVAS, não


podendo ser modificadas pelas partes ou juiz. São leis de ordem pública.
Obs.: As leis não cogentes também são conhecidas por leis SUPLETIVAS
ou PERMISSIVAS, protegendo o interesse dos particulares e podendo ser
modificadas por vontade das partes.

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Prevê 2 sanções quando violadas:


Mais que a nulidade do ato e uma pena.
perfeitas Ex.: crime de bigamia (penal e
nulidade do casamento)

Prevê a nulidade do ato ou a


possibilidade de sua anulação.
Perfeitas Ex.: Negócio celebrado mediante
coação (art. 171, CC)

Quanto ao
Autorizamento
Prevê a penalidade, mas não a
anulação do ato. Ex.: Viúvo (a)
Menos que que casa antes do inventário e
perfeitas partilha. Pena: casar com
separação de bens (arts. 1523, I
e 1641, CC)

Nã prevê consequências
Imperfeitas jurídicas, quando violadas. Ex.:
Dívidas de jogos (art. 814, CC)

Quanto à natureza de suas disposições:

Adjetivas
Substantivas (materiais)
-Definem os meios de alcançar os
-Definem direitos e deveres;
direitos;
-Estabelecem requisitos, formas e
-Processuais ou formais;
exercício;
-Código de processo civil e código
-Direito Civil e Penal.
de processo penal

1.6- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

Bem, pessoal, esta aula vai girar em torno da chamada Lei de


Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42),
cuja sigla que adotaremos é a LINDB, ok? Anteriormente, conhecíamos a

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LINDB como Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), porém a Lei nº


12.376/10 alterou o Decreto-Lei em sua ementa; mudou-se de LICC para
LINDB. Pura formalidade! É o que menos importa para a nossa prova.
Na verdade, apesar da LINDB ser tratada didaticamente como uma
norma de introdução ao Direito Civil, na prática é uma lei autônoma aplicada
também aos demais ramos do Direito – daí a razão para a mudança de
nomenclatura. A LINDB, portanto, deve ser tratada como uma lei que
regulamenta outras leis e normas, sendo por isso conhecida pela expressão
lex legum – sobredireito, superdireito, lei das leis, norma sobre as normas.
Logo, a LINDB possui de início duas características principais: CONJUNTO DE
NORMAS SOBRE NORMAS e APLICABILIDADE A TODOS OS RAMOS DO
DIREITO.

Interesses Direito Relações entre


do Estado particulares

Público Privado

D.
D. D. Direito Direito
Tributário,
Constitucional Administrativo Comercial Civil
etc.

No mais, dessa forma, a LINDB vai tratar dos seguintes pontos:

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro


LINDB

Lex Legum

Conflito das
Vigência e Formas de
normas Normas de Critérios de
Eficácia das Integração
jurídicas no Direito Hermenêutica
normas da norma
Tempo e no Internacional Jurídica
jurídicas jurídica
Espaço

3. (CESPE/Delegado de Polícia-AL/2012) Com base no


que dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e
Direito Civil, julgue os itens subsecutivos.

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A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito.


Comentários
O item está Certo. A LINDB é considerada uma norma de sobredireito, pois é
um conjunto de normas sobre normas, que atinge não apenas o direito
privado, mas também o direito público, possuindo aplicação nos diversos
ramos do direito.
Gabarito3: Certo

2- Vigência da lei no tempo

Para estudarmos a vigência das leis no tempo, precisaremos trabalhar


com alguns conceitos importantes, entre eles, as fases do processo
legislativo, o significado de vigência, vacatio legis, revogação e
repristinação.

2.1- Promulgação e publicação

No âmbito do Direito Constitucional, estuda-se que a criação de uma lei


segue um procedimento chamado processo legislativo, que pode ser
sintetizado nas seguintes etapas:

Discussão e
Iniciativa Sanção ou Veto
aprovação

Publicação Promulgação

É importante atentar para a diferença entre promulgação e publicação:

Publicação
Promulgação
divulga a existência da lei
declara a existência da lei
exigência para entrada em
"nascimento" da lei vigor

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2.2- Vigência da lei

A vigência da lei deve ser contada a partir de sua publicação. Mas, o


que é vigência? É o período no qual a lei possui obrigatoriedade de
cumprimento. A partir de sua vigência, a lei produz efeitos para situações
concretas. Pode ser analisada sob os seguintes aspectos:

no tempo Início e término dos efeitos

Vigência

no espaço Território no qual produz efeitos

Conforme disposto no caput do artigo 1º da LINDB:

45 dias
Salvo
a lei começa em todo o depois de
disposição
a vigorar país oficialmente
contrária
publicada

Portanto, em regra geral, a vigência da lei ocorre após 45 dias


contados a partir de sua publicação. Esse é o chamado sistema simultâneo
ou sincrônico, pois determinou um prazo único para a obrigatoriedade da lei
em todo o país.

45 dias

Publicação Vigência

4. (CESPE - Auxiliar Judiciário - TJAC/AC - 2012) Com


base na Lei de Introdução às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir.
A vigência da norma começa com sua promulgação.
Comentários
O item está Errado. Conforme artigo 1° da LINDB, salvo disposição contrária,
a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada. Portanto, o prazo é de 45 dias e deve ser contado a
partir da publicação e não da promulgação da lei.
Gabarito4: Errado

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2.3- Vigência x Validade x Eficácia da lei

Não podemos confundir estes 3 (três) institutos em hipótese alguma.


Isso é pênalti no dia da prova, ok? Vejamos:
• Validade: os aspectos formais (ou condicional) e materiais (ou finalísticas)
exigidos pelo ordenamento jurídico foram observados. Exemplo de aspectos
formais: quórum de votação e aprovação da lei; autoridade competente
para edição da lei. Exemplo de aspectos materiais: assuntos que podem ser
objetos de determinado ato normativo.
• Vigência: relaciona-se à publicidade da lei, pela qual a lei é válida e pública
perante à sociedade. Assim, a vigência da lei representa a possibilidade,
em tese, de produção de seus efeitos. Como regra, uma vez que a lei se
torna válida, ela também se torna vigente e poderá produzir efeitos. Porém,
durante o período de vacância, a lei é válida, mas não pode produzir
efeitos. Só uma lei válida pode ser vigente; toda lei vigente é válida. Mas
nem toda lei válida é, necessariamente, vigente, pois pode estar em seu
período de vacância. Então, diz-se que a lei é vigente quando existe e pode
produzir efeitos, por ser formalmente válida.
• Eficácia: quando a lei está apta a produzir os seus efeitos de forma
concreta. Podemos conceber a eficácia da norma sob 3 (três) aspectos:
técnico, fático e social.
o Eficácia técnica: quando todos os requisitos estatais para sua
produção concreta de efeitos forem preenchidos. Assim, em tese, a lei
já pode produzir seus efeitos, pois é uma lei válida e vigente, porém, de
forma concreta, ainda depende de alguma ação do Estado. Ex.: Lei que
veda o comércio de determinados produtos agrícolas transgênicos.
Acontece que determinado órgão ainda divulgará quais produtos estão
proibidos. Logo, a lei é válida e vigente, mas ainda não possui a
eficácia.
o Eficácia fática: relaciona-se a requisitos sociais para produzir efeitos
da norma. Como por exemplo, uma norma que normatize o uso do
trem-bala. Ora, não temos ainda o trem-bala para que seja normatizado
o seu uso na sociedade.
o Eficácia social: possui eficácia social quando as pessoas a respeitam e
a cumprem.
Importa destacar que o art. 8º da LC nº 95/98 afirma que toda lei deve
indicar, de modo expresso, o início de sua vigência. Este dispositivo tornaria
inútil o art. 1º da LINDB: “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar
em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”.
A seu turno, pode haver uma lei inválida e sem vigência, mas que
produza efeitos, ou seja, possua eficácia. Como pode ser isso, professor? Bem,

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é o caso das chamadas leis temporárias ou excepcionais, que veremos mais


adiante.

2.4- Vacatio Legis

Esse período de tempo entre a publicação e o início da vigência é


chamado de “vacatio legis”. Nesse período de vacatio legis, embora a lei já
exista, ainda não produz efeitos, não havendo obrigatoriedade de seu
cumprimento.
Vacatio legis

Publicação Vigência

No entanto, a própria lei pode determinar outro prazo para sua entrada
em vigor. O prazo de 45 dias para vacatio legis é apenas para os casos em
que não houver disposição expressa em lei.
As leis também podem prever sua entrada em vigor na data de sua
publicação, seria o caso das leis de pequena repercussão. O artigo 8º da
Lei complementar n° 95/1998 prevê que “A vigência da lei será indicada de
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de
sua publicação" para as leis de pequena repercussão”.
Portanto, a vacatio legis pode ser expressa ou tácita. Observe, ainda,
que poderá não haver vacatio legis, quando a lei expressamente determinar a
entrada em vigor na data de sua publicação (leis de pequena repercussão).
Nos Estados estrangeiros, quando for admitida a obrigatoriedade da lei
brasileira, a vigência se inicia três meses depois de oficialmente publicada,
conforme § 1° do artigo 1 da LINDB.

expressa prazo disposto em lei

Vacatio legis
45 dias, no país
tácita
3 meses, no estrangeiro

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A contagem do prazo de vacatio legis deve ser feita incluindo a data


da publicação e do último dia do prazo, de forma que a lei entrará em
vigor no dia subsequente a sua consumação integral, conforme disciplinado no
§ 1º do artigo 8º da Lei Complementar no 95/1998.

O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis.

5. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária - TRT 6ª -


2012) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia, depois de oficialmente publicada, em:
a) três meses.
b) noventa dias.
c) um mês.
d) trinta dias.
e) quarenta e cinco dias.
Comentários
Letra “a”. Conforme § 1° do artigo 1° da LINDB, nos Estados, estrangeiros, a
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois
de oficialmente publicada.
Gabarito5: A

2.5- Correções de lei

No caso de, antes de a lei entrar em vigor, ocorrer nova publicação


destinada a correção do texto da lei, o § 3° do artigo 1º determina que os
prazos estudados começam a correr da nova publicação. O § 4° desse artigo
dispõe que as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

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2.6- Lei permanente x lei temporária

Em regra geral, as leis são permanentes (princípio da continuidade),


mas podem ser temporárias, quando forem expedidas com prazo de duração
determinado ou com um objetivo que uma vez cumprido exaure seus efeitos.
Um exemplo de lei temporária seria a lei orçamentária anual.

Lei Temporária Lei Permanente

• prazo determinado •prazo INdeterminado

Conforme disposto no caput do artigo 2º da LINDB:

Não se
até que outra a
destinando à
a lei terá vigor modifique ou
vigência
revogue
temporária

Obs.: Esta regra representa o chamado Princípio da Continuidade ou


Permanência.
Também, há as chamadas Leis excepcionais: são aquelas que
vinculam o seu prazo de vigência a determinadas circunstâncias ou fatos,
como guerra, epidemia, etc.
No caso de leis temporárias ou excepcionais, como já comentamos, são
exemplos onde a lei pode ser inválida e sem vigência, mas com eficácia,
produzindo os seus efeitos próprios. Vejamos o exemplo do Código Penal:
Lei excepcional ou temporária

Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o


período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram,
aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

2.7- Revogação

Mas, o que é revogação? Significa tornar a lei sem efeito, retirando a


eficácia dos seus dispositivos (e, portanto, sua obrigatoriedade). Pode ser total
(ab-rogação) ou parcial (derrogação).

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Revogação total Revogação parcial


(ab-rogação) (derrogação)
toda a lei é tornada sem parte da lei é tornada sem
efeito efeito

Conforme disposto no § 1° do artigo 2º da LINDB:

expressamente o Revogação
declare expressa

A lei posterior
seja com ela
revoga a
incompatível
anterior quando
Revogação
tácita
regule inteiramente a
matéria de que tratava a
lei anterior

Portanto, a revogação pode ser expressa ou tácita. Será expressa


quando houver dispositivo declarando que a lei anterior encontra-se revogada
(ou parte dela, no caso da revogação parcial) e será tácita quando a lei for
omissa, mas nova lei regular inteiramente a matéria da lei anterior, ou quando
for com ela incompatível.

6. (CESPE – Analista/Área Advocacia - SERPRO - 2013)


A respeito das normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes.
Considerar-se-á revogada uma lei até então vigente quando uma lei nova,
aprovada segundo as regras do processo legislativo, passar a regulamentar
inteiramente a mesma matéria de que tratava a lei anterior, ainda que a lei
nova não o declare expressamente.
Comentários
O item está certo. Quando a lei nova regula inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior, sem declarar expressamente a revogação, ocorre a
chamada revogação tácita. Conforme § 1° do artigo 2°, a lei posterior revoga
a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Gabarito6: Certo

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Conforme disposto no § 2° do artigo 2º da LINDB:

que estabeleça
disposições não revoga nem
A lei nova gerais ou modifica a lei
especiais a par anterior
das já existentes

Ou seja, a norma posterior continua coexistindo com a norma anterior,


caso não haja incompatibilidade de conteúdo. Um exemplo seria o caso de
uma lei específica (com disposições especiais) que disciplina o conteúdo de
uma lei com disposições gerais. Nesse caso, a lei nova não revoga a anterior,
ambas coexistem no ordenamento jurídico.

7. (CESPE - Auditor Federal de Controle Externo - TCU -


2013) Julgue os itens a seguir, com fundamento na Lei de Introdução ao
Código Civil Brasileiro e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
(STJ).
Após cinco anos de vigência de lei especial sobre determinada matéria, foi
editada nova lei contemplando disposições gerais acerca do mesmo tema.
Nessa situação, a edição da lei mais recente, a qual estabelece disposições
gerais, revoga a lei anterior especial.
Comentários
O item está Errado. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais
a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior, conforme §
2° do artigo 2° da LINDB.
Gabarito7: Errado
Ainda sobre a revogação expressa ou direta da lei, vale mencionarmos o
art. 9º da LC nº 95/98:
Art. 9o da LC 95/98 - A cláusula de revogação deverá enumerar,
expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.

Logo, o legislador não deve utilizar de expressões vagas como “ficam


revogadas as disposições em contrário”.

Obs.: ULTRATIVIDADE da lei: ocorre quando a lei revogada continua a


produzir efeitos jurídicos em relação a determinados fatos ocorridos durante a
sua vigência. Exemplo: Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos
celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro
de 1916, é o por ele estabelecido. Portanto, a lei continua a regular fatos
ocorridos antes de sua revogação.

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2.8- Repristinação

Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei


revogadora perdido sua vigência. Vamos associar a um exemplo para facilitar
o entendimento. Se uma lei “B” revogar uma lei “A” e, posteriormente, uma lei
“C” revogar a lei “B”, diríamos que ocorreu repristinação se a lei “A” voltasse a
vigorar, por ter a lei revogadora (lei “B”) perdido a vigência.
Conforme disposto no § 3° do artigo 2º da LINDB:

por ter a lei


Salvo
a lei não se revogadora
disposição
revogada restaura perdido a
contrária
vigência

Ou seja, caso não haja disposição em contrário, não haverá


repristinação. Para entender esse dispositivo vamos imaginar que uma lei “B”
revogou uma lei “A”. Nesse caso, se uma lei “C” revogar a lei “B”, isso significa
que a lei “A” não volta a vigorar.

8. (VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal -


Prefeitura de São José do Rio Preto/SP - 2014) A repristinação consiste:
a) no lapso temporal entre a promulgação da lei e sua vigência, não podendo
ser inferior a 45 (quarenta e cinco) dias.
b) na supressão de lei ou dispositivo legal, em razão da declaração de
inconstitucionalidade, por controle concentrado.
c) na revogação tácita de lei, em virtude de lei posterior com ela incompatível.
d) no suprimento de omissão da lei pela aplicação da analogia, dos costumes
e dos princípios gerais de direito.
e) na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua
vigência, sendo admitida apenas quando há expressa disposição legal.
Comentários
Letra “e”. A repristinação consiste na restauração da lei revogada por ter a lei
revogadora perdido sua vigência. Conforme § 3o do artigo 2º da LINDB, salvo
disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação,
quando houver expressa disposição legal.
Gabarito8: E

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2.9- Erro de direito – princípio da obrigatoriedade

O artigo 3º da LINDB dispõe que:

Ninguém se escusa de
alegando que não a conhece
cumprir a lei

Portanto, não vale alegar erro de direito, ou seja, alegar


desconhecimento da lei para deixar de cumpri-la. Eis o princípio da
obrigatoriedade da lei.
Porém, não podemos deixar de considerar o teor do art. 8º da Lei de
Contravenções Penais, que pode relativizar o princípio acima:
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando
escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada.

2.10- Lacuna legal - Integração das normas jurídicas

Considerando a infinidade de situações existentes na vida em sociedade,


não é possível que o legislador consiga prever todas as situações em lei.
Assim, lacunas ou omissões podem ocorrer nas normas jurídicas. Portanto,
nas situações não previstas em lei, o juiz deverá decidir a respeito.
Neste sentido, conforme o art. 140 do CPC, “O juiz não se exime de
decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico”. Já
o artigo 4º da LINDB dispõe que:

analogia
ORDEM
Quando a lei o juiz decidirá o
costumes
for omissa caso de acordo com

principios gerais de
direito

Portanto, no caso de haver uma lacuna legal, não pode o juiz deixar de
decidir a causa. Nesse caso, ele deve levar em consideração, nessa ordem:

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analogia

costumes

princípios
gerais de
direito

Portanto, tais mecanismos são meios pelos quais integra-se o


ordenamento jurídico. Vejamos, em síntese, cada um deles.

2.10.1 Analogia
Na ordem, a analogia é o primeiro mecanismo a ser utilizado no caso
concreto no qual não há um dispositivo legal específico previsto. Assim,
utiliza-se um outro dispositivo legal aplicado a caso semelhante.
São requisitos para aplicar-se a analogia:

ANALOGIA
Requisitos

Não existe de Há semelhança entre o Os fundamentos lógicos


dispositivo legal para o caso concreto e a e jurídicos são comuns
caso concreto.p hipotese prevista na lei aos dois casos

Destaca-se ainda a diferença entre a analogia e a interpretação


extensiva da norma:
• Analogia: não existe dispositivo legal para determinado caso concreto,
aplicando-se uma norma que é aplicada a caso semelhante;
• Interpretação extensiva: ocorre quando se vai além da interpretação
literal da norma para alcançar determinado caso concreto, sem deixar
de observar o seu sentido íntimo. Exemplo: Dá-se uma interpretação
extensiva ao art. 25 do CC para abarcar a companheiro ou o
companheiro, conferindo-lhe a legitimidade do cônjuge (Art. 25. O
cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou
de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o
seu legítimo curador).

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2.10.2 Costume
Esgotada as possibilidades de ser empregada a analogia ao caso
concreto, deve-se utilizar o costume, que é o segundo método de integração
da lei. O costume nada mais é que a prática reiterada de certo comportamento
aliada à convicção de sua obrigatoriedade. É uma forma não escrita do direito
– consuetudinário.
A doutrina costume destacar 3 tipos de costume no que tange à
integração da lei:
1) Secundum Legem: a aplicação do costume está expressamente
previsto na lei.
Art. 569 do CC. O locatário é obrigado: II - a pagar pontualmente o aluguel nos
prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar;

2) Praeter Legem: aplica-se para sanar a omissão da Lei. Ou seja, o


costume é aplicado como forma de suprir ou complementar a lei. Como
exemplo, a doutrina cita o caso do cheque pré-datado (ou pós-datado,
como alguns preferem). De fato, o cheque é uma ordem de pagamento
a vista e, tecnicamente, não seria possível a emissão de cheque pré-
datado, o que significaria permitir o pagamento a prazo. Acontece que a
necessidade de crédito na economia nacional fez surgir essa forma de
emissão do cheque. Portanto, esse é um costume que foi aceito, onde o
juiz afasta a incidência de crime.
3) Contra Legem: seria o costume aplicado contra a lei. A corrente
majoritária é contrária ao costume que vai contra as normas jurídicas,
já que somente uma lei poderia revogar outra lei; tarefa esta que não
cabe ao costume.

2.10.3 Princípios gerais do direito


Após a analogia e os costumes, caso ainda persista a lacuna na lei, os
princípios gerais do direito poderão ser aplicados ao caso concreto.
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, os princípios gerais do direito são
“regras que se encontram na consciência dos povos e são
universalmente aceitas, mesmo não escritas. Tais regras, de caráter
genérico, orientam a compreensão do sistema jurídico, em sua
aplicação e integração, estejam ou não incluídas no direito positivo.”.
Exemplo: “a boa-fé se presume”.

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2.10.4 Equidade
De acordo com Paulo Nader, a equidade “é recurso técnico de
aplicação do Direito, destinado a situar a decisão judicial no prumo da
justiça. É tarefa que exige sensibilidade e experiência do aplicador,
pois, ao decidir por equidade, de certa forma desenvolve tarefa
análoga à do legislador”.
Portanto, a equidade busca, antes de mais nada, a justiça no caso
concreto. E, muito embora, não esteja expressamente prevista no art. 4º da
LINDB, quando a lacuna da lei ainda não tiver sido solucionada, a equidade
poderá ser empregada como forma de integração, desde que haja
autorização expressa em lei. Assim é a previsão do CPC: Art. 140, §único.
O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Exemplo: Art. 1.586 do CC. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em
qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida
nos artigos antecedentes a situação deles para com os pais.

9. (CESPE - Técnico Judiciário/Área


Administrativa/Judiciária - TJSE/SE - 2014) No que se refere aos
dispositivos da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e à vigência,
aplicação, interpretação e integração das leis, julgue o seguinte item.
Conforme previsão expressa da Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro, nas hipóteses de omissão legislativa, serão aplicados a analogia, os
costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.
Comentários
O item está Errado. A aplicação da equidade não está expressamente prevista
na LINDB nas hipóteses de omissão legislativa. Conforme artigo 4o da LINDB,
quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
Gabarito9: Errado

2.11- Interpretação da norma jurídica - hermenêutica

Interpretar uma lei, uma norma jurídica, significa determinar a sua


essência, bem como o seu alcance. O estudo da interpretação e de suas
teorias dá-se o nome de hermenêutica. Os métodos mais conhecidos de
interpretação das normas jurídicas são os seguintes:

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Métodos Gramatical ou filológico: é a interpretação literal da


norma, conforme cada termo gramatical do texto.
de
Interpretação
Lógico: é a interpretação racional conforme o espírito da
lei pretendido pelo legislador. Prioriza a intenção do
legislador, em termos lógicos e coerentes com a realidade.

Sistemático: é a interpretação de acordo com o conjunto


do ordenamento jurídico e os princípios pertinentes.
Assemelha-se o método lógico, sendo também chamado de
lógico-sistemático.
Histórico: refere-se a uma análise dos pressupostos da
norma, verificando a vontade e o objetivo do legislador.
Verifica-se as circunstâncias da elaboração da norma sob o
aspecto político, social e econômico.
Teleológico ou sociológica: é a interpretação que
pretende adequar o objetivo da norma ao anseio social
(exigências do bem comum), de acordo com o art. 5º
da LINDB.

2.12- Conflito de normas no tempo

Quando uma nova lei revoga uma lei anterior, o que acontece com as
relações jurídicas que foram constituídas sob a vigência da lei revogada?
Existem dois critérios para o direito intertemporal (resolução de
conflito das leis no tempo): o das disposições transitórias e o da
irretroatividade das leis.
No primeiro, as disposições transitórias trazem regras para regular
os possíveis conflitos entre a lei nova e a lei anterior. No segundo, entende-se
que as leis não retroagem, de forma que uma nova lei não atinge situações
passadas.
Em regra geral, as leis não retroagem (irretroatividade das leis), mas
pode haver retroatividade em determinados casos.
O artigo 6º da LINDB dispõe que:

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A lei em vigor

terá
respeitados
efeito

ato
direito coisa
imediato geral jurídico
adquirido julgada
perfeito

Os §§ 1° a 3° desse artigo esclarecem que:

ato jurídico • o já consumado segundo a lei vigente


perfeito ao tempo em que se efetuou

• os direitos que o seu titular, ou alguém


direito por ele, possa exercer, como aqueles
adquirido cujo começo do exercício tenha termo
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem

coisa julgada • a decisão judicial de que já não caiba


ou caso julgado recurso

Portanto, a lei nova atinge apenas os fatos pendentes e futuros, não


produzindo efeito sobre os fatos passados. Essa proteção, que visa garantir
segurança jurídica, também está prevista no artigo 5°, XXXVI da Constituição
Federal, que dispõe que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Obs.: Sobre a coisa julgada, o Código de Processo Civil assim dispõe: “Art.
502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna
imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a
recurso”.

2.13- Antinomia jurídica

A antinomia jurídica ocorre quando existem duas (ou mais) normas


conflitantes, de forma que não há definição de qual deve ser aplicada em um
caso concreto.

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Antinomia

real aparente

A antinomia real ocorre quando ao aplicar uma norma, viola-se a outra,


e vice-versa. Como não há como solucionar o impasse, é necessário editar
uma nova norma para solucionar o conflito em questão.
A antinomia aparente ocorre quando a solução é o uso das normas
integrantes do ordenamento jurídico, visto que o conflito é apenas aparente.
Nesse caso, aplicam-se os seguintes critérios de na seguinte ordem de
prevalência:

Prevalecem as leis de hierarquia


Hierárquico
superior: Lei x regulamento

Prevalecem as leis especiais em


Especialidade
relação às gerais

Prevalecem as leis novas em relação


Cronológico
às anteriores

Por fim, as antinomias classificam-se da seguinte forma:

• Antinomia de primeiro grau: conflito de normas válidas que envolve


apenas um dos critérios do quadro acima.
• Antinomia de segundo grau: conflito de normas válidas que envolve
dois dos critérios do quadro acima.

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3- Vigência da lei no espaço

Para entendermos a vigência das leis no espaço, vamos compreender a


magnitude da palavra território, conhecer o princípio da territorialidade
temperada, para então estudarmos as demais regras da LINDB relacionadas
aos conflitos decorrentes da aplicação espacial das normas. É assunto
atinente ao Direito Internacional Público e Privado.

3.1- Território

O território pode ser considerado como o território real (extensão


geográfica do país) somando-se ao território ficto (embora não seja
geograficamente parte do país, é considerado como seu prolongamento).

Território

real ficto

Dessa forma, os consulados e as embaixadas brasileiras, assim como


navios de guerra e aeronaves militares, que se situam geograficamente em
outros países, pertenceriam ao território ficto.

3.2- Territorialidade temperada

O princípio da territorialidade refere-se à obrigatoriedade da lei em


todo o território nacional. No entanto, devido a situações que surgem com a
globalização, temos casos em que normas estrangeiras possuem validade em
território nacional.
Por isso, dizemos que o Brasil adota o sistema da territorialidade
temperada (ou mitigada ou moderada) ou seja, a lei é obrigatória em todo o
território nacional, sendo também possível que sejam aplicadas leis
estrangeiras em determinados casos (extraterritorialidade). REGRA: A lei
brasileira é aplicada em razão da soberania nacional. Exceção: A lei
estrangeira poderá ser aplicada, conforme o caso e respeitados algumas
condições. São elas:
• O artigo 17 da LINDB:

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bem como
quaisquer soberania
declarações de nacional
vontade não terão
As leis, atos e
eficácia no
sentenças de ordem pública
Brasil quando
outro país
ofenderem

bons costumes

• Vale destacar que para que uma sentença estrangeira produza


efeitos no Brasil, é necessário que haja homologação pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ), conforme artigo 105, inciso I, alínea “i” da
Constituição Federal de 1988: Não se cumprirá sentença
estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se).

10. (CESPE - Delegado de Polícia – Polícia Civil/AL –


2012) Com base no que dispões a Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos.
A teoria da territorialidade temperada foi adotada pelo direito brasileiro.
Comentários
O item está Certo. Conforme estudamos, o Brasil adota a teoria da
territorialidade temperada, visto que em determinados casos é permitida a
aplicação de leis estrangeiras no país (extraterritorialidade).
Gabarito10: Certo

3.3- Princípio domiciliar – lex domicilii

O artigo 7° da LINDB estabelece que:

A lei do país em que


domiciliada a pessoa
determina as regras sobre

o começo e o
os direitos de
fim da o nome a capacidade
família
personalidade

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Tendo o art. 7º como exemplo, no que tange


à capacidade, mesmo que na Argentina uma pessoa adquira capacidade plena
aos 16 anos, no Brasil essa pessoa será considerada incapaz, pois aqui a
capacidade plena só é adquirida aos 18 anos, em regra.
Assim, o art. 7º da LINDB consagra a lex domicilii (lei do domicílio)
como critério de conexão para determinar a lei aplicável aos casos concretos
no Brasil. Este critério segue uma linha contrária ao princípio nacionalístico,
adotado anteriormente.
Portanto, as situações relacionadas ao começo e fim da personalidade,
tais como as presunções de morte, o nome, a capacidade e os direitos de
família, serão resolvidas segundo o princípio domiciliar previsto no art. 7º da
LINDB.

3.3.1 Casamento e regime de bens


Os §§ 1° a 8° do art. 7º tratam do casamento, divórcio e regime de
bens relacionados ao princípio do domicílio e à territorialidade temperada:
✓ Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração
=> Independentemente da nacionalidade dos nubentes, se o casamento
for realizado no Brasil, a lei brasileira deverá ser observada em dois
aspectos: impedimentos para casar-se e formalidades da celebração.

Impedimentos
dirimentes
(Ex.: art. 1.521, CC)
Casamento Aplicação da lei
realizado no Brasil brasileira

Formalidades da
celebração

O art. 1.521 do CC traz as hipóteses de impedimentos matrimoniais:


Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou
civil;

II - os afins em linha reta;

III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com


quem o foi do adotante;

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o


terceiro grau inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

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VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou


tentativa de homicídio contra o seu consorte.

✓ O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades


diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes => Permite
que os estrangeiros, ao contraírem casamento fora de seu país, possam
fazê-lo perante o agente consular ou diplomático de seu país, no consulado
ou fora dele.
✓ Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal => o primeiro
domicílio conjugal escolhidos pelos nubentes com domicílio diverso deve
reger as situações após o casamento, bem como os casos de invalidade do
matrimônio.
✓ O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro
domicílio conjugal => mais uma vez a regra do primeiro domicílio
conjugal quando os nubentes tiverem domicílios diversos. Se o Brasil foi
escolhido como primeiro domicílio conjugal, a lei brasileira rege o regime
de bens.
✓ O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega
do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime
de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e
dada esta adoção ao competente registro.
✓ O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem
brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 ano da data da
sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual
prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas
as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no
país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento
interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já
proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de
divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos
legais.
✓ Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se
ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos
incapazes sob sua guarda => De acordo com o critério da unidade
domiciliar, no que diz respeito às relações pessoais entre os cônjuges, seus
direitos e deveres recíprocos, e aos direitos e obrigações decorrentes da
filiação, aplicar-se a lei do domicílio familiar, estendendo-se aos
cônjuges e aos filhos menores.

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✓ Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar


de sua residência ou naquele em que se encontre => Aquele que não
possuir domicílio conhecido, será domiciliado no local de sua residência
acidental ou naquele em que se encontrar, sendo, portanto, vedada a
hipótese de dupla residência.

11. (FCC - Analista Legislativo – Assembleia


Legislativa/PB – 2013) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro, é INCORRETO afirmar que a lei do país em que for
domiciliada a pessoa determina as regras sobre
a) a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes.
b) o começo e o fim da personalidade.
c) o nome.
d) a capacidade.
e) os direitos de família.
Comentários
Letra “a”. Conforme artigo 7o da LINDB, a lei do país em que domiciliada a
pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade (letra
“b”), o nome (letra “c”), a capacidade (letra “d”) e os direitos de família (letra
“e”). Portanto, não se aplica a qualificação dos bens e as relações a eles
concernentes (letra “a”).
Gabarito11: A

3.3.2 Os bens e suas relações


O artigo 8º da LINDB dispõe que:

Para qualificar os
bens Aplicar-se-á a
lei do pais
E em que
estiverem
regular as situados
relações a eles
concernentes

REGRA: aos bens, aplica-se a leis do país em que estiverem situados.


Exceção: em situações específicas, aplica-se os §§ 1° e 2° do artigo 8º:

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✓ Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto


aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte
para outros lugares.
✓ O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja
posse se encontre a coisa apenhada.

3.3.3 Obrigações

Já com relação às obrigações, o artigo 9º da LINDB dispõe que:

Para qualificar e aplicar-se-á a lei do


reger as país em que se
obrigações constituirem

Os §§ 1° e 2° desse artigo acrescentam que:


✓ Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e
dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas
as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do
ato.
✓ A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar
em que residir o proponente.

O caput do art. 9º traduz a máxima locus regit actum (A lei do local


rege o ato). Exemplo: As partes presencialmente celebraram contrato em
país diverso daquele que residem as partes. É uma regra geral de Direito
Internacional Privado. O Brasil adota esta regra (basta observa o caput do art.
9º). Prosseguindo, em relação ao §2º, seria uma situação específica, onde a
obrigação seria celebrada entre pessoas ausentes e a regra a ser aplicada à
obrigação seria a do “proponente”. Quando se fala em “proponente”,
entendemos que é a pessoa que propõe o negócio, a obrigação. Logo, acaba
que é o local onde a obrigação foi proposta (local do proponente) – não é o
local do aceitante. O art. 435 do CC traz regra semelhante: Reputar-se-á
celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.

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3.4- Sucessão

O artigo 10 da LINDB estabelece que:

Obedece à lei do país em por morte


que domiciliado o a sucessão
defunto ou o por ausência
desaparecido

qualquer que seja a


natureza e a situação
dos bens

Já os §§ 1° e 2° desse artigo tratam sobre a sucessão de bens de


estrangeiro, conforme esquematizamos abaixo:

do cônjuge
ou dos filhos
brasileiros
será regulada
A sucessão de
situados no pela lei
bens de
País brasileira em sempre que
estrangeiros
benefício não lhes seja
mais favorável
a lei pessoal
do de cujus

Ou seja, se a lei pessoal do de cujus (estrangeiro) for menos favorável


ao cônjuge/filho brasileiro, a sucessão será regida pela lei brasileira, para os
bens situados no País.
Por fim, a lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade
para suceder.
Em resumo, sobre a sucessão, temos 3 situações:

•Lei do domicílio do defunto ou deseparecido,


REGRA independente da natureza ou situação dos
bens.

•Lei brasileira em benefício do cônjuge e


Bens situados no país,
dos filhos brasileiros, sempre que a lei do
mas de estrangeiros. de cujus não for mais favorável.

Capacidade para •Aplica-se a lei do domicílio do herdeiro ou do


suceder legatário

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12. (FCC - Advogado Júnior – Metrô/SP – 2014)


Christian, empresário alemão, vivia há anos no Brasil com sua esposa
brasileira e filhos brasileiros. Faleceu em trágico acidente aéreo, deixando
diversos bens no Brasil. A sucessão dos bens situados no Brasil, em benefício
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, será regulada
a) pela lei brasileira ou pela lei pessoal dos pais do de cujus, caso esta última
seja mais favorável.
b) obrigatoriamente pela lei brasileira.
c) obrigatoriamente pela lei pessoal do de cujus.
d) obrigatoriamente pela lei pessoal dos pais do de cujus.
e) pela lei brasileira ou pela lei pessoal do de cujus, caso esta última seja mais
favorável.
Comentários
Letra “e”. Conforme § 1º do artigo 10 da LINDB, a sucessão de bens de
estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Gabarito12: E

3.5- Disposições diversas – conflito da lei no espaço

Na sequência, a LINDB aborda diversos pontos relacionados ao conflito


da lei no espaço. São dispositivos que não são cobrados em prova com tanta
frequência; quando são, vêm da forma literal, ok? Assim, vejamos tais
dispositivos na sua forma literal:

Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo,


como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que
se constituírem.

§ 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou


estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo
Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.

§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer


natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de
funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou
susceptiveis de desapropriação.
§ 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos
prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos
agentes consulares.

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Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o


réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações


relativas a imóveis situados no Brasil.

§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e


segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências
deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta,
quanto ao objeto das diligências.

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela
lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não
admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira
desconheça.

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de


quem a invoca prova do texto e da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que
reuna os seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à


revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias


para a execução no lugar em que foi proferida;

d) estar traduzida por intérprete autorizado;

e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i


da Constituição Federal).

Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).

O art. 105, I da CF/88 alterou a competência para homologar sentenças


proferidas no estrangeiro do STF para o STJ.

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar
a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se
qualquer remissão por ela feita a outra lei.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades


consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais
atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de
nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país
da sede do Consulado.
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a
separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo
filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais
quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as

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disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão


alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu
nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.

§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído,


que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as
partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado
próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da
escritura pública.
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e
celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657,
de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos
legais.

Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido


recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do
mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em
90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei.

4- Lei nº 13.655/18: segurança jurídica e eficiência na criação e


na aplicação do direito público

Em 25/04/2018 foi sancionada a Lei nº 13.655/18, que dispõe sobre


segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público.
Esta lei adicionou 10 artigos à LINDB (o artigo 25 foi vetado). O artigo
29 deverá observar a vacatio legis de 180 dias.
Essas alterações trazem à LINDB disposições de direito público, em
especial ao direito administrativo, financeiro, orçamentário e tributário.
Logo, devemos ter atenção a essa novidade na LINDB: poderá cair em
sua prova!!! Por ser uma novidade, o mais provável é sua cobrança na
literalidade. Segue a transcrição dos artigos introduzidos na LINDB:
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas
da decisão.

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida


imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
inclusive em face das possíveis alternativas.

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar
de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o
caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e
equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos

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atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais
ou excessivos.

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os


obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu
cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste,


processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que
houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.

§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da


infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente.
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das
demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.

Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer


interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo
novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição
quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja
cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses
gerais.

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à


validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já
se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado
que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas
situações plenamente constituídas.

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações


contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou
administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e
de amplo conhecimento público.
Art. 25. (VETADO).

Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na


aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após
realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral,
celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só
produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.

§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:

I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os


interesses gerais;
II – (VETADO);

III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de


direito reconhecidos por orientação geral;

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IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu
cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

§ 2º (VETADO).
Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos
resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.

§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes


sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.

§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso


processual entre os envolvidos.

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou


opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.

§ 1º (VETADO).

§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).

Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade
administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de
consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio
eletrônico, a qual será considerada na decisão.

§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais


condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares
específicas, se houver.

§ 2º (VETADO).”

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e
respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter


vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

Então, é isso! Esta foi a nossa aula teórica. Agora é hora de treinar
bastante por meio de questões. Afinal de contas, o nosso é objetivo é acertar
a questão, certo? Assim, sugerimos que primeiro façam as questões da lista
de questões da aula para depois verificar os comentários, beleza?

Muita força na remanda e muita disciplina!

Abraços e bons estudos!

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5- Questões Comentadas

13.(CESPE/Procurador-Manaus-AM/2018) À luz das disposições do


direito civil pertinentes ao processo de integração das leis, aos negócios
jurídicos, à prescrição e às obrigações e contratos, julgue o item a seguir.
O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do
critério hierárquico é classificado como antinomia aparente de primeiro grau.
Comentários
O item está certo. Esta é uma questão definida pela doutrina, que estabelece
os critérios de solução para conflitos entre leis no tempo (antinomias), bem
como classifica essas antinomias. Vejamos:

Prevalecem as leis de hierarquia


Hierárquico superior: Lei x regulamento

Prevalecem as leis especiais em


Especialidade relação às gerais

Prevalecem as leis novas em relação


Cronológico às anteriores

Assim, quanto à classificação das antinomias:


• Antinomia de primeiro grau: conflito de normas válidas que envolve
apenas um dos critérios do quadro acima.
• Antinomia de segundo grau: conflito de normas válidas que envolve
dois dos critérios do quadro acima.
Gabarito13: Certo

14.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início noventa
dias após a data de sua publicação.
Comentários
O item está errado. Conforme o art. 1º da LINDB, “Salvo disposição contrária,
a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada”. Portanto, a regra prevista na LINDB indica que a
vigência da lei ocorre após 45 dias contados a partir de sua publicação. Esse
é o chamado sistema simultâneo ou sincrônico, pois determinou um prazo
único para a obrigatoriedade da lei em todo o país. Porém, a nova lei poderá
prever o início de sua vigência diversa da regra da LINDB.

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45 dias

Publicação Vigência

Gabarito14: Errado

15.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
Lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada.
Comentários
O item está certo. Assertiva conforme o art. 6º da LINDB.
Art. 6º. A Lei em vigor ter· efeito imediato e geral, respeitados o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

A lei em vigor

terá
respeitados
efeito

ato
direito coisa
imediato geral jurídico
adquirido julgada
perfeito

Gabarito15: Certo

16.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma lei
denomina-se vacatio legis.
Comentários
O item está certo. Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se
estabelece entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste
intervalo de tempo a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no
sistema.

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Gabarito16: Certo

17.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
O prazo de vacatio legis se aplica às leis, aos decretos e aos regulamentos.
Comentários
O item está errado, pois aplica-se somente às leis. Os atos normativos
administrativos (decretos e regulamentos) entram em vigor na data de sua
publicação (Decreto nº 572/1890).
Gabarito17: Errado

18.(CESPE/Delegado-PF/2013) Com base na Lei de Introdução às Normas


do Direito Brasileiro, julgue o item a seguir.
A revogação de uma norma pela superveniência de outra que disponha sobre
a mesma matéria poderá atingir as situações já consumadas sob a égide da lei
antiga, afetando os efeitos pretéritos produzidos ou incidindo sobre os efeitos
presentes ou futuros de situações passadas ocorridas na vigência da norma
revogada.
Comentários
O item está certo. Esta questão é controversa, pois ela afirma que uma lei
nova que trata da mesma matéria de lei antiga poderá repercutir em situações
já consumadas sob a égide da lei antiga. A banca CESPE argumenta que este
seria um entendimento doutrinário como podemos observar mais abaixo em
sua justificativa. No entanto, o enunciado da questão menciona “Com base na”
LINDB. De fato, nos termos do art. 6º da LINDB, a lei nova atinge apenas os
fatos pendentes e futuros, não produzindo efeitos sobre os fatos passados.
Essa proteção, que visa garantir segurança jurídica, também está prevista no
artigo 5°, XXXVI da Constituição Federal, que dispõe que “a lei não
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Enfim, fiquemos atentos. Segue a justificativa do CESPE: O gabarito está de
acordo com abalizada doutrina: “A permanência da norma indica que a lei,
uma vez promulgada e publicada, obrigará indefinidamente até que venha a
ser revogada por outra lei. A revogação de uma norma pela superveniência de
outra, regendo a mesma matéria, causa tríplice repercussão na antiga lei, pois
poderá atingir as situações já consumadas sob sua égide, afetar os efeitos
pretéritos produzidos ou incidir sobre os efeitos presentes ou futuros de
situações passadas ocorridas na vigência da norma revogada.” Apesar das

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argumentações trazidas nas razões recursais, a assertiva faz menção a


situações e, não, a ato jurídico e também traz a expressão "poderá".
Gabarito18: Certo

19.(CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2017) De acordo com a


legislação de regência e o entendimento dos tribunais superiores, julgue o
próximo item.
Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação
jurídica, não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a
coisa julgada, salvo se houver determinação expressa para tanto.
Comentários
O item está Errado. O erro está na parte final da assertiva: “salvo se houver
determinação expressa para tanto”. Não existe esta ressalva no ordenamento
jurídico nacional. O examinador quis confundir o candidato:
• CF/88: Art. 5º, XXXVI: A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada.

• LINDB: Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados


o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Gabarito19: Errado

20.(CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria - DPU -


2015) Considerando a existência de relação jurídica referente a
determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.
Se a norma jurídica regente da referida relação jurídica for revogada por
norma superveniente, as novas disposições normativas poderão,
excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja referência
expressa à retroatividade.
Comentários
O item está Certo. Conforme artigo 6° da LINDB, a Lei em vigor terá efeito
imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada. Portanto, a lei nova rege os casos futuros e pendentes, não se
aplicando aos casos passados. Logo, as novas disposições normativas
poderão, excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja
referência expressa à retroatividade, desde que respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Gabarito20: Certo

21.(CESPE - Agente de Proteção - TJRR/RR - 2012) Com base no que


dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens
seguintes.
A vacatio legis de uma lei, em regra, é de um ano, a contar da publicação da
norma.
Comentários

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O item está Errado. Conforme artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária,


a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada.
Gabarito21: Errado

22.(CESPE - Analista Judiciário/Área Judiciária - STM – 2011) No que


se refere à Lei de Introdução ao Código Civil e ao Novo Código Civil, julgue
os itens a seguir.
Havendo lacuna no sistema normativo, o juiz não poderá abster-se de julgar.
Nesse caso, para preenchimento dessa lacuna, o juiz deve valer-se, em
primeiro lugar, da analogia; persistindo a lacuna, serão aplicados os costumes
e, por fim, os princípios gerais do direito.
Comentários
O item está Certo. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito.
Gabarito22: Certo

23.(CESPE - Auditor Federal de Controle Externo/Área Auditoria


Governamental - TCU – 2015) A respeito das pessoas naturais e
jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro, julgue os seguintes itens.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem
preferencial e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os
costumes e os princípios gerais do direito.
Comentários
O item está Certo. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito.
Gabarito23: Certo

24.(CESPE/AJAJ-TRT-7/2017) Conforme a Lei de Introdução às Normas do


Direito Brasileiro,
a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua
vigência, instituto conhecido como repristinação.
b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova.
d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada, sem exceção.
Comentários
Letra “b”. Correta, conforme a disposição literal do art. 4º da LINDB:

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Art.4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Letra “a”. Incorreta. A repristinação consiste na restauração da lei revogada
por ter a lei revogadora perdido sua vigência. Conforme § 3o do artigo 2º da
LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a
lei revogadora perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação,
quando houver expressa disposição legal.
Letra “c”. Incorreta, pois "As correções a texto de lei já em vigor consideram-
se lei nova" (Art. 1º, §4º, LINDB).
Letra “d”. Incorreta, pois “Salvo disposição contrária, a lei começa a
vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente
publicada" (Art. 1º, LINDB).
Gabarito24: B

25.(CESPE/TJ-SE/TJAJ/2014) A interpretação teleológica consiste na


análise da norma de forma contextual, com a comparação entre os
dispositivos do próprio texto legal e outros diplomas normativos.
Comentários
O item está errado. A assertiva trata da interpretação sistemática e não da
interpretação teleológica.

Gramatical ou literal: Busca auxílio nas regras de


gramática para a solução da dúvida, tal como a
análise da pontuação, da colocação da palavra na
frase, a sua origem etimológica, etc.

Histórica: Baseia-se na investigação dos


antecedentes da norma, ou seja, consiste na
Interpretação pesquisa das circunstâncias que nortearam a sua
quanto ao elaboração, de ordem econômica, política e social,
meio ou bem como do pensamento dominante ao tempo da
elemento formação da norma.
utilizado
Lógica ou racional: Atende ao espírito da lei
procurando-se apurar o sentido e a finalidade da
norma, a intenção do legislador, através de
raciocínios lógicos, com abandono dos elementos
puramente verbais.
Teleológica ou sociológica: Adapta-se o sentido
ou finalidade da norma às novas exigências sociais.

Sistemática: Entende-se que a lei não existe


isoladamente e o Direito deve ser visto como um
todo, como um sistema, comparando a norma com
outras espécies legais.

Gabarito25: Errado

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26.(CESPE/TRT 8ª Região/AJAJ/2016) Assinale a opção correta, em


relação à classificação e à eficácia das leis no tempo e no espaço.
a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da
territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei
estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.
b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora
perde a vigência.
c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da
autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo,
afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.
d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio
legis, e não com sua publicação em órgão oficial.
e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a
modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é
a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é
apenas parcial.
Comentários
A) Correta. Em regra, toda lei é aplicada no espaço limitado ao Estado em
que foi promulgada, conforme o princípio da territorialidade. Porém, este
não é um princípio absoluto, pois há situações onde é admitida a aplicação de
leis estrangeiras no território brasileiro, bem como de leis brasileiras em
território estrangeiro, de acordo com o princípio da extraterritorialidade.
Assim, o Brasil adota uma situação mista, chamada de Princípio da
Territorialidade Temperada.
B) Incorreta. A lei revogada não se restaura quando a lei revogadora perde a
vigência. Então, o princípio da repristinação só aplicado quando tiver previsão
expressa.
Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
C) Incorreta, pois a lei cogente não pode ser modificada pela vontade das
partes.

Quanto à Imperatividade ou Obrigatoriedade:

COGENTES Não COGENTES


-É absoluta; -É relativa;
-Representa um ação ou abstenção; -Representa faculdade de agir ou de
-Mandamentais ou Proibitivas; se abster;
-Proibida a direção alcoolizada; -Permissivas ou Supletivas;
-Usar o cinto de segurança. -Casamento (escolha do regime de
bens).

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Obs.: As leis cogentes também são conhecidas como INJUTIVAS, não


podendo ser modificadas pelas partes ou juiz. São leis de ordem pública.
Obs.: As leis não cogentes também são conhecidas por leis SUPLETIVAS
ou PERMISSIVAS, protegendo o interesse dos particulares e podendo ser
modificadas por vontade das partes.
D) Incorreta, pois o prazo de vacatio legis depende da previsão na lei,
podendo existir ou não.

E) Incorreta. Conceitualmente, derrogação é a supressão parcial da lei; ab-


rogação é a supressão total.

Gabarito26: A
27.(CESPE/Auxiliar Técnico de Controle Externo-Área Administrativa-
TCE-PA/2016) Uma lei nova, oficialmente publicada, que regula
inteiramente assunto que antes era disciplinado por outra norma, nada
estabeleceu sobre a data de sua entrada em vigor e o seu prazo de
vigência; foi silente também quanto à revogação da lei mais antiga.
Sessenta dias depois da publicação oficial, um juiz recebeu um processo
em que as partes discutiam um contrato firmado anos antes, com base na
lei antiga.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente, considerando as
disposições da lei de introdução às normas do direito brasileiro.
A lei nova vigorará até que outra a modifique ou revogue.
Comentários
O item está Certo. Segundo o art. 2º da LINDB, “Não se destinando à vigência
temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue”. Portanto, a
lei em vigor se submete ao chamado Princípio da Continuidade ou
Permanência.

Não se
até que outra a
destinando à
a lei terá vigor modifique ou
vigência
revogue
temporária

Gabarito27: Certo

28.(CESPE/Analista-Direito-FUNPRESP-JUD/2016) A respeito da lei de


introdução às normas do direito brasileiro, das pessoas, dos negócios
jurídicos, da prescrição e da prova do fato jurídico, julgue o item seguinte.
Ocorre a ultratividade de uma norma jurídica quando essa norma continua a
regular fatos ocorridos antes da sua revogação.
Comentários
O item está Certo. A ultratividade da norma jurídica é um fenômeno que
ocorre quando a norma mesmo revogada regula os fatos ocorridos durante a
sua vigência. Exemplo: Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos
celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro

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de 1916, é o por ele estabelecido. Portanto, a lei continua a regular fatos


ocorridos antes de sua revogação.
Gabarito28: Certo

29.(CESPE - Técnico Judiciário - TJRR/RR – 2012) Com base no que


dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens
que se seguem.
Uma lei entrará em vigor no país quarenta e cinco dias após sua publicação
em diário oficial, salvo disposição em contrário. Nos estados estrangeiros,
quando admitida, a lei entrará em vigor seis meses após sua publicação
oficial.
Comentários
O item está Errado. Conforme § 1o do artigo 1° da LINDB, nos Estados,
estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia
três meses depois de oficialmente publicada. Portanto, não são seis meses, e
sim três meses após sua publicação oficial.
Gabarito29: Errado

30.(CESPE - Analista Administrativo – ANCINE – 2013) À luz das


disposições constantes da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, julgue o item abaixo.
A lei do país no qual nasce a pessoa determina as regras sobre o início de sua
personalidade.
Comentários
O item está Errado. Conforme artigo 7o da LINDB, a lei do país em que
domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Portanto, não é a
lei do país no qual nasce a pessoa, mas sim a lei do país em que a pessoa é
domiciliada que determina as regras sobre o início de sua personalidade.
Gabarito30: Errado

31.(CESPE - Analista Judiciário/Área Administrativa – TRE/ES – 2011)


Acerca da aplicação da lei, julgue o item abaixo.
Se duas pessoas celebrarem um contrato na Alemanha, sem estipular o direito
a ser aplicado, e esse contrato for executado no Brasil, local de domicílio da
parte interessada, serão aplicadas as leis brasileiras.
Comentários
O item está Errado. Conforme artigo 9o da LINDB, para qualificar e reger as
obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. Como o contrato
foi constituído na Alemanha, serão aplicadas as leis da Alemanha, e não as leis
brasileiras.
Gabarito31: Errado

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32.(CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria – DPU –


2015) Ainda no que concerne ao direito internacional, julgue os itens
subsequentes. No que concerne à aplicação da lei estrangeira no país, a Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro refere-se expressamente ao
princípio da ordem pública.
Comentários
O item está Certo. Conforme artigo 17 da LINDB, as leis, atos e sentenças de
outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no
Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons
costumes.
Gabarito32: Certo

33.(CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual - MC - 2013) Com


referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB),
julgue os itens seguintes.
O direito pátrio tem como regra a aplicação da lei nova aos casos futuros,
continuando a norma revogada a reger os casos pendentes.
Comentários
O item está Errado. Conforme artigo 6° da LINDB, a Lei em vigor terá efeito
imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada. Portanto, a lei nova rege os casos futuros e pendentes, não se
aplicando aos casos passados.
Gabarito33: Errado

34.(CESPE/TRE-RS/AJAA/2015) Com base na Lei de Introdução às


Normas de Direito Brasileiro, assinale a opção correta.
a) Sempre que uma lei for revogada por outra lei, e a lei revogadora também
for revogada, a lei inicialmente revogada volta a ter vigência, em um
instituto jurídico denominado de ultratividade da lei.
b) Haverá repristinação quando uma norma revogada, mesmo tendo perdido
a sua vigência, for aplicada para reger situações ocorridas à época de sua
vigência.
c) Denomina-se vacatio legis o espaço de tempo compreendido entre a data
da publicação da lei e a data da sua revogação.
d) Uma norma jurídica pode ser expressa ou tacitamente revogada. Diz-se
que há revogação expressa quando a lei nova declarar, em seu texto, o
conteúdo da lei anterior que pretende revogar, enquanto que a revogação
tácita ocorre sempre que houver incompatibilidade entre a lei nova e a
antiga, pelo fato de a lei nova regular a matéria tratada pela anterior.
e) Segundo a legislação vigente, a norma jurídica tem vigência por tempo
indeterminado e vigora até que seja revogada por outra lei. O
ordenamento jurídico brasileiro não reconhece norma com vigência
temporária.

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Comentários
Letra "d". Correta. A assertiva está de acordo com o art. 2º, § 1º da LINDB
e os conceitos doutrinários que regem o assunto.
Art. 2º, § 1o A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei
anterior.
Letra "a". Incorreta. Há 2 erros: 1) a lei inicialmente revogada, em regra, não
volta a ter vigência; e 2) o instituto jurídico é chamado de repristinação e não
de ultratividade.
Letra "b". Incorreta. A afirmativa trata da ultratividade e não da repristinação.
Letra "c". Incorreta. Vacatio legis é o intervalo de tempo entre a data da
publicação da lei e a data do início de sua vigência.
Letra "e". Incorreta. O erro está em dizer que não existe a vigência temporária
de lei. Um exemplo clássico de lei com vigência temporária é a Lei
Orçamentária Anual (LOA).
Gabarito34: D

35.(CESPE/TCE-PR/Auditor Substituto de Conselheiro/2016) Em


relação à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a
opção correta.
a) Em regra, aceita-se o fenômeno da repristinação no ordenamento jurídico
brasileiro.
b) Celebrado contrato no período de vigência de determinada lei, qualquer dos
contratantes poderá invocar a aplicação de lei posterior que lhes for mais
benéfica.
c) Não se admite no ordenamento jurídico pátrio a chamada integração
normativa, ainda que para preencher eventuais lacunas do ordenamento.
d) Publicada lei para corrigir texto de lei publicado com incorreção, não haverá
novo prazo de vacatio legis, se a publicação ocorrer antes da data em que
a lei corrigida entraria em vigor.
e) autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva para o
conhecimento de ações que discutam a validade de hipoteca que recai
sobre bens imóveis situados no Brasil, ainda que as partes residam em país
estrangeiro.

Comentários
Letra “e”. Correta, conforme o §1º do art. 12 da LINDB:
Art. 12, § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das
ações relativas a imóveis situados no Brasil.
Letra “a”. Incorreta, pois a repristinação é exceção.

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Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se


restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Letra “b”. Incorreta, conforme o art. 6º da LINDB:
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Letra “c”. Incorreta. Integração: Deve ser observada a sequência
apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da analogia,
posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito.
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Letra “d”. Incorreta, conforme o art. 1º, § 3º da LINDB.
Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação
de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos
parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
Gabarito35: E

36.(CESPE/TJ-DFT/Juiz Substituto/2014) Considerando as disposições da


Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição doutrinária a
respeito da interpretação dessas normas, assinale a opção correta.
a) Uma lei nova que estabeleça disposições gerais revoga leis especiais
anteriores dedicadas à mesma matéria.
b) No ordenamento jurídico brasileiro, admite-se a repristinação tácita.
c) Entre as fontes de interpretação das normas, considera-se autêntica a
interpretação realizada pelos próprios tribunais.
d) A utilização dos costumes como método de integração das normas de
direito material depende de expressa previsão legal.
e) A lei do país de origem do falecido estrangeiro poderá ser utilizada para
regular a sucessão de seus bens localizados no Brasil.
Comentários
E) Correta, pois a sucessão por morte obedece a lei do país em que
domiciliado o defunto ou desaparecido, em regra.
Art. 10, LINDB. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do
país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens.
Porém, o art. 10, § 1º da LINDB traz regra mais específica, onde a lei
estrangeira poderá ser aplicada se mais benéfica ao cônjuge e filhos.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus.
A) Incorreta, pois segundo o art. 2º, §2º da LINDB, “A lei nova, que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a
lei anterior.” (princípio da conciliação)

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B) Incorreta, pois o instituto da repristinação deve estar expressamente


previsto.
Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
C) Incorreta, pois considera-se jurisprudencial a interpretação realizada pelos
próprios tribunais. No mais, devemos saber que temos as seguintes
interpretações da lei: autêntica, doutrinária e jurisprudencial. A autêntica
ocorre quando o próprio órgão responsável pela edição da norma, edita outra,
com função meramente interpretativa.
D) Incorreta, pois é a equidade que depende de expressa previsão legal.
Gabarito36: E

37.(CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Substituto/2015) Se, ao interpretar a lei,


o magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem de família deve
resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos
imóveis do casal, também os imóveis pertencentes a pessoas solteiras,
separadas e viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente
no texto legal, essa interpretação, no que se refere aos meios de
interpretação, será classificada como
a) sistemática.
b) histórica.
c) jurisprudencial.
d) teleológica.
e) lógica.
Comentários
Letra “d”. Perceba que no enunciado da questão o examinador menciona
que, pela interpretação da lei, a impenhorabilidade do bem de família tem
relação com a entidade familiar.
Em um segundo momento a interpretação se estende às pessoas solteiras,
separadas e viúvas, ou seja, a interpretação beneficiou toda a sociedade.
Concluímos tratar-se de uma interpretação sociológica ou teleológica.

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Gabarito37: D

38.(CESPE - Atividades Técnicas de Suporte/Área Nível Superior -


Ministério das Comunicações - 2013) Com referência à Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens
seguintes.
Caso tenha sido publicada uma lei estabelecendo que a pessoa idosa, a partir
de 65 anos de idade, deverá ter descontos de 20% nas passagens de avião e,
posteriormente, no período de 60 dias, publique-se lei retificando a idade para
60 anos, esta será considerada lei nova.
Comentários
O item está Certo. Como a correção foi publicada no período de 60 dias,
considera-se que a lei anterior já estava em vigor, pois salvo disposição
contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois
de oficialmente publicada, conforme artigo 1° da LINDB. E, conforme § 4o do
artigo 1° da LINDB, as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei
nova. Portanto, será considerada lei nova.
Gabarito38: Certo

39.(CESPE/Procurador-PGE-AL/2009) A respeito da vigência e aplicação


da lei, assinale a opção correta.
a) A lei posterior revoga a anterior se for com ela incompatível, ou se
estabelecer disposições gerais a par das já existentes.
b) Em que pese lei em vigor ter efeito imediato e geral, deverá ser respeitado
o direito adquirido, que se traduz naquele que já foi consumado segundo a
lei vigente ao tempo em que se efetuou.

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c) Como não pode deixar de decidir, quando a lei for omissa, o juiz deverá
atentar para os fins sociais a que ela se dirige e decidir o caso de acordo
com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.
d) Considerando que ninguém pode se escusar de cumprir a lei, esta começa
a vigorar a partir da sua publicação, salvo disposição em contrário, tanto
no Brasil como nos Estados estrangeiros.
e) A derrogação torna sem efeito parte de uma norma, de forma que a norma
não perderá sua vigência, pois apenas os dispositivos alcançados é que não
terão mais obrigatoriedade.
Comentários
e) Correta. Derrogação é a revogação parcial da norma. Ab-rogação é a
revogação total da norma. Logo, derroga-se parte de uma norma, mantendo-
se a sua vigência.

a) Incorreta. Conforme o Art. 2º, § 1º, da LINDB, a lei posterior revoga a


anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Portanto, a primeira parte da alternativa está correta. No entanto, a parte final
está incorreta em razão do Art. 2º, §2º: “A lei nova, que estabeleça
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem
modifica a lei anterior”. Ou seja, a norma posterior continua coexistindo com
a norma anterior, caso não haja incompatibilidade de conteúdo.
b) Incorreta. Assertiva representa o art. 6º da LINDB: “A Lei em vigor terá
efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e
a coisa julgada”. O erro está na definição do direito adquirido, onde
“Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-
fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”. A
assertiva traz a definição de ato jurídico perfeito.
c) Incorreta. Devemos ter atenção aos arts. 4º e 5º da LINDB. Pelo Art. 4º, o
juiz deverá decidir de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito, quando a lei for omissa. Ou seja, há lacunas na lei. É uma
regra de integração da norma. Por outro lado, conforme o art. 5º, o juiz deve
observar os fins sociais a que se destina a norma e às exigências do bem
comum. Neste caso, não há lacuna da norma, mas trata-se de uma regra de
interpretação. Logo, o examinador confundiu os conceitos. Os fins sociais da
norma são observados na sua aplicação; a analogia, os costumes e os
princípios gerais do direito são utilizados quando a lei for omissa de forma
integrativa.
d) Incorreta. Sobre a vigência da norma, o prazo de vacância da lei é diferente
no pais e no estrangeiro.

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Gabarito39: E
40.(CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC - 2012) No tocante à lei de
introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir.
Considere que determinada lei tenha sido publicada em 25/6/2012 e passado
a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois. Nessa situação, se for
constatada a existência de erro material em seu texto após essa data, a sua
correção será considerada lei nova.
Comentários
O item está Certo. Conforme § 4o do artigo 1° da LINDB, as correções a texto
de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Gabarito40: Certo

41.(CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC - 2012) No tocante à lei de


introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir.
Se a lei for omissa, o juiz poderá usar a equidade para decidir o caso concreto.
Comentários
O item está Errado. A aplicação da equidade não está expressamente prevista
na LINDB na hipótese de omissão legislativa. Conforme artigo 4o da LINDB,
quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
Gabarito41: Errado

42.(CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual/Área Nível


Superior - Ministério das Comunicações - 2013) Com referência à Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue o item.
Caso ex-companheiro homossexual requeira judicialmente pensão post
mortem, não havendo norma sobre a matéria, o juiz poderá decidir o caso
com base na analogia e nos princípios gerais de direito.
Comentários
O item está Certo. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito.
Gabarito42: Certo

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43.(CESPE – Analista/Área Advocacia - SERPRO - 2013) A respeito das


normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes.
Ao decidir uma lide, caso constate que não há lei que regulamente aquela
matéria, o juiz deverá suspender o julgamento e aguardar que seja editada lei
que regulamente a matéria.
Comentários
O item está Errado. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito.
Gabarito43: Errado

44.(FCC/AJAJ-TRT-6ªRegião/2018) Ao dizer que, salvo disposição em


contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigência, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está
referindo-se à
a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.
Comentários
Letra “d”. Correta. A Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a
lei revogadora perdido sua vigência. No Brasil, a repristinação só poderá ser
expressa, ou seja, os efeitos da lei revogada não são restabelecidos no caso
da lei revogadora ter perdido sua vigência (art. 2º, §3º, LINDB).
Letra “a”. Incorreta. A anterioridade é fenômeno jurídico relacionado ao Direito
Penal e Tributário. Significa, no Direito Tributário, que não haverá cobrança de
tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Já no Direito Penal,
temos que "Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal." (art. 5º, XXXIX, CF).
Letra “b”. Incorreta. Entende-se por resilição: o desfazimento de um contrato
por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes.
Letra “c”. Incorreta. Analisando o art. 6o da LINDB, percebemos que a lei, em
regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros.
Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos
pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada.
Letra “e”. Incorreta. Sub-rogação: ocorre quando há o pagamento de uma
dívida por terceiro, que se tornará o novo titular do crédito, ou seja, a dívida

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deixa de existir perante o antigo credor, mas ainda existe diante do novo.
Logo, a Sub-rogação é o fenômeno jurídico de substituição do sujeito ou do
objeto em determinada relação jurídica obrigacional.
Gabarito44: D

45.(FCC/AJ-Oficial de Justiça-TRF5/2017) Suponha que venha a ser


editada, sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil.
Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro, a nova lei começará a vigorar em todo o País, salvo disposição
em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.
Comentários
Letra “b”. Questão bem simples e literal.
Art. 1º, da LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada.
Gabarito45: B

46.(FCC/Fiscal Defesa do Consumidor-PROCON-AM/2017) De acordo


com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país
imediatamente após sua publicação oficial.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora
perder a vigência.
d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade
presumida do legislador em face da realidade social.
e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga ou modifica a lei anterior.
Comentários
Letra “b”. Conforme a LINDB, “As correções a texto de lei já em
vigor consideram-se lei nova” (Art. 1º, §4º).
Letra “a”. Incorreta, pois a vigência inicia-se após 45 dias de oficialmente
publicada.

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Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o


país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada

Letra “c”. Incorreta. Conforme art. 2º, §1º da LINDB:

expressamente o Revogação
declare expressa

A lei posterior
seja com ela
revoga a
incompatível
anterior quando
Revogação
tácita
regule inteiramente a
matéria de que tratava a
lei anterior

Art. 2º §1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o


declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior

Letra “d”. Incorreta, pois o “juiz decidirá o caso de acordo com


a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (art. 4º). São
mecanismos de integração do ordenamento jurídico.

analogia

ORDEM
Quando a lei o juiz decidirá o
costumes
for omissa caso de acordo com

principios gerais de
direito

Letra “e”. Incorreta, conforme “A lei nova, que estabeleça


disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior” (Art. 2º, §2º).
Gabarito46: B

47.(FCC/AJAJ-TST/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se


italiano, casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil,
juntamente com sua esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, serão definidas pela lei do
Brasil as regras sobre

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a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de


família.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome
serão definidas pela lei da Espanha.
c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o
começo e o fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as
regras sobre os direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade
serão definidas pela lei da Itália.
Comentários
Letra “a”, de acordo com a Literalidade do caput do artigo 7º da LINDB.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e
os direitos de família.

A lei do país em que


domiciliada a pessoa
determina as regras sobre

o começo e o
os direitos de
fim da o nome a capacidade
família
personalidade

Como João estabeleceu domicílio único no Brasil juntamente com sua


esposa, aplica-se a regra acima.
Gabarito47: A

48.(FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2017) A sucessão por morte ou ausência


obedece à lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no
Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus.
b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou

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dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão
de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge
ou filhos brasileiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância.
Comentários
Letra “b”. Correta, nos termos do art. 10 da LINDB.
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país
em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que
seja a natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será


regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de cujus.

§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade


para suceder.

Gabarito48: B

49.(FCC/Defensor Público-DPE-PR/2017) Com base no Decreto-Lei n°


4.657/1942 − Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é
correto afirmar:
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da
lei, não interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se
consideram lei nova por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada
quando a obrigação for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as
obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada
a pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro
domicílio conjugal regerá tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o
regime de bens.

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d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á


em vista somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais
remissões a outras leis.
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e
julgar as ações cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá
tenha de ser cumprida, ainda que versadas sobre bens imóveis situados no
Brasil.
Comentários
Letra “c”. Correta, conforme o art. 7º da LINDB:
Art. 7° § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos
de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país


em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a
do primeiro domicílio conjugal.

Letra “a”. Incorreta, conforme art. 1º, §§ 3º e 4º, LINDB.


No caso de, antes de a lei entrar em vigor, ocorrer nova publicação destinada
a correção do texto da lei, o § 3° do artigo 1º determina que os prazos
estudados começam a correr da nova publicação. O § 4° desse artigo dispõe
que as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

antes depois Correção


do texto
da lei
Entrada em vigor

Novo período de Lei nova


vacatio legis

Letra “b”. Incorreta, conforme o art. 9º, §1º da LINDB, destinando-se a


obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial,
será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto
aos requisitos extrínsecos do ato. O caput do art. 9º é a regra, mas a
assertiva menciona que “A despeito de ser executada no Brasil”, logo o §1º
deve prevalecer. O caput do art. 9º está esquematizado abaixo:

Para qualificar e aplicar-se-á a lei do


reger as país em que se
obrigações constituirem

Letra “d”. Incorreta, conforme o art. 16 da LINDB:

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Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de


aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem
considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.

Letra “e”. Incorreta, conforme art. 12 da LINDB:


Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for
o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a
obrigação.

§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das


ações relativas a imóveis situados no Brasil.

Gabarito49: C

50.(VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Prefeitura de São


José do Rio Preto/SP - 2014) Na ausência de disposição expressa, a
autoridade competente para aplicar a legislação tributária deverá utilizar,
em primeiro lugar,
a) os princípios gerais de direito tributário.
b) os princípios específicos de direito tributário.
c) os princípios gerais de direito público.
d) a equidade.
e) a analogia.
Comentários
Letra “e”. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais
de direito. Estudamos, ainda, que deverá obedecer essa ordem. Portanto, em
primeiro lugar, deve ser utilizada a analogia.
Gabarito50: E

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6- Lista de exercícios

1.(ESPP/Juiz do Trabalho-TRT-9ªR/2012) Considerando a teoria do


Direito Civil acerca das locuções "direito objetivo" e "direito subjetivo",
assinale a aiternativa incorreta:
a) O direito subjetivo associa-se à noção de "facultas agendi".
b) Visto como um conjunto de normas que a todos se dirige e a todos vincula,
temos o "direito subjetivo".
c) Direito subjetivo é a prerrogativa de invocação da norma jurídica, pelo
titular, na defesa do seu interesse.
d) Visto sob o ângulo subjetivo, o direito é o interesse juridicamente tutelado
(Ihering).
e) 0 direito objetivo refere-se a um conjunto de regras que impõem à conduta
humana certa direção ou limite. Ele descreve condutas obrigatórias e
comina sanções pelo comportamento diverso dessa descrição

2.(FCC/Procurador-AL-SP/2010) Em relação às Fontes do Direito Objetivo,


considere:
I. Legislação, lato sensu, é modo de formação de normas jurídicas por meio de
atos competentes.
II. Lei, no sentido material, designa o conjunto de normas que estabelecem os
meios judiciais de se fazerem valer direitos e obrigações.
III. Os costumes são primordiais para o preenchimento de lacunas da lei, pois
muitos não se opõem à lei, mas disciplinam matérias que a lei não conhece.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) I e II.
c) II.
d) II e III.
e) III.

3.(CESPE/Delegado de Polícia-AL/2012) Com base no que dispõe a Lei de


Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue
os itens subsecutivos.
A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito.

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4.(CESPE - Auxiliar Judiciário - TJAC/AC - 2012) Com base na Lei de


Introdução às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir.
A vigência da norma começa com sua promulgação.

5.(FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária - TRT 6ª - 2012) Nos


Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se
inicia, depois de oficialmente publicada, em:
a) três meses.
b) noventa dias.
c) um mês.
d) trinta dias.
e) quarenta e cinco dias.

6.(CESPE – Analista/Área Advocacia - SERPRO - 2013) A respeito das


normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes.
Considerar-se-á revogada uma lei até então vigente quando uma lei nova,
aprovada segundo as regras do processo legislativo, passar a regulamentar
inteiramente a mesma matéria de que tratava a lei anterior, ainda que a lei
nova não o declare expressamente.

7.(CESPE - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2013) Julgue os


itens a seguir, com fundamento na Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro
e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Após cinco anos de
vigência de lei especial sobre determinada matéria, foi editada nova lei
contemplando disposições gerais acerca do mesmo tema. Nessa situação, a
edição da lei mais recente, a qual estabelece disposições gerais, revoga a lei
anterior especial.

8.(VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Prefeitura de São


José do Rio Preto/SP - 2014) A repristinação consiste:
a) no lapso temporal entre a promulgação da lei e sua vigência, não podendo
ser inferior a 45 (quarenta e cinco) dias.
b) na supressão de lei ou dispositivo legal, em razão da declaração de
inconstitucionalidade, por controle concentrado.
c) na revogação tácita de lei, em virtude de lei posterior com ela incompatível.
d) no suprimento de omissão da lei pela aplicação da analogia, dos costumes
e dos princípios gerais de direito.

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e) na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua


vigência, sendo admitida apenas quando há expressa disposição legal.

9.(CESPE - Técnico Judiciário/Área Administrativa/Judiciária -


TJSE/SE - 2014) No que se refere aos dispositivos da Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro e à vigência, aplicação, interpretação e integração
das leis, julgue o seguinte item.
Conforme previsão expressa da Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro, nas hipóteses de omissão legislativa, serão aplicados a analogia, os
costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

10.(CESPE - Delegado de Polícia – Polícia Civil/AL – 2012) Com base no


que dispões a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e
Direito Civil, julgue os itens subsecutivos.
A teoria da territorialidade temperada foi adotada pelo direito brasileiro.

11.(FCC - Analista Legislativo – Assembleia Legislativa/PB – 2013) De


acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é INCORRETO
afirmar que a lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras
sobre
a) a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes.
b) o começo e o fim da personalidade.
c) o nome.
d) a capacidade.
e) os direitos de família.

12.(FCC - Advogado Júnior – Metrô/SP – 2014) Christian, empresário


alemão, vivia há anos no Brasil com sua esposa brasileira e filhos brasileiros.
Faleceu em trágico acidente aéreo, deixando diversos bens no Brasil. A
sucessão dos bens situados no Brasil, em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, será regulada
a) pela lei brasileira ou pela lei pessoal dos pais do de cujus, caso esta última
seja mais favorável.
b) obrigatoriamente pela lei brasileira.
c) obrigatoriamente pela lei pessoal do de cujus.
d) obrigatoriamente pela lei pessoal dos pais do de cujus.

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e) pela lei brasileira ou pela lei pessoal do de cujus, caso esta última seja mais
favorável.

13.(CESPE/Procurador-Manaus-AM/2018) À luz das disposições do


direito civil pertinentes ao processo de integração das leis, aos negócios
jurídicos, à prescrição e às obrigações e contratos, julgue o item a seguir.
O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do
critério hierárquico é classificado como antinomia aparente de primeiro grau.

14.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início noventa
dias após a data de sua publicação.

15.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
Lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada.

16.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma lei
denomina-se vacatio legis.

17.(CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de


Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro.
O prazo de vacatio legis se aplica às leis, aos decretos e aos regulamentos.

18.(CESPE/Delegado-PF/2013) Com base na Lei de Introdução às Normas


do Direito Brasileiro, julgue o item a seguir.
A revogação de uma norma pela superveniência de outra que disponha sobre
a mesma matéria poderá atingir as situações já consumadas sob a égide da lei
antiga, afetando os efeitos pretéritos produzidos ou incidindo sobre os efeitos
presentes ou futuros de situações passadas ocorridas na vigência da norma
revogada.

19.(CESPE/DPU-Defensor Público Federal/2017) De acordo com a


legislação de regência e o entendimento dos tribunais superiores, julgue o
próximo item.

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Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação
jurídica, não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a
coisa julgada, salvo se houver determinação expressa para tanto.

20.(CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria - DPU -


2015) Considerando a existência de relação jurídica referente a
determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item.
Se a norma jurídica regente da referida relação jurídica for revogada por
norma superveniente, as novas disposições normativas poderão,
excepcionalmente, aplicar-se a essa relação, ainda que não haja referência
expressa à retroatividade.

21.(CESPE - Agente de Proteção - TJRR/RR - 2012) Com base no que


dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens
seguintes.
A vacatio legis de uma lei, em regra, é de um ano, a contar da publicação da
norma.

22.(CESPE - Analista Judiciário/Área Judiciária - STM – 2011) No que


se refere à Lei de Introdução ao Código Civil e ao Novo Código Civil, julgue
os itens a seguir.
Havendo lacuna no sistema normativo, o juiz não poderá abster-se de julgar.
Nesse caso, para preenchimento dessa lacuna, o juiz deve valer-se, em
primeiro lugar, da analogia; persistindo a lacuna, serão aplicados os costumes
e, por fim, os princípios gerais do direito.

23.(CESPE - Auditor Federal de Controle Externo/Área Auditoria


Governamental - TCU – 2015) A respeito das pessoas naturais e
jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro, julgue os seguintes itens.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem
preferencial e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os
costumes e os princípios gerais do direito.

24.(CESPE/AJAJ-TRT-7/2017) Conforme a Lei de Introdução às Normas do


Direito Brasileiro,
a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua
vigência, instituto conhecido como repristinação.
b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.
c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova.
d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada, sem exceção.

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25.(CESPE/TJ-SE/TJAJ/2014) A interpretação teleológica consiste na


análise da norma de forma contextual, com a comparação entre os
dispositivos do próprio texto legal e outros diplomas normativos.

26.(CESPE/TRT 8ª Região/AJAJ/2016) Assinale a opção correta, em


relação à classificação e à eficácia das leis no tempo e no espaço.
a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da
territorialidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei
estrangeira seja aplicada dentro de território brasileiro.
b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
(LINDB), em regra, a lei revogada é restaurada quando a lei revogadora
perde a vigência.
c) Por ser o direito civil ramo do direito privado, impera o princípio da
autonomia de vontade, de forma que as partes podem, de comum acordo,
afastar a imperatividade das leis denominadas cogentes.
d) A lei entra em vigor somente depois de transcorrido o prazo da vacatio
legis, e não com sua publicação em órgão oficial.
e) Dado o princípio da continuidade, a lei terá vigência enquanto outra não a
modificar ou revogar, podendo a revogação ocorrer pela derrogação, que é
a supressão integral da lei, ou pela ab-rogação, quando a supressão é
apenas parcial.

27.(CESPE/Auxiliar Técnico de Controle Externo-Área Administrativa-


TCE-PA/2016) Uma lei nova, oficialmente publicada, que regula
inteiramente assunto que antes era disciplinado por outra norma, nada
estabeleceu sobre a data de sua entrada em vigor e o seu prazo de
vigência; foi silente também quanto à revogação da lei mais antiga.
Sessenta dias depois da publicação oficial, um juiz recebeu um processo
em que as partes discutiam um contrato firmado anos antes, com base na
lei antiga.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente, considerando as
disposições da lei de introdução às normas do direito brasileiro.
A lei nova vigorará até que outra a modifique ou revogue.

28.(CESPE/Analista-Direito-FUNPRESP-JUD/2016) A respeito da lei de


introdução às normas do direito brasileiro, das pessoas, dos negócios
jurídicos, da prescrição e da prova do fato jurídico, julgue o item seguinte.
Ocorre a ultratividade de uma norma jurídica quando essa norma continua a
regular fatos ocorridos antes da sua revogação.

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29.(CESPE - Técnico Judiciário - TJRR/RR – 2012) Com base no que


dispõe a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, julgue os itens
que se seguem.
Uma lei entrará em vigor no país quarenta e cinco dias após sua publicação
em diário oficial, salvo disposição em contrário. Nos estados estrangeiros,
quando admitida, a lei entrará em vigor seis meses após sua publicação
oficial.

30.(CESPE - Analista Administrativo – ANCINE – 2013) À luz das


disposições constantes da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro, julgue o item abaixo.
A lei do país no qual nasce a pessoa determina as regras sobre o início de sua
personalidade.

31.(CESPE - Analista Judiciário/Área Administrativa – TRE/ES – 2011)


Acerca da aplicação da lei, julgue o item abaixo.
Se duas pessoas celebrarem um contrato na Alemanha, sem estipular o direito
a ser aplicado, e esse contrato for executado no Brasil, local de domicílio da
parte interessada, serão aplicadas as leis brasileiras.

32.(CESPE - Defensor Público Federal de Segunda Categoria – DPU –


2015) Ainda no que concerne ao direito internacional, julgue os itens
subsequentes. No que concerne à aplicação da lei estrangeira no país, a Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro refere-se expressamente ao
princípio da ordem pública.

33.(CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual - MC - 2013) Com


referência à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB),
julgue os itens seguintes.
O direito pátrio tem como regra a aplicação da lei nova aos casos futuros,
continuando a norma revogada a reger os casos pendentes.

34.(CESPE/TRE-RS/AJAA/2015) Com base na Lei de Introdução às


Normas de Direito Brasileiro, assinale a opção correta.
a) Sempre que uma lei for revogada por outra lei, e a lei revogadora também
for revogada, a lei inicialmente revogada volta a ter vigência, em um
instituto jurídico denominado de ultratividade da lei.
b) Haverá repristinação quando uma norma revogada, mesmo tendo perdido
a sua vigência, for aplicada para reger situações ocorridas à época de sua
vigência.
c) Denomina-se vacatio legis o espaço de tempo compreendido entre a data
da publicação da lei e a data da sua revogação.

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d) Uma norma jurídica pode ser expressa ou tacitamente revogada. Diz-se


que há revogação expressa quando a lei nova declarar, em seu texto, o
conteúdo da lei anterior que pretende revogar, enquanto que a revogação
tácita ocorre sempre que houver incompatibilidade entre a lei nova e a
antiga, pelo fato de a lei nova regular a matéria tratada pela anterior.
e) Segundo a legislação vigente, a norma jurídica tem vigência por tempo
indeterminado e vigora até que seja revogada por outra lei. O
ordenamento jurídico brasileiro não reconhece norma com vigência
temporária.

35.(CESPE/TCE-PR/Auditor Substituto de Conselheiro/2016) Em


relação à Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a
opção correta.
a) Em regra, aceita-se o fenômeno da repristinação no ordenamento jurídico
brasileiro.
b) Celebrado contrato no período de vigência de determinada lei, qualquer dos
contratantes poderá invocar a aplicação de lei posterior que lhes for mais
benéfica.
c) Não se admite no ordenamento jurídico pátrio a chamada integração
normativa, ainda que para preencher eventuais lacunas do ordenamento.
d) Publicada lei para corrigir texto de lei publicado com incorreção, não haverá
novo prazo de vacatio legis, se a publicação ocorrer antes da data em que
a lei corrigida entraria em vigor.
e) autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva para o
conhecimento de ações que discutam a validade de hipoteca que recai
sobre bens imóveis situados no Brasil, ainda que as partes residam em país
estrangeiro.

36.(CESPE/TJ-DFT/Juiz Substituto/2014) Considerando as disposições da


Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição doutrinária a
respeito da interpretação dessas normas, assinale a opção correta.
a) Uma lei nova que estabeleça disposições gerais revoga leis especiais
anteriores dedicadas à mesma matéria.
b) No ordenamento jurídico brasileiro, admite-se a repristinação tácita.
c) Entre as fontes de interpretação das normas, considera-se autêntica a
interpretação realizada pelos próprios tribunais.
d) A utilização dos costumes como método de integração das normas de
direito material depende de expressa previsão legal.
e) A lei do país de origem do falecido estrangeiro poderá ser utilizada para
regular a sucessão de seus bens localizados no Brasil.

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37.(CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Substituto/2015) Se, ao interpretar a lei,


o magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem de família deve
resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos
imóveis do casal, também os imóveis pertencentes a pessoas solteiras,
separadas e viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente
no texto legal, essa interpretação, no que se refere aos meios de
interpretação, será classificada como
a) sistemática.
b) histórica.
c) jurisprudencial.
d) teleológica.
e) lógica.

38.(CESPE - Atividades Técnicas de Suporte/Área Nível Superior -


Ministério das Comunicações - 2013) Com referência à Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens
seguintes.
Caso tenha sido publicada uma lei estabelecendo que a pessoa idosa, a partir
de 65 anos de idade, deverá ter descontos de 20% nas passagens de avião e,
posteriormente, no período de 60 dias, publique-se lei retificando a idade para
60 anos, esta será considerada lei nova.

39.(CESPE/Procurador-PGE-AL/2009) A respeito da vigência e aplicação


da lei, assinale a opção correta.
a) A lei posterior revoga a anterior se for com ela incompatível, ou se
estabelecer disposições gerais a par das já existentes.
b) Em que pese lei em vigor ter efeito imediato e geral, deverá ser respeitado
o direito adquirido, que se traduz naquele que já foi consumado segundo a
lei vigente ao tempo em que se efetuou.
c) Como não pode deixar de decidir, quando a lei for omissa, o juiz deverá
atentar para os fins sociais a que ela se dirige e decidir o caso de acordo
com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.
d) Considerando que ninguém pode se escusar de cumprir a lei, esta começa
a vigorar a partir da sua publicação, salvo disposição em contrário, tanto
no Brasil como nos Estados estrangeiros.
e) A derrogação torna sem efeito parte de uma norma, de forma que a norma
não perderá sua vigência, pois apenas os dispositivos alcançados é que não
terão mais obrigatoriedade.

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40.(CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC - 2012) No tocante à lei de


introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir.
Considere que determinada lei tenha sido publicada em 25/6/2012 e passado
a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois. Nessa situação, se for
constatada a existência de erro material em seu texto após essa data, a sua
correção será considerada lei nova.

41.(CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC - 2012) No tocante à lei de


introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir.
Se a lei for omissa, o juiz poderá usar a equidade para decidir o caso concreto.

42.(CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual/Área Nível


Superior - Ministério das Comunicações - 2013) Com referência à Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue o item.
Caso ex-companheiro homossexual requeira judicialmente pensão post
mortem, não havendo norma sobre a matéria, o juiz poderá decidir o caso
com base na analogia e nos princípios gerais de direito.

43.(CESPE – Analista/Área Advocacia - SERPRO - 2013) A respeito das


normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes.
Ao decidir uma lide, caso constate que não há lei que regulamente aquela
matéria, o juiz deverá suspender o julgamento e aguardar que seja editada lei
que regulamente a matéria.

44.(FCC/AJAJ-TRT-6ªRegião/2018) Ao dizer que, salvo disposição em


contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigência, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está
referindo-se à
a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.

45.(FCC/AJ-Oficial de Justiça-TRF5/2017) Suponha que venha a ser


editada, sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil.
Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro, a nova lei começará a vigorar em todo o País, salvo disposição
em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.

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b) 45 dias depois de oficialmente publicada.


c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.

46.(FCC/Fiscal Defesa do Consumidor-PROCON-AM/2017) De acordo


com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país
imediatamente após sua publicação oficial.
b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora
perder a vigência.
d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade
presumida do legislador em face da realidade social.
e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, revoga ou modifica a lei anterior.

47.(FCC/AJAJ-TST/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se


italiano, casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil,
juntamente com sua esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, serão definidas pela lei do
Brasil as regras sobre
a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome
serão definidas pela lei da Espanha.
c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o
começo e o fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália.
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as
regras sobre os direitos de família serão definidas pela lei da França.
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade
serão definidas pela lei da Itália.

48.(FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2017) A sucessão por morte ou ausência


obedece à lei do país
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza
e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no

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Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais
favorável a lei pessoal do de cujus.
b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de cujus.
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão
de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge
ou filhos brasileiros.
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja
a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros,
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância.

49.(FCC/Defensor Público-DPE-PR/2017) Com base no Decreto-Lei n°


4.657/1942 − Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é
correto afirmar:
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da
lei, não interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se
consideram lei nova por não alterar seu conteúdo.
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada
quando a obrigação for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as
obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada
a pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro
domicílio conjugal regerá tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o
regime de bens.
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á
em vista somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais
remissões a outras leis.
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e
julgar as ações cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá
tenha de ser cumprida, ainda que versadas sobre bens imóveis situados no
Brasil.

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50.(VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Prefeitura de São


José do Rio Preto/SP - 2014) Na ausência de disposição expressa, a
autoridade competente para aplicar a legislação tributária deverá utilizar,
em primeiro lugar,
a) os princípios gerais de direito tributário.
b) os princípios específicos de direito tributário.
c) os princípios gerais de direito público.
d) a equidade.
e) a analogia.

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7- Gabarito

Gabarito1: B Gabarito21: Errado Gabarito41: Errado

Gabarito2: D Gabarito22: Certo Gabarito42: Certo

Gabarito3: Certo Gabarito23: Certo Gabarito43: Errado

Gabarito4: Errado Gabarito24: B Gabarito44: D

Gabarito5: A Gabarito25: Errado Gabarito45: B

Gabarito6: Certo Gabarito26: A Gabarito46: B

Gabarito7: Errado Gabarito27: Certo Gabarito47: A

Gabarito8: E Gabarito28: Certo Gabarito48: B

Gabarito9: Errado Gabarito29: Errado Gabarito49: C

Gabarito10: Certo Gabarito30: Errado Gabarito50: E

Gabarito11: A Gabarito31: Errado

Gabarito12: E Gabarito32: Certo

Gabarito13: Certo Gabarito33: Errado

Gabarito14: Errado Gabarito34: D

Gabarito15: Certo Gabarito35: E

Gabarito16: Certo Gabarito36: E

Gabarito17: Errado Gabarito37: D

Gabarito18: Certo Gabarito38: Certo

Gabarito19: Errado Gabarito39: E

Gabarito20: Certo Gabarito40: Certo

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