Sunteți pe pagina 1din 29

2º Bimestre - Unidade 2.

1
Plano de Negócios

Empreendedorismo
Patrícia Bellotti e Renata Rothenbuhler
Todos os direitos desta edição reservados à Universidade Material
Tuiuti do Paraná.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida e transmitida de uso
sem prévia autorização. didático.

Divisão Acadêmica
Marlei Gomes da Silva Malinoski

Divisão Pedagógica
Reitoria Analuce Barbosa Coelho Medeiros
Luiz Guilherme Rangel Santos Margaret Maria Schroeder

Pró-Reitoria de Planejamento e Divisão Tecnológica


Avaliação Flávio Taniguchi
Afonso Celso Rangel dos Santos Haydée Silva Guibor
Neilor Pereira Stockler Junior
Pró-Reitoria Administrativa
Carlos Eduardo Rangel Santos Projeto Gráfico
Neilor Pereira Stockler Junior
Pró-Reitoria Acadêmica
Carmen Luiza da Silva Editoração Eletrônica
Haydée Silva Guibor

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Biblioteca “Sydnei Antonio Rangel Santos”
Universidade Tuiuti do Paraná

B447 Bellotti, Patricia.


Empreendedorismo/ Patrícia Bellotti, Renata Rothenbuhler. - Curitiba:
UTP, 2013.
112 p.

ISBN 978-85-7968-055-7
ISBN 978-85-7968-054-0 - Disponível em: http://ead.utp.edu.br

1. Empreendedorismo. 2. Processo empreendedor. 3. Revolução do


empreendedorismo. I. Tothenbuhler, Renata. II. Título.

CDD – 658.421
NOTAS SOBRE AS AUTORAS
Patrícia Bellotti
Graduação em Ciências Econômicas pela UPF/RS, Especialista em
Didática do Ensino Superior - PUC/PR; Pós-Graduada em Planejamento
e Gerenciamento Estratégico pela PUC/PR e Mestrado em Educação-
PUC/PR . Atualmente é Professora da UTP e Bagozzi , Professora de Pós
Graduação pelo IBPEX. Tem experiência nas áreas de Administração,
com ênfase em Gestão de Pessoas, Planejamento e Gerenciamento
Estratégico e Empreendedorismo. Consultora e Palestrante nas áreas :
Gestão de Negócios e de Pessoas.

Renata Rothenbühler
Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Metodista
de Piracicaba (1981), mestrado em Engenharia de Produção pela
Universidade Federal de Santa Catarina (2000) e doutorado em
Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina
(2006). Atualmente é professora adjunta da Universidade Tuiuti do
Paraná. Tem experiência em fisioterapia ortopédica e traumatológica e na
área de Engenharia de Produção, com ênfase em empreendedorismo e
gestão em saúde. Participa do projeto interdisciplinar promoção humana
em saúde.

3
ORIENTAÇÃO PARA LEITURA

Citação Referencial

Destaque

Dica do Professor

Explicação do Professor

Material On-Line

Para Reflexão

4
APRESENTAÇÃO
Educação a Distância Instrumentalizando e
Otimizando a Extensão
A educação a distância, EAD tem sido tema da agenda
de inúmeras organizações (acadêmicas, sociais e políticas),
em virtude do seu impacto em todas as dimensões do homem
moderno. Bem mais do que meras discussões em relação à
importância, aos desafios e a própria história do tema, iniciativas
concretas e projetos com abrangência internacional, nacional,
regional e local estão sendo executada. Desta forma a EAD
deixa de ser apenas um tópico nas discussões para adquirir
forma e consistência no cenário em foco em crescimento
exponencial.
O crescimento da EAD na extensão se faz mais forte
graças ao e-learning, o qual conta com o apoio das redes de
comunicação, em especial, a internet, que está a alavancar,
a desenvolver e transformar o modelo educacional vigente a
desafiar professores, técnicos e alunos a desempenharem novos
papéis diante das necessidades de uma prática pedagógica, a
qual se encontra em fase de descoberta e de estruturação.
A operacionalização da EAD na extensão tem sido
observada em todo o mundo em especial no Brasil, principalmente
nos cursos de Extensão Universitária os quais são voltados,
preferencialmente, para os acadêmicos de qualquer curso
de graduação que queiram aprofundar os conhecimentos já
adquiridos em sala de aula ou, que desejam ampliar seu foco
de estudos, possibilitando assim, uma aproximação maior com
o cenário profissional futuro, além de contribuir para aquisição
de novos conhecimentos. A EAD na extensão pode ser usada
pela Instituição para atender percentual exigido pelo currículo
no tocante a questão Atividade Complementar.
No referente à educação continuada ela visa capacitar
pessoas e atender as exigências do mercado de massa crítica
qualificada.
Além destes aspectos positivos a EAD aplicada à
extensão apresenta inúmeras vantagens, entre estas se nomina:
o fomento da educação continuada, o novo conceito de sala de
aula, de professor e de aluno, a perspectiva política e social desta
modalidade educativa, uma vez que além de democratizar o
5
acesso ao mundo do ensino, capacita o trabalhador, permitindo-
lhe que se mantenha ou adentre no mercado de trabalho.
Destaca-se ainda, a flexibilidade da legislação no tocante
à sua execução, vez que pode ser executada,sem o preconizado
pelas Portarias e Decretos Regulatórios tais como o Decreto 5622,
e a Portaria 2/2007, editada pelo Ministério da Educação, a qual
segundo o próprio Secretário é muito restritiva no que concerne à
criação dos polos e a exigência de avaliações presenciais.
Estas vantagens talvez sejam responsáveis pela
proliferação de cursos de extensão na modalidade de educação
a distância, capacitando recursos humanos, investindo em
novas tecnologias e pesquisas que, certamente, proporcionarão
à comunidade uma participação ativa no processo, ocupando
oportunidades de trabalho e adquirindo condições para formação
continuada e aprendizado por toda vida.
No entanto, é preciso destacar que, para que os
cursos de extensão na modalidade EAD tenham o sucesso
esperado, é necessário que a Instituição alie a vontade política
à pedagógica, ou que implica que a Instituição assegure
uma infraestrutura tecnológica, pedagógica e administrativa
de qualidade; é necessário que haja um bom gestor deste
sistema, com competência para assegurar que a integração do
ensino com a pesquisa e com a extensão seja mediada pelas
tecnologias de comunicação e de informação; é preciso que haja
um Planejamento Estratégico que unifique os demais tipos de
planejamento e garanta a participação de todos, bem como um
fluxo comunicacional multidirecional de qualidade.
A EAD deve oportunizar a reescrita da história institucional
e a manutenção de sua memória, além de possibilitar o fomento
do e-learning na instituição, o qual possibilitará por sua vez a
abertura de novas parcerias com empresas e serviços regionais,
nacionais e internacionais.
Pelo exposto pode se constatar que a educação a distância
representa indiscutivelmente um dos temas atuais da sociedade
globalizada, sendo objeto de interesse da empresa, do Estado e
alvo de incentivos materiais e financeiros para projetos inovadores,
os quais por sua vez representam excelentes oportunidades de
trabalho e aprendizado.

Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão

6
SUMÁRIO

Unidade 2.1

PLANO DE NEGÓCIOS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO ........................................................ 8
OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................ 9
PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................... 10
CONCEITUAÇÃO DO TEMA ........................................................ 11
Plano de Negócios ........................................................................ 11
O que é um Plano de Negócio (PN)? ............................................ 11
Para que serve o Plano de Negócios? .......................................... 12
A quem se destina ......................................................................... 14
O que é preciso saber para montar um plano de negócios? ........ 15
Por que escrever um plano de negócios? ..................................... 17
Por que muitos deixam de escrever um plano de negócios? ....... 18
Cuidados importantes ao redigir um plano de negócio ................. 18
Estrutura do plano de negócios .................................................... 20
Roteiro simplificado de abertura de uma empresa ....................... 21
Tabelas Diversas ........................................................................... 22
SISTEMATIZANDO ....................................................................... 24
REFLEXÕES SOBRE O TEMA .................................................... 25

REFERÊNCIAS ............................................................................. 26

7
INTRODUÇÃO AO ESTUDO

Quando se fala em empreendedorismo, remete-se


naturalmente ao termo plano de negócios. Como foi visto nas
unidades anteriores, o plano de negócios é parte fundamental
do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber
planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a
ser criada ou em crescimento. A principal utilização do plano
de negócios tem atingido notoriedade como instrumento de
captação de recursos financeiros para o começo do negócio, e
são as assessorias que ajudarão o empreendedor a ultrapassar
a primeira e, em geral, a mais difícil fase do empreendimento: a
da sobrevivência.

8
OBJETIVOS DO ESTUDO

Conduzir e orientar o acadêmico a estrutura e importância


do Plano de Negócios.

9
PROBLEMATIZAÇÃO

Desenvolver um plano de negócios é um fator chave para


o sucesso nos negócios?

10
CONCEITUAÇÃO DO TEMA

Plano de Negócios

“Um bom plano de negócios deve mostrar claramente


a competência da equipe, o potencial do mercado-
alvo e uma ideia realmente inovadora; culminando em
um negócio economicamente viável, com projeções
financeiras realistas”. (Dornelas, 2005)

Cada empreendimento tem características específicas,


determinadas por suas peculiaridades e seu inter-relacionamento
com o mercado. A sua estrutura deve ser adequada à estratégia
traçada para o negócio. Nestas circunstâncias, cada negócio
tem o modelo mais apropriado à sua realidade, de tal forma que
permita o seu melhor desempenho.
O Plano de Negócio costuma afirmar que o principal
problema dos empreendedores brasileiros é a falta de
planejamento. Nada substitui a visão e o planejamento. O
plano de negócios é uma excelente arma para prosperar nos
negócios.
Será que desenvolver o Plano de Negócios então é fator-
chave para o sucesso nos negócios?

O que é um Plano de Negócio (PN)?


Segundo Dornelas (2001), o Plano de Negócio é um
documento que reúne informações sobre as características,
condições e necessidades do futuro empreendimento, com o

11
objetivo de analisar sua potencialidade e viabilidade, facilitando
sua implantação.
O Plano de Negócio também é um importante instrumento de
ajuda ao empresário para enfrentar obstáculos e mudanças de rumos
na economia ou no ramo em que atua. Para os empreendedores
que costumam ser mais realizadores do que redatores de propostas,
esta é uma ferramenta extremamente útil.
Não existe um modelo de plano de negócios determinado
em livros ou programas a ser seguido, todavia, vale a pena o
empreendedor verificar as estruturas de modelos de autores
conceituados, bem como, entidades como Sebrae, Endeavor,
incubadoras, etc.

SUGESTÃO
Pesquise exemplos reais de empresas incubadas!

Um bom plano é uma peça indispensável para o sucesso


de qualquer negócio!

Para que serve o Plano de Negócios?


Antes de tudo, é importante ter em mente que um plano
de negócios necessita ser prático. Não pode funcionar como
aqueles projetos da faculdade, que acabam por ficar apenas no
papel. Quando elaborar um projeto deste gênero, faça com que
qualquer pessoa olhe para ele e consiga imediatamente colocá-lo
em prática. Um plano de negócios deve ter as linhas essenciais
da sua empresa e explicar como você vai fazer para torná-la
rentável. Bem, este documento, segundo Pereira (1995):

a) Examina a viabilidade do empreendimento nos aspectos


mercadológico, financeiro e operacional: o PN permite
desenvolver ideias a respeito de como o negócio deve ser

12
conduzido. É uma oportunidade para refinar estratégias e
cometer erros no papel em lugar da vida real, examinando
a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais
como o mercadológico, o financeiro e o operacional.
b) Integra o Planejamento Estratégico: o PN é uma ferramenta
pela qual o empresário pode avaliar o desempenho atual da
empresa ao longo do tempo. Por exemplo: a parte financeira
de um plano de negócios pode ser usada como base para
um orçamento operacional e ser cuidadosamente monitorada
para se verificar o quanto a empresa está se mantendo dentro
do orçamento. Depois de decorrido algum tempo e, a partir de
então, periodicamente, o PN deve ser examinado, para ver
onde a empresa desviou do rumo, se esse desvio foi benéfico
ou danoso e como ela deverá operar no futuro.
c) É ferramenta de negociação e ajuda a levantar recursos: a
maior parte dos financiadores ou investidores não colocará
dinheiro em uma empresa sem antes ver o seu plano de
negócio. O empreendedor poderá não ser levado a sério,
nem mesmo convidado a voltar. O plano pode ser usado
como uma ferramenta de negociação e contribui para
aprovação de empréstimos nos bancos e acesso a linhas de
financiamento.

ATENÇÃO
Ser empreendedor não é só ganhar muito dinheiro,
ser independente ou realizar algo. Ser empreendedor
também tem um custo que muitos não estão dispostos
a pagar. É preciso esquecer, por exemplo, uma
semana de trabalho de 40 horas, de segunda a sexta-
feira, das 08h às 18h e com duas horas de almoço.
Normalmente, o empreendedor, mesmo aquele muito
bem sucedido, trabalha de 12 a 16 horas por dia, não
raro sete dias por semana. Ele sabe o valor do seu
tempo e procura utilizá-lo trabalhando arduamente na
consecução de seus objetivos.

O sucesso na criação de um negócio próprio depende


basicamente do desenvolvimento, pelo empreendedor, segundo

13
Chiavenato (2005), de:

• Identificar a oportunidade de negócio e levantar


informações;
• Detalhar o empreendimento, definir as necessidades de
recursos, calcular a viabilidade econômica, completar o
plano;
• Desenvolver e avaliar o conceito do negócio, com base
nas informações coletadas, identificar experiências
similares e avaliar os riscos e resultados, quantificando
o potencial de lucro e crescimento, definindo estratégia
competitiva.

A quem se destina
Quais são os públicos-alvo de um plano de negócios?
Muitos pensam que o plano de negócios destina-se unicamente a
investidores e bancos, mas se enganam. Vários são os públicos-
alvo de um plano de negócios (Pavani et al, 1997), a saber:

• Mantenedores de Incubadoras: iniciação de empresas,


com condições operacionais facilitadas, mantidas por
instituições de classe, centros de pesquisas, órgãos
governamentais;
• Parceiros: para definição de estratégias e discussão
sobre formas de interação entre as partes;
• Bancos: para pleitos de financiamentos de equipamentos
e instalações, capital de giro, expansão da empresa, etc;
• Investidores: entidades de capital de risco, pessoas
jurídicas, bancos de investimento etc;
• Fornecedores: para negociação na compra de
mercadorias, matéria-prima e formas de pagamentos;
• A própria empresa: para comunicação interna, da gerência
com o conselho de administração e com os empregados
(comprometimento mútuo de metas e resultados);
• Clientes: para venda do produto e/ou serviço e publicidade
da empresa;

14
• Sócios e sócios em potencial: para convencimento
em participar do empreendimento e formalização da
sociedade;
• Outros: grandes clientes atacadistas, parceiros,
distribuidores, franqueados, etc.

OBSERVAÇÕES

1. A apresentação do Plano de Negócio é formatada objetivamente


de acordo com o público alvo específico.
2. O Plano de Negócio é um documento confidencial. Deve ser
distribuído somente aqueles que têm necessidade de vê-lo,
tais como a equipe gerencial, conselheiros profissionais e
fontes potenciais de recursos.

O que é preciso saber para montar um


plano de negócios?
Segundo Dolabela (2000), um plano de negócios serve para:

1) Conhecer o ramo de atividade: é preciso conhecer alguns


dados elementares sobre o ramo em que se pretende atuar,
possibilidades de atuação dentro do segmento (ex. confecção
é o ramo; pode-se atuar com jeans, malha, linho ou ainda
para público infantil, adulto, feminino).

2) Conhecer o mercado consumidor: o estudo do mercado


consumidor é um dado importante para o empreendimento,
pois abrange as informações necessárias à identificação dos
prováveis compradores. O que produzir, de que forma vender,
qual o local adequado para a venda, qual a demanda potencial
para o produto. Essas são algumas indagações que podem
ter respostas mais adequadas quando se conhece o mercado
consumidor.

3) Conhecer o mercado fornecedor: para iniciar e manter


qualquer atividade empresarial, a empresa depende de

15
seus fornecedores – o mercado fornecedor. O conhecimento
desse mercado vai se refletir nos resultados pretendidos pela
empresa. Mercado fornecedor é aquele que fornece à empresa
os equipamentos, máquinas, matéria-prima, mercadorias e
outros materiais necessários ao seu funcionamento.

4) Conhecer o mercado concorrente: o mercado concorrente


é composto pelas pessoas ou empresas que oferecem
mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes aos que
você pretende oferecer. Este mercado deve ser analisado
criteriosamente, de maneira que sejam identificados: quem
são meus concorrentes? quais mercadorias ou serviços
oferecem? quais são as vendas efetuadas pelo concorrente?
quais os pontos forte e fracos da minha concorrência? os
seus clientes lhes são fiéis?

5) Definir produtos a serem fabricados, mercadorias a serem


vendidas ou serviços a serem prestados: é preciso conhecer
detalhes do seu produto/serviço. Ofereça produtos e serviços
que atendam as necessidades de seu mercado. Defina qual
a utilização do seu produto/serviço, qual a embalagem a ser
usada, tamanhos oferecidos, cores, sabores...

6) Analisar bem a localização de sua empresa: onde montar


o meu negócio? A resposta certa a essa pergunta pode
significar a diferença entre o sucesso ou o fracasso de um
empreendimento. Tudo é importante para esta escolha e
deve ser observado e registrado.

7) Conhecer marketing: ao contrário do que como muitos


pensam, marketing não é só propaganda, mas um conjunto
de atividades desenvolvidas pela empresa para que esta
atenda desejos e necessidades de seus clientes. As
atividades de marketing podem ser classificadas em áreas
básicas, traduzidas nos 4 P’s do marketing: Produto, Pontos
de Venda, Promoção (Comunicação) e Preço.

8) Processo operacional: este item trata do “como fazer”. Devem


ser abordadas tais questões: que trabalho será feito e quais

16
as fases de fabricação/venda/prestação de serviços; quem
fará; com que material; com que equipamento; quando fará.
É preciso verificar quem tem conhecimento e experiência no
ramo: você? um futuro sócio? um profissional contratado?

9) Projeção do volume de produção, de vendas ou de serviços:


é prudente que o empreendedor ou empresário considere: a
necessidade e a procura do mercado consumidor; os tipos
de mercadorias ou serviços a serem colocados no mercado;
a disponibilidade de pessoal; a capacidade dos recursos
materiais (máquinas, instalações); a disponibilidade de
recursos financeiros; a disponibilidade de matéria-prima,
mercadorias, embalagens e outros materiais necessários.

10) Projeção da necessidade de pessoal: identifique o número


de pessoas necessárias para o tipo de trabalho, além da
qualificação que deverão ter, inclusive o pessoal do serviço
de escritório.

11) Análise financeira: é necessário fazer uma estimativa do


resultado da empresa, a partir de dados projetados, bem
como, uma projeção do capital necessário para começar
o negócio, pois terá que fazer investimento em local,
equipamentos, materiais e despesas diversas, para instalação
e funcionamento inicial da empresa.

Por que escrever um plano de


negócios?
Se toda argumentação exposta até o momento não tiver
sido suficiente para convencê-lo da importância de preparar
um plano de negócios, seguem alguns argumentos extras. Em
primeiro lugar uma empresa deverá lucrar mais, na média, se
dispuser de um planejamento adequado. (Bangs, 1998). Com o
plano é possível:

• Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.

17
• Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões
acertadas.
• Monitorar o dia a dia da empresa e tomar ações corretivas
quando necessário.
• Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo,
Sebrae, investidores, capitalistas de risco, etc.
• Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial
competitivo para a empresa.
• Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e
convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes,
bancos, investidores, associações, etc).

Por que muitos deixam de escrever um


plano de negócios?
Se você perguntar a qualquer empreendedor que não
tem um plano de negócios qual a razão para não possuir um,
com certeza ouvirá pelo menos uma das desculpas a seguir
(Bangs,1998):

• “Eu não necessito de um”.


• “Eu tenho um em minha cabeça”.
• “Eu não sei como começar”.
• “Eu não tenho tempo”.
• “Eu não sou bom com os números”.
• “Eu tenho muito dinheiro e não preciso disso, pois já tenho
sucesso”.

Cuidados importantes ao redigir um


plano de negócio
Segundo o Sebrae (1996), as informações de um Plano
de Negócios devem ser precisas, mas transmitindo uma
sensação de otimismo e entusiasmo. Ao preencher o Plano
tenha sempre em mente o objetivo para o qual ele está sendo
escrito.

18
O tom deve ser empresarial, sem sentimentalismo, para
ser levado a sério. Os possíveis investidores reagirão bem a
uma apresentação positiva e interessante, mas reagirão com
indiferença diante de uma apresentação vaga, prolongada ou
que não tenha sido bem ponderada e organizada. Cuidado ao
dar ênfase no preenchimento a argumentos exclusivamente
de venda da ideia. Esta ênfase pode levá-lo a redigir um plano
exagerado, destituído de objetividade.
Se o plano transmitir de forma clara e legível as metas
e métodos básicos da empresa, o investidor dará atenção ao
documento. Caso necessite de mais informações, com certeza
ele pedirá. Preocupe-se em apresentar informações reais e
que possam ser comprovadas quando solicitadas.
Não tenha pressa ao elaborar o seu Plano de Negócio.
Para garantir a qualidade, um bom plano deve cobrir informações
abrangentes, bem resumidas e pertinentes. Na maioria das vezes,
estas informações não se encontram facilmente consolidadas.
Elas devem ser procuradas, trabalhadas e manipuladas. É
recomendável que se escreva o Plano paulatinamente, na medida
em que as informações forem obtidas, não de uma só vez.
Nem muito longo, nem muito curto. O tamanho ideal é de
20 a 25 páginas, dependendo do objetivo, porte e situação da
empresa, bem como o destinatário do plano.
Tenha em mente esta informação enquanto preencher, de
forma a manter a objetividade, colocando apenas as informações
relevantes e deixando todo e qualquer material demonstrativo,
suplementar ou ilustrativo como anexo ao final do documento.
Não se esqueça da revisão ortográfica. Esses erros podem
gerar uma imagem negativa sobre o empreendedor e, portanto,
sobre todo o empreendimento. Faça com que alguém qualificado
nessa área revise o Plano, para eliminar esses aborrecimentos
que podem ter um forte impacto sobre os leitores.
As fontes de financiamento não veem com bons olhos um
plano que está sendo “leiloado” por aí. O ideal é que seja enviado
para poucos. Ao determinar a quem enviar o plano, pesquise
cuidadosamente que espécies de fontes estão interessadas no

19
campo em que eles estão. Espere a resposta de cada instituição
antes de passar à seguinte.
Alguns bancos somente emprestam em certas áreas
geográficas; alguns investidores só investem em determinados
tipos de empresas. É importante fazer com que o Plano chegue
ao grupo certo e, melhor ainda, à pessoa certa. Se houver
dúvidas sobre o destino dado ao documento, pode-se solicitar
que o destinatário assine um termo confidencial para minimizar
as chances das informações-chave da empresa ou da ideia
serem utilizadas ou divulgadas a terceiros. Não se recomenda
a produção de grande quantidade de cópias, nem que sejam
confeccionadas de forma diferenciada do usual.

Estrutura do plano de negócios


(www.portalplanodenegocios.com.br)

O Plano de Negócio não possui uma estrutura rígida, mas


sugerimos a seguinte formatação:

1. Capa
2. Sumário
3. Sumário Executivo: o Sumário Executivo é o Plano de
Negócio em miniatura! Quem você é? Qual é sua estratégia, sua
visão? O que você está fazendo e qual o propósito de fazê-lo?
Qual é seu mercado? Quanto dinheiro você precisa e o que fará
com ele? Quais as suas vantagens competitivas?
4. Conceito do Negócio: Apresentação (histórico), Visão
e Missão (valores e diferenciais do negócio), Oportunidade,
Produtos e Serviços (resumo conceitual), Aspectos legais e
composição societária, Certificações, Licenças, Regulamentações,
Localização e abrangência, Terceiros e parcerias.
5. Mercado e Competidores: Análise Setorial (análise
macro), Mercado Alvo (nicho de mercado), Necessidades do
cliente (onde está a oportunidade), Análise dos Competidores,
Vantagens Competitivas (do negócio e dos concorrentes).
6. Equipe de Gestão: Descrição dos principais executivos
(pontos fortes, experiência, adequação ao negócio).
(continua)

20
7. Produtos e Serviços: Descrição dos produtos e serviços,
Benefícios e Diferenciais, Utilidade e Apelo Tecnologia, P&D
(Pesquisa e Desenvolvimento), Patentes (PI) Ciclo de Vida.
8. Estrutura e Operações: Organograma Funcional, Máquinas
e equipamentos necessários, Processos de Negócio,
Processos de Produção e Manufatura, Política de Recursos
humanos, Previsão de Recursos humanos, Fornecedores
(Serviços, matéria-prima), Infraestrutura de planta (lay-out) e
Infraestrutura tecnológica.
9. Marketing e Vendas: Posicionamento do Produto/Serviço,
Praça/Canais, Promoção, Preço, Estratégia e Projeção de
Vendas e Market-share, Parcerias.
10. Estratégia de Crescimento: Análise Estratégica (plano de
desenvolvimento), SWOT (forças, fraquezas, oportunidades
e ameaças); Objetivos e Metas; Cronograma; Riscos Críticos
do Negócio.
11. Finanças: Investimentos (usos e fontes), Composição de
Custos e Despesas, Principais Premissas (base para as
projeções financeiras), Evolução dos Resultados Financeiros
e Econômicos (5 anos, mensal no ano 1 e semestral/trimestral
nos demais), Demonstrativo de Resultados, Fluxo de Caixa
Balanço; Indicadores Financeiros, Taxa Interna de Retorno,
Valor Presente Líquido, Breakeven e Payback; Necessidade
de Aporte e Contrapartida; Cenários Alternativos Plano
incluindo expansão.
12. Anexos

Roteiro simplificado de abertura de


uma empresa
Para uma micro ou pequena empresa exercer suas
atividades no Brasil, segundo o Sebrae (1997), é preciso:

1. Consulta prévia para adquirir um nome inédito no órgão de


registro, que pode ser na Junta Comercial do Estado ou
Registro Civil de Pessoa Jurídica. A consulta é pública com
relação a todos os dados cadastrais.

21
2. Elaboração do contrato social (ou declaração de firma
individual) e respectivo arquivamento no órgão de registro
(Junta Comercial ou Cartório de Pessoa Jurídica).
3. Receita Federal (para obtenção do CNPJ).
4. Secretaria Fazenda Estadual (para obtenção da inscrição
estadual).
5. Sub-Prefeitura (para obtenção de alvará de funcionamento →
no caso de prestação de serviço é necessária a inscrição no
Cadastro de Contribuinte Municipal – CCM, além do ISS).
6. Outros, quando necessário: INPI (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial, referentes a registro e arquivamento de
marcas e patentes que não se confunde com o arquivamento
e registro da empresa na Junta Comercial); Vigilância
Sanitária; Delegacia Regional do Trabalho; INSS; Polícia
Federal; Ministério da Saúde; Sindicato; Corpo de Bombeiros;
Ministério do Trabalho; etc.

Tabelas Diversas

Classificação Empresas

CLASSIFICAÇÃO Números de empregados


EMPRESAS
(Classificação Sebrae) Indústria Comércio
MICRO 00 19 00 9
PEQUENA 20 99 10 49
MÉDIA 100 499 50 99
GRANDE ≥ 500 ≥ 500 ≥ 100 ≥ 100
Fonte: Sebrae,1999.*

22
Classificação legal de acordo com o Faturamento Bruto Anual

M.E. (micro empresa) Até R$ 240 mil/ano


E.P.P. (Empresa Pequeno De R$ 240 mil até R$ 2.400
Porte) milhões/Ano
_____ (Grande Empresa) Acima R$ 2.400 milhões/Ano

Fonte: Sebrae,1999.*
(*) os dados para classificação permanecem os mesmos, segundo Decreto
5.028/2004, de 31/03/2004.

23
Sistematizando

Neste capítulo foram analisados os aspectos que envolvem


a elaboração de um plano de negócios, as razões que explicam
por que o plano de negócios é uma ferramenta indispensável
no planejamento de novas empresas, possibilitando ao
empreendedor compreender o processo de criação e implantação
de seu negócio.

24
REFLEXÕES SOBRE O tema

Um bom plano de negócios deve mostrar claramente


a competência da equipe, o potencial do mercado-alvo e
uma ideia realmente inovadora; culminando em um negócio
economicamente viável, com projeções financeiras realistas.
(DORNELAS, 2001)

25
REFERÊNCIAS

ADIZES, I. Os ciclos de vida das organizações: como e por que as


empresas crescem e morrem e o que fazer a respeito. 2. ed. São Paulo:
Pioneira, 1998.
ALVAREZ, P.; RODRIGUEZ, B. How to manage rapid growth? Disponível
em http://www.ebusinessforum.gr/content/downloads/307.htm
BIRLEY, S.; MUZYKA, D. F. Dominando os desafios do empreendedor.
São Paulo: Makron Books, 2001.
CANAVARRO, M. Sonhos que viram realidade. Disponível em http://
www.timaster.com.br/revista/materias/main_materia.asp? DORNELAS,
J. C. A. Empreendedorismo - transformando ideias em negócios. Rio de
Janeiro: Campus, 2001.
CANAVARRO, M. Sonhos que viram realidade. Disponível em http://www.
timaster.com.br/revista/materias/main_materia.asp?codigo=812,2004.
CHURCHILL, N. C.; LEWIS,V. L. The five stages of small business
grouwth. Harvard Business Review, n. 61, p. 30–50, 1983.
COELHO, T. Conheça sua base motivacional. Disponível em: http://
www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Conheca%20sua%20base%20
motivacional.htm .
COELHO, T. Conheça sua base motivacional. Disponível em: http://
www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Conheca%20sua%20base%20
motivacional.htm com acesso em 01.06.04 às 23:00hs,2004.
CUNINGHAM, J. B; LISCHERON, J. Defining entrepreneurship. Journal
of small business Management, vol 29, Issue 1, p.45-62, Jan. 2001.
DERTOUZOS, M. O que será: como o novo mundo da informação
transformará nossas vidas. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.
______. O que será: como o novo mundo da informação transformará
nossas vidas. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.
______. Four Pillars of Innovation. MIT’S Magazine of Innovation
Technology. 1999. In: DORNELAS, José CarlosAssis. Empreendedorismo:
transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro, Campos, 2001.

26
______. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo Corporativo. Rio de
Janeiro: Campus: 2005.
DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999a.
______. Oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura Editora, 1999.
______. Empreendedorismo. Desenvolvimento. Disponível em www.
empreendedor.com.br. Acessado em 08 de outubro de 2002.
______. Oficina do empreendedor: a metodologia de ensino que ajuda
a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 1999b.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo na prática: mitos e verdades
do empreendedores de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
______. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed.
Rio de Janeiro: Campus, 2005.
FILION, L. J. (a). Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-
gerentes de pequenos negócios. In: Revista de Administração de
Empresas. São Paulo, v.32,n.2, p.5-28,abril/julho,1999.
______. (b) Empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos
negócios. São Paulo, Revista de Administração - FEA/USP, vol. 34, nº.
2, 1999.
GOMES, R. C. O. et al. Empreeendedor x E-Empreendedor. Disponível
em: www.google.com.
GREINER, E. Evolution and revolution as organizations grow. Harvard
Business Review. mai/june, 1998.
LEZANA A. G. R., PEDRO M. A., VENTURA G. F., SANTOS M. F. A
liderança, o poder e o intraempreendedorismo. 1997.
______. Empreendedorismo e ciclo de vida das organizações. Apostila
do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas.
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2000.
______. Empreendedorismo. Apostila do Programa de Pós-graduação
em Engenharia de Produção e Sistemas. Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, 1999.
______. O empreendedor. Formação de Jovens Empreendedores.
Módulo 1. São Paulo: SEBRAE-SP, 1997.
______. TONELLI, A. “O comportamento do empreendedor”. In: DE
MORI, F. (org.). Empreender: identificando, avaliando e planejando um
novo negócio. Florianópolis: Escola de Novos Empreendedores, 1999.
LIMA, A. T. de F. C. de. Meta-modelo diagnóstico para pequenas
empresas. 2001. 249p. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) –
Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
LONGEN, M. T. Um modelo comportamental para o estudo do perfil
do empreendedor. Florianópolis. 1997. Dissertação (Mestrado em

27
Engenharia de Produção), Universidade Federal de Santa Catarina.
MARTINELLI, D.P.; CAVALCANTI, M.F. Um grupo universitário baseado
nos conceitos da administração evolutiva: origem, situação atual e
perspectivas. Artigo disponível em http://www.angrad.com/angrad/pdfs/
vii_enangrad/ AVALIACAO%20DE %20FORMANDOS.PDF.
MORALES, S. A. Relação entre competências e tipos psicológicos
junguianos nos empreendedores. Florianópolis. 2004. Tese (Doutorado
em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina.
SIMILOR,R.W;GILL,M.D.Jr. The new business incubator: Lexington
Books, 1986.
______. F. Pedagogia Empreendedora - O Ensino do Empreendedorismo
na Educação Básica, voltado para o Desenvolvimento Sustentável. São
Paulo : Editora de Cultura, 2002.
SOLIMEO, M. Empreendedorismo e desenvolvimento. Artigo disponível
em http://www.acsp.com.br/coluna/marcel_solimeo_030630.htm .
URIARTE, L. R. O perfil empreendedor. In: ENEMPRE - 1º Encontro
Nacional de Empreendedorismo (1999: Florianópolis). Anais.
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1999. p. 126-
131.

28

S-ar putea să vă placă și