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Leitura obrigatória
Itens 3.3.1 e 3.3.2 da segunda parte do livro Direito tributário, linguagem e método, de
Paulo de Barros Carvalho. São Paulo: Noeses.
Tema XIV (Preços de transferência no direito tributário brasileiro), in Derivação e
positivação no direito tributário, volume II, de Paulo de Barros Carvalho. São Paulo:
Noeses.
Leitura complementar
Capítulo VIII, item 8.1 do livro Ficções tributárias identificação e controle, de Ângela
Maria da Mota Pacheco. São Paulo: Noeses.
Capítulo 4, itens 5.3 e 5.4 do Capítulo 5 eCapítulo 7 do livroImposto sobre a renda –
Pressupostos constitucionais, de José Artur Lima Gonçalves. São Paulo: Malheiros.
Capítulo IV do livro O imposto sobre a renda e os preços de transferência, de Paulo
Ayres Barreto. São Paulo: Dialética.
Artigo: “Tributação do Resultado de Coligadas e Controladas no Exterior, em face da
Lei n. 12.973/2014”, de Paulo Ayres Barreto e Caio Augusto Takano, in Grandes
questões atuais do direito tributário, 18º vol., Valdir de Oliveira Rocha (Coord.). São
Paulo: Dialética.
Artigo: “Imposto sobre a Renda: questões polêmicas”, de Fabiana Del Padre Tomé,in
Aspectos polêmicos do imposto de renda e proventos de qualquer natureza, Ives
Gandra da Silva Martins (Coord.). Porto Alegre: Lex Magister.
Capítulo IV, itens 4.1 a 4.5 do livro Preço de transferência como norma de ajuste do
Imposto sobre a Renda, de Vivian de Freitas e Rodrigues de Oliveira. São Paulo:
Noeses.
Artigo: “Reflexões sobre alguns aspectos da lei nº 12.973/2014”, de Elidie Palma
Bifano. In: RODRIGUES, Daniele Souto; MARTINS, Natanael (Coord.). Tributação
Atual da Renda. São Paulo: Noeses
Artigo: “Permuta imobiliária: a nova contabilidade e os desdobramentos tributários”,
de Rafael Palma Bifano e José Henrique Longo. In: RODRIGUES, Daniele Souto;
MARTINS, Natanael (Coord.). Tributação Atual da Renda.São Paulo: Noeses.
Artigo: “Regime tributário de ope rações de hedge realizadas em mercado de balcão:
a distinção entre hedge interno e internacional”, de Alberto Xavier.Revista Dialética
de Direito Tributário n. 233, fev. de 2015.
Questões
1. Pode-se depreender o conceito de renda diretamente da Constituição Federal? Caso
isso não seja possível, poderia então a lei complementar fixar um conceito livre de
renda ou atribuir ao legislador ordinário a sua fixação? (Vide anexo I).
2. Quais as formas de apuração e de recolhimento do IRPJ determinados pelo
legislador ordinário? Diferencie-as. Há direito subjetivo do contribuinte ao
arbitramento do lucro, no caso de imprestabilidade de sua contabilidade?
3. A Lei Complementar n. 104/01 acrescentou um §2ºao art. 43 do CTN, dispondo“que
na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as
condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência
do imposto...”.
Indaga-se: o regime de tributação em bases universais abrangendo as controladas e
coligadas no exterior nos moldes em que prescrito pela Lei 12.973/14 está de acordo
com o ordenamento jurídico? Considerar em sua resposta a manifestação do STF a
respeito do tema. (Vide anexos II e III).
4. A determinação do registro contábil de negócios segundo a primazia da substância
econômica sobre a forma jurídica, realizada segundo as regras do IFRS (Lei n.
11.638/07) tem implicações relevantes na apuração do IRPJ? O advento da Lei n.
12.973/14, a qual extinguiu o RTT (Regime Tributário de Transição), implica a
alteração da base de cálculo do IRPJ, para que esta seja tomada a partir dos valores
registrados contabilmente e consideradas as alterações em tais lançamentos
determinadas pela Lei n. 11.638/07?
5. Qual o conceito jurídico de permuta? Ela pode ser equiparada ao instituto da compra
e venda? A permuta implica acréscimo patrimonial? Há incidência do imposto sobre
a renda nas operações de permuta? Quais os impactos tributários sobre a operação
de permuta trazidos pela Lei n. 12.973 de 2014? O regime de apuração (lucro real
ou lucro presumido) influencia no tratamento tributário a ser dispensado às permutas
imobiliárias para fins de incidência do IRPJ? (vide Parecer COSIT/RFB n. 09/14 e
Parecer PGFN n. 454/92).
6. Existe diferença entre a contagem do prazo decadencial para o lançamento de um
valor de imposto de renda apurado pelo lucro real trimestral e pelo lucro real anual?
E como se dá a contagem decadencial para lançamento de valores de IRRF?
7. Que significa a expressão “preços de transferência” e qual sua função?O que é o
princípio “arm’s lenght” aplicado pelo fisco no Brasil? Foi positivado no Brasil pela Lei
n. 9.430/96 e alterações posteriores? Comente sobre a possibilidade de aplicação
coercitiva deste conceito. (Vide anexo IV).
8. O que se entende por despesas operacionais para fins de dedutibilidade do IRPJ?
Com relação às deduções, pergunta-se:
a) “Entradas” e “ingressos” são sinônimos de “receita”? As despesas reembolsadas
por clientes integram a receita bruta dos escritórios e empresas que trabalham com
bens e direitos de terceiros (como escritórios de advocacia, contabilidade, empresas
de cobrança, etc.) que adotam o lucro presumido? Esses reembolsos podem ser
tributados pelo IRPJ? (Vide anexo V).
b) O art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.316/96 prevê a impossibilidade de dedução do
valor correspondente a CSLL para efeito da determinação do lucro real, compondo,
portanto, a base de cálculo do IRPJ. A inclusão desse valor coaduna com o conceito
constitucional de renda? Esta disposição legal viola algum princípio constitucional
consentâneo ao imposto incidente sobre a renda? (Vide anexo VI).
c) Qual o conceito jurídico de operação de cobertura (hedge) e seus requisitos
essenciais? Eventuais perdas incorridas nestas operações são passíveis de dedução
da base de cálculo do IRPJ? Sendo a resposta afirmativa, há limites para esta
dedução? Fundamentar (Vide art. 71 da IN/RFB n. 1.585 de 2015 e Acórdão n.
1401.001.369 do CARF).
9. A legislação do imposto de renda prescreve que a compensação dos prejuízos fiscais
apurados são limitados à denominada trava de 30%. Por outro lado, regula ainda a
forma com que o direito à compensação subsiste, especialmente em face de eventos
de cisão, incorporação ou fusão de sociedades. Indaga-se: é cabível a denominada
“incorporação reversa” ou “incorporação
figura como incorporadora a sociedade às avessas”,
detentora deisto é, a operação
prejuízos fiscais, em que
realizada
justamente para que estes não se percam? Dito de outra forma, essa espécie de
planejamento é lícita? (Vide anexos VIII e IX).
Anexo I
RE n. 607.826 AgRg/RJ
DJ 17/03/2014
Anexo II
RE n. 611.586 RG/PR
Julgamento: 05/04/2011
Anexo III
ADI n. 2588/DF
DJ 10/02/2014
Anexo IV
TRF 3ª Região, Apelação n. 0028594-62.2005.4.03.6100
DJ 11/11/2014
acórdão
37, 150,violou
I e IIosdaartigos 97,
CF como II e 98 do caso
mencionado, 5º, II,
CTN; seria de LXIX e §2ºa
discutir ,
matéria em via própria e não em embargos declaratórios.
8. Em suma, para corrigir suposto error in judicando, o remédio
cabível não é, por evidente, o dos embargos de declaração, cuja
impropriedade é manifesta, de forma que a sua utilização para mero
reexame do feito, motivado por inconformismo com a interpretação
e solução adotadas, revela-se imprópria à configuração de vício
sanável na via eleita.
9. Embargos de declaração rejeitados.
Anexo V
CARF – Acórdão n. 1803-002.463
Publicado em 14/01/2015
Anexo VI
STF RE n. 582.525 RG/SP
DJ 07/02/2014
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE
QUALQUER NATUREZA DEVIDO PELA PESSOA JURÍDICA (IRPJ). APURAÇÃO PELO
REGIME DE LUCRO REAL. DEDUÇÃO DO VALOR PAGO A TÍTULO DE CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. PROIBIÇÃO. ALEGADAS VIOLAÇÕES DO CONCEITO
CONSTITUCIONAL DE RENDA (ART. 153, III), DA RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR
DE NORMAS GERAIS (ART. 146, III, A), DO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA (ART. 145, § 1º) E DA ANTERIORIDADE (ARTS. 150, III, A E
195, § 7º).
líquido 1. O não
– CSLL valor pagoa a característica
perde título de contribuição social sobre
de corresponder o lucro
a parte dos
lucros ou da renda do contribuinte pela circunstância de ser utilizado
para solver obrigação tributária. 2. É constitucional o art. 1º e par.
ún. da Lei 9.316/1996, que proíbe a dedução do valor da CSLL para fins
de apuração do lucro real, base de cálculo do Imposto sobre a Renda das
Pessoas Jurídicas – IRPJ. Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual
se nega provimento.
Anexo VII
TRF 4 – AC n. 5024105-03.2012.404.7108
DJ 18/12/2013
Anexo VIII
Acórdão n. 107-07.596
PRESIDENTE
NATANAEL MARTINS
REDATOR-DESIGNADO
VOTO VENCIDO
1 .Código Civil dos Estados Unidos do Brasil Comentado, obs. 1 ao art .102, apud Silvio Rodrigues, Direito civil –
parte geral. Vol. 1. 15ª ed. São Paulo: Saraiva, 1985, p. 218.
2. GOMES, Orlando. Introdução ao Estudo do Direito . 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1983, p. 374.
3. LATORRACA, Nilton. Direito Tributário. 12ª ed. São Paulo: Editora Atlas.
MARBO e com nova razão social.
MARBO continuou operando sua atividade tradicional, no mesmo
endereço. As únicas alterações foram meramente formais: passou a
operar com um número de CNPJ de filial e com nova razão social,
mas mantendo o nome de fantasia MARBO TRANSPORTES.
Oportunas as lições de Ricardo Mariz de Oliveira, em sua obra
“Elisão e Evasão Fiscal” – Caderno de Pesquisas Tributarias –
volume 13, Editora Resenha Tributária, São Paulo,1988:
mesmo agindo
fraude, preventivamente,
ato simulado ou abuso de oforma
contribuinte
jurídica” pode
.
cometer
(...)
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
(...)
com a finalidade
buscar de constituição
na Exposição de Motivos osdefins
exigências
visados tributárias, vamos
pelo legislador:
-se necessária
“A inclusão do parágrafo único ao art. 116 faz
para estabelecer, no âmbito da legislação brasileira, norma
que permita à autoridade tributária desconsiderar atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade da elisão,
constituindo-se, dessa forma, em instrumento eficaz para o
combate aos procedimentos de planejamento tributário adotados
com abuso de forma ou de direito”.
VOTO VENCEDOR
5.TÔRRES, Heleno .Direito tributário e direito privado: autonomia privada. Simulação. Elusão tributária. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003, p. 187.
reproduzidos nos artigos 513 e 514 do RIR/99:
Anexo IX
Acórdão CSRF n. 01-05.413
VOTO
Conselheiro DORIVAL PADOVAN, Relator.
O recurso é tempestivo, preenche os pressupostos de
admissibilidade, dele tomo conhecimento.
A questão a ser examinada neste processo refere-se à
compensação de prejuízos fiscais no caso de incorporação de
empresa lucrativa (superavitária) por empresa deficitária, sendo
ambas do mesmo grupo empresarial, pesando sobre o lançamento a
pecha da simulação, por ter sido considerado que a incorporação
se deu com o único objetivo de compensar prejuízos acumulados da
empresa incorporadora.
Não há como negar que dentro do chamado planejamento
tributário, aceito tanto na doutrina como na jurisprudência,
permeia, em se tratando de grupo de empresas, a possibilidade de
eventuais consequências
qualificadas como casos decontrárias ao efisco
elisão fiscal devem
não de ser
“evasão
ilícita.” (Ac. CSRF/01-01.874/94).
IRPJ- INCORPORAÇÃO ATÍPICA- A incorporação de empresa
superavitária por outra deficitária, embora atípica, não é
vedada por lei, representando negócio jurídico indireto.
Por outro
referidos lado, fiscais
prejuízos não se pode olvidar
poderiam se que
dar odeaproveitamento dos
uma outra forma,
ainda que incomum, porém não proibida: bastaria a empresa
deficitária praticar no lugar da lucrativa as operações comerciais
com seus clientes comuns até a completa compensação dos prejuízos
fiscais existentes, e, em seguida, proceder a reorganização
societária. Porém, convenhamos, tal alternativa sem dúvida seria
onerosa e burocraticamente complexa, porquanto exigiria abertura
de novas filiais, sem contar da necessidade de adequação às
legislações estaduais referentes ao ICMS.
Com efeito, nos processos de reorganização de empresas, a boa
técnica de administração recomenda que os dirigentes adotem,
dentro da legalidade, a alternativa econômica menos onerosa
possível, afastando-se, inclusive, de procedimento que aponte para
uma gestão temerária, sob pena de responsabilidade perante os
detentores do capital investido (sócios ou acionistas).
Como bem esclareceu o ilustre Conselheiro Matável Martins –
Relator do voto vencedor do acórdão recorrido, nas regras que
norteiam as operações de cisão ou de incorporação de sociedade
não há nada que proíba que a empresa detentora de prejuízos fiscais
figure na qualidade de incorporadora, vale dizer, não há nada que
proíbe a dita “incorporação às avessas”. Igualmente, não há nada
que proíba a adoção do nome comercial e da sede da empresa
incorporada. (f. 717).
No caso vertente, por inexistir impedimento legal para a
prática da conhecida incorporação às avessas, não se pode esperar
que duas empresas, integrantes do mesmo grupo econômico a mais de
vinte e quatro anos, pratiquem operações comerciais iguais e a
mesmos clientes espalhados em inúmeras partes do território
nacional, porque a deficitária não pode incorporar outra
lucrativa.
No tocante aos elementos ou atributos incorpóreos (marcas,
logomarcas, nomes de fantasia, expressões de propaganda,
clientela) que continuaram existindo, trata-se de ponto positivo,
necessário, para o sucesso da empreendida reorganização
societária, pois não seria razoável exigir que tais valores fossem
abandonados apenas para dar segurança da operação perante o fisco,
sob pena de comprometer o sucesso do grupo empresarial, conseguido
ao longo de quarenta e três anos (1953-1996), conforme fartamente
noticiado nestes autos.
As regras de compensação de prejuízos fiscais têm srcem nos
32 e 33 do Decreto-Lei n. 2.341/87, os quais estão incorporados
nos artigos 513 e 514, que determinam: