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12º ANO
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Introdução
Este trabalho de português consiste numa síntese da obra escolhida para leitura individual,
segundo o PNL. Foi escolhida em função das minhas preferências literárias, pois, embora
não goste muito de ler, ainda assim gosto mais de intrigas policiais.
O trabalho vai decompor-se em 3 partes: uma primeira será constituída pela síntese da
obra escolhida, Novelas Policiárias, de Fernando Pessoa; uma segunda parte refletirá uma
síntese das obras lecionadas no decorrer dos 3 anos do secundário; a terceira e última
parte será a tentativa de estudo comparativo entre a obra escolhida no 12º ano e as obras
Este tipo de trabalho, na minha opinião, serve de revisão para o exame nacional visto ter
para o outro. Também serve como texto de opinião, pois, o facto de comparar a obra em
Desenvolvimento
Tal como já tinha justificado nos trabalhos anteriores apresentados nos dois
Pessoa, da editora Assírio e Alvim, por ser uma obra bastante diferente de tudo o que já
tinha lido até agora sobre esse mesmo autor. Pois, trata-se de uma série de “novelas”,
estórias de detetives que o ortónimo escreveu, muito longe daquilo que estudamos no 12º
ano, podendo fazer assim um contraponto ou uma comparação com o que foi dado este
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último ano letivo, escrito pelo mesmo escritor, mas também fazendo uma pequena
comparação com o tipo de obras completas que foram estudadas ao longo dos três anos.
-“Crime”.
Decifrador dos casos relatados. O seu nome é Abílio Fernandes Quaresma, solteiro, maior
de idade e médico sem clínica, que mora num 3º andar da rua dos Franqueiros., num
quarto pequeno, desarrumado, com janela aberta para os telhados, por onde entrava a luz
de Lisboa. Vai ser esse personagem, o fio condutor de todos os relatos embora não se
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resolver um caso policial com uma subdivisão, como se de um tratado de filosofia se
Decifrador porque resolve os enigmas de forma muito lógica, racional quase à maneira
de Sherlock Holmes, o detetive inventado por Arthur Conan Doyle, no século xix.
Sherlock Holmes não é o primeiro investigador do romance policial. Contudo, foi e ainda
é famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a lógica
Dado o facto de serem novelas incompletas à exceção das duas últimas, “a Carta
Mágica” e “Crime”, como já referido, é acerca de uma das duas que vou escrever um
polícia Guedes.
pedindo para falar com o Chefe Guedes acerca do desaparecimento de uma carta que o
pai lhe tinha deixado, dois anos antes dos acontecimentos, aquando do seu falecimento.
A missão do engenheiro, seria de entregar a dita carta a um amigo do pai, Amaro Simas,
que na altura se encontrava em África. A instrução principal era não perder a carta sob
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Depois de muito cuidado ao combinar a melhor maneira de entregar a dita carta
forma enigmática. Perante a situação relatada pelo engenheiro, o Chefe Guedes vê-se
obrigado a expor o sucedido ao Dr. Quaresma que depois de uma pequena reflexão,
afirma ter elucidado o caso de uma forma psicológica. Pois, explicando que existem 3
estados mentais distintos: o normal, o anormal mas não louco e o estado mental da
loucura, acaba por concluir que quem tirou a carta de casa do sr. Engenheiro, foi nem
Para ser sincero, não é que tenha percebido muito bem como Quaresma chega a
essa conclusão. Mas aparecem aqui traços óbvios da personalidade de Fernando Pessoa
II- Síntese dos conteúdos lecionados nos 10º, 11º e 12º anos
Como a obra de leitura escolhida por mim, foi escrita por um autor que consta do
programa de 12º ano, vou começar por fazer um levantamento dos conteúdos lecionados
de viver, Autoanálise.
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O fingimento poético (A arte nasce da realidade, A poesia consiste no
expressa de forma tão artística que parece mais autêntica que a realidade, Relação do
(emoção) – dado pelo coração – que é intelectualizado – pela razão; o que surge na criação
intelectual).
intelectualização não o permite. Sente-se como enclausurado numa cela pois sabe que
não consegue deixar de raciocinar. Sente-se mal porque, assim que sente,
automaticamente intelectualiza essa emoção e, através disso, tudo fica distante, confuso
e negro. Ele nunca teve prazer na realidade porque para ele tudo é perda, quando ele
e ele não se consegue encontrar nem definir em nenhum deles, é incapaz de se reconhecer
interessa, porque recordar não é viver, é estar preso a algo que não volta – “O futuro é
algo que não conheço e o passado algo que já não tenho. Um pesa-me como a
possibilidade de tudo, outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem
saudades”. Esta atitude mostra que o poeta está descontente em relação ao que foi, porque
não foi nada do que quis, e revela desmotivação e falta de esperança pois crê que também
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no futuro as coisas não melhoram, também nele os sonhos não vão passar disso. Assim,
O tédio, o cansaço de viver (O poeta constata que não é ninguém, ele é nada –
o sonho de ir mais além desaparece. Diz que não sabe nada, não sabe sentir, não sabe
pensar, não sabe querer, ele é um livro que ficou por escrever. Ele é o tédio de si p róprio:
está cansado da sua vida, está cansado de si :(apatia, cansaço total); revela um certo desejo
ALBERTO CAEIRO
desligado dos valores da cultura, pretendeu, sobretudo, ser. Tentou, assim, desenvolver
tais como são, Poeta do olhar, Predomínio das sensações visuais e auditivas),
a “prática” – apesar do poeta afirmar que não se preocupa com o estilo dos seus versos, a
RICARDO REIS
Ricardo Reis não desejou mais que viver segundo o ensinamento de todas as
culturas, sinteticamente recolhidas numa sabedoria que vem de longe e que nem por isso
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deixou de ser pessoal. Viver conforme a Natureza, liberto das paixões, indiferente às
civilização da Grécia), Culto do Belo como forma de superar a efemeridade dos bens e a
ÁLVARO DE CAMPOS
do mundo moderno – uma arte de sentir. Poeta do Futurismo, faz o elogio da civilização
dois heterónimos aproximam-se principalmente pelo modo como tentam encarar a vida:
tanto Caeiro como Reis, além de considerarem que a felicidade só se alcança através de
uma vida serena e em comunhão com a natureza (aurea mediocritas), defendem a vivência
plena do presente, sem preocupação nem com o passado nem com o futuro (carpe diem,
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disfrutar de cada momento).No entanto, pode verificar-se que são grandes as diferenças
entre eles. Enquanto que RR é caracterizado pela intelectualização das emoções e pelo
pensamento como uma entrave à observação da natureza, e é o poeta que não se preocupa
com a passagem do tempo. Outra grande diferença é que A. Caeiro acredita (num só)
Deus enquanto elemento da natureza (tudo é divino), ao passo que RR crê em vários
que estes dois poetas não tenham muito em comum, uma vez que um é o poeta natural e
civilização moderna), e na atitude perante a vida (enquanto que Caeiro é feliz, Campos é
um homem sem identidade e cansado de viver, pois a vida nunca lhe trouxe nada de bom).
um poeta que, pelo seu estilo eufórico e, mais tarde, disfórico, se afastou dos outros
uma forma mais tranquila. Assim, são poucas as semelhanças entre RR e Campos: tanto
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neste último ponto, os motivos para essa aceitação são diferentes: enquanto Reis o aceita
pois considera que essa é a melhor forma de ser feliz, Campos fá-lo numa atitude de
resignação perante a vida, não deixando de se sentir infeliz por aquilo que ela lhe
reservou. Aquilo que mais os distancia é a sua relação com a realidade – campos vive em
Caeiro encontra-se através da natureza; Reis encontra-se através do equilíbrio entre a dor
e o prazer; e Campos não se encontra. Em segundo lugar, verifica-se que todos associam
inocentes. No entanto, enquanto Reis e Caeiro acreditam poder voltar a ser felizes como
foram em criança, Campos considera essa felicidade perdida, pois só é feliz se for
O Livro do Desassossego foi publicado pela primeira vez em 1982 (quase 50 anos depois
espólio de Fernando Pessoa. O “autor”, Bernardo Soares, que assina esses textos, é o
Heterónimo pessoano que mais se aproxima do Ortónimo Fernando Pessoa pois surge
como um auto retrato do próprio autor. Como é escrito sob a forma de diário sem datas,
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empregando, assim, com frequência os verbos ver, reparar e persentir. Para além disso,
com o quotidiano. As pessoas com quem se cruza são-nos apresentadas de forma emotiva
para a transfiguração poética da realidade e para uma introspeção intensa que culmina
numa vida interior vivida de uma forma impar. De um lado, o imaginário urbano – A
Verde. De outro lado, o Quotidiano – A fixação instantânea do dia a dia; A rotina da vida
perceção e transfiguração poética do real – O mundo exterior como ponto de partida para
Não é uma narrativa com princípio, meio e fim. É um anti livro. É uma compilação
de fragmentos organizados depois da morte de Fernando Pessoa, pois não existe uma
ordem definida pelo mesmo. Pela voz de Bernardo Soares, Pessoa confia ao leitor a sua
angústia existencial, as suas reflexões sobre o sentido ou ausência de sentido das coisas,
o refúgio efémero encontrado no sonho, a sua incapacidade de viver a sua própria vida,
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encontro num café, o som de um elétrico, a geografia de um bairro”. - O mais pequeno
sendo a de um mito, numa teoria cíclica, transfigura e repete a história de uma pátria como
1ªparte – Brasão (consituída por poemas que fazem referência a figuras e mitos
• Os campos (2 poemas)
۰ “O dos Castelos”
۰ “O das Quinas”
• Os castelos (7 poemas)
۰ “Ulisses”
۰ “Viriato”
۰ “O Conde D. Henrique”
۰ “D. Tareja”
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• As quinas (5 poemas)
۰ D. Sebastião”
• A coroa (1 poema)
۰ “Nun’Álvares Pereira”
• O timbre (3 poemas)
۰ “O Infante”
۰ “”Horizonte”
۰ “Padrão”
۰ “O Mostrengo”
۰ “Os Colombos”
۰ “Ocidente”
۰ “Fernão de Magalhães”
۰ “Mar Português”
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۰ “A Última Nau”
۰ “Prece”
3ªparte – O Encoberto (esta parte é toda ela um fim, uma desintegração; mas
também toda ela cheia de avisos e pressentimentos, de forças latentes prestes a ressurgir,
que irão ser o motor para a construção do 5º Império, o império espiritual, que é aquele
• Os símbolos (5 poemas)
۰ “D. Sebastião”
۰ “O Quinto Império”
۰ “O Desejado”
۰ “O Encoberto”
• Os avisos (3 poemas)
۰ “O Bandarra”
۰ “António Vieira”
• Os tempos (5 poemas)
۰ “Noite”
”Tormenta”
۰ “Calma”
۰ “Antemanhã”
۰ “Nevoeiro”
Em Mensagem, O mito é tudo: sem ele a realidade não existe, pois é dele que ela parte.
Deus é o agente da história; ou seja, é ele quem tem as vontades; nós somos os seus
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instrumentos que realizam a sua vontade. É assim que a obra nasce e se atinge a perfeição.
O sonho é aquilo que dá vida ao homem: sem ele a vida não tem sentido e limita-se à
lutar que se alcança a glória. Portugal encontra-se num estado de decadência. Por isso, é
necessário voltar a sonhar, voltar a arriscar, de modo a que se possa construir um outro
império, um império que não se destrói, por não ser material: é o Quinto Império, o
deixa-se levar pela loucura/sonho), é também visto como o salvador, aquele que trará de
novo a glória ao povo português e que virá completar o sonho, cumprindo-se assim
Portugal.
índole fascista e os movimentos de esquerda que tentavam triunfar. Foi o que aconteceu
comunistas e anarquis- tas), conduziu a um golpe de Estado levado a cabo pelas forças
(no caso alemaõ ) e anexando a Etiópia (no caso italiano). A tudo isto assistia indiferente
a Sociedade das Nações, e a Inglaterra, que, ao mesmo tempo que se escusava a tomar
de colónias portuguesas.
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Em Portugal, vivia-se um regime ditatorial, liderado por Salazar, fortemente enraizado
regime. A censura, a repressaõ policial, a tortura ou a prisaõ eram as armas usadas contra
quem se opunha à ordem vigente, tendo sido para o efeito criada a Polić ia de Vigilância
e Defesa do Estado. De uma forma geral, o povo vivia na miséria e o paiś estava
mergulhado num estado de estagnaçaõ . É para estas realidades que o narrador, velada e
indiretamente, pretende chamar a aten- çaõ . A cidade de Lisboa, palco da açaõ , apresenta-
metáforas que contribuem para evidenciar a opressaõ e a repressaõ exercidas pelo regime
sobre o povo. Desta forma se percebe a afirmaçaõ final: a terra aguarda pela mudança.
percurso pelas ruas (desde a rua do Comércio ao Terreiro do Paço, do Chiado à praça da
natureza literária. Assiste- se, assim, a pretexto do que Reis vai observando e captando
da realidade, à evocaçaõ de diversos textos, entre os quais a Bib́ lia, e de autores como
Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Camões, Eça de
Queirós, Cesário Verde, Almeida Garrett, Jorge Luiś Borges, Dante, Cervantes ou
Virgiĺ io.
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Representações do amor
Marcenda Lídia
Pessoa
Citaçaõ de versos de Os Lusíadas, como “esta apagada e vil tristeza”, com vista a ridicularizar
Presença constante da estátua de Camões e do Adamastor, como forma de realçar a produçaõ ca-
Luís de Camoẽ s
moniana enquanto marco de fundamental importância na literatura portuguesa (“todos os caminhos
regime.
destrutiva (“Ricardo Reis atravessou o Bairro Alto, descendo pela Rua do Norte chegou ao
Cesário Verde
Camões, era como se estivesse dentro de um labirinto que o conduzisse sempre ao mesmo
lugar”).
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Deambulaçaõ geográfica como ponto de partida para outras evasões (viagem literária).
presente moribundo.
Construçaõ da personagem Ricardo Reis à luz das características fiś icas, psicológicas e
literárias fixadas pelo seu criador, patentes, por exemplo, nas conversas entre o heterónimo
e o ortónimo.
Fernando Pessoa
Citações, alusões, paródia e paráfrases de versos do ortónimo e dos principais
heterónimos.
Já que se estabelece a comparação com Cesário Verde e luís de Camões, aproveito para
CESÁRIO VERDE
que o objeto. Também o Parnasianismo (reacção anti-romântica). O poeta não diz o que
– do real objectivo)
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As suas temáticas são o Contraste cidade/campo (Campo = vida; Cidade = morte,
repressão, Mulher do campo: simples, frágil; Mulher da cidade: fatal, fútil, Poesia
pictórica – pinta quadros por letras. A poesia é um olhar crítico acerca de uma realidade
Como vimos, existe Deambulação do sujeito poético: olha, vê, sente, dá conta do
que vê e do que sente (Visualismo: preocupação pela ordem das descrições (primeiro os
aspetos genéricos e depois os mais específicos) e por descrever tudo o que vê. O Sujeito
Romance onde, através do fio condutor da famiĺ ia Maia, se vê Portugal através três
protagonista, Afonso, até ele mesmo, Carlos. Neste romance saõ desfiladas três histórias
individuais diferentes:
a de Afonso da Maia;
Admitindo que Carlos da Maia é o protagonista, e que toda a narrativa gira à volta
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A educação de Carlos (Cap. III e IV);
e fragilidades do pai de Carlos que acabou por se suicidar devido às lacunas dessa
educação onde existe uma proteção demasiado intensa e uma não formação da
personalidade individual, e uma educação à inglesa que também parece não resultar. No
caso de Carlos, acabou por torná-lo demasiado independente do meio no qual evoluiu e
Podemos ainda induzir este resumo a uma versaõ reduzida, em que se traduzem
A história de Carlos até ao seu encontro com Maria Eduarda (Cap. I a XI);
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O viver dos notáveis rurais (Cap. III);
burguesia veste uma máscara e onde a sociedade pseudo-intelectual se reúne para discutir
Estrutura trágica:
Momentos da tragédia:
Temática do incesto
Personagens:
entrever uma mente pouco equilibrada, fruto da hereditariedade naõ corrigida pela
educaçaõ (fraco como a maẽ e fruto de uma educaçaõ portuguesa). Alia a valentia fiś ica
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Carlos da Maia (Personagem realista) - Rico, bem-educado, adivinha-se culto,
figura de Pedro (seu pai). Naõ teme o esforço físico, é corajoso e frontal - forte como os
Maias. Sofre, no entanto, de diletantismo (é incapaz de se fixar num projeto sério).
Herda a beleza da maẽ , resulta de uma educaçaõ de convento e vem de um meio ambiente
decadente e boémio.
acompanha toda a história, enquanto que a figura de Carlos só entra verdadeiramente em
cena depois de esgotada a história de Pedro (Cap I e II). Homem de carácter, culto e
requintado. Partidário das ideias liberais, ama o progresso. Tem altos e firmes princípios
Maria Monforte - "Pobre, formosa, doida, excessiva. " - Pobre apenas na fase
final da vida, é nela que radicam todas as desgraças da famiĺ ia Maia (pelo menos o drama
em causa, note-se que faz o mal naõ por maldade, mas por paixaõ ).
A obra está repleta de figurantes, usados por Eça para representar os defeitos
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2. 2) Alencar - protótipo do poeta romântico. Figura as discussões de escola
maẽ , leva uma existência doentia. Mais velho, procurava a sordidez dos bordéis ou
se um homem.
Rufino (Oratória"balofa")
Ver Anexo 3
sociedade através do escritor Gil Vicente que escrevia Autos e Farsas para divertir a
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A FARSA DE INÊS PEREIRA, GIL VICENTE
viciosos como por exemplo o desejo de promoção social, como apresentado nesta Farsa.
daquela época com referência aqui à vida doméstica à qual a personagem principal , Inês
Pereira quer escapar, à vida palaciana da qual Inês ambiciona fazer parte através do seu
personagem de Pêro Marques com quem Inês também acaba por casar embora lhe seja
denunciados.
sua mãe e de Lianor Vaz (a alcoviteira) com conceções completamente antagónicas. Inês
representa a moça da vila que ambiciona uma promoção social e de alguma forma cultural
através do seu casamento com o Escudeiro, também representa a mulher falsa que engana
o marido. A sua mãe representa também uma mulher da vila que sonha com um
conforto material.
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Acabo aqui a minha síntese falando do primeiro conteúdo abordado no 10º
o amor, mas esse sentimento pode assumir diferentes perspetivas, podendo assim
As cantigas de amigo têm como sujeito poético uma voz feminina que confidencia
ansiedade. As cantigas de amor tem com sujeito poético uma voz masculina que se dirige
à sua amada habitualmente casada e a quem presta vassalagem. Manifesta a coita de amor,
isto é, a paixão infeliz, o sofrimento por amor que pode levar à morte, ou então faz o
crítica, indireta no caso das primeiras ou direta no caso das segundas, aos costumes ou ao
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III- Comparação da obra escolhida com os conteúdos lecionados ao longo
lecionados no 12º ano, porque o autor ocupa grande parte do espaço de conteúdos desse
mesmo ano letivo seja como escritor seja como “personagem” de uma obra escrita por
outro escritor.
variados géneros a que pertencem, têm, no entanto, pontos comuns. De facto, passámos
pela poesia, pelos textos trágicos, dramáticos, pelas farsas, pelas epopeias, pelo sermão,
mulher, da liberdade, de um certo amor pela pátria, da história de Portugal como nação
como universais.
A minha atenção focou-se mais em Fernando Pessoa e até se estudou uma obra cujo
sua preocupação com os seus dilemas existenciais, mas também como escritor exímio e
muito informado. Assim sendo, achei interessante abordar uma obra que pensei
completamente diferente dos abordados ao longo dos 3 anos, mas que continua presente
no nosso dia à dia, não só na realidade do nosso quotidiano como também no seu aspeto
ficcional, pois há cada vez mais livros ou séries policiais a invadir o nosso espaço cultural.
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Quis ver uma perspetiva diferente de escrita pela mão de Fernando Pessoa, mas
para ser sincero achei-o um texto muito difícil de ler. Se por um lado a escrita é diferente,
continua muito à maneira de Pessoa, um pouco difícil de entender, como o seu método
de um Ricardo Reis que, sendo médico, de certeza que se aproximaria, na sua escrita, de
um método muito científico. O facto de Quaresma viver sozinho, na rua dos Franqueiros,
em Lisboa, sem consultório, também me fez lembrar Os Maias, com Carlos da Maia e o
Lisboa descrita nas estórias de Fernando Pessoa encontram 2 mundos bem diferentes, o
Conclusão
Assim termino este meu trabalho que me serviu para rever os conteúdos lecionados
ao longo dos 3 anos letivos, alguns dos quais já muito esquecidos. É uma excelente
preparação para o Exame Nacional embora me tenha dado uma dor de cabeça bastante
grande, pois tive de recorrer aos apontamentos já esquecidos e aos esquemas propostos
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Anexos
1-
obra
I se no Hotel Bragança, onde vê, pela primeira vez, Marcenda, figura que lhe
Ricardo Reis lê jornais para se inteirar das notícias sobre a morte de Fernando
o deixa surpreso.
Ricardo Reis presencia o “bodo do Século”, onde foram distribuídos dez escudos a
Ricardo Reis tem o primeiro contacto fiś ico com Lid́ ia – põe-lhe a maõ no braço –
e diz-lhe que a acha bonita. No entanto, estes atos fazem-no sentir-se ridículo.
IV
Fernando Pessoa volta a encontrar-se com Ricardo Reis, na esquina da rua de Santa
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Ricardo Reis envolve-se com a criada, que entra no seu quarto, durante a noite,
Ricardo Reis vai ao Teatro D. Maria com a intençaõ de travar conhecimento com
Ricardo Reis e Marcenda conversam na sala de estar do hotel sobre a sua debilidade
física e a jovem pede- lhe a sua opiniaõ profissional. Nessa noite, Ricardo Reis
VI
janta com o doutor Sampaio e com Marcenda e Lídia naõ o visita porque está com
ciúmes.
Ricardo Reis lê a Conspiraç ão, obra que lhe foi recomendada pelo doutor Sampaio
VII Lid́ ia volta a dormir com Ricardo Reis ao fim de cinco dias.
Ricardo Reis encontra Fernando Pessoa num café do bairro e, a propósito da vitória
Ricardo Reis fica doente, com febre, e Lídia dispensa-lhe todos os cuidados. Dias
Enquanto aguarda por ela, Reis é “visitado” por Fernando Pessoa, que o questiona
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Durante o encontro, a filha do doutor Sampaio pede a Ricardo Reis que lhe escreva
hotel, diz a Lid́ ia que tudo correu bem e escreve a Marcenda tranquilizando-a. Mais
IX tarde, informa a criada de que vai deixar o Bragança, e esta prontifica-se a ir visitá-
lo nos seus dias de folga. Ricardo Reis aluga casa no Alto de Santa Catarina,
Ricardo Reis escreve a Marcenda para a informar da nova morada. Dias depois
X deixa o hotel. Na sua primeira noite na casa alugada, recebe a visita de Fernando
Lid́ ia vai visitar Ricardo Reis para verificar se está bem instalado e ele acaba por
XI beijá-la na boca. Dias depois, recebe a visita de Marcenda, que, pela primeira vez
envolver.
visitará no consultório.
XII dois conver- sam acerca da relaçaõ de Reis com Lid́ ia e com Marcenda e sobre a
vida e a morte.
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Ao chegar a casa, Ricardo Reis depara-se com Victor e, a propósito disso, falam da
Lid́ ia, enquanto faz limpeza, é seduzida por Reis. Contudo, percebendo que está
Reis recebe uma carta de Marcenda a assegurar que nunca mais se voltarão a ver,
a pedir-lhe para nunca mais lhe escrever e a informá-lo de que irá a Fátima.
XIV
Restabelece-se, entretanto, a relaçaõ de Reis com Lid́ ia, mas o médico vai a Fátima,
Ricardo Reis fica a saber que o colega que está a substituir vai retomar o seu lugar
XV Fernando Pessoa visita novamente Ricardo Reis e os dois falam sobre o facto de
Reis continuar a ser vigiado por Victor, sobre as relações amorosas de ambos e
Fernando Pessoa faz nova visita a Ricardo Reis e os dois falam sobre a perspetiva
XVI
do regime em relaçaõ a diferentes personalidades e sobre o seu obscurantismo.
Durante a conversa, Ricardo Reis confessa-lhe que vai ser pai e que ainda naõ
Ricardo Reis vai visitar Fernando Pessoa ao Cemitério dos Prazeres e dialogam
XVII
sobre o golpe militar ocorrido em Espanha.
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Enquanto lava a loiça na cozinha de Ricardo Reis, Lid́ ia questiona-se sobre o seu
Lid́ ia chega a casa de Ricardo Reis, chorosa, e anuncia que o seu irmaõ e outros
e do Daõ .
XIX
Ricardo Reis vai ao Hotel Bragança à procura de Lid́ ia, mas naõ a encontra. Mais
Fernando Pessoa visita pela última vez Ricardo Reis e este decide acompanhá-lo
em direçaõ à morte.
Anexos
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3-
RESUMO DO ROMANCE
No Outono de 1875 fixa-se em Lisboa Afonso da Maia e o seu único neto, Carlos,
que após se ter formado em medicina, regressade uma longa viagem e traz grandes
projetos de trabalho profissional. Carlos era o último descendente dos Maias. Após o
casamento de seu pai, Pedro da Maia, (contra a vontade de Afonso) com a negreira Maria
Monforte, de quem tem dois filhos (um menino e uma menina), a esposa acabaria por o
abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais
se soube o paradeiro. Carlos da Maia viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o
Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear
de alguns amigos, como o Joaõ da Ega, Alencar, Dâmaso Salcede, Palma de Cavalaõ ,
Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam,
Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica
deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro
Gomes. Carlos seguiu-a algum tempo sem êxito, mas acaba por conseguir uma
governanta. Começam entaõ os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro
Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.
Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda
naõ era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.
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Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a maẽ de Maria Eduarda
e que a procura para lhe entregar um cofre destaque, segundo ela lhe disse, continha
documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher
era Maria Monforte – a maẽ de Maria Eduarda era, portanto, também a maẽ de Carlos.
incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre de
desgosto. Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e
Carlos, para se distrair, vai correr o mundo. O romance termina com o regresso de Carlos
a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: -
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Bibliografia
Preparação para o Exame Nacional de Português, 12º ano, Porto Editora, 2018
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