Sunteți pe pagina 1din 4

A Lei n° 13.834/19 alterou o Código Eleitoral (Lei nº 4.

737/65), para tipificar o crime de


denunciação caluniosa com finalidade eleitoral.

Vamos a uma breve análise do novo diploma.

1) Introdução

O Código Eleitoral não contava com disposição específica acerca do crime de denunciação
caluniosa.

A Lei n° 13.834/19 veio alterar esse cenário, acrescentando o art. 326-A, ao Código Eleitoral,
contendo a seguinte redação:

“Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, de


investigação administrativa, de inquérito civil ou ação de improbidade administrativa,
atribuindo a alguém a prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com
finalidade eleitoral: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. § 1º A pena é
aumentada de sexta parte, se o agente se serve do anonimato ou de nome suposto. § 2º A
pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.”

Passemos a analisar as principais características do novo delito.

2) Tipo objetivo

O novo tipo pune a conduta daquele que dá causa, ainda que por interposta pessoa, à
instauração de procedimento oficial, imputando a terceiro, sabendo tratar-se de inocente, a
prática de crime, contravenção ou de ato infracional.

Perceba-se que o legislador inova ao vislumbrar a prática de três tipos de infrações que,
imputadas, podem dar ensejo à prática do delito: 1) crime; 2) contravenção; ou 2) ato
infracional. Este último parece ganhar especial relevância nas hipóteses em que o agente
ainda não atingiu a maioridade, mas vem a concorrer, por exemplo, ao cargo de vereador,
para o qual basta que venha a atingir 18 anos na data da posse.

Trata-se de infração de execução livre, uma vez que não há formas preestabelecidas na lei,
desde que se dê causa à instauração de:
a) investigação policial, ainda que não haja a instauração de inquérito policial;

b) processo judicial, o que tem sido interpretado como sendo o processo penal;

c) investigação administrativa, que deve consistir, além de infração administrativa, em ilícito


penal;

d) inquérito civil, isto é, procedimento investigatório de titularidade do Ministério Público


para apurar lesão ou perigo de lesão a interesses coletivos;

e) ação de improbidade administrativa, ressaltando-se que nem todos os atos de improbidade


administrativa são tipificados como delitos, o que afasta a prática de denunciação caluniosa.

Ressalte-se que a imputação irregular de um crime já prescrito pode ensejar a instauração de


procedimento investigatório não penal (ex. IC), ocasião em que estará configurado o delito de
denunciação caluniosa.

3) Tipo subjetivo

O tipo admite, a nosso ver, tanto o dolo direto como o eventual, este último na hipótese de o
agente imputar a determinada pessoa, que sabe inocente, a prática de um crime eleitoral,
narrando para um terceiro o fato falso e assumindo o risco deste último transmiti-lo à
autoridade competente, culminando na instauração de procedimento.

Perceba-se, ainda, ser indispensável que o dolo abranja a “finalidade eleitoral”, sem a qual o
agente poderá incorrer na prática do crime de denunciação caluniosa prevista no Código
Penal.

4) Sujeitos do delito

Trata-se de crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelas
autoridades responsáveis pelos procedimentos arrolados no tipo (ex. o Promotor de Justiça
que denunciar alguém o sabendo inocente).
Sujeito passivo é não apenas a administração da Justiça Eleitoral, mas também a pessoa
ofendida em sua honra.

5) Consumação e tentativa

Consuma-se o delito com a iniciação das diligências relacionadas aos procedimentos acima
elencados.

Dúvida pode surgir acerca da necessidade de conclusão do procedimento a que o agente


injustamente deu causa para a propositura da ação penal. Em que pese a possibilidade de
surgimento de corrente no sentido de que seja necessária a conclusão (da mesma forma como
entende a maioria da doutrina em relação ao crime previsto no art. 339, do CP), entendemos
não ser pressuposto o arquivamento do procedimento para que seja possível a persecutio
criminis pelo Ministério Público (STF - RT 568/373, 536/283, 390/69).

A tentativa é admitida nos casos em que a autoridade responsável não inicia procedimento
investigatório ou se a notícia é interceptada por terceiro antes da instauração de qualquer
procedimento.

6) Pena

A pena cominada afasta a incidência da suspensão condicional do processo, da transação


penal e do acordo de não-persecução penal.

7) Majorante

O § 1º estabelece a forma majorada, aumentando a pena de sexta parte “se o agente se serve
de anonimato ou de nome suposto”.

8) Minorante

A pena será minorada de metade se o agente imputa ao agente a prática de contravenção.


9) Ação penal

A ação penal é pública incondicionada.

S-ar putea să vă placă și