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CONCRETO ARMADO – PATOLOGIAS EM


VIGAS

PROF. GUILHERME BRUNO


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BIBLIOGRAFIA

- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 – Projeto de Estrutura de


Concreto - Procedimento. Rio de Janeiro/RJ: ABNT,2014

- THOMAZ, Ercio. Trincas em Edifícios – Causas, prevenção e recuperação. São Paulo/SP:


Editora PINI, 2002

NOTA INICIAL
Este material é apenas um suporte à videoaula gratuita publicada no nosso
canal do youtube. Portanto, não é objetivo esgotar o assunto, mas tão somente
registrar as informações mencionadas no vídeo para que nossos seguidores
possam tê-las em PDF.

Produzido pelo prof. Guilherme Bruno, jan/19

ESTÁDIOS DE DEFORMAÇÃO
O calculista estrutural verifica uma viga quanto ao Estado Limite de Serviço (ELS)
e Estado Limite Último (ELU), vamos abordar neste material somente parte do
ELS.

As fissuras podem ocorrer pelas mais variadas causas e podemos dizer que são
inevitáveis. A norma NBR 6118/14 procura minimizar estabelecendo limites
aceitáveis.

Tratando-se de fissuras ocasionadas pelo carregamento, vamos entender os


estádios de deformação de uma viga.

Imagine a situação: uma viga de concreto armado será submetida a ensaio de


modo que a aplicação das cargas respeite espaçamentos equidistantes. A
figura abaixo ilustra a situação e se observa, por ela, que as cargas já

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superaram, relativamente, a capacidade resistente, pois já é notável as fissuras


no centro.

As fissuras são devidas ao momento fletor, pois nessa região não há esforço
normal e nem esforço cortante. Tal situação também é conhecida como flexão
pura. À medida que for aumentando a carga, as fissuras vão progredindo para
os apoios.

Na prática é mais comum carregamentos distribuídos, mas ainda é muito similar


ao comportamento visto.

A figura abaixo ilustra o comportamento das fissuras na viga, note que ao


aproximar dos apoios as fissuras vão ganhando inclinação. A causa é simples,
próximo ao apoio temos esforços cortantes mais intensos e, também, a
presença de momento fletor, a combinação deles gera inclinações próximas
de 45°.

As fissuras ilustradas não representam, necessariamente, risco de colapso,


dependerá da avaliação do teor do carregamento e da capacidade
resistente. Todavia, buscamos evitar o aparecimento de fissuras, pois afeta o
desempenho e a vida útil da estrutura, além do usuário sentir completo
desconforto visual. A verificação dada busca atender o Estado Limite de Serviço
(ELS) da peça estrutural, prescrito em norma.

Pergunto: E o que são estádios de deformação?

Os estádios de deformação procuram ordenar os estudos e detalhar o


comportamento estrutural até atingir o estado plástico do concreto (ELU).

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Em síntese, o estádio I delimita o comportamento não fissurado da estrutura, o


estádio II delimita desde à formação da fissura até o início da plasticidade e,
por fim, o estádio III aponta o comportamento plástico estrutural.

Para aprofundarmos, preciso resgatar o seu conhecimento básico de peça


submetida a momento fletor. Uma viga submetida à flexão, quando for
momento positivo, receberá esforço de tração da flexão abaixo da linha neutra
e compressão da flexão acima:

Pela imagem acima podemos extrair o resumo (em videoaula é melhor


explicado):

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FCC, TCM/CE, 2010 - Sobre o Estádio I de deformação das vigas de


concreto armado, submetidas à flexão simples, é correto afirmar que

(A) as tensões nas fibras mais comprimidas não são proporcionais às


deformações.

(B) o diagrama de tensão normal ao longo da seção transversal é linear.

(C) as fissuras de tração na flexão no concreto são visíveis.

(D) o aço é o único a resistir aos esforços de tração.

(E) a fibra mais comprimida do concreto atinge a deformação específica de


0,35%.

GABARITO B

(A) Como se aplica a lei de Hooke no Estádio I, o gráfico é linear, logo, as


tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às deformações
(B) CORRETA
(C) No Estádio I não há a formação de fissuras visíveis
(D) O concreto contribui à tração para que não haja a formação de fissuras
(E) No Estádio I, o comportamento estrutural é elástico. Portanto, não há o
que se falar em deformação última do concreto de 0,35%

É importante frisar que a NBR 6118/14 define o Estado Limite de Serviço (ELS) de
uma viga parcialmente no Estádio I e parcialmente no Estádio II. A separação
entre ambos é dada pelo momento de fissuração:
𝛼 . 𝑓𝑐𝑡 . 𝐼𝑐
𝑀𝑟 =
𝑦𝑡
Sendo:

Mr – Momento de Fissuração

𝛼 - Fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na


flexão com a resistência à tração direta

fct - Resistência do concreto à tração direta

Ic - Momento de inércia da seção bruta de concreto

yt - Distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada

Em síntese, verifica-se o esforço de solicitação e compara com o momento de


fissuração, caso ultrapasse, a viga poderá apresentar fissuras.

Como estudamos para concurso, é importante destacar que a formação de


fissuras dependerá do fator alfa, da resistência à tração do concreto, da inércia
e do centro de gravidade!

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Fator alfa - 𝜶:

𝜶 = 𝟏, 𝟐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔 𝑻 𝒐𝒖 𝒅𝒖𝒑𝒍𝒐 𝑻


𝜶 = 𝟏, 𝟑 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔 𝑰 𝒐𝒖 𝑻 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒓𝒕𝒊𝒅𝒐
𝜶 = 𝟏, 𝟓 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆çõ𝒆𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓𝒆𝒔

DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS
Além do apontamento das fissuras, o vídeo abordou um pouco sobre
deformações excessivas.

Evitar a fissuração da viga contribui para reduzir a flecha! O gráfico abaixo


aponta o comportamento da rigidez em relação aos estádios de deformação.

Gráfico extraído de Qisat

Pelo gráfico podemos observar que a rigidez (EI) da viga reduz após a formação
de fissura (Mr). Justamente por isso, a NBR 6118/14 estabelece critérios para
avaliação aproximada de flecha em vigas.

NBR 6118/14, 17.3.2.1 - O modelo de comportamento da estrutura pode


admitir o concreto e o aço como materiais de comportamento elástico
e linear, de modo que as seções ao longo do elemento estrutural
possam ter as deformações específicas determinadas no estádio I,
desde que os esforços não superem aqueles que dão início à fissuração,
e no estádio II, em caso contrário.

Portanto, para avaliação aproximada da flecha imediata em vigas, utiliza-se


uma rigidez equivalente (EI eq) dada pela norma.

A flecha total de uma viga é a soma da imediata com a diferida:

Flecha Total = Imediata + Diferida

A parcela imediata é aquela oriunda dos cálculos de resistência dos materiais,


lembra? Eis alguns exemplos:

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Já a flecha diferida é decorrente das cargas de longa duração em função da


fluência do concreto. A NBR 6118/14 estabelece o método aproximado:

Flecha Total = Imediata x (1+ 𝛼𝑓)


∆𝜀
𝛼𝑓 =
1 + 50𝑝′
𝐴𝑠′
𝑝′ =
𝑏𝑑

As deformações devem ser controladas para não comprometer outros sistemas,


como alvenarias, caixilhos e etc. A norma estabelece deformações limites a
depender da finalidade:

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Tabela – Alguns dados da tabela 13.3 da NBR 6118/14

Algumas medidas para minimizar os efeitos da deformação excessiva:

• Aumentar a Seção da viga

• Aumentar a armadura de tração obedecendo a ductilidade

• Aumentar a armadura de compressão (flechas diferidas)

• Melhorar o Módulo de Elasticidade: mudar fck, agregado graúdo

• Melhorar a resistência à tração do concreto

• Retardar o carregamento do concreto / Bom Escoramento

• Assegurar uma boa cura

• Adotar contra-flechas

• Aumentar rigidez de ligação entre elementos estruturais

QUESTÕES COMENTADAS NO VÍDEO


CESPE, EBSERH, 2018 - Um engenheiro civil foi designado para periciar um prédio
que apresentava fissuras em uma viga de concreto biapoiada, conforme figura
precedente. Ao vistoriar o local, ele constatou que havia uma flecha excessiva
na viga e que as fissuras se propagavam também para a parede de alvenaria,
construída acima da viga. No diário de obras sobre a execução da peça,
encontrou a informação de que o escoramento da viga fora retirado cinco dias
após a concretagem.

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01. CESPE, EBSERH, 2018 - Na situação apresentada, os indícios indicam fissuras


por torção da viga.

( ) CERTO ( ) ERRADO

02. CESPE, EBSERH, 2018 - A retirada precoce do escoramento da viga pode ter
contribuído para o surgimento das fissuras.

( ) CERTO ( ) ERRADO

03. CESPE, EBSERH, 2018 - A propagação de fissuras na alvenaria e a flecha


excessiva podem indicar deficiência de armadura na parte inferior da viga.

( ) CERTO ( ) ERRADO

04. CESPE, EBSERH, 2018 - Por envolver uma relação de confiança entre o
solicitante e o perito, a atividade de perícia em questão também poderia ter
sido realizada por engenheiro mecânico, que possui conhecimentos de
resistência dos materiais em sua formação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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