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Aula 00
Direito Penal p/ Câmara Municipal de Salvador (Área de Mesa Diretoria: Ouvidoria) Com
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DIREITO PENAL P/ CåMARA DE SALVADOR-BA (2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
AULA 00: BREVE INTRODU‚ÌO AO DIREITO PENAL. CRIMES
PRATICADOS POR FUNCIONçRIO PòBLICO CONTRA A
ADMINISTRA‚ÌO EM GERAL.
SUMçRIO
1 BREVE INTRODU‚ÌO AO ESTUDO DO DIREITO PENAL .......................................... 5
1.1 Conceito de Direito Penal.................................................................................... 5
1.2 Infra•‹o penal, crime e contraven•‹o ................................................................... 5
2 CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONçRIO PòBLICO CONTRA A ADMINISTRA‚ÌO
EM GERAL .................................................................................................................... 7
2.1 Peculato ........................................................................................................... 9
2.2 Inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es e modifica•‹o ou altera•‹o n‹o
autorizada de sistema de informa•›es ............................................................................. 15
2.3 Extravio, sonega•‹o ou inutiliza•‹o de0livro ou documento .................................... 17
2.4 Emprego irregular de verbas ou rendas pœblicas .................................................. 17
2.5 Concuss‹o ...................................................................................................... 18
2.6 Excesso de exa•‹o .......................................................................................... 20
2.7 Corrup•‹o passiva ........................................................................................... 21
2.8 Facilita•‹o de contrabando ou descaminho .......................................................... 22
2.9 Prevarica•‹o, prevarica•‹o impr—pria e condescend•ncia criminosa ........................ 24
2.10 Advocacia administrativa .................................................................................. 26
2.11 Viol•ncia arbitr‡ria .......................................................................................... 27
2.12 Abandono de fun•‹o ........................................................................................ 28
2.13 Exerc’cio funcional ilegalmente antecipado ou prolongado ..................................... 29
2.14 Viola•‹o de sigilo profissional ............................................................................ 30
3 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 32
4 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 35
4.1 Sœmulas do STJ .............................................................................................. 35
5 JURISPRUDæNCIA CORRELATA ........................................................................... 35
6 RESUMO .............................................................................................................. 37
7 EXERCêCIOS PARA PRATICAR ............................................................................. 40
8 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 85
9 GABARITO ........................................................................................................ 164
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATƒGIA
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprova•‹o de
voc•s no concurso da CåMARA MUNICIPAL DE SALVADOR-BA. N—s vamos
estudar teoria e comentar exerc’cios sobre DIREITO PENAL, para o cargo de
ANALISTA Ð çREA: OUVIDORIA.
E a’, povo, preparados para a maratona?
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Teoria e quest›es
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O edital acabou de ser publicado, e a Banca ser‡ a FGV. As provas est‹o
agendadas para o dia 25.02.2018.
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de Janeiro,
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes,
porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de
TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e p—s-
graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos Pœblicos.
Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas pessoas me perguntam
como consegui sucesso nos concursos em t‹o pouco tempo. Simples: Foco +
For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡ f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente
secreto! Basta querer e correr atr‡s do seu sonho! Acreditem em mim, isso
funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro,
poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos concurseiros, como um dia eu
fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas
por falar. O EstratŽgia Concursos possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o
em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para que
possam ter sucesso no concurso da CåMARA MUNICIPAL DE SALVADOR-
BA. Acreditem, voc•s n‹o v‹o se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡
comprometido com sua aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc• ainda
n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos Ž a melhor
escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador. Ës vezes Ž dif’cil
escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo, alguns colegas de
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:
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Ainda n‹o est‡ convencido? Continuo te entendendo. Voc• acha que
pode estar dentro daqueles 1,61%. Em raz‹o disso, disponibilizamos
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc• possa analisar o
material, ver se a abordagem te agrada, etc.
Acha que a aula demonstrativa Ž pouco para testar o material? Pois
bem, o EstratŽgia concursos d‡ a voc• o prazo de 30 DIAS para testar o
material. Isso mesmo, voc• pode baixar as aulas, estudar, analisar detidamente
o material e, se n‹o gostar, devolvemos seu dinheiro.
Sabem porque o EstratŽgia Concursos d‡ ao aluno 30 dias para
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso n‹o vai acontecer! N‹o
temos medo de dar a voc• essa liberdade.
Neste curso estudaremos todo o conteœdo de Direito Penal previsto no
Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar tambŽm com exerc’cios
comentados.
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo:
!
AULA CONTEòDO DATA
Breve introdu•‹o ao Direito Penal. 05.12
Crimes praticados por funcion‡rio
Aula 01
pœblico contra a administra•‹o em
geral
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alguns pontos considerados mais relevantes da matŽria, seja atravŽs da
apresenta•‹o da teoria seja atravŽs da resolu•‹o de exerc’cios anteriores, como
forma de ajudar na assimila•‹o da matŽria.
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos!
Prof. Renan Araujo
E-mail: profrenanaraujo@gmail.com
Periscope: @profrenanaraujo
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1! BREVE INTRODU‚ÌO AO ESTUDO DO DIREITO
PENAL
1.1! Conceito de Direito Penal
O Direito Penal pode ser conceituado como o ramo do Direito Pœblico cuja
fun•‹o Ž selecionar os bens jur’dicos mais importantes para a sociedade e buscar
protege-los, por meio da cria•‹o de normas de conduta que, uma vez violadas,
constituem crimes, sob amea•a de aplica•‹o de uma pena.
Nas palavras de CAPEZ1:
ÒO Direito Penal Ž o seguimento do ordenamento jur’dico que detŽm a fun•‹o de
selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos ˆ coletividade,
capazes de colocar em risco valores fundamentais para a conviv•ncia social, e
decrev•-los como infra•›es penais, cominando-lhes, em conseqŸ•ncia, as respectivas
san•›es, alŽm de estabelecer todas as regras complementares e gerais necess‡rias ˆ
sua correta e justa aplica•‹o"
1
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, parte geral, volume 1, editora Saraiva, 2005, p. 1
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Assim, se uma lei cria um tipo penal dizendo que Ž proibido chorar em
pœblico, essa lei n‹o estar‡ criando uma hip—tese de crime em seu sentido
material, pois essa conduta NUNCA SERç crime em sentido material, pois
n‹o produz qualquer les‹o ou exposi•‹o de les‹o a bem jur’dico de quem quer
que seja. Assim, ainda que a lei diga que Ž crime, materialmente n‹o o ser‡.
Sob o aspecto legal, ou formal, crime Ž toda infra•‹o penal a que a lei
comina pena de reclus‹o ou deten•‹o. Nos termos do art. 1¡ da Lei de
Introdu•‹o ao CP:
Art 1¼ Considera-se crime a infra•‹o penal que a lei comina pena de reclus‹o ou de
deten•‹o, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contraven•‹o, a infra•‹o penal a que a lei comina, isoladamente, pena de
pris‹o simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
CRIMES
INFRAÇÕES
PENAIS
CONTRAVENÇÕES
PENAIS
Art 1¼ Considera-se crime a infra•‹o penal que a lei comina pena de reclus‹o ou de
deten•‹o, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de
multa; contraven•‹o, a infra•‹o penal a que a lei comina, isoladamente, pena
de pris‹o simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
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CRIMES CONTRAVEN‚ÍES
Admitem tentativa (art. 14, II). N‹o se admite pr‡tica de
contraven•‹o na modalidade
tentada. Ou se pratica a
contraven•‹o consumada ou se
trata de um indiferente penal
Se cometido crime, tanto no Brasil A pr‡tica de contraven•‹o no
quanto no estrangeiro, e vier o exterior n‹o gera efeitos penais,
agente a cometer contraven•‹o, inclusive para fins de reincid•ncia.
haver‡ reincid•ncia. S— h‡ efeitos penais em rela•‹o ˆ
contraven•‹o praticada no Brasil!
Tempo m‡ximo de cumprimento de Tempo m‡ximo de cumprimento de
pena: 30 anos. pena: 05 anos.
Aplicam-se as hip—teses de N‹o se aplicam as hip—teses de
extraterritorialidade (alguns crimes extraterritorialidade do art. 7¡
cometidos no estrangeiro, em do C—digo Penal.
determinadas circunst‰ncias,
podem ser julgados no Brasil)
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Os crimes praticados por funcion‡rio pœblico contra a administra•‹o em geral
s‹o espŽcies do g•nero ÒCrimes contra a administra•‹o pœblicaÓ, e encontram-se
regulamentados no Cap’tulo I do T’tulo XI (Crimes contra a administra•‹o
pœblica) do CP.
Trata-se de crimes funcionais, ou seja, devem ser praticados por
funcion‡rio pœblico2. Os crimes funcionais dividem-se em crimes funcionais
pr—prios (puros) ou impr—prios (impuros) (GRAVEM ISSO POIS SERç
IMPORTANTE MAIS Ë FRENTE!).
Nos crimes funcionais pr—prios (puros), ausente a condi•‹o de
Òfuncion‡rio pœblicoÓ ao agente, a conduta passa a ser considerada a um
indiferente penal3 (atipicidade absoluta). Exemplo: No crime de prevarica•‹o
(art. 319 do CP), se o agente n‹o for funcion‡rio pœblico, n‹o h‡ pr‡tica de
qualquer infra•‹o penal.
No entanto, nos crimes funcionais impr—prios (impuros), faltando a
condi•‹o de Òfuncion‡rio pœblicoÓ ao agente, a conduta n‹o ser‡ um indiferente
penal, deixar‡ apenas de ser considerada crime funcional, sendo
desclassificada para outro delito (atipicidade relativa). Imaginem o crime de
peculato-furto (art. 312, ¤ 1¡ do CP). Nesse crime, o agente deve ser funcion‡rio
pœblico. No entanto, se lhe faltar esta condi•‹o, sua conduta n‹o ser‡ at’pica,
deixar‡ apenas de ser considerada peculato-furto, passando a ser classificada
como furto (art. 155 do CP).
O conceito de funcion‡rio pœblico para fins penais est‡ no art. 327 do CP:
Art. 327 - Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.
¤ 1¼ - Equipara-se a funcion‡rio pœblico quem exerce cargo, emprego ou fun•‹o em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servi•o contratada
ou conveniada para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o Pœblica. (Inclu’do
pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
¤ 2¼ - A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos crimes previstos
neste Cap’tulo forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de dire•‹o ou
assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta, sociedade de economia mista,
empresa pœblica ou funda•‹o institu’da pelo poder pœblico. (Inclu’do pela Lei n¼ 6.799,
de 1980)
2
DOTTI, RenŽ Ariel. Curso de Direito Penal, Parte Geral. 4. ed. S‹o Paulo: Ed. Revista dos
Tribunais, 2012, p. 470
3
CUNHA, RogŽrio Sanches. Manual de Direito Penal. Parte Especial. 7¼ edi•‹o. Ed. Juspodivm.
Salvador, 2015, p. 708
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funcion‡rios pœblicos. Assim, os tutores, os curadores dativos, os inventariantes
judiciais NÌO SÌO CONSIDERADOS FUNCIONçRIOS PòBLICOS pela maioria
esmagadora da Doutrina.4
O ¤ 1¡ estabelece que se considera funcion‡rio pœblico por equipara•‹o que
exerce cargo, emprego ou fun•‹o em entidade paraestatal5 ou empresa
contratada para execu•‹o de atividade t’pica da administra•‹o pœblica.6
Tal equipara•‹o n‹o abrange os funcion‡rios de empresas contratadas para
exercer atividades at’picas da administra•‹o pœblica (empresa contratada
eventualmente para realiza•‹o de um coquetel para recep•‹o de uma autoridade
estrangeira, por exemplo7).
O ¤ 2¡ prev• uma majorante (causa de aumento de pena), caso o funcion‡rio
pœblico seja ocupante de cargo em comiss‹o ou Fun•‹o de Dire•‹o e
Assessoramento na administra•‹o pœbica. Contudo, o legislador n‹o incluiu as
autarquias no ¤2¼ do art. 327, de forma que tal majorante n‹o se aplica
aos funcion‡rios destas entidades.8
A maioria da Doutrina, bem como o STF9, entende que esta majorante
tambŽm se aplica aos agentes pol’ticos, detentores de cargo eletivo (prefeitos,
governadores, etc.), por entender que se trata de uma interpreta•‹o l—gica do
artigo. Uma minoria, no entanto, defende n‹o ser extens’vel a majorante aos
detentores de cargos pol’ticos.10
2.1! Peculato
O peculato pode ser praticado de diversas maneiras: a) peculato-
apropria•‹o e peculato-desvio (art. 312 do CP); b) peculato-furto (art. 312,
¤ 1¡ do CP); c) peculato culposo (art. 312, ¤ 2¡ do CP); d) peculato mediante
erro de outrem (art. 313 do CP);
4
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte especial. Volume 5. Ed. Saraiva,
9¼ edi•‹o. S‹o Paulo, 2015, p. 189
5
O conceito de "paraestatal" para fins penais Ž tortuoso. Alguns doutrinadores se limitam a utilizar
a express‹o como sin™nimo de administra•‹o indireta, como RogŽrio Greco e JosŽ Paulo Baltazar
Jœnior, por exemplo. Outros, como CŽzar Roberto Bitencourt, s‹o mais espec’ficos (e corretos),
entendendo que esta express‹o corresponde ˆs entidades que n‹o fazem parte da administra•‹o
pœblica (da’ porque s‹o PARAestatais), mas que desempenham servi•os de utilidade pœblica,
como o Òsistema SÓ (SESI, SESC, SENAI, etc.).
O STJ, ao que parece, vem se filiando ˆ segunda corrente. H‡ decis›es entendendo que atŽ
mesmo as OSCIPs s‹o entidades paraestatais para fins penais (Ver, por todos, REsp
1519662/DF).
6
EXEMPLO: Os mŽdicos de Hospital particular conveniado ao SUS, quando est‹o atendendo
pacientes pelo SUS. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 189/190
7
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 711
8
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 191
9
Inq. 1769-PA
10
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 711
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O peculato-apropria•‹o e o peculato-desvio s‹o faces do crime de
peculato comum, estabelecido no art. 312 do CP:
Art. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em
proveito pr—prio ou alheio:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
Como vimos, Ž necess‡rio que o agente seja funcion‡rio pœblico, mas nada
impede que haja concurso de pessoas com um particular, desde que este
saiba da condi•‹o de funcion‡rio pœblico do agente. Trata-se, portanto, de crime
pr—prio.
N‹o Ž necess‡rio que o dinheiro ou outro bem m—vel apropriado ou
desviado seja pœblico, podendo ser particular11, desde que lhe tenha sido
entregue em raz‹o da fun•‹o. ƒ o caso, por exemplo, do funcion‡rio que tem a
guarda de um ve’culo que se encontra em um dep—sito pœblico.
O sujeito passivo ser‡ sempre o Estado, embora possa ser tambŽm o
particular, caso se trate de bem particular o objeto material do crime.
11
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 44
12
HC 94.168/MG
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O STF j‡ decidiu adotando a primeira corrente (que Ž majorit‡ria13), ao
argumento de que esta conduta configuraria mero Òpeculato de usoÓ (HC
108.433). Entretanto, mais recentemente, o STF adotou entendimento
contr‡rio, ou seja, aderiu ˆ segunda corrente. Vejamos:
(...) O peculato desvio caracteriza-se na hip—tese em que terceiro recebe
armas emprestadas pelo juiz, deposit‡rio fiel dos instrumentos do crime,
acautelados ao magistrado para fins penais, enquadrando-se no conceito de
funcion‡rio pœblico. 2. In casu, Juiz Federal detinha em seu poder duas pistolas
apreendidas no curso de processo-crime em tramita•‹o perante a Vara da qual
era titular. Ao entregar os armamentos a policial federal desviou bem de que
tinha posse em raz‹o da fun•‹o em proveito deste, emprestando-lhe
finalidade diversa da pretendida ao assumir a fun•‹o de deposit‡rio fiel. 3. O
artigo 312 do C—digo Penal disp›e: ÒArt. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio
pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem m—vel, pœblico ou particular,
de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em proveito pr—prio ou
alheio: Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multaÓ. 4. ƒ cedi•o que Òo
verbo nœcleo desviar tem o significado, nesse dispositivo legal, de
alterar o destino natural do objeto material ou dar-lhe outro
encaminhamento, ou, em outros termos no peculato-desvio o
funcion‡rio pœblico d‡ ao objeto material aplica•‹o diversa da que lhe
foi determinada, em benef’cio pr—prio ou de outrem. Nessa figura n‹o
h‡ o prop—sito de apropriar-se, que Ž identificado como animus rem
sibi habendi, podendo ser caracterizado o desvio proibido pelo tipo,
com simples uso irregular da coisa pœblica, objeto material do
peculato.Ó (BITTENCOURT, Cezar. Tratado de direito penal. v. 5.
Saraiva, S‹o Paulo: 2013, 7» Ed. p. 47). 3. ƒ poss’vel a atribui•‹o do
conceito de funcion‡rio pœblico contida no artigo 327 do C—digo Penal a Juiz
Federal. ƒ que a fun•‹o jurisdicional Ž fun•‹o pœblica, pois consiste atividade
privativa do Estado-Juiz, sistematizada pela Constitui•‹o e normas
processuais respectivas. Consequentemente, aquele que atua na presta•‹o
jurisdicional ou a pretexto de exerc•-la Ž funcion‡rio pœblico para fins penais.
Precedente: (RHC 110.432, Relator Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em
18/12/2012). 4. A via estreita do Habeas Corpus n‹o se preza ˆ discuss‹o
acerca da valora•‹o da prova produzida em a•‹o penal. ƒ que, nos termos da
Constitui•‹o esta a•‹o se destina a afastar restri•‹o ˆ liberdade de locomo•‹o
por ilegalidade ou por abuso de poder. 5. Recurso desprovido.
(RHC 103559, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em
19/08/2014, ACîRDÌO ELETRïNICO DJe-190 DIVULG 29-09-2014 PUBLIC
30-09-2014)
O que fazer? ƒ dif’cil dar um ÒnorteÓ infal’vel, pois o Direito n‹o Ž uma
ci•ncia exata, mas acredito que apesar do precedente recente, a
jurisprud•ncia e a doutrina majorit‡rias ainda adotam o primeiro
entendimento. Vamos aguardar cenas dos pr—ximos cap’tulos...
Importante lembrar que para que possamos falar em peculato de uso Ž
necess‡rio que estejamos diante de bem INFUNGêVEL (que n‹o pode ser
substitu’do por outro da mesma espŽcie, qualidade e quantidade) e NÌO
CONSUMêVEL (cujo uso importa em destrui•‹o IMEDIATA da sua pr—pria
subst‰ncia).
13
Ver, por todos, BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 49
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Assim, n‹o existe Òpeculato de usoÓ de dinheiro, por exemplo, por ser bem
fung’vel.
CUIDADO! Se o agente pœblico em quest‹o for um PREFEITO (ou quem
esteja atuando em substitui•‹o a ele), n‹o haver‡ qualquer dœvida, a
conduta ser‡ crime! Isto porque h‡ previs‹o espec’fica no DL 201/67 (art.
1¼, II e ¤1¼).
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adentrando ˆ reparti•‹o pœblica, por exemplo, e seja
surpreendido pelos seguran•as. Nesse caso, o crime
ser‡ tentado.
O peculato culposo, por sua vez, est‡ previsto no art. 312, ¤ 2¡ do CP:
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano.
14
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 49/50
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o agente repare o dano ap—s o tr‰nsito em julgado, a pena ser‡ reduzida
pela metade (Ž metade, e n‹o ÒatŽÓ a metade!). Nos termos do art. 312, ¤ 3¡:
¤ 3¼ - No caso do par‡grafo anterior, a repara•‹o do dano, se precede ˆ senten•a
irrecorr’vel, extingue a punibilidade; se lhe Ž posterior, reduz de metade a pena
imposta.
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intuito de enganar o particular, ele dever‡ responder
pelo delito de estelionato.15
TIPO SUBJETIVO Dolo. O dolo n‹o precisa existir no momento em que o
agente recebe a coisa, mas deve existir quando, depois
de recebida a coisa, o agente resolve se apropriar desta,
sabendo que ela foi parar em suas m‹os em raz‹o do
erro daquele que a entregou.
CONSUMA‚ÌO E Consuma-se no momento em que o agente altera
TENTATIVA seu ÒanimusÓ, passando a comportar-se como
dono da coisa apropriada, sem inten•‹o de
devolu•‹o. A Doutrina admite a tentativa, embora seja
de dif’cil caracteriza•‹o.
15
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 63
16
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 721
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BEM JURêDICO O patrim™nio da administra•‹o pœblica. Se houver particular
TUTELADO lesado pela conduta, ser‡ sujeito passivo secund‡rio.
SUJEITO ATIVO Trata-se de crime pr—prio, s— podendo ser praticado pelo
funcion‡rio pœblico. No primeiro caso, a lei exige, ainda, que
seja o funcion‡rio pœblico autorizado a promover altera•›es
no sistema. No segundo caso, a lei prev• que qualquer
funcion‡rio possa praticar o crime, desde que n‹o seja quem
est‡ autorizado a promover altera•›es no sistema. No
entanto, Ž plenamente poss’vel o concurso de pessoas,
respondendo tambŽm o particular pelo crime, desde que
este particular tenha conhecimento da condi•‹o de
funcion‡rio pœblico do agente.
SUJEITO A administra•‹o pœbica, e eventual particular lesado.
PASSIVO
TIPO OBJETIVO No primeiro caso a conduta Ž a de inserir ou facilitar a
inser•‹o de informa•›es falsas, alterar ou excluir,
indevidamente, dados corretos, com o fim de obter
vantagem ou causar dano. Percebam que no caso de o
funcion‡rio promover, ele pr—prio, a altera•‹o indevida, o
crime Ž monossubjetivo, ou seja, n‹o depende de duas ou
mais pessoas para sua caracteriza•‹o. No entanto, se a
conduta for a de facilitar a altera•‹o por outra pessoa
(particular ou n‹o), o crime ser‡ necessariamente
plurissubjetivo, pois necessariamente haver‡ de ter mais de
um sujeito ativo. H‡, ainda, elemento normativo do tipo no
caso de se tratar de exclus‹o de dados corretos, pois esta
exclus‹o deve ser INDEVIDA. Assim, se o funcion‡rio
autorizado exclui dados corretos porque era esta sua
obriga•‹o (estes dados n‹o eram considerados mais
necess‡rios), n‹o h‡ fato t’pico. No segundo crime, a
conduta Ž a de modificar ou alterar o sistema de
informa•›es, sem autoriza•‹o. H‡, portanto, elemento
normativo do tipo, pois se o agente estiver autorizado a isto,
o fato Ž at’pico.
TIPO Dolo. No caso do art. 313-A, exige-se a finalidade especial
SUBJETIVO de agir, consistente na inten•‹o de obter vantagem ou
causar dano a outrem. No caso do art. 313-B, n‹o ser exige
nenhum dolo espec’fico, bastando que o funcion‡rio n‹o
autorizado promova as altera•›es ou modifica•›es no
sistema.
CONSUMA‚ÌO E Consuma-se no momento em que o agente
TENTATIVA efetivamente promove as altera•›es ou modifica•›es
narradas pelo tipo penal. A Doutrina admite a tentativa,
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pois Ž plenamente poss’vel o fracionamento da conduta do
agente.17
17
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 72
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SUJEITO ATIVO Trata-se de crime pr—prio, s— podendo ser praticado pelo
funcion‡rio pœblico que possua a fun•‹o de decidir
a destina•‹o das verbas ou rendas pœblicas.
Entretanto, em se tratando de prefeito municipal n‹o
se aplica este artigo, aplicando-se o Decreto-Lei
201/6718, por ser norma de car‡ter especial. No
entanto, Ž plenamente poss’vel o concurso de pessoas,
respondendo tambŽm o particular pelo crime, desde que
este particular tenha conhecimento da condi•‹o de
funcion‡rio pœblico do agente.
SUJEITO PASSIVO A administra•‹o pœbica
TIPO OBJETIVO A conduta Ž a de dar ˆs rendas ou verbas pœblicas uma
destina•‹o que n‹o Ž a correta.
TIPO SUBJETIVO Dolo. N‹o se exige qualquer dolo espec’fico (finalidade
espec’fica da conduta), podendo ser atŽ uma finalidade
nobre (destina•‹o a outra ‡rea importante), desde que
seja destina•‹o n‹o prevista para aquela verba. N‹o se
admite o crime na forma culposa. Aqui o agente n‹o
desvia a verba em proveito pr—prio ou alheio, mas apenas
d‡ ˆ verba destina•‹o diversa da prevista em lei, mas
sempre no interesse da administra•‹o.19
OBJETO MATERIAL A verba ou renda irregularmente empregada.
CONSUMA‚ÌO E Consuma-se no momento em que o agente
TENTATIVA efetivamente pratica a conduta de aplicar
irregularmente a renda ou verba. A Doutrina admite
a tentativa, pois Ž plenamente poss’vel o fracionamento
da conduta do agente. Assim, se o agente altera a
destina•‹o da renda ou verba pœblica, mas n‹o chega a
aplic‡-la irregularmente, o crime ser‡ tentado.
2.5! Concuss‹o
O crime de concuss‹o est‡ previsto no art. 316 do CP, que assim disp›e:
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida:
Pena - reclus‹o, de dois a oito anos, e multa.
18
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 90
19
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 91
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BEM JURêDICO A moralidade na administra•‹o pœblica.
TUTELADO
SUJEITO ATIVO Trata-se de crime pr—prio, s— podendo ser praticado pelo
funcion‡rio pœblico, ainda que apenas nomeado (mas n‹o
empossado). Entretanto, em se tratando de Fiscal de
Rendas, aplica-se o art. 3¡, II da Lei 8.137/90, por ser
norma penal especial em rela•‹o ao CP. No entanto, Ž
plenamente poss’vel o concurso de pessoas, respondendo
tambŽm o particular pelo crime, desde que este
particular tenha conhecimento da condi•‹o de
funcion‡rio pœblico do agente.
SUJEITO A administra•‹o pœbica
PASSIVO
TIPO OBJETIVO A conduta Ž a de0exigir vantagem indevida. Vejam que o
agente n‹o pode, simplesmente, pedir ou solicitar
vantagem indevida. A Lei determina que deve haver
uma Òexig•nciaÓ de vantagem indevida.20 Assim, deve
o agente possuir o poder de fazer cumprir o mal que
amea•a realizar em caso de n‹o recebimento da vantagem
exigida.
CUIDADO! Entende-se que a Ògrave amea•aÓ n‹o Ž
elemento deste delito. Assim, se o agente exige R$
10.000,00 da v’tima, sob a amea•a de matar seu filho,
estar‡ praticando, na verdade, o delito de extors‹o. A
concuss‹o s— resta caracterizada quando o agente intimada
a v’tima amparado nos poderes inerentes ao seu cargo21.
Ex.: Policial Rodovi‡rio exige R$ 1.000,00 da v’tima,
alegando que se n‹o receber o dinheiro ir‡ lavrar uma multa
contra ela.
Assim:
CONCUSSÌO Ð Amea•a de mal amparado nos poderes do
cargo.
EXTORSÌO Ð Amea•a de mal (viol•ncia ou grave amea•a)
estranho aos poderes do cargo.
TIPO Dolo. N‹o se exige qualquer dolo espec’fico (finalidade
SUBJETIVO espec’fica da conduta). N‹o se admite o crime na forma
culposa.
20
A exig•ncia pode ser direta, quando o agente atua diretamente em rela•‹o ˆ v’tima, de forma
expressa, ou indireta, quando se vale de interposta pessoa ou, ainda, realiza a exig•ncia de forma
velada, impl’cita. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 98
21
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 97/98
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CONSUMA‚ÌO E Consuma-se no momento em que o agente
TENTATIVA efetivamente pratica a conduta de exigir a vantagem
indevida, pouco importando se chega a receb•-la.22
Assim, trata-se de crime formal, n‹o se exigindo o
resultado natural’stico, que Ž considerado mero
exaurimento. A Doutrina admite a tentativa, pois Ž
plenamente poss’vel o fracionamento da conduta do
agente. Assim, por exemplo, se o agente envia um e-mail
ou carta exigindo vantagem indevida, mas essa carta ou e-
mail n‹o chega ao conhecimento do destinat‡rio, h‡
tentativa.
22
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 105. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 732
23
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 734
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O ¤ 2¡, por fim, estabelece uma qualificadora, no caso do agente que,
alŽm de exigir indevidamente o tributo ou contribui•‹o social, desvi‡-lo
dos cofres da administra•‹o pœblica, em proveito pr—prio ou de terceiros:
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio desvia, em proveito pr—prio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente para recolher aos cofres pœblicos:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
24
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 116
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ser impr—pria, quando o ato a ser praticado pelo funcion‡rio
pœblico em troca da vantagem for leg’timo (o funcion‡rio
recebe a vantagem, por exemplo, para agilizar o andamento
de uma certid‹o). Por outro lado, considera-se como
corrup•‹o pr—pria aquela na qual o agente recebe a
vantagem ou aceita a promessa de vantagem para praticar
ato il’cito (o agente, por exemplo, recebe vantagem para
deixar de aplicar uma multa, por exemplo).
TIPO Dolo. N‹o se exige qualquer dolo espec’fico (finalidade
SUBJETIVO espec’fica da conduta). N‹o se admite o crime na forma
culposa.
CONSUMA‚ÌO Na modalidade de aceitar e solicitar promessa de
E TENTATIVA vantagem, trata-se de crime formal, n‹o se exigindo o
efetivo recebimento da vantagem. Na modalidade de
receber vantagem il’cita, o crime Ž material, exigindo-se o
efetivo recebimento da vantagem.25 Em todos esses casos
n‹o se exige que o funcion‡rio pœblico efetivamente
pratique ou deixe de praticar o ato em raz‹o da vantagem
ou promessa de vantagem recebida. PorŽm, se tal ocorrer,
incidir‡ a causa de aumento de pena prevista no ¤ 1¡ do
art. 317, aumentando-se a pena em 1/3.
25
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 317. BITENCOURT sustenta que o crime Ž formal apenas
na modalidade de solicitar, sendo crime material nas modalidades de ÒaceitarÓ e ÒreceberÓ.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 125
26
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 739
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Art. 318 - Facilitar, com infra•‹o de dever funcional, a pr‡tica de contrabando ou
descaminho (art. 334):
Pena - reclus‹o, de 3 (tr•s) a 8 (oito) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.137,
de 27.12.1990)
27
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 129
28
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 131
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conduta do agente na facilita•‹o for ativa (a•‹o), pois se
pode fracionar a execu•‹o do crime em v‡rios atos.
29
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 743. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 140
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Este crime n‹o deve ser confundido com a corrup•‹o passiva privilegiada,
na qual o agente deixa de praticar ato de of’cio ou pratica ato indevido atendendo
a pedido de terceiros. Aqui, o agente faz por conta pr—prio, para satisfazer
interesse pr—prio.
LEMBREM-SE:
FAVORZINHO GRATUITO = CORRUP‚ÌO PASSIVA PRIVILEGIADA
SATISFA‚ÌO DE INTERESSE PRîPRIO = PREVARICA‚ÌO
Existe, ainda, uma modalidade espec’fica de prevarica•‹o, que Ž a prevista
no art. 319-A, inserido recentemente pela Lei 11.466/07:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenci‡ria e/ou agente pœblico, de cumprir seu dever
de vedar ao preso o acesso a aparelho telef™nico, de r‡dio ou similar, que permita a
comunica•‹o com outros presos ou com o ambiente externo: (Inclu’do pela Lei n¼
11.466, de 2007).
Pena: deten•‹o, de 3 (tr•s) meses a 1 (um) ano.
30
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 146
31
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 148. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 746
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pœblico toma conhecimento de que seu colega praticou uma infra•‹o funcional
e nada faz a respeito, NÌO PRATICA ESTE CRIME.
2.10!Advocacia administrativa
Est‡ previsto no art. 321 do CP:
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de funcion‡rio:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
!
32
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 155
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A lei prev•, ainda, uma espŽcie de qualificadora, ao estabelecer que, se
o interesse patrocinado n‹o Ž leg’timo, a pena ser‡ mais grave. Nos termos
do ¤ œnico do CP:
Par‡grafo œnico - Se o interesse Ž ileg’timo:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, alŽm da multa.
Assim:
Interesse leg’timo Ð Crime de advocacia administrativa na forma simples
Interesse ileg’timo Ð Crime de advocacia administrativa na forma
qualificada.
33
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 160
34
(...) 1. O crime de viol•ncia arbitr‡ria n‹o foi revogado pelo disposto no artigo 3¼, al’nea "i",
da Lei de Abuso de Autoridade. Precedentes da Suprema Corte.
2. Ordem denegada.
(HC 48.083/MG, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 20/11/2007, DJe
07/04/2008)
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TIPO Dolo. N‹o se exige especial fim de agir. Parte da Doutrina, no
SUBJETIVO entanto, entende que deve haver a finalidade especial de
pretender abusar de sua autoridade (entendimento
minorit‡rio). N‹o se admite o crime na forma culposa.
CONSUMA‚ÌO Consuma-se com a efetiva realiza•‹o da conduta. A tentativa
E TENTATIVA Ž plenamente poss’vel.
Atente-se para o fato de que, alŽm da pena aplicada em raz‹o deste crime,
o agente responde tambŽm pelas penas decorrentes das les›es corporais que
causar, ou atŽ mesmo pela morte da v’tima.
2.12!Abandono de fun•‹o
Assim disp›e o art. 323 do CP:
Art. 323 - Abandonar cargo pœblico, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
¤ 1¼ - Se do fato resulta preju’zo pœblico:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
¤ 2¼ - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s anos, e multa.
35
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 168/169. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 754
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ocorrer o abandono se o servidor, ainda que
compare•a ˆ reparti•‹o, se recuse a trabalhar.36
TIPO Dolo. N‹o se exige especial fim de agir. N‹o se admite o
SUBJETIVO crime na forma culposa.
CONSUMA‚ÌO E Consuma-se com a efetiva realiza•‹o da conduta. A
TENTATIVA Doutrina n‹o admite a tentativa.
36
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 169. Bitencourt sustenta a tese de que o cargo dever‡
ficar acŽfalo, ou seja, desocupado. Se h‡ algum substituto para ocupar o cargo, o delito n‹o
estaria caracterizado (posi•‹o do prof. BITENCOURT). A doutrina majorit‡ria n‹o defende esta
tese.
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ou indiretamente ligado ˆ administra•‹o.37 Se o agente n‹o
possui qualquer v’nculo, comete o crime de usurpa•‹o
de fun•‹o pœblica, previsto no art. 328 do CP38. ƒ
plenamente poss’vel o concurso de pessoas, desde que
este particular tenha conhecimento da condi•‹o de
funcion‡rio pœblico do agente.
SUJEITO A administra•‹o pœbica.
PASSIVO
TIPO A conduta Ž exercer a fun•‹o pœblica, sem autoriza•‹o
OBJETIVO (elemento normativo do tipo), antes de satisfeitas as
exig•ncias ou ap—s ter sido desligado da fun•‹o (por
remo•‹o, substitui•‹o, exonera•‹o, etc.). Exige-se, ainda,
que o agente saiba que est‡ agindo nesta condi•‹o.
TIPO Dolo. N‹o se exige especial fim de agir. N‹o se admite o
SUBJETIVO crime na forma culposa.
CONSUMA‚ÌO Consuma-se com a efetiva realiza•‹o da conduta de exercer
E TENTATIVA a atividade indevidamente. A tentativa Ž admiss’vel.39
37
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 175
38
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 756
39
Como exemplo, imagine-se o caso do agente que se apresente para trabalhar, mas seja
impedido pelo chefe da reparti•‹o. CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 757
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TIPO OBJETIVO A conduta Ž revelar ou facilitar a revela•‹o de fato
sigiloso que o agente tenha tomado conhecimento em
raz‹o do cargo. ƒ indiferente se o fato Ž revelado a um
particular ou a outro servidor pœblico. ƒ imprescind’vel,
porŽm, que o fato tenha sido levado ao conhecimento do
agente em raz‹o da sua fun•‹o pœblica. Se a revela•‹o
do segredo se der em rela•‹o ˆ opera•‹o ou servi•o
prestado por institui•‹o financeira, estaremos diante de
crime contra o sistema financeiro nacional, previsto no
art. 18 da Lei 7.492/8640.
TIPO SUBJETIVO Dolo. N‹o se exige especial fim de agir. N‹o se admite o
crime na forma culposa, pois se exige que o agente tenha
ci•ncia de que o fato Ž sigiloso.
CONSUMA‚ÌO E Consuma-se com a efetiva realiza•‹o da conduta de
TENTATIVA revelar o segredo ou facilitar sua revela•‹o. A Doutrina
admite a tentativa, nas hip—teses em que se puder
fracionar a conduta do agente, como na hip—tese de o
agente enviar carta a um terceiro revelando-lhe o
segredo41, e ser a carta interceptada por outra pessoa,
n‹o chegando ao conhecimento do destinat‡rio.
40
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 759
41
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 185
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Entretanto, este artigo foi revogado tacitamente pelo art. 94 da Lei
8.666/93, que tipifica a mesma conduta, entretanto, estabelece pena
mais grave (dois a tr•s anos de deten•‹o, e multa).42
42
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 187
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Par‡grafo œnico. As penas s‹o aumentadas de um ter•o atŽ a metade se da
modifica•‹o ou altera•‹o resulta dano para a Administra•‹o Pœblica ou para o
administrado.(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
Extravio, sonega•‹o ou inutiliza•‹o de livro ou documento
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda
em raz‹o do cargo; soneg‡-lo ou inutiliz‡-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, se o fato n‹o constitui crime mais grave.
Emprego irregular de verbas ou rendas pœblicas
Art. 315 - Dar ˆs verbas ou rendas pœblicas aplica•‹o diversa da estabelecida
em lei:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
Concuss‹o
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida:
Pena - reclus‹o, de dois a oito anos, e multa.
Excesso de exa•‹o
¤ 1¼ - Se o funcion‡rio exige tributo ou contribui•‹o social que sabe ou deveria
saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobran•a meio vexat—rio ou gravoso,
que a lei n‹o autoriza: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclus‹o, de 3 (tr•s) a 8 (oito) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
8.137, de 27.12.1990)
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio desvia, em proveito pr—prio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente para recolher aos cofres pœblicos:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei
n¼ 10.763, de 12.11.2003)
¤ 1¼ - A pena Ž aumentada de um ter•o, se, em conseqŸ•ncia da vantagem ou
promessa, o funcion‡rio retarda ou deixa de praticar qualquer ato de of’cio ou o pratica
infringindo dever funcional.
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio pratica, deixa de praticar ou retarda ato de of’cio, com
infra•‹o de dever funcional, cedendo a pedido ou influ•ncia de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, ou multa.
Facilita•‹o de contrabando ou descaminho
Art. 318 - Facilitar, com infra•‹o de dever funcional, a pr‡tica de contrabando
ou descaminho (art. 334):
Pena - reclus‹o, de 3 (tr•s) a 8 (oito) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
8.137, de 27.12.1990)
Prevarica•‹o
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de of’cio, ou pratic‡-
lo contra disposi•‹o expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenci‡ria e/ou agente pœblico, de cumprir
seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telef™nico, de r‡dio ou similar, que
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permita a comunica•‹o com outros presos ou com o ambiente externo: (Inclu’do pela
Lei n¼ 11.466, de 2007).
Pena: deten•‹o, de 3 (tr•s) meses a 1 (um) ano.
Condescend•ncia criminosa
Art. 320 - Deixar o funcion‡rio, por indulg•ncia, de responsabilizar subordinado
que cometeu infra•‹o no exerc’cio do cargo ou, quando lhe falte compet•ncia, n‹o
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de funcion‡rio:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
Par‡grafo œnico - Se o interesse Ž ileg’timo:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, alŽm da multa.
Viol•ncia arbitr‡ria
Art. 322 - Praticar viol•ncia, no exerc’cio de fun•‹o ou a pretexto de exerc•-la:
Pena - deten•‹o, de seis meses a tr•s anos, alŽm da pena correspondente ˆ
viol•ncia.
Abandono de fun•‹o
Art. 323 - Abandonar cargo pœblico, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
¤ 1¼ - Se do fato resulta preju’zo pœblico:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
¤ 2¼ - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s anos, e multa.
Exerc’cio funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Art. 324 - Entrar no exerc’cio de fun•‹o pœblica antes de satisfeitas as exig•ncias
legais, ou continuar a exerc•-la, sem autoriza•‹o, depois de saber oficialmente que
foi exonerado, removido, substitu’do ou suspenso:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
Viola•‹o de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ci•ncia em raz‹o do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revela•‹o:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato n‹o constitui
crime mais grave.
¤ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983,
de 2000)
I Ð permite ou facilita, mediante atribui•‹o, fornecimento e emprŽstimo de senha
ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas n‹o autorizadas a sistemas de
informa•›es ou banco de dados da Administra•‹o Pœblica;(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983,
de 2000)
II Ð se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
¤ 2o Se da a•‹o ou omiss‹o resulta dano ˆ Administra•‹o Pœblica ou a
outrem: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983,
de 2000)
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Viola•‹o do sigilo de proposta de concorr•ncia
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorr•ncia pœblica, ou proporcionar
a terceiro o ensejo de devass‡-lo:
Pena - Deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
Funcion‡rio pœblico
Art. 327 - Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.
¤ 1¼ - Equipara-se a funcion‡rio pœblico quem exerce cargo, emprego ou fun•‹o
em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servi•o
contratada ou conveniada para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o
Pœblica. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
¤ 2¼ - A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos crimes
previstos neste Cap’tulo forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de
dire•‹o ou assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta, sociedade de economia
mista, empresa pœblica ou funda•‹o institu’da pelo poder pœblico. (Inclu’do pela Lei
n¼ 6.799, de 1980)
4! SòMULAS PERTINENTES
4.1! Sœmulas do STJ
Ä Sœmula 599 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que o
princ’pio da insignific‰ncia Ž inaplic‡vel aos crimes contra a administra•‹o
pœblica, solidificando o entendimento que j‡ era adotado na Corte h‡ muitos anos:
Sœmula 599 do STJ
O princ’pio da insignific‰ncia Ž inaplic‡vel aos crimes contra a administra•‹o pœblica.
5! JURISPRUDæNCIA CORRELATA
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para fixar a pena base acima do m’nimo legal seria invi‡vel (bis in idem).
Contudo, a condi•‹o de policial seria uma condi•‹o especial de agente que
tem a obriga•‹o de velar pela seguran•a do cidad‹o, o que imporia maior
dever de obedi•ncia ˆ norma, de maneira que sua conduta seria ainda mais
reprov‡vel que a de um Òatendente de protocoloÓ, por exemplo, de forma que
seria poss’vel aumentar a pena com base nesta circunst‰ncia. Vejamos:
Ò(...) 4.a. A inser•‹o do servidor pœblico no quadro estrutural do Estado deve
e pode ser considerada no ju’zo de culpabilidade. Na aferi•‹o da culpabilidade
deve-se tambŽm considerar o maior ou menor grau de dever de obedi•ncia ˆ norma.
N‹o ocorr•ncia de bis in idem. 4.b. V’cio de fundamenta•‹o na valora•‹o da
circunst‰ncia judicial do motivo do crime. 5. Recurso provido parcialmente e concess‹o
parcial da ordem para determinar ao Ju’zo sentenciante, mantidas a condena•‹o e
seus efeitos, a corre•‹o do v’cio na individualiza•‹o da pena, mormente para afastar
a elementar do tipo por ocasi‹o da valora•‹o dos motivos do crime.
(RHC 117488 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em
01/10/2013, PROCESSO ELETRïNICO DJe-205 DIVULG 15-10-2013 PUBLIC 16-10-
2013)
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Ä STJ - HC 94.168/MG ÐO STJ formou entendimento no sentido de que o
peculato de uso Ž impun’vel, ante a aus•ncia de animus rem sibi habendi
(inten•‹o de se apropriar da coisa):
(...)2. Analogamente ao furto de uso, o peculato de uso tambŽm n‹o configura
il’cito penal, t‹o-somente administrativo. Todavia, o peculato desvio Ž
modalidade t’pica, submetendo o autor do fato ˆ pena do artigo 312 do C—digo
Penal. Cabe ˆ instru•‹o probat—ria delimitar qual conduta praticou o
paciente.
(...) (HC 94.168/MG, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO
TJ/MG), SEXTA TURMA, julgado em 01/04/2008, DJe 22/04/2008)
6! RESUMO
PECULATO
Conduta Ð ÒApropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo
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(peculato-apropria•‹o), ou desvi‡-lo (peculato-desvio), em proveito pr—prio
ou alheio.Ó (art. 312 do CP).
Peculato-furto Ð Aplica-se ˆquele que, mesmo Òn‹o tendo a posse do dinheiro,
valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtra’do, em proveito pr—prio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcion‡rio. Ó (art. 312, ¤1¼ do CP). ATEN‚ÌO! Diferen•a fundamental entre
peculato furto e peculato (desvio ou apropria•‹o) = No peculato-furto o agente
n‹o tem a posse da coisa.
OBS.: Peculato de uso Ð Discutido na doutrina e jurisprud•ncia, mas prevalece
que Ž IMPUNêVEL.
Particular pode praticar peculato? Sim, desde que em concurso de pessoas
com um funcion‡rio pœblico (e desde que o particular saiba que seu comparsa Ž
funcion‡rio pœblico).
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OBS.: No crime de corrup•‹o passiva, na modalidade de Òreceber vantagem
indevidaÓ, exige-se o efetivo recebimento da vantagem.
OBS.: Em todos as modalidades de corrup•‹o passiva n‹o se exige que o
funcion‡rio pœblico efetivamente pratique ou deixe de praticar o ato (com infra•‹o
de dever funcional) em raz‹o da vantagem ou promessa de vantagem recebida.
Caso isso ocorra, a pena ser‡ aumentada em 1/3.
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Mas e se o funcion‡rio n‹o tiver essa obriga•‹o espec’fica? Responder‡
como part’cipe do crime praticado pelo particular (contrabando ou
descaminho), e n‹o pelo crime do art. 318 do CP.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
Conduta - Patrocinar interesse privado perante a administra•‹o pœblica. O
agente:
§! Deve se valer das facilidades que a sua condi•‹o de funcion‡rio
pœblico lhe proporciona
§! Praticar a conduta em prol de um terceiro (majorit‡rio)
OBS.: O crime se consuma ainda que o interesse patrocinado seja leg’timo. Caso
seja um interesse ileg’timo, teremos a forma qualificada (pena mais grave).
Interesse leg’timo Ð Crime de advocacia administrativa na forma
simples
Interesse ileg’timo Ð Crime de advocacia administrativa na forma
qualificada.
DISPOSI‚ÍES GERAIS
Ø! Todos os crimes s‹o pr—prios Ð Devem ser praticados por quem ostente
a condi•‹o de funcion‡rio pœblico. Em alguns casos, deve ser uma
condi•‹o ainda mais espec’fica (Ex.: Superior hier‡rquico, no crime de
condescend•ncia criminosa).
Ø! Todos os crimes s‹o dolosos Ð S— h‡ previs‹o de forma culposa para
o peculato (peculato culposo, art. 312, ¤2¼ do CP).
Ø! A•‹o penal Ð Para todos, pœblica incondicionada.
Ø! Particular como sujeito do delito Ð ƒ poss’vel, em todos eles, desde que
se trate de concurso de pessoas e que o particular saiba que seu comparsa
Ž funcion‡rio pœblico.
_______
Bons estudos!
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Considerando a situa•‹o apresentada, Ž correto afirmar que:
a) a repara•‹o do dano por parte de Jo‹o antes da senten•a, ainda que ap—s o
recebimento da denœncia, gera a extin•‹o de sua punibilidade;
b) a conduta de Jo‹o Ž at’pica, j‡ que seu comportamento foi apenas culposo,
enquanto o comportamento de Miguel configura crime de peculato;
c) a repara•‹o do dano por parte de Jo‹o e Miguel, desde que realizada antes do
recebimento da denœncia, funciona como causa de extin•‹o da punibilidade;
d) as condutas de Jo‹o e Miguel configuram crime de peculato, de modo que
irrelevante a repara•‹o do dano ap—s o oferecimento da denœncia;
e) a repara•‹o do dano por parte de Jo‹o antes da senten•a, ainda que posterior
ao recebimento da denœncia, configura causa de redu•‹o de pena.
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d) peculato apropria•‹o, com direito ˆ extin•‹o da punibilidade se devolvida a
coisa ou reparado o dano antes do recebimento da denœncia;
e) peculato-furto, com a redu•‹o da pena pela metade se devolvida a coisa antes
do recebimento da denœncia.
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Matheus, funcion‡rio pœblico, recebe em raz‹o do exerc’cio de sua fun•‹o junto
ao MinistŽrio Pœblico do Estado do Rio de Janeiro, diariamente, uma grande
quantidade de dinheiro em espŽcie. Verificando que a vigil‰ncia n‹o era
significativa, decide se apropriar de parte dos valores, e, para tanto, solicita a
ajuda de seu amigo Bruno, que n‹o era funcion‡rio pœblico, mas tinha
conhecimento de todo o plano delitivo de Matheus. Considerando a situa•‹o
narrada e as caracter’sticas do delito de peculato, Ž correto afirmar que:
a) o crime de peculato somente pode ser praticado em sua modalidade dolosa;
b) por ser crime pr—prio, somente Matheus poder‡ ser denunciado pelo mesmo,
j‡ que funcion‡rio pœblico, enquanto Bruno n‹o responder‡ por qualquer crime;
c) apesar de ser crime praticado contra a Administra•‹o Pœblica, no crime de
peculato os valores ou bens apropriados podem ser pœblicos ou particulares;
d) se a apropria•‹o for de dinheiro recebido, no exerc’cio do cargo, por erro de
outrem, o crime ser‡ comum e n‹o especial de funcion‡rio contra a
Administra•‹o, j‡ que o particular Ž quem foi lesado;
e) no crime de peculato-furto, o funcion‡rio tem a posse do dinheiro em raz‹o do
cargo e o desvia em proveito pr—prio ou alheio.
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III. A pena ser‡ aumentada da metade quando os autores dos crimes praticados
forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de dire•‹o ou de
assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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respons‡vel pela confer•ncia e libera•‹o dos pagamentos autorizados por Jo‹o,
n‹o observa os deveres de cuidado a que estava obrigado, e o desvio ocorre.
Assinale a alternativa que apresente corretamente o crime praticado por Jo‹o,
JosŽ e Aremitas, respectivamente.
(A) peculato culposo, peculato doloso e nenhum crime
(B) peculato doloso, peculato doloso e peculato culposo
(C) peculato doloso, estelionato e peculato culposo
(D) peculato doloso, peculato doloso e nenhum crime
(E) estelionato, estelionato e nenhum crime
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b) O funcion‡rio pœblico que, durante aula em seu curso da faculdade, subtrai o
celular da bolsa de um colega que sentava ao seu lado pratica crime de peculato
furto.
c) Sendo crime pr—prio, apenas o funcion‡rio pœblico pode responder pelo crime
de peculato.
d) O crime de peculato apropria•‹o somente pode ter como objeto material
dinheiro, valor ou outro bem m—vel pœblico, mas nunca particular.
e) O crime de peculato pode ser praticado na modalidade culposa. A repara•‹o
do dano, desde que anterior ˆ senten•a irrecorr’vel, extingue a punibilidade do
agente. Se posterior a esse momento, haver‡ redu•‹o de metade da pena
imposta.
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O crime de peculato est‡ disciplinado no art. 312 do C—digo Penal. Visa proteger,
dentre outros bens jur’dicos, a moralidade administrativa e o patrim™nio. Sobre
tal delito, Ž correto afirmar que:
(A) por ser crime classificado pela doutrina como crime pr—prio, em hip—tese
alguma poder‡ o particular n‹o funcion‡rio pœblico por ele responder;
(B) exige que a subtra•‹o/desvio/apropria•‹o seja de valor, n‹o havendo
tipicidade quando for de bem m—vel;
(C) o C—digo Penal n‹o criminaliza sua modalidade culposa;
(D) para tipificar, o valor subtra’do dever‡ ser necessariamente pœblico;
(E) exige que a posse de eventual valor subtra’do decorra do cargo, emprego ou
fun•‹o ou ao menos que haja facilidade decorrente da posi•‹o de funcion‡rio
pœblico.
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d) alŽm das consequ•ncias administrativas a que estar‡ sujeito, responder‡ por
crime de modifica•‹o ou altera•‹o n‹o autorizada de sistema de informa•›es,
previsto no artigo 313-B do C—digo Penal.
e) alŽm das consequ•ncias administrativas, a que estar‡ sujeito, responder‡ por
crime de inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es, previsto no artigo
313-A do C—digo Penal.
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o valor e comunicou o fato ao juiz em atua•‹o no —rg‹o citado. Considerando
apenas os fatos narrados, Ž poss’vel afirmar que a conduta do analista:
(A) Ž at’pica, configurando apenas il’cito civil;
(B) configura crime de corrup•‹o passiva, consumado;
(C) configura crime de advocacia administrativa, tentado;
(D) configura crime de corrup•‹o passiva, tentado;
(E) configura crime de advocacia administrativa, consumado.
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sociedade sem a devida autoriza•‹o. Nesse caso, Ž correto afirmar que Gabriel
praticou o crime de:
(A) contrabando, em concurso de agentes;
(B) facilita•‹o de contrabando ou descaminho;
(C) descaminho, em concurso de agentes;
(D) descaminho, em tese, mas deve ser reconhecido o princ’pio da
insignific‰ncia;
(E) prevarica•‹o.
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Ocorre que, por descuido, esqueceu o processo no arm‡rio de seu gabinete por
06 meses, causando a prescri•‹o da pretens‹o punitiva. Considerando a hip—tese
narrada, Ž correto afirmar que a conduta de JosŽ:
(A) Ž at’pica, sob o ponto de vista do Direito Penal;
(B) configura a pr‡tica do crime de prevarica•‹o, pois presente o elemento
subjetivo da satisfa•‹o de sentimento pessoal;
(C) configura a pr‡tica do crime de condescend•ncia criminosa;
(D) configura a pr‡tica do crime de prevarica•‹o, bastando para tanto o dolo
genŽrico;
(E) configura a pr‡tica do crime de corrup•‹o passiva.
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d) se somente as assertivas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as assertivas estiverem corretas.
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(A) Viol•ncia arbitr‡ria.
(B) Abuso de poder.
(C) Exerc’cio arbitr‡rio das pr—prias raz›es.
(D) Abandono de fun•‹o.
(E) Corrup•‹o passiva.
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(E) Ž punido com a mesma pena do peculato doloso.
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Imagine que, por erro, um cidad‹o entrega a um funcion‡rio pœblico determinada
quantia em dinheiro. O funcion‡rio, ciente de tal circunst‰ncia, n‹o devolve o
dinheiro ao cidad‹o, n‹o informa o ocorrido aos seus superiores e, finalmente,
apropria-se do dinheiro.
Diante disso, Ž correto afirmar que o funcion‡rio
A) n‹o comete crime, mas apenas uma infra•‹o funcional.
B) comete crime de peculato mediante erro de outrem.
C) comete crime de corrup•‹o passiva.
D) comete crime de excesso de exa•‹o.
E) comete crime de prevarica•‹o.
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46.! (VUNESP Ð 2011 Ð TJ/SP Ð ESCREVENTE TƒCNICO JUDICIçRIO)
A pena do crime de corrup•‹o passiva Ž aumentada se o funcion‡rio pœblico, em
consequ•ncia da vantagem ou promessa, infringe dever funcional
I. retardando ou deixando de praticar qualquer ato de of’cio;
II. praticando qualquer ato de of’cio;
III. de forma intencional ou premeditada.
ƒ correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
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"X", funcion‡rio pœblico, recebe indevidamente dinheiro da v’tima que o supunha
encarregado do recebimento de impostos atrasados. "X", em tese,
A) n‹o praticou delito algum.
B) praticou o crime de peculato culposo.
C) praticou o crime de peculato mediante erro de outrem.
D) praticou o crime de excesso de exa•‹o.
E) praticou o crime de inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es.
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B) Somente a afirmativa III est‡ correta.
C) Somente as afirmativas I e III est‹o corretas.
D) Somente as afirmativas II e III est‹o corretas.
E) Todas as afirmativas est‹o corretas.
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O crime de falsidade ideol—gica, presentes os demais elementos legais, apenas
se configura se
I. o documento Ž pœblico, n‹o havendo crime se o documento Ž particular;
II. ocorre a inser•‹o de declara•‹o falsa, n‹o havendo crime se ocorre
a omiss‹o de declara•‹o verdadeira relevante;
III. o agente Ž funcion‡rio pœblico, n‹o havendo crime se a conduta Ž praticada
por particular.
Assinale a alternativa que classifica corretamente, como verdadeiros (V) ou falsos
(F), os itens que completam a proposi•‹o, de acordo com o art. 299 do CP.
A) I - F; II - F; III - F.
B) I - V; II - F; III - F.
C) I - V; II - V; III - F.
D) I - F; II - V; III - V.
E) I - V; II - V; III - V.
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la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
A) exige ou ordena
B) solicita ou recebe
C) recebe ou adquire
D) pleiteia ou sugere
E) estipula ou agencia
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c) Ž necess‡rio, para alguŽm figurar como sujeito ativo do crime, ser bacharel
em Direito, porŽm n‹o Ž requisito sua inscri•‹o na Ordem dos Advogados do
Brasil.
d) qualquer pessoa pode figurar como sujeito ativo do crime, ainda que n‹o
ostente a qualidade de funcion‡rio pœblico.
e) Ž necess‡rio, para alguŽm figurar como sujeito ativo do crime, ser bacharel
em Direito, regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
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Abandonar cargo pœblico, fora dos casos permitidos em lei, s— tipificar‡ o crime
de abandono de fun•‹o se resultar preju’zo pœblico.
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b) apropria•‹o indŽbita simples.
c) apropria•‹o indŽbita qualificada pelo recebimento da coisa em raz‹o de of’cio,
emprego ou profiss‹o.
d) apropria•‹o de coisa havida por erro.
e) peculato.
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No tipo do crime descrito no art. 319 do C—digo Penal ÒRetardar, ou deixar de
praticar, indevidamente, ato de of’cio, ou pratic‡-lo contra disposi•‹o expressa
de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoalÓ, a express‹o Òpara
satisfazer interesse ou sentimento pessoalÓ constitui
a) elemento normativo do tipo.
b) elemento subjetivo do tipo.
c) circunst‰ncia qualificadora.
d) elemento objetivo do tipo.
e) elemento descritivo do tipo.
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(A) corrup•‹o passiva aquele que exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o
dela, vantagem indevida.
(B) concuss‹o aquele que solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
(C) peculato aquele que revelar fato de que tem ci•ncia em raz‹o do cargo e que
deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revela•‹o.
(D) condescend•ncia criminosa o funcion‡rio que, criminosamente, retardar ou
deixar de praticar, ato de of’cio, ou pratic‡-lo contra disposi•‹o expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal ou auferir proveito econ™mico.
(E) advocacia administrativa aquele que patrocinar, direta ou indiretamente,
interesse privado perante a Administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de
funcion‡rio.
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e Caio, ent‹o, solicitam a MoisŽs a quantia de R$ 10.000,00 para ele ser
imediatamente liberado. MoisŽs consegue o dinheiro e entrega aos policiais civis,
que deixam de conduzi-lo ao Distrito Policial. No caso hipotŽtico apresentado,
T’cio e Caio cometeram crime de
a) concuss‹o e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 8 anos e multa, sem
qualquer aumento de pena, uma vez que o n‹o cumprimento do ato de of’cio Ž
mero exaurimento do crime formal.
b) corrup•‹o passiva e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 12 anos e multa,
com aumento de 1/3 uma vez que os funcion‡rios deixaram de conduzir preso o
cidad‹o MoisŽs, com infra•‹o de dever funcional.
c) corrup•‹o passiva e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 12 anos e multa,
sem qualquer aumento de pena, uma vez que o n‹o cumprimento do ato de of’cio
Ž mero exaurimento do crime formal.
d) prevarica•‹o e est‹o sujeitos ˆ pena de deten•‹o de 3 meses a 1 ano e multa.
e) concuss‹o e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 8 anos e multa, com
aumento de 1/3 uma vez que os funcion‡rios deixaram de conduzir preso o
cidad‹o MoisŽs, com infra•‹o de dever funcional.
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(E) peculato.
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a) fato at’pico, por ausentes elementos do tipo penal.
b) excesso de exa•‹o.
c) excesso de exa•‹o qualificada.
d) peculato na modalidade furto.
e) peculato na modalidade apropria•‹o.
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d) O condenado por crime contra a administra•‹o pœblica ter‡ a progress‹o de
regime do cumprimento da pena condicionada ˆ repara•‹o do dano que causou,
ou ˆ devolu•‹o do produto do il’cito praticado, com os acrŽscimos legais.
e) Ap—s o recebimento da denœncia sempre ser‡ adotado o rito sum‡rio.
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Ver™nica, funcion‡ria da Defensoria Pœblica do Estado que tem a posse de um
telefone celular de propriedade da Defensoria Pœblica, pelo qual Ž respons‡vel,
em determinado dia de trabalho ao sair para almo•ar esqueceu este telefone em
cima de sua mesa de trabalho. Vagner, seu colega de trabalho na mesma fun•‹o,
nota o descuido e subtrai o aparelho celular. Nesta situa•‹o hipotŽtica, diante do
C—digo Penal brasileiro Ž correto afirmar que Ver™nica
a) e Vagner cometeram crime de peculato, se sujeitando ˆs mesmas penalidades,
pois ambos concorreram para o crime.
b) cometeu o crime de peculato mediante erro de outrem enquanto Vagner
cometeu o crime de peculato doloso.
c) n‹o cometeu nenhum crime e Vagner cometeu o crime de peculato, pois se
apropriou de bem m—vel pœblico de que tem a posse em raz‹o do cargo em
proveito pr—prio ou alheio.
d) n‹o cometeu nenhum crime e Vagner cometeu o crime de peculato culposo.
e) cometeu o crime de peculato culposo e Vagner cometeu o crime de peculato,
pois ele n‹o estava em posse do bem, mas mesmo assim o subtraiu, em proveito
pr—prio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcion‡rio.
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II. Solicitar vantagem indevida para revelar informa•›es sigilosas que s— tenha
acesso por conta de seu cargo a terceiros interessados.
III. Exigir vantagem indevida para revelar informa•›es sigilosas que s— tenha
acesso por conta de seu cargo.
IV. Permitir ou facilitar, mediante atribui•‹o, fornecimento e emprŽstimo de
senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas n‹o autorizadas a sistemas
de informa•›es ou banco de dados da Administra•‹o pœblica.
Um funcion‡rio pœblico cometer‡ o crime de viola•‹o de sigilo funcional, nas
condutas indicadas APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e IV.
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99.! (FCC Ð 2014 Ð TRF3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)
A respeito dos Crimes contra a Administra•‹o pœblica, considere:
I. Equipara-se a funcion‡rio pœblico quem trabalha para empresa prestadora de
servi•o contratada para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o pœblica.
II. A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos delitos forem
ocupantes de cargos em comiss‹o.
III. Se o agente for ocupante de fun•‹o de assessoramento de funda•‹o institu’da
pelo poder pœblico n‹o ter‡, por esse motivo, a pena aumentada.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e III.
c) II e III
d) I e II.
e) III
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compras domŽsticas no supermercado, restituindo em seguida o carro intacto e
com o tanque de combust’vel completo. Na mais precisa terminologia tŽcnica,
com a posi•‹o doutrin‡ria dominante Ž correto afirmar que houve
(A) furto de uso impun’vel enquanto tal.
(B) peculato-furto em tese penalmente pun’vel.
(C) apropria•‹o indŽbita impun’vel enquanto tal.
(D) furto em tese penalmente pun’vel.
(E) peculato de uso penalmente impun’vel enquanto tal.
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108.! (FCC Ð 2015 Ð SEFAZ-PE Ð JULGADOR TRIBUTçRIO)
Um contribuinte foi atŽ o balc‹o de atendimento do setor fiscal e apresentou
documento para a comprova•‹o de quita•‹o do tributo. Todavia, faltou com o
respeito contra o funcion‡rio autorizado para o registro no sistema. O funcion‡rio,
diante da ofensa, alterou os dados inseridos para que constasse pagamento
parcial e n‹o total do tributo. Com isso, o contribuinte foi acionado judicialmente
para pagamento do tributo que j‡ tinha quitado. A conduta do funcion‡rio est‡
inserida no crime de
a) prevarica•‹o.
b) modifica•‹o n‹o autorizada de sistema de informa•›es.
c) sonega•‹o de documento
d) falsidade ideol—gica.
e) inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es.
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a) exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida.
b) apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem m—vel, pœblico ou
particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou o desvia, em proveito
pr—prio ou alheio.
c) modifica ou altera sistema de informa•›es ou programa de inform‡tica sem
autoriza•‹o ou solicita•‹o de autoridade competente.
d) d‡ ˆs verbas ou rendas pœblicas aplica•‹o diversa da estabelecida em lei.
e) solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida,
ou aceita promessa de tal vantagem.
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M‡rio, valendo-se da condi•‹o de funcion‡rio pœblico, cogita em subtrair cinco
computadores de propriedade do Estado que se localizam na reparti•‹o pœblica
que trabalha. Para ajud‡-lo na subtra•‹o convida Douglas, advogado da empresa
particular GIGA e seu amigo intimo. Neste caso, considerando que M‡rio e
Douglas subtra’ram somente dois computadores,
a) apenas M‡rio responder‡ pela pr‡tica de peculato tentado, uma vez que
Douglas n‹o era funcion‡rio pœblico n‹o se comunicando circunst‰ncia pessoal.
b) apenas M‡rio responder‡ pela pr‡tica de peculato consumado, uma vez que
Douglas n‹o era funcion‡rio pœblico n‹o se comunicando circunst‰ncia pessoal.
c) eles responder‹o pela pr‡tica de crime de peculato tentado em concurso de
pessoas.
d) eles responder‹o pela pr‡tica de crime de peculato consumado em concurso
de pessoas.
e) apenas M‡rio responder‡ pela pr‡tica de concuss‹o consumada, uma vez que
Douglas n‹o era funcion‡rio pœblico n‹o se comunicando circunst‰ncia pessoal.
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atendendo a pedido de influente pol’tico da regi‹o, retardou a pr‡tica de ato de
of’cio, deixando de remover bens penhorados de Zeus, cabo eleitoral deste. Nessa
hip—tese, Cronos
a) cometeu crime de prevarica•‹o.
b) n‹o cometeu crime contra a Administra•‹o Pœblica.
c) cometeu crime de corrup•‹o passiva.
d) cometeu crime de advocacia administrativa.
e) concuss‹o.
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124.! (FCC - 2013 - TJ-PE - TITULAR DE SERVI‚OS DE NOTAS E DE
REGISTROS - PROVIMENTO)
Modela-se tambŽm pelas ideias de furto e de apropria•‹o indŽbita a figura legal
do crime de
a) prevarica•‹o.
b) concuss‹o.
c) excesso de exa•‹o.
d) favorecimento pessoal.
e) peculato.
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e) comete crime de excesso de exa•‹o.
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8! EXERCêCIOS COMENTADOS
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Justi•a Criminal de Duque de Caxias. Ciente da exist•ncia de investiga•‹o
para apurar il’citos fiscais que estariam sendo praticados por empres‡rio
da cidade, colega de seu pai, procura o advogado do investigado e narra
que ser‡ designado para atuar na Promotoria com atribui•‹o para o caso,
passando a solicitar a quantia de 50 mil reais para, de alguma forma,
influenciar naquela investiga•‹o de maneira favor‡vel ao indiciado.
Considerando a situa•‹o narrada, Ž correto afirmar que a conduta de
Jo‹o, em tese:
a) configura crime de corrup•‹o passiva;
b) configura crime de prevarica•‹o;
c) configura crime de advocacia administrativa;
d) configura crime de exerc’cio funcional ilegalmente antecipado ou
prolongado;
e) Ž at’pica, j‡ que nem mesmo havia iniciado o exerc’cio de sua fun•‹o.
COMENTçRIOS: Neste caso o agente solicitou vantagem indevida para infringir
dever funcional, o que configura o crime de corrup•‹o passiva, na forma do art.
317 do CP:
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
10.763, de 12.11.2003)
Neste caso, o fato de Jo‹o ainda n‹o ter assumido a fun•‹o n‹o impede a
caracteriza•‹o do crime, eis que tal delito pode ser praticado mesmo antes de o
agente assumir a fun•‹o, mas desde que a conduta seja praticada em raz‹o da
fun•‹o que vir‡ a assumir.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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e) peculato-furto, com a redu•‹o da pena pela metade se devolvida a
coisa antes do recebimento da denœncia.
COMENTçRIOS: Neste caso o agente praticou o crime de peculato, na
modalidade Òpeculato-apropria•‹oÓ pois se apropriou de bem de que tinha a
posse em raz‹o do cargo, na forma do art. 312 do CP:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em
proveito pr—prio ou alheio:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
AlŽm disso, como Ž ocupante de cargo em comiss‹o na administra•‹o direta, sua
pena ser‡ aumentada em 1/3, na forma do art. 327, ¤2¼ do CP:
Art. 327 (...) ¤ 2¼ - A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos
crimes previstos neste Cap’tulo forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o
de dire•‹o ou assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta, sociedade de
economia mista, empresa pœblica ou funda•‹o institu’da pelo poder pœblico. (Inclu’do
pela Lei n¼ 6.799, de 1980)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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O conceito de funcion‡rio pœblico para fins penais n‹o se confunde com
o conceito para outros ramos do Direito. Em sendo crime pr—prio
praticado por funcion‡rio pœblico contra a Administra•‹o, aplica-se o
artigo 327 do C—digo Penal, que apresenta um conceito amplo de
funcion‡rio pœblico para efeitos penais. Por outro lado, o artigo respeita
o princ’pio da legalidade, disciplinando expressamente em que ocasi›es
determinado indiv’duo ser‡ considerado funcion‡rio pœblico para fins de
defini•‹o do sujeito ativo de crimes pr—prios. Sobre o tema ora tratado e
de acordo com o dispositivo acima mencionado, Ž correto afirmar que:
a) exige-se o requisito da perman•ncia para que seja reconhecida a
condi•‹o de funcion‡rio pœblico no campo penal;
b) somente pode ser considerado funcion‡rio pœblico aquele que recebe
qualquer tipo de remunera•‹o no exerc’cio de cargo, emprego ou fun•‹o
pœblica;
c) aquele que exerce cargo em autarquias, entidades paraestatais ou
funda•›es pœblicas, n‹o Ž considerado funcion‡rio pœblico para efeitos
penais;
d) o perito judicial n‹o Ž considerado funcion‡rio pœblico para efeitos
penais, j‡ que apenas exerce a fun•‹o transitoriamente;
e) Ž equiparado a funcion‡rio pœblico, para efeitos penais, aquele que
trabalha para empresa contratada para a execu•‹o de atividade t’pica da
Administra•‹o Pœblica.
COMENTçRIOS: Conforme preconiza o art. 327 do CP, Òconsidera-se funcion‡rio
pœblico, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
remunera•‹o, exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblicaÒ. Da’ j‡ podemos concluir
que as letras A, B e D.
O art. 327, ¤1¼, do CP, estabelece ainda aqueles que s‹o EQUIPARADOS a
funcion‡rio pœblico para fins penais:
Art. 327 (...) ¤ 1¼ - Equipara-se a funcion‡rio pœblico quem exerce cargo, emprego ou
fun•‹o em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servi•o
contratada ou conveniada para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o
Pœblica. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
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que a vigil‰ncia n‹o era significativa, decide se apropriar de parte dos
valores, e, para tanto, solicita a ajuda de seu amigo Bruno, que n‹o era
funcion‡rio pœblico, mas tinha conhecimento de todo o plano delitivo de
Matheus. Considerando a situa•‹o narrada e as caracter’sticas do delito
de peculato, Ž correto afirmar que:
a) o crime de peculato somente pode ser praticado em sua modalidade
dolosa;
b) por ser crime pr—prio, somente Matheus poder‡ ser denunciado pelo
mesmo, j‡ que funcion‡rio pœblico, enquanto Bruno n‹o responder‡ por
qualquer crime;
c) apesar de ser crime praticado contra a Administra•‹o Pœblica, no
crime de peculato os valores ou bens apropriados podem ser pœblicos ou
particulares;
d) se a apropria•‹o for de dinheiro recebido, no exerc’cio do cargo, por
erro de outrem, o crime ser‡ comum e n‹o especial de funcion‡rio contra
a Administra•‹o, j‡ que o particular Ž quem foi lesado;
e) no crime de peculato-furto, o funcion‡rio tem a posse do dinheiro em
raz‹o do cargo e o desvia em proveito pr—prio ou alheio.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois o peculato tambŽm Ž pun’vel na forma culposa,
conforme prev• o art. 312, ¤2¼ do CP.
b) ERRADA: Item errado, pois apesar de se tratar de crime pr—prio, em alguns
casos, Ž poss’vel que um particular pratique crime funcional contra a
administra•‹o pœblica, desde que em concurso de pessoas com um funcion‡rio
pœblico. Neste caso, a condi•‹o de funcion‡rio pœblico de um dos comparsas se
comunica ao outro (que n‹o a possui), permitindo sua puni•‹o pelo crime de
peculato, conforme art. 30 do CP. Assim, ambos poder‹o responder pelo crime
de peculato.
c) CORRETA: Item correto, pois os valores ou bens apropriados podem ser
pœblicos ou particulares, sendo necess‡rio, apenas, que estejam na posse do
funcion‡rio em raz‹o da fun•‹o exercida, nos termos do art. 312 do CP.
d) ERRADA: Item errado, pois neste caso teremos o crime de peculato mediante
erro de outrem, que tambŽm Ž crime funcional, previsto no art. 313 do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois neste caso teremos peculato-apropria•‹o ou
peculato-desvio. No peculato-furto, previsto no art. 312, ¤1¼ do CP, o agente n‹o
possui a posse do bem ou valor, mas o subtrai valendo-se das facilidades que o
cargo proporciona, ou contribui para que outra pessoa o subtraia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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a) Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem,
embora transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce caro, emprego
ou fun•‹o pœblica.
b) N‹o Ž considerado funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem
trabalha para empresa prestadora de servi•o contratada ou conveniada
para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o Pœblica.
c) Equipara- se a funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem
exerce cargo, emprego ou fun•‹o em entidade paraestatal.
d) Ter‡ sua pena aumentada, quando autor de crime contra a
administra•‹o pœblica, o funcion‡rio pœblico que exerce cargo em
comiss‹o.
e) Pode tambŽm responder por crime contra a administra•‹o pœblica, em
casos especiais, aquele que n‹o Ž funcion‡rio pœblico.
COMENTçRIOS: A condi•‹o de funcion‡rio pœblico, para fins penais, e os
reflexos desta nos crimes contra a administra•‹o pœblica est‹o previstos no art.
327 do CP:
Funcion‡rio pœblico
Art. 327 - Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.
¤ 1¼ - Equipara-se a funcion‡rio pœblico quem exerce cargo, emprego ou fun•‹o em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servi•o
contratada ou conveniada para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o
Pœblica. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
¤ 2¼ - A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos crimes previstos
neste Cap’tulo forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de dire•‹o ou
assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta, sociedade de economia mista,
empresa pœblica ou funda•‹o institu’da pelo poder pœblico. (Inclu’do pela Lei n¼
6.799, de 1980)
Em alguns casos, Ž poss’vel, ainda, que um particular pratique crime funcional
contra a administra•‹o pœblica, desde que em concurso de pessoas com um
funcion‡rio pœblico. Neste caso, a condi•‹o de funcion‡rio pœblico de um dos
comparsas se comunica ao outro (que n‹o a possui), permitindo sua puni•‹o pelo
crime de peculato, conforme art. 30 do CP.
A alternativa incorreta Ž a letra B, eis que quem trabalha para empresa
prestadora de servi•o contratada ou conveniada para a execu•‹o de atividade
t’pica da Administra•‹o Pœblica Ž considerado funcion‡rio pœblico, por
equipara•‹o, conforme prev• o ¤1¼ do art. 327 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA B.
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I. Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem,
embora transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce cargo, emprego
ou fun•‹o pœblica.
II. Equipara-se a funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem
trabalha para empresa prestadora de servi•o contratada ou conveniada
para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o Pœblica.
III. A pena ser‡ aumentada da metade quando os autores dos crimes
praticados forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de
dire•‹o ou de assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIO:
I - CORRETA: Esta defini•‹o se amolda ao que disp›e o art. 327 do CP:
Art. 327 - Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.
II - CORRETA: De fato, a figura do funcion‡rio pœblico por equipara•‹o encontra-
se prevista no ¤1¼ do art. 327 do CP:
¤ 1¼ - Equipara-se a funcion‡rio pœblico quem exerce cargo, emprego ou fun•‹o em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servi•o contratada
ou conveniada para a execu•‹o de atividade t’pica da Administra•‹o Pœblica. (Inclu’do
pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
III - ERRADA: Neste caso a pena n‹o ser‡ aumentada de metade, mas da ter•a
parte, nos termos do art. 327, ¤2¼ do CP:
Art. 327 (...)
¤ 2¼ - A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos crimes previstos
neste Cap’tulo forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de dire•‹o ou
assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta, sociedade de economia mista,
empresa pœblica ou funda•‹o institu’da pelo poder pœblico. (Inclu’do pela Lei n¼ 6.799,
de 1980)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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III. Quando o funcion‡rio pœblico detentor de fun•‹o de dire•‹o de —rg‹o
da Administra•‹o Direta pratica o crime de prevarica•‹o, a pena Ž
aumentada da ter•a parte.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIO:
I - CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 327 do CP:
Art. 327 - Considera-se funcion‡rio pœblico, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remunera•‹o, exerce cargo, emprego ou fun•‹o pœblica.
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Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: Nos termos do art. 327 do CP, atŽ mesmo aqueles que n‹o recebam
remunera•‹o poder‹o ser considerados funcion‡rios pœblicos para fins penais.
II Ð ERRADA: TambŽm Ž equiparado a funcion‡rio pœblico aquele que trabalha
para empresa prestadora de servi•o contratada para a execu•‹o de atividade
t’pica da Administra•‹o Pœblica, nos termos do art. 327, ¤1¼ do CP.
II Ð CORRETA: Item correto, pois esta Ž uma das hip—teses previstas no art. 327,
¤2¼ do CP:
Art. 327 (...)
¤ 2¼ - A pena ser‡ aumentada da ter•a parte quando os autores dos crimes previstos
neste Cap’tulo forem ocupantes de cargos em comiss‹o ou de fun•‹o de dire•‹o ou
assessoramento de —rg‹o da administra•‹o direta, sociedade de economia mista,
empresa pœblica ou funda•‹o institu’da pelo poder pœblico. (Inclu’do pela Lei n¼ 6.799,
de 1980)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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B) CORRETA: O peculato se caracteriza ainda que os bens apropriados sejam
particulares, mas desde que estejam sob cust—dia do Estado e na posse do
funcion‡rio pœblico (que os recebeu em raz‹o do cargo);
C) CORRETA: Neste caso, o agente responde pelo delito de peculato culposo,
previsto no art. 312, ¤2¼ do CP. Neste crime (somente no peculato culposo!), se
o agente repara o dano antes da senten•a, ocorre a extin•‹o da punibilidade,
conforme prev• o art. 312, ¤3¼ do CP;
D) ERRADA: O item est‡ errado, pois no peculato-furto o agente subtrai um bem
pœblico ou particular (do qual n‹o tem a posse) valendo-se das facilidades que o
cargo lhe proporciona, o que n‹o ocorre no caso em tela. Vejamos:
Art. 312 (...)
¤ 1¼ - Aplica-se a mesma pena, se o funcion‡rio pœblico, embora n‹o tendo a posse
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtra’do, em
proveito pr—prio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
de funcion‡rio.
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procura a pol’cia e noticia os fatos, ocasi‹o em que devolve todos os
notebooks subtra’dos.
Com base nas informa•›es do caso narrado, assinale a afirmativa
correta.
a) Laura e Lucas devem responder pelo delito de peculato- furto
praticado em concurso de agentes.
b) Laura deve responder por furto qualificado e Lucas deve responder
por peculato-furto, dada ˆ incomunicabilidade das circunst‰ncias.
c) Laura e Lucas ser‹o beneficiados pela causa extintiva de punibilidade,
uma vez que houve repara•‹o do dano ao er‡rio anteriormente ˆ
denœncia.
d) Laura ser‡ beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz, mas
Lucas n‹o poder‡ valer-se de tal benef’cio, pois a restitui•‹o dos bens,
por parte dele, n‹o foi volunt‡ria.
COMENTçRIOS: Ambos dever‹o responder pelo delito de peculato (na
modalidade Òpeculato-furto), praticado em concurso de agentes, nos termos do
art. 312, ¤1¼ do CP:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em
proveito pr—prio ou alheio:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
¤ 1¼ - Aplica-se a mesma pena, se o funcion‡rio pœblico, embora n‹o tendo a posse
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtra’do, em proveito
pr—prio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcion‡rio.
N‹o h‡ que se falar em arrependimento eficaz, pois o crime se consumou,
TambŽm n‹o h‡ que se falar em extin•‹o da punibilidade pela repara•‹o do dano,
eis que s— cab’vel em rela•‹o ao peculato CULPOSO, nos termos do art. 312, ¤3¼
do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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e) O crime de peculato pode ser praticado na modalidade culposa. A
repara•‹o do dano, desde que anterior ˆ senten•a irrecorr’vel, extingue
a punibilidade do agente. Se posterior a esse momento, haver‡ redu•‹o
de metade da pena imposta.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A forma culposa deste delito est‡ prevista no art. 312, ¤2¼ do CP.
B) ERRADA: O funcion‡rio pœblico, aqui, pratica mero crime de furto, previsto no
art. 155 do CP, pois o fato n‹o guarda qualquer rela•‹o com sua atividade
funcional.
C) ERRADA: Item errado, pois o particular tambŽm poder‡ responder pelo delito,
desde que o pratique em concurso de agentes com um funcion‡rio pœblico, nos
termos do art. 30 do CP.
D) ERRADA: Item errado, pois os bens particulares tambŽm podem ser objetos
materiais do crime de peculato, desde que estejam sob a cust—dia do poder
pœblico.
E) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a previs‹o do art. 312, ¤3¼ do CP:
Peculato culposo
Art. 312 (...)
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano.
¤ 3¼ - No caso do par‡grafo anterior, a repara•‹o do dano, se precede ˆ senten•a
irrecorr’vel, extingue a punibilidade; se lhe Ž posterior, reduz de metade a pena
imposta.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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a) est‡ correta, uma vez que peculato consiste em crime pr—prio,
praticado apenas por funcion‡rios pœblicos e jamais poderia ter sido
atribu’do a quem n‹o ostenta tal qualidade.
b) est‡ correta, uma vez que peculato consiste em crime de m‹o pr—pria,
praticado apenas por funcion‡rios pœblicos e jamais poderia ter sido
atribu’do a quem n‹o ostenta tal qualidade.
c) n‹o est‡ correta, uma vez que as circunst‰ncias e condi•›es de car‡ter
pessoal, quando elementares do tipo, comunicam- se ao coautor do
crime, ainda que ele n‹o ostente tais qualidades.
d) n‹o est‡ correta, pois, em se tratando de crimes contra a
administra•‹o pœblica, Ž irrelevante que o autor da conduta ostente a
qualidade de funcion‡rio pœblico.
e) n‹o est‡ correta porque o peculato, quanto ao sujeito ativo, Ž crime
comum.
COMENTçRIOS: A tese defensiva n‹o est‡ correta, pois o particular tambŽm
poder‡ responder pelo delito, desde que o pratique em concurso de agentes com
um funcion‡rio pœblico, nos termos do art. 30 do CP, que Ž exatamente o que
ocorreu na situa•‹o:
Circunst‰ncias incomunic‡veis
Art. 30 - N‹o se comunicam as circunst‰ncias e as condi•›es de car‡ter pessoal, salvo
quando elementares do crime. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Assim, podemos perceber que a elementar Òfuncion‡rio pœblicoÓ, condi•‹o exigida
pelo tipo penal, ir‡ se comunicar aos demais coautores do crime, por se tratar de
uma condi•‹o que, embora pessoal, Ž essencial.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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A) ERRADA: ƒ poss’vel que seja praticado por um particular, desde que em
concurso de pessoas com alguŽm que seja funcion‡rio pœblico, na forma do art.
30 do CP.
B) ERRADA: Item errado, pois Ž plenamente poss’vel que o objeto do crime seja
bem m—vel.
C) ERRADA: Existe a modalidade de peculato CULPOSO, nos termos do art. 312,
¤2¼ do CP.
D) ERRADA: O objeto do crime (bem, valor, coisa, etc.) pode ser tanto pœblico
quanto privado (nesse caso, deve estar em poder do Estado).
E) CORRETA: Item correto, pois exige-se que o funcion‡rio pœblico se valha desta
qualidade para praticar o delito, seja por ter a posse do bem, seja por ter maior
facilidade para sua subtra•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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Federal, ap—s receber da empresa "X" uma determinada quantia em
dinheiro, excluiu, indevidamente, alguns dados corretos do sistema, o
que implicou inequ’voco preju’zo ˆ Administra•‹o Tribut‡ria.
Sobre a situa•‹o hipotŽtica do funcion‡rio JosŽ Ž correto afirmar que:
a) responder‡ somente por infra•‹o de ordem administrativa, uma vez
que sua conduta n‹o caracteriza qualquer il’cito penal.
b) alŽm das consequ•ncias administrativas a que estar‡ sujeito,
responder‡ por crime de peculato, previsto no artigo 313, caput, do
C—digo Penal.
c) alŽm das consequ•ncias administrativas a que estar‡ sujeito,
responder‡ por crime de excesso de exa•‹o, previsto no artigo
316, par‡grafo 1¼, do C—digo Penal.
d) alŽm das consequ•ncias administrativas a que estar‡ sujeito,
responder‡ por crime de modifica•‹o ou altera•‹o n‹o autorizada de
sistema de informa•›es, previsto no artigo 313-B do C—digo Penal.
e) alŽm das consequ•ncias administrativas, a que estar‡ sujeito,
responder‡ por crime de inser•‹o de dados falsos em sistema de
informa•›es, previsto no artigo 313-A do C—digo Penal.
COMENTçRIO: AlŽm de responder administrativamente pelo seu ato, o agente
responder‡, ainda, pelo delito previsto no art. 313-A do CP. Vejamos:
Inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcion‡rio autorizado, a inser•‹o de dados falsos,
alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou
bancos de dados da Administra•‹o Pœblica com o fim de obter vantagem indevida para
si ou para outrem ou para causar dano: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000))
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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(A) estelionato.
(B) peculato.
(C) concuss‹o.
(D) inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es.
COMENTçRIOS: A conduta de Abelardo se amolda perfeitamente ao tipo penal
previsto no art. 313-A do CP (inser•‹o de dados falsos em sistema de
informa•›es). Vejamos:
Inser•‹o de dados falsos em sistema de informa•›es (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcion‡rio autorizado, a inser•‹o de dados falsos,
alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou
bancos de dados da Administra•‹o Pœblica com o fim de obter vantagem indevida para
si ou para outrem ou para causar dano: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000))
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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em atua•‹o no —rg‹o citado. Considerando apenas os fatos narrados, Ž
poss’vel afirmar que a conduta do analista:
(A) Ž at’pica, configurando apenas il’cito civil;
(B) configura crime de corrup•‹o passiva, consumado;
(C) configura crime de advocacia administrativa, tentado;
(D) configura crime de corrup•‹o passiva, tentado;
(E) configura crime de advocacia administrativa, consumado.
COMENTçRIOS: A conduta do analista configura o delito de corrup•‹o passiva,
previsto no art. 317 do CP:
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
10.763, de 12.11.2003)
O crime ocorreu na forma consumada, pois o eventual recebimento da vantagem
Ž absolutamente desnecess‡rio para a consuma•‹o do crime.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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Insatisfeito com a conduta de Caio, de imediato o advogado recusou a
solicita•‹o e denunciou o ocorrido ao MinistŽrio Pœblico. Considerando
apenas a situa•‹o narrada, Ž correto afirmar que Caio dever‡ ser
responsabilizado pela pr‡tica de um crime de:
(A) corrup•‹o ativa, consumado;
(B) corrup•‹o passiva, tentado;
(C) corrup•‹o ativa, tentado;
(D) concuss‹o, consumado;
(E) corrup•‹o passiva, consumado.
COMENTçRIOS: Caio dever‡ responder pelo delito de corrup•‹o passiva (art.
317 do CP) em sua forma consumada, pois a mera solicita•‹o da vantagem
indevida j‡ consuma o delito, que Ž considerado formal (dispensa a ocorr•ncia
efetiva do resultado pretendido pelo agente).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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26.! (FGV - 2013 - MPE-MS - ANALISTA - ADMINISTRA‚ÌO)
O funcion‡rio pœblico que por indulg•ncia deixa de responsabilizar
subordinado que cometeu infra•‹o no exerc’cio do cargo ou, quando lhe
falte compet•ncia, n‹o leva o fato ao conhecimento da autoridade
competente, deve em tese responder pelo crime de
a) prevarica•‹o.
b) corrup•‹o passiva.
c) insubordina•‹o.
d) condescend•ncia criminosa.
e) desobedi•ncia.
COMENTçRIOS: Neste caso, o funcion‡rio pœblico deve responder pelo delito de
condescend•ncia criminosa, previsto no art. 320 do CP:
Condescend•ncia criminosa
Art. 320 - Deixar o funcion‡rio, por indulg•ncia, de responsabilizar subordinado que
cometeu infra•‹o no exerc’cio do cargo ou, quando lhe falte compet•ncia, n‹o levar
o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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I - ERRADA: Esta conduta descreve o peculato mediante erro de outrem, previsto
no art. 313 do CP;
II - CORRETA: De fato, esta Ž a conduta prevista para o delito de emprego
irregular de verbas ou rendas pœblicas, nos termos do art. 315 do CP:
Emprego irregular de verbas ou rendas pœblicas
Art. 315 - Dar ˆs verbas ou rendas pœblicas aplica•‹o diversa da estabelecida em lei:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
III - CORRETA: Esta Ž a descri•‹o do tipo penal do delito de prevarica•‹o, previsto
no art. 319 do CP:
Prevarica•‹o
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de of’cio, ou pratic‡-lo
contra disposi•‹o expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
IV - ERRADA: O tipo penal do delito de condescend•ncia criminosa prev• que o
crime se configura quando o funcion‡rio pœblico deixa de punir subordinado seu
que praticou infra•‹o funcional, e o faz por indulg•ncia, nos termos do art. 320
do CP:
Condescend•ncia criminosa
Art. 320 - Deixar o funcion‡rio, por indulg•ncia, de responsabilizar subordinado que
cometeu infra•‹o no exerc’cio do cargo ou, quando lhe falte compet•ncia, n‹o levar o
fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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Parte da Doutrina entende que o crime sempre se dirige ao SUPERIOR, ou seja,
aquele que Ž ÒchefeÓ do funcion‡rio e deixa de puni-lo ou de levar ao
conhecimento de quem tenha qualidade para punir.
Outra parte da Doutrina entende que o termo Òou, quando lhe falte compet•ncia,
n‹o levar o fato ao conhecimento da autoridade competenteÓ significa que
qualquer colega de trabalho poderia praticar o delito.
A Banca deu a alternativa B como correta.
Contudo, a situa•‹o Ž dividida na Doutrina, de maneira que a quest‹o
deveria ser ANULADA.
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b) abuso de autoridade.
c) advocacia administrativa.
d) prevarica•‹o.
e) corrup•‹o ativa.
COMENTçRIOS: Neste caso, a princ’pio, o funcion‡rio pœblico praticou o delito
de advocacia administrativa, previsto no art. 321 do CP:
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de funcion‡rio:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
III - CORRETA: Exatamente. Esta Ž a forma privilegiada do delito de corrup•‹o
passiva, prevista no art. 317, ¤2¼ do CP:
Art. 317 (...)
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio pratica, deixa de praticar ou retarda ato de of’cio, com infra•‹o
de dever funcional, cedendo a pedido ou influ•ncia de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, ou multa.
IV - CORRETA: A concuss‹o Ž crime formal, consumando-se com a mera
exig•ncia da vantagem indevida, que pode ser destinada ao pr—prio infrator ou a
terceira pessoa, nos termos do art. 316 do CP:
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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¤ 3¼ - No caso do par‡grafo anterior, a repara•‹o do dano, se precede ˆ senten•a
irrecorr’vel, extingue a punibilidade; se lhe Ž posterior, reduz de metade a pena
imposta.
D) ERRADA: Item errado, pois embora a repara•‹o do dano seja um dos
requisitos para a progress‹o de regime em rela•‹o aos crimes praticados contra
a administra•‹o pœblica (art. 33, ¤4¼ do CP), exige-se o cumprimento de 1/6 da
pena para que haja a progress‹o, e n‹o 1/3.
E) ERRADA: Item errado, pois o efeito da condena•‹o consistente na perda do
cargo pœblico, quando o crime Ž praticado com viola•‹o aos deveres para com a
administra•‹o pœblica, s— ocorrer‡ quando for aplicada pena privativa de
liberdade igual ou superior a 01 ano:
Art. 92 - S‹o tambŽm efeitos da condena•‹o:(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
I - a perda de cargo, fun•‹o pœblica ou mandato eletivo: (Reda•‹o dada pela Lei n¼
9.268, de 1¼.4.1996)
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano,
nos crimes praticados com abuso de poder ou viola•‹o de dever para com a
Administra•‹o Pœblica; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.268, de 1¼.4.1996)
AlŽm disso, trata-se de efeito n‹o autom‡tico, ou seja, deve ser declarado
expressamente pelo Juiz na senten•a.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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indica o crime que tem como qualificadoras Òresultar preju’zo pœblicoÓ e
Òocorrer em lugar compreendido na faixa de fronteiraÓ.
(A) Viol•ncia arbitr‡ria.
(B) Abuso de poder.
(C) Exerc’cio arbitr‡rio das pr—prias raz›es.
(D) Abandono de fun•‹o.
(E) Corrup•‹o passiva
COMENTçRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, apenas o crime de
Òabandono de fun•‹oÓ, previsto no art. 323 do CP, possui forma qualificada (mais
grave) quando praticado em lugar de fronteira ou quando da conduta resultar
preju’zo pœblico, nos termos do art. 323, ¤¤1¼ e 2¼ do CP:
Abandono de fun•‹o
Art. 323 - Abandonar cargo pœblico, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - deten•‹o, de quinze dias a um m•s, ou multa.
¤ 1¼ - Se do fato resulta preju’zo pœblico:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
¤ 2¼ - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s anos, e multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
10.763, de 12.11.2003)
Como podemos ver, tal delito pode ser cometido mesmo antes de a pessoa
assumir a fun•‹o pœblica, desde que a conduta tenha rela•‹o com o futuro cargo.
Poderia ser questionado se, no caso, n‹o houve concuss‹o (dada a exist•ncia de
uma amea•a velada). Entendo que sim, e a quest‹o poderia ter sido anulada.
Contudo, n‹o podemos nos esquecer de a quest‹o foi clara ao utilizar o verbo
SOLICITAR, o que caracterizaria a corrup•‹o passiva.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
Assim, nada impede o concurso de agentes entre o funcion‡rio pœblico e o
particular, desde que este saiba que seu comparsa Ž funcion‡rio pœblico, pois n‹o
se pode punir alguŽm por um fato que desconhecia.
Portanto, a alternativa CORRETA ƒ A LETRA D.
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Imagine que, por erro, um cidad‹o entrega a um funcion‡rio pœblico
determinada quantia em dinheiro. O funcion‡rio, ciente de tal
circunst‰ncia, n‹o devolve o dinheiro ao cidad‹o, n‹o informa o ocorrido
aos seus superiores e, finalmente, apropria-se do dinheiro.
Diante disso, Ž correto afirmar que o funcion‡rio
A) n‹o comete crime, mas apenas uma infra•‹o funcional.
B) comete crime de peculato mediante erro de outrem.
C) comete crime de corrup•‹o passiva.
D) comete crime de excesso de exa•‹o.
E) comete crime de prevarica•‹o.
COMENTçRIO: A conduta do funcion‡rio pœblico se amolda ao tipo penal do
crime de peculato mediante erro de outrem, previsto no art. 313 do CP:
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exerc’cio do cargo,
recebeu por erro de outrem:
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa.
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III - ERRADA: Se o interesse Ž ileg’timo aplicam-se ambas as penas, nos termos
do art. 321, ¤ œnico do CP:
Art. 321(...)
Par‡grafo œnico - Se o interesse Ž ileg’timo:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, alŽm da multa.
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B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
COMENTçRIO: A pena do crime de corrup•‹o passiva Ž aumentada, nos termos
do art. 317, ¤1¼ do CP:
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
10.763, de 12.11.2003)
¤ 1¼ - A pena Ž aumentada de um ter•o, se, em conseqŸ•ncia da vantagem ou
promessa, o funcion‡rio retarda ou deixa de praticar qualquer ato de of’cio ou o pratica
infringindo dever funcional.
Assim, a pena Ž aumentada se o funcion‡rio pratica o ato de of’cio com infra•‹o
a dever funcional ou se retarda ou deixa de pratic‡-lo.
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E tambŽm, de fato, o peculato culposo admite repara•‹o do dano antes ou depois da
senten•a, gerando a extin•‹o da punibilidade se anterior ˆ senten•a irrecorr’vel, nos
termos do art. 312, ¤¤2¼ e 3¼ do CP:
Art. 312 - (...)
Peculato culposo
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano.
¤ 3¼ - No caso do par‡grafo anterior, a repara•‹o do dano, se precede ˆ senten•a
irrecorr’vel, extingue a punibilidade; se lhe Ž posterior, reduz de metade a pena
imposta.
Por fim, a afirmativa III est‡ errada, eis que o dinheiro proveniente do peculato
pode ser usado em proveito pr—prio ou alheio, sendo indiferente para a
caracteriza•‹o do delito.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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I - CORRETA: De fato, esta Ž a conduta prevista para o crime de emprego
irregular de verbas ou rendas pœblicas, previsto no art. 315 do CP;
II - CORRETA: O funcion‡rio pœblico pratica, neste caso, o delito previsto no art.
314 do CP. Este delito Ž punido com pena de RECLUSÌO de um a quatro anos;
III - CORRETA: Esta conduta, de fato, caracteriza o delito de concuss‹o, previsto
no art. 316 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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Prevarica•‹o
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de of’cio, ou pratic‡-lo
contra disposi•‹o expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, e multa.
Assim, a alternativa que contempla uma forma de realiza•‹o do tipo penal Ž a
letra C, que trata do ato de deixar de praticar ato de of’cio para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Assinale a alternativa que classifica corretamente, como verdadeiros (V)
ou falsos (F), os itens que completam a proposi•‹o, de acordo com o art.
299 do CP.
A) I - F; II - F; III - F.
B) I - V; II - F; III - F.
C) I - V; II - V; III - F.
D) I - F; II - V; III - V.
E) I - V; II - V; III - V.
COMENTçRIO:
I - ERRADA: O crime de falsidade ideol—gica, previsto no art. 299 do CPP, pode
ser praticado tanto utilizando-se documento pœblico quanto documento
particular;
II - ERRADA: Pode ser praticado tanto na forma de inser•‹o de declara•‹o falsa
quanto na forma omissiva, ou seja, omiss‹o de informa•‹o verdadeira;
III - ERRADA: A conduta pode ser praticada por qualquer pessoa, sendo,
portanto, CRIME COMUM.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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A) diretamente ... pr—prio
B) direta ou indiretamente ... privado
C) ainda que indiretamente ... pr—prio
D) diretamente ... pessoal ou de terceiro
E) direta ou indiretamente ... pœblico ou privado
COMENTçRIO: O crime de advocacia administrativa est‡ previsto no art. 321 do
CP. Vejamos:
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de funcion‡rio:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
Assim, as lacunas se completam com "direta ou indiretamente" e "privado".
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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C) configura crime de corrup•‹o ativa.
D) configura crime de concuss‹o.
E) n‹o configura crime algum, pois a exig•ncia Ž indireta e para outrem.
COMENTçRIO: A RESPOSTA ƒ LETRA D.
No presente caso a conduta se amolda ao tipo penal do art. 316 do CP, que define
o crime de concuss‹o. Vejamos:
Concuss‹o
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida:
Pena - reclus‹o, de dois a oito anos, e multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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c) condescend•ncia criminosa.
d) prevarica•‹o para satisfazer sentimento pessoal.
e) corrup•‹o passiva privilegiada.
COMENTçRIOS: Os policiais, neste caso, praticaram o delito de corrup•‹o
passiva privilegiada, eis que deixaram de praticar um ato ao qual estavam
obrigados cedendo a pedido de terceiros. Vejamos o ¤2¼ do art. 317 do CP:
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei
n¼ 10.763, de 12.11.2003)
(...)
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio pratica, deixa de praticar ou retarda ato de of’cio, com infra•‹o
de dever funcional, cedendo a pedido ou influ•ncia de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, ou multa.
Percebam que a pena, neste caso, Ž menor que na corrup•‹o passiva
propriamente dita, eis que aqui o funcion‡rio pœblico n‹o age para obter qualquer
vantagem.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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O funcion‡rio pœblico que se apropria de dinheiro de que tem a posse
em raz‹o do cargo comete o crime de
a) furto qualificado.
b) peculato.
c) roubo.
d) furto.
e) extors‹o passiva.
COMENTçRIOS: A conduta do funcion‡rio pœblico, nesta hip—tese, se amolda ao
delito previsto no art. 312 do CP, ou seja, peculato:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-
lo, em proveito pr—prio ou alheio:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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a) n‹o Ž necess‡rio, para alguŽm figurar como sujeito ativo do crime, ser
bacharel em Direito tampouco possuir a qualidade de funcion‡rio
pœblico.
b) n‹o Ž necess‡rio, para alguŽm figurar como sujeito ativo do crime, ser
bacharel em Direito, regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil.
c) Ž necess‡rio, para alguŽm figurar como sujeito ativo do crime, ser
bacharel em Direito, porŽm n‹o Ž requisito sua inscri•‹o na Ordem dos
Advogados do Brasil.
d) qualquer pessoa pode figurar como sujeito ativo do crime, ainda que
n‹o ostente a qualidade de funcion‡rio pœblico.
e) Ž necess‡rio, para alguŽm figurar como sujeito ativo do crime, ser
bacharel em Direito, regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil.
COMENTçRIOS: O crime de advocacia administrativa est‡ previsto no art. 321
do CP:
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de funcion‡rio:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
Par‡grafo œnico - Se o interesse Ž ileg’timo:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, alŽm da multa.
Este crime se configura quando um funcion‡rio pœblico defende interesses
particulares perante a administra•‹o pœblica, valendo-se das facilidades que o
cargo lhe proporciona.
Embora o nome seja ÒadvocaciaÓ, este crime n‹o est‡ relacionado ao exerc’cio
da advocacia (aquela regulamentada pela OAB). O crime leva esse nome porque
ÒadvogarÓ Ž sin™nimo de Òdefender interessesÓ, apenas isso.
Assim, n‹o se exige que o funcion‡rio pœblico seja bacharel em Direito, nem que
esteja inscrito na OAB. Mas Ž absolutamente necess‡rio que se trata de
funcion‡rio pœblico.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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(B) corrup•‹o ativa e peculato.
(C) peculato e corrup•‹o passiva.
(D) concuss‹o e peculato.
(E) corrup•‹o ativa e concuss‹o.
COMENTçRIOS: Quest‹o pol•mica. ƒ pac’fico na Doutrina que se o agente
apenas cede ao pedido do funcion‡rio pœblico e d‡ a vantagem indevida
solicitada, n‹o pratica o delito de corrup•‹o ativa, pois o tipo penal do art. 333
do CP n‹o abarca este verbo (pagar ou dar).
Contudo, a quest‹o deixa claro que o funcion‡rio pœblico n‹o solicitou a verba,
apenas esclareceu como funcionava o ÒesquemaÓ. O particular, por livre e
espont‰nea vontade, ofereceu a vantagem indevida, caracterizando o delito de
corrup•‹o ativa.
O funcion‡rio pœblico, por sua vez, praticou o delito de corrup•‹o passiva ao
aceitar a vantagem.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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Receber, solicitar ou exigir para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em
raz‹o dela, vantagem indevida, tipifica o crime de concuss‹o.
COMENTçRIOS: O mero recebimento ou solicita•‹o da vantagem indevida n‹o
configuram concuss‹o, mas corrup•‹o passiva, nos termos do art. 317 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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A respeito do crime de advocacia administrativa, considere:
I. Caracteriza-se mesmo que o interesse privado patrocinado seja
leg’timo.
II. N‹o se caracteriza se o patroc’nio for feito por terceira pessoa que
apare•a como procurador.
III. S— pode ser cometido por advogado.
Est‡ correto o que consta APENAS em
a) I e II.
b) I.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.
COMENTçRIOS:
I Ð CORRETA: Item correto, pois essa Ž a previs‹o do art. 321 do CP.
II Ð ERRADA: Item errado, pois essa conduta tambŽm Ž considerada crime de
advocacia administrativa, que Ž realizada indiretamente.
III Ð ERRADA: Item errado, pois se exige, apenas, que o delito seja praticado por
funcion‡rio pœblico, valendo-se da qualidade de funcion‡rio.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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pessoas pobres. De posse dessas mercadorias, apropriou-se de v‡rias
pe•as. Nesse caso, PenŽlope
a) cometeu crime de apropria•‹o indŽbita simples.
b) cometeu crime de peculato doloso.
c) cometeu crime de apropria•‹o indŽbita qualificada pelo recebimento
da coisa em raz‹o de of’cio, emprego ou profiss‹o.
d) cometeu crime de peculato culposo.
e) n‹o cometeu delito por tratar-se de bens recebidos em doa•‹o.
COMENTçRIOS: PenŽlope cometeu, aqui, o delito de peculato (doloso), pois se
apropriou de bem do qual tinha a posse em raz‹o da fun•‹o pœblica, nos termos
do art. 312 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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No tipo do crime descrito no art. 319 do C—digo Penal ÒRetardar, ou
deixar de praticar, indevidamente, ato de of’cio, ou pratic‡-lo contra
disposi•‹o expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoalÓ, a express‹o Òpara satisfazer interesse ou sentimento pessoalÓ
constitui
a) elemento normativo do tipo.
b) elemento subjetivo do tipo.
c) circunst‰ncia qualificadora.
d) elemento objetivo do tipo.
e) elemento descritivo do tipo.
COMENTçRIOS: Tal express‹o, segundo entendimento da Doutrina, configura
elemento subjetivo do tipo, mais especificamente um elemento subjetivo
espec’fico, ou seja, n‹o basta que o agente possua o dolo de realizar a conduta.
ƒ necess‡rio que a conduta seja praticada com essa espec’fica finalidade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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B) ERRADA: Item errado, pois tal conduta configura o crime de corrup•‹o passiva,
nos termos do art. 317 do CP.
C) ERRADA: Item errado, pois neste caso o agente comete o crime de viola•‹o
de sigilo funcional, nos termos do art. 325 do CP.
D) ERRADA: Item errado, pois aqui teremos o crime de prevarica•‹o, conforme
art. 319 do CP.
E) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 321 do
CP, sobre o crime de advocacia administrativa:
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administra•‹o pœblica, valendo-se da qualidade de funcion‡rio:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s meses, ou multa.
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drogas em uma determinada favela na cidade de Jo‹o Pessoa, T’cio e
Caio abordam MoisŽs em atitude suspeita, transitando por uma via
pœblica. MoisŽs portava na cintura uma arma de fogo municiada sem
autoriza•‹o e em desacordo com determina•‹o legal e regulamentar.
AlŽm disso apurou-se que havia um mandado de pris‹o preventiva contra
MoisŽs por crime de roubo cometido na cidade de Campina Grande. T’cio
e Caio, ent‹o, solicitam a MoisŽs a quantia de R$ 10.000,00 para ele ser
imediatamente liberado. MoisŽs consegue o dinheiro e entrega aos
policiais civis, que deixam de conduzi-lo ao Distrito Policial. No caso
hipotŽtico apresentado, T’cio e Caio cometeram crime de
a) concuss‹o e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 8 anos e multa,
sem qualquer aumento de pena, uma vez que o n‹o cumprimento do ato
de of’cio Ž mero exaurimento do crime formal.
b) corrup•‹o passiva e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 12 anos
e multa, com aumento de 1/3 uma vez que os funcion‡rios deixaram de
conduzir preso o cidad‹o MoisŽs, com infra•‹o de dever funcional.
c) corrup•‹o passiva e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 12 anos
e multa, sem qualquer aumento de pena, uma vez que o n‹o
cumprimento do ato de of’cio Ž mero exaurimento do crime formal.
d) prevarica•‹o e est‹o sujeitos ˆ pena de deten•‹o de 3 meses a 1 ano
e multa.
e) concuss‹o e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 8 anos e multa,
com aumento de 1/3 uma vez que os funcion‡rios deixaram de conduzir
preso o cidad‹o MoisŽs, com infra•‹o de dever funcional.
COMENTçRIOS: Os agentes cometeram, aqui, o crime de corrup•‹o passiva,
previsto no art. 317 do CP, e est‹o sujeitos ˆ pena de reclus‹o, de 2 a 12 anos e
multa. AlŽm disso, haver‡ a incid•ncia da causa de aumento de pena prevista no
¤1¼ do art. 317, (aumento de 1/3), uma vez que os funcion‡rios deixaram de
conduzir preso o cidad‹o MoisŽs, com infra•‹o de dever funcional, ou seja, os
funcion‡rios efetivamente deixaram de praticar o ato, infringindo o dever
funcional.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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COMENTçRIOS: H‡ duas alternativas corretas, motivo pelo qual a quest‹o foi
anulada. A condescend•ncia criminosa Ž crime omissivo pr—prio, motivo pelo qual
n‹o admite tentativa (correta a letra A, e errada a letra C). AlŽm disso, s— se
pune tal conduta na forma dolosa, n‹o se admitindo a forma culposa (correta a
letra B). Tal delito exige que o agente seja superior hier‡rquico do funcion‡rio
infrator, motivo pelo qual est‡ errada a letra D. Por fim, errada a letra E, pois Ž
necess‡rio o dolo direto, ou seja, que o agente saiba que o subordinado praticou
a infra•‹o.
Portanto, a QUESTÌO FOI BEM ANULADA.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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Bernardo, funcion‡rio pœblico, ordenou que Luciana, contribuinte,
quitasse tributo indevido. Anteriormente ˆ entrega deste valor, desistiu
da ordem. Conquanto esta atitude, Luciana entendeu por bem entregar
o numer‡rio a Bernardo que o recebeu e o desviou depois do
recolhimento ao tesouro pœblico. Bernardo praticou
a) fato at’pico, por ausentes elementos do tipo penal.
b) excesso de exa•‹o.
c) excesso de exa•‹o qualificada.
d) peculato na modalidade furto.
e) peculato na modalidade apropria•‹o.
COMENTçRIOS: Neste caso o agente praticou o crime de excesso de exa•‹o,
previsto no art. 316, ¤1¼ do CP. Trata-se de crime formal, que se consuma com
a mera exig•ncia. ƒ irrelevante, para fins de consuma•‹o, que o funcion‡rio
ÒdesistaÓ posteriormente (j‡ houve a consuma•‹o). Posteriormente, o funcion‡rio
recolheu o valor ao tesouro e o desviou, praticando ainda o crime de peculato-
desvio, nos termos do art. 312 do CP.
Portanto, NÌO Hç ALTERNATIVA CORRETA. A quest‹o deveria ter sido
anulada (Gabarito da Banca: E).
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d) 2, 3 e 1.
e) 3, 1 e 2.
COMENTçRIOS:
1 Ð Trata-se de peculato, nos termos do art. 312 do CP.
2 Ð Trata-se do crime de corrup•‹o passiva, previsto no art. 317 do CP.
3 Ð Esta conduta configura o crime de condescend•ncia criminosa, previsto no
art. 320 do CP.
A sequ•ncia, portanto, Ž: 3,1,2.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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Felipe, Oficial da Defensoria Pœblica estadual, no exerc’cio de suas
fun•›es recebeu, de um assistido, um HD externo que continha arquivos
digitais solicitados para utiliza•‹o em seu processo. Ap—s a c—pia dos
arquivos deveria devolv•-lo no dia seguinte, entretanto, como Felipe
passaria a partir daquele dia a atuar em outra unidade da Defensoria,
decidiu levar o aparelho eletr™nico para sua casa utilizando-o como se
fosse seu, sem qualquer inten•‹o de devolv•-lo ao propriet‡rio. Felipe
cometeu o crime de
a) peculato mediante erro de outrem, por ter se apropriado de bem m—vel
particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, mediante erro do
assistido.
b) peculato culposo, por ter concorrido com culpa na apropria•‹o do
aparelho eletr™nico.
c) corrup•‹o passiva, por ter recebido o aparelho eletr™nico como
vantagem indevida para si.
d) prevarica•‹o, por ter, indevidamente, deixado de praticar ato que
estava obrigado, que neste caso seria a devolu•‹o do aparelho
eletr™nico.
e) peculato, por ter se apropriado de bem m—vel particular, de que tem
a posse em raz‹o do cargo.
COMENTçRIOS: Neste caso o agente praticou o delito de peculato, pois se
apropriou de bem particular de que tinha a posse em raz‹o do cargo, nos termos
do art. 312 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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COMENTçRIOS: Neste caso a agente praticou o delito de PREVARICA‚ÌO, pois
deixou de praticar, indevidamente, ato de of’cio para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal, nos termos do art. 319 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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b) cometeu o crime de concuss‹o por ter exigido para si vantagem
indevida em raz‹o de sua fun•‹o.
c) cometeu o crime prevarica•‹o, pois beneficiou terceiro por ser seu
amigo.
d) n‹o cometeu nenhum crime, pois seu amigo n‹o se manifestou quanto
a aceita•‹o no ato de pagar o valor para ajuda de custo.
e) cometeu o crime de advocacia administrativa pois patrocinou
diretamente interesse privado perante a Administra•‹o pœblica valendo-
se da qualidade de funcion‡rio.
COMENTçRIOS: Neste caso Marcelo praticou o delito de corrup•‹o passiva,
previsto no art. 317 do CP, pois solicitou para si vantagem indevida em raz‹o de
sua fun•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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I Ð permite ou facilita, mediante atribui•‹o, fornecimento e emprŽstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas n‹o autorizadas a sistemas de informa•›es
ou banco de dados da Administra•‹o Pœblica; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
II Ð se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
¤ 2o Se da a•‹o ou omiss‹o resulta dano ˆ Administra•‹o Pœblica ou a outrem:
(Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
Pena Ð reclus‹o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
Da’ se pode concluir, sem grande esfor•o, que somente os itens I e IV
correspondem a condutas criminalizadas por este tipo penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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- em consequ•ncia da vantagem ou promessa, o funcion‡rio retarda ou
deixa de praticar qualquer ato de of’cio ou o pratica infringido dever
funcional
- o funcion‡rio pratica, deixa de praticar ou retarda ato de of’cio, com
infra•‹o de dever funcional, cedendo a pedido ou influ•ncia de outrem.
Tem-se, nesses dois fatores de penas, respectivamente:
a) qualificadora e causa de diminui•‹o.
b) causa de aumento e privilŽgio.
c) qualificadora e causa de aumento.
d) causa de aumento e qualificadora.
e) privilŽgio e qualificadora.
COMENTçRIOS: Neste caso, teremos, respectivamente, uma causa de aumento
de pena e uma privilegiadora (ou privilŽgio), previstos nos ¤¤1¼ e 2¼ do art. 317
do CP:
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
10.763, de 12.11.2003)
¤ 1¼ - A pena Ž aumentada de um ter•o, se, em conseqŸ•ncia da vantagem ou
promessa, o funcion‡rio retarda ou deixa de praticar qualquer ato de of’cio ou o pratica
infringindo dever funcional.
¤ 2¼ - Se o funcion‡rio pratica, deixa de praticar ou retarda ato de of’cio, com infra•‹o
de dever funcional, cedendo a pedido ou influ•ncia de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, ou multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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d) I e II.
e) III
COMENTçRIOS:
I Ð CORRETA: Esta Ž a exata previs‹o do ¤1¼ do art. 327 do CP.
II Ð ERRADA: Somente haver‡ aumento de pena quando os agentes forem
ocupantes de cargo em comiss‹o nas entidades listadas no ¤2¼ do art. 327. As
autarquias, por exemplo, n‹o foram inclu’das ali. Logo, quem exerce cargo em
comiss‹o em autarquia n‹o ter‡ a causa de aumento de pena citada.
III Ð ERRADA: O agente ter‡ a pena aumentada neste caso, por for•a do art. 327,
¤2¼ do CP.
Vemos, assim, que n‹o h‡ alternativa correta. A Banca deu a alternativa D como
correta, por considerar a afirmativa II como verdadeira, mas como j‡ afirmei, ela
est‡ ERRADA!
PORTANTO, A QUESTÌO DEVERIA TER SIDO ANULADA!
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(C) corrup•‹o passiva.
(D) concuss‹o.
(E) excesso de exa•‹o.
COMENTçRIOS: A conduta, aqui, configura o crime de excesso de exa•‹o,
previsto no art. 316, ¤1¼ do CP:
Art. 316 (...)
Excesso de exa•‹o
¤ 1¼ - Se o funcion‡rio exige tributo ou contribui•‹o social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobran•a meio vexat—rio ou gravoso, que a
lei n‹o autoriza: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclus‹o, de tr•s a oito anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.137, de
27.12.1990)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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Entretanto, em julgado RECENTêSSIMO, o STF se valeu de parcela da Doutrina
que entende que o termo ÒdesviarÓ, um dos nœcleos do tipo de peculato, significa
Òdesviar a finalidadeÓ, ou seja, dar ao bem, valor ou coisa finalidade DIVERSA
daquela que deveria ser dada.
Vejamos:
(...) O peculato desvio caracteriza-se na hip—tese em que terceiro recebe armas
emprestadas pelo juiz, deposit‡rio fiel dos instrumentos do crime, acautelados ao
magistrado para fins penais, enquadrando-se no conceito de funcion‡rio pœblico. 2. In
casu, Juiz Federal detinha em seu poder duas pistolas apreendidas no curso de
processo-crime em tramita•‹o perante a Vara da qual era titular. Ao entregar os
armamentos a policial federal desviou bem de que tinha posse em raz‹o da fun•‹o em
proveito deste, emprestando-lhe finalidade diversa da pretendida ao assumir a fun•‹o
de deposit‡rio fiel. 3. O artigo 312 do C—digo Penal disp›e: ÒArt. 312 - Apropriar-se o
funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem m—vel, pœblico ou
particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em proveito pr—prio
ou alheio: Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multaÓ. 4. ƒ cedi•o que Òo verbo
nœcleo desviar tem o significado, nesse dispositivo legal, de alterar o destino natural
do objeto material ou dar-lhe outro encaminhamento, ou, em outros termos no
peculato-desvio o funcion‡rio pœblico d‡ ao objeto material aplica•‹o diversa da que
lhe foi determinada, em benef’cio pr—prio ou de outrem. Nessa figura n‹o h‡ o
prop—sito de apropriar-se, que Ž identificado como animus rem sibi habendi,
podendo ser caracterizado o desvio proibido pelo tipo, com simples uso
irregular da coisa pœblica, objeto material do peculato.Ó (BITTENCOURT, Cezar.
Tratado de direito penal. v. 5. Saraiva, S‹o Paulo: 2013, 7» Ed. p. 47). 3. ƒ poss’vel
a atribui•‹o do conceito de funcion‡rio pœblico contida no artigo 327 do C—digo Penal
a Juiz Federal. ƒ que a fun•‹o jurisdicional Ž fun•‹o pœblica, pois consiste atividade
privativa do Estado-Juiz, sistematizada pela Constitui•‹o e normas processuais
respectivas. Consequentemente, aquele que atua na presta•‹o jurisdicional ou a
pretexto de exerc•-la Ž funcion‡rio pœblico para fins penais. Precedente: (RHC
110.432, Relator Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 18/12/2012). 4. A via
estreita do Habeas Corpus n‹o se preza ˆ discuss‹o acerca da valora•‹o da prova
produzida em a•‹o penal. ƒ que, nos termos da Constitui•‹o esta a•‹o se destina a
afastar restri•‹o ˆ liberdade de locomo•‹o por ilegalidade ou por abuso de poder. 5.
Recurso desprovido.
(RHC 103559, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014,
ACîRDÌO ELETRïNICO DJe-190 DIVULG 29-09-2014 PUBLIC 30-09-2014)
Tudo bem que a quest‹o pede que se responda Òconforme a Doutrina dominanteÓ
(que de fato entende que o peculato Òde usoÓ n‹o se enquadraria no conceito de
ÒdesvioÓ, j‡ que entende que o ÒdesvioÓ, neste caso, pressup›e o animus rem sibi
habendi), mas Ž ineg‡vel a relev‰ncia do entendimento do STF sobre a quest‹o,
inclusive por citar a Doutrina do prof. CŽzar Roberto Bitencourt.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E (mas CABERIA
RECURSO!
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b) corrup•‹o passiva, na forma tentada.
c) concuss‹o, na forma consumada.
d) concuss‹o, na forma tentada
e) prevarica•‹o.
COMENTçRIOS: O oficial de justi•a, aqui, praticou o delito de corrup•‹o
PASSIVA na forma CONSUMADA, pois aceitou a promessa de vantagem indevida
em raz‹o do cargo.
Vejamos:
Corrup•‹o passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas em raz‹o dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
10.763, de 12.11.2003)
O fato de a vantagem n‹o ter sido efetivamente recebida ou, sequer, ter tido seu
valor fixado (ficou pendente a eventual majora•‹o) Ž irrelevante para fins de
consuma•‹o do delito.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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D) ERRADA: Item errado, pois n‹o h‡ qualquer exig•ncia no CP neste sentido,
sendo as esferas (administrativa e penal) aut™nomas.
E) ERRADA: N‹o h‡ nada que pro’ba a continuidade delitiva em tais crimes, ou
seja, o peculato pode ser praticado na forma do art. 71 do CP (pr‡tica reiterada
de diversos crimes de peculato em circunst‰ncias de tempo, lugar, modo de
execu•‹o, etc.).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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apropriar-se de dinheiro da municipalidade, que recebeu em raz‹o do
cargo que ocupa.
IV. Cassio, funcion‡rio pœblico da Secretaria de Estado da Saœde de
Roraima, Ž condenado a cumprir pena de 03 anos de reclus‹o, ap—s
praticar o crime do artigo 343, do C—digo Penal, na medida em que
ofereceu dinheiro ao perito judicial nomeado em a•‹o de indeniza•‹o por
danos materiais e morais que move contra JosŽ, respons‡vel pelo
acidente de tr‰nsito que lhe causou les›es corporais grav’ssimas, para
que o expert elaborasse um laudo favor‡vel.
Estar‹o sujeitos ˆ perda do cargo pœblico como efeito da condena•‹o
criminal, nos termos preconizados pelo C—digo Penal, mediante
declara•‹o motivada do Juiz na senten•a:
a) Ben’cio e Cassio.
b) Joaquim e Ben’cio.
c) Xisto e Ben’cio.
d) Joaquim e Cassio.
e) Xisto, Joaquim e Ben’cio.
COMENTçRIOS: A condena•‹o por crime FUNCIONAL (que seja relativo ˆs
fun•›es exercidas) pode acarretar a perda da fun•‹o pœblica quando a pena
aplicada Ž igual ou superior a um ano, nos termos do art. 92, I, a do CP.
Assim, somente Xisto e Ben’cio estar‹o sujeitos ˆ perda do cargo pœblico como
efeito da condena•‹o, pois praticaram crimes FUNCIONAIS e receberam pena
superior a 01 ano.
Joaquim e C‡ssio receberam, tambŽm, penas superiores a 01 ano, mas n‹o
praticaram crimes que tivessem rela•‹o COM SUAS FUN‚ÍES PòBLICAS.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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COMENTçRIOS: O agente cometeu, aqui, o delito de prevarica•‹o, previsto no
art. 319 do CP, pois praticou ato funcional em contrariedade aos deveres do
cargo, para satisfazer sentimento pessoal (ajudar o primo).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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COMENTçRIOS: No delito de concuss‹o o agente EXIGE, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da fun•‹o ou antes de assumi-la, mas
em raz‹o dela, vantagem indevida, conforme prev• o art. 316 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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e) corrup•‹o passiva e corrup•‹o ativa.
COMENTçRIOS: A conduta de JosŽ, funcion‡rio pœblico, se amolda ao tipo penal
previsto no art. 317 do CP, ou seja, corrup•‹o passiva, j‡ que recebeu vantagem
indevida. N‹o incide, entretanto, a causa de aumento de pena prevista no ¤ 1¡,
pois JosŽ n‹o retardou a pr‡tica do ato. Pedro, por sua vez, cometeu crime de
corrup•‹o ativa, pois ofereceu vantagem indevida ao funcion‡rio pœblico JosŽ,
para que este retardasse a pr‡tica de ato de of’cio, nos termos do art. 333 do CP.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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ERRADA: Cuidado com a pegadinha! Se a medida que o funcion‡rio pœblico ia
praticar era ilegal, n‹o h‡ crime de corrup•‹o ativa, pois se exige que o ato que
o funcion‡rio pœblico iria praticar seja legal, nos termos do art. 333 do CP:
d) Pratica crime de resist•ncia quem se op›e, mediante viol•ncia, ao
cumprimento de mandado de pris‹o decorrente de senten•a condenat—ria
supostamente contr‡ria ˆ prova dos autos.
CORRETA: O fato de a senten•a judicial que embasa o mandado de pris‹o ser
considerada injusta n‹o desconfigura o crime, pois o modo correto para o agente
questionar a senten•a Ž a via recursal. Nesse caso, o ato praticado pelo
funcion‡rio pœblico (oficial de justi•a) Ž plenamente legal, pois se fundamenta em
decis‹o judicial v‡lida, que pode, no entanto, ser atacada pela via do recurso.
e) Para a caracteriza•‹o do crime de desacato n‹o Ž necess‡rio que o funcion‡rio
pœblico esteja no exerc’cio da fun•‹o ou, n‹o estando, que a ofensa se verifique
em fun•‹o dela.
ERRADA: ƒ necess‡rio que a ofensa seja proferida, em qualquer caso, em raz‹o
da fun•‹o pœblica, esteja ou n‹o o funcion‡rio pœblico no exerc’cio da fun•‹o no
momento do crime.
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Douglas, advogado da empresa particular GIGA e seu amigo intimo.
Neste caso, considerando que M‡rio e Douglas subtra’ram somente dois
computadores,
a) apenas M‡rio responder‡ pela pr‡tica de peculato tentado, uma vez
que Douglas n‹o era funcion‡rio pœblico n‹o se comunicando
circunst‰ncia pessoal.
b) apenas M‡rio responder‡ pela pr‡tica de peculato consumado, uma
vez que Douglas n‹o era funcion‡rio pœblico n‹o se comunicando
circunst‰ncia pessoal.
c) eles responder‹o pela pr‡tica de crime de peculato tentado em
concurso de pessoas.
d) eles responder‹o pela pr‡tica de crime de peculato consumado em
concurso de pessoas.
e) apenas M‡rio responder‡ pela pr‡tica de concuss‹o consumada, uma
vez que Douglas n‹o era funcion‡rio pœblico n‹o se comunicando
circunst‰ncia pessoal.
COMENTçRIOS: Como a quest‹o fala que ambos eram amigos ’ntimos, o
concurseiro deve ficar atento e entender que a Banca quis informar a voc•s que
o particular sabia que o amigo era funcion‡rio pœblico. Este fato (saber que o
amigo Ž funcion‡rio pœblico) Ž indispens‡vel para que a elementar Òfuncion‡rio
pœblico possa se comunicarÓ ao particular, nos termos do art. 30 do CP. Assim,
ambos responder‹o pelo crime de peculato consumado em concurso de pessoas,
nos termos dos arts. 312, ¤ 1¡ c/c arts. 29 e 30, todos do CP.
DESTE MODO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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para obter uma vantagem, mas apenas para fazer um favor a alguŽm, para
atender a um pedido, como no caso da quest‹o.
Muitos candidatos confundiram a conduta com o crime de prevarica•‹o, do art.
319 do CP. Contudo, n‹o se trata de prevarica•‹o, pois na prevarica•‹o o agente
pratica a conduta para satisfazer sentimento pessoal (—dio, vingan•a, etc.) Na
corrup•‹o passiva privilegiada temos o famoso Òjeitinho amigoÓ.
Assim, Cronos praticou o crime de corrup•‹o passiva.
DESTA FORMA, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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¤ 1¼ - Se o funcion‡rio exige tributo ou contribui•‹o social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobran•a meio vexat—rio ou gravoso, que a
lei n‹o autoriza: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclus‹o, de tr•s a oito anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.137,
de 27.12.1990)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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tenhamos este delito e n‹o furto ou apropria•‹o indŽbita (art. 155 e art. 168 do
CP, respectivamente).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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O funcion‡rio pœblico que, embora n‹o tendo a posse do dinheiro, valor
ou bem, o subtrai, em proveito pr—prio ou alheio, valendo-se de
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcion‡rio:
a) comete crime de prevarica•‹o.
b) n‹o comete crime contra a Administra•‹o Pœblica.
c) comete crime de peculato culposo.
d) comete crime de peculato doloso.
e) comete crime de excesso de exa•‹o.
COMENTçRIOS: O funcion‡rio, neste caso, pratica o delito de peculato doloso
(na modalidade de peculato-furto), previsto no art. 312, ¤1¼ do CP:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em
proveito pr—prio ou alheio:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
¤ 1¼ - Aplica-se a mesma pena, se o funcion‡rio pœblico, embora n‹o tendo a posse
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtra’do, em proveito
pr—prio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcion‡rio.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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129.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)
Tecius, funcion‡rio pœblico municipal, apropriou-se de remŽdios doados
por um laborat—rio farmac•utico ao Posto de Saœde do qual era mŽdico
chefe, e os levou ao seu consult—rio particular, vendendo-os a seus
clientes. Tecius, alŽm de outras infra•›es legais,
a) responder‡ por crime de peculato, porque tinha a posse dos
medicamentos em raz‹o do seu cargo.
b) n‹o responder‡ por crime de peculato, porque o objeto desse delito
s— pode ser dinheiro.
c) s— responder‡ por crime de peculato se a doa•‹o dos remŽdios tiver
sido regularmente formalizada e aceita pela Administra•‹o Pœblica
Municipal.
d) n‹o responder‡ por crime de peculato porque os remŽdios foram
recebidos em doa•‹o e n‹o foram adquiridos pela Administra•‹o Pœblica
Municipal.
e) responder‡ apenas pelo crime de prevarica•‹o, por ter praticado
indevidamente ato de of’cio.
COMENTçRIOS: O agente, aqui, praticou o delito de peculato, previsto no art.
312 do CP:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcion‡rio pœblico de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
m—vel, pœblico ou particular, de que tem a posse em raz‹o do cargo, ou desvi‡-lo, em
proveito pr—prio ou alheio:
Pena - reclus‹o, de dois a doze anos, e multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato n‹o constitui crime
mais grave.
¤ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de
2000)
I - permite ou facilita, mediante atribui•‹o, fornecimento e emprŽstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas n‹o autorizadas a sistemas de informa•›es
ou banco de dados da Administra•‹o Pœblica; (Inclu’do pela Lei n¼ 9.983, de 2000)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
9! GABARITO
1.! ALTERNATIVA A
2.! ALTERNATIVA A
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA D
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DIREITO PENAL P/ CåMARA DE SALVADOR-BA (2018) Ð ANALISTA
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