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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
IT390 – LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

SEDIMENTAÇÃO: O ENSAIO DE PROVETA

Azevedo, A. H.¹, Dantas, L. O.¹, Fagundes, L. L.¹, Mendes, M. F.²


1 Discente DEQ
2 Docente DEQ

RESUMO – O objetivo do trabalho foi estabelecer os parâmetros de


projeto para três sedimentadores contínuos, a partir de dados
experimentais provenientes dos testes de proveta, de maneira que
cada um deles operassem com uma concentração de lama pré-
definida. Dessa forma, obteve-se uma curva de sedimentação
experimental de onde foram obtidos os dados para alimentar as
equações de projeto pelo método de Biscaia. Para cada uma das
suspensões, calculou-se as dimensões do projeto afim de definir o
sedimentador para cada especificação, sendo os resultados:
Sedimentador 1.80: HT1.80= 75,96 cm Área 1.80= 17,43 m²;
Sedimentador 1.100: HT1.100= 77,23 cm Área 1.100= 19,71 m²;
Sedimentador 1.120: HT1.120= 79,70 cm Área 1.120= 25,58 m²;
Sedimentador 2.80: HT2.80= 80,79 cm Área 2.80= 22,03 m²;
Sedimentador 2.100: HT2.100= 90,22 cm Área 2.100= 27,80 m²;
Sedimentador 2.120: HT2.120= 90,86 cm Área 2.120= 31,47 m²;
Sedimentador 3.80: HT3.80= 84,71 cm Área 3.80= 24,73 m²;
Sedimentador 3.100: HT3.100= 94,65 cm Área 3.100= 32,64 m²;
Sedimentador 3.120: HT3.120= 98,09 cm Área 3.120= 38,81 m².

Palavras-Chave: Separação sólido-líquido, método de Biscaia;


sedimentador.

1 INTRODUÇÃO
A sedimentação é definida como uma operação unitária, que tem por
objetivo a separação de sólidos e líquidos por efeito gravitacional. Por meio deste
procedimento, é possível obter a separação de fases para líquido clarificado e
uma fase mais densa, que se forma como uma espécie de lama com alto teor de
sólidos no fundo do equipamento devido sua maior densidade das partículas,
(PERRY & CHILTON, 1980).
Na indústria química, os processos de separação por meio da
sedimentação, podem ser realizados de maneira continua ou descontinua em
equipamentos que variam de nomenclatura de acordo com seu objetivo final,
podendo ser considerado um decantador, caso objetivo seja a lama concentrada
ou mesmo clarificadores para obtenção de líquido límpido.
A sedimentação pode ainda ser dividida entre livre (natural) ou forçada,
quando se utiliza agentes floculantes (substância com propriedade de
aglomeração de particulados).
Do ponto de vista científico, a problemática envolvendo a sedimentação
continua ainda engloba dificuldades além da resolução das equações
diferenciais não lineares que são provenientes das equações de conservação e
equações constitutivas, pois observa-se que, na operação de protótipos
contínuos, uma aparente indicação de estágio de equilíbrio e regime
estacionário, sendo que em algumas situações, o equilíbrio altera-se sem causa
aparente, podendo a região de compactação atingir rapidamente o extravasante.
Por conseguinte, o método mais utilizado para projeto de sedimentadores é o
teste de proveta (MASSARANI, 2001). O mecanismo de sedimentação em
proveta segue ilustrado na Figura 1.

Figura 1: Mecanismo de sedimentação em proveta.


Fonte: Foust et al., 1982.

Através do método de Biscaia (1982) pode-se gerar a curva de


sedimentação pela combinação de uma reta com uma exponencial e, portanto,
a obtenção das Equações 1 e 2 (ALMEIDA et al., 2011). Com isso é possível
determinar o cálculo da área do sedimentador.

Ca . 𝑧0
𝑧𝑚𝑖𝑛 = (1)
𝐶𝑙
𝑄.𝑡𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑐𝑎𝑙𝑐 = (2)
𝑧0

Sendo:
zmin - Altura mínima de suspensão (cm);
Ca - Concentração de alimentação (g/cm3);
zo - Altura inicial de suspensão (cm);
Cl - Concentração de lama (g/cm3);
Q - Vazão de alimentação (cm3/min);
Acalc - Área calculada do sedimentador (cm2);
tmin - Tempo mínimo (min);

Após a determinação do zmin, temos a por meio do gráfico z versus t, o


ponto de tmin como ilustrado na Figura 2.

Figura 2: Curva de sedimentação, explicitando tempo e alturas mínimos.

Fonte: ALMEIDA et al., 2011.

Os sedimentadores operam sob efeitos de alterações nos valores de


variáveis difíceis de serem controladas, afetando a separação sólido-líquido. E,
afim, de ajustar a operação à essas variações, usa-se dois fatores de correção
empíricos 𝑓1 e 𝑓2; em que 𝑓1 leva em consideração possíveis variações de
temperatura, concentração de sólidos, distribuição de tamanhos e pH da
corrente de alimentação, enquanto 𝑓2 representa a turbulência causada pela
corrente de alimentação, e que está associada à indesejável ressuspensão de
sólidos (PEÇANHA, 2014). Então, a área projetada do sedimentador, corrigida é
descrita por:
𝐴𝑝𝑟𝑜𝑗 = 𝐴𝑐𝑎𝑙𝑐 . 𝑓1 . 𝑓2 (3)
Sendo:
1,1 ≤ 𝑓1 ≤ 1,25 ∴ 𝑓1 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 1,175
𝑓2 = 1,2 → 𝐷𝑐𝑎𝑙𝑐 ≥ 30 𝑚
𝑓2 = 1,5 → 𝐷𝑐𝑎𝑙𝑐 < 5 𝑚
1,2 < 𝑓2 < 1,5 ∴ 𝑓2 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 1,35 → 5 < 𝐷𝑐𝑎𝑙𝑐 < 30 𝑚
𝐷𝑐𝑎𝑙𝑐 : o diâmetro do sedimentador, determinado por:
4.𝐴𝑐𝑎𝑙𝑐
𝐷𝑐𝑎𝑙𝑐 = √ (4)
𝜋

Para a determinação da altura do sedimentador, observam-se três zonas


distintas, a região de líquido clarificado, a região de espessamento e o fundo do
sedimentador, representadas por 𝐻1, 𝐻c e 𝐻2, respectivamente (PEÇANHA,
2014). Então, para determinar a altura do sedimentador, em função dessas
regiões, utiliza-se as seguintes relações:
𝐻 = 𝐻1 + 𝐻𝑐 + 𝐻2 (5)
𝐻1 = 0,45 𝑚 (6)
4 𝐶𝑎 𝑄 𝜌 −𝜌
𝐻𝐶 = ( 𝜌 ) . (𝑡𝑅 − 𝑡𝑐 ). (𝐴 ) . (𝜌𝑠−𝜌 ) (7)
3 𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐 𝑙

𝐻2 = 0,073. 𝐷𝑐𝑎𝑙𝑐 (8)


𝐶𝑙
𝜌𝑙 = 𝐶𝑙 + (1 − ) (9)
𝜌𝑠

Onde:
HT - Altura total do sedimentador;
H1 - Altura do líquido dispositivo de alimentação;
HC - Altura da zona de sedimentação;
H2 - Altura do dispositivo de fundo;
tR – Tempo necessário para atingir a concentração de lama;
tc - Tempo crítico;
(tR – tc) – tempo de retenção na zona de sedimentação;
ρs - Densidade do sólido;
ρl - Densidade da lama;
ρ - Densidade do líquido;

A representação física das alturas está ilustrada na Figura 3.

Figura 3: Esquema de um sedimentador contínuo

Fonte: ALMEIDA et al., 2011.

2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Materiais
- Água destilada;
- Carbonato de cálcio (CaCO3);
- 3 provetas de 1000mL;
- 3 cronômetros;
- Espátula;
- Balança analítica;
- Bastão de vidro;
- Trena;
- 3 béqueres;

2.2 Procedimento Experimental

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados experimentais obtidos no ensaio de proveta da suspensão de
carbonato de cálcio, em três distintas concentrações, estão apresentados na
Tabela 1.
Tabela 1: Dados experimentais de altura e tempo.
20 g/L 30 g/L 40 g/L
z(cm) t (min) z (cm) t (min) z (cm) t (min)
31,00 0,00 33,6 0,00 29,70 0,00
29,50 1,00 31,85 1,40 29,10 0,67
28,00 2,40 30,1 3,12 28,20 2,00
26,50 3,37 28,35 4,95 27,60 2,83
24,10 5,19 26,6 8,67 26,70 4,23
22,90 6,16 24,85 10,48 25,80 5,60
22,00 6,61 22,77 12,45 25,20 6,55
20,50 7,74 21,02 13,32 24,60 7,52
19,00 8,81 19,27 16,47 23,70 8,92
17,50 9,95 17,49 18,57 23,20 9,90
16,00 11,19 16,09 20,72 22,60 10,83
14,50 12,39 14,34 23,02 22,00 11,92
13,00 13,56 13,64 24,17 20,80 13,85
11,50 14,89 12,59 25,75 19,30 16,48
10,00 16,29 10,84 29,43 17,80 19,13
9,10 16,85 10,14 31,93 17,20 20,30
7,30 18,70 9,79 33,67 16,30 22,02
6,40 20,24 9,44 35,30 14,80 25,15
6,10 21,44 9,09 36,97 13,40 28,92
5,95 22,14 8,74 39,15 12,50 31,62
5,80 22,76 8,39 41,45 11,60 35,00
5,50 24,40 8,07 43,88 10,70 39,45
5,20 26,56 7,72 46,83 9,80 44,93
5,05 27,86 7,37 49,70 8,90 51,97
4,90 28,56 7,02 53,07 8,30 57,35
4,75 30,20 6,67 56,52 7,70 63,58
4,60 30,95 6,32 60,30 7,10 70,18
4,45 32,99 5,97 64,52 6,50 77,77
4,30 35,40 5,62 68,83 5,90 86,48
4,15 41,91 5,27 76,20 5,60 91,53
4,00 58,69 4,92 84,90 5,30 100,67
Fonte: Autor.
A partir dos dados obtidos experimentalmente, descreveu-se a curva de
sedimentação para cada concentração de CaCO3, nas Figuras 4, 5 e 6, anexo.
Utilizou-se a Equação 1, para a determinação, do zmin. Fixando o ponto de
zmin no gráfico da curva do sedimentador, é possível realizar a leitura do tmin, para
três concentrações de lamas distintas. Sabendo-se que a vazão de alimentação
a ser considerada é de 10 m³/h, a partir das Equações 2, 3 e 4, e considerando
a relação de fatores de correção, criou-se a Tabela 2, com os dados obtidos
através da análise gráfica obtida pela Figura 4, e os valores de áreas e diâmetros
calculados, para a concentração de alimentação de 20 g/L.

Tabela 2: Dados para concentração de alimentação 20 g/L.


Cl (g/L) zmin (cm) tmin(min) tmin (s) Acal (m²) Dcalc (m) f1 f2 Aproj (m²)
80 7,75 18,4 1104 9,892 3,549 1,175 1,5 17,436
100 6,2 20,8 1248 11,183 3,77 1,175 1,5 19,709
120 5,166 27 1620 14,516 4,299 1,175 1,5 25,584
Fonte: Autor.

Obtendo-se as análises gráficas das Figuras 5 e 6 juntamente com os


cálculos de áreas e diâmetros, criou-se as Tabelas 3 e 4, para as concentrações
30 g/L e 40 g/L, respectivamente.

Tabela 3: Dados para concentração de alimentação 30 g/L.


Cl (g/L) zmin (cm) tmin(min) tmin (s) Acal (m²) Dcalc (m) f1 f2 Aproj (m²)
80 12,6 25,2 1512 12,500 3,989 1,175 1,5 22,031
100 10,08 31,8 1908 15,774 4,481 1,175 1,5 27,801
120 8,4 40 2400 19,841 5,026 1,175 1,35 31,473
Fonte: Autor.

Tabela 4: Dados para concentração de alimentação 40 g/L.


Cl (g/L) zmin (cm) tmin(min) tmin (s) Acal (m²) Dcalc (m) f1 f2 Aproj (m²)
80 14,85 25 1500 14,029 4,226 1,175 1,5 24,726
100 11,88 33 1980 18,519 4,85 1,175 1,5 32,639
120 9,899 43,6 2616 24,467 5,58 1,175 1,35 38,810
Fonte: Autor.

Por se tratar de um método gráfico traçou-se, na Figura 5, as retas


tangentes para as três concentrações de lama, e as retas assíntotas a curva,
para a determinação da bissetriz e, para a concentração de alimentação de 20
g/L, obteve-se um tempo crítico (tc) igual a 21,8 min. Calculou-se as alturas das
interfaces, pelas Equações 6, 7 e 8, e a densidade, através da Equação 9,
obtendo-se a altura de projeto (H), Equação 5, dos sedimentadores. Os valores
obtidos estão apresentados na Tabela 5.

Tabela 5: Dados de densidade, tempos e alturas – 20 g/L.


Cl (g/L) tR (min) tR-tc (min) ρl (g/cm²) H1 (m) Hc (m) H2 (m) H (cm)
80 31,6 9,8 1,0504 0,45 0,050 0,259 75,960
100 33,6 11,8 1,0630 0,45 0,046 0,275 77,229
120 34,8 13 1,0757 0,45 0,033 0,313 79,696
Fonte: Autor.

A análise da bissetriz da Figura 5, para a concentração de alimentação de


30 g/L, demonstrou um tempo crítico (tc) igual a 33,6 min. Pelas Equações 5, 6,
7, 8 e 9, obteve-se as alturas de projeto, apresentadas na Tabela 6.

Tabela 6: Dados de densidade, tempos e alturas – 30 g/L.


Cl (g/L) tR (min) tR-tc (min) ρl (g/cm²) H1 (m) Hc (m) H2 (m) H (cm)
80 43,6 10 1,0504 0,45 0,066 0,291 80,788
100 63,2 29,6 1,0630 0,45 0,125 0,327 90,221
120 66,4 32,8 1,0757 0,45 0,091 0,366 90,864
Fonte: Autor.

O valor para tc, obtido pela Figura 6, é igual a 39,2 min, para Ca = 40 g/L.
Assim, escreveu-se a Tabela 7, demonstrando os valores obtidos para as alturas
de projeto dos sedimentadores.

Tabela 7: Dados de densidade, tempos e alturas – 40 g/L.


Cl (g/L) tR (min) tR-tc (min) ρl (g/cm²) H1 (m) Hc (m) H2 (m) H (cm)
80 50,4 11,2 1,0504 0,45 0,088 0,308 84,710
100 68,8 29,6 1,0630 0,45 0,142 0,354 94,654
120 80 40,8 1,0757 0,45 0,123 0,407 98,086
Fonte: Autor.

4 CONCLUSÃO

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, A. de, SCHEID, C. M., COSTA, D. A., COELHO, G. L. V., MACHADO
JÚNIOR, H. F., TORRES, L. de G., MENDES, M. F., MANCINI, M. C.,
OLIVEIRA, P. J. de, CASQUEIRA, R. de G. Laboratórios Didáticos do
Departamento de Engenharia Química: da Teoria à Prática. Seropédica:
Edur, 2011.
PEÇANHA, R. Sistemas Particulados: Operações unitárias envolvendo
partículas e fluidos. Elsevier, 2014.
FAUST, A. S. Princípios das Operações Unitárias. 1982. Rio de Janeiro: LTC.
PERRY, R. H., GREEN, D. W., MALONEY, J. O. Perry 's Chemical Engineer's
Handbook. 7th ed, Mc Graw-Hill, 1997.
Massarani
MASSARANI, G. Fluidodinâmica em sistemas particulados. Editora E-Papers, 2002.
FRANÇA, S.C.A. & MASSARANI, G. Tratamento de Minérios, Separação Sólido-Líquido.
Capítulo 14; 4ª Ed. Revisada e ampliada; CETEM – Centro de Tecnologia Mineral. Ministério
da Ciência e Tecnologia. Rio de Janeiro, 2004.

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