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Introdução às ciências sociais – T/P

2018/19
3ª etapa: a problemática

A problemática :
• Referência ao Quadro Teórico
• Explicitar os conceitos fundamentais e a estrutura conceptual em
que assentam as hipóteses de trabalho que elaboramos em
resposta à pergunta de partida.
• A problemática do estudo a ser feito deve ser explicitada,
claramente apresentada, porque constitui os alicerces da
investigação.
• Fornece o plano teórico sobre o qual vai assentar a construção do
modelo de análise.
4ª etapa: a construção do modelo de análise

• O modelo de análise é o prolongamento natural da problemática.


• É composto por conceitos e hipóteses estreitamente articulados entre si
para, em conjunto, formarem um quadro de análise coerente.

• A conceptualização - ou construção dos conceitos - é mais do que
uma simples convenção terminológica;
• é uma construção abstracta que visa dar conta do real.
4.1. O Conceito de Hipótese
 Segundo Punch (1998, citado por Coutinho, 2013), uma Hipótese é uma previsão de
resposta para o problema de investigação

 É uma proposição que pode ser colocada à prova para se determinar a sua validade (Goode
& hatt, 1969)

 Procura sugerir explicações para os factos

 Conduz à verificação empírica, podendo revelar-se verdadeira ou falsa


Tipos de Hipóteses
a. HIPÓTESES CASUÍSTICAS

 Referem-se a algo que ocorre em determinado caso;

 Afirmam que um objeto, uma pessoa ou um facto específico tem


determinada característica;

Ex : D. Sebastião morreu em Alcácer-Quibir / Luís de Camões viveu em Constância

 Este tipo de hipóteses é muito frequente em pesquisa histórica, onde os


factos são tidos por únicos e irrepetíveis.
Tipos de Hipóteses
b. HIPÓTESES QUE SE REFEREM À FREQUÊNCIA DOS ACONTECIMENTOS

 Antecipam que determinada característica ocorre, com maior ou menor

intensidade, num grupo, sociedade ou cultura

 São mais comuns em investigações descritivas, sobretudo no âmbito da sociologia

ou da antropologia

Ex: os adolescentes entre os 15 e os 17 anos utilizam 1/3 dos seus tempos livres com

as redes sociais
Tipos de Hipóteses
c. HIPÓTESES QUE ESTABELECEM RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS

 Há autores que consideram que só a partir deste nível é que que podemos, em

rigor, falar de hipóteses

Kerlinger (1980) define hipótese como “um enunciado de relações entre duas ou

mais variáveis”

Nota: Variável é qualquer coisa que pode ser classificada em duas ou mais categorias

Ex: sexo, idade, classe social, estado civil, agressividade, etc …


Fontes para a Construção das Hipóteses

 Observação

 Investigações já realizadas

 Teoria

 Intuição
Características das Hipóteses
1 - Conceptualmente claras (com definições operacionais)

2 – Específicas (não demasiado amplas)

3 – Ter referências empíricas (evitar julgamentos de valor, palavras como bom, mau, deve,
deveria,…)

4 – Ser parcimoniosa – uma hipótese simples é sempre preferível a uma mais complexa, desde
que tenha o mesmo poder explicativo

5 – Estar relacionada com as técnicas disponíveis

6 – Estar relacionada com uma teoria (nem sempre considerado)


5ª etapa: observação

• Compreende o conjunto das operações através das quais o modelo de


análise é confrontado com dados observáveis.
• Ao longo desta etapa são, assim, reunidas numerosas informações.
Estas serão sistematicamente analisadas na etapa posterior.
• A observação compõe-se de três operações:
• conceber o instrumento capaz de fornecer as informações adequadas e
necessárias para testar as hipóteses, por exemplo, um questionário de
inquérito, um guia de entrevista, ou uma grelha de observação directa; etc
• testar o instrumento de observação antes de o utilizar sistematicamente, de
modo a assegurar-se de que o seu grau de adequação e de precisão é suficiente;
• aplicá-lo sistematicamente e proceder, assim, à recolha dos dados pertinentes.
Instrumentos de recolha de dados

Quantitativa Qualitativa
Representatividade social
Representatividade estatística
• Inquéritos por questionários • Entrevistas (estruturada, semi-
estruturada e não estruturada)

• Inquéritos repetitivos: • Focus Group (Técnica desenvolvida


por psicólogos mas fortemente
barómetros e painéis utilizada por sociólogos)

• Observação (participante ou não


participante)

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As diferenças entre a abordagem qualitativa e
quantitativa

•- Quanto ao tipo de problema . Objetivo


•- Quanto aos métodos de amostragem
•- Quanto aos métodos e estilos de recolha
de informações
•- Quanto às técnicas de análise
Regras e recomendações de como
construir um inquérito por
questionário
Objetivos

• Estimar certas grandezas “absolutas”


• Elaborar estimativas das grandezas “relativas”
• Descrever uma população ou sub-população:
• Verificar hipóteses sob a forma de relações
entre duas ou mais variáveis

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3 condições fundamentais nos inquéritos por
questionário

•Fidelidade:

•Validade:

•Representatividade:
Tipos de inquéritos
• Inquérito por questionário
• Cuidados na sua elaboração
• Compreender os conceitos:
• Atitudes vs Comportamentos
• Visa a representatividade estatística
• Inquérito por entrevista
• Cuidados a ter na elaboração do guião
• Visa a representatividade social
Métodos de administração
vantagens e inconvenientes
• Entrevista pessoal
• Administração directa
• Administração indirecta
• Entrevista telefónica
• Por correio
• Via internet

• Nota: depende do objetivo do estudo, do tempo e


custo disponíveis
• APRESENTAÇÃO DO INQUÉRITO:

• No início: pequena introdução: Objetivo e


referência da confidencialidade e do anonimato e
agradecimentos
• Dados pessoais (estatísticos): preferencial colocar
no fim do questionário mas podemos encontra-
los no inicio (condições preferências)
• Numerar os inquéritos
• Numerar as questões e codificar as respostas
• Não muito extenso
• Tipos de perguntas

• 1. Quanto ao conteúdo:
• Factos (Dados concretos)/ ex: dados pessoais
• Opiniões, atitudes e preferências….

• 2. Quanto à forma:
• Abertas – criar posteriormente categorias – análise de conteúdo
• Fechadas
• Escolha múltipla: abertas e fechadas
• Escalas de atitudes e de opiniões: Escala de ordenação; de
intensidade; de Likert; Escala de Cantrill; o diferenciador
semântico
• Perguntas filtros

Escalas de atitudes e de opinião
• São instrumentos cuja finalidade é:
• Medir o grau de intensidade das atitudes e das opiniões
de um sujeito a respeito de um determinado fenómeno.
• Conceitos:
• Atitude – sentimento / disposição psicológica / pré-
disposição para a acção
• Predomina o componente afectivo - avaliativo
• Opinião – julgamento ou crença em relação a
determinada pessoa, facto ou objecto
• Predomina o componente cognitivo
• Escala de ordenação:
• Ordenar algo face a uma característica:
• Ordenar uma lista de profissões de acordo com o prestígio
social: 1 (mais prestigiada) e assim sucessivamente
• Escala de intensidade ou de apreciação:
• Consiste em organizar as atitudes e as opiniões sob um conjunto
ordenado de respostas
• Cinco graus de resposta:
• Totalmente de acordo
• De acordo
• Nem de acordo nem desacordo
• Desacordo
• Totalmente desacordo
• Escala de Cantrill
• De 0 a 10 (do pior ao excelente)

• Diferenciador semântico:
• Medir um significado segundo 3 dimensões com
base numa escala de 7 ou 10 pontos e recorrendo a
adjetivos, agrupados em pares opostos:
• Avaliação:
• Boa - - - - - - - Má
• Poder:
• Forte - - - - - - -Fraca
• Atividade:
• Ativa - - - - - - - Passiva
PRÉ-TESTE
• Obrigatório
• Finalidade: verificar se as questões estão bem formuladas,
compreendidas.
• Aplicação a uma amostra reduzida (pelo menos 30 pessoas)
• Avaliação do pré-teste:
• Formulação das questões
• Ordem das questões
• Respostas
• A linguagem
• As recusas etc…
As formas de enviesamento

•SELETIVIDADE
•CONTAMINAÇÃO
•FEEDBACK
•RUÍDO (TIPOS)
Instrumentos de caracter qualitativo
Opção pelas metodologias qualitativas
• A pesquisa qualitativa é muito maleável, o objeto
evolui, a amostra pode ser alterada ao longo do
percurso.
• Grande diversidade de posturas teóricas de
suporte e de métodos e técnicas que delas
decorrem.
Funções das entrevistas (Bertaux, 1997)

• 1. Exploratória

• 2. Analítica

• 3. Expressiva/Comunicacional
Os Princípios da diversificação e da saturação

•Visando a representatividade social e não a


representatividade estatística (metodologia
quantitativa):
•Tais princípios assumem formas diferentes
de acordo com a postura da pesquisa:
• Exploratória
•Analítica
•comunicacional
O princípio da diversidade
• Relaciona-se com a garantia de que a utilização das
entrevistas se faz tendo em conta a heterogeneidade
dos sujeitos ou fenómenos que estamos a estudar;
• A diversidade pode ser:
• Interna:
• Face a um determinado grupo/situação
homogénea em que explora a diversidade interno
do grupo
• ou externa:
• Identificando a diversidade de actores/situações
no contexto societal
O princípio da saturação
• Cumpre 2 funções:
• operacional:
• Indica em que momento o investigador deve
parar a recolha de dados, evitando desperdício de
tempo, dinheiro e provas inúteis
• Metodológico:
• Pretende generalizar os resultados ao universo do
trabalho a que o grupo analisado pertence
(generalização empírico-analítico)
Em síntese: as decisões sobre o número de entrevistas numa
pesquisa qualitativa dependem:

• Do estádio de conhecimento do objecto;


• Do estatuto da pesquisa (exploratória, analítica ou
comunicacional)
• Do tipo de definição do universo em análise
• Dos recursos disponíveis para o investigador/responsável do
estudo

Visa a representatividade social e a diversidade dos fenómenos


Recurso à Técnica: Focus group
 tem por finalidade procurar o sentido e a compreensão dos
fenómenos sociais, onde o investigador utiliza uma estratégia
indutiva de investigação, sendo o resultado amplamente
descritivo.
 No campo do Marketing:
 Explorar os hábitos de compra dos clientes.
 Compreender melhor o consumidor específico da categoria.
 Saber mais sobre as atitudes dos consumidores.
 Examinar a imagem da marca.
 Distinguir os laços emocionais do consumidor com um produto.
 Desenvolver uma campanha de publicidade eficaz.
 Etc.
Descrição:

• O uso de focus groups ou grupos de discussão é


• um método de investigação social que assume a forma de uma discussão estruturada
• envolve a partilha progressiva e a clarificação dos pontos de vista e ideias dos diversos
participantes.
• Usado inicialmente em estudos de mercado, é agora extensamente aplicado a uma
variedade de contextos de aplicação e de investigação académica.
• A técnica tem particular interesse na análise de temas ou domínios que levantam
opiniões divergentes ou que envolvem questões complexas que precisam de ser
exploradas em maior detalhe.
• um grupo relativamente homogéneo de cerca de 6 a 8 pessoas que se reúnem por um
período de cerca de uma hora e meia a duas horas.
• A interação do grupo é moderada por um avaliador ou investigador que estabelece os
tópicos ou perguntas para discussão
Quando aplicar?

• A técnica dos focus groups é uma fonte primária de informação


qualitativa, combinada habitualmente com outros métodos e
incorporada numa abordagem de estudo de caso.
• A técnica dos focus groups adapta-se bem aos casos em que os
tópicos em avaliação e as questões a serem abordadas dão
origem a opiniões divergentes, mas em que a discussão pode
conduzir a um ponto de vista mais profundo e mais ponderado.
Focus Group
Pontos fortes Limitações
 a) baixos custos;  Estar sempre sujeita à
 b) rapidez na recolha de dados interferência do
(Num curto período de tempo (de
uma hora e meia a duas horas), é moderador/investigador e as
possível recolher uma grande dispersões próprias de grupos
quantidade de informação heterogéneos.
qualitativa.
 C) oferece informação detalhada  Exige a gravação de imagem e
sobre os valores e opiniões dos som para análise posterior e
participantes seleccionados
 d) flexibilidade do formato; e) e, não permite a extrapolação das
possibilidade de conciliação com conclusões para o universo;
outras modalidades de investigação.
• Os estudos qualitativos são diferentes dos quantitativos nos seguintes aspectos:
• 1. Dimensão da amostra (menor e representatividade social)
• 2. Maior profundidade na abordagem dos temas
• 3. Maior tempo de reflexão nos temas/envolvimento dos indivíduos
• 4. Acesso a conteúdos latentes e ao tipo de linguagem do target sobre o produto
• 5. Grande know-how e envolvimento do entrevistador/moderador
• 6. Dinâmica criada entre entrevistador/moderador e o entrevistado
• 7. Possibilidade de reformulação de questões
• 8. Possibilidade de esclarecimento de respostas ambíguas por parte do entrevistado
• 9. Flexibilidade na recolha da informação
• 10. Possibilidade de alteração dos guiões no decorrer do estudo (reestruturação ou adaptação)

• Nota: Um Estudo Qualitativo pode visar a identificação, avaliação ou compreensão de


qualquer fenómeno, mas não medi-lo.
6ª etapa: Análise das informações

• Preparação dos dados, estabelecimento de relações, comparação de


resultados.

• A análise das informações é a etapa que trata a informação obtida através da
observação, para a apresentar de forma a poder comparar os resultados
observados com os esperados a partir da hipótese.
• Esta etapa deve comportar três operações:
• preparação e descrição dos dados. Apresentar os dados (agregados ou não) na forma
exigida pelas variáveis implicados nas hipóteses; bem como apresentá-los de forma a
que as características destas variáveis sejam claramente evidenciadas pela descrição.
• estabelecimento e medição das relações entre as variáveis, em conformidade com a
forma como essas relações foram previstas pelas hipóteses.
• comparação das relações observadas com as relações teoricamente esperadas a
partir da hipótese; medindo, se possível, as diferenças entre as duas. (Diferenças
nulas ou muito fracas, significam hipóteses confirmadas; grandes diferenças entre as
hipóteses e as variáveis obrigam a uma análise da origem para tais discrepâncias e ela
servirá para retirar as conclusões apropriadas).
7ª Conclusões
• A conclusão de um trabalho é uma das partes que os leitores
costumam ler em primeiro lugar.

• A partir desse rápido diagnóstico, poderá o leitor decidir-se ler o


relatório todo ou, eventualmente, apenas algumas das suas partes.

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