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APRIMORAMENTO EM FISIOTERAPIA
ARRITMIAS CARDÍACAS
SÃO PAULO
Junho/2004
Sumário
I –Arritmia
1.3 Classificação 02
1.4 Fisioterapia 11
II – Conclusão 17
anormal.
nervos para receber estímulos, suas células entram em potencial de ação por si só, através
do Nodo Sinusal (controla a sístole). As Fibras Internodais levam o potencial de ação até o
Nodo Atrioventricular (A-V), passando esse estímulo de forma mais lenta para
forma mais rápida, até as Fibras de Purkinje, que serão responsáveis pela Sístole
Ventricular.
exacerbação da automaticidade.
- Atividade deflagrada:
Pós-despolarização precoce – Despolarização secundária que ocorrem antes da conclusão
químicos/fármacos.
uma repolarização plena. Podem atingir um limiar e causar uma despolarização prematura
iniciadas por um complexo prematuro, ou seja, são auto-sustentadas, mas não são auto
sentido, e uma “barreira” anatômica ou funcional que forme um circuito, sendo que o
comprimento da via do circuito de reentrada tem que ser maior do que o comprimento de
Para que ocorra a reentrada, a condução precisa ser lenta e/ou refratariedade muito
curta.
1.3 - Classificação:
São mais acentuadas nas crianças e adultos jovens, do que nos idosos.
» Extra Sístoles Atriais: Surgem nos átrios, fora do Nódulo Sinusal. Ocorre tanto em
coração normal como em enfermos, sendo que nos cardiopatas prenunciam as arritmias
As Extra Sístoles precoces podem ser de difícil visualização, um vez que a onda P
fica superposta a onda T, além disso podem bloquear o Nódulo A-V, produzindo pausas,
cafeína, tabaco, para reduzir a freqüência cardíaca. Nos cardiopatas utilizam-se digitálicos
freqüência é rápida e regular de 150 à 230/min, as ondas QRS tem duração inferior a 100 e
onda P anormal.
A freqüência cardíaca é cerca de 185/min. Costuma-se ser mais rápida nos lactentes
e crianças (Síndrome Wolff Parkinson White), onde tende a ser menos quando existe
terminar abruptamente.
Conduta: Manobras Vagais (Valsalva ou massagem do seio carotídeo), Aldenosina
ou Verapamil, são eficazes em 90% dos casos. Quando ocorre Hipotensão ou Insuficiência
Cardíaca, deve ser utilizado cardioversão com corrente contínua, para prevenir episódios
(antiarrítmicos).
à 350 bpm, uma resposta ventricular baixa de 125 à 175, onda QRS estreita, relação de
condução A-V de 2:1. A linha de base do ECG tem um aspecto serrilhado característico,
broncogenico). O flutter tende a ser instável e reverter para o ritmo sinusal ou é convertido
em fibrilação atrial.
freqüência de 350 à 600/min, ritmo ventricular irregular e rápido (150 à 200/min). Ondas de
1- arritmia juncional A-V causada por intoxicação digitálica, uma vez que lentifica a
A fibrilação pode ocorrer como uma arritmia isolada em pacientes sem cardiopatia
com Digoxina IV, Varapamil ou Beta Bloqueadores são complementos, mas podem agravar
sinusal.
bloqueio Sinoatrial de primeiro grau, ocorre um atraso na condução do nódulo até o átrio,
não sendo detectado no eletrocardiograma, mas pode ser identificados por exames
corresponde quase que o dobro do intervalo PP usual. O bloqueio de terceiro grau causa
parada atrial.
complexo QRS costuma estar normal ou discretamente aberrante. Essa arritmia costuma
traumatismo cirúrgico.
Conduta: O tratamento deve ter como alvo principal a afecção subjacente como
miocardite ou intoxicação.
Segundo grau: Nodo AV (I) = ocorre um intervalo de onda PR, aumentando a cada
ciclo, até que uma onda P não é conduzida aos ventrículos. O intervalo RR tem duração
Purkinje (II) = súbita ausência de condução de uma onda P para os ventrículos, sem
Terceiro grau = Ritmo sinusal ou algum outro ritmo atrial controla os átrios,
Manifestações clínicas: Primeiro grau = não causa sintomas, mas pode fazer com
que a primeira bulha fique afastada, já que as válvulas AV quase se fecham antes da
contração ventricular.
Segundo grau = não tem sintomas, a menos que a freqüência ventricular fique muito
lenta.
ST e a onda T tem direção oposta do complexo QRS, não existe onda P prematura
precedendo o complexo QRS. A medida que o impulso deixa seu local ectópico de origem,
T.
Procainamida são usadas para tratar Extra Sístoles que ocorrem imediatamente após IAM
ou cirurgia cardíaca.
» Taquicardia Ventricular (TV): Ocorre três ou mais Extra Sístole sucessivas com
freqüência superior ou igual a 100/min. Pode não ser persistente e durar 15 à 30 segundos.
cardiopatia (coronariana). Duas semanas após o IAM, 10% dos pacientes apresentam
vezes.
ventricular.
Conduta: Persistente = cardiopatas crônico (lidocaína ou procainamina, caso
Manifestações clínicas: ocorre cerca de 30% dos pacientes com IAM. Acompanha a
10min).
tronco e MMSS.
Exercícios isométricos leves e ritmado, para melhorar o tônus, com peso de 0,5 à
1kg.
Atividades esportivas como voleibol com rede à altura do paciente, com rodízio
exigências metabólicas).
Pacientes sem complicações nos primeiros dias após o acidente, pode receber alta,
já os com complicações geralmente não são encaminhados para reabilitação cardíaca, por
e Parada Cardíaca)
progressiva nos pacientes com complicações, é tão boa quanto a daqueles sem
enfatizando-se a educação da família, pois o paciente na fase aguda tem uma negação,
pelo paciente.
aumento da resistência.
hospital várias vezes ao dia. Quando o médico libera o paciente para níveis mais altos de
alto risco, sendo importante também para ser feita em pacientes antes da alta hospitalar,
do tratamento inicial.
FASE II (AMBULATORIAL): Envolve um programa de exercícios rigorosamente
evitar problemas ortopédicos, onde são comuns em pessoas de meia idade e em idosos. É
feita uma avaliação músculo esquelética, para identificar problemas de MMII como artrite,
Após as primeiras 2-3 semanas, os pacientes com boa resposta da PA, sem
Realiza-se 30-45 min de exercícios contínuo para MMSS e 10-15 min para MMII,
dos pacientes e eles tornam-se mais capacitados para executar atividades diárias.
diminuindo o fluxo).
arterosclerose, fatores de risco, dieta, efeito dos exercícios e dos medicamentos, sendo
FASE III OU IV: Oferece ao paciente a oportunidade de alcançar nível mais alto de
função física, mental e social, e manter o hábito de exercitar-se pelo resto da vida.
área com boa iluminação, ambiente fechado e com chuveiro, sala audiovisuais, com slide,
filmes.
implantado nas dependências do hospital (oferece sistema de apoio médico para qualquer
Os pacientes que participam da fase II por mais de seis meses, precisam uma
avaliação periódica, sendo feita uma avaliação de alteração lipídicas, onde os resultados são
enviados para o médico. Caso tenha alteração é feito aconselhamento individual com
precoce de exercício em 85 pacientes, com ou sem complicações, onde todos fizeram uma
Não obteve
melhora
Melhora no
desempenho
na prova de
nível baixo
Total de
pacientes
0 20 40 60 80 100
Efeito do treinamento precoce de exercícios em
85 pacientes
Total de pacientes
Apresentaram
Hipertensão em repouso
ou em exercício
Apresentaram Arritmias
Ventriculares
II – CONCLUSÃO
garantir as melhores condições físicas, mentais e sociais possíveis, de modo que eles
possam, com seus próprios esforços (para cada paciente ser reabilitado ele deve assumir o
GORDON, N. et al.; Tratado de Medicina Interna. 20 ed. São Paulo, Guanabara, 1999.
PRADO, F. Atualização Terapêutica. 19º ed. São Paulo, Artes Médicas, 1999.