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PORTUGUÊS 12.

O ANO – TESTE DE
AVALIAÇÃO

ESCOLA________________________________________________ D ATA ___/ ___/ 20__

NOME________________________________________________ N. O____ TURMA_____

GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o poema seguinte.

Ocidente

Com duas mãos – o Ato e o Destino –


Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o facho trémulo e divino
E a outra afasta o véu.

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Fosse a hora que haver ou a que havia
A mão que ao Ocidente o véu rasgou,
Foi alma a Ciência e corpo a Ousadia
Da mão que desvendou.

Fosse Acaso, ou Vontade, ou Temporal


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A mão que ergueu o facho que luziu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.

Fernando Pessoa, Mensagem, Lisboa, Edições Ática, 10.a ed., 1972.

1. Identifique o tema do texto e relacione-o com a parte da obra Mensagem a que


pertence.

2. Comprove a ação dos portugueses no processo de descoberta do Ocidente, referindo


as condicionantes associadas a esta tarefa.

3. Refira dois recursos expressivos presentes no texto, descodificando a sua expres-


sividade.

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Leia o poema.

O Achado

Traziam nova terra e nova luz


Nos românticos olhos lusitanos;
E uma cruz
Que depois carregaram largos anos.

5 Traziam todo o anseio que os levou,


E que nenhuma Índia satisfez.
E traziam a fé que lhes sobrou
Da fé sem fim dessa primeira vez.

Traziam a promessa de voltar


10 A ver se a cor do sonho se mantinha:
O puro azul de que se veste o mar
Quando o fim da aventura se avizinha...

Miguel Torga, Poemas Ibéricos, Coimbra, Gráfica Coimbra, 2ª ed., 1982, p. 26.

4. Comente a ambivalência de sentimentos dos nautas portugueses expressos nas duas


primeiras quadras, fundamentando com citações textuais pertinentes.

5. Estabeleça, justificadamente, aproximações e afastamentos temáticos entre os dois


poemas do Grupo I, no que se refere à ação e aos seus agentes.

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GRUPO II

Responda às questões. Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia o texto seguinte.

Os portugueses e o mar: roteiro de imagens e usos

Os portugueses, como os outros povos, foram utilizando o mar de acordo com o


conhecimento e a imagem que dele iam tendo, mas também, na medida em que as sociedades
foram evoluindo, de acordo com as modas, as necessidades e as possibilidades que se lhes
foram oferecendo. Desde cedo, muito antes de se aventurarem pelos horizontes atlânticos, na
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fase em que o mar era visto com muita curiosidade mas também com prudente reserva, já os
nossos antepassados retiravam do mar alguns alimentos, para o que foram inventando
artefactos apropriados.
Desde o projeto nacional das Grandes Viagens que o mar foi progressivamente perdendo o
seu mistério e se tornou numa importante fonte direta e indireta de criação de riqueza e
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empregos. Os sistemas de pesca aumentaram, diversificaram-se e tornaram-se mais
complexos. A construção naval floresceu. Ser marinheiro era uma profissão cada vez mais
numerosa. Eram muitos os que viviam do comércio marítimo. Os portos e as cidades portuárias
desenvolveram-se extraordinariamente, marcando os sistemas de povoamento e a própria
estrutura da rede urbana; o sentido inicial da projeção da terra para o mar teve assim uma
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espécie de retorno de influência, que a Revolução Industrial aproveitou e acentuou.
Numa fase mais recente, foi a energia do mar que despertou interesses positivos. Depois de
as vagas e as marés terem assustado dezenas de gerações de pescadores, marinheiros e
populações do litoral, percebeu-se que elas contêm uma energia imensa que se pode
aproveitar. Assim foi nos moinhos de maré, e assim vai sendo nas centrais de produção de
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energia elétrica que utilizam esta força motriz. Em várias regiões do Mundo vai-se recorrendo
também à dessalinização da água do mar, para depois a utilizar em consumos domésticos,
industriais e de rega.
Nos últimos anos, as atividades de recreio e lazer ligadas ao mar têm mostrado força
suficiente para gerar extraordinárias correntes migratórias, de durações variadas, que são o
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suporte de um pujante setor económico – o turismo −, associado à restauração e a espaços e a
projetos de animação. Estas atividades de recreio concretizam-se tanto no próprio mar (recreio
e desportos náuticos, mais ou menos radicais, e cruzeiros de variadas ambições) como na
interface com a terra (as praias).

Jorge Umbelino, João Figueira de Sousa, Os portugueses e o mar: roteiro de imagens e usos, in http://run.unl.pt
(adaptado, acedido em fevereiro de 2016).

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1. O modo de explorar o mar


(A) manteve-se inalterado desde os tempos mais remotos.
(B) foi-se alterando e adaptando a modas e necessidades.
(C) resultou da curiosidade de desvendar o horizonte.
(D) baseou-se no percurso seguido pelos antepassados.

2. O projeto nacional das Grandes Viagens


(A) originou o surgimento da profissão de marinheiro.
(B) implicou o recrutamento de técnicos estrangeiros.
(C) potenciou e facilitou a Revolução Industrial.
(D) impulsionou os mercados internacionais e o comércio marítimo.

3. Mais recentemente descobriram-se


(A) outras potencialidades proporcionadas pelo mar.
(B) novos obstáculos criados pelo mar aos pescadores.
(C) diferentes utilizações para o peixe apanhado no mar.
(D) novas alternativas para potenciar a arte piscatória.

4. A utilização do pronome pessoal “lhes” (l. 3) contribui para a coesão


(A) interfrásica.
(B) frásica.
(C) referencial.
(D) lexical.

5. O constituinte sublinhado em “tornaram-se mais complexos” (ll. 10-11) desempenha


a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) sujeito.
(C) complemento direto.
(D) complemento oblíquo.

6. A palavra “dessalinização” (l. 21) foi obtida pelo recurso à


(A) parassíntese.
(B) derivação por prefixação e sufixação.
(C) composição morfossintática.
(D) derivação por sufixação.

7. O referente do pronome relativo “que” (l. 24) é


(A) “durações variadas”.
(B) “força suficiente” e “durações variadas”.
(C) “extraordinárias correntes migratórias”.
(D) “as atividades de recreio e lazer ligadas ao mar”.

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8. Identifique as funções sintática desempenhadas pelos grupos sublinhados em “os nossos
antepassados retiravam do mar alguns alimentos” (ll. 5-6).

9. Indique a classe e subclasse a que pertence o vocábulo “floresceu” (l. 11).

10. Identifique e classifique as duas orações subordinadas presentes em “percebeu-se que elas
contêm uma energia imensa que se pode aproveitar” (ll. 18-19).

GRUPO III

O mar continua a ser um dos setores que mais contribui para o desenvolvimento económico de
Portugal.

Escreva uma reflexão de 200 a 300 palavras sobre a importância do mar para os portugueses e
para a economia nacional, desde os tempos mais remotos.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um
deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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MATRIZ DO TESTE – 12.o ANO

Domínios
e GRUPOS
Conteúdos
I II III

LEITURA LEITURA EXPRESSÃO


e ESCRITA
COMPREENSÃO COTAÇÕES
GRAMÁTICA
Item A Texto
Mensagem, argumentativo
Coesão
Fernando Pessoa
Funções sintáticas
Formação de palavras
Tipologia de itens Classes de palavras
Item B
Orações subordinadas
Poema,
Miguel Torga

Escolha múltipla 1 a 7 (7 itens x 5 pontos) 35

Resposta curta 8, 9 e 10 (3 itens x 5 pontos) 15

Resposta restrita Item A

1 a 3 (3 itens x 20 pontos) 100

Item B

4 e 5 (2 itens x 20 pontos)

Resposta extensa 30 + 20 pontos 50

COTAÇÃO 100 50 50 200

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PROPOSTA DE COTAÇÃO

GRUPO I

A.
1. ……………………………………………….……………….. 20 pontos
Conteúdo (12 pontos) + Forma (8 pontos)
2. …………………………………………………….............. 20 pontos
Conteúdo (12 pontos) + Forma (8 pontos)
3. …………………………………………………………….…… 20 pontos
Conteúdo (12 pontos) + Forma (8 pontos)

B.
4. …………………………………………………………........ 20 pontos
Conteúdo (12 pontos) + Forma (8 pontos)
5. ………………………………………………………………… 20 pontos
Conteúdo (12 pontos) + Forma (8 pontos)

100 pontos

GRUPO II

1-10 10 itens x 5 pontos cada

50 pontos

GRUPO III

Estruturação temática e discursiva ………………………… 30 pontos


Correção linguística ……………………………………………….. 20 pontos
50 pontos

TOTAL ………............................................................................ 200 pontos

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PROPOSTA DE CORREÇÃO

GRUPO I
1. O tema do poema refere-se ao desvendar do mistério (dos mares desbravados), o que se relaciona
com a expansão portuguesa, através da qual os lusitanos revelaram a sua ousadia e o seu caráter de
predestinados. Assim, integra-se na segunda parte da obra Mensagem, “Mar Português”, na qual se
faz referência à ação dos Descobrimentos que sustentaram a edificação do império material.

2. Para que o Ocidente fosse desvendado foi necessária a ação conjunta da alma e do corpo, ou seja, da
ação e do destino, a que se associam a vontade de Deus, ao escolher os lusitanos para afastar o
“véu”, e também a ousadia e a vontade dos eleitos, aqueles que deram corpo aos desígnios divinos,
se bem que conduzidos pela mão do destino ou do herói.

3. No poema, e graças ao seu herói simbólico, destaca-se o uso da metáfora em versos como “Uma
ergue o facho trémulo e divino / E a outra afasta o véu.” (vv. 3-4), através da qual se pretende sugerir
a predestinação e a ação inerente aos Descobrimentos como algo que implicou a iluminação de um
povo e a sua coragem ou ousadia para afastar os medos suscitados pelo desconhecido. Também se
pode verificar o recurso à dupla adjetivação em “trémulo e divino” (v. 3), através da qual se sugere o
medo experienciado, embora o povo luso beneficiasse da proteção divina.
4. De acordo com o conteúdo das duas primeiras quadras, os nautas são dominados pela alegria e pela
satisfação de verem a obra concluída – a descoberta de “nova terra” −, emoções que eram visíveis
até no brilho do olhar (vv. 1-2). No entanto, era como se nenhum novo destino descoberto
satisfizesse a ânsia que impulsionava as viagens (vv. 5-6), mantendo-se a “insatisfação” e a vontade
de alcançar mais e mais, sustentadas pela chama inicial que persistia e impulsionava novos projetos
(vv. 7- 12).

5. Os dois poemas referem a força e a garra dos nautas quinhentistas e a importância destes no
desvendar do mundo incógnito. Em ambos se refere que sem a sua vontade, confiança e
perseverança tal feito não seria possível. No entanto, no poema de Mensagem, para o sucesso da
ação dos Portugueses concorre também um fator extrínseco, a predestinação, isto é, a vontade de
Deus, ao passo que no poema de Miguel Torga tudo acontece por via da crença e da confiança dos
nautas em si mesmos e na sua ação.

GRUPO II
1. (B); 2. (C); 3. (A); 4. (C); 5. (A); 6 (B); 7. (D)
8. “do mar” – complemento oblíquo; “alguns alimentos” – complemento direto.
9. Verbo intransitivo.
10. “que elas contêm uma energia imensa” – subordinada substantiva completiva; “que se pode
aproveitar” – subordinada adjetiva relativa restritiva.

GRUPO III
Resposta de carácter pessoal, mas que deverá ser classificada de acordo com os critérios de correção
dos exames nacionais.

 Introdução − referir a situação geográfica privilegiada de Portugal como fator favorável à


expansão marítima.
 Desenvolvimento – 1º argumento: salientar os Descobrimentos e os avanços tecnológicos e
económicos daí decorrentes como argumento positivo e dar como exemplo o aperfeiçoamento
dos instrumentos de navegação para se chegar mais longe; as trocas comerciais e o acesso
direto às especiarias. 2º argumento: dar conta da perda de vidas humanas, da destruição de
lares e despovoamento do território nacional, factos que são salientados pelo velho do Restelo,
como reverso da medalha da expansão marítima.

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 Conclusão – reforçar a importância da proximidade do mar e da exploração que dele se pode
fazer em termos económicos, apesar de algumas das consequências nefastas que o domínio do
mar possa ter trazido.

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