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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS
Processo nº 30055-80.2016.4.01.3500
Inquérito Policial
Classe: 15.601
Crimes Contra a Paz Pública / Juiz Singular
Indiciado (s): JOSÉ TAVEIRA DA ROCHA e OUTROS
I – RELATÓRIO
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ACUSADO IMPUTAÇÃO
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DORALICE BARROS Art. 312, caput e § 1º, c/c arts. 14, II, 29 e 69 do CP
Arts. 312, caput, e 333, parágrafo único, c/c arts. 14, II, 29
e 69 do CP
Arts. 312, caput, e 333, parágrafo único, c/c arts. 14, II, 29
e 69 do CP
Arts. 312, caput, e 333, parágrafo único, c/c arts. 14, II, 29
e 69 do CP
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“Os elementos iniciais davam conta de que a atuação da organização criminosa em conta
era expressiva e que seus membros manipulavam processos de licitação para o fim de prover
empresários de contratos com a estatal sempre mediante o pagamento de contrapartida na forma de
propina e outros benefícios.
A suspeita que até então se tinha da ocorrência de ilícitos na gestão da estatal era
corroborada pelo fato de esta não alcançar a meta esperada de unidades habitacionais atendidas
pela coleta e tratamento de esgoto sanitário no Estado de Goiás, tanto na capital quanto nas
cidades do interior.
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A cidade de Aparecida de Goiânia, por exemplo, está na lista das cem maiores cidades do
Brasil. No entanto, encontra-se entre as dez piores em termos de cobertura de saneamento básico.
É o que noticia o instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria especializada GO Associados.
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É o breve relato.
Passo a decidir.
II – FUNDAMENTAÇÃO
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Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
(Destacou-se).
A regra acima deve ser lida em consonância com o disposto no art. 395,
inciso III, do Código de Processo Penal, segundo o qual:
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Por essa razão, diz-se que a boa denúncia é aquela que expõe com
clareza o “quê”, o “quem”, o “como”, o “quando”, o “onde” e o “por quê”2.
2- Os antigos doutrinadores, a exemplo de Romeu Pires de Campos, já advertiam que a boa denúncia é como a boa matéria jornalística, que
explica, com clareza, quem fez, o que fez, como fez, quando fez, onde fez e por que fez.
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de permitir, desde logo, o exercício da ampla defesa pelo denunciado, pois é na delimitação temática
da peça acusatória em que se irá fixar o conteúdo da questão penal”, sendo certo que haverá
“inépcia da denúncia ou queixa quando sua deficiência resultar em prejuízo ao exercício da ampla
defesa do acusado, ante a falta de descrição do fato criminoso, da ausência de imputação de fatos
determinados ou da circunstância de da exposição não resultar logicamente a conclusão”. (APn
810/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em 20/11/2017,
DJe 28/11/2017).
“O conceito de justa causa evoluiu, então, de um conceito abstrato, para uma idéia concreta,
exigindo a existência de elementos de convicção que demonstrem a viabilidade da ação penal. A justa causa
passa a pressupor a existência de um suporte probatório mínimo, tendo por objeto a existência material de
um crime e a autoria delitiva. A ausência desse lastro probatório ou da probable cause autoriza a rejeição da
denúncia e, em caso de seu recebimento, faltará justa causa para a ação penal, caracterizando
constrangimento ilegal apto a ensejar a propositura de habeas corpus para o chamado “trancamento da
ação penal”.
A finalidade da justa causa é evitar que denúncias ou queixas infundadas ou mesmo sem uma
viabilidade aparente possam prosperar. Inegável o caráter infamante do processo penal. É exato que, sob o
ponto de vista jurídico, a garantia constitucional da presunção de inocência, enquanto regra de tratamento
do acusado, assegura que nenhuma diferenciação possa existir entre, de um lado, aquele que é acusado de
um delito, sem que haja uma condenação transitada em julgado contra si e, de outro, qualquer cidadão que
nunca foi processado. Mas também é certo que, do ponto de vista moral, social e mesmo psicológico, o
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simples fato de estar sendo processado criminalmente é um pesadíssimo fardo a ser carregado pelo
acusado. Ser réu em processo criminal é, portanto, de alguma forma, já estar sendo punido” 3.
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Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às
demais infrações penais praticadas.
“Para que o aparato criminoso alcançasse sucesso e pudesse praticar os crimes ao longo
dos anos, maximizando o abate, a apropriação de parcelas do orçamento público estatal e
viabilizasse sua posterior distribuição entre os denunciados, foi necessária a formatação de uma
base empresarial, burocrática, técnica e política que dessem sustentação aos atos
criminosos praticados no interior da SANEAGO e ao mesmo tempo impedissem a sua
identificação e debelação.
(...)
4 - Obviamente que, por se tratar de narrativa longa e confusa, far-se-á aqui um resumo dos principais pontos da imputação.
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(...)
(...)
Como dito anteriormente, a função de fiscalização foi terceirizada pela estatal em favor da
empresa NAENG ENGENHARIA S.S., dirigida pelo denunciado e membro ativo da organização
criminosa FREDERICO JOSÉ NAVARRETE LAVERS.
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Nesse quadro de corrupção sistêmica fácil é imaginar que as licitações não eram mais
que peças de ficção destinadas a simular a licitude dos procedimentos de contratação
levadas a efeito pela Comissão Permanente de Licitação da SANEAGO.
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SANEAGO”.
Tanto um quanto outro decorreram da contratação de serviços por preços acima dos
parâmetros de mercado ou da utilização de equipamentos ou insumos sabidamente menos
eficientes, tornando o preço do serviço mais caro, muito embora a execução pudesse ocorrer por
métodos mais eficientes e mais baratos”.
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administrativa - no caso de execução de obras de grande monta - que não seja por meio
do permanente contato pessoal e telefônico entre os envolvidos, é coisa que este
Magistrado ignora.
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter
competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem
decorrente da adjudicação do objeto da licitação:
Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive
prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos celebrados
com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos respectivos
instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua
exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta Lei:
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Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo comprovadamente concorrido
para a consumação da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia, injustamente, das
modificações ou prorrogações contratuais.
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou
alheio:
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
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É nesse momento que tem início a fraude ao procedimento licitatório destinado à aquisição do
conjunto de três motores-bombas, cuja notícia uma vez aportada ao Ministério Público Federal disparou o
início das investigações nas esferas cível e penal.
De forma deliberada, a mencionada licitação foi concebida como se fora uma proposta de compra de
equipamentos, quando, a rigor, tratava-se o objeto pretendido de uma obra, conforme informa o texto do
artigo 6.º da Lei n.º 8.666/93.
De fato, para os técnicos da CGU que detidamente analisaram a questão, não há dúvida de que o
objeto da licitação cuida de obra de engenharia elétrica e mecânica envolvendo a fabricação de bombas, a
montagem e instalação dos conjuntos, o que demandaria, como pré-requisito, a elaboração de projetos
básico e executivo.
(...)
A fim de dar sequência ao procedimento criminoso, nos dias 25/07/2011 e 10/08/2011 o denunciado
EMMANUEL DOMINGUES PEIXOTO fez publicar alterações no Anexo II (exigências técnicas a constarem
nos atestados técnicos das empresas licitantes), sob a justificativa de adequação do edital ao termo de
referência/especificações do Anexo VII (fls. 295/296, Vol. II, Apenso IV).
A referida alteração, longe de atender a objetivos técnicos, teve uma finalidade clara e definida, qual
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seja, ajustar o objeto da licitação de modo a fazê-lo coincidir com a especificação dos motores-bombas já
fabricados anteriormente por uma das empresas licitantes. Isto foi determinante para a desqualificação
técnica de 03 (três) das 04 (quatro) participantes, conforme contido no item “2.1.1.1 CONSTATAÇÃO 01” sob
o título “ANÁLISE DA CAPACIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL” (fls. 73/79, Vol. III, Apenso I, do IPL
142/2014).
possibilidade de concorrência”.
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Muito embora o réu se defenda dos fatos e não da capitulação legal a ele
atribuída pelo Ministério Público, mister que a peça de ingresso possibilite a adequada
compreensão da imputação, com a descrição de todos os elementos do tipo penal,
sob pena de a defesa ter que se defender de conduta que nem ao menos preenche
adequadamente a tipicidade penal.
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Não se quer afirmar, com isso, que as condutas imputadas são atípicas,
mas sim que o Ministério Público não se desincumbiu satisfatoriamente da tarefa
de narrar todas as elementares do tipo penal, o que dificulta, sobremaneira, a ampla
defesa.
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itens de serviço foram assinados pelo denunciado FREDERICO JOSÉ NAVARRETE LAVERS
(folhas 2317 a 3029 do Processo 19.817/2012).
(...)
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quando a opção correta deveria ter sido por caminhões basculantes com maior capacidade
de carga e que foram efetivamente utilizados nas obras.
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“Conforme acima apontado, o Contrato n. 1203/2008 foi firmado com o Consórcio formado
pelas empresas CONSTRUTORA CENTRAL DO BRASIL, ELMO, SOBRADO e FUAD RASSI.
Essa empresa possuía fortes laços com o poder público, realizando contratos com a
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(...)
FIDISGERARD DE ARAÚJO, após ser reinquirido no bojo do IPL 142/2012 (fls. 676/677
daqueles autos), afirmou que de fato havia favorecimento às empresas SANEFER, EMSA, CCB,
FUAD RASSI, ALBENGE e ELMO EGENHARIA, mediante realização de pagamentos fora de
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ordem e a empresas sem apresentação de certidão negativa, por ordem de ROBSON BORGES
SALAZAR”.
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questões que podem ser melhor equacionadas na seara cível, isso no caso de realmente
se comprovar, mediante o devido processo legal, o pagamento a maior ou indevido às
empresas contratadas.
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A execução das obras encontra-se ainda em andamento, tendo sido realizadas dez
medições, totalizando R$ 1.517.159,66, e que correspondem a 1,45% do total do valor contratual
(R$ 104.900.000,00)”.
Com a devida vênia, após ler, reler e tresler os trechos da denúncia acima
transcritos, não vislumbrei a descrição de qualquer conduta ilícita.
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19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 30167563500299.
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Assim, o sobrepreço total deve ser recalculado a partir do preço paradigma estimado para a
execução de tais serviços com a utilização da composição adequada e que efetivamente foi
utilizada, sendo da ordem de R$ 944.575,42.
No exame dos atos e fatos referentes ao contrato 1717/2015, a CGU apurou situação em
tudo semelhante à verificada em relação ao Contrato 1716/2015, constatando, inicialmente,
sobrepreço em relação aos parâmetros de mercado apenas em relação ao item de serviço “Piso
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19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 30167563500299.
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em concreto preparo mecânico, espessura 7 cm, com armação em tela soldada” (Constatação
2.1.4 deste Relatório). Entretanto, em relação aos itens de serviço “transporte e descarga de
material de jazida, 1ª ou 2ª categorias e entulho”, “formas compensadas, madeirite espessura
12mm, com sarrafo de pinhos de 3 terceira, reaproveitamento de 2 vezes” e “escavação e carga
de material de jazida”, foi verificado sobrepreço decorrente do pagamento por uma composição
dos serviços inadequada ou que não foi efetivamente utilizada (Constatações 2.1.5, 2.1.6 e 2.1.7
deste Relatório).
Ainda, de acordo com a CGU, o sobrepreço apurado no contrato 1717/2015 foi da ordem
de R$ 797.221,87, levando-se em conta o preço paradigma estimado para a execução de tais
serviços com a utilização da composição adequada e que efetivamente foi utilizada.
A execução das obras da ETE Parque Ateneu, que é parte da ampliação do Sistema de
Esgotamento Sanitário do município de Goiânia (Sistema Meia Ponte), teve início em 2008 e até o
presente momento não se encontra concluída”.
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No item 2 do relatório sobredito, foi encontrada pasta contendo uma Escritura de Compra e
Venda lavrada no Registro de Imóveis e 1º Tabelionato de Notas de Silvânia/Goiás, em
20/09/2010, constando como vendedor MAURO HENRIQUE NOGUEIRA BARBOSA, e como
compradora SILVANA CICATELLI, tendo como objeto a Fazenda Sonho Verde, matricula R4-7223,
no valor de R$ 350.000,00.
(...)
Os fatos acima narrados deixam clara a prática de lavagem de dinheiro por MAURO
HENRIQUE NOGUEIRA BARBOSA, DENISE LORENZO e SILVANA CICATELLI, considerando
que os denunciados praticaram ato para ocultar ou dissimular a origem, propriedade e
movimentação de bens provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.
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Quanto aos documentos apreendidos (item “a” de fls. 1-70 a item “p” de fls.
1-71/vº), em que pese materializarem diversas transações comerciais, não autorizam, por
si sós, a concluir que o dinheiro empregado em tais transações provenha de fonte ilícita,
mormente porque, conforme já analisado no item 2.1. do presente provimento, não há
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A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 30167563500299.
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3. CONCLUSÃO.
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a dificulta enormemente.
III. DISPOSITIVO
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Determinações finais:
b) Notificar os denunciados;
c) Publicar;
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Kgc
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