03 Hidrometria

Hidráulica - @ Carlos Amilton S.
Santos, 2019
1
É a parte da Hidráulica que trata de assuntos tais como:
✓Medição das vazões;

✓Velocidade dos líquidos em tubos ou canais;
✓Profundidade e variação do nível da água;
✓Medida das seções de escoamento e das pressões;
✓Ensaio de bombas e turbinas.
Hidráulica - @ Carlos Amilton S. Santos, 2019

2
A escolha do método depende:
→ Do volume do fluxo de água;

→ Das condições locais;
→ Do custo (existem equipamentos caros e outros simples e baratos);
→ Da precisão desejada
Existem métodos de medição de vazão para condutos

forçados e condutos livres

3
MEDIÇÃO DAS VAZÕES: MÉTODO DIRETO
Volume( v )
Vazão(Q ) =
Tempo(T )
O volume v pode ser dado em litros ou metros cúbicos e

o tempo T em minutos ou segundos, dependendo da
magnitude da vazão medida.
Mede-se o tempo necessário para que a água preencha
completamente um reservatório com volume conhecido.

4
MEDIÇÃO DAS VAZÕES: MÉTODO DIRETO
Aplicação do método direto:
Pequenas descargas, tais como

nascentes, canalizações de pequeno diâmetro
e em laboratório para medir a vazão de
aspersores e gotejadores.
Obs.: Quanto maior o tempo de

determinação, maior a precisão.
T=?

5
OS MEDIDORES DE VAZÃO SE CLASSIFICADOS DE ACORDO COM
O MÉTODO DE MEDIÇÃO:
1. Diferença da pressão (perda de carga)
2. Deslocamento positivo
3. Velocidade

6
OS MEDIDORES DE VAZÃO SE CLASSIFICADOS DE ACORDO COM
O MÉTODO DE MEDIÇÃO:
1. Diferença da pressão (perda de carga)
2. Deslocamento positivo
3. Velocidade

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1. DISPOSITIVOS QUE MEDEM A VAZÃO PELA DIFERENÇA DE
PRESSÃO OU CARGA
✓Orificio
✓Bocal
✓Placa de Orifício
✓Tubo Pitot
✓Tubo Venturi

8
1. ORIFÍCIOS
O que são?
São aberturas de perímetro fechado e forma geométrica definida, feitas
abaixo da superfície livre da água.
Onde são usados?
Em paredes de reservatórios, de pequenos tanques, canais ou canalizações.
Para que servem?

Para medir e controlar a vazão.

9
1. ORIFÍCIOS
ORIFÍCIO JUNTO AO FUNDO DO RESERVATÓRIO

10
1. ORIFÍCIOS
Aplicação do teorema de Bernoulli
A1, V1, patm 2

V1 patm V 2 2 patm
+ +h= +
2g  2g 
h 2
V2
A2, V2, patm h=
2g
V 2 = 2 gh
Obs.: Q = V2.A2

11
1. ORIFÍCIOS
USO DE ORIFÍCIO NA MEDIÇÃO DE

VAZÃO

12
1. ORIFÍCIOS
1- Quanto às dimensões:
Pequeno:
Quando suas dimensões forem muito menores
que a profundidade h em que se encontra.
h
Na prática, quando:
d  h/3. d

13
1. ORIFÍCIOS
1- Quanto às dimensões:
Grande:
quando d > h/3, sendo d a altura do orifício. h

14
1. ORIFÍCIOS
2- Quanto às formas:
Retangular; circular; triangular, etc.
ORIFÍCIO ORIFÍCIO
CIRCULAR RETANGULAR
15
1. ORIFÍCIOS
3- Quanto natureza das paredes:
Parede delgada (e < d):
A veia líquida toca apenas a face d

interna da parede do reservatório.

16
1. ORIFÍCIOS
3- Quanto natureza das paredes:
Parede espessa (e  d):

e
O jato toca quase toda a parede do
reservatório.
d
Esse caso será visto no estudo dos
bocais.

17
1. ORIFÍCIOS
4- Seção contraída:
As partículas fluidas afluem ao orifício,
vindas de todas as direções, em trajetórias
curvilíneas.
Ao atravessarem a seção do orifício
continuam a se mover em trajetórias curvilíneas.
As partículas não mudam bruscamente de
direção, obrigando o jato a contrair-se um
pouco além do orifício.
Causa: A inércia das partículas de água que
continuam a convergir depois de tocar as bordas
do orifício.

18
1. ORIFÍCIOS
CONTRAÇÃO DA VEIA LÍQUIDA

19
1. ORIFÍCIOS
Podemos calcular o coeficiente de
contração (CC), que expressa a redução no
diâmetro do jato:
CC = Ac / A
•Ac = área da seção contraída

•A = área do orifício.

20
1. ORIFÍCIOS
5- Tipo de escoamento:

21
1. ORIFÍCIOS
5- Tipo de escoamento:

22
1. ORIFÍCIOS
6- Quanto a disposição na parede:
• Vertical
• Inclinada,
• Inclinada para jusante
• Parede horizontal. h
OBS: Quando a parede é horizontal e h < 3d surge d

o vórtice, que afeta o coeficiente de descarga.

23
1. ORIFÍCIOS
6- Quanto contração da veia liquida:
CONTRAÇÃO COMPLETA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

(EM TODAS AS FACES DO (SÓ NA PARTE DE CIMA DO
ORIFÍCIO) ORIFÍCIO)
24
1. ORIFÍCIOS
CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

Para orifícios retangulares, Cd assume o valor de C’d, como mostrado
abaixo:
C’d = Cd. (1 + 0,15.k)
perímetro da parte em que há supressão da contração

k=
perímetro total do orifício
b
Perímetro total = 2.(a+b)
a

25
1. ORIFÍCIOS
b
k=
2.(a + b )
a+b
k=
2.(a + b )
2.a + b
k=
2.(a + b )

26
1. ORIFÍCIOS
Para orifícios circulares, temos:

• Para orifícios junto a uma parede lateral, k = 0,25;
• Para orifícios junto ao fundo, k = 0,25;
• Para orifícios junto ao fundo e a uma parede lateral, k = 0,50;
• Para orifícios junto ao fundo e a duas paredes laterais, k = 0,75.

27
1. ORIFÍCIOS
VELOCIDADE REAL
Na prática a velocidade real (Vr) na seção contraída é menor que a

velocidade teórica (Vt) devido a:
• Atrito externo;
• Viscosidade.
Chama-se de Cv (coeficiente de velocidade) a relação entre Vr e Vt.

28
1. ORIFÍCIOS
VELOCIDADE REAL
Cv=
Vr
V r =Cv.Vt
Vt
Cv é determinado experimentalmente e é função do diâmetro do
orifício (d), da carga hidráulica (h) e da forma do orifício. Na prática pode-
se adotar Cv = 0,985.
Definindo como coeficiente de descarga (Cd) ao produto Cv x Cc,
temos:
Cd = Cv . Cc
Na prática adota-se Cd = 0,61

29
1. ORIFÍCIOS
VELOCIDADE REAL
Vt = Cd . 2 gh
Esta equação dá a velocidade real do jato no ponto 2.
Lembrando que Vazão = velocidade x área
(Q = V.A, portanto V = Q/A), temos:
Q = Cd . A. 2 gh VAZÃO REAL ATRAVÉS DO ORIFÍCIO

30
1. ORIFÍCIOS
1) Qual a velocidade do jato e qual a descarga de um orifício padrão (cv

= 0,98 e cd = 0,61), com 6 cm de diâmetro, situado na parede vertical de
um reservatório, com o centro 3 m abaixo da superfície da água ?
2) Qual o diâmetro que deve ser dado a uma comporta circular de

coeficiente de vazão 0,62 e como centro a 2 m abaixo do nível do
reservatório, para que a mesma dê escoamento de 500 l/s ?

31
1. ORIFÍCIOS
3) A velocidade na seção contraída do jato que sai de um orifício de 5 cm

de diâmetro, sob uma carga de 4,5 m é de 9,1 m/s. Qual o valor dos
coeficientes de velocidade, contração e descarga, sabendo-se que a
vazão é de 11,2 l/s.
4) Um tanque fechado é dividido em duas partes que se comunicam por
um orifício de 5cm de diâmetro. Num dos compartimentos o nível da água
fica a 2,4 m do centro do orifício e, no espaço acima da superfície, a
pressão é de 1,4 Kgf/cm2; no outro compartimento, o orifício fica
descoberto, e a pressão indicada por um vacuômetro é de 25 cm de Hg.
Calcular a velocidade do jato e a descarga no orifício sendo cv = 0,97 e cd
= 0,61.

32
1. ORIFÍCIOS
3) A velocidade na seção contraída do jato que sai de um orifício de 5 cm

de diâmetro, sob uma carga de 4,5 m é de 9,1 m/s. Qual o valor dos
coeficientes de velocidade, contração e descarga, sabendo-se que a
vazão é de 11,2 l/s.
4) Um tanque fechado é dividido em duas partes que se comunicam por
um orifício de 5cm de diâmetro. Num dos compartimentos o nível da água
fica a 2,4 m do centro do orifício e, no espaço acima da superfície, a
pressão é de 1,4 Kgf/cm2; no outro compartimento, o orifício fica
descoberto, e a pressão indicada por um vacuômetro é de 25 cm de Hg.
Calcular a velocidade do jato e a descarga no orifício sendo cv = 0,97 e cd
= 0,61.

33
1. ORIFÍCIOS
VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES
Quando h1 é muito
diferente de h2, o uso da
altura média de água h sobre h1
o centro do orifício de h2 h
diâmetro D para o cálculo da
vazão, não é recomendado.
D

34
1. ORIFÍCIOS

Razão:
A velocidade da água no centro de um orifício
grande é diferente da velocidade média do fluxo
neste orifício.
Chamando de D o diâmetro, diz-se que um
orifício é grande quando:
H < 2D

35
1. ORIFÍCIOS

Orifício retangular grande
(projeção)
h1
h2 h
dh
L
36
1. ORIFÍCIOS

Como calcular a vazão de um orifício grande?
É possível calcular a vazão que escoa através de uma

seção de área infinitesimal dS do orifício grande:
dS = L.dh
Esta seção reduzida é um orifício pequeno. Então vale a

equação:
Q = Cd .S . 2 gh
37
1. ORIFÍCIOS

Fazendo S = L.h, a vazão através de dS será:
dQ = Cd . L.dh 2 gh
Se a vazão através da área dS pode ser dada pela

equação acima, então, integrando-se a mesma entre os limites
h1 e h2, teremos a vazão total do orifício.

38
1. ORIFÍCIOS

h1
Q = Cd .L. 2 g  h .dh
h2
Q = .Cd . L. 2. g .(h 2 3 / 2 − h13 / 2 )

2
3
2  h 23 / 2 − h13 / 2 
ou Q = .Cd .S . 2. g . 
3  h 2 − h1 
EQUAÇÕES DA VAZÃO EM ORIFÍCIOS GRANDES

39
1. ORIFÍCIOS
ESCOAMENTO COM NÍVEL VARIÁVEL
Durante o esvaziamento de um reservatório por meio de

um orifício de pequena dimensão, a altura h diminui com o
tempo.
Com a redução de h, a vazão Q também irá decrescendo.
Problema: Como determinar o tempo para esvaziar ou retirar um
volume v do reservatório?

40
1. ORIFÍCIOS

Num pequeno intervalo de tempo dt a vazão que passa pelo orifício
será:
Q = Cd .S. 2 gh
E o volume infinitesimal escoado será:
dv = Cd .S . 2 gh.dt
Obs: Lembrar que v = Q . t

41
1. ORIFÍCIOS

Nesse mesmo intervalo de tempo, o nível de água no
reservatório baixará de uma altura dh, o que corresponde ao
volume:
dv = Ar.dh
S = área do orifício (m2);
Ar = área do reservatório (m2);
t = tempo necessário par o esvaziamento (s).

42
1. ORIFÍCIOS
ESCOAMENTO COM NÍVEL VARIÁVEL Ar.dh = Cd .S. 2. g.h .dt

Igualando as duas expressões que
fornecem o volume, podemos isolar o dt =
Ar.dh
valor de dt: Cd .S . 2. g .h
h1
Integrando-se a expressão entre t=
Ar
 .dh
h −1 / 2
dois níveis, h1 e h2, obtemos o valor de t. Cd .S . 2. g h2
t=
2. Ar
(h11/ 2 − h21/ 2 )
Cd .S . 2. g

43
1. ORIFÍCIOS

Quando o esvaziamento é completo,
h2 = 0 e h1 = h
2. Ar Expressão aproximada, já que quando h < 3

t = . h vezes o diâmetro do orifício, este não poderia
Cd .S . 2. g
mais ser considerado pequeno.

44
1. ORIFÍCIOS
- Fonte: A. Netto (1998)

45
1. ORIFÍCIOS

46
1. ORIFÍCIOS

47
1. ORIFÍCIOS
EXERCÍCIO
Uma empresa tem um reservatório de 5m x 12 m de área de superfície e 2.8 m de
profundidade. No fundo do reservatório existe uma abertura circular de 15cm de
diâmetro. Determine o tempo de esvaziamento do reservatório considerando o
coeficiente de descarga C=0.62.
Dados: A = 5 x 16 = 60 m2 Temos: t = 4208 s ou 70 min

S = (Pi x D2)/4 = (3.14*(0.15) 2)/ 4 = 0.01767 m2
Substituindo na formula :
2. Ar
t = . h
Cd .S . 2. g

48
1. ORIFÍCIOS
EXERCÍCIO
Na parede vertical do reservatório A existe um orifício de pequenas dimensões afogado, que desagua em um
reservatório B (figura abaixo). Este, por sua vez, possui também um pequeno orifício que desagua livremente na
atmosfera. Supondo regime permanente (nível constante) e sabendo que h= h’ = 5m, calcular:
a) Os valores de H1 e H2;
b) A vazão em regime permanente;
DADOS: H1
Cv1 = Cv2= 0,98 h
Cc1=Cc2= 0,61 h ’
A1= 2 cm2 e A2= 4 cm2 0
●
x h0= h’ + x
●
A B H1= H2 + x
49
SOLUÇÃO:
1. ORIFÍCIOS
EXERCÍCIO SOLUÇÃO
DADOS:
CQ1 = CQ2 = Cv1.Cc1 = 0,98 x 0,61 = 0,5978 ~ 0,60
Cv1 = Cv2= 0,98
Cc1=Cc2= 0,61 Orifício livre
A1= 2 cm2 e A2= 4 cm2
Orifício afogado
H1 Para escoamento permanente, tem-se:

h
h ’ h0= h’ + x
Q1 = Q2
0 ●
x H1= H2 + x =
●
A B

50
SOLUÇÃO:
1. ORIFÍCIOS
EXERCÍCIO SOLUÇÃO Q1 = Q2
DADOS: =
Cv1 = Cv2= 0,98
Cc1=Cc2= 0,61
A1= 2 cm2 e A2= 4 cm2
H1 Resposta a)
h
h ’ h0= h’ + x
0 ●
x H1= H2 + x
●
A B
H2 = 1 m

51
SOLUÇÃO:
1. ORIFÍCIOS
EXERCÍCIO Resposta a)
DADOS:
Cv1 = Cv2= 0,98
Cc1=Cc2= 0,61
A1= 2 cm2 e A2= 4 cm2
H2 = 1 m
H1
h Da figura tem-se que: H1 + H2 = h’ , H1 + 1 = 5
h ’ h0= h’ + x logo : H1= 4 m
0 ●
x H1= H2 + x
●
A B

52
SOLUÇÃO:
1. ORIFÍCIOS
EXERCÍCIO Resposta b)
Da figura tem-se que: H1 + H2 = h’ , H1 + 1 = 5
DADOS: logo : H1= 4 m
Cv1 = Cv2= 0,98
Cc1=Cc2= 0,61
A1= 2 cm2 e A2= 4 cm2
H1
h
h ’ h0= h’ + x
0 ●
x H1= H2 + x
●
A B

53
1. ORIFÍCIOS
ESVAZIAMENTO DE RESERVATÓRIOS: EQUAÇÃO SIMPLIFICADA

O tempo para o esvaziamento total de um reservatóri
de área constante, através de um orifício pequeno, pode se
estimado através da equação:
hi
d T = 2Vi / Qi
Vi o volume inicial de líquido contido no reservatório;

hi
Qi a vazão inicial que ocorre quando h = hi (altura de água

no início do esvaziamento).

54
2. BOCAIS
São peças tubulares adaptadas aos orifícios, tubulações ou aspersores,

para dirigir seu jato.
Seu comprimento deve estar compreendido entre uma vez e meia

(1,5) e cinco vezes (5) o seu diâmetro.

55
2. BOCAIS
Bocais de aspersores são

projetados com coeficientes de
BOCAL ACOPLADO A ORIFÍCIO descarga Cd  1,0
(mínima redução de vazão)

56
2. BOCAIS
A equação derivada para orifícios pequenos

também serve para os bocais, porém, o coeficiente Cd
assume valores diferentes conforme o tipo de bocal.
Q = Cd .S. 2 gh

57
2. BOCAIS
A equação derivada para orifícios pequenos

também serve para os bocais, porém, o coeficiente Cd
assume valores diferentes conforme o tipo de bocal.
Q = Cd .S. 2 gh

58
2. BOCAIS
PORQUE O BOCAL FAVORECE O ESCOAMENTO?
Zona de formação de vácuo: o escoamento se dá contra pressão menor

que a atmosférica, contribuindo para o aumento da vazão.
59
2. BOCAIS
PORQUE O BOCAL FAVORECE O ESCOAMENTO?
Zona de formação de vácuo: o escoamento se dá contra pressão menor

que a atmosférica, contribuindo para o aumento da vazão.
60
2. BOCAIS
Valores de Cd para orifícios e bocais
Cd = 0,61
Cd = 0,98
Cd = 0,51
Cd = 0,82

61
3 - TUBO PITOT
Definição: Dispositivo utilizado para medir vazões no interior de tubulações. Consiste de um tubo com uma
entrada cônica que se afunila em direção a uma garganta de menor diâmetro que o do tubo de entrada,
denominada bocal, seguida por um trecho gradualmente divergente, denominado difusor.

62
3 - TUBO PITOT
CARACTERÍSTICAS:
- INSTALAÇÃO DEFINITIVA NA TUBULAÇÃO;

- CONSTITUÍDO POR TRÊS PARTES:
PARTE CONVERGENTE
PARTE INTERMEDIÁRIA (GARGANTA);
PARTE DIVERGENTE.
- NA REDUÇÃO DO DIÂMETRO HÁ CONVERSÃO DE ENERGIA DE PRESSÃO EM ENERGIA CINÉTICA;
- INSTALAÇÃO DEVE SER PRECEDIDA DE UM TRECHO RETILÍNIO E DE PELO MENOS 15 VEZES O DIÂMETRO;
- APRESENTA BOA PRECISÃO.

63
3 - TUBO PITOT
COMPORTAMENTO DAS LINHAS DE FLUXO

64
3 - TUBO PITOT
COMPORTAMENTO DA PRESSÃO

65
3 - TUBO PITOT
FOTO DE TUBO VENTURI
flangeado
roscável

66
3 - TUBO PITOT
Considerando fluido ideal (sem perda de energia), tem-se:
Aplicando Bernoulli entre 1 e 2, tem-se: E1= E2
𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22
𝑧1 + + = 𝑧2 + +
𝛾 2. 𝑔 𝛾 2. 𝑔
𝑸 𝑸
Considerando 𝒗𝟏 = e 𝒗𝟐 = , em que A1 e A2 são as
𝑨𝟏 𝑨𝟐
áreas das seções transversais (1) e (2), respectivamente e tudo na
horizontal (z1 = z2), tem-se:
2 2
𝑃1 1 𝑄 𝑃1 1 𝑄
+ . = + .
𝛾 2. 𝑔 𝐴1 𝛾 2. 𝑔 𝐴1
67
3 - TUBO PITOT
Aplicando Bernoulli entre 1 e 2, tem-se:
2 2
𝑃1 1 𝑄 𝑃1 1 𝑄
+ . = + .
𝛾 2. 𝑔 𝐴1 𝛾 2. 𝑔 𝐴1
Resolvendo:
𝑷𝟏 𝑷𝟐 𝑷𝟏 𝑷𝟐
−
𝑄2 1 1 𝑃1 𝑃2 𝑸=
𝜸 𝜸 ou 𝑸 = 𝒌. −
. 2− 2 = − 𝜸 𝜸
2𝑔 𝐴2 𝐴1 𝛾 𝛾 𝟏 𝟏 𝟏
. 𝟐− 𝟐
𝟐𝒈 𝑨𝟐 𝑨𝟏
2𝑔. 𝐴12 . 𝐴22
𝑘=
𝐴12 − 𝐴22
68
3 - TUBO PITOT
Aplicando Bernoulli entre 1 e 2, tem-se:
2 2
𝑃1 1 𝑄 𝑃1 1 𝑄
+ . = + .
𝛾 2. 𝑔 𝐴1 𝛾 2. 𝑔 𝐴1
Resolvendo:
𝑷𝟏 𝑷𝟐 𝑷𝟏 𝑷𝟐
−
𝑄2 1 1 𝑃1 𝑃2 𝑸=
𝜸 𝜸 ou 𝑸 = 𝒌. −
. 2− 2 = − 𝜸 𝜸
2𝑔 𝐴2 𝐴1 𝛾 𝛾 𝟏 𝟏 𝟏
. 𝟐− 𝟐
𝟐𝒈 𝑨𝟐 𝑨𝟏
2𝑔. 𝐴12 . 𝐴22
𝑘=
𝐴12 − 𝐴22
69
3 - TUBO PITOT
CALCULO DA VAZÃO

2.g .( d 2 − 1)
Q = k. . .h
4 ( 1 − 1 )
4 4
D2 D1
em que,
K – coeficiente experimental associado ao atrito (adimensional);
d – densidade do fluido (adimensional);
g – aceleração da gravidade (m.s-2);
h – altura de deslocamento do fluido manométrico (m);
D1 – diâmetro normal da tubulação (m);
D2 – diâmetro reduzido da tubulação (m).

70
3 - TUBO PITOT
EXERCÍCIO
O medidor Venturi da figura abaixo apresenta perda de carga entre as duas seções de
medição igual a 5% da carga cinética em sua garganta. Para o regime permanente,
calcular a vazão escoada sabendo que os diâmetros são de 250 mm e 150 mm.
Considerando fluido real (com perda de energia),

tem-se:
E1= E2 + hf
𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22
𝑍1 + + = 𝑍2 + + + ℎ𝑓1−2
𝛾 2. 𝑔 𝛾 2. 𝑔

71
3 - TUBO PITOT
EXERCÍCIO
Considerando fluido real (com perda de energia), tem-se: E1= E2 + hf
𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22
𝑍1 + + = 𝑍2 + + + ℎ𝑓1−2
𝛾 2. 𝑔 𝛾 2. 𝑔
𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑣22

𝑍1 + + = 𝑍2 + + + 0,05.
𝛾 2. 𝑔 𝛾 2. 𝑔 2. 𝑔
𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑣22

𝑍1 + + = 𝑍2 + + + 0,05.
𝛾 2. 𝑔 𝛾 2. 𝑔 2. 𝑔
Os valores de velocidade são:
4. 𝑄 4. 𝑄
𝑣1 = = 20,37. 𝑄 𝑣2 = = 56,59. 𝑄
𝜋. 0.252 𝜋. 0.152

72
3 - TUBO PITOT
EXERCÍCIO 𝑣1 =
4. 𝑄
= 20,37. 𝑄 𝑣2 =
4. 𝑄
= 56,59. 𝑄
𝜋. 0.252 𝜋. 0.152
𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑣22

𝑍1 + + = 𝑍2 + + + 0,05.
𝛾 2. 𝑔 𝛾 2. 𝑔 2. 𝑔
𝑣12 20,37. 𝑄 2 𝑣22 56,59. 𝑄 2

= = 21,17. 𝑄 2 = = 163,39. 𝑄 2
2. 𝑔 19,62 2. 𝑔 19,62
Passando o plano de referência pela seção 2 e substituindo, tem-se:

𝑣22 𝑣22 𝑣22 2
𝑃1 𝑃2
+ 0,05. 2.𝑔 = 1,05. 2.𝑔 150,39. 𝑄 = 𝐴 + −
2.𝑔 𝛾 𝛾
𝑃1 𝑃2 1 𝑃1 𝑃2
𝐴 + + 21,17. 𝑄 = 0 + + 1,05.163,39. 𝑄 2
2
𝑄= . 𝐴+ −
𝛾 𝛾 12,26 𝛾 𝛾
73
3 - TUBO PITOT
EXERCÍCIO Da figura podemos extrair também:
𝑝1 + 𝛾 𝐴 + 𝑉 + 0.32 − 0.32. 𝛾hg + 𝛾.V= p2
𝑝1 − 𝑝2 = 0.32 𝛾hg − 𝛾 −𝛾𝐴 ÷𝛾
𝑃1 𝑃2
0,32. 𝛿ℎ𝑔 − 1 = 𝐴 + −
𝛾 𝛾
1 𝑃1 𝑃2 1 1
𝑄= . 𝐴+ − 𝑄= . 0,32. 𝛿ℎ𝑔 − 1 𝑄= . 0,32. 13,6 − 1
12,26 𝛾 𝛾 12,26 12,26
Q= 0.164 m3/s
74
4 – PLACA DE ORIFÍCIO
A placa de orifício é uma placa fina que pode ser colocada entre flanges. Como a sua geometria é
simples, é de baixo custo e de fácil instalação e reposição.
As tomadas de pressão podem ser posicionadas em diversos locais. Como a localização das tomadas
influencia o coeficiente de descarga, valores consistentes devem ser selecionados de manuais.

75
Cd= Cc x Cv
𝑪𝒅 𝑪𝒅
𝑪= ou =
𝟐 𝟐
𝑨𝒐 𝑨𝒐
𝜶𝟐 − 𝜶𝟏. 𝑪𝟐𝒄 𝟏− 𝑪𝟐𝒄
𝑨𝟏 𝑨𝟏
C= coeficiente funcional do dispositivo
𝒑𝟏 𝒑 𝟐
𝑸 = 𝑪. 𝑨𝟎 𝟐. 𝒈 − ou
𝜸 𝜸
Para manometro diferencial

76

77

78
5 – OUTROS FORMAS DE MEDIR VAZÃO

79
Bibliografia Básica:
AZEVEDO NETO, J. M.; ALVAREZ, G. A. Manual de Hidráulica. 7a ed., São Paulo. Ed. Edgard
Blucher, 2003. 669P.
BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos da Engenharia Hidráulica. 2ª ed. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
440p.
Bibliografia Complementar:
MACINTYRE, A. J. Bombas e instalações de Bombeamento. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara 1989.
Vianna, Marcos Rocha. Mecânica dos Fluidos para Engenheiros, Imprimatur, Belo Horizonte:
UFMG, 2004. 340p.

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03 Hidrometria

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✓Medição das vazões;

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→ Do volume do fluxo de água;

Existem métodos de medição de vazão para condutos

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O volume v pode ser dado em litros ou metros cúbicos e

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Aplicação do método direto:

Pequenas descargas, tais como

Obs.: Quanto maior o tempo de

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1. Diferença da pressão (perda de carga)

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1. Diferença da pressão (perda de carga)

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Para que servem?

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ORIFÍCIO JUNTO AO FUNDO DO RESERVATÓRIO

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A1, V1, patm 2

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USO DE ORIFÍCIO NA MEDIÇÃO DE

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Parede delgada (e < d):

A veia líquida toca apenas a face d

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Parede espessa (e  d):

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CONTRAÇÃO DA VEIA LÍQUIDA

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•Ac = área da seção contraída

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OBS: Quando a parede é horizontal e h < 3d surge d

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CONTRAÇÃO COMPLETA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

perímetro da parte em que há supressão da contração

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CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

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CORREÇÃO DO COEFICIENTE Cd PARA CONTRAÇÃO INCOMPLETA

Para orifícios circulares, temos:

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Na prática a velocidade real (Vr) na seção contraída é menor que a

Chama-se de Cv (coeficiente de velocidade) a relação entre Vr e Vt.

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Q = Cd . A. 2 gh VAZÃO REAL ATRAVÉS DO ORIFÍCIO

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1) Qual a velocidade do jato e qual a descarga de um orifício padrão (cv

2) Qual o diâmetro que deve ser dado a uma comporta circular de

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3) A velocidade na seção contraída do jato que sai de um orifício de 5 cm

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3) A velocidade na seção contraída do jato que sai de um orifício de 5 cm