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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE GOIÁS

FACULDADE LIONS

JUNEIR ALVES DE SOUZA

DIREITO CIVIL IV

Responsabilidade Civil do Estado

Goiânia – Goiás

Junho, 2019
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 02
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 03
2.1 CONCEITO................................................................................................. 03
2.2 EVOLUÇÃO TEÓRICA............................................................................... 05
2.3 ESPECIES DA RESPONSABILIDADE CIVIL............................................. 05
2.4 TEORIA ADOTADA.................................................................................... 08
2.5 CAUSAS EXCLUDENTES.......................................................................... 09
2.6 INDENIZAÇÃO........................................................................................... 10
2.7 AÇÃO REGRESSIVA................................................................................. 11
3. CONCLUSÃO................................................................................................... 12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 13
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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como intuito analisar os aspectos gerais da


responsabilidade civil do Estado no sistema jurídico brasileiro, explicando também a
definição da palavra, ou seja, o seu sentido, bem como pressuposto de existência, a
função da responsabilidade civil no ordenamento jurídico brasileiro.

A potencialidade danosa do agente público no exercício de uma


função estatal despertou nosso interesse, por correlacionar questões de direito
público e privado, permitindo-nos mais uma vez a constatação de que não se pode
pretender analisar qualquer questão jurídica atendo-se a somente um ramo do
direito; ao contrário, cada vez mais a complexidade das relações sociais exige uma
visão holística do fenômeno jurídico, enfatizando que o ordenamento é uno e
indivisível, e tende à completude.

Discorreremos em especial a responsabilidade civil do Estado e


suas definições, seus requisitos a validade a evolução histórica e os tipos de
espécies da responsabilidade civil do Estado, que é divida em duas:

a) Responsabilidade civil subjetiva;


b) Responsabilidade civil objetiva.

A responsabilidade civil do Estado é uma obrigação legal imposta ao


Estado no sentindo de ressarcir os danos causados a terceiros por atos lícitos e
ilícitos, omissivos ou comissivos por ele praticado em virtude de suas atividades.

Doutrinadores há que propugnam não pertencer o estudo da


responsabilidade do Estado ao ramo civil, mas ao administrativo. A responsabilidade
estatal, entretanto, está melhor inserida no campo da civilística, o qual é capaz de
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abarcar em seu seio ambas as teorias da responsabilidade subjetiva e objetiva,


motivo por que não cabe reduzir esta última à seara pública.

O escopo deste trabalho é apresentar a evolução histórica da


responsabilidade civil do Estado, o problema dos danos decorrentes de omissão dos
Poderes Públicos, a questão da responsabilidade estatal por atos lícitos e as
excludentes da responsabilidade estatal. O apêndice visa a sanar qualquer dúvida
ainda existente quanto à responsabilidade do agente por atos danosos ao particular.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITO

A responsabilidade civil tem sua origem no Direito


Civil, o intuito é que o agente causador repare os danos causados a
terceiros, que podem ocorrer de ordem patrimonial e/ou moral. Esta
responsabilidade poderá ser extracontratual e requer a existência de
alguns elementos para ser caracterizada tais como: uma atuação
lesiva culposa ou dolosa do agente.

Com relação à responsabilidade civil do Estado


pode-se dizer que, nos ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di
Pietro:

Quando se fala em responsabilidade do Estado,


está-se cogitando dos três tipos de funções pelas quais se reparte o
poder estatal: a administrativa, a jurisdicional e a legislativa. Fala-se,
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no entanto, com mais frequência, de responsabilidade resultante de


comportamentos da Administração Pública, já que, com relação aos
Poderes Legislativo e Judiciário, essa responsabilidade incide em
casos excepcionais (DI PIETRO, 2007).

Neste sentido quando o Estado, com o seu ato


descumpre a disposto na legislação é aplicada a penalidade nas
esferas, legislativas, administrativas e jurisdicional do Poder Estatal.
Tal responsabilidade é sempre civil, de ordem pecuniária,
proveniente de atos praticados por agentes públicos, ao exercer
suas funções administrativas, que ao gerarem os danos
administrados, originam a obrigação para o Estado de indenizar os
particulares que sofreram lesões.

De acordo com o ordenamento jurídico a


responsabilidade civil é orientada pelo principio da causalidade
adequada ou até mesmo do principio do dano direto e imediato,
neste caso, é necessária a existência do nexo de causalidade entre
a conduta do agente e o dano, além da respectiva prova dessa
relação de causalidade.

Vale lembrar que a responsabilidade do Estado não


poderá ser confundida com a responsabilidade do funcionário, uma
vez que este poderá estar exercendo suas funções e causar danos
tanto a bens do Estado bem como a de particulares. Nestas
condições caso seja comprovada a culpa, este deverá ressarcir os
danos causados. Caso o cidadão sofrer algum dano este poderá
requerer o seu direito por ato decorrente da ação do estatal, não
dependendo de prova para requerer sua indenização, pois aciona
diretamente o Estado, que este ao ser demonstrado o nexo causal
entre o ato do funcionário e o dano que o cidadão sofreu poderá
requerer a sua indenização. Como fica discutido a culpa do
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funcionário, esta é outra discussão em que o Estado poderá com


ação regressiva.

2.2 EVOLUÇÃO TEÓRICA

Historicamente, verifica-se que a responsabilização


civil do Estado evoluiu por diversas fases, seguindo variadas teorias.

Assim, sucederam-se no tempo as seguintes teorias:

a) Irresponsabilidade do Estado;
b) Responsabilidade subjetiva do Estado;
c) Responsabilidade objetiva do Estado;
d) Risco integral.

2.3 ESPECIES DA RESPONSABILIDADE CIVIL

O fato gerador da responsabilidade civil poderão ser:

a) Responsabilidade contratual: que é proveniente da


conduta violadora de norma contratual.

b) Responsabilidade extracontratual ou aquiliana:


resultante da violação de um dever geral de
abstenção, de respeito aos direitos alheios
legalmente previstos. Pode-se afirmar que esta
responsabilidade acontece ao ser imputado pelo
ordenamento jurídico ao autor do fato ou aquele
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eleito pela lei que ao violar direito causa dano a


outrem, porém não existe uma relação jurídica
prévia entre as partes, sendo assim o fundamento
que embasa tal responsabilidade não decorre de
manifestação de vontade das partes.

Quanto aos agentes eles poderão ser de


responsabilidade direta ou indireta:

a) Responsabilidade direta: ocorre por ato do próprio


responsável

b) Responsabilidade indireta: que ocorre por ato de


terceiro, vinculando ao agente ou de fato de animal
ou uma coisa que seja inanimada que porventura
esteja sob sua guarda.

A responsabilidade civil do Estado é fundamentada


com algumas teorias que são elas responsabilidade objetiva e
responsabilidade subjetiva.

a) Teoria da culpa administrativa: Leva em conta a falta


do serviço, e não a culpa subjetiva do agente
administrativo. Para que incorra a responsabilidade
faz-se necessário que a vítima sofra um dano e
comprove a falta do serviço. Exige, também, uma
culpa especial da Administração, que é denominada
culpa administrativa. A falta de serviço caracteriza-
se: pela sua inexistência, pelo seu mau
funcionamento ou retardamento. Incorrendo
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qualquer dessa hipóteses, a culpa administrativa é


presumida.

b) Teoria do risco administrativo: Baseia-se no risco


que o Estado causa a seus administrados. A
Administração tem obrigação de indenizar a vítima
pelo ato danoso e injusto que lhe foi causado, não
sendo necessário à vítima provar culpa dos agentes
ou falta de serviço. Para que surja a
responsabilidade, mister se faz que a vítima
comprove que sofreu um dano e que ele é injusto.
Porém, se comprovado, pelo Poder Público, que a
vítima teve culpa, a indenização será amenizada ou
excluída.

Outra regra de responsabilização, nesse caso


pessoal do juiz, é encontrada no art. 133 do Código
de Processo Civil, nos casos de atuação do
magistrado com dolo ou fraude, ou se ele se recusar
omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que
deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.

Nesses casos, responderá por perdas e danos. Não


se confundam atos legislativos com atos praticados
pelo Legislativo; atos jurisdicionais com atos
praticados pelo Judiciário.

Em cada caso, se o ato é praticado na função


administrativa, haverá normalmente a incidência da
responsabilidade objetiva do Estado, porque são
atos administrativos praticados pelo Legislativo ou
pelo Judiciário.
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c) Assim, para que fique claro, o Legislativo pratica


atos administrativos e atos legislativos. Aos
primeiros aplica-se a teoria objetiva, aos últimos, só
por exceção, caso seja a lei inconstitucional ou de
efeitos concreto. Idêntico raciocínio cabe para o
Judiciário.

d) Teoria do risco integral: A administração tem o dever


e de ressarcir todo e qualquer ato danoso causado à
vítima, ainda que esta tenha culpa ou dolo. Esta
teoria nunca foi adotada pela legislação pátria por
ser extremista.

2.4 TEORIA ADOTADA

De acordo com o art. 37, § 6º, da CF, abaixo


transcrito, a teoria adotada pelo Brasil foi a do risco administrativo.

Art. 37, §6º, da CF: "As pessoas jurídicas de direito


público e as de direito privado prestadoras de serviço público
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável em casos de dolo ou culpa".

Assim, todo e qualquer ente estatal tem o dever de


ressarcir os danos que seus agentes (permanentes ou transitórios)
causarem no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las,
sendo facultado, posteriormente, o direito de cobrar do servidor o
valor pago.
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2.5 CAUSAS EXCLUDENTES

Para que ocorra a responsabilidade civil, é de suma


importância a presença dos seguintes pressupostos, a saber: o
dano, a culpa do agente e o nexo de causalidade. Portanto, na falta
de um desses pressupostos não se configurará a responsabilidade.

A responsabilidade civil do Estado será elidida


quando presentes determinadas hipóteses, aptas a excluir o nexo
causal entre a conduta do Estado e o dano causado à vítima, quais
sejam: a força maior, o caso fortuito, o estado de necessidade e a
culpa exclusiva da vítima.

Caso Fortuito e Força Maior: existem autores que


defendem que a força maior decorre de fenômenos da natureza,
enquanto o caso fortuito seria decorrente da atuação humana. Por
outro lado, há quem defenda justamente o contrário. Logo, diante de
uma divergência doutrinária, importante buscarmos o
posicionamento da jurisprudência, ou seja, o entendimento dos
nossos juízes e tribunais.

PONTE DE MIRANDA, ao tratar do assunto,


lembrava que o Estado, em princípio, responderia objetivamente
pela hipótese prevista nos artigo 1529 do Código Civil, exceção ao
princípio da responsabilidade subjetiva, que rege a interpretação das
demais normas do Código, conforme o artigo 159 da Parte Geral.
Nada obstante, seu parecer nestas hipóteses salientava que "não há
responsabilidade se a queda resultou de força maior, que foi a causa
única, como terremoto ou o bombardeio aéreo".
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A esse respeito, o Supremo Tribunal Federal não faz


distinção entre caso fortuito e força maior, considerando ambas as
causas como excludentes de responsabilidade do Estado.

Culpa Exclusiva da Vítima ou de Terceiro: quando a


vítima do evento danoso for a única responsável pela sua causa, o
Estado não poderá ser responsabilizado. Ex: uma pessoa querendo
suicidar-se, se atira na linha do trem. Nesse caso, a família da vítima
não poderá responsabilizar o Estado, uma vez que a morte só
ocorreu por culpa exclusiva da pessoa que se suicidou.

Nesse caso, O Superior Tribunal de Justiça reduziu


pela metade o pagamento de indenização, pois concluiu pela culpa
concorrente da vítima, isto é, tanto a vítima quanto a empresa estatal
de transporte ferroviário foram considerados responsáveis pela
causação do acidente. O passageiro não deveria andar pendurado
no trem e a empresa estatal deveria proibir essa conduta (Recurso
Especial nº 226348).

2.6 INDENIZAÇÃO

A indenização a ser paga pela Administração em


favor da vítima pode se dar amigavelmente ou por meio da ação de
indenização.

Para que a vítima receba a indenização (dano


emergente, os lucros cessantes, os honorários advocatícios,
correção monetária e juros) basta que ela comprove o nexo causal
entre o ato do servidor e o dano que lhe foi causado.
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É possível a indenização por lesão corporal (caso


em que deverá ser pago o tratamento da vítima) e por morte (caso
em que deverá ser custeado o funeral e a prestação alimentícia da
vítima pelo tempo provável de sua vida aos seus dependentes).

Também é possível a indenização por dano moral,


embora haja dificuldade em se fixar o montante a ser pago.

2.7 AÇÃO REGRESSIVA

O art. 37, § 6º, da CF, contempla a hipótese da


Administração (ou do Estado) de ajuizar uma ação regressiva em
desfavor do agente que causou o dano à terceiro. Porém, para que
seja possível ao Estado ingressar com referida ação, necessário se
faz que o mesmo já tenha sido condenado a pagar o dano e que
comprove o dolo ou culpa do agente.

Assim, após indenizada a vítima, o Estado tem o


direito de restaurar seu patrimônio, voltando-se contra o agente
causador do dano.

A ação regressiva pode ser ajuizada ainda que o


servidor não mais exerça o cargo. Caso o agente causador do dano
já tenha falecido, a ação regressiva poderá ser ingressada contra
seus herdeiros e sucessores.

A esse respeito, cumpre anotar que não só os atos


ilícitos, como também os atos lícitos dos agentes públicos são
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capazes de gerar a responsabilidade extracontratual do Estado.


Exemplo: policiais civis em perseguição a um bandido, batem na
traseira de um veículo que estava no meio do caminho. A
perseguição policial consiste numa atuação lícita, mas gerou
prejuízos e o estado deverá indenizar os danos causados.

3. CONCLUSÃO

A responsabilidade civil do Estado é um instituto essencial à


construção do Estado Democrático de Direito, pois assegura os direitos do cidadão
em face de um injusto dano causado pelo poder público a seu patrimônio. Sua
objetivação coaduna-se com a doutrina mais moderna, que almeja facilitar o
ressarcimento do lesionado pelo agir dos agentes públicos, mediante a dispensa da
prova de culpa. Insere-se dentro do respeito que os agentes de um governo que se
pretende representante da soberania popular (art. 1º, p. único, da CRFB/88) estão
obrigados a dispensar a seus cidadãos, garantia de que se manterão dentro dos
limites da legalidade no desempenho de suas funções, e de que, ainda nessas
hipóteses, caso seja imprescindível o sacrifício de um direito particular em prol do
bem comum, aquele será prontamente ressarcido, pois atentaria contra a liberdade e
a igualdade entre os cidadãos que um indivíduo pudesse ser privado de uma parcela
de seu patrimônio sem uma respectiva compensação.

Não se confunde o acima exposto com a adoção de uma teoria do


Estado de Direito individualista, nos moldes dos criados ao final do século XVIII. Ao
contrário, os Estados Democráticos contemporâneos preveem a limitação de direitos
individuais em prol de interesses sociais, desde que atendidos os critérios da
proporcionalidade e da razoabilidade, e que os indivíduos que venham a sofrer um
dano pelo agir da Administração possam ser ressarcidos na justa medida de seus
prejuízos.
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Desta forma, parece-nos irretocável o sentido que têm dado doutrina


e jurisprudência ao disposto no §6o do artigo 37 da Carta Constitucional vigente. A
adoção da teoria do risco administrativo, sem os extremos a que levaria a adoção do
risco integral, tem se mostrado suficiente a manter o respeito pela cidadania, pelos
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e pela dignidade da pessoa humana,
princípios fundamentais do Estado brasileiro (art. 1o da CRFB/88). São, outrossim,
preservados da ingerência estatal os direitos fundamentais de todos, invioláveis
consoante o artigo 5o da Carta Magna.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª edição. 2002. São
Paulo. Malheiros;

PIETRO, Maria Sylvia Zanella de. Direito Administrativo. 8ª edição. Atlas.

CAETANO, Marcelo. Princípios Fundamentais do Direito Administrativo. Rio de


Janeiro: Forense, 1977.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. O Problema da Responsabilidade do Estado


por Actos Lícitos. Coimbra: Almedina, 1974.

CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo:


Malheiros, 1996.

CZAJKOWSKI, Rainer. Sobre a Responsabilidade Civil do Estado. In Jurisprudência

Brasileira: cível e comércio. Curitiba: Juruá, 1993, nº 170.

MATTOS NETO, Antônio José de. Responsabilidade Civil por Improbidade


Administrativa. In Revista dos Tribunais. Ano 87, nº 752 junho de 1998.

PEREIRA Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil. 9ª edição revista e


atualizada. Rio de Janeiro, Forense, 1998.

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