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UTFPR – UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DAELT – DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA


ET75F - MEDIDAS ELÉTRICAS

Exercı́cio de Calibração

1 Introdução
• A calibração é o conjunto de operações que permite atribuir valores às indicações de
um instrumento, bem como determinar as correções a essas indicações.

• O resultado da calibração é normalmente dado por uma curva de calibração, a qual


iremos construir para o exercı́cio a seguir usando uma Regressão Linear.

• A reta de regressão tem a seguinte formulação analı́tica:

y = a + b · x,

em que x é a grandeza lida pelo instrumento (e.g., temperatura), y é a indicação do


instrumento (e.g., dada em volts ou comprimento de onda), b é a inclinação da reta e
a representa a ordenada na origem.

A seguir, vamos realizar um exemplo de calibração com cálculos das incertezas associadas.
A partir dos dados fornecidos apresente a rotina de cálculo, em planilha Excel ou
similar, que calcule a incerteza expandida conforme roteiro apresentado a seguir.

2 Calibração de um Termômetro
Para monitorar a temperatura em uma usina hidrelétrica, a equipe de engenharia utilizou
uma nova tecnologia de sensores baseada em redes de Bragg em fibra ótica, cujo princı́pio de
funcionamento é dado pela Figura 1. O interrogador ótico tem a função de gerar um sinal
luminoso composto por vários comprimentos de onda diferentes, denotado por Broadband
Light na figura. Este sinal de banda larga percorre a fibra e chega ao sensor, o qual está
posicionado na região em que se deseja monitorar temperatura. Devido às caracterı́sticas da
rede de Bragg, o sinal luminoso banda larga é refletido com uma “falha” em um comprimento
de onda λ especı́fico (indicado por Bragg Wavelength na figura), o qual é proporcional à
temperatura. Quando esse sinal refletido volta ao interrogador ótico, realiza-se a subtração do
pulso banda larga original pelo pulso refletido, resultando em um pulso estreito, indicado por
Reflected Bragg Wavelength, centralizado em λ. O calibrador, por sua vez, é o instrumento
que fornece o valor padrão (tido como verdadeiro) da temperatura. Ou seja, é fundamental
na determinação de incertezas.
Figura 1: Medição de temperatura usando um sensor de redes de Bragg.

Para a calibração deste sensor foi utilizado um interrogador ótico com resolução de 1 pm.
Além disso, a variação de temperatura sobre o sensor foi feita através de um banho térmico,
monitorado po um calibrador com resolução de 0,1 ◦ C. A Tabela 1 apresenta as medições
realizadas e o roteiro de cálculos é dado a seguir.

2
Tabela 1: Valores de temperatura aplicados pelo banho térmico e variação do comprimento
de onda do sensor ótico obtidos pela unidade de medição durante procedimento de calibração.
Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3 Experimento 4
temp.( C) λ (nm) temp.( C) λ (nm) temp.( C) λ (nm) temp.(◦ C) λ (nm)
◦ ◦ ◦

20,00 1527,150 20,00 1527,152 20,00 1527,153 20,01 1527,143


30,00 1527,224 30,00 1527,218 29,99 1527,223 29,99 1527,219
40,01 1527,301 39,99 1527,307 39,99 1527,305 39,98 1527,294
50,00 1527,381 50,00 1527,383 50,00 1527,384 50,00 1527,380
60,00 1527,466 60,00 1527,466 60,00 1527,464 60,00 1527,464
70,00 1527,549 70,00 1527,552 70,00 1527,548 70,00 1527,546
80,00 1527,643 80,00 1527,644 80,00 1527,631 80,00 1527,638
Experimento 5 Experimento 6 Experimento 7 Experimento 8
temp.( C) λ (nm) temp.( C) λ (nm) temp.( C) λ (nm) temp.(◦ C) λ (nm)
◦ ◦ ◦

19,98 1527,150 19,99 1527,151 20,00 1527,149 19,99 1527,150


29,99 1527,220 30,00 1527,222 29,99 1527,223 30,00 1527,221
40,00 1527,303 40,00 1527,302 40,00 1527,304 40,00 1527,301
50,00 1527,383 50,00 1527,383 50,00 1527,382 50,00 1527,382
60,00 1527,462 60,00 1527,465 60,00 1527,466 60,00 1527,463
70,00 1527,550 70,00 1527,551 70,00 1527,549 70,00 1527,549
80,00 1527,635 80,00 1527,641 80,00 1527,639 80,00 1527,640
Experimento 9 Experimento 10
temp.( C) λ (nm) temp.(◦ C) λ (nm) temp.(◦ C) λ (nm) temp.(◦ C) λ (nm)

20,01 1527,149 20,00 1527,148


30,00 1527,222 30,00 1527,221
40,00 1527,301 40,00 1527,303
50,00 1527,380 50,00 1527,379
60,00 1527,465 60,00 1527,463
70,00 1527,547 70,00 1527,547
80,00 1527,637 80,00 1527,636

2.1 Reta de Ajuste Linear


1. Calcular a média para cada valor de temperatura obtida pelo calibrador considerado
N
1 X
x̄ = xi , (1)
N i=1

onde xi representa cada medida realizada, com i = 1, 2, · · · , N , sendo N a quantidade


de medições realizadas para cada valor de temperatura.

2. Calcular a média para cada valor de comprimento de onda utilizando a equação (1), o
qual será denotado por ȳ.

3. Calcular o desvio-padrão para cada valor de comprimento de onda:


v
u N
1 X
(yi − ȳ)2 .
u
S=t (2)
N − 1 i=1

3
4. Calcular a inclinação da reta de regressão:
Cov(X, Y )
b= , (3)
Var(X)
em que Cov(X, Y ) é a covariância entre X e Y , e Var(x) é a variância de x. Além disso,
X é a média dos valores de x̄ e Y é a média dos valores de ȳ.

5. Calcular o valor da ordenada na origem:


a = Y − bX. (4)

6. Calcular o coeficiente de correlação:


Cov(X, Y )
R= p . (5)
Var(X)Var(Y )

7. Realizar a Análise Gráfica: traçar os pontos medidos (somente a média) e a reta de


ajuste linear.

2.2 Determinação das Incertezas


1. A primeira fonte de incerteza é devido à dispersão das amostras do sensor ótico (Incer-
teza do Tipo A)
S
u1 = √ . (6)
N
Obs.: Calcular utilizando apenas o maior desvio padrão para obter a incerteza Tipo A
devido à dispersão das amostras.

2. A reta de regressão linear indica mais três fontes de incerteza do Tipo A: em relação
aos coeficientes b, a e outra determinada pela interpolação de um novo valor de y a
partir de x. Essas três incertezas são dadas respectivamente por:
SY |X
u2 = √ , (7)
SX N − 1
SY |X
u3 = ± √ , (8)
N
v
(x − x)2
u
u 1
u4 = ±SY |X t1 + + 2 (9)
N (N − 1) SX
r
1
≈ ±SY |X 1+ , (10)
N
em que S( Y /X) é o desvio padrão da reta, dado por:
s
n−1 2 2 ,

SY |X = SY − b2 SX (11)
n−2
onde n é o número de padres de valores (X, Y ), SX é o desvio padrão da grandeza
dependente (do comprimento de onda) e SY é o desvio padrão da grandeza independente
(temperatura do banho térmico).

4
3. Banho Térmico (Incerteza do Tipo B), a qual depende da resolução do calibrador:
resolução
u5 = √ . (12)
12

4. Interrogador ótico (Incerteza do Tipo B), a qual depende da resolução do instrumento:


resolução
u6 = √ . (13)
12

2.2.1 Cálculo da Incerteza Combinada


A incerteza combinada é a resultante da ação combinada das componentes aleatórias de
todas as fontes de incertezas que afetam um processo de medição. Para as incertezas obtidas
na seção anterior temos:
q
uc = u21 + u22 + u23 + u24 + u25 + u26 . (14)

Vale ressaltar que todos os valores de incertezas devem estar na mesma unidade, ou seja,
deve-se utilizar o parâmetro b, expresso em [1/◦ C], para converter valores de nm para ◦ C.

2.2.2 Cálculo do Graus de Liberdade


Deve ser associado à incerteza padrão combinada o número de graus de liberdade com
que foi estimada. O número de graus de liberdade reflete no grau de segurança com que
a estimativa do desvio padrão é conhecido. Para um incerteza do Tipo A obtida com n
medições, o cálculo do número de graus de liberdade é dado por:

v = n − 1. (15)

Para as incertezas do Tipo B, não é necessário o cálculo dos graus de liberdade, pois
considera-se que o equipamento esteja calibrado. Portanto, seu valor de graus de liberdade
é infinito. Entretanto, os graus de liberdade da incerteza combinada precisam ser calculados
em conjunto, pois nessa incerteza todos os graus de liberdade de todas as fontes de incerteza
são unificados. Então, o número de graus de liberdade efetivo da incerteza combinada é dado
pela equação de Welch-Satterthwaite:
u4c
vef = u41 u42 u43 u44
, (16)
v1 + v2 + v3 + v4

em que v1 , v2 , v3 e v4 são os graus de liberdade para cada uma das incertezas do tipo A
calculadas, utilizando a equação (15) considerando a quantidade de medidas disponı́veis em
cada caso.

2.2.3 Cálculo da Incerteza Expandida


A incerteza expandida expressa o nı́vel de confiança sobre a calibração, sendo calculada
como:
U = t · uc , (17)
em que t é o coeficiente da distribuição t-Student correspondente ao número de graus de
liberdade efetivos (vef ). Além disso, é comum empregarmos um intervalo de confiança de
95% com a distribuição t-Student, cujos coeficientes são dados pela Tabela 2.
5
Tabela 2: Coeficientes da distribuição t-Student. A tabela apresenta os valores de faixa de
abrangência/probabilidade.
v σ (68,27%) 1,96σ (95%) 2σ (95,45%) 2,58σ (99%) 3σ (99,73%)
1 1,837 12,706 13,968 63,656 235,811
2 1,321 4,303 4,527 9,925 19,206
3 1,197 3,182 3,307 5,841 9,219
4 1,142 2,776 2,869 4,604 6,62
5 1,111 2,571 2,649 4,032 5,507
6 1,091 2,447 2,517 3,707 4,904
7 1,077 2,365 2,429 3,499 4,53
8 1,067 2,306 2,366 3,355 4,277
9 1,059 2,262 2,32 3,25 4,094
10 1,053 2,228 2,284 3,169 3,957
11 1,048 2,201 2,255 3,106 3,85
12 1,043 2,179 2,231 3,055 3,764
13 1,04 2,16 2,212 3,012 3,694
14 1,037 2,145 2,195 2,977 3,636
15 1,034 2,131 2,181 2,947 3,586
16 1,032 2,12 2,169 2,921 3,544
17 1,03 2,11 2,158 2,898 3,507
18 1,029 2,101 2,149 2,878 3,475
19 1,027 2,093 2,14 2,861 3,447
20 1,026 2,086 2,133 2,845 3,422
25 1,02 2,06 2,105 2,787 3,33
30 1,017 2,042 2,087 2,75 3,27
35 1,014 2,03 2,074 2,724 3,229
40 1,013 2,021 2,064 2,704 3,199
50 1,01 2,009 2,051 2,678 3,157
60 1,008 2 2,043 2,66 3,13
70 1,007 1,994 2,036 2,648 3,111
80 1,006 1,99 2,032 2,639 3,097
90 1,006 1,987 2,028 2,632 3,086
100 1,005 1,984 2,025 2,626 3,077
150 1,003 1,976 2,017 2,609 3,051
200 1,003 1,972 2,013 2,601 3,038
1000 1 1,962 2,003 2,581 3,008
10000 1 1,96 2 2,576 3,001
100000 1 1,96 2 2,576 3

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