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Santana
2015
LUANA ROCHA DE SOUZA
Santana
2015
LUANA ROCHA DE SOUZA
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. M.ª Danielle Costa Guimarães
Universidade Federal do Amapá
______________________________________
Prof. Dr. Jodival Maurício da Costa
Universidade Federal do Amapá
______________________________________
Prof. Me. Elizeu Corrêa dos Santos
Universidade Federal do Amapá
Santana
2015
RESUMO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 18
1.1. SEGREGAÇÃO E HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL .... 18
1.1.1. A segregação socioespacial no Brasil ................................................... 18
1.1.2. A lógica atual das políticas habitacionais .............................................. 23
1.1.2.1. Qualidade projetual .................................................................................... 26
1.2. SEGREGAÇÃO E HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM MACAPÁ . 28
1.2.1. Crescimento urbano de Macapá e a problemática habitacional .......... 29
1.2.2. A questão das ressacas ........................................................................... 33
1.2.2.1. Legislação pertinente ................................................................................. 33
1.2.2.2. Ocupação das ressacas em Macapá ......................................................... 35
1.3. HABITUS E ESTILO DE VIDA.................................................................... 37
1.4. APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO .................................................. 41
1.4.1. Classificação dos espaços públicos ...................................................... 44
1.4.2. A qualidade como elemento determinante à apropriação do espaço
público .... ...................................................................................................45
2. METODOLOGIA ........................................................................................ 49
2.1. O TIPO DE PESQUISA .............................................................................. 49
2.2. TÉCNICAS DE COLETAS DE DADOS ...................................................... 49
2.3. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS ........................................................ 50
2.4. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE ESTUDO .................................... 51
3. ANÁLISE DA ÁREA DE ESTUDO ............................................................. 52
3.1. ÁREA DE INTERVENÇÃO ......................................................................... 52
3.2. ANÁLISE HISTÓRICA ................................................................................ 54
3.3. ANÁLISE DO ENTORNO ........................................................................... 55
3.3.1. Morfologia urbana .................................................................................... 56
3.3.2. Uso e ocupação do solo .......................................................................... 57
3.3.3. Equipamentos urbanos ............................................................................ 61
3.3.4. Mobilidade urbana .................................................................................... 68
3.3.5. Imagem do bairro ..................................................................................... 70
3.3.6. Infraestrutura ............................................................................................ 74
3.3.7. Aspectos naturais .................................................................................... 80
3.4. ANÁLISE DO RESULTADO DOS QUESTIONÁRIOS ................................ 82
4. PROPOSIÇÃO URBANISTICA E ARQUITETÔNICA ............................... 95
4.1. PARTIDO E PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................... 95
4.2. REPERTÓRIO .......................................................................................... 103
4.2.1. Heliópolis – gleba A ............................................................................... 103
4.2.2. Parque Novo Santo Amaro V ................................................................. 106
4.2.3. Biselli e Katchborian – Heliopolis ......................................................... 109
4.2.4. Tetris, Paris ............................................................................................. 111
4.2.5. Síntese ..................................................................................................... 113
4.3. PROJETO URBANO .............................................................................. 1144
4.4. PROJETO ARQUITETÔNICO .................................................................. 115
4.4.1. Tipologia 1............................................................................................... 116
4.4.2. Tipologia 2............................................................................................... 118
4.4.3. Tipologia 3............................................................................................... 119
4.4.4. Tipologia 4............................................................................................... 120
4.4.5. Centro comunitário ................................................................................ 122
4.5. PROJETO DAS PRAÇAS......................................................................... 122
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 127
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 128
APÊNDICES ........................................................................................................... 134
14
INTRODUÇÃO
2012). Possuem beleza cênica, regulam o microclima urbano, e ainda são corredores
naturais de ventilação, além de serem áreas legalmente protegidas. É nas ressacas o
destino de moradia de muitos imigrantes. Estudos recentes comprovam que 17% dos
moradores de Macapá e Santana vivem nessas áreas (IBGE 2010). Tais moradores
vivem em habitações precárias e são segregados e excluídos do benefício dos direitos
urbanos (GIRELLI, 2009).
Para tanto, o método utilizado foi o descritivo, pois visa descrever e analisar o
modo de vida dos moradores da ressaca das pedrinhas e a análise foi baseada,
principalmente, no aporte teórico de Bourdieu sobre o conceito habitus. A pesquisa foi
estruturada pelas referências da abordagem qualitativa, pois se trata de investigar
indicativos subjetivos, como o modo de vida dos moradores da ressaca; e, também,
pela quantitativa, pois traduz em números algumas informações dos questionários.
legislações que protegem essas áreas e como estas pessoas vivem segregadas do
meio urbano. O terceiro subitem aborda o conceito de habitus, que servirá de base
para a compreensão do modo de vida dos habitantes da área de estudo. O quarto
subitem aborda a apropriação do espaço público, que servirá para analisar como
essas pessoas se apropriam do espaço público e como propor espaços público de
qualidade. O segundo capítulo está voltado à metodologia utilizada. O terceiro aborda
a análise da área de estudo e o quarto a proposição arquitetônica.
18
1. REFERENCIAL TEÓRICO
O Brasil sofre com o elevado déficit habitacional1, que equivale a 5,8 milhões
de domicílios (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2014), o elevado crescimento urbano
somado à falta de políticas públicas são fatores que incidem nesse quadro e na
formação da segregação socioespacial.
O espaço construído é produzido por meio das ações dos agentes sociais2 e
estes o formam de acordo com seus interesses. O processo de produção do espaço
ocorre de forma desigual por parte dos agentes sociais, resultando em áreas
segregadas. O conceito de segregação, de acordo com Marcuse (2004, p.24),
corresponde a um processo segundo o qual “um grupo populacional é forçado,
involuntariamente, a se aglomerar em uma área definida, em um gueto. É o processo
de formação e manutenção de um gueto”. Nesse âmbito, os indivíduos se aglomeram
espontaneamente, o fazem sem o perceber, movidos por forças externas a eles.
1
O conceito de déficit habitacional, de acordo com a Fundação João Pinheiro (2014) consiste no déficit por
reposição de estoque de moradia e déficit por incremento de estoque de moradia.
2
Compreende-se agentes sociais os proprietários latifundiários e imobiliários, os proprietários dos meios de
produção, o Estado e os grupos sociais excluídos (CORRÊA, 1999)
19
Villaça (2003) também estuda esse conceito e afirma que a segregação é uma
forma de exclusão social que apresenta uma dimensão espacial. Essa exclusão só
ocorre a partir de uma dominação política, ideológica e, principalmente econômica: “O
chamado mercado, é o principal instrumento de dominação e exclusão econômica e
quase sempre apresenta uma manifestação espacial. É portanto um instrumento de
segregação” (VILLAÇA, 2003, p.1).
3
O termo “invasão” é utilizado por conta da precisão jurídica e se trata de ocupar a terra alheia, na maioria dos casos, por
falta de opção.
21
disfuncionais para a economia urbana e de risco para a ordem urbana” (LAGO, 2007,
p.278).
4
Compreende-se habitação social como a “habitação produzida e financiada pelo Estado destinada a baixa
renda”. (BONDUKI, 1994).
24
Em 2003, por meio da lei nº 10.683 foi criado o Ministério das Cidades e a
partir de então surge uma nova postura da gestão das cidades no que concerne à
produção de habitação, baseada na participação popular, do planejamento e da
integração das políticas urbanas. O Ministério das Cidades é o órgão central
responsável pela Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, inserida nesta está a
Política Nacional de Habitação (PNH), elaborada em 2004, que tem como principal
objetivo o acesso à moradia digna a todos os brasileiros, em especial à população de
baixa renda e também abrange o direito à infraestrutura, ao saneamento ambiental,
ao transporte, aos equipamentos e serviços urbanos e sociais (BRASIL, 2010).
e movimentos, que tem por objetivo produzir habitações por intermédio de mutirão e
autogestão (Bonduki, 2008).
Ferreira (2012) elenca que os projetos das habitações devem ser flexíveis e
adaptáveis, para se adequarem às mudanças no perfil e composição familiar. Roméro
5
Compreende-se integração a malha urbana como a capacidade de um ambiente estar ligado àcidade
infraestruturada, no que tange a acessibilidade, o transporte e infraestrutura. (MAGALHÃES E VILLAROSA,
2012)
6
GUIMARÃES, Eduardo Cotrim. Espaços urbanos da habitação: globalização e identidade. In: GOMES, M.F.C.M.
e PELEGRINO, A.I. de C. (Orgs.). Política de habitação popular e trabalho social. Rio de Janeiro: DP&A, 2005,
pp. 59-75.
28
Figura 1 - Localização do município de Macapá (em verde) e da cidade da Macapá (em vermelho).
Fonte: a autora.
Macapá não foge à regra das demais cidades brasileiras, inseridas na lógica
de estruturação capitalista que, de acordo com Corrêa (1999), é concebido por
agentes que produzem e consomem espaço, sua ação é complexa e deriva dos
conflitos de classe, da acumulação de capital e das alterações de reprodução das
relações de produção. Dessa forma, o espaço urbano é construído mediante as
relações estabelecidas entre diferentes grupos sociais.
Vale salientar que as diretrizes desses planos não foram totalmente postas
em prática. O melhor instrumento de gestão urbana consiste no plano diretor, e
quando este não impõe diretrizes de organização da cidade, nem busca colocá-las
em prática, resulta em diversos problemas urbanos. Tais problemas podem ser
observados em Macapá, como a expansão desordenada da cidade, a ocupação em
áreas úmidas, o aumento do déficit e inadequação habitacional.
7
O Plano Habitacional de Interesse Social é um instrumento de implementação do SNHIS, instituída pela lei
federal 14.124/2005.
32
déficit no município. Vale salientar que mesmo sem o plano existe investimento do
Minha Casa Minha Vida no município.
As ressacas, designação local para áreas úmidas, são sistemas físicos fluviais
colmatados pelos sedimentos aluviais do rio Amazonas, influenciados fortemente pela
pluviosidade, drenados por água doce e interligadas a um curso principal d’água e
caracterizados pela vegetação herbácea (TAKIYAMA et al., 2012).
No âmbito federal aplica-se à proteção das áreas de ressaca a Lei nº. 4771,
de 15 de setembro de 1965 que instituiu o Código Florestal, que considera a
preservação permanente de florestas e demais formas de vegetação natural que
estejam situadas, dentre outras, ao longo de rios ou de qualquer curso d’água. A Lei
n° 6938, de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1981), que dispõem sobre a Política
34
o aspecto habitacional, o plano também está voltado para atender a população que
reside nessas áreas.
Mesmo com a criação de leis que amparem as ressacas, elas pouco são
postas em prática, pois não há fiscalização quanto à ocupação nessas áreas, assim
como não é equacionado a causa do problema das ocupações, que consiste na falta
ao acesso de moradia pela população mais pobre, o que acarreta na perpetuação do
problema da ocupação dessas áreas.
não tem como pagar uma moradia de qualidade e são obrigadas a viver em um
ambiente inadequado, estando segregados dos direitos urbanos. Girelli (2009),
baseada no Plano Estratégico Municipal de Macapá, afirma que os aglomerados
urbanos que apresentam maior problema habitacional em Macapá são aqueles que
estão edificados nas áreas de ressaca, estes apresentam elevado adensamento
populacional em grandes favelas, e que analisados, principalmente, sob o âmbito
ambiental e sanitário não apresentam um mínimo de condições de habitabilidade.
pelo padrão simples, são pequenas, de madeira, possuindo, na maioria das vezes,
apenas um cômodo. Em geral, elas são construídas muito próximas umas às outras,
não permitindo uma privacidade entre os vizinhos (NERI, 2004).
8
Bourdieu compreende capital como uma intenção, que vai além do campo econômico e também engloba o
campo social, cultural e simbólico.
39
importante frisar que o habitus não possui soluções prontas para cada situação, este
pode mudar dependendo da circunstância, logo ele se adapta as novas conjunturas.
Ele demonstra um caráter multidimensional: é por vez eidos, sistemas de esquemas
lógicos ou de estruturas cognitivas; ethos, as disposições morais; hexis, o registro de
posturas e gestos; e aisthesis, os gostos, a disposição estética (RIZO, 2012). A
interiorização dessas disposições é fundamental para a geração das práticas dos
agentes.
Bourdieu (2008, p. 162) afirma que o “habitus é, com efeito, princípio gerador
de práticas objetivamente classificáveis, e ao mesmo tempo, sistema de classificação
(principium divisionis) de tais práticas”. Desta forma, corresponde a um sistema de
disposições duráveis, eficazes enquanto esquemas de classificação que norteiam as
apreciações, percepções e ações dos indivíduos. Os agentes emitem a classificação
às práticas, e julgam a classificação dessas práticas, assim como, julgam as dos
outros. O autor define:
9
Compreendido no espaço feito por diferenças materializadas pelo poder dominante, uma representação
abstrata, observada a partir de pontos de vista.
10
Considera-se a escola como capital cultural.
41
pela história. Como previsão das práticas, das potencialidades objetivas, o habitus
não é o destino, o agente tem a liberdade de escolha, liberdade esta condicionada
pelas regras do meio em que se insere.
Rizo (2012, p.79) em seu estudo conceitual sobre a cidade, utiliza em sua
abordagem essa teoria de Bourdieu e elucida que “la ciudad es el escenario de la
cultura in-corporada, los habitus puestos em movimiento, practicados”. Dentre as
ideias que conceituam a cidade, Rizo elenca como o entorno construtivo oferece
sentido à vida de seus habitantes, sendo assim a cidade é geradora e cenário de
habitus específicos.
Desta forma, a teoria bourdiesiana pode ser usada para analisar as atitudes
subjetivas que são capazes de estruturar a realização de novas práticas. Sendo
assim, o habitus, como princípio gerador das práticas, é manifestado em cada ação
do indivíduo e pode ser analisado a partir de uma prática.
que implicam numa ligação entre visibilidade e espaço público, tem gosto pelo
gigantismo e pelo “grande espetáculo”.
11
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: 1. artes de fazer. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. [L’invention
du quotidien. 1a. arts de faire, 1990]
45
O espaço público possui uma função, e esta presume um uso, e sua forma
influencia como é utilizado pelas pessoas e também pode favorecer ou inibir as
práticas. Quanto mais adequado o ambiente construído, em termos de qualidade de
infraestrutura e de existência de equipamentos e serviços próximos a residência que
apoiem as necessidades dos moradores, maior será a intensidade de apropriação da
área (GAMBIM, 2007). A qualidade de infraestrutura se refere à acessibilidade, à
aparência, à segurança, à imagem do local, que são fatores que influenciam o uso
dos espaços públicos (FRANCIS, 198712 apud OLIVEIRA, 2012).
12
FRANCIS, Mark. Urban Open Space. In : ZUBE, E.; MOORE, G. (Eds). Advances in evironment, behaviorand
Design. New York: Planum Press, 1987.
13
CARR, Stephen; FRANCIS, Mark; Rivlin, Leane ; STONE, Andrew M. Public Space. New York : Cambridge, University Press,
1992.
47
não é mantida somente pela polícia, também é mantida pela vigilância exercida,
muitas vezes de forma inconsciente, pelas pessoas. Assim a sensação de segurança
em um lugar corresponde a um importante pré-requisito para o uso dos espaços
públicos, a autora defende três principais aspectos para se ter segurança nas ruas e
calçadas: o primeiro refere-se na nítida separação entre espaço público e espaço
privado; segundo diz respeito aos olhos para as ruas, na qual os edifícios deve estar
voltados para a rua; terceiro, a calçada deve ter usuários transitando constantemente,
para aumentar o número de olhos atentos e para induzir as pessoas de dentro do
edifício a olhar para a rua.
2. METODOLOGIA
2.1. O TIPO DE PESQUISA
14
A pesquisa explicativa torna inteligível a razão da ocorrência de determinados fenômenos. Nas
ciências naturais, a pesquisa explicativa utiliza, primordialmente, o método experimental. Já nas
ciências sociais, se utiliza mais o método observacional e nem sempre é possível a realização de
pesquisas rigidamente explicativas, devido, muitas vezes, haver baixo grau de controle dos fenômenos
(GIL, 2010).
50
15
SELLTIZ, Claire et all. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1972.
51
Fonte: a autora.
Base cartográfica: Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar nº 077/2011
53
Por meio das imagens se pode observar que a ocupação se iniciou na borda
da ressaca, próximo à Avenida Equatorial e que durante dez anos houve um elevado
aumento do quantitativo de residências no interior da ressaca, que, atualmente,
totalizam cerca de 250 residências (estimativa realizada por meio da visita in loco).
55
Fonte: a autora.
Base cartográfica: Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar nº 077/2011.
A malha urbana pode ser compreendida como o estudo das formas urbanas,
levando em conta seu conteúdo e processos formadores. Em relação a forma urbana
do bairro, seu traçado predominante é ortogonal, com vias paralelas ao rio amazonas,
seguindo o traçado que prevaleça na cidade de Macapá, entretanto próximo ao lote
escolhido, as vias se tornam perpendiculares a rodovia e os quarteirões não estão
bem definidos.
Fonte: A autora.
Base cartográfica:Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
57
Fonte: A autora.
Base cartográfica: Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
59
Figura 12 – Mapa que mostra a ocupação e os usos no interior da ressaca das Pedrinhas.
Fonte: A autora.
Base cartográfica:Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
61
O mapa de equipamentos públicos foi feito nos bairros Marco Zero, Pedrinhas,
Araxá e parte do Jardim Equatorial e Universidade, por conta de alguns equipamentos
englobarem o acesso ao público de mais de um bairro (figura 13).
Fonte: A autora.
Base cartográfica:Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
63
Educação
Acessibilidade Educação Infantil Ensino Médio
fundamental
Fonte: A autora.
Nota: Base cartográficaPlano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
65
Fonte: A autora.
Base cartográfica:Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
66
No que tange aos parques e áreas de lazer, o bairro Jardim Marco Zero possui
o Monumento Marco Zero do Equador, que corresponde à área de lazer contemplativa
e um ponto de atração turística. O bairro também possui a praça que fica na frente na
Unimed e ao espaço livre diante da bacia de acumulação de água, ambas podem ser
classificadas como campos de vizinhança por conta de seu tamanho com raio de
abrangência de 800 metros (NÁDIA, IOSHIAQUI, 2005). Sendo assim, sua
abrangência não chega à ocupação informal da ressaca das pedrinhas, nem no lote
proposto para o reassentamento, vale salientar que tais praças não possuem
playground e que seus mobiliários estão deteriorados. Em uma parte da Avenida
Equatorial existe um canteiro central com bancos e arborização, entretanto de dia não
é muito movimentado, pela falta de mobiliários urbanos e de atrativos, como
playground (figura 16).
Fonte: A autora.
Base cartográfica:Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
68
Fonte: A autora.
Base cartográfica:Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar n° 077/2011.
70
No que tange aos fluxos das vias, a rodovia possui um elevado fluxo de
veículos, entretanto não apresenta passarelas para a travessia, tornando esse
processo perigoso, principalmente para crianças que vão sozinhas à escola. A
Avenida Equatorial apresenta um fluxo médio de veículos, pois é uma via de ligação
interbairros e está conectada com a rodovia, por isso acaba atraindo comércios e
serviços diversificados o que influencia em um maior fluxo de veículos e de pedestres,
principalmente de dia.
Jardim Marco Zero em duas partes. Nesse tópico se abordará a imagem que é
passada pela parte do bairro que situa-se no entorno da avenida Equatorial.
Fonte: a autora.
Base catografica: ZEEU,2011.
72
Fonte: a autora.
Base cartográfica: Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar nº 077/2011
73
Figura 24 – Foto do muro do terreno do projeto à Figura 25 – Foto da via diante do terreno do
esquerda. projeto.
Fonte: a autora.
Base cartografica: ZEEU, 2011.
3.3.6. Infraestrutura
Fonte: a autora.
Base cartográfica: Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar nº 077/2011
77
Fonte:a autora.
Base cartografica: ZEEU,2011.
Figura 36 – Hipsometria
Fonte: a autora.
Base cartográfica: Plano Diretor de Macapá, 2004. Lei complementar nº 077/2011
82
3% 3%
10% Macapá
3%
34% Breves
Manaus
Afuá
Portel
Monte Alegre
47%
Fonte: a autora.
4% 0%
Analfabeto
18% Ensino fundamental incompleto
26%
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
22%
Ensino médio completo
15%
15% Ensino superior incompleto
Ensino superior completo
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
pessoas cada. No que tange à composição familiar dos entrevistados, 47% compõem
uma família de pai, mãe e filho, 23% é composto por mãe e filho e 17% apresentam
agregados na casa. Vale salientar que muitas mulheres foram abandonadas pelo
cônjuge, portanto trabalham e cuidam dos filhos, ou simplesmente vivem às custas do
governo, pois, dentre outros fatores, não há creches para deixar as crianças.
3%
2 3% Pai/mãe
7% 10% 3%
3 7% Pai/mãe e filhos
6%
4
17% Pai/filhos
17%
5
20% Mãe/filhos
6 47%
8 Família e
17% 23%
agregados
10 Mãe e/ou pai,
20% filhos e avós
15 0%
Outros
3% 0% Um
7% Dois
3% 10%
Três
20% Quatro
20% Cinco
14% Seis
Sete
23% Oito
Nove
Fonte: a autora.
4%
23% Ótimo
30% Bom
Regular
20% Ruim
Péssimo
23%
Fonte: a autora.
20%
Bom
13% Regular
67% Ruim
Fonte: a autora.
Em relação ao posto policial, 17% não utilizam, 20% acham bom, 23% acham
regular e 40% acham ruim, afirmando que não há postos próximos e que os policiais
não entram na ponte e demoram para chegar quando são solicitados. Sobre as áreas
de lazer, 27% não utilizam, 33% acham ruim, 23% acham regular, e 17% acham bom,
as maiores reclamações foram sobre a falta de áreas de lazer próximas, na violência
que existe nesses ambientes, na falta de playgrounds, na falta de mobiliário e na falta
de manutenção dessas áreas. Sobre os mercados e comércios 7% não o utilizam,
apenas 3% o acham ruim, 27% acham regular e 63% acham bom, os resultados
positivos se referem à proximidade desses lugares, situados tanto dentro da ressaca
quanto na avenida equatorial.
88
100%
90%
80%
70%
60% Não utilizam
50%
40% Ruim
30% Regular
20%
10% Bom
0%
Fonte: a autora.
16
Existe apenas uma edificação religiosa no interior do bairro, entretanto existe uma igreja que realiza os cultos
nas casas das pessoas.
89
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30% Não sabe
20%
10% Próximo
0%
Distante
Fonte: a autora.
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Comunidade Própia casa Praça Outros Rua Casa dos Casa
religiosa vizinhos familiares
Fonte: a autora.
14
12
10
8
6
4
2
0
Praças/áreas Rua/ponte Casa dos Própria casa Não tem Outro
verdes do seu vizinhos criança
bairro
Fonte: a autora.
inserem, 13% mantém esse antigo costume, sendo que 87% não faz isso.
Questionados se teriam vontade de criar animais ou cultivar horta 79% afirmaram que
sim, se houvesse um espaço para fazê-lo.
Figura 51 – Gráfico cultivo de plantas ou criações Figura 52 – Gráfico cultivo de plantas e criações
de ainimais antes de morar na ressaca das de animais, atualmente.
pedrinhas.
Cultivava
plantas Cultiva plantas
3%
10% 10%
0%
13% Criava animais Cria animais
0%
21%
Sim
Não
Não sabe
79%
Fonte: a autora.
0% 3%
14%
Sim
Não
Talvez
Fonte: a autora.
93
Com base nas entrevistas e na análise física foi elaborado um quadro resumo
das necessidades mais latentes dos moradores da ressaca e do entorno do lote
escolhido. Em relação aos equipamentos públicos são necessários um posto policial,
uma creche, uma escola de jardim de infância, um posto de saúde, um centro
comunitário, áreas de lazer, com playground e área esportiva, lanchonetes. Sobre a
infraestrutura urbana, os arredores do lote escolhido e da ressaca necessitam de
calçamento, pavimentação e arborização. No que tange as maiores necessidades
referentes à habitação, a partir das entrevistas compreende-se que esse moradores
querem, principalmente, ter uma casa em terra firme que disponha de toda a
infraestrutura necessária e que seja funcional no sentido de atender suas
necessidades, que possa dispor de varanda, item comum nas habitações, área que
se possa criar horta, habitação com dois ou três quartos, para se adequar a
94
Posto de saúde* -
300
Posto policial -
100
Creche** -
1575
Escola*** -
2800
Igreja -
480
Fonte: a autora.
Obs.: * dimensão mínima estabelecida pelo projeto padrão do Ministério da Saúde.
** Dimensão mínima do terreno estabelecida pelo projeto padrão do FNDE de educação infantil
para 60 alunos.
*** Dimensão mínima do terreno estabelecida pelo projeto padrão do FNDE de educação infantil
para 120 alunos.
O terreno escolhido está bem inserido na cidade, por conta de sua localização,
da infraestrutura e do transporte público existentes, necessitando, apenas, de alguns
equipamentos comunitários.
Fonte: a autora.
A rodovia foi alargada, ficando com três faixas, para dar prosseguimento ao
alargamento existente diante do Atacadão. Ao lado da rodovia, foi proposto uma via
local, estando separadas através de um canteiro, com o intuito de separar o trânsito
da rodovia desta via local e tornar o ambiente mais seguro, além de diminuir os ruídos
provocado pelo intenso trânsito da rodovia.
local e da vizinhança, além de dar continuidade ao uso comercial existente por conta
do Atacadão. Uma praça com o centro comunitário foi locada no quarteirão mais
próximo ao Monumento Marco Zero, pois este equipamento se integra a área de lazer
e cultura existente atualmente, por conta do Monumento Marco Zero e do
Sambódromo.
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
102
Além das áreas livres maiores, também foram locadas outras de menor porte.
Tais áreas possuem diversas funções, como esportiva, descanso, playground,
contemplação, cinema ao ar livre e passagem. Estes espaços públicos propiciam ao
pedestre várias possibilidades de caminhos além da calçada, possuindo sempre
pontos de atração. Vale salientar que tanto as áreas de lazer, como áreas de
passagem possuem edifícios voltados para as mesmas, com acessos e/ou janelas
para se ter “olhos para a rua” e, assim, oferecer o sentimento de segurança às
pessoas. As áreas comuns de lazer levam em conta a acessibilidade, a aparência, a
imagem e a diversidade de uso criando ambientes propícios para os acontecimentos
das práticas sociais, possibilitando encontros ao ar livre e as manifestações dos
modos de vida.
Figura 59 – Mapa áreas verdes e dos possiveis caminhos feitos por pedestres.
Fonte: a autora.
103
Fonte: a autora.
4.2. REPERTÓRIO
Fonte: www.archdaily.com
Fonte: www.archdaily.com
Fonte: www.archdaily.com
Fonte: www.archdaily.com
Fonte: www.archdaily.com
108
Para promover maior proteção solar foram postos elementos vazados e/ou
brises nas varandas e nas áreas de serviço que recebem maior insolação solar.
Fonte: www.archdaily.com
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Fonte: www.archdaily.com
Figura 74 – Planta baixa do apartamento tipo B Figura 75– Planta baixa do apartamento tipo A
do conjunto habitacional de Heliópolis. do conjunto habitacional de Heliópolis.
Fonte: www.archdaily.com
Este projeto faz parte de um programa que visa regenerar bairros carentes no
norte de Paris. O projeto foi executado em 2010 pelo escritório Moussafir Architects.
Foram construídos dois edifícios de uso misto, contemplando nove residências e três
estúdios artísticos. O projeto teve a participação de artistas, dos moradores do bairro
e do governo.
112
para o jardim interno, fato que aumenta a quantidade da capitação de luz solar, além
de permitir ao morador olhar para ambos lugares, interagindo com estes e melhorando
o sentimento de segurança. Diante da sala de estar situa-se uma varanda que pode
ser agregada a esta se as portas estiverem abertas, formando um grande ambiente.
Os volumes que saem da fachada, que contém as varandas, tornam a fachada
dinâmica e permitem a visão da rua e uma maior interação com esta.
4.2.5. Síntese
Varandas
Heliópolis – Gleba A Quadra europeia com jardim interno
Uso misto
Elementos vazados
Parque Novo Santo Amaro V Área esportiva
Pontos de atração
Boa interação com o entorno
Fonte: a autora.
Figura 82 – Implantação.
Fonte: a autora.
tipologias está relacionada a não ter muitos padrões repetitivos e com isso não tornar
o ambiente monótono.
Fonte: a autora.
A pintura das fachadas será de pintura em látex sob massa corrida em tons
claros. As áreas molhadas se localizam próximas para diminuir os gastos de materiais
do sistema hidráulico.
4.4.1. Tipologia 1
117
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
118
4.4.2. Tipologia 2
Fonte: a autora.
119
A principal proposta desse edifício consiste nos próprios moradores que vivem
no pavimento superior trabalharem na sala comercial locada ao térreo, o que leva em
conta os usos mistos situados na ressaca e a proximidade da habitação e do trabalho.
O edifício também engloba outras salas que podem ser ocupadas por moradores de
outros edifícios. Diversos usos podem ser efetuados em tais salas, como restaurantes,
lanchonetes, costura, artesanato, mercado, quitanda. Por conta dessa diversidade de
usos, pontos de água devem ser deixados em todas as salas, ficando a cargo do dono
do imóvel instalar outras pias.
4.4.3. Tipologia 3
Fonte: a autora.
4.4.4. Tipologia 4
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
122
O centro comunitário possui uma planta funcional, que seja de fácil percepção
para os usuários. Possui uma forma mais contemporânea com materiais regionais,
como o uso da treliça de madeira e do cobogó. Na fachada principal está locado a tela
para o cinema ao ar livre.
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
A praça do centro comunitário possui o centro comunitário, a academia ao ar
livre, um playground e áreas de descanso. Foi pensado como área de transição entre
o centro comercial, o conjunto habitacional e o entorno. Dispõem de mobiliários,
ambiente agradável com arborização, além de diversos usos para que as pessoas
possam usufruí-lo.
Fonte: a autora.
124
Fonte: a autora.
Também pode-se destacar a praça que possui uma pista de skate. Esta pode
ser utilizada tanto pelos moradores do conjunto quanto pelos skatistas de Macapá, já
que existe carência de espaços adequados ao esporte na cidade de Macapá.
125
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
Os moradores da ressaca não têm o hábito de andar de skate, mas isso não os
impede de aprender e gostar do esporte. Portanto a existência de uma praça com
pista de skate somada a aulas que ensinem a modalidade é um estimulo para jovens
e crianças começarem a pratica-lo, a gostar da modalidade e se apropriar desse
espaço. Essa praça também possui área de descanso sombreada.
126
Fonte: a autora.
A praça criada próxima a ressaca possui área esportiva com campo de futebol,
lanchonete, playground, áreas de descanso e de contemplação da ressaca.
Fonte: a autora.
Por meio desta praça se faz uma transição entre a área protegida e as
edificações. Em relação às vegetações, a grama utilizada consiste na batatais,
existem árvores de diversos portes e vegetações rasteiras.
127
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2014.
15. ________. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação
e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L6938.htm>. Acesso em: 06 jul. 2014.
16. ________. Lei n°10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183
da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá
outras providencias. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.
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130
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ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, XIV, 2011, Rio de Janeiro. Anais... Rio de
Janeiro, RJ, 2011. Disponível em:
<http://www.anpur.org.br/site/anais/ena14/ARQUIVOS/GT1-775-366-
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26. Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos (COHRE). Conflitos Urbano-
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urbano das áreas de ressacas de Macapá e Santana, estado do Amapá:
relatório técnico final. Macapá: IEPA, 2012.
3. Tempo de Moradia
Em que cidade o Sr. (a) morava antes de vir para
Macapá?________________________________________
Qual a razão de ter vindo morar
aqui?_________________________________________________________
Há quanto tempo mora na casa? ( ) anos ( ) meses
4. Composição Familiar
Quantas pessoas moram na casa? ( ) pessoas
( ) pai ( ) mãe ( ) filhos ( ) Irmãos ( ) Netos ( ) Avós ( )
outros:_________________________
5. Renda Familiar
Qual seu trabalho? ( ) Autônomo ( )Desempregado ( ) Estudante ( ) Aposentado ( )Dona de casa
( )Funcionário de firma
9. Segurança
Você acha que é perigoso andar na vizinhança (assalto)? ( )Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não
10. Outros
Antes de morar aqui, o Sr. (a) cultivava horta ou criava animais para o próprio consumo ou venda?
( ) cultivava plantas ( ) criava animais ( )cultivava plantas e criava animais ( )não fazia
Atualmente, o Sr. (a) cultiva horta ou cria pequenos animais para consumo?
( )não cultiva ( )Não cria animais ( ) cultiva ( ) Cria animais ( ) cultiva plantas e cria
animais
-----Tem vontade? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez ( ) Não sabe
Mencione as coisas boas de morar nesse bairro.
__________________________________________________________________________________
Quais são os maiores problemas desse bairro?
__________________________________________________________________________________
APÊNDICE B
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
CONCEITUAÇÃO DO PROJETO
Trata-se de uma intervenção urbano e arquitetônica, om o intuito de remanejar
os moradores da ressaca das Pedrinhas e realoca-los para um vazio urbano que se
localiza próximo da área de ressaca, diante da Rodovia J.K. a proposta urbana e
arquitetônica foi elaborada de tal maneira que contemplem as necessidades dos
moradores, que preservem seu modo de vida, que sejam de qualidade, que possuam
espaços públicos de qualidade para a qual estes possam apropria-los.
Para tanto foram criadas quatro tipologias de edifícios. Três tipologias são de
dois pavimentos e uma tipologia é de três pavimentos, com isso há uma dinâmica
quanto a visibilidade de um pedestre, que torna o lugar mais interessante e aumenta
o sentimento de pertencimento ao lugar. A verticalização baixa foi utilizada por conta
do espaço necessário para a implantação das edificações.
A disposição dos ambientes e as dimensões das unidades habitacionais foram
pensadas em espaços flexíveis para que o morador possa realizar atividades do
cotidiano, como estudar, fazer refeições, descansar na rede, entre outras.