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Interface - Comunicação, Saúde, Educação

A abordagem da Análise Bioenergética e suas contribuições


para a humanização da assistência ao parto
Fo
Journal: Interface - Comunicação, Saúde, Educação

Manuscript ID ICSE-2018-0728
rR
Manuscript Type: Articles

Análise bioenergética, parto humanizado, terapias complementares,


Keyword:
integralidade
ev
iew
On
ly

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3 A abordagem da Análise Bioenergética e suas contribuições para a
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humanização da assistência ao parto
5
6 The approach of Bioenergetic Analysis and its contributions to the
7
8
humanization of childbirth care
9
10
El enfoque del Análisis Bioenergético y sus contribuciones a la
11 humanización de la atención del parto.
12
13
14
15 Resumo
16
17
18
19 Este artigo tem por objetivo investigar o resultado de intervenções baseadas na
20
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Análise Bioenergética como ferramenta de cuidado integrativo identificando suas
23
24 contribuições para a humanização do parto. Trata-se de estudo de caso do tipo
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25
26 explanatório, realizado em maternidade pública da rede municipal de saúde do
27
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Recife. Foram utilizadas entrevistas abertas semiestruturadas e observação


29
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31 participante para a coleta dos dados, envolvendo parturientes, puérperas,
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32
33 familiares e profissionais. Os dados foram tratados por meio da análise de
34
35 conteúdo ancorada em categorias emergentes. Os dados apontam importante
36
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38 contribuição das intervenções baseadas na abordagem da Análise Bioenergética
39
40 para uma assistência humanizada às parturientes do estudo. A partir dos
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41
42 recursos terapêuticos da abordagem em tela, pode-se observar diminuição dos
43
44
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níveis de estresse e ansiedade. A Análise Bioenergética mostrou-se significativa
46
47 ferramenta na promoção de um cuidado integrativo, atendendo às prerrogativas
48
49 do modelo de atenção humanizada ao parto.
50
51
52
53
54 Palavras-chaves: Análise Bioenergética, parto humanizado, terapias
55
56 complementares, integralidade.
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3 Abstract
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7 This article aims to investigate the results of interventions based on Bioenergetic
8
9
10 Analysis as an integrative care tool identifying their contributions to the
11
12 humanization of childbirth. This is a case study of the explanatory type, carried
13
14 out in a public maternity of the municipal health network of Recife. Semistructured
15
16
17
open interviews and participant observation were used to collect the data,
18
19 involving parturients, puerperal women, family members and professionals. The
20
21 data were treated through content analysis anchored in emerging categories. The
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22
23 data point to an important contribution of the interventions based on the
24
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25
26 Bioenergetic Analysis approach for a humanized care to the parturients of the
27
28 study. From the therapeutic resources of the on-screen approach, one can
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29
30 observe decreased levels of stress and anxiety. The Bioenergetic Analysis
31
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32
33 proved to be a significant tool in the promotion of an integrative care, attending
34
35 to the prerogatives of the humanized care model at birth.
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38
39 Key-words: Bioenergetic Analysis, humanized childbirth, complementary
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41 therapies, completeness.
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3 Resumen
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7 Este artículo tiene por objetivo investigar el resultado de intervenciones basadas
8
9
10 en el Análisis Bioenergético como herramienta de cuidado integrativo
11
12 identificando sus contribuciones para la humanización del parto. Se trata de un
13
14 estudio de caso del tipo explicativo, realizado en maternidad pública de la red
15
16
17
municipal de salud de Recife/PE. Se utilizaron entrevistas abiertas
18
19 semiestructuradas y observación participante para la recolección de los datos,
20
21 envolviendo parturientes, puérperas, familiares y profesionales. Los datos fueron
Fo

22
23 tratados a través del análisis de contenido anclado en categorías emergentes.
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25
26 Los datos apuntan una importante contribución de las intervenciones propuestas
27
28 para una asistencia humanizada a las parturientas del estudio. En este estudio,
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29
30 fue posible observar disminución de los niveles de estrés y ansiedad. El Análisis
31
iew

32
33 Bioenergético se mostró coherente con la propuesta de cuidado integrativo,
34
35 atendiendo a las prerrogativas del modelo de atención humanizada al parto.
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Palabras claves: Análisis Bioenergética, parto humanizado, terapias
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42 complementarias, integralidad.
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3 Introdução
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6 A Política Nacional de Humanização (PNH) está fundamentada num paradigma
7
8 ético-estético-político, na busca por uma atenção singularizada e comprometida,
9
10 social e politicamente, com as diferentes realidades dos sujeitos envolvidos. A
11
12 dimensão ética diz respeito a uma escuta acolhedora que potencializa trocas de
13 saberes e sentidos, favorecendo a emergência de modos de cuidar a partir do
14
15 cotidiano. A dimensão estética refere-se a um processo comunicacional que vai
16
17 além da escuta técnica em busca de informações objetivas. Está comprometida
18
com um processo criativo contínuo na produção de novas formas de fazer o
19
20 cuidado. Já a dimensão política está relacionada ao reconhecimento das
21
Fo

22 diversas formas de ser e se expressar no mundo, comprometida com um cuidado


23
24 pautado no respeito aos direitos humanos1-3.
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25
26 No contexto da assistência hospitalar ao parto, muitos obstáculos são apontados
27
28 como desafio para a efetivação de uma prática humanizada. Dentre eles,
ev

29
30 destacam-se questões referentes à estrutura física, funcional e relacional
31
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32
existentes neste ambiente2,4. Vale ressaltar que, em termos de estrutura
33 relacional, encontra-se formas de relação hierarquizadas entre profissionais,
34
35 parturientes e familiares e questões de gênero e raça que permeiam atitudes e
36
tomadas de decisão2,4,5. No entanto, compreende-se que o processo de
On

37
38
humanização da atenção ao parto representa o respeito e o compromisso com
39
40 a liberdade e autonomia da mulher, a integralidade do cuidado e a valorização
ly

41
42 do conhecimento popular e abertura para modalidades terapêuticas diversas4,5.
43
44
45 Alinhado a esse processo de busca pela humanização da saúde, enquanto
46 projeto ético-estético-político, com uma concepção ampliada do processo saúde-
47
48 doença e na direção de uma promoção global do cuidado humano,
49
50 especialmente do autocuidado, surgem iniciativas inovadoras como propostas
51
52
de cuidado6. Nesta direção, a Política Nacional de Práticas Integrativas e
53 Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) vem a contribuir
54
55 para a efetivação de um cuidado continuado, humanizado e integral em saúde7.
56
57 Em relação à atenção ao parto, a PNPIC atende às recomendações do modelo
58
humanístico em relação ao protagonismo da mulher e a uma visão integrativa e
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60 interdisciplinar4. Ao passo que se identifica sobremaneira com o modelo holístico

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3 que apresenta uma compreensão do corpo humano para além das funções
4
5 orgânicas, considerando as relações energéticas que ocorrem na interação entre
6
7 sujeitos4,8.
8
9
Dentre as modalidades terapêuticas indicadas pela PNPIC como prática de
10
11 cuidado integrativo consta a bioenergética9. Trata-se de uma abordagem
12
13 terapêutica que compreende o indivíduo enquanto unidade funcional constituída
14
15 dos aspectos mentais, corporais e espirituais que interagem influenciando-se
16 mutuamente9,10. Tem por objetivo possibilitar o reencontro com o próprio corpo
17
18 e com a vitalidade que há nele através de intervenções focadas nas funções
19
20 básicas da sexualidade, respiração, movimento, sentimento e auto expressão10.
21
Fo

22
23
A relevância deste trabalho consiste na produção de conhecimentos pautada na
24 proposta de humanização e na valorização das práticas integrativas como
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25
26 importantes ferramentas de cuidado. De modo especial, este estudo mostra-se
27
28 relevante para o reconhecimento da Análise Bioenergética como abordagem
ev

29
terapêutica que extrapola o setting da clínica tradicional, podendo apresentar
30
31 significativas contribuições para o campo da saúde coletiva. Neste sentido,
iew

32
33 buscou-se responder a seguinte questão: Como as intervenções baseadas na
34
35 Análise Bioenergética podem contribuir para a humanização da assistência ao
36 parto?
On

37
38
39 O objetivo deste trabalho, portanto, foi analisar o resultado de intervenções
40
baseadas na abordagem da Análise Bioenergética como ferramenta de cuidado
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41
42
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no âmbito da maternidade, buscando identificar suas contribuições para a
44 efetivação de uma assistência humanizada.
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3 Método
4
5
6 Esta investigação consiste em um estudo de caso do tipo explanatório, realizado
7
8 em maternidade pública de gestão municipal do Recife/PE. O caso foi
9
10 identificado e escolhido de acordo com os critérios indicados por Pires11:
11
12 pertinência teórica (capacidade de responder os objetivos iniciais da pesquisa);
13 características e a qualidade intrínseca do caso (riqueza do caso para
14
15 aprofundamento ou comparação); tipicidade ou exemplaridade (caso típico,
16
17 representativo do que se quer estudar); possibilidade de aprender com o caso
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escolhido; interesse social; e, sua acessibilidade à investigação (viabilidade).
19
20
21 O acesso ao local de estudo foi devidamente autorizado por carta de anuência
Fo

22
23 do órgão responsável. E facilmente acolhido pela direção e equipe locais devido
24
ao fato da pesquisadora compor a equipe de trabalho como psicóloga naquela
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25
26 unidade.
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29 Trata-se de uma maternidade certificada pelo selo Iniciativa Hospital Amigo da


30
31 Criança (IHAC), conferido pelo Ministério da Saúde a unidades comprometidas
iew

32
33
com recomendações para uma assistência humanizada. Por esta certificação, a
34 unidade recebe incentivos do Programa Rede Cegonha destinados a viabilizar
35
36 condições para a humanização do cuidado. No entanto, esta maternidade
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37
38 apresenta inúmeras dificuldades para concretizar as ações pertinentes a essas
39
propostas.
40
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41
42 A unidade atende a demandas espontâneas e encaminhadas pela central de
43
44 parto, funcionando 24 horas. O fluxo do atendimento passa pela classificação de
45
46 risco, triagem obstétrica, podendo ser encaminhada para o internamento,
47 transferência de unidade ou alta clínica. Em caso de internamento, a mulher é
48
49 levada à sala de pré-parto e, se estiver acompanhada por familiar, este é
50
51 encaminhado ao serviço social. Entre as informações repassadas pelo serviço
52
53
social, é recomendado que durante a permanência da mulher na sala de pré-
54 parto não fique acompanhante do sexo masculino. A justificativa é o fato daquele
55
56 ambiente ter espaço restrito e de uso coletivo sem qualquer anteparo que
57
58 possibilite a mínima privacidade.
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3 No entanto, em casos em que a mulher deseje que o pai do bebê participe do
4
5 nascimento, o mesmo é orientado e autorizado a entrar em casos determinados:
6
7 quando o parto ocorrer na sala de parto, pois o bebê pode nascer no pré-parto
8
onde ele não é autorizado a entrar; caso não haja intercorrências que a equipe
9
10 médica julgue impeditivo para o acesso a qualquer familiar, como em caso de
11
12 cesárea e outras situações avaliadas por aqueles profissionais.
13
14
15 A equipe conta com médicos obstetras, neonatologistas, pediatras, anestesistas,
16 enfermeiras, enfermeiras obstetras, psicólogo, assistente social, técnicos de
17
18 enfermagem e doulas voluntárias. Após o parto, mulher e criança são
19
20 encaminhadas ao alojamento conjunto. Caso o recém-nascido apresente
21
Fo

22
necessidade, pode ser encaminhado ao berçário que fica localizado próximo aos
23 alojamentos e são acessíveis às mães e aos pais das crianças.
24
rR

25
26 O principal recurso de coleta de dados foi o método da observação participante,
27
28 como importante fonte de evidência que permite ao observador participar dos
ev

29
eventos estudados, assumindo várias funções12. Os ambientes observados
30
31 foram a sala de pré-parto e a sala de parto, durante o período de atuação
iew

32
33 profissional da pesquisadora nesses espaços, ocorrendo entre os meses de
34
35 novembro a dezembro de 2017. Os sujeitos envolvidos nesse momento da
36 pesquisa foram: as puérperas, os familiares e os profissionais de nível superior
On

37
38 envolvidos na dinâmica desses ambientes. Toda vivência foi registrada
39
40 imediatamente após cada incursão.
ly

41
42
43
Para fim de triangulação dos dados12, foram realizadas entrevistas abertas
44 semiestruturadas, registrada por meio de gravador, devidamente autorizadas
45
46 pelos entrevistados a partir de Termo de Consentimento Livre Esclarecido
47
48 (TCLE). O grupo escolhido para esta coleta foi composto por oito puérperas que
49 haviam sido acompanhadas e orientadas pela abordagem bioenergética durante
50
51 o trabalho de parto e parto e três profissionais, sendo duas enfermeiras obstetras
52
53 e uma médica obstetra, diretamente envolvidas na assistência a essas mulheres
54
55
nas salas de pré-parto e de parto.
56
57 As entrevistas com as puérperas seguiram a partir de duas perguntas
58
59 disparadoras: “Como foi, para você, parir nesta maternidade?” e “O que você
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3 sentiu ao ver ou ouvir o bebê pela primeira vez?”. Por sua vez, com os
4
5 profissionais foram norteadas por questões como: “O que você entende por
6
7 Humanização do Parto/Parto Humanizado?”; “Como você percebe a participação
8
de outros atores na assistência às parturientes na sala de pré-parto e sala de
9
10 parto?”; “Como os fatores emocionais e psicológicos afetam a evolução do
11
12 trabalho de parto?” e, “Você conhece a abordagem da Análise Bioenergética?”.
13
14
15 As observações no ambiente de estudo foram registradas em diário de campo
16 com riqueza de detalhes. As 11 entrevistas realizadas foram transcritas na
17
18 íntegra. A reunião dos dados coletados pelos dois instrumentos constituiu o
19
20 corpus da pesquisa e foram analisados segundo a técnica de análise de
21
Fo

22
conteúdo13. Durante a exploração dos dados, foram construídas três categorias
23 temáticas: “Humanização técnica”; “Alienação da mulher acerca do próprio
24
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25 processo de parir”; “Intervenções, baseadas na Análise Bioenergética,


26
27 realizadas junto às parturientes”.
28
ev

29
Para fim de discussão teórica, foi realizada pesquisa nos bancos de dados
30
31 Scielo, LILACS e PUBMED, no entanto, não foram encontradas referências que
iew

32
33 discorram sobre a atuação da bioenergética na maternidade.
34
35
36 Este trabalho procurou atender às exigências da Resolução 466/12 do Conselho
On

37 Nacional de Saúde, foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa


38
39 em Seres Humanos, conforme Parecer Consubstanciado nº 2.356.360. Optou-
40
se por adotar nomes de flores para garantir o anonimato das parturientes e
ly

41
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43
puérperas. Os profissionais foram identificados pela especialidade e numerados
44 em sequência crescente. As entrevistas e o uso de gravador foram autorizados
45
46 pelos entrevistados por meio do TCLE.
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3 Resultados e discussão
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9 Humanização técnica
10
11
Esta categoria temática reuniu informações referentes aos profissionais de nível
12
13 superior. De forma geral, as falas coletadas nas entrevistas e as atitudes
14
15 observadas nos respectivos espaços evidenciaram uma compreensão
16
17 generalista acerca do conceito de humanização do parto. Consideram que as
18 boas práticas baseadas em evidências, referem-se ao parto fisiológico, no
19
20 entanto reconhecem as dificuldades em mudar o modelo de atenção aprendido
21
Fo

22 e não apresentam considerações quanto à singularidade de cada parturiente.


23
24
As unidades de análise que contribuíram para esta interpretação podem ser
rR

25
26 representadas pelos seguintes discursos encontrados nas entrevistas:
27
28
ev

29 [...] o profissional, ele precisa atuar de forma obedecendo às boas


30
31 práticas da assistência obstétrica (Enfermeira Obstetra 1)
iew

32
33 [...] eles são preparados, mas eles estão tão acostumados a trabalhar
34
35 de forma como eles trabalhavam há anos e anos atrás, e não
36
conseguem incorporar as novas diretrizes de atenção ao parto atuais
On

37
38
(Enfermeira Obstetra 1).
39
40
O parto humanizado... É um parto fisiológico, com menos intervenção
ly

41
42
43 possível (Médica Obstetra 1).
44
45 Durante a observação participante, na sala de parto, na presença da paciente e
46
47 de seu companheiro que participa desse momento, uma médica obstetra diz:
48
49 “Essa história de trazer o pai pra sala de parto é um absurdo. É romantizar a
50
humanização do parto”. Em outro momento, a mesma médica diz para uma
51
52 residente: “Eu escolhi obstetrícia pela proposta do parto humanizado. Agora, o
53
54 povo inventa uma moda de parto na banheira... Isso não tem nada de
55
56 humanizado. Fica todo mundo mergulhado na bosta. Deus me livre”!
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3 Os profissionais entrevistados e aqueles que interagiram durante a observação
4
5 participante afirmaram nunca ter ouvido falar na abordagem da Análise
6
7 Bioenergética antes da chegada da profissional especialista na equipe.
8
9
A gestante traz peculiaridades fisiológicas, psicológicas e sociais para a
10
11 experiência do parto, dentre elas, fatores que podem exacerbar os níveis de
12
13 estresse e ansiedade, tornando o sistema límbico hiperativo. As defesas
14
15 corporais podem alcançar um nível de esgotamento a ponto de deixar a
16 parturiente mais vulnerável a complicações obstétricas psicogênicas14. Portanto,
17
18 é indispensável, para uma assistência humanizada, a organização de um
19
20 ambiente acolhedor e a incorporação de práticas que reconheçam e valorizem a
21
Fo

22
singularidade de cada mulher em diversos aspectos (físicos, emocionais, sociais,
23 culturais etc)4.
24
rR

25
26
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28
ev

29 Alienação da mulher acerca do próprio processo de parir


30
31
Durante o período de observação participante, bem como nas entrevistas com
iew

32
33 as puérperas, muitos comportamentos e discursos foram interpretados e
34
35 agrupados formando essa categoria temática. Muitas mulheres demonstraram
36
grandes expectativas em relação às intervenções médicas.
On

37
38
39 Uma das puérperas entrevistadas, Amarilis, disse claramente o quanto foi difícil
40
ly

41 vivenciar o tempo do trabalho de parto. Ela diz que veio ao hospital esperando
42
43 que o médico realizasse seu parto e sentiu-se abandonada, mesmo sendo
44
45
assistida por outros profissionais. A compreensão de sua resposta envolveu a
46 entonação com que se referia a essas crenças, representando, para a
47
48 pesquisadora, a falta de consciência acerca de seu próprio processo de parir.
49
50
51 Os familiares presentes na sala de pré-parto também expressam crenças que
52 favorecem a alienação e falta de contato da parturiente com seu próprio corpo.
53
54 A mãe de Magnólia apresenta-se aflita, gritando que sua filha vai morrer porque
55
56 está abandonada. No entanto, não há intercorrências ou qualquer sinal de risco,
57
58
além do habitual. Mas, as duas acreditam que é necessário um médico ou
59 enfermeiro para ajudar Magnólia a parir. Converso sobre a fase do trabalho de
60

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2
3 parto em que ela se encontra, sobre a rotina de evolução médica, os
4
5 procedimentos, o papel do acompanhante e que, inclusive, o parto poderia
6
7 acontecer no próprio leito, sem intervenções, de forma natural. Orientei que ela
8
poderia chamar a equipe em caso de perceber mudança da dinâmica do seu
9
10 corpo, mas que para isso precisava ficar atenta. Elas pareciam compreender o
11
12 que eu dizia, mas não se conformavam com a ideia de que a mulher poderia
13
14 parir sem a intervenção de um profissional.
15
16 Ainda representando essa categoria, pode-se citar o relato abaixo, registrado
17
18 durante a observação participante:
19
20
21 Observo bastante constrangida, um médico obstetra realizar a
Fo

22
23
manobra de redução de colo de útero, que é considerada prática de
24 violência obstétrica. No entanto, ele faz o procedimento atendendo ao
rR

25
26 pedido desesperado de Vitória Régia (multípara) e sua mãe que
27
28 suplicam que ele ajude pra que o parto seja mais rápido. Apesar da
ev

29
dor real, do grito de terror de Vitória Régia durante a manobra, ela
30
31 entra em período expulsivo rapidamente e após o parto, agradece
iew

32
33 bastante ao médico referindo que ele foi um anjo.
34
35
Esses achados corroboram com a compreensão de que a transferência do parto
36
On

37 para o ambiente hospitalar distancia a mulher de sua autonomia e consciência


38
39 corporal, estabelecendo, por vezes, uma relação de dependência com o
40
profissional15,16, 17, 18.
ly

41
42
43
44
45
46 Intervenções, baseadas na Análise Bioenergética, realizadas junto às
47
48 parturientes
49
50
51
Do ponto de vista teórico, a abordagem da Análise Bioenergética contribuiu para
52 uma práxis alinhada à perspectiva da humanização do parto. Compreender a
53
54 unidade funcional mente-corpo, proposta por esta abordagem favoreceu o
55
56 acolhimento e compreensão das expressões espontâneas das parturientes. Esta
57 concepção ainda privilegia a comunicação não verbal, facilitando o vínculo e
58
59 propiciando que a parturiente possa ir percebendo o próprio corpo e
60

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1
2
3 reconhecendo as emoções do momento, podendo ressignificar sua relação com
4
5 as demandas inerentes ao trabalho de parto.
6
7
8 Do ponto de vista de recursos práticos, a Análise Bioenergética ofereceu
9
ferramentas que puderam facilitar o relaxamento, a diminuição de estresses,
10
11 maior consciência corporal e, consequentemente, mais autonomia e
12
13 protagonismo da mulher em relação ao seu processo de parir.
14
15
16 Em contato com as parturientes, os fundamentos teóricos da Análise
17 Bioenergética foram o pano de fundo no qual se desenvolveu o cuidado. O
18
19 trabalho corporal foi surgindo a partir das demandas e singularidades de cada
20
21 mulher.
Fo

22
23
24
No caso de Jasmim, uma primípara de 19 anos, o diálogo iniciou na troca de
rR

25 olhar, através do qual ela consentiu minha aproximação e contato físico. Sua
26
27 expressão facial demonstrava terror. Foi orientada a respirar e reconhecer suas
28
ev

29 sensações corporais. Em seguida, foi orientada a sentar e assim, foi trabalhado


30
o grounding postural. Jasmim parecia estar vinculada e, aos poucos, permitia-se
31
iew

32 movimentos espontâneos, apresentando mais leveza nas vivências das


33
34 contrações. O objetivo da abordagem foi o de acolher e legitimar as queixas de
35
36 Jasmim e ajudá-la a se conectar com o seu corpo e a sua realidade naquele
On

37 momento.
38
39
40 Entre os conceitos fundamentais da Análise Bioenergética destaca-se, o de
ly

41
42 grounding, ou enraizamento, que se refere à condição subjetiva de
43
44
autosustentação e maior conectividade com o corpo e com a realidade. O
45 grounding é ainda uma técnica corporal que pode ser trabalhada de diversas
46
47 formas como: o contato de olhar que possibilita reconhecimento, acolhimento e
48
49 empatia; algumas posturas corporais que favorecem a circulação da energia e a
50 consciência de si; e, o holding que representa a provisão ambiental
51
52 suficientemente boa e é ofertado como sustentação física, por meio do toque e
53
54 de massagens ou como sustentação psicológica10,20 - 22.
55
56
57
Essa categoria também pode ser representada pelos relatos a seguir,
58 decorrentes da observação participante:
59
60

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1
2
3 Rosa é uma multípara, está sem acompanhante, passa a maior parte
4
5 do tempo deitada no leito, contrariando as recomendações médicas e
6
7 por isso, é criticada pela equipe que repete várias vezes que ela não
8
está se ajudando, que se colaborasse já teria parido... ela só chora.
9
10 Aproximo-me e procuro estabelecer vínculo com ela através de
11
12 toques leves e contato de olhar, procurando ofertar holding (ou seja,
13
14 através da relação, do vínculo, oferecer condições de contorno
15 corporal para favorecer o grounding). Ao perceber vínculo, explico
16
17 que, se ela preferir, poderá permanecer deitada, mas precisa respirar
18
19 com mais tranquilidade para que possa ir percebendo o que está
20
21
acontecendo com seu corpo. Com a aproximação, posso perceber
Fo

22 sinais de seu corpo indicando medos que não estão relacionados à


23
24 dor. Daí ela pode me contar sobre a experiência traumática com o
rR

25
26 genitor daquele bebê. Julgo que minha intervenção colaborou para
27
uma experiência menos sofrida, através das expressões de Rosa que
28
ev

29 consegue se movimentar de forma mais espontânea, sorrir, falar dos


30
31 partos anteriores, lembrar que é uma boa “parideira”.
iew

32
33
Acompanhando o parto de Hortência, a parabenizo pelo nascimento
34
35 de sua filha e ela, muito emocionada, refere: “Bem que a senhora
36
disse que eu precisava ouvir meu corpo. Como é bom respirar de
On

37
38
39 verdade!”.
40
ly

41 Camélia é uma puérpera que permanece na sala de pré-parto


42
43 enquanto aguarda vaga no alojamento conjunto. Já com seu bebê nos
44
45 braços, ela faz muitas referências às minhas intervenções tentando
46 tranquilizar as outras parturientes dizendo: “Acredita nela, gente! Esse
47
48 negócio de respiração é de verdade”. Interpreto sua expressão de
49
50 forma positiva, como que validando a minha escolha por trabalhar
51
52
com a abordagem corporal.
53
54 Outros conceitos fundamentais para a Análise Bioenergética são respiração,
55
56 rendição e graciosidade. A respiração é compreendida como primeiro ato vital e
57
58 reconhecida como fonte de energia que potencializa o movimento e a vida do
59
60 corpo. Portanto, deve ser ampliada e flexibilizada para promover o

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1
2
3 funcionamento saudável do organismo. A rendição é a capacidade de se
4
5 entregar a si mesmo, relaxando as defesas e permitindo a pulsação vital. A
6
7 graciosidade pode ser compreendida como um aspecto da espiritualidade. É o
8
que permite um movimento e uma suavidade flexíveis promovendo maior contato
9
10 com o próprio organismo e com o ambiente20,21,23.
11
12
13 Na assistência às parturientes, a depender da fase do trabalho de parto, pode-
14
15 se trabalhar seu enraizamento em posições de pé, agachadas, sentadas ou
16
17
mesmo de joelhos, em postura de entrega. Tais posições já são utilizadas como
18 orientações para o desenvolvimento de um bom trabalho de parto. No entanto,
19
20 o olhar da bioenergética vem somar, neste contexto, ao favorecer ao profissional
21
Fo

22 a capacidade de identificar e compreender as expressões corporais24 da mulher


23
e, assim poder fazer escolhas mais adequadas em relação a como intervir ou
24
rR

25 colaborar para o seu processo, ajudando-a a reencontrar com seu próprio corpo
26
27 e reconhecer suas sensações corporais, podendo expressar-se livremente.
28
ev

29
30 Compreende-se, portanto, que a Análise Bioenergética pode fornecer subsídios
31
teóricos e práticos, pautados num paradigma holístico, que favorecem e mesmo
iew

32
33 facilitam uma abordagem humanizada na assistência ao parto, na qual teoria e
34
35 técnica servem de pano de fundo para a prática de um cuidado guiado pela
36
própria parturiente em sua integralidade. No entanto, dentre as limitações
On

37
38 encontradas no percurso deste trabalho, a falta de referencial teórico e prático
39
40 em relação a aplicabilidade da abordagem estudada no contexto da maternidade
ly

41
42 representou um grande desafio.
43
44
45
46
47
48 Considerações Finais
49
50
51 Durante o período dedicado a uma observação sistematizada do contexto e das
52
53 relações vivenciadas numa maternidade, pode-se perceber uma equipe
54
55 interessada numa prática humanizada. Mas, ao mesmo tempo, tão enraizada no
56
57
modelo tecnocrático e positivista que muitas vezes inviabilizava um trabalho
58 interdisciplinar. Muitas hipóteses surgiram na tentativa de compreender essa
59
60 realidade que apesar de não fazerem parte do escopo desse estudo, vale a pena

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1
2
3 apontá-las para futuras investigações. Dentre elas, a associação de alguns
4
5 fatores como: a impossibilidade, ou dificuldade, do profissional da saúde
6
7 conceber outra racionalidade, outra forma de pensar o cuidado naquele contexto;
8
o engessamento dado pelas condições precárias de trabalho; preconceitos
9
10 sociais, especialmente relacionados aos temas gênero e raça/cor.
11
12
13 Mesmo diante de discursos humanizados foi possível observar a soberania da
14
15 técnica, inclusive na prática de procedimentos considerados inadequados e
16 mesmo desaconselhados pela PNH.
17
18
19 Durante a realização dessa pesquisa, pode-se perceber a real contribuição das
20
21 intervenções bioenergéticas para o bem-estar das parturientes. Pode-se
Fo

22
23
observar muitas expressões de desespero se transformando em atitudes de
24 entrega diante de um cuidado que favorecia a tomada de consciência corporal.
rR

25
26 Facilitar a percepção dos movimentos internos de seu organismo, integrando as
27
28 sensações físicas, sentimentos e emoções, favorece o protagonismo da mulher.
ev

29
Esse modo de cuidado representa uma assistência efetivamente humanizada,
30
31 capaz de ofertar às mulheres um ambiente acolhedor de suas singularidades.
iew

32
33
34 A partir da realização deste estudo, surgiu a proposta de reeditar e ampliar esta
35
36 pesquisa para o acompanhamento de grupo de gestantes durante o pré-natal,
On

37 em serviço de atenção básica do SUS.


38
39
40
ly

41
42
43
44
45
46
Referências
47
48 1. Deslandes SF. Análise do discurso oficial sobre a humanização da
49
50
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assistência hospitalar. Ciênc Saúde Colet, 2004; 9(1): 7-14.
52
53
54 2. Moreira MADM, Lustosa AM, Dutra F, Barros EO; Batista JBV, Duarte MCS.
55
56 Políticas públicas de humanização: revisão integrativa da literatura. Ciênc. saúde
57
58
colet. 2015; 20(10): 3231-3242
59
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2
3 3. Verdi M, Finkler M, Matias MCS. A dimensão ético-estético-política da
4
5
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humanização do SUS: estudo avaliativo da formação de apoiadores de Santa
7
8 Catarina (2012-2014). Epidemiol Serv Saúd. 2015; 24(3): 363-72.
9
10
11 4. Ministério da Saúde (Brasil). Cadernos HumanizaSUS - Volume 4:
12
13
Humanização do parto e do nascimento. Brasília, DF: UECE/Ministério da
14
15
16 Saúde, 2014.
17
18
19 5. Silva RM, Jorge HMF, Matsue RY, Ferreira JAR, Barros NF. Uso de práticas
20
21 integrativas e complementares por doulas em maternidades de Fortaleza (CE) e
Fo

22
23
24 Campinas (SP). Saúd soc. 2016; 25(1): 108-120.
rR

25
26
27 6. Telesi Junior E. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova
28
ev

29 eficácia para o SUS. Estud avanç. 2016; 30(86): 99-112.


30
31
iew

32
33
7. Ministério da Saúde (Brasil). Manual de implantação de serviços de práticas
34
35 integrativas e complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
36
On

37
38 8. Davis-Floyd, R. The Technocratic, Humanistic, and Holistic Paradigms of
39
40
Childbirth. International Journal of Gynecology & Obstetrics. 2001; 75: 5-23.
ly

41
42
43
44 9. Brasil. Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 702, de 21 de março de 2018.
45
46 Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para
47
48 incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e
49
50
51 Complementares - PNPIC. Brasília, 2018.
52
53
54 10. Lowen A. Bioenergética. São Paulo: Summus; 1982.
55
56
57 11. Pires AP. Amostragem e pesquisa qualitativa: ensaio teórico e metodológico.
58
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60
In: Poupart J, Deslauriers JP, Groulx LH, Lapemère A, Mayer R, Pires AP,

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2
3 organizadores. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e
4
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metodológicos. Petrópolis: Editora Vozes; 2008.
7
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9 12. Yin RK. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª ed. Porto Alegre:
10
11 Bookman; 2001.
12
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14
13. Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.
15
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18 14. Maldonado MT. Psicologia da gravidez. Rio de Janeiro: Jaguatirica Digital;
19
20 2013.
21
Fo

22
23 15. Maia MB. Humanização do parto: política pública, comportamento
24
rR

25
26 organizacional e ethos profissional. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2010.
27
28
ev

29 16. Diniz CSG. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos


30
31 sentidos de um movimento. Ciênc. saúde coletiva. 2005; 10(3): 627-637.
iew

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17. Reis TLR, Padoin SMM, Toebe TRP, Paula CC, Quadros JS. Autonomia
36
feminina no processo de parto e nascimento: revisão integrativa da literatura.
On

37
38
39 Rev Gaúcha Enferm. 2017; 38(1): 1-8.
40
ly

41
42
18. Gomes SC, Teodoro LPP, Pinto AGA, Oliveira DR, Quirino GS, Pinheiro AKB.
43
44
45 Renascimento do parto: reflexões sobre a medicalização da atenção obstétrica
46
47 no Brasil. Rev. Bras. Enferm. 2018; 71(5): 2744-2748.
48
49
50 19. Possati AB, Prates LA, Cremonese L, Scarton J, Alves CN, Ressel LB.
51
52
53 Humanização do parto: significados e percepções de enfermeiras. Esc. Anna
54
55 Nery. 2017; 21(4): 1-6.
56
57
58 20. Lowen, A. Alegria: a entrega ao corpo e à vida. São Paulo: Summus, 1997.
59
60

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3 21. Lowen, A. Exercícios de bioenergética. São Paulo: Ágora, 1985.
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22. Medeiros C, Aiello-Vaisberg TMJ. Reflexões sobre holding e sustentação
8
9 como gestos psicoterapêuticos. Psicol. clín. 2014; 26(2): 49-62.
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12 23. Lowen A. A espiritualidade do corpo: bioenergética para a beleza e a
13
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harmonia. São Paulo: Summus, 2018.
15
16
17
18 24. Lowen A. Uma vida para o corpo: autobiografia de Alexander Lowen. São
19
20 Paulo: Summus, 2007.
21
Fo

22
23
24
rR

25
26
27
28
ev

29
30
31
iew

32
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35
36
On

37
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