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Introdução
A legislação brasileira não tem uma definição de local de crime ou local do fato,
que é a área física interna ou externa onde se comete fato delituoso, ao qual se segue o
chamado à polícia, geralmente a polícia militar, os peritos criminais e, com as provas, a prisão
e o processo judicial. Na verdade, coube à doutrina fazer a definição do que é chamado de
local de interesse à Justiça Criminal. Neste trabalho de pesquisa fazemos a relação entre o que
diz a legislação infraconstitucional brasileira e a doutrina a respeito do tema.
Do mesmo modo, procuramos explicar as diferenças existentes entre áreas
externas e internas do local de crime, como área mediata interna e área mediata externa. Nessa
classificação, os locais fechados são os internos, e tem área mediata aberta e área imediata
interna. Os locais externos se dividem em área mediata externa e área imediata externa.
Fazem parte da classificação os locais relacionados, os locais idôneos ou preservados e os
inidôneos ou violados. Procuramos mostrar, em relação ao tema, o trabalho da perícia,
fundamental nos cuidados que se devem tomar em relação aos locais de crime.
Desenvolvimento
coisa ou da pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito. A pena é de detenção de
três meses a dois anos e multa. Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal,
ainda que não iniciado, aplicam-se as penas em dobro.
Em casos de morte, os peritos, em locais interiores, devem verificar os aspectos de
desordem, móveis derrubados, objetos caídos, roupas desarrumadas, pequenos objetos,
mossas deixadas por objetos contundentes, fendas, perfurações, manchas, pegadas, armas,
chapéus, bengalas, frascos com remédio ou veneno, impressões digitais em copos, vidraças e
objetos lisos. Devem ser tiradas fotografias. Depois desse primeiro exame passam para o
exame do corpo, mostrando, inclusive a relação entre ferimentos e instrumentos.
Para o local do crime existe uma classificação: são internos os locais fechados,
normalmente por paredes ou outros meios, como o interior de uma residência, veículo ou bar.
A área pode ser mediata aberta, que são as vias de acesso ao ambiente onde ocorrer o fato
delituoso. São os corredores, os ambientes ao redor do cômodo, os jardins e as áreas vizinhas.
A área imediata interna é o espaço físico onde ocorreu o crime, como um quarto ou uma sala.
Os locais externos são os locais abertos como ruas, rodovias, praças, estradas,
matagal, beira de rios, que se subdividem também em área mediata externa, que são as áreas
de acesso que levam ao local onde ocorreu o crime, como estradas, picadas e as imediações; e
a área imediata externa, o local propriamente dito, onde o crime ocorreu.
Existem ainda outros conceitos importantes, como os locais relacionados, mesmo
que diversos do local original. Isso acontece quando o agente mata a vítima e joga o corpo
num matagal. Ambos se relacionam. Numa última classificação, os locais de crime podem ser
idôneos ou inalterados, que facilitam o trabalho da perícia, ou inidôneos, quando são alterados
ante da mudança dos peritos.
Garcia e Régis (2016) estão de acordo de que o local do crime ou cena do crime
fala com quem a compreende. Ela demonstra peculiaridades que somente o profissional
treinado consegue ver, diante dos diferentes modos de interpretá-la. Deve ser explorada da
maneira possível para contribuir com os elementos fundamentais de salvaguarda da ordem
jurídica. As regras fundamentais são isolar e preservar. Com elas se tornam práticas as ações
seguintes da investigação, como o inquérito policial, a prisão e o processo judicial célere,
legal e disponível.
Para tanto, consolidam-se os trabalhos da perícia forense, atividade técnico-
científica prevista no Código de Processo Penal, indispensável para elucidação de crimes
quando houver vestígios. Realiza-se por meio da ciência forense, responsável por auxiliar na
produção do exame pericial e na interpretação correta dos vestígios deixados para trás pelo
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Conclusão
O local de crime ou local de fato, embora não seja definido pelo Código de
Processo Penal, tem na doutrina uma correspondência com a porção de espaço compreendida
num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se estenda de modo a
abranger todos os lugares onde tenha sido consumado o delito pelo criminoso ou criminosos.
A polícia deve se deslocar o mais rapidamente possível para esse local tão logo seja
comunicada do fato delituoso.
Quanto à classificação do local de crime, existem as áreas internas e externas. São
internos os locais fechados, normalmente por paredes ou outros meios. A área pode ser
mediata aberta, que são as vias de acesso ao ambiente onde ocorrer o fato delituoso. A área
imediata interna é o espaço físico onde ocorreu o crime, como um quarto ou uma sala. Os
locais externos são os locais abertos como ruas, rodovias, praças, estradas, matagal, beira de
rios, que se subdividem também em área mediata externa, que são as áreas de acesso que
levam ao local onde ocorreu o crime, como estradas, picadas e as imediações; e a área
imediata externa, o local propriamente dito, onde o crime ocorreu.
REFERÊNCIAS