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Econometria em Finanças e Atuária

Ralph dos Santos Silva

Departamento de Métodos Estatísticos


Instituto de Matemática
Universidade Federal do Rio de Janeiro

2017
Econometria em Finanças e Atuária
Tópicos

Tópicos

I Séries temporais financeiras


I Modelos em espaço de estados (Modelos dinâmicos)
I Modelos heteroscedásticos condicionais
I Modelos de volatilidade estocástica

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Referências

Referências: Livros

I Analysis of Financial Time Series, 3rd Edition, R. S. Tsay, 2010, John


Wiley.
I Econometria Financeira - Um curso em séries temporais financeiras, 3a
Edição, P. A. Morettin, 2017, Blutcher.
I The Econometric Modelling of Financial Time Series, 3rd Edition, T. C.
Mills and R. N. Markellos, 2008, Cambrigde University Press.

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Séries temporais financeiras

Séries temporais financeiras

I Foco em teoria e na prática da avaliação de ativos através do tempo.


I É uma disciplina altamente empírica.
I A teoria financeira e suas séries empíricas contêm elementos de incerteza.
I Existem várias definições para volatilidade de ativos.
I Volatilidade não é diretamente observável.
I Daremos ênfase a aplicações e análise de dados empíricos.

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Retornos de ativos

Retornos de ativos

I Muitos estudos envolvem retornos de ativos ao invés de preços.


I O retorno de um ativo é um resumo completo e de escala livre da
oportunidade de investimento.
I Devido suas propriedades estatísticas, séries de retornos são mais fáceis de
trabalhar do que preços.
I Existem várias definições para retornos de um ativo.
I Seja Pt o preço de um ativo no instante t.
I Suponha por um momento que o ativo não paga dividendos.

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Retornos de ativos

Retornos de ativos
Retorno simples de um período:

Fixando o ativo pelo período de tempo de t − 1 a t, para um retorno bruto


simples, temos
Pt
1 + Rt = ou Pt = Pt−1 (1 + Rt ).
Pt−1
O retorno líquido simples para um período (ou retorno simples) é
Pt Pt − Pt−1
Rt = −1= .
Pt−1 Pt−1
Retorno simples de vários períodos:

Fixando o ativo pelos períodos de tempo entre t − k a t, temos o retorno bruto


simples de k períodos dado por
k−1
Pt Pt Pt−1 Pt−k+1 Y
1 + Rt [k] = = × × ··· × = (1 + Rt−j ).
Pt−k Pt−1 Pt−2 Pt−k
j=0

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Retornos de ativos

I Chamamos 1 + Rt [k] de retorno composto.


I O retorno líquido simples para k períodos é dado por
Pt Pt − Pt−k
Rt [k] = −1= .
Pt−k Pt−k
I Intervalos de tempo são importantes: diário, semanal, mensal, anual, etc.
I Se um ativo é mantido por k anos, então o retorno (líquido) médio anual é
dado por
"k−1 #1/k
1
Y n Xk−1 o
Anual{Rt [k]} = (1 + Rt−j ) −1 = exp ln(1 + Rt−j ) −1
k j=0
j=0

que é na verdade uma média geométrica.


I Podemos utilizar uma expansão de Taylor de primeira ordem para
aproximar o retorno médio anual por
1 Xk−1
Anual{Rt [k]} ' Rt−j .
k j=0

Esta aproximação pode ser ruim em alguns casos.


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Retornos de ativos

Capitalização contínua
I Suponha que a taxa de juros de um depósito bancário seja 10% ao ano e
que o depósito inicial seja de $1, 00.
I Se o banco paga os juros uma vez ao ano, então o valor líquido do
depósito se torna $1, 00 × (1 + 0, 1) = $1, 10 depois de um ano.
I Se o banco paga os juros a cada 6 meses, então a taxa de juros é
10%/2 = 5% e o valor líquido do depósito é
$1, 00 × (1 + 0, 1/2)2 = $1, 1025 depois de um ano.
I Se o banco paga os juros m vezes por ano, então a taxa de juros é 10%/m
e o valor líquido do depósito é $1, 00 × (1 + 0, 1/m)m depois de um ano.
I A tabela a seguir mostra resultados para alguns intervalos de tempo sobre
um depósito de $1, 00 com juros de 10% ao ano.
I O valor líquido se aproxima de $1, 1052, que é obtido por exp(0, 1) e é
referido como o resultado da capitalização contínua.
I O efeito da capitalização pode ser claramente visto.

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Retornos de ativos

Tabela: Ilustração do efeito da capitalizaçãoa .

Número de Taxa de Juros Valor


Tipo Pagamentos por Período Líquido
Anual 1 0,1 1,10000
Semestral 2 0,05 1,10250
Trimestral 4 0,025 1,10381
Mensal 12 0,0083 1,10471
Semanal 52 0,1/52 1,10506
Diário 365 0,1/365 1,10516
Contínuo ∞ 1,10517
a
O intervalo de tempo é de 1 ano e a taxa de juros é 10%.

Lembre-se que n
x

exp{x } = lim 1+ .
n→∞ n

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Retornos de ativos

Em geral, o valor líquido do ativo A de uma capitalização contínua é

A = C × exp(r × n),

sendo
I r a taxa de juros anual,
I C o capital inicial, e
I n o número de anos.

Da equação acima, temos que

C = A × exp(−r × n),

que é referida como o valor presente de um ativo que valerá A unidades


monetárias em n anos a partir de agora, supondo que a taxa de juros da
capitalização contínua seja r por ano.

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Retornos de ativos

Retorno de capitalização contínua

O logaritmo natural de um retorno bruto simples de um ativo é chamado de


retorno de capitalização contínua ou log retorno:
Pt
rt = ln(1 + Rt ) = ln = ln Pt − ln Pt−1 = pt − pt−1 ,
Pt−1

sendo pt , ln Pt (por definição).

Considerando log retornos de vários períodos, temos

rt [k] = ln(1 + Rt [k]) = ln[(1 + Rt )(1 + Rt−1 ) · · · (1 + Rt−k+1 )]


= ln(1 + Rt ) + ln(1 + Rt−1 ) + · · · + ln(1 + Rt−k+1 )
= rt + rt−1 + · · · + rt−k+1
I O log retorno de vários períodos de capitalização contínua é simplesmente
a soma dos log retornos de um período de capitalização contínua.
I Propriedades estatísticas dos log retornos são mais tratáveis.
I Note também que rt [k] = ln Pt − ln Pt−k .

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Retornos de ativos

Exemplo:

I Se o log retorno mensal de um ativo é de 4, 46%, então o retorno simples


mensal correspondente é 100[exp(4, 46/100) − 1] = 4, 56%.

Utilizamos
Rt
 
rt = 100 × ln 1 + ⇔ Rt = 100 × (exp(rt /100) − 1),
100
quando Rt está descrito em porcentagem.
I Se os log retornos mensais de um ativo dentro de um trimestre são 4, 46%,
−7, 34% e 10, 77% respectivamente, então o log retorno trimestral de um
ativo é (4, 46 − 7, 34 + 10, 77)% = 7, 89%.

Utilizamos
rt [3] = rt + rt−1 + rt−2 .

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Propriedades da distribuição dos retornos

Propriedades da distribuição dos retornos

Momentos ordinários:
Z ∞
m`0 `
= E(X ) = x ` f (x )dx .
−∞

Definimos µx = m10 = E(X ) como a média.

Momentos centrais:
Z ∞
m` = E[(X − µx )` ] = (x − µx )` f (x )dx .
−∞

Definimos σx2 = m2 = E[(X − µx )2 ] como a variância.

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Propriedades da distribuição dos retornos

O coeficiente de assimetria é definido por


 
(X − µx )3
S(X ) = E
σx3

e o coeficiente de curtose por


 
(X − µx )4
K (X ) = E .
σx4

I A quantidade K (X ) − 3 é chamada de excesso de curtose porque


K (X ) = 3 para a distribuição normal.
I Uma distribuição com excesso de curtose positivo é dita ter caudas
pesadas (leptocúrtica).
I Uma distribuição com excesso de curtose negativo é dita ter caudas leves
(platicúrtica).

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Propriedades da distribuição dos retornos

Momentos amostrais

Suponha que {X1 , X2 , . . . , XT } seja uma amostra aleatória de X com T


observações.
1 XT
I Média amostral: µ̂x = Xt .
T t=1
1 XT
I Variância amostral: σ̂X2 = (Xt − µ̂X )2 .
T −1 t=1
I O coeficiente de assimetria amostral:
1 XT
Ŝ(X ) = 3
(Xt − µ̂X )3 .
(T − 1)σ̂X t=1

1 XT
I O coeficiente de curtose amostral: K̂ (X ) = 4
(Xt − µ̂X )4 .
(T − 1)σ̂X t=1

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Propriedades da distribuição dos retornos

I Sob a hipótese de normalidade (hipótese de que os dados são provenientes


de uma distribuição normal), temos que

Ŝ(X ) ≈ N (0; 6/T ) e K̂ (X ) ≈ N (3; 24/T )

para T “suficientemente grande”.


I Estas aproximações para T grande podem ser utilizadas para testar a
hipótese de normalidade dos retornos de um ativo.
I Dado uma série de retornos de um ativo {r1 , r2 , . . . , rT }, para testar a
assimetria dos retornos, consideramos

H0 : S(r ) = 0
HA : S(r ) 6= 0.
I A estatística da razão t-Student da assimetria amostral é

Ŝ(r )
t= p ≈ N (0, 1).
6/T
I Rejeitamos H0 ao nível α de significância se |t| > zα/2 , sendo zα/2 o
percentil 100(1 − α/2) da distribuição normal padrão.
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Propriedades da distribuição dos retornos

I Para testar o excesso de curstose dos retornos, consideramos

H0 : K (r ) − 3 = 0
HA : K (r ) − 3 6= 0.
I A estatística da razão t-Student da assimetria amostral é

K̂ (r ) − 3
t= p ≈ N (0, 1).
24/T
I Rejeitamos H0 ao nível α de significância se |t| > zα/2 , sendo zα/2 o
percentil 100(1 − α/2) da distribuição normal padrão.
I Temos também o teste de Jarque e Bera para normalidade com

Ŝ 2 (r ) (K̂ (r ) − 3)2
JB = + ≈ χ22 para T “grande”.
6/T 24/T
I Rejeitamos H0 (normalidade) se JB > χ?1−α , sendo χ?1−α o percentil
100(1 − α) da distribuição χ22 .
Mostrar exemplos no R: (1) descritiva.r e (2) dados-ibm.r
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Propriedades da distribuição dos retornos

Aplicação
O conjunto de dados reais que trabalharemos contém 10 fundos atuariais
brasileiros. Temos disponíveis os preços semanais para o período de janeiro de
2004 a agosto de 2011, totalizando 245 observações.
Safra: Safra Index 10
CEF_P: Caixa Patrimônio FIC Renda Fixa LP
CEF_C: Caixa Patrimônio FIC Renda Fixa LP
IB_FIC: IB Inflation Index FIC Renda Fixa
Unibanco: Unibanco Indice de Preços FIC Renda Fixa
Paribas: BNP Paribas Inflação FI Renda Fixa
BB_F: BB Atuarial FI Renda Fixa LP I
BB_A: BB Fachesf Atuarial FI Renda Fixa
Western: Western Asset Inflation FI Referenciado IGP-M
LeggM: Legg Mason Price FIC Referenciado Renda Fixa
Mostrar exemplo no R: aplicacao_01.r

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Propriedades da distribuição dos retornos

Distribuição dos retornos

A forma geral do modelo dos log retornos de um ativo, {rt ; t = 1, . . . , T }, é


sua função de distribuição conjunta:

Fr (r1 , r2 , . . . , rT |Y , θ)

sendo
I Y um vetor de estados consistindo de variáveis que resumem o ambiente
em que os retornos do ativo foram determinando, e
I θ o vetor de parâmetros que determina unicamente a função de
distribuição Fr (.).
I É possível generalizar Fr (.) para vários log retornos de diferentes ativos.

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Propriedades da distribuição dos retornos

Para um determinado ativo, podemos escrever ainda

Fr (r1 , r2 , . . . , rT ) = Fr (r1 )Fr (r2 |r1 ) · · · Fr (rT |r1 , r2 , . . . , rT −1 )


T
Y
= Fr (r1 ) Fr (rt |r1 , r2 , . . . , rt−1 )
t=2

sendo o vetor de parâmetros θ omitido na notação.

Para distribuições contínuas temos


T
Y
fr (r1 , r2 , . . . , rT ) = fr (r1 ) fr (rt |r1 , r2 , . . . , rt−1 )
t=2

sendo o vetor de parâmetros θ omitido na notação.

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Propriedades da distribuição dos retornos

Função de verossimilhança dos retornos

Sejam {r1 , . . . , rT } os log retornos de um ativo. Então, supondo distribuições


condicionais normais, temos
T  
Y 1
f (r1 , . . . , rT |θ) = f (r1 |θ) (2πσt2 )−1/2 exp − (rt − µt )2
2σt2
t=2

sendo µt e σt2
a média e a variância condicional respectivamente, ambas
dependendo de θ. O logaritmo da função de verossimilhança é dado por
 
T −1 1 XT 1
ln f (r1 , . . . , rT |θ) = ln f (r1 |θ)− ln(2π)− ln σt2 + 2 (rt − µt )2 .
2 2 t=2 σt

Mostrar exemplo no R (dados do IBOVESPA): aplicacao_02.r

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Volatilidade

Além dos retornos de um ativo, vamos considerar também:


I A volatilidade deste ativo;
I O processo de volatilidade foca na evolução da variância condicional dos
retornos através do tempo.
I Tem papel importante na precificação de opções e na gestão de riscos.

Veja e analise os gráficos dos retornos do IBOVESPA mostrados no R.

Exercício (Trabalho I para entregar.)


Analise os seguintes conjuntos de dados e compare com o IBOVESPA:
1. Preços da Petrobas PN (em petr4_sa.csv) a partir de 3/jul/2000; e
2. Preços da Vale PNA EDJ N1 (em vale5_sa.csv) a partir de 1/set/2004.
Em ambos os casos, utilize os preços de fechamento.

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