NOVO CURSO DE DIREITO DO TRABALHO

PROF. RICARDO RESENDE

TÓPICO 1. Princípios e fontes do Direito do Trabalho

1.1. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Aula 01, Parte I

1.1.1. Conceito e funções (Correspondência livro: tópico 3.1)1

Princípios são os elementos de sustentação do ordenamento jurídico, elementos estes que

lhe dão coerência interna.

→ Os princípios estão ligados aos valores que o Direito visa realizar.

Funções:

→ Função informativa ou construtiva: referencial para o legislador quando da criação

da norma jurídica;
→ Função interpretativa: auxiliam na interpretação do sentido da norma jurídica.
→ Função normativa: aplicam-se na solução de casos concretos

1.1.2. Princípios constitucionais no Direito do Trabalho (Correspondência livro: tópico

3.2)

a) Princípio da dignidade humana

O ser humano é um fim em se mesmo, não podendo ser utilizado como meio para atingir
determinado objetivo. Aplicado no Direito do Trabalho, significa que a ordem jurídica
nega o tratamento do obreiro como mero objeto.

→ É fundamento da República:

CRFB/88, art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel

dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania

1
Em todos os tópicos estudados no curso será informado o tópico correspondente do meu livro, para que o
aluno que assim queira possa acompanhar o curso com o livro, e vice-versa. Naturalmente a utilização do
livro não é imprescindível.

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III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

Dentre outras diversas manifestações, impõe limites ao poder diretivo do empregador e

veda a discriminação nas relações de trabalho.

b) Outros princípios constitucionais relevantes

✓ Valores sociais do trabalho (art. 1º, IV)

✓ Função social da propriedade (art. 170, III)

✓ Busca do pleno emprego (art. 170, VIII)

CRFB/88, art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano

e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

✓ Inviolabilidade da intimidade e da vida privada (art. 5º, X)

✓ Liberdade

– profissional (art. 5º, XIV)

– de reunião (art. 5º, XVI)
– de crença (art. 5º, VI)
– de associação (art. 5º, XVII)

✓ Princípio da igualdade (art. 5º, caput e inciso I)

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Verificação Periódica de Aprendizagem (VPA)

Ver final deste documento. A fim de facilitar futura revisões, as VPA de todas as partes
da aula serão disponibilizadas sempre no final do pdf, com a indicação da aula/parte a
que correspondem.

Sugere-se, para melhor aproveitamento do material, que o aluno faça a VPA quando
terminar de assistir a cada vídeo, bem como ao final do assunto tratado. É recomendável
que as questões sejam discutidas no fórum, que terá a mediação constante do professor.

Aula 01, Parte II

1.1.3. Princípios gerais do direito aplicáveis ao Direito do Trabalho (Correspondência

livro: tópico 3.3)

Fundamento:

CLT, art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de

disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por
analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente
do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado,
mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o
interesse público.

a) princípio da boa-fé

→ Exigência de conduta leal dos contratantes

CCB, art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Deveres anexos de conduta decorrentes do princípio da boa-fé objetiva (cf. Flávio

Tartuce):

• dever de respeito
• dever de agir conforme a confiança depositada
• dever de lealdade e probidade

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• dever de colaboração ou cooperação

• dever de agir com honestidade
• dever de agir conforme a razoabilidade, a equidade e a boa razão

b) Princípio da razoabilidade

→ Espera-se que as partes do contrato de trabalho ajam razoavelmente, orientadas pelo

bom senso, sempre que a lei não tenha previsto determinada circunstância surgida no caso
concreto.

→ É importante na construção de entendimentos jurisprudenciais

Aula 01, Parte III

1.1.4. Princípios específicos do Direito do Trabalho (Correspondência livro: tópico 3.4)

Direito Civil → simetria contratual → ampla autonomia da vontade

Direito do Trabalho → assimetria contratual → hipossuficiência do trabalhador →

autonomia da vontade mitigada pela tutela estatal → princípio da proteção

→ A intervenção do Estado tem por objetivo reequilibrar a relação capital/trabalho

→ Instrumentos de intervenção:

→ legislação

→ fiscalização

→ A proteção do trabalhador hipossuficiente pressupõe a existência de princípios

peculiares

→ Ampliação da autonomia da vontade individual pela Lei nº 13.467/2017:

→ banco de horas semestral por acordo individual escrito (art. 59, §5º)

→ pactuação de regras no teletrabalho (arts. 75-C e 75-D)

→ fim da homologação da rescisão (art. 477)

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→ distrato (art. 484-A)

✓ Princípio da proteção

▪ princípio da norma mais favorável

▪ princípio da condição mais benéfica

▪ princípio in dubio pro misero

Aula 01, Parte IV

1.1.4.1. Princípio da proteção (Correspondência livro: tópico 3.4.1)

a) Princípio da norma mais favorável

Se existirem duas ou mais normas aplicáveis a uma determinada hipótese, dever-se-á

aplicar aquela que for mais favorável ao trabalhador.

→ Em regra, no Direito do Trabalho, a hierarquia das normas é plástica e flexível (cf.

Godinho Delgado), não se aplicando o critério hierárquico rígido que prevalece no direito
comum.

→ Cuidado: a partir da vigência da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), o disposto

no art. 620 da CLT deixou de ser exemplo de aplicação do princípio da norma mais
favorável. Atualmente a sobreposição entre CCT e ACT é justamente uma das exceções
a tal princípio, como veremos adiante.

CLT, art. 620. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre

prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.

→ Como saber qual é a norma mais favorável?

✓ Teoria da acumulação: selecionam-se, em cada uma das normas, os dispositivos

mais favoráveis ao trabalhador.
✓ Teoria do conglobamento: toma-se o conjunto normativo mais favorável
✓ Teoria do conglobamento orgânico ou por instituto: extrai a norma mais favorável
a partir do conglobamento, porém, o fazendo isoladamente entre grupos
homogêneos de matérias.

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→ Exceções ao princípio da norma mais favorável:

→ norma proibitiva estatal (exemplo: prescrição)
→ negociado sobre o legislado (art. 611-A)
→ sobreposição de normas coletivas (art. 620)

b) Princípio da condição mais benéfica

Condições mais benéficas previstas no contrato de trabalho ou no regulamento de
empresa deverão prevalecer diante do estabelecimento de condições novas menos
benéficos ao empregado.
Sum 51, I, TST: As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou
alteração do regulamento.

→ A condição mais benéfica pode ser:

→ expressa (v. g. cláusula contratual)

→ tácita (v. g. redução informal de jornada) → se incorporará ao contrato se for

habitual

c) Princípio in dubio pro misero (ou in dubio pro operario)

Entre duas ou mais interpretações da norma, deve-se escolher aquela que melhor atende
aos interesses do trabalhador.

→ Não se aplica ao direito processual, notadamente ao campo probatório.

Aula 01, Parte V

1.1.4.2. Princípio da primazia da realidade (Correspondência livro: tópico 3.4.2)

É o princípio segundo o qual os fatos, para o Direito do Trabalho, serão sempre mais
relevantes que os ajustes formais, isto é, prima-se pelo que realmente aconteceu no mundo
dos fatos em detrimento daquilo que restou formalizado no mundo do direito, sempre que
não haja coincidência entre estes dois elementos.

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→ Fundamento de fato: a própria necessidade de proteção do empregado, ante a sua

hipossuficiência.

→ Fundamento legal: art. 9º da CLT

CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.

✓ Utilização do princípio na descaracterização de figuras jurídicas fraudulentas em geral

(intermediação ilícita de mão de obra; cooperativa irregular; estágio irregular;
pejotização etc.)

✓ Importância destacada diante das pretensões da Reforma Trabalhista

→ terceirização irrestrita (Lei nº 6.019)

→ trabalho autônomo (art. 442-B)

Aula 01, Parte VI

1.1.4.3. Princípio da irrenunciabilidade (Correspondência livro: tópico 3.4.6)

Não é dado ao trabalhador, em regra, dispor de direitos trabalhistas, tendo em vista a

natureza cogente das normas que os veiculam

Sum 276, TST: O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de
dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo
comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego.

✓ Qual é o limite para a eventual disponibilidade dos direitos trabalhistas?

Renúncia x transação (Correspondência livro: tópico 3.4.6.1)

Renúncia → ato unilateral da parte

→ disposição de direito incontroverso

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Transação → ato bilateral

→ questões fáticas ou jurídicas duvidosas

→ acordo mediante concessões recíprocas

Exceções ao princípio da irrenunciabilidade (CRFB/88):

→ redução de salário (CRFB, art. 7º, VI)

→ compensação de jornada (CRFB, art. 7º, XIII)

→ jornada em turnos ininterruptos de revezamento (CRFB, art. 7º, XIV)

Mitigação do princípio da irrenunciabilidade pela Reforma Trabalhista:

→ trabalhador hiperssuficiente pode renunciar à proteção legal em determinadas matérias

(cláusula de arbitragem e livre estipulação de cláusulas em relação aos direitos
relacionados no art. 611-A.

→ prevalência do negociado sobre o legislado (art. 611-A)

Resumo:

→ a regra continua sendo a irrenunciabilidade

→ são indisponíveis os direitos arrolados no art. 611-B da CLT

→ muitos outros casos dependerão da construção jurisprudencial (próximos anos)

Aula 01, Parte VII

1.1.4.4. Princípio da continuidade (Correspondência livro: tópico 3.4.3)

Presume-se que os contratos tenham sido celebrados por prazo indeterminado, pois, em
regra, o trabalhador precisa do emprego para sua subsistência, bem como pela própria
característica morfológica do contrato (trato sucessivo → não se esgota na realização
instantânea de determinado ato, prolongando-se no tempo).

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Sum 212, TST: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade
da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

→ Sempre que o contrato tiver sido pactuado por prazo determinado, esta circunstância
deve ser provada, a fim de afastar a presunção de indeterminação de prazo decorrente do
princípio da continuidade.

→ O princípio da continuidade fundamenta a figura da sucessão de empregadores

Outros exemplos de manifestação do princípio da continuidade (cf. Homero B. M. Silva):

✓ Vedação ao excesso de prorrogações do contrato determinado

✓ Quarentena entre um contrato determinado e outro
✓ Prazos máximos de duração do contrato por prazo determinado
✓ Necessidade de dação do aviso prévio
✓ Presunção sempre favorável à dispensa sem justa causa (se houver dúvida acerca
da modalidade da dispensa, presumir-se-á que o contrato foi extinto sem justa
causa)

1.1.4.5. Princípio da inalterabilidade contratual lesiva (Correspondência livro: tópico 3.4.4)

São vedadas, em regra, alterações que acarretem prejuízos ao empregado.

CLT, art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.

Exceções:

→ jus variandi

→ hipóteses em que a própria lei estabelece a possibilidade de alteração prejudicial ao

empregado

Exemplo: art. 75-C da CLT, acrescentado pela Lei nº 13.467/2017

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1.1.4.6. Princípio da intangibilidade salarial (Correspondência livro: tópico 3.4.5)

Não se admite o impedimento ou restrição à livre disposição do salário pelo empregado.

→ Fundamento: natureza alimentar do salário.

CRFB, art. 7º, VI: [É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a] irredutibilidade do
salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

Manifestações práticas:

✓ Irredutibilidade salarial, salvo negociação coletiva

✓ Prazo para pagamento dos salários
✓ Modo e local para pagamento dos salários
✓ Vedação a descontos indevidos
✓ Impenhorabilidade do salário (regra)
✓ Preferência dos créditos trabalhistas em caso de falência do empregador

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VERIFICAÇÃO PERIÓDICA DE APRENDIZAGEM (VPA)

AULA 01, PARTE I

1. Qual é a importância dos princípios para o Direito? (elaboração geral → foco na

ideia) → AT = 1 linha

2. Enumere 5 aplicações práticas do princípio da dignidade humana no Direito do

Trabalho.

3. Construa um conceito (seu) de dignidade humana

AULA 01, PARTE II

1. Que princípios gerais do direito podem ser utilizados no âmbito do Direito do

Trabalho?

2. “Quando as palavras aprisionam, a razoabilidade liberta” (Prof. Homero B. M. Silva).

Reflita e desenvolva um exemplo de aplicação do princípio da razoabilidade no
âmbito do Direito do Trabalho.

AULA 01, PARTE III

1. Qual é o fundamento do princípio da proteção?

2. Estabeleça (= crie auto texto) a distinção entre o direito civil e o direito do trabalho,
no que diz respeito à autonomia da vontade.

3. Quais são os instrumentos de que dispõe o Estado para tutelar a relação de trabalho?

4. Reflita e redija: em que medida a Reforma Trabalhista mitigou o princípio da

proteção? (AT = até 3 linhas)

Obs.: estamos, ainda, na primeira aula. Consequentemente, não se espera que o aluno
utilize conhecimentos de tópicos específicos, ainda não vistos no curso. O exercício,
até aqui, se destina à reflexão e à elaboração de ideias básicas.

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AULA 01, PARTE IV

1. Estabeleça a distinção entre os princípios da norma mais favorável e da condição

mais benéfica. (AT = até 3 linhas)

2. Qual é o critério utilizado para a aferição da norma mais favorável? Explique.

3. De que maneira a Reforma Trabalhista mitigou o princípio da norma mais favorável?

4. Exemplifique, com suas palavras, uma situação em que condição mais benéfica
tacitamente concedida deve ser incorporada ao patrimônio jurídico do trabalhador.

5. Conceitue o princípio in dubio pro misero e discorra sobre a sua aplicabilidade (ou
não) no campo probatório.

AULA 01, PARTE V

1. Conceitue o princípio da primazia da realidade e mencione seu fundamento (de

direito e de fato).

2. O princípio da primazia da realidade se aplica, no âmbito trabalhista, em qualquer

hipótese?

AULA 01, PARTE VI

1. Explique, com suas palavras, a importância do princípio da irrenunciabilidade para o

Direito do Trabalho, mencionando o impacto da Lei nº 13.467/2017 sobre este
princípio. (AT = até 10 linhas)

2. Qual é a distinção entre renúncia e transação?

3. Que direitos não podem ser objeto de flexibilização mediante instrumento coletivo
de trabalho?

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AULA 01, PARTE VII

1. Qual é o fundamento do princípio da continuidade da relação de emprego?

2. Quais são os desdobramentos deste princípio no cotidiano laboral?

3. Quais são as condições para que o contrato de trabalho possa ser licitamente alterado?

4. Como é possível conciliar o princípio da intangibilidade salarial com o princípio da

continuidade da empresa (e do próprio contrato de trabalho)?

Observações:

“AT” = autotexto (ideia de pré-elaboração de argumento para facilitar a resolução de

questões discursivas).

Quando menciono, por exemplo, “AT = 1 linha”, quero dizer que o aluno deve criar um
modelo de texto em aproximadamente uma linha, o qual lhe servirá em diversas situações
de resolução de prova discursiva. O autotexto também será importante para facilitar o
processo de armazenamento e de posterior recuperação do conteúdo.

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