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CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ARLENE PEREIRA DO NASCIMENTO

O CASO DA DESENTENDIDA MODAS S.A.:


Produção textual individual

Betim
2019/ 1
ARLENE PEREIRA DO NASCIMENTO

O CASO DA DESENTENDIDA MODAS S.A.:


Produção textual individual

Trabalho desenvolvido no curso de Ciências Contábeis,


apresentado como requisito parcial para a obtenção de
média bimestral nas disciplinas de Contabilidade
Comercial, Mercado Financeiro Contabilidade de Custos
e Industrial, Teoria da Contabilidade e Noções de Atuária.
Orientador: Professor (es): André Juliano Machado,
Cleverson Neves, Eric Ferreira dos Santos, Joenice
Leandro Diniz dos Santos e Regis Garcia.

Betim
2019/ 1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................3
2 SITUAÇÃO-PROBLEMA: O CASO DA DESENTENDIDA MODAS S.A...............5
2.1 EVENTO A. – a abertura de capital para melhoria do desempenho econômico-
financeiro em 08/2018............................................................................................................. 5
2.1.1 As vantagens.......................................................................................................6
2.1.2 Desvantagem:.....................................................................................................7
2.2 taxa de retorno....................................................................................................8
2.3 governança corporativa.......................................................................................8
2.3.1 Princípios Básicos de Governança Corporativa.................................................10
2.4 EVENTO B. – a comercialização das roupas de inverno e outono e a
contabilização dos impostos recuperáveis em 09/2018........................................................10
2.5 EVENTO C – melhorando o processo de tomada de decisão gerencia pela
contabilidade de custos e industrial em 10/2018...................................................................11
2.6 EVENTO D – preocupações atuariais para a redução de riscos 11/2018..........13
2.6.1 Definição de risco..............................................................................................13
2.6.2 Principais tipos de riscos envolvidos com a atividade empresarial....................15
2.6.2.1 riscos administrativos........................................................................................16
2.6.2.2 riscos políticos...................................................................................................16
2.6.2.3 riscos de inovação.............................................................................................16
2.6.2.4 Resumo da ópera..............................................................................................16
2.6.3 Relação entre risco e incerteza?.......................................................................17
2.6.3.1 Mensuração do Risco........................................................................................18
2.6.3.2 Mensuração da incerteza...................................................................................18
2.6.3.3 Cuidados ao mensurar o risco e a incerteza......................................................19
2.7 relação de termos conceituais contábeis para relatórios gerenciais 12/2018....20
2.7.1 Ativo.................................................................................................................. 21
2.7.2 Passivo..............................................................................................................21
2.7.3 Patrimônio Líquido.............................................................................................22
2.7.4 Receitas.............................................................................................................22
2.7.5 Despesas...........................................................................................................23
3 CONCLUSÃO....................................................................................................24
4 REFERÊNCIAS.................................................................................................25
3

1 INTRODUÇÃO

Para o processo de abertura de capital, a Desentendida Modas S.A foi


necessário analisar os motivos da abertura de capital, verificando conceitos
envolvidos, vantagens e desvantagens e a manutenção da condição de companhia
aberta. Em síntese a abertura de capital seria justamente um meio de financiamento
através da emissão de ações, ou seja, aumentando o capital próprio, via novas
inversões dos antigos sócios e principalmente através da admissão de novos sócios.
É uma fonte de recursos que não possui limitação. Enquanto a empresa tiver
projetos viáveis e rentáveis encontrará investidores com interesse de financiá-los.
Ao realizar os cálculos e as análises de custos sobre os dados da
comercialização solicitados para avaliar as políticas de preços, verificar a estrutura
de custos e compreender empresa, ficou evidente que a contabilidade de custos é a
grande responsável por produzir dados operacionais de uma organização da
maneira mais completa possível. Trata-se, juntamente com a auditoria contábil, de
um dos ramos das Ciências Contábeis que mais se destacam, especialmente pelo
rigor envolvendo custos diretos e indiretos. Aplicada à contabilidade gerencial, a
atividade acaba por determinar o futuro e a sustentabilidade de uma empresa em
mercados cada vez mais competitivos.
Ao buscar o conceito de atuário, para ajudar contribuir para as decisões da
direção da empresa, entendi que qualquer relação econômica possui o caráter
conflitante entre risco e retorno que pode ser gerado por uma série de fatores
determinantes. Conhecer e saber lidar com os aspectos atrelados a esta relação de
incerteza é imprescindível para ambicionar a maximização do desempenho no
mercado de concorrência. Consequentemente, conciliar o máximo de informação
disponível com o mais adequado modelo de gestão torna-se uma maneira de se
destacar no ambiente competitivo. Desta forma, gerir e conduzir uma organização
sem dispor do mínimo de conhecimento dos riscos comuns ao ambiente de
negócios, assim como os riscos inerentes ao seu próprio setor de atuação é
inexequível no médio e longo prazo.
E por fim foi proveitoso o entendimento de que o relatório contábil financeiro
tem o propósito geral de fornecer ao investidor ou ao credor informações, acerca da
entidade, que sejam úteis para tomada de decisão no tocante ao fornecimento de
recurso a ela, e estas informações ajudam nas tomadas de decisões importantes
4

relevantes as empresas, e o investidor ou ao credor confiam nas informações


constantes dos relatórios contábeis financeiros de propósito gerais, podendo
combiná-la com informação obtida de outras fontes.
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2 SITUAÇÃO-PROBLEMA: O CASO DA DESENTENDIDA MODAS S.A.

A proposta de Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI) terá como


temática o caso da empresa Desentendida Modas S.A que atua no desenvolvimento
e comercialização de roupas masculinas e femininas. A empresa atua de maneira
predominante com a comercialização. Este tema irá possibilitar a aprendizagem
interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas deste semestre

2.1 EVENTO A. – A ABERTURA DE CAPITAL PARA MELHORIA DO


DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO EM 08/2018

Para uma empresa ter suas ações negociadas publicamente, ela


precisa necessariamente ser de capital aberto, onde os sócios aceitaram vender
uma participação acionária na Bolsa de Valores. A partir daí, qualquer pessoa pode
se tornar acionista dessa empresa, bastando comprar ações por meio de uma
corretora.
São os investidores individuais (eu e você, por exemplo) e
institucionais (como fundos de investimento, bancos, etc), que podem ser do Brasil
ou do exterior.
A abertura de capital pode ocorrer com ou sem oferta de ações no
mercado.
Na chamada distribuição primária, a empresa emite e vende novas
ações ao mercado. Nesse caso, o vendedor é a própria companhia. Portanto, os
recursos obtidos são destinados ao caixa da empresa Já na distribuição secundária,
quem vende as ações é o empreendedor e/ou algum de seus atuais sócios. Trata-se
de ações já emitidas no passado, e os valores originados da venda vão para o
proprietário delas Independentemente de a distribuição ser primária ou secundária,
ao fazê-la a companhia amplia seu quadro de sócios. Os investidores passam a ser
parceiros e proprietários de uma parte da empresa.
Existe uma série de benefícios tangíveis e intangíveis para uma
empresa se tornar de capital aberto.
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2.1.1 As vantagens

A. Fonte de Recursos: O financiamento por meio da emissão de ações, ou


seja, por meio de aumento do capital próprio e admissão de novos sócios, é uma
fonte de recursos que não possui limitação. Enquanto a empresa tiver projetos
viáveis e rentáveis, haverá investidores interessados em financiá-los. Manter a
empresa com o capital aberto é contar com o mercado para crescer.
B. Facilidade para Aquisição e Fusão: As empresas podem oferecer valores
mobiliários na aquisição de outras empresas, ou mesmo para fazer fusão.
Indo público define um valor de mercado das ações da empresa. Isso significa que a
empresa vale tanto quanto alguém está disposto a pagar por suas ações.
C. Redução do Risco de Crédito: A abertura de capital representa redução de
risco de crédito para a empresa. Os recursos dos sócios investidores, da mesma
forma que o dinheiro que o empresário colocou no empreendimento, não têm prazo
de amortização ou resgate. Também, diferentemente de empréstimos, não exigem
rendimento definido: o retorno dos investidores depende do desempenho da
empresa.
D. Redução do Custo de Capital: Risco mais baixo tem outro efeito benéfico: a
redução do custo de capital, que pode induzir a companhia a um ciclo virtuoso. O
custo do capital de uma empresa é fator de fundamental importância para uma
variedade de decisões a serem tomadas, alguma delas são as diferenças na
composição de informações entre públicas e privadas afetam o custo do capital, bem
como que a taxa de obtenção de capitais para projetos de investimentos influenciam
a estrutura de capital da empresa.
E. Liquidez Patrimonial: A abertura de capital também representa liquidez
patrimonial, isso pela possibilidade de empreendedores e/ou seus sócios
transformarem, a qualquer tempo, parte das ações que possuírem na empresa em
dinheiro.
F. Facilidade no Processo de Herança: Outro benefício ao ser uma empresa
de capital aberto é no processo sucessório e de partilha da herança. Como possui
liquidez patrimonial, é possível vender sua participação na empresa no mercado.
G. Propaganda Indireta: Uma oferta pública de ações pela sua natureza é uma
forma de publicidade. A empresa ganha visibilidade ao ser regularmente
mencionada na mídia e acompanhada pela comunidade financeira. A cotação de
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suas ações no mercado acionário é um indicativo de valor, pois reflete a percepção


de muitos investidores sobre as perspectivas futuras da companhia.
H. Vantagem Competitiva: Passa a ter mais projeção e reconhecimento dos
públicos com os quais se relaciona, melhorando as condições de negociação com
fornecedores e instituições financeiras, contando com maior exposição de suas
marcas, ganhando competitividade e elevando o comprometimento de seus
funcionários. Tendo uma listagem em uma bolsa de valores também oferece à
empresa maior credibilidade com o público. Como resultado, fornecedores,
fornecedores e credores muitas vezes percebem a empresa como um melhor risco
de crédito e os clientes podem percebê-lo como uma melhor fonte de produtos ou
serviços.
I. Atração e Retenção de Talentos: A estatura de uma empresa pública
também pode aumentar sua capacidade de atrair executivos de nível superior e
funcionários. Programas de ações e opções de ações podem ser oferecidos a
potenciais empregados e executivos, tornando a empresa atraente para os melhores
talentos.

2.1.2 Desvantagem:

A. Custos e Taxas Elevadas: Mais importante, especialmente para as


pequenas empresas, é o custo de cumprimento com os requisitos regulamentares
que podem ser muito elevados. Quando uma empresa considera abrir capital, ela
precisa de musculatura para poder dar conta de todos os custos iniciais e contínuos.
B. Mais Exposição Legal: Outra consequência negativa de uma empresa ser
de capital aberto é a maior exposição legal de seus funcionários e diretores. Ser de
capital aberto vai exigir que a empresa se tornasse muito mais formal na sua tomada
de decisão. Ela não pode mais operar informalmente no que diz respeito ao
envolvimento do diretor, como fazem as empresas privadas.
C. Divulgação de Resultados: Uma das mudanças mais importantes é a
necessidade de divulgação de demonstrativos, relatórios e diversos outros
documentos para os investidores, alguns de periodicidade trimestral e outros anuais.
D. Pressão do Mercado: As empresas públicas são confrontadas com a
pressão adicional do mercado que pode levá-los a se concentrar mais em resultados
de curto prazo, em vez de crescimento em longo prazo. As ações da administração
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da empresa também se tornam cada vez mais analisadas, à medida que os


investidores procuram constantemente lucros crescentes. Isso pode levar a
administração a realizar práticas um pouco questionáveis, a fim de aumentar os
lucros.
E. Menos Controle da Empresa: Ao se tornar pública a empresa dilui sua
propriedade e controle da empresa. Dependendo do que seu mercado de
negociação estipula, é provável que você seja obrigado a ter um Conselho de
Administração composto por uma maioria de diretores independentes.
F. Mais Vulnerabilidade às Aquisições: Na pior das hipóteses, uma empresa
pode se tornar vulnerável a uma aquisição hostil se a maioria dos acionistas
concordar com uma oferta. Com as ações sendo livremente transferíveis, um
potencial licitante pode acumular uma participação antes do lançamento de uma
tentativa de lance.

2.2 TAXA DE RETORNO

A taxa de retorno mínima exigida pelos investidores é de 11,4%.

TMR = (Rf + Beta) * (Rm - Rf)

TMR = 0,06 + 1,2 * (0,105 - 0,06)

TMR = 0,06 + 1,2 * 0,045

TMR = 0,114 (11,4%)

A taxa de retorno será de 11,4%. Essa taxa visa determinar a lucratividade de


um projeto e consiste em uma fórmula matemática e financeira muito usada para
cálculos que envolvem movimentações financeiras, descontos, pagamentos e fluxos
de caixa.

2.3 GOVERNANÇA CORPORATIVA

IBGC (2019), Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e


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demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os


relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de
fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Ainda para IBGC (2019), As boas práticas de governança corporativa
convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses
com a finalidade de preservar e aperfeiçoar o valor econômico de longo prazo da
organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da
gestão da organização, sua longevidade e o bem comum.
O conceito de governança por vezes é encontrado na literatura ligado à
discussão sobre o Estado (MELO, 1996). Todavia, no final do século XX o tema
recebeu um enfoque direcionado à esfera privada, indicando uma “nova forma de
aperfeiçoamento da gestão [...] com o objetivo de dar maior visibilidade e
transparência às decisões da organização, tornando-as mais confiáveis”
(BERNARDES, 2003).
(BERNARDES, 2003), complementa ainda que a Governança Corporativa
pode ser vista como uma forma de aperfeiçoamento da gestão, ligada diretamente
às questões como profissionalização da gestão e esforço das organizações em
apresentar maior transparência com relação às ações de seus administradores.
Vista sob o ângulo do agenciamento, pode-se considerá-la como um conjunto de
mecanismos que visam amenizar o conflito entre agente e principal.
IBGC (2019), após um ano e meio de intenso trabalho, o IBGC apresenta este
documento à sociedade, com votos de que suas alterações e inovações cumpram o
papel de tornar o ambiente organizacional e institucional brasileiro mais sólido, justo,
responsável e transparente. Esperamos que as recomendações aqui contidas
contribuam para a criação de melhores sistemas de governança nas organizações,
visando a seu bom desempenho e longevidade.
Para a IBGC (2019) É imprescindível salientar que cada tipo de organização
tem suas peculiaridades em termos de governança.
Então tomando essa premissa como base vamos tentar elaborar um roteiro
com as principais práticas de governança corporativa, que a “Desentendida Modas
S.A” deve adotar para alcançar o nível mais alto de governança corporativa da
BM&FBOVESPA o “Novo Mercado” e assim, deixar de ser uma organização de
gestão familiar.
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2.3.1 Princípios Básicos de Governança Corporativa

IBGC (2019), Os princípios básicos de governança corporativa permeiam, em


maior ou menor grau, todas as práticas do Código, e sua adequada adoção resulta
em um clima de confiança tanto internamente quanto nas relações com terceiros.
A IBGC (2019) relaciona Quatro princípios básicos de governança corporativa
como sendo que são os seguintes:
A. Transparência: Consiste no desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas
impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao
desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação
e à otimização do valor da organização.
B. Equidade: Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os
sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus
direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.
C. Prestação de Contas (accountability): Os agentes de governança devem
prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo,
assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com
diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
D. Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governança devem zelar
pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades
negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em
consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro,
manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto,
médio e longo prazos.

2.4 EVENTO B. – A COMERCIALIZAÇÃO DAS ROUPAS DE INVERNO E


OUTONO E A CONTABILIZAÇÃO DOS IMPOSTOS RECUPERÁVEIS EM 09/2018.

a. o cálculo dos impostos tanto das compras quanto das vendas


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Valor da compra bruto R$ 250.000,00


(-) PIS (1,65%) 1,65% R$ 4.125,00

(-) COFINS (7,60%) 7,60% R$ 19.000,00

(-) ICMS (18%) 18% R$ 45.000,00

Valor da compra líquido dos impostos R$ 181.875,00

Valor da venda bruta R$ 600.000,00

(-) PIS (1,65%) 1,65% R$ 9.900,00


(-) COFINS (7,60%) 7,60% R$ 45.600,00
(-) ICMS (18%) 18% R$ 108.000,00

Valor da venda líquida dos impostos R$ 436.500,00

b. os respectivos lançamentos contábeis das operações ocorridas no período.

Os impostos que devem ser pagados são de um total de 48, 286.


Os lançamentos podem ser efetuados como sendo uma única compra e uma
única venda realizada no período com os valores totais, tendo o pagamento sido
feito a vista. O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação é um Imposto Estadual sob Administração Estadual Brasileiro, ou seja,
somente os governos dos Estados e do Distrito Federal têm competência para
instituí-lo.

2.5 EVENTO C – MELHORANDO O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO


GERENCIA PELA CONTABILIDADE DE CUSTOS E INDUSTRIAL EM 10/2018

O cálculo e análise do ponto de equilíbrio é fundamental para avaliar as


políticas de preços, verificar a estrutura de custos e compreender a lucratividade da
empresa. Sabendo que esta análise é fundamental, o Controller pediu a você para
que calcule os itens. Pede-se:

A. Calcule o ponto de equilíbrio em quantidade e em valores monetários


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para o Produto A, considerando somente seus custos fixos identificados. Aplicando a


fórmula do PEC para o produto A:

PEC = 500.000 / (100 - 50)


PEC = 500.000 / 50 = 10.000 unidades
Em termos monetários o valor no PEC é:
10.000 x 100 = R$ 1.000.000

B. Qual o volume de vendas para o Produto B no ponto de equilíbrio,


considerando somente seus custos fixos identificados, para obter uma margem de $
400.000? O conceito necessário para esse item é o de Ponto de Equilíbrio
Econômico (PEE), cuja fórmula é:

PEE = (Custos Fixos + Lucro Desejado) / MCu


Aplicando os valores, temos:
PEE = (300.000 + 400.000) / (90 - 40)
PEE = 700.000 / 50
PEE = 14.000 unidades

C. Caso a empresa deixe de vender o Produto B (Primavera), qual seria


volume de vendas no ponto de equilíbrio contábil para o Produto A (Verão)? Cabe
mencionar que caso a empresa deixe de vender o Produto B (Primavera), os custos
variáveis e os custos identificados do Produto B deixam de existir. Caso a empresa
deixe de vender o produto B, todos os custos fixos comuns aos dois produtos
passariam a ser apenas do produto A, então teríamos:

PEC = (500.000 + 600.000) / (100 - 50)


PEC = 1.100.000 / 50
PEC = 22.000

Isso significa que a empresa teria que vender bem mais unidades do produto
A para pagar os custos fixos.

D. Considerando a totalidade dos custos fixos, calcule o ponto de


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equilíbrio global em termos de quantidade para a empresa.

Custos Fixos totais = 500.000 + 300.000 = 800.000


Preço de venda total = 100 + 90 = 190
Custos variáveis unitários = 50 + 40 = 90

Então temos que o PEC global é:


PEC = 800.000/( 190 - 90)
PEC = 800.000/100
PEC = 8.000 unidades

2.6 EVENTO D – PREOCUPAÇÕES ATUARIAIS PARA A REDUÇÃO DE RISCOS


11/2018

A Ciência Atuarial é a ciência das técnicas específicas de análise de riscos e


expectativas, principalmente na administração de seguros e fundos de pensão. Esta
ciência aplica conhecimentos específicos das matemáticas estatística e financeira.
Segundo o que diz a Wikipédia, a enciclopédia livre.
Segundo Oliveira (1982), Para um atuário o primeiro passo é se esclarecer a
diferença entre risco e incerteza é quando todas as ocorrências possíveis de certa
variável se encontram sujeitas a uma distribuição de probabilidade conhecida
através de experiências passadas, ou que pode ser calculada com algum grau de
precisão, diz-se que existe risco associado. Quando esta distribuição de
probabilidades não pode ser avaliada, diz-se que há incerteza.

2.6.1 Definição de risco

Knight (1921) afirma que o risco é uma probabilidade mensurável, isto é, um


evento possível de ocorrer que pode ter sua probabilidade calculada, sendo que este
evento poderá ou não ser algo ruim. Knight também afirma que o risco é como uma
situação onde o futuro é conhecido. Com base nisto, o risco de um evento possui
uma distribuição de probabilidade que nos permite estudar as suas possíveis
14

variações.
Um dos métodos para a estimação do risco é o uso das probabilidades. As
mesmas mostram os possíveis eventos que poderão ocorrer, dada quantidade total
de eventos. Uma das utilizações dos cálculos de probabilidade está presente no
apreçamento do prêmio do seguro, no qual o atuário precifica o risco para os
pagamentos dos prêmios pelo segurado.
Para o mercado financeiro, quanto maior o risco envolvido, maior poderá ser
o retorno. Contudo, a perda monetária poderá ser maior.
A estimação do risco não está presente apenas no mercado financeiro, como
o risco se trata de cálculos atuariais e estatísticos laboriosos, ele está absolutamente
vinculado às Ciências Atuariais.
O Instituto Brasileiro de Atuária – IBA, em sua resolução de número 02/2014,
conceitua o risco: “É o evento ou condição incerta, cuja ocorrência se dá em
qualquer momento futuro, independentemente de vontade das partes, que causam
consequências financeiras”.
Para Zambitte (2010), “A Atuária, ciência do seguro, irá cotejar o risco
protegido e os recursos disponíveis para sua cobertura, vislumbrando sua
viabilidade em diversos cenários, especialmente dentro das expectativas futuras em
relação ao envelhecimento da população e às tendências da natalidade
populacional”.
O texto em português da norma internacional ISO 31000:2009 e do ISO Guia
73:2009 traz a seguinte definição oficial de Risco: Risco é o efeito da incerteza nos
objetivos.
NOTA 1 - Um efeito é um desvio em relação ao esperado - positivo e/ou
negativo.
NOTA 2 - Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas
financeiras, de saúde e segurança e ambientais) e podem aplicar–se em diferentes
níveis (tais como estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de
processo).
NOTA 3 - O risco é muitas vezes caracterizado pela referência aos eventos
potenciais e às consequências, ou uma combinação destes.
NOTA 4 - O risco é muitas vezes expresso em termos de uma combinação de
consequências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias) e a
probabilidade de ocorrência associada.
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NOTA 5 - A incerteza é o estado, mesmo que parcial, da deficiência das


informações relacionadas a um evento, sua compreensão, conhecimento, sua
consequência ou sua probabilidade.

2.6.2 Principais tipos de riscos envolvidos com a atividade empresarial

Os riscos empresariais, não estão relacionados somente à gestão do negócio,


existem outros riscos afetam diretamente as empresas como, por exemplo, o risco
cambial, risco político, risco ambiental, etc.
O texto em português da norma internacional ISO 31000:2009 e do ISO Guia
73:2009 classifica riscos como riscos puros e riscos especulativos.
Conforme a norma ISO 31000 de Gestão de Riscos há vários anos, autores e
estudiosos da Gestão de Riscos têm adotado diferentes taxonomias para classificar
os riscos que podem atingir uma organização. Uma delas, que utilizo até hoje,
agrupa basicamente os riscos em: riscos especulativos (ou dinâmicos) e riscos
puros (ou estáticos).
A diferença principal entre essas duas categorias de risco reside no fato de
que os riscos especulativos envolvem uma possibilidade de ganho ou uma chance
de perda; ao passo que os riscos puros envolvem somente uma chance de perda,
não existindo nenhuma possibilidade de ganho ou de lucro.
Um exemplo clássico que mostra essa diferença é o do proprietário de um
veículo, cujo risco (puro) que está associado a ele é o da perda potencial por
colisão. Se ocorrer eventualmente uma colisão, o proprietário sofrerá, no mínimo,
uma perda financeira. Se não ocorrer nenhuma colisão, o proprietário não terá,
obviamente, nenhum ganho.
Determinados riscos puros são também chamados riscos seguráveis, ou seja,
são os riscos que podem ser compartilhados por uma organização por meio da
compra de seguros (ver seção 6.5.2, Seleção de opções de tratamento de riscos,
da nova ISO 31000:2018).
Tradicionalmente, os riscos especulativos são divididos em três
classes: riscos administrativos, riscos políticos e riscos de inovação.
16

2.6.2.1 riscos administrativos

Os riscos administrativos estão intimamente relacionados ao processo de


tomada de decisões: uma decisão errada pode gerar perdas consideráveis,
enquanto que uma decisão correta pode trazer lucros para a empresa. O problema
maior está na dificuldade de se prever, com exatidão, o resultado que advirá da
decisão adotada... Essa incerteza nada mais é do que aquela relacionada à
própria definição de risco que foi adotada na ISO 31000 e no ISO Guia 73.
Os riscos administrativos podem ainda ser subdivididos em:
 riscos de mercado: são certos fatores que tornam incerta a venda de um
determinado produto ou serviço, a um preço suficiente que traga resultados
satisfatórios em relação ao capital investido.
 riscos financeiros: dizem respeito às incertezas em relação às decisões
tomadas sobre a política econômico-financeira da organização;
 riscos de produção: envolvem questões e incertezas quanto a materiais,
equipamentos, mão de obra e tecnologia utilizados na fabricação de um produto ou
na prestação de um determinado serviço.

2.6.2.2 riscos políticos

Os riscos políticos, por sua vez, são aqueles derivados de leis, decretos,
portarias, resoluções etc., oriundos do Governo Federal, Estadual e Municipal, os
quais podem ameaçar os interesses e objetivos da organização.

2.6.2.3 riscos de inovação

Por último, os riscos de inovação referem-se às incertezas decorrentes,


normalmente, da introdução (oferta) de novos produtos ou serviços no mercado, e
da sua aceitação (demanda) pelos consumidores.

2.6.2.4 Resumo da ópera

A quantidade e o tipo de classificações de riscos variam enormemente,


dependendo dos interesses dos grupos e pessoas que efetuam essa classificação.
17

Na área financeira, por exemplo, os riscos normalmente são classificados em: riscos
de liquidez, de mercado, de reputação e operacionais.
A macroclassificação em riscos puros (que muitos também chamam de
'riscos negativos') e riscos especulativos (que incluem os chamados 'riscos
positivos') me parece ainda a mais adequada para se compreender melhor o
espírito, os conceitos e os princípios da norma ISO 31000 de Gestão de Riscos!

2.6.3 Relação entre risco e incerteza?

Para Knight e Keynes, a incerteza está relacionada aos eventos que o


indivíduo não tem conhecimento e que não existem técnicas possíveis para se
calcular as suas probabilidades de ocorrência. De tal forma, para eles a incerteza
não pode ser mensurada e então precificada.
Os autores pós-keynesianos afirmam que as distribuições de probabilidade
não são suficientes para compreender as condições de incerteza, pois as
experiências passadas não são suficientemente confiáveis para a tomada de
decisão e mensuração.
Segundo Godinho (2002), existem duas abordagens de incerteza: a primeira
são os autores que utilizam uma distribuição de probabilidade para mensurar uma
situação de incerteza, não fazendo distinção entre risco e incerteza e a segunda são
os autores que dizem que as incertezas não são calculáveis (Knight e Keynes
defendem essa linha de pensamento).
A incerteza pode ser observada com base em estimativas, mas não em
inferências, pois a mesma pode ser considerada um julgamento (ou intuição) ao
invés de uma razão. Por essas razões, existe grande dificuldade em sequer estimar
a incerteza. Existem alguns estudos que se propuseram a tentar discorrer sobre uma
forma de medir a incerteza. Em um deles, Lawrence e Lorsch (1969) propuseram
que a incerteza deveria ser tratada como uma variável ambiental (variável externa).
Algumas seguradoras embutem o valor do custo da incerteza nos prêmios
que os segurados irão pagar. Entretanto, a situação mais comum é a seguradora
apenas oferecer cobertura para riscos, pois o cálculo da incerteza, como já dito
antes, é difícil de obter com base nos cálculos de probabilidade.
18

2.6.3.1 Mensuração do Risco

A discussão sobre risco e incerteza abrange a seara Securitária, seja na


legislação que normatiza as seguradoras, quanto na subscrição do risco, em outras
palavras, aceitação ou recusa do risco pelo segurador.
A mensuração do risco, segundo David Hertz (1979), é a medida de dispersão
de previsão. Hertz sugere o desvio padrão como medida desta dispersão. O desvio
padrão é feito de acordo com as observações efetivas e é analisado em relação à
média, expresso na mesma dimensão da previsão observada. Utilizam o y (gama)
como medida de risco, sendo esta medida obtida de maneira empírica e tendo a
mesma um cunho particular e específico de cada agente decisor. O y é obtido
consultando o decisor acerca da aceitação ou recusa de várias loterias. A partir do y
obtemos as curvas de utilidade exponencial.
Por isso, deve ser feita análise do risco e da incerteza sob o ponto de vista da
seguradora para auxiliar o entendimento dos gerentes acerca da natureza do
relacionamento entre os fatores de incerteza nos problemas de decisão.
Primeiramente é necessário analisar a Proposta de Investimento e de acordo
com as informações nela contida devemos calcular a Distribuição de Probabilidade
para Variáveis Críticas, seguindo da Distribuição de Probabilidade para a Variável
Decisão, para haver a revisão e o julgamento, e assim ser tomada a decisão de
subscrever ou não o risco. Se por acaso for um bem intangível, deverão ser usados
outros parâmetros de decisão para se chegar a tal julgamento.

2.6.3.2 Mensuração da incerteza

Para Lawrence e Lorsch (1967), a mensuração da incerteza depende de três


fatores: clareza das informações, confiabilidade e intervalo do retorno definitivo com
relação aos resultados. Lombardi e Brito (2010) propuseram que para mensurar a
incerteza, o gestor de risco deve levar em conta a incerteza de estado, a incerteza
de efeito e a incerteza de resposta.
A incerteza de estado se refere ao quanto os agentes envolvidos não
compreendem aspectos do ambiente que seja imprevisível. A incerteza de efeito se
relaciona com a destreza do indivíduo em prever os impactos dos eventos ou
mudanças que ocorrerão caso a incerteza se concretize. O último caso é a incerteza
19

de resposta, isto é, a compreensão de quais serão as possíveis soluções para que


se possam resolver os problemas gerados caso a incerteza aconteça.
Todavia, é muito difícil separar a incerteza do risco, pois o risco e a incerteza
não são duas operações mentais diferentes e irredutíveis uma à outra. O risco e a
incerteza não são mutuamente exclusivos, eles são complementares.

2.6.3.3 Cuidados ao mensurar o risco e a incerteza

No entanto, a discussão sobre a mensuração do risco e da incerteza não se


restringe a estes autores e pode ser encontrada também na legislação. Na
contabilidade, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis lançou o pronunciamento
técnico CPC 25, que trata sobre Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes. Neste, é exposto o cuidado se deve ter ao trabalhar com a estimação
dessas variáveis.
“O risco descreve a variabilidade de desfechos. Uma nova avaliação do risco
pode aumentar o valor pelo qual um passivo é mensurado. É preciso ter cuidado ao
realizar julgamentos em condições de incerteza, para que as receitas ou ativos não
sejam superavaliados e as despesas ou passivos não sejam subavaliados. Porém, a
incerteza não justifica a criação de provisões excessivas ou uma superavaliação
deliberada de passivos [...]” (CPC 25).
O trecho acima reforça a importância de uma boa estimação do passivo para
que o equilíbrio atuarial e financeiro seja mantido. Para uma seguradora, um cálculo
errado das probabilidades envolvendo riscos e incertezas pode gerar uma
quantidade de capital maior que a necessária para o equilíbrio ou uma quantidade
menor, e em ambos os casos, pode acarretar em prejuízo para a mesma.
Existem dois problemas para a seguradora mensurar a incerteza. O primeiro
deles se dá por causa da complexidade de estimar a incerteza, pois a mesma
dificilmente poderá ser prevista através do cálculo probabilístico. O segundo
problema consiste na possibilidade de ser contratualmente ilegal a cobrança da
incerteza no prêmio do segurado. Segundo o glossário elaborado pela SUSEP, o
seguro é definido por: “Contrato mediante o qual uma pessoa denominada
Segurador, se obriga, mediante o recebimento de um prêmio, a indenizar outra
pessoa, denominada Segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no
contrato”.
20

Martinez (2006) afirma que o risco é o elemento determinante do objeto no


contrato do seguro e por isto, a cobertura do mesmo é apenas para o risco e não
para a incerteza. O autor ainda diz que o seguro de uma incerteza pode ser capaz
de criar um contrato onde uma das partes é nitidamente favorecida, neste caso, a
seguradora. Este tipo de negócio é chamado de contrato leonino (que é ilegal na
legislação brasileira). A manutenção do favorecimento ilegal poderia caracterizar um
enriquecimento sem causa pela seguradora.
Em relação ao conceito de risco e incerteza, verificou-se que não há muitas
divergências entre os autores que procuram diferenciá-los, por isso, nota-se que a
base conceitual está pautada nos mesmos elementos.
Nota-se que para o atuário é de grande valia a precisão de cálculos
matemáticos para estimação correta dos passivos correlacionados e por isso, torna-
se imprescindível o cuidado que se deve ter ao trabalhar com a estimação dessas
variáveis. E todo arcabouço regulatório e jurídico, que envolve a determinação
técnica de risco, incerteza, contingenciamento e provisão, representa a essência do
Direito Atuarial.

2.7 RELAÇÃO DE TERMOS CONCEITUAIS CONTÁBEIS PARA RELATÓRIOS


GERENCIAIS 12/2018

Como vimos no artigo sobre o que é um plano de contas, todo e qualquer


evento ou operação realizado por uma empresa (compras, vendas ou investimentos)
tem reflexo imediato em sua contabilidade, pois é nela que são registradas todas
estas movimentações de acordo com a sua natureza e seus respectivos valores.
Desta forma, são gerados os registros nos diversos livros contábeis (Diário, Razão e
Caixa), que, por sua vez, dão origem aos demonstrativos contábeis e gerenciais,
entre eles o Balanço Patrimonial, um dos mais importantes na análise da saúde
econômica e financeira de uma empresa. E para realizar a contabilização destes
eventos, é necessário primeiramente entender o que é a classificação das contas
contábeis.
Geralmente, as contas contábeis de uma empresa são classificadas em
ativos, passivos, receitas e despesas. Elas são utilizadas justamente para organizar
os registros, dando nome a cada movimentação realizada pelo negócio. Sem esse
método, fazer a análise fica muito mais difícil. Vamos entender a que atividade ou
21

bem se refere cada uma das contas contábeis.

2.7.1 Ativo

Neste grupo ficam as contas nas quais são registrados os bens, créditos e
direitos que compõem o patrimônio da empresa. Alguns exemplos de ativos são:
estoque (de produtos acabados ou de matéria-prima); bens, como máquinas,
equipamentos e prédios; e ainda contas de ativos financeiros, como investimentos
ou duplicatas a receber.
A sede da empresa, por exemplo, se for própria, é contabilizada como um
ativo, pois faz parte do patrimônio. Da mesma forma, os resultados da participação
em um fundo imobiliário também podem entrar nesta classificação, pois a aplicação
foi realizada com recursos do negócio e com o objetivo de aumentar o patrimônio. É
algo menos palpável, mas é um bem da empresa.
E no caso de dívidas, são os ativos da empresa que entram na conta para
pagar os credores. O saldo dos investimentos, a sede e o maquinário podem ser
utilizados para honrar esses pagamentos após uma determinação da justiça.
Exemplos: imóveis (bens)- valorização da área em que a organização está
instalada e, consequentemente, o aumento no valor da propriedade empresarial.
Contas a receber (direitos)- dinheiro das vendas que foram realizadas a prazo
(recebíveis).

2.7.2 Passivo

Aqui ficam as contas em que são registrados os deveres e obrigações da


empresa com terceiros, como parceiros de negócio, bancos e governos. Alguns
exemplos de passivos são pagamento dos fornecedores, empréstimos e
financiamentos, obrigações fiscais e sociais. Geralmente, são registros em longo
prazo, ou seja, compromissos assumidos por um determinado período de tempo.
Imagine que uma empresa comprou um bem e ele entrou na classificação das
contas contábeis como ativo. O financiamento que ela fez para adquirir esse imóvel,
consequentemente, entra nas contas do passivo, pois configura um compromisso
que o empresário assumiu com um banco ou com a instituição que cedeu a quantia.
22

O mesmo pode ser dito da matéria-prima. O material adquirido entra como um


ativo do negócio, mas os pagamentos periódicos feitos de forma parcelada aos
fornecedores são contabilizados como passivos.

Exemplos: pagamento da folha salarial. Pagamento de fornecedores.

2.7.3 Patrimônio Líquido

O patrimônio líquido representa os valores que os sócios ou acionistas têm na


empresa em um determinado momento. No balanço patrimonial, a diferença entre o
valor dos ativos e dos passivos representa o PL (Patrimônio Líquido), que é o valor
contábil devido pela pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio
da Entidade.

2.7.4 Receitas

Nas contas do grupo de receitas são registrados todos os valores recebidos


pela empresa. Eles podem ser provenientes da operação direta, como venda de
produtos ou serviços, de receitas não operacionais, como juros recebidos, e, até
mesmo, da venda de um ativo que não é mais utilizado.
Claro que as principais receitas de uma empresa vêm da venda de produtos e
serviços, mas há outras formas de fazer o dinheiro entrar no caixa. O próprio
patrimônio é um exemplo. Imagine uma empresa que cresceu e expandiu para um
lugar maior. A antiga sede pode render de duas formas: com a venda ou com o
aluguel. Na primeira, o valor entra de uma vez só. Já na segunda é recorrente,
garantindo uma quantia importante para o negócio de maneira periódica.
Além disso, a receita pode ser utilizada para aumentar o patrimônio. Depois
de apurar o lucro, ou seja, verificar se sobrou algum dinheiro após arcar com os
custos e as despesas, o empresário tem em mãos um recurso que pode ser
investido na compra de máquinas ou no aumento da capacidade física.
Exemplo: A venda de um produto ou serviço.
23

2.7.5 Despesas

Por fim, o grupo de despesas é composto pelas contas em que são


registrados todos os desembolsos realizados pela organização, como pagamento de
funcionários e fornecedores, compra de matéria-prima ou equipamentos e
pagamento por serviços de terceiros. É aqui que a empresa consolida os passivos.
Caso não exista esse registro, há possibilidade de ocorrer 2 problemas: erro no
processo ou falta de pagamento. Ambos são graves e devem ser motivo de
preocupação para os gestores.
Controlar cada uma das contas é essencial para manter a saúde financeira do
empreendimento. Vamos pegar como exemplo o pagamento das parcelas de uma
compra de matéria-prima. Elas devem ser contabilizadas conforme forem sendo
pagas e o dinheiro realmente sair do caixa da empresa. Se essa despesa for
registrada antes do dinheiro sair do caixa, pode dar a entender que o gasto já
ocorreu e que o valor referente a ele está sobrando.
O contrário também pode acontecer. A sua empresa fez o pagamento do
financiamento das novas máquinas, mas não fez o registro corretamente. Alguns
dias depois, outra pessoa, vendo nas contas que não havia ocorrido o pagamento,
faz uma nova retirada do caixa para quitá-lo.
Nos dois casos será necessário fazer ajustes para corrigir as falhas. Por isso,
insistimos na necessidade de fazer todos os lançamentos corretamente,
especialmente no que diz respeito à classificação correta de cada categoria. E para
ajudá-lo nesse desafio, disponibilizamos um modelo de plano de contas simplificado,
que funciona como o pontapé inicial para você entender, de forma mais clara, todo o
processo.
Com ele, fica muito mais fácil fazer a correta classificação das contas
contábeis e a segmentação dos ativos, passivos, receitas, custos e despesas de seu
negócio, possibilitando uma melhor análise de toda a situação. Além disso, o modelo
também auxilia e serve de base para a elaboração de um plano de contas
personalizado para a classificação e segmentação das contas de sua empresa.
Clique na imagem abaixo e faça o download gratuito do material.
Exemplo: gastos com a área administrativa.
24

3 CONCLUSÃO

O profissional de contabilidade vai orientar as empresas no processo de


gerenciar informações contábeis úteis e no processo de tomadas de decisões, de
acordo com as normas e princípios contábeis sob a orientação dos valores morais e
éticos, para que elas obtenham os melhores resultados nas respostas dos negócios.
Com a análise do ponto de equilíbrio, o profissional tem condições suficiente
de fazer uma projeção em até que ponto a sua empresa estará operando em
segurança, sem que tenha prejuízos, utilizando a margem de contribuição, chegando
ao ponto de equilíbrio. Se por um acaso a margem de contribuição não é conhecida,
a empresa poderá ter um grande volume de vendas e, mesmo assim, acumular
prejuízos. Pois a margem de contribuição ajuda ao empresário observar qual
produto é mais rentável para a empresa e qual é menos rentável.
Com as mudanças no cenário empresarial e com as economias todas
interligadas, as empresas necessitam de profissionais que realmente demonstram a
real situação socioeconômica da organização, capazes de criar indicadores para
garantir o bom desempenho, das estratégias empresariais e evitar que a empresa
tenha perdas financeiras significativas nos resultados.
A gestão de risco é um importante instrumento para as empresa, pois ela não
elimina a utilização dos indicadores, mas integram a eles outros fatores externos
principalmente ligados à economia. Para isso é importante à atuação do controller,
elaborando maneiras de minimização dos riscos expostos e interpretando as
informações e fazendo uma integração dos resultados apresentados e o objetivo da
empresa.
É de extrema importância desenvolver um modelo de gestão de risco
envolvendo a estratégia, seus custos e metas, para que a empresa tenha
parâmetros para rápida verificação e acompanhamento do planejamento adotado,
uma espécie de sistema de informação que constantemente avalia os resultados
obtidos com o objetivo almejado.
Assim conclui-se que uma empresa atenta e preparada para os fatores que
possam impactar de forma negativa ou ate mesmo positiva, alcança melhores
resultados na apuração dos lucros.
25

4 REFERÊNCIAS

BERNARDES, P. Incertezas na Decisão Estratégica de Investimentos na


Geração de Energia Elétrica. 2003. 243p. Tese (Doutorado em Administração) –
Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2003.

GILLES B. DE PAULA. Artigo: O que é classificação das contas contábeis:


ativo, passivo, receita e despesa. Publicado dia 22 de dezembro de 2013.
https://www.treasy.com.br/blog/o-que-classificacao-contabil-ativo-passivo-receita-e-
despesa/. Acesso em 01 Jun de 2019.

GODINHO, M. T. Implicações da violação da hipótese da ergodicidade nos


modelos econométricos. Tese de doutorado, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, MG, Brasil. (2002).

IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Código das melhores


práticas de governança corporativa. 5.ed. / Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa. - São Paulo, SP: IBGC, 2015. 108p. ISBN 978-85-99645-38-3. 1.
Governança corporativa - código. I. Título. CDD – 658.4. Acesso em 04 de Mai de
2019.

ISO 31000:2009 e do ISO Guia 73:2009. ABNT/CEE-063 PROJETO DE


REVISÃO ABNT NBR ISO 31000 FEV 2018.
<https://portaldagestaoderiscos.com/wp-content/uploads/2018/02/ISO-31000.pdf>.
Acesso em 01 Jun de 2019.

KNIGHT, F. H. (1921). Risk, uncertainty and profit. Washington, DC: Beard


Books. 1º edição, 1921.

LAWRENCE, P. R., & LORSCH, J. W. Organization and environment:


managing differentiation and integration. Boston, MA: Harvard University Press.
1967.

LOMBARDI, Marta Fabiano Sambiase& BRITO, Eliane Pereira Zamith.


Incerteza Subjetiva no Processo de Decisão Estratégica: uma Proposta de
Mensuração. Curitiba, RAC – Revista de Administração Contemporânea. Volume
14, 2010.

MARTINEZ, Pedro Romano. Contrato de Seguro. In: MARTINEZ, Pedro


Romano. Direito dos Seguros. Lisboa, Portugal: Principia 2006.

IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 15ª ed. Rio de


Janeiro: Impetus, 2010.

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