Sunteți pe pagina 1din 37

O Banco Central do

Brasil e Suas Funções

Márcio Antônio Estrela


Sexta-feira, 13 de Março de 2009
O Banco Central do Brasil e Suas Funções

Márcio Antônio Estrela


Chefe da Consultoria de Relações com Organismos Internacionais – Corin, no
Departamento da Dívida Externa e de Relações Internacionais – Derin.

Economista, fez pós em finanças e cursou o mestrado em Economia e Finanças


Públicas da FGV/SP.

Nos últimos anos participou do Workshop sobre Política Monetária e Operações de


Mercado Aberto, do Cemla, no México (2004); do Curso de Programação e Políticas
Financeiras, do FMI, em Washington (2005); do Seminário para Funcionários de
Gestão Econômica dos Países do Mercosul, na China (2005); e do G-20 Workshop
on Commodities and Financial Stability, em Washington (2007).
É autor de "Política Monetária e Cambial", capítulo do livro “Formação de
Negociadores em Comércio Exterior”, Esaf, Brasília, 2002.
Antes do Banco Central do Brasil, onde entrou em 1994, foi assessor econômico na
Seplan/MG.

Márcio Antônio Estrela 2


Missão do Banco Central do Brasil

Missão do Banco Central do Brasil:

Assegurar a estabilidade do poder de


compra da moeda e um sistema
financeiro sólido e eficiente.

Márcio Antônio Estrela 3


Principal função dos bancos centrais

Principal Função:
• Na maior parte dos países economicamente
relevantes, a principal função da Autoridade
Monetária é garantir a estabilidade de preços,
evitando a perda de poder de compra da moeda.
Isso representa, em última instância, proteger a sociedade,
impedindo a transferência de riqueza da população para o
governo por intermédio de processos inflacionários,
conhecida como “Senhoriagem”.
Na Alemanha, por exemplo, o Bundesbank é visto como a instituição que protege
a sociedade contra os agentes (Governo inclusive) que tentam provocar inflação.

Márcio Antônio Estrela 4


Bancos Centrais

• Configuração recente;

• Formaram-se gradualmente como resposta à


instabilidade dos incipientes sistemas financeiros;

Márcio Antônio Estrela 5


Primeiras Funções

A prática bancária concentrou em certas instituições


algumas funções que, mais tarde, definiram as funções
de um banco central:

1ª – direito de emissão;
2ª – banqueiro do governo;

e, com o passar do tempo:

3ª – depositário das reservas dos outros bancos;


4ª – prestamista de última instância.

Márcio Antônio Estrela 6


O Banco da Inglaterra

Fundado em 1694 (século XVII), como sociedade anônima privada


– primeira instituição a, com o passar do tempo, agrupar de forma
mais clara as funções que hoje definem um banco central.

O direito de banco emissor (direito de emissão) na região de


Londres lhe foi concedido em contrapartida ao fato de ter financiado a
Inglaterra na guerra contra a França (banqueiro do governo).

Devido ao aumento de prestígio e participação no mercado,


progressivamente, ao longo dos séculos XVIII e XIX, os demais
bancos passaram a adotar a prática de manter depósitos no Banco da
Inglaterra (depositário das reservas dos outros bancos – banco
dos bancos) e, em função disso, a fazer a compensação via débitos
e créditos em contas naquela instituição (compensação
centralizada).

Márcio Antônio Estrela 7


O Banco da Inglaterra

Como decorrência desse poder, o Banco da Inglaterra passou


a fazer empréstimos a instituições com problemas
momentâneos de liquidez (prestamista de última instância).

O crescimento do poder do Banco da Inglaterra evidenciou o


conflito entre o objetivo primário de maximização dos lucros e
o controle dos agregados monetários. Em função disso, a Lei
do Banco da Inglaterra, de 1946, o estatizou e outorgou o
caráter de Banco Central.

Márcio Antônio Estrela 8


A Expansão do Modelo pelo Mundo

Revolução Industrial =>

=> expansão das atividades das grandes companhias =>

=> expansão do capital industrial =>

=> expansão do capital financeiro =>

=> necessidade de regulação e unificação da emissão =>

=> “demanda” por bancos centrais.

Márcio Antônio Estrela 9


A Expansão do Modelo para a América Latina

Atividades, na América Latina (e outras regiões), das grandes


companhias relacionadas ao fornecimento de matérias primas =>
=> grandes fluxos de investimentos para a região =>
=> demanda por serviços financeiros na região =>
=> surgimento/expansão de bancos comerciais na região =>
=> desenvolvimento das atividades bancárias sem controle =>
=> instabilidade =>
=> necessidade de regulação e unificação da emissão =>
=> “demanda” por bancos centrais.

Márcio Antônio Estrela 10


Antecedentes do Banco Central do Brasil

- De 1808 a 1945 – Emissões.


• 1808: Criação do 1º Banco do Brasil.
• 1832: Unificação das casas da moeda existentes.
• 1836-1862: Diversos bancos emitem “letras” e “vales”.
• 1862-1866: O novo Banco do Brasil passa a ser único emissor.
• 1866-1889: O Tesouro passa a ser o único emissor.
• 1889-1892: Vários bancos voltam a poder emitir.
• 1892-1896: O Banco da República do Brasil passa a ser o único emissor.
• 1896-1906: Governo emite diretamente.
• 1906-1913: Caixa de Conversão emite (cédulas circulam até 1931).
• 1923-1926: Banco do Brasil voltou a ser o emissor.
• 1926-1930: Governo, por intermédio da Caixa de Estabilização, emite
bilhetes garantidos por lastro-ouro (notas puderam ser trocadas até 1951).
• 1930-1964: Tesouro emite por intermédio do Banco do Brasil.
Márcio Antônio Estrela 11
Histórico do Banco Central do Brasil

1920: criada a Inspetoria Geral de Bancos para fiscalizar instituições


financeiras (não tendo competência para normatizar).

- 1945: criação da Sumoc

- Organismos que regularam a atividade financeira entre 1945 e


1964:
• Conselho Superior da Sumoc;
• Superintendência da Moeda e do Crédito – Sumoc;
• Banco do Brasil;
• Tesouro Nacional.

- Criação do Banco Central do Brasil:


Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964

Márcio Antônio Estrela 12


Definição e principal função dos bancos centrais

Definição do BIS:
• A instituição de um país ao qual se tenha confiado o
dever de regular o volume de dinheiro e crédito.
Principal Função:
• Na maior parte dos países economicamente relevantes, a
principal missão da Autoridade Monetária é garantir a
estabilidade de preços.

• Mesmo em países nos quais a Autoridade Monetária têm


outras funções, estas são sempre subordinadas ao
atendimento prévio da citada estabilidade.
O FED persegue também o “Pleno Emprego”, desde que assegurada
antes a estabilidade de preços.
Márcio Antônio Estrela 13
Funções típicas dos bancos centrais

Funções típicas:

• monopólio de emissão
• banco dos bancos
• banqueiro do governo
• supervisor do sistema financeiro
• executor da política monetária
• executor da política cambial (depositário das reservas
internacionais)
• assessor econômico do governo

Márcio Antônio Estrela 14


Monopólio de emissão
Monopólio de emissão
•busca de uniformidade;
•controle da emissão (evitar a excessiva criação de moeda).

Banco Central do Brasil:


- Pela Constituição e pela Lei 4595/64, cabe ao BCB emitir papel-
moeda e moedas metálicas e executar os serviços do meio
circulante.

- Os serviços do meio circulante compreendem:


• atendimento da demanda de dinheiro;
• substituição e destruição do numerário desgastado (saneamento do meio
circulante);
• estudo, pesquisa, elaboração e aprovação de projetos de novas cédulas e
moedas.

Márcio Antônio Estrela 15


Banco dos Bancos
•Compulsórios e reservas;
•Fornecer crédito ao sistema financeiro;
•Prestamista de última instância;
•Compensação bancária.

Banco Central do Brasil:


-Recebe os depósitos (reservas) das instituições financeiras.
-Oferece operações de redesconto (prestamista de última instância)
-Regula e presta serviços de transferência de fundos e de liquidações de
obrigações financeiras – Sistema de Pagamentos Brasileiro.

O novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB):


•O BCB levou a efeito uma profunda alteração no sistema de pagamentos
brasileiro, aumentando sua eficiência e melhorando a gerência de risco.
•Os riscos, antes assumidos pelo BCB, passaram a ser assumidos em sua maior
parte pelos próprios agentes operadores – Mitigação do “Risco Moral”.

Márcio Antônio Estrela 16


Banqueiro do Governo

Detém as contas mais importantes do governo, inclusive


reservas em moedas estrangeiras.
Banco Central do Brasil:
- Administra as Reservas Internacionais.
- Acompanha a execução orçamentária do governo.
- Atua em nome do Tesouro nos leilões de títulos públicos
federais.
- Representa o país junto a organismos internacionais.
- Recebe as disponibilidades de caixa da União – Conta
Única do Tesouro.

Márcio Antônio Estrela 17


Superintendente do Sistema Financeiro

• Expedição de normativos: resoluções, circulares etc.


• Autorizações.
• Supervisão.
• Prevenção de Ilícitos cambiais e financeiros.
• Saneamento do SFN (Intervenção, Administração
Especial Temporária, Liquidação Extrajudicial).
•Atendimento ao público.

Márcio Antônio Estrela 18


Executor da Política Monetária

Define o sentido mais amplo do BC e, em última instância, articula as


demais.
A principal função de um banco central consiste em adequar o volume dos
meios de pagamento à real capacidade de a economia absorver recursos
sem causar desequilíbrios nos preços.
Definição: Controle, por meio de instrumentos de efeito direto ou
induzido, da taxa de juros e da expansão da moeda e do crédito, de
acordo com as necessidades do crescimento econômico e da estabilidade
dos preços.
É importante frisar que a Política Monetária tem um horizonte de médio e longo
prazos.
Modificações nas taxas de juros têm muitos de seus efeitos defasados em até
18 meses. Dessa forma, pode-se dizer que essas alterações estão “corrigindo o
que iria acontecer” na economia.

Márcio Antônio Estrela 19


Política Monetária: Instrumentos

• Encaixe legal/compulsórios: A fração dos depósitos compulsórios


mantidos pelas instituições financeiras no BC guarda relação inversa com a
capacidade do sistema bancário para expandir o crédito e a oferta
monetária. É um instrumento de efeito induzido.

• Redesconto: mecanismo no qual um banco comercial troca títulos de sua


propriedade por moeda junto ao banco central, a taxas de juros pré-
estabelecidas. É um instrumento de efeito induzido. O redesconto é,
também, utilizado para suprir crédito a instituições financeiras com
problemas conjunturais de liquidez.

• Mercado aberto: compra e venda de títulos públicos federais com o


objetivo de controlar a liquidez da economia (é o instrumento mais ágil e
flexível).

Márcio Antônio Estrela 20


Metas para a Inflação

Sistema de metas de inflação


compreende cinco aspectos principais:

(i) o anúncio público de metas de médio prazo para a inflação;

(ii) o compromisso institucional com a estabilidade de preços como o


principal objetivo da política econômica, ao qual os demais objetivos são
subordinados;

(iii) o uso de variáveis e modelos para habilitar a autoridade monetária a


estabelecer os instrumentos de política econômica;

(iv) uma estratégia de política monetária transparente, que designa um papel


central para a comunicação para o público dos planos, objetivos e razões das
decisões do banco central; e

(v) mecanismos para responsabilizar as autoridades monetárias em caso de


descumprimento das metas de inflação.
Márcio Antônio Estrela 21
Brasil: Sistema de Metas para a Inflação (SMPI)

Antecedentes:
Estabilização da economia – Plano Real (1994)
Reformas econômicas
Redução do tamanho do setor público – privatizações
Reestruturação do Sistema Financeiro – Proer (1995); Proes (1996)
Adoção do regime de câmbio flutuante (janeiro de 1999) – política
monetária ativa.
Reforço:
Ajuste Fiscal:
• Inversão de déficits para superávits primários;
• Lei de Responsabilidade Fiscal (2000)

Márcio Antônio Estrela 22


Brasil: Sistema de Metas para a Inflação (SMPI)

Funcionamento do SMPI:
• CMN fixa a meta de inflação (variações anuais do IPCA).
• Reuniões periódicas do Copom para analisar a economia brasileira (nível de
atividade, ambiente externo, índices de preços, mercado monetário, dívida
pública, etc.), a tendência futura da inflação e decidir, nesse cenário, qual é a
taxa de juros (Selic meta) necessária para atingir a meta de inflação definida.
• O Banco Central do Brasil atua no mercado para levar a taxa de juros Selic
efetiva a se aproximar da definida na reunião do Copom (Selic meta).
• Notas do Copom são publicadas na internet.
• Relatório trimestral de inflação.

É importante registrar que, embora as modificações nas taxas de juros possam ter
repercussões mais rápidas (nas expectativas e na taxa de câmbio), muitos de seus
efeitos são defasados (pelo lado da demanda, a partir de 6 meses, chegando até a
18 meses).

Márcio Antônio Estrela 23


Brasil: Sistema de Metas para a Inflação (SMPI)

Descumprimento da Meta:
Em caso de descumprimento da meta, o Presidente do
BCB envia carta aberta ao Ministro da Fazenda, contendo:
• Descrição das causas do descumprimento.
• Providências para o retorno da inflação aos limites
estabelecidos.
• Prazo no qual se espera que as providências produzam
efeito

Márcio Antônio Estrela 24


BCB, estabilidade, redução do imposto inflacionário sobre a
sociedade e aumento real de rendimentos

•Inflação => perda de valor da moeda => desvalorização


equivalente nas obrigações de seu emissor => transferência
de riqueza da sociedade para o governo.

•“Senhoriagem”/Imposto Inflacionário: Fonte de recursos


sem a necessidade de se criar mecanismos formais de
arrecadação ou cobrança e sem ter de ir a público se
justificar. Imposto regressivo por ser a população de menor
renda a que menos condição tem para se defender da
desvalorização da moeda.

•No Brasil, a atuação decisiva do Banco Central do Brasil


em prol da estabilidade monetária representou a redução
das transferências da sociedade para o governo, recursos
que permaneceram em poder da população e dos agentes
econômicos.
Márcio Antônio Estrela 25
Senhoriagem no Brasil – 1965-2004

Ano Inflação (IGP/DI - FGV) Senhoriagem (% PIB)

1965 34,26% 1,93


1966 39,13% 1,45
1967 25,00% 1,57
1968 25,43% 1,48
1969 19,34% 1,06
1970 19,26% 0,91
1971 19,49% 0,71
1972 15,71% 0,70
1973 15,58% 0,62
1974 34,53% 0,62
1975 29,34% 0,68
1976 46,26% 1,16
1977 38,84% 1,34
1978 40,72% 1,55
1979 77,29% 1,37
1980 110,25% 1,33
1981 95,20% 1,92
1982 99,71% 2,35
Média 1965-1982 43,63% 1,26

Márcio Antônio Estrela 26


Senhoriagem no Brasil – 1965-2004
Ano Inflação (IGP/DI - FGV) Senhoriagem (% PIB)
1983 210,98% 2,80
1984 223,81% 2,48
1985 235,13% 2,30
1986 65,04% 1,30
1987 415,87% 3,14
1988 1.037,53% 3,91
1989 1.782,85% 5,51
1990 1.476,71% 3,89
1991 480,17% 3,59
1992 1.157,84% 3,27
1993 2.708,39% 3,39
Média 1983-1993 890,39% 3,23
1994 909,67% 1,76
1995 14,77% 1,04
1996 9,33% 0,56
1997 7,48% 0,65
1998 1,71% 0,93
1999 19,99% 0,90
2000 9,80% 0,59
2001 10,40% 0,61
2002 26,41% 0,72
2003 7,66% 0,88
2004 12,13% 0,62
Média 1995-2004 11,97% 0,75
Média 1965-2004 290,23% 1,69
Obs.: Médias Aritméticas para os períodos considerados.
Dados de 1994 foram isolados para depurar efeitos da inflação elevada em metade do ano em função de o Plano Real ter sido implantado em 01/07/1994.
Fontes:
* Senhoriagem: JALORETTO, Cláudio; SENHORIAGEM E FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (Dissertação de Mestrado em Economia do Setor Público);
UNB; Brasília; 08/07/2005.
* Inflação: IGP-DI da FGV (a partir de valores mensais constantes em BCB, Séries Temporais).

Márcio Antônio Estrela 27


BCB, estabilidade, redução do imposto inflacionário sobre a
sociedade e aumento real de rendimentos
A atuação decisiva do Banco Central do Brasil em prol da estabilidade monetária
viabilizou, ainda, um crescimento do rendimento real médio, possibilitando um
aumento de renda dos salários quase nunca observável em períodos de inflação
elevada*. Os maiores beneficiados nesse processo são os trabalhadores que
dependem de seus salários para subsistência.
18 *Crescimento de rendimento real médio com inflação elevada só é constatável no curto prazo, tendendo a ser 1.350
neutralizado no longo prazo.
16
Rendimento médio real 1.300
%, acumulado em 12 meses

14 média móvel de 3 meses

R$, dessazonalizado
1.250
IPCA
12
1.200
10
1.150
8

1.100
6

4 1.050

2 1.000
Jul Dez Mai Out Mar Ago Jan Jun Nov Abr Set Fev Jul Dez
03 03 04 04 05 05 06 06 06 07 07 08 08 08
Fonte: IBGE. Dados mensais./ Elaboração: BCB/Derin/Gepla/Copex.

Márcio Antônio Estrela 28


BCB, estabilidade, redução do imposto inflacionário sobre a
sociedade e aumento real de rendimentos

Esses resultados apenas reforçam a


necessidade de o Banco Central do
Brasil perseverar na manutenção da
estabilidade monetária como forma de
proteger a sociedade, em especial a
população de menor renda.

Márcio Antônio Estrela 29


Estabilidade, reforço no enfrentamento da Crise Internacional

•O Banco Central transferiu ao Tesouro Nacional R$185,35 bilhões na


segunda-feira, 09/03/2009, fruto do resultado positivo alcançado no 2º
semestre de 2008.
• A transferência decorre, em boa parte, dos ganhos obtidos com o
carregamento das reservas internacionais e com as operações de swap
em moeda estrangeira.
•Os recursos repassados darão ao Tesouro Nacional mais tranquilidade
na política de gestão da dívida pública na conjuntura atual de turbulência
nos mercados.
• Essa é mais uma demonstração do acerto da política de acumulação
das reservas internacionais e reflete a solidez fiscal do país. A
combinação das políticas macroeconômicas fortaleceu as condições
internas para enfrentar momentos de maior adversidade econômica. No
passado, a escassez de divisas era uma fonte permanente de
vulnerabilidade.
Márcio Antônio Estrela 30
Crise financeira sistêmica

O que deveria ser óbvio para todos, mas


aparentemente não o é:

“Banco não trabalha com dinheiro de


banqueiro. Banco trabalha alavancado,
captando dinheiro de poupadores e
emprestando a tomadores.”
Pedro Malan, por ocasião do PROER.

Márcio Antônio Estrela 31


A grave crise financeira internacional e a atuação decisiva dos
Bancos Centrais!

O Banco Central do Brasil, sem abrir mão


da necessária manutenção da estabilidade,
vem atuando intensiva e constantemente
no enfrentamento da grave crise financeira
internacional, fornecendo liquidez e
impedindo que os desdobramentos dessa
crise afetem mais rigorosamente a
economia brasileira.
A estabilidade da economia brasileira foi decisiva
para que os impactos da crise no Brasil não
fossem tão severos como em outros países.

Márcio Antônio Estrela 32


Atuação dos Bancos Centrais no enfrentamento da crise

Os principais BCs do mundo têm atuado para restabelecer o pleno funcionamento


dos mercados financeiros, infundir confiança nos agentes e construir alicerces
para reativar o crescimento utilizando um conjunto de ferramentas, entre as quais
se destacam:
•Injeção de capital nos bancos
– Exemplo: Injeção de USD20 bilhões no Citigroup e garantia de créditos no valor de USD306
bilhões.
• Compra de ativos das instituições financeiras
– Exemplo: O Banco da Inglaterra adquiriu US$486 milhões em commercial papers durante a
primeira semana de operação do seu Asset Purchase facility, visando a reativação do mercado
de crédito.
• Programas destinados a setores específicos
– Exemplo: Programa norte-americano de USD200 bilhões para facilitar os empréstimos
estudantis, de automóveis e de negócios.
• Injeção de Liquidez em moeda externa
– Exemplo: Federal Reserve criou linha de Swap de USD30 bilhões com o Brasil, Cingapura,
Coreia do Sul e México.
• Redução do compulsório
– Exemplo: China reduz compulsório em 50 p.b. para 15,5% (grandes bancos).

Márcio Antônio Estrela 33


Atuação do BCB no enfrentamento da crise

O BCB vem atuando em várias frentes:

I – Aumento da liquidez em moeda estrangeira


• Empréstimos em moeda estrangeira, garantidos por títulos expressos na mesma moeda emprestada
e realizados por meio de leilões. O BCB pode determinar que os recursos sejam direcionados a
operações específicas, como comércio exterior, ou a empresas brasileiras com obrigações no
exterior.
• Swap Cambial com instituições financeiras nacionais – leilões nos quais o BCB oferece aos bancos a
variação do dólar e em contrapartida recebe a variação da taxa de juros (o BCB obteve um ganho de
R$171,4 bilhões com as operações de Swap cambial no segundo semestre de 2008).
• Linha de Swap com o Fed – US$30 bilhões, anunciado em 29/10/2008.

II – Aumento da liquidez em moeda nacional


• Operações de Redesconto – compra de ativos com compromisso de revenda.
• Redução do recolhimento compulsório, do encaixe obrigatório e da exigibilidade adicional sobre
depósitos à vista e a prazo, sobre recursos de depósitos interfinanceiros de sociedades de
arrendamento mercantil e das instituições que adquirirem operações de créditos de outras
instituições.

III – Outras Operações


• Crédito Rural – elevação do percentual de recursos da poupança rural que devem ser destinados ao
crédito rural.

Márcio Antônio Estrela 34


Atuação do BCB no enfrentamento da crise

O BCB vem atuando em várias frentes:


IV – Redução da taxa de juros.

• O Banco Central do Brasil, assegurada a estabilidade (manutenção da


inflação dentro da meta estabelecida pelo Governo), vem propiciando
maior liquidez para a economia, também, por intermédio da redução da
meta da taxa de juros para a Selic.

Avaliando a evolução da trajetória prospectiva para a inflação, levando em conta a magnitude e a


rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementado e seus efeitos cumulativos, após
uma redução de 100 pontos básicos na reunião de 22/01/2009 (de 13,75% para 12,75%), o
BCB fez outra redução ainda mais forte, de 150 pontos básicos, na reunião do Copom de
11/03/2009 (de 12,75% para 11,25%).

Márcio Antônio Estrela 35


Estabilidade de Preços, uma conquista da sociedade brasileira!

A estabilidade de preços
é uma conquista da
sociedade brasileira!

Márcio Antônio Estrela 36


Estabilidade de Preços, uma conquista da sociedade brasileira!

OBRIGADO!

Márcio Antônio Estrela 37

S-ar putea să vă placă și