Sunteți pe pagina 1din 34

¿"VERDADERAS FIGURAS DE COOPER"

O "POBRES INDITOS INFELICES"?


LA POLÍTICA INDIGENISTA
DE MAXIMILIANO*

ÉrikaPAK.
El Colegio de México

E L SEGUNDO IMPERIO HA REPRESENTADO u n t e r r e n o difícil de explo-


rar para los historiadores mexicanos. C o m o sucede t a m b i é n
con el estudio de la invasión estadounidense y de la guerra
de i n t e r v e n c i ó n francesa, ha sido p r o b l e m á t i c o analizar, de
m a n e r a objetiva, "esta triste y al mismo t i e m p o i m p o r t a n -
1
t í s i m a etapa de nuestra H i s t o r i a " . E l segundo i m p e r i o se
estudia c o m o u n p e r i o d o a n ó m a l o , si b i e n pintoresco, de la
historia nacional: p o r i n t e r r u m p i r el movimiento ascendente
del liberalismo, se describe como u n a etapa casi aparte, des-
conectada d e l desarrollo h i s t ó r i c o del p a í s . Así, tanto la his-
t o r i o g r a f í a tradicional — y hay que recordar que algunos de
estos autores, c o m o Vicente Riva Palacio y J o s é M a r í a Igle-
sias, p a r t i c i p a r o n activamente e n la l u c h a c o n t r a e l i m -
2
p e r i o — c o m o la "versión oficial" de la historia p a t r i a se han

* A g r a d e z c o a l a d o c t o r a Solange A l b e r r o y a m i s c o m p a ñ e r o s d e l
s e m i n a r i o M a r g i n a l i d a d y r e p r e s i ó n e n A m é r i c a L a t i n a , sus c o m e n t a r i o s
y sugerencias.
'CHÁVEZ OROZCO, 1 9 6 1 , p . 13.
2
Es i n t e r e s a n t e q u e m i e n t r a s c o n c a r á c t e r de d i f u s i ó n t a n t o l a tele-
n o v e l a "El V u e l o d e l Á g u i l a " c o m o l a e d i c i ó n de l a revista Los Biográficos
( C l í o ) p r e t e n d e n r e v a l o r a r e l personaje d e P o r f i r i o D í a z , n o sucede l o
m i s m o c o n M a x i m i l i a n o , si b i e n e l c a p í t u l o sobre é l e n e l l i b r o Siglo de
Caudillos p r e s e n t a u n a a p r e c i a c i ó n e q u i l i b r a d a . V é a s e "Las 'viejas p e l u -
cas' y su ' e m p e o r a d o r ' " , e n KRAEZE y ZERÓN M E D I N A , 1993, t. n, p p . 44-45 y
" E l m á s h e r m o s o i m p e r i o d e l m u n d o " , e n KRAUZE, 1994, p p . 249-274.

HMex, X L V I I : 3, 1998 571


572 ÉRIKAPANI

negado a hacer u n análisis a distancia de las acciones de u n


g o b i e r n o "usurpador", "impuesto" p o r las armas francesas.
É s t e es el caso de la llamada "política indigenista" llevada
a cabo durante el i m p e r i o , que c o m p r e n d i ó tanto actitudes
c o m o medidas concretas. C o m o veremos m á s tarde, desde
su llegada a M é x i c o los emperadores manifestaron gran sim-
p a t í a e i n t e r é s p o r la p o b l a c i ó n i n d í g e n a , y en favor de é s t a
se p r o m u l g a r o n leyes en m a t e r i a agraria y se c r e ó la J u n t a
Protectora de las Clases Menesterosas. Sin embargo, la his-
t o r i o g r a f í a ha catalogado someramente al "cacareado i n d i -
3
genismo" de M a x i m i l i a n o . Su a c t u a c i ó n ha interpretado co-
m o u n i n t e n t o fracasado de granjearse el apoyo i n d í g e n a y
4
asegurar sobre é s t e su t r o n o , o c o m o u n a serie de medidas
inspiradas p o r "el viejo e s p í r i t u paternal de [los] antepasa-
5
dos" del e m p e r a d o r y d i s e ñ a d a s para darle "gran fama e n
6
la E u r o p a l i b e r a l " ; o c o m o resultado de los impulsos r o -
m á n t i c o s de u n gobernante que m á s p a r e c í a "un p r í n c i p e
7
de cuento de hadas que u n a criatura de Maquiavelo".
Todos estos elementos c o n t r i b u y e r o n sin duda, en mayor
o m e n o r m e d i d a , a la f o r m a c i ó n de la p o l í t i c a indigenista
i m p e r i a l . Sin embargo, tales análisis, apresurados y aisla-
cionistas, aunque subrayan conceptos importantes, no l o -
gran aprehender la c o m p l e j i d a d de u n f e n ó m e n o intere-
sante, que a d e m á s , representa u n a i n n o v a c i ó n en la política
nacional del M é x i c o independiente. E n este trabajo nos p r o -
ponemos e x a m i n a r la p o l í t i c a indigenista de Maximiliano
a través de la visión que t e n í a n el emperador y sus colabo-
radores, de los i n d í g e n a s —las cuales, a d e m á s , n o siempre
c o n c u e r d a n . Este enfoque, al centrarse en la p e r c e p c i ó n e

3
L u i s G o n z á l e z y G o n z á l e z : " E l i n d i g e n i s m o de M a x i m i l i a n o " , e n
ARNAIZ Y FREG y BATAILLON, 1 9 6 5 , p . 109.
4
P0WELE, 1 9 7 4 , p. 103.
5
KRALZE, 1 9 9 4 , p. 262.
"ARRANCOIZ, 1 9 6 8 , p p . 6 4 7 - 6 4 8 y ZAMACOIS, 1 8 8 2 , t. xvm, p . 8 3 .
7
L u i s G o n z á l e z y G o n z á l e z , " E l i n d i g e n i s m o de M a x i m i l i a n o " , e n
ARNAIZ Y FREO y BATAILLON, 1 9 6 5 , p . 1 0 3 . S i n e m b a r g o , J e a n Meyer y J a i m e
d e l A r e n a l h a n r e a l i z a d o u n a n á l i s i s m á s c o m p l e j o y p r o f u n d o de l a
l a b o r de l a J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas, MEYER, 1 9 8 4 y
ARENAL, 1 9 9 1 .
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 573

ideales de los gobernantes, t i e n e la d e b i l i d a d de dejar a


u n lado la e j e c u c i ó n y la o p e r a b i l i d a d de esta p o l í t i c a . Sin
embargo, sentimos que nos presenta u n a perspectiva va-
liosa, p u e s l a i m a g e n d e l i n d i o , p r o d u c t o de u n contex-
to c u l t u r a l , e c o n ó m i c o y p o l í t i c o , c o n s t i t u í a u n factor
d e t e r m i n a n t e e n la f o r m a c i ó n de este "proyecto indigenis-
ta". Este t i p o de cuestionamiento nos p e r m i t e acercarnos a
u n f e n ó m e n o m á s a m p l i o : ¿ c ó m o era la n a c i ó n que pre-
t e n d í a construir Maximiliano?, ¿ q u é lugar h a b r í a de asignar
a la p o b l a c i ó n i n d í g e n a d e n t r o de su proyecto de n a c i ó n ?
¿ C ó m o consideraba M a x i m i l i a n o a los indios? M a x i m i -
liano de H a b s b u r g o era p o r t a d o r de u n a t r a d i c i ó n p o l í t i c a
que h a b í a logrado mantener el d o m i n i o de V i e n a sobre u n
i m p e r i o m u l t i é t n i c o , a u n contra los embates nacionalistas
d e l siglo X I X —exceptuando el caso del n o r t e de Italia. L a
a c e p t a c i ó n de diferencias — c o m o el i d i o m a — , y el respe-
to a los derechos de ciertas comunidades nacionales — e l
caso de H u n g r í a es especialmente ilustrativo— c o n t r i b u -
y e r o n al é x i t o de la p o l í t i c a a u s t r í a c a . ¿ P o d e m o s p e r c i b i r
u n a estrategia de este t i p o en el i n d i g e n i s m o de M a x i m i -
liano?, o b i e n , ¿ c o n s i d e r a b a el e m p e r a d o r a los i n d í g e n a s ,
p o r su pobreza, p o r su " a r c a í s m o " , n o c o m o comunidades
é t n i c a s , cuyos derechos d e b í a n ser protegidos, sino c o m o
u n a p o b l a c i ó n marginada? Las medidas indigenistas ¿ p r e -
t e n d í a n p r o t e g e r los derechos de comunidades "naciona-
les", m a n t e n i é n d o l a s d e n t r o d e l m a r c o d e l i m p e r i o
mexicano?, ¿o trataban de recuperar u n a parte i m p o r t a n -
te de la p o b l a c i ó n n a c i o n a l que p a r e c í a haber quedado al
m a r g e n d e l "progreso del siglo"?

" U N DESCENDIENTE DE CARLOS V DISPUESTO A SENTARSE


8
SOBRE EL TRONO DE MOCTEZUMA"

M a x i m i l i a n o y Carlota, q u i z á s tanto p o r su afán de "mexi-


canizarse" c o m o p o r u n i n t e r é s p o r la a r q u e o l o g í a y las

8
C a r t a de C a r l o t a a l a e m p e r a t r i z E u g e n i a , 18 de j u n i o de 1864, e n
C O R T I , 1927, p. 416.
574 ÉRIKAPAM

9
sociedades antiguas m u y d i f u n d i d o entonces en E u r o p a ,
abrazaron entusiastas el pasado p r e h i s p á n i c o de M é x i c o .
M a x i m i l i a n o i n c o r p o r ó el s í m b o l o azteca del á g u i l a sobre
10
el n o p a l devorando u n a serpiente al escudo i m p e r i a l ,
c o m p r ó u n cuadro que representaba la f u n d a c i ó n de M é -
11
x i c o , y e n c a r g ó seis frescos de paisajes h i s t ó r i c o s con
temas p r e h i s p á n i c o s para decorar los muros del castillo de
12
Chapultepec. E n sus viajes por el i n t e r i o r del i m p e r i o ,
tanto el e m p e r a d o r c o m o su esposa visitaban los restos
13
de las civilizaciones p r e c o l o m b i n a s , y M a x i m i l i a n o p e d í a
que se le tuviera al tanto de los nuevos descubrimientos, que
1 4
a c u d í a a visitar e s p o n t á n e a m e n t e . En d i c i e m b r e de 1865
el gobierno i m p e r i a l d e c r e t ó el establecimiento de u n M u -
seo P ú b l i c o de Historia N a t u r a l , A r q u e o l o g í a e Historia,
d e n t r o del Palacio Nacional, que c o n t e n d r í a pinturas, pe-
15 1
q u e ñ o s m o n u m e n t o s y modelos de sitios a r q u e o l ó g i c o s . »
1 7
Se dipuso crear u n museo similar en M é r i d a . A d e m á s , los
emperadores se p r o p u s i e r o n recuperar parte del p a t r i m o -
n i o h i s t ó r i c o de su nueva patria, y escribieron a E u r o p a
p i d i e n d o que se enviaran a M é x i c o el penacho de Mocte-
18
zuma, su m a n t o de plumas, su arco y su carcaj. C o m o los

9
V é a s e KOI.OMTZ, 1 9 9 2 , p p . 9 9 - 1 0 0 . Stephens h a b í a p u b l i c a d o Viajes a
Yucatán, en 1 8 4 3 .
""'Parte o f i c i a l " , Diario del Imperio ( 1 3 nov. 1 8 6 5 ) . Sin e m b a r g o , este
s í m b o l o estaba ya, desde la c o n s u m a c i ó n de la i n d e p e n d e n c i a , firme-
m e n t e a r r a i g a d o c o m o e m b l e m a " m e x i c a n o " . J a i m e d e l A r e n a l Feno-
c h i o " M o d e r n i d a d , m i t o y r e l i g i o s i d a d en el n a c i m i e n t o de M é x i c o " , en
RODRÍGUEZ O . , 1 9 8 9 , p. 243.
"PAVNO, 1 9 8 1 , p. 616.
12
R o s a Casanova, e n URIBK, 1 9 8 7 , p . 1 4 4 .
'•"Véanse 'Viaje d e l e m p e r a d o r " ; "Viaje de la E m p e r a t r i z " , "La e m p e -
ratriz e n Y u c a t á n " , Diario del Imperio ( 2 4 abr. 1 8 6 5 y 9 , 1 1 y 2 0 dic. 1 8 6 5 ) .
' - " ' E x c u r s i ó n i m p é r i a l e á T l a h u a c et T u l y a h u a l c o , p o u r v o i r f o u i l l e
d ' a n t i q u i t é s . . . " , L'Ere Nouvelle ( 9 nov. 1 8 6 4 ) . '
15
Colección..., 1 8 6 5 , t. 8 , M i n i s t e r i o de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a y Cultos,
p. 85.
1,5
"Notas c o n t r a í d a s c o n e l m i n i s t r o de G o b e r n a c i ó n Salazar I l a r r e -
gui", en WECKMANN, 1 9 8 9 , pp. 160-161.
1 7
"Notas c o n t r a í d a s c o n el m i n i s t r o de G o b e r n a c i ó n Salazar I l a r r e -
gui", en WECKMANN, 1 9 8 9 , pp. 160-161.
1R
C O R T I , 1 9 8 3 , p . 3 5 4 . C a r t a de C a r l o t a al M a r q u é s C o r i o , represen-
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 575

patriotas criollos, M a x i m i l i a n o , perteneciente a la d i n a s t í a


de los Austria, p r e f e r í a apoyarse sobre las glorias d e l pa-
sado i n d í g e n a para l e g i t i m a r su proyecto de n a c i ó n , des-
p r e c i a n d o la h e r e n c i a e s p a ñ o l a , esa "noche a r t i f i c i a l de
trescientos a ñ o s " :

T o d o lo permanente que la ciencia en nuestro país p u e d e


m o s t r a r c o n o r g u l l o a l U n i v e r s o s o n las g r a n d e s t r a d i c i o n e s
d e l a p a r t e d e n u e s t r a p o b l a c i ó n , q u e es u n a d e las m á s a n t i -
g u a s e i l u s t r e s d e l g l o b o . L a s p i r á m i d e s d e T e o t i h u a c á n , las
gigantescas ruinas de U x m a l , el admirable calendario que
existe e n nuestra hermosa c a p i t a l , los pocos manuscritos
que nos d e j ó conservar u n ciego fanatismo, muestran que
h u b o u n d í a t r i u n f o s d e c i e n c i a y d e a r t e e n este s u e l o , q u e h a -
b í a genios q u e u n i d o s p o r grandes fines creaban obras m i l a -
g r o s a s , g e n i o s q u e se h a b í a n e n c u m b r a d o e n m u c h o s p u n t o s
1 9
a u n a p o s i c i ó n m á s elevada q u e la vieja E u r o p a .

Sin embargo, a diferencia de los patriotas criollos, los


emperadores n o i g n o r a r o n al i n d i o vivo mientras g l o r i f i -
caban al m u e r t o , d e s d e ñ a n d o la c o n e x i ó n entre u n o y
o t r o . L a e d i f i c a c i ó n del museo en M é r i d a t e n í a c o m o p r o -
p ó s i t o "halagar a aquella la a ú n poderosa raza de los
20
mayas". Los p r í n c i p e s t e n í a n "un i n t e r é s preferente p o r
los indios, a quienes [trataban] c o n p r e d i l e c c i ó n , a d m i -
21
r a n d o su amable c a r á c t e r y su sencillez". Para M a x i m i l i a -
n o , entre los mexicanos, "los mejores [eran y s e g u i r í a n ]
22
siendo siempre los i n d i o s " . Q u e r í a que la servidumbre de
2 3
los sitios imperiales estuviera compuesta p o r i n d í g e n a s .

t a n t e d e l i m p e r i o e n Bruselas, 8 de agosto de 1 8 6 5 , e n WECKMAXX, 1 9 8 9 ,


pp. 151-152.
19
Discurso i n a u g u r a l d e l E m p e r a d o r e n la A c a d e m i a I m p e r i a l de
Ciencias y L i t e r a t u r a , Diario del Imperio ( 7 j u l . 1 8 6 5 ) .
-"Carta de C a r l o t a a D o m i n g o B u r e a u , c o m i s a r i o i m p e r i a l e n M é r i -
da, 1 9 de j u n i o de 1 8 6 5 , e n WECKMAXX, 1 9 8 9 , p . 1 2 0 .
2 1
Carta de A n t o n i o R i b a y E c h e v e r r í a a M a n u e l R o m e r o de T e r r e r o s ,
2 5 de j u n i o 1 8 6 4 , e n ROMERO DE TERREROS, 1 9 2 6 , p . 25.
2 2
C a r t a de M a x i m i l i a n o a L e o p o l d o I de B é l g i c a , 1 8 6 5 . e n CORTI,
1 9 8 3 , p. 3 4 6 .
2 3
Luis G o n z á l e z y G o n z á l e z , " E l i n d i g e n i s m o de M a x i m i l i a n o " , e n
A R X A I Z Y FREO y BATAILLOX, 1 9 6 5 , p . 103.
576 ERIKA PANI

U n a de las dos damas de palacio de Carlota era Josefa V á r e -


la "una a u t é n t i c a i n d i a [...] de color café oscuro", descen-
4
diente de N e z a h u a l c ó y o t l . - E l c a p e l l á n i m p e r i a l era u n
25
i n d i o , antiguo obispo de Tamaulipas.
E n Oaxaca, los pueblos i n d í g e n a s , hostigados p o r las
fuerzas de Porfirio Díaz, apoyaron al e j é r c i t o f r a n c é s c o n
20
provisiones e i n f o r m a c i ó n . Tras la sugerencia de oficiales
franceses, se invitó a algunas tribus del n o r t e a unirse al
e j é r c i t o f r a n c é s . Grupos de coras, mayos, ó p a t a s y yaquis
pelearon c o n el i m p e r i o , y sus l í d e r e s r e c i b i e r o n el rango
27
de generales. L í d e r e s i n d í g e n a s destacados, tanto en el
plano militar como el civil, recibieron condecoraciones p o r
parte del emperador, como fue el caso de M a n u e l Lozada
28
en N a y a r i t y de T a n o r i , jefe de los ó p a t a s , quienes f u e r o n
29
nombrados Oficiales de la imperial O r d e n de Guadalupe.
Los caciques yucatecos José Anastasio U c , H e r m e n e g i l d o
Carnal, J o s é Cal, J o s é B a t á n y Jacinto C a u c h é r e c i b i e r o n la
30
medalla de plata al m é r i t o c i v i l .
M a x i m i l i a n o se veía a sí mismo c o m o padre solícito de
los i n d í g e n a s , p r o m o t o r de su bienestar y p r o t e c t o r de sus
31
labores a g r í c o l a s . Cuando el g o b i e r n o i m p e r i a l p r o m u l -
g ó el reglamento para las audiencias que otorgaba el empe-
rador cada d o m i n g o , y a las cuales t e n í a "derecho de ser
a d m i t i d o todo mexicano", m a n d ó i m p r i m i r esta disposi-
c i ó n , así c o m o otras medidas que c o n c e r n í a n a la pobla-

4
- H A M . \ N N , 1989. p . 1 7 0 v LECA DE TENA, 1990, p. 84.
:
- ' C a r t a d e M a x i m i l i a n o a Carlos L u i s , 2 6 de j u l i o de 1864, e n C o m í ,
1 9 8 3 , p . 316.
a , i
E l ejército f r a n c é s manifestó una "sensibilidad cultural" sorpren-
d e n t e e n Oaxaca. J o h n A . Dabbs: " T h e i n d i a n p o l i c y o f the S e c o n d
E m p i r e " , e n C O I N E R V CASTAÑEDA, 1958, pp. 121-123.
2 7
J o h n A . Dabbs: " T h e i n d i a n policv o f t h e S e c o n d E m p i r e " , e n COT-
NKR y CASIANKDA, 1 9 5 8 , p p . 124-125.
-«MEYER, 1 9 8 4 , p . 2 2 8 .
- " ' P a r t e O f i c i a l " , La Sociedad ( 8 oct. 1 8 6 5 ) .
:!0
" G r a n C a n c i l l e r í a de las Ó r d e n e s I m p e r i a l e s " , Diario del Imperio ( 1 0
ene. 1866).
11
Respuesta de M a x i m i l i a n o a la c o m i s i ó n d e l p u e b l o de N a r a n j a l , e n
Advenimiento..., 1 8 6 4 , p. 1 9 8 .
LA POLÍTICA INDIGENIST A DE MAXIMILIANO 577

3 2
c i ó n i n d í g e n a , en e s p a ñ o l y en n á h u a t l . A d e m á s de reci-
b i r a las delegaciones i n d í g e n a s en audiencia p ú b l i c a , los
emperadores los invitaban a sentarse a su mesa, tanto en la
capital c o m o durante sus viajes p o r el i n t e r i o r . Grande era
la sorpresa de los d e m á s invitados a la mesa imperial, en su
m a y o r í a m i e m b r o s de l o m á s selecto, tanto conservador
c o m o liberal, al encontrarse sentados j u n t o a "indios ente-
ramente descalzos" que "las m á s veces [ t e r m i n a b a n . . . ]
m e t i e n d o los diez dedos en el recipiente y el plato y [dejan-
33
do] caer los huesos al p i s o " .
¿ C ó m o interpretar esta a c t i t u d de los emperadores? Por
u n lado, M a x i m i l i a n o y Carlota h a b í a n abandonado M i r a -
m a r para c e ñ i r s e la c o r o n a de Moctezuma. Podemos pen-
sar que estos p r í n c i p e s , empapados de romanticismo euro-
34
p e o , imaginaban a sus nuevos s ú b d i t o s c o m o una mezcla
e x ó t i c a de b u e n salvaje y guerrero águila. Carlota, que idea-
lizó tanto a los i n d í g e n a s que l l e g ó a afirmar que en su ma-
35
y o r í a s a b í a n leer y escribir, relata que, durante su viaje
a Y u c a t á n , t e n í a la i m p r e s i ó n de vivir "en la é p o c a de Moc-
36
tezuma", y que las mujeres indias p a r e c í a n "vestales". Ma-
x i m i l i a n o e s c r i b í a a su h e r m a n o , el archiduque Carlos Luis:

: a
" R e g l a m e n t o para las audiencias p ú b l i c a s " , 1 0 de a b r i l de 1 8 6 5 ,
A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i ó n , r a m o Junta Protectora de las Clases Menes-
terosas ( e n a d e l a n t e , A G N , JPCM), vol. 4. Maximilano aparecía como
"Huei Tlatoani".
5
' Carta de A n t o n i o R i b a v E c h e v e r r í a a M a n u e l R o m e r o de T e r r e r o s ,
2 5 de j u n i o de 1 8 6 4 ; carta de Rosa R i n c ó n G a l l a r d o de P a l o m o , 2 5 de
j u n i o de 1 8 6 4 , e n ROMERO DE TERREROS, 1 9 2 6 , p p . 2 3 y 2 8 , y H A M A X X , 1 9 8 9 ,
p. 1 3 1 .
" V é a s e Atalas Réné, de C h a t e a u b r i a n d ( 1 8 0 1 y 1 8 0 2 ) , El Ultimo de los
Mohicanos de James F e n i m o r e C o o p e r ( 1 8 2 7 ) , e t c é t e r a . Observamos ras-
gos d e l r o m a n t i c i s m o v d e l e x o t i s m o q u e p e r m e a b a n la a p r e c i a c i ó n
e u r o p e a de M é x i c o e n la "Apoteosis de M a x i m i l i a n o " , p i n t u r a que deco-
ra u n p l a f ó n e n M i r a m a r , d o n d e M é x i c o es r e p r e s e n t a d o p o r u n a m u j e r
de cara o c c i d e n t a l , p l u m a s e n la cabeza y u n a p i n a e n la m a n o . M A I T I . I I
MO/./J, 1 9 7 0 , pp. 39-40.
C a r t a de C a r l o t a a la e m p e r a t r i z E u g e n i a , 1 8 de j u n i o de 1 8 6 4 , e n
CORTE 1 9 2 7 , p . 4 1 8 .
56
" R e l a c i ó n d e l viaje desde V e r a c r u z " , 2 3 de n o v i e m b r e de 1 8 6 5 , e n
WF.CKMAXX, 1 9 8 9 , p . 3 4 7 ; "Viaje de S. M . la E m p e r a t r i z " , Diario del imperio
( 1 1 dic. 1865).
578 ÉRIKAPANI

L a s e m a n a p a s a d a r e c i b i m o s e n ei p a l a c i o a u n a comisión
d e a u t é n t i c o s i n d i o s salvajes p a g a n o s d e l a l e j a n a f r o n t e r a d e l
norte, verdaderas figuras de C o o p e r e n el a u t é n t i c o sentido
de la palabra. Ayer c o m i e r o n a q u í e n el bosque de ahuehue-
tes d e M o c t e z u m a , e n e l m i s m o l u g a r d o n d e e l e m p e r a d o r
3
i n d i o d a b a sus g r a n d e s banquetes. "

Esta visión idílica de la p o b l a c i ó n i n d í g e n a se refleja en


38
el gusto de los emperadores p o r asistir a sus ceremonias
39
y escuchar sus m ú s i c a s . Entre los objetos que escogieron
para mostrar al m u n d o la riqueza y los atractivos de Méxi-
co e n la E x p o s i c i ó n Universal de P a r í s de 1867, estaban las
"Cartas g e o g r á f i c a s de todos los idiomas mexicanos" de
40
M a n u e l Orozco y B e r r a . M a x i m i l i a n o p a t r o c i n ó , a d e m á s ,
la e d i c i ó n de su Geografía de las lenguas y carta etnográfica de
México precedidas por un ensayo de clasificación de las mismas
1
lenguas y de apuntes para las inmigraciones de las tribus} Curio-
sidad y s i m p a t í a sinceras p a r e c í a n reflejarse en la "tierna
42
s o l i c i t u d " que manifestaban los emperadores hacia los
indígenas.
A l lado de estos sentimientos, n o cabe d u d a de que
M a x i m i l i a n o y Carlota d e b i e r o n sentirse halagados p o r el

3 7
C a r t a de M a x i m i l i a n o a Carlos L u i s , 2 4 de f e b r e r o de 1 8 6 5 , e n COR¬
TI, 1 9 8 3 , p . 3 1 5 . Se trataba de u n a d e l e g a c i ó n de i n d i o s kicapoos que
h a b í a n t e n i d o q u e a b a n d o n a r Texas bajo la p r e s i ó n de c o l o n o s esta-
d o u n i d e n s e s d u r a n t e la g u e r r a de s e c e s i ó n , y p e d í a n instalarse en
C o a h u i l a . Su entrevista c o n el e m p e r a d o r fue r e p r o d u c i d a p o r el p i n t o r
f r a n c é s J e a n - A d o l p h e B e u c é . V é a s e "Visita de l a e m b a j a d a de los i n d i o s
k i c a p o o s al e m p e r a d o r M a x i m i l i a n o " , e n Testimonios..., 1995, pp. 70-71.
• « C a r l o t a escribe: "los i n d i o s de L e r m a v i n i e r o n r e p e t i d a m e n t e [ . . . ]
para o f r e c e r m e el e s p e c t á c u l o de u n baile a l r e d e d o r de u n poste [ . . . ]
s i e m p r e c o n m ú s i c a , c a n t o y trajes a n t i g u o s , arco y flecha v p l u m a s e n
la cabeza"; " R e l a c i ó n de m i viaje de regreso a V e r a c r u z " , e n WECKMAXN,
1989, p. 1 9 7 .
3 9
C a r t a de A n t o n i o R i b a y E c h e v e r r í a a M a n u e l R o m e r o de T e r r e r o s ,
2 5 d e j u n i o 1 8 6 4 , e n ROMERO DE TERREROS, 1 9 2 6 , p . 2 7 .
4 0
"Para l a e x p o s i c i ó n u n i v e r s a l de P a r í s e n 1 8 6 7 " , e n WECKMAXN, 1 9 8 9 ,
p. 190.
4 1
OROZCO Y BERRA, 1 8 6 5 , p . x.
4 2
" D i a r i o d e l viaje de S.M. el E m p e r a d o r " , Diario del Imperio ( 6 j u n .
1865).
I A POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 579

entusiasmo que despertaron en la p o b l a c i ó n i n d í g e n a . E n


e l trayecto de Veracruz a la capital, los emperadores pasa-
r o n debajo de 1500 arcos de t r i u n f o , seis p o r cada k i -
43
l ó m e t r o de c a m i n o . Éstos, en su m a y o r í a " [ h a b í a n ] sido
hechos p o r los i n d í g e n a s de las inmediaciones, y n o so-
l o los [ h a b í a n h e c h o ] , sino que ios [ h a b í a n t r a í d o ] al h o m -
44
b r o desde sus aldeas". A d e m á s , a diferencia de lo que
s u c e d i ó c o n los apoyos conservador y eclesiástico al impe-
r i o , el de los i n d í g e n a s fue m á s constante y duradero. E n
1871, M a n u e l Rivera Cambas e s c r i b í a que:

[ C u a n d o viajaba al i n t e r i o r ] , era s a l u d a d o M a x i m i l i a n o a su
p a s o p o r las p o b l a c i o n e s , c o n e l m i s m o e s t r é p i t o q u e se l e
m o s t r ó desde C ó r d o b a a M é x i c o , c o n gritos que p a r e c í a n de
a l e g r í a y r e c o n o c i m i e n t o , y se p r e p a r a b a t o d o para que el
c a m i n o estuviera c u b i e r t o de flores, d i s t i n g u i é n d o s e los i n d í -
g e n a s e n a t e s t i g u a r l a c o n f i a n z a q u e t e n í a n e n sus s o b e r a n o s
[...] t o d o lo cual c o n t r i b u y ó a que creyeran que eran m u y
p o p u l a r e s y q u e r i d o s , p u e s t o q u e se les h a c í a n o v a c i o n e s d e t a l
4 5
magnitud.

E l p r í n c i p e Cari K e v e n h ü l l e r , oficial del cuerpo de vo-


luntarios a u s t r í a c o s , al observar que se e s t a b l e c í a u n a rela-
c i ó n casi " m á g i c a " entre los emperadores y los indios con
los que t e n í a n contacto, exclamaba: " ¡ Q u é fácil sería gober-
46
n a r a la gente de no ser canalla la llamada 'gente culta'!".
E l i m p e r i o fue p e r c i b i d o p o r varios sectores de la socie-
d a d c o m o u n m o m e n t o l l e n o de posibilidades, como u n
aire nuevo. C o m o tal, para las comunidades i n d í g e n a s , que
v e n í a n sufriendo u n proceso de desgaste desde las refor-
mas b o r b ó n i c a s —tanto p o r el ataque a la p r o p i e d a d comu-
n a l c o m o p o r la p é r d i d a de los derechos tradicionales,
proceso que se h a b í a acelerado c o n la p r o m u l g a c i ó n de las
leyes de Reforma—, la llegada de M a x i m i l i a n o se p r e s e n t ó
c o m o u n a o p o r t u n i d a d para "restructurar" sus relacio-

4:,
L E F E Y R E , 1 8 6 9 , t. i , p . 382.
4 1
Advenimiento..., 1 8 6 4 , p. 1 8 4 .
4 3
R I \ T R A CAMBAS, 1 9 6 1 , t. n - B , p p . 620 v 711.
4 ( 1
HAMAXX, 1 9 8 9 , p. 170.
580 ÉR1KAPAXI

47
nes c o n el p o d e r . Ya con la p r o c l a m a c i ó n del i m p e r i o p o r
la Asamblea de Notables en 1863, el abogado Faustino Gali-
cia C h i m a l p o p o c a , q u i e n h a b í a p a r t i c i p a d o con los gobier-
nos liberales como administrador de los bienes de las
1 8
parcialidades de indios en la c i u d a d de M é x i c o , p u b l i c ó
u n a proclama exhortando a los i n d í g e n a s a apoyar al impe-
r i o , pues "la causa de este [era] justa; p o r q u e [era] la de la
r e l i g i ó n [ . . . ] y p o r q u e [ . . . ] p o r m e d i o de él, la adorable
4 1
Providencia Divina [ m e j o r a r í a ] nuestra suerte". ' A d e m á s ,
mientras los gobiernos d e l M é x i c o i n d e p e n d i e n t e se ha-
b í a n esforzado p o r ignorar las peculiaridades de "los antes
50
llamados naturales", el de M a x i m i l i a n o ofrecía a los i n d í -
genas, acceso preferente a la a u t o r i d a d . C o m o d i j e r o n los
caciques yucatecos que visitaron a M a x i m i l i a n o e n Cha-
51
pultepec, tras unas negociaciones de paz:

L l e g ó la f a m a de t u n o m b r e hasta los bosques i m p e n e t r a b l e s


d e Y u c a t á n , e n d o n d e v i v í a m o s s i n c u i d a r n o s d e l o q u e pasa-
b a e n esta t u c i u d a d v e n t o d o e l g r a n d e p a í s q u e g o b i e r n a s .
S i h e m o s m i d o e n esa clase d e i n d o l e n c i a v s i n o b e d e c e r o t r a
a u t o r i d a d q u e n o s o t r o s m i s m o s es p o r q u e n i n g ú n h o m b r e n o s
inspiraba la confianza y el respeto q u e t ú , cuvo n o m b r e nos h a
l l e v a d o t a n lejos el aire, e n v u e l t o e n h a r m o n í a v c o m o m a n -
5 2
d á n d o n o s q u e s e a m o s t u s fieles v a s a l l o s . '

17
J o h n A . Dabbs: " T h e i n d i a n p o l i c v o f t h e S e c o n d E m p i r c " , e n Cor-
M:R v C A S I ANUÍA, 1958, p . 118.
Í H
I J R \ , 1983, p . 242.
411
"Raza i n d i a v m i c h i o t o d o s . . . " , e n ZAMACOIS. 1882, i . \ v i , p . 1052.
•'•"En 1848, l o s é * M a r í a L u i s M o r a r e c h a z ó la p r o p o s i c i ó n inglesa de
n e g o c i a r c o l e c t i v a m e n t e c o n los i n d í g e n a s i n s u r r e c t o s e n Y u c a t á n , v
a r g u m e n t ó q u e la R e p ú b l i c a s ó l o p o d í a r e c o n o c e r a los i n d i o s c o m o
i n d i v i d u o s . H A I I- , ] 968, p . 240.
:
'' Estas negociaciones f u e r o n exitosas c o n los g r u p o s d e l sur, pero fra-
c a s a r o n e n el n o r t e de la P e n í n s u l a , c u a n d o e l r e p r e s e n t a n t e i m p e r i a l
fue m a c h e t e a d o p o r g r u p o s i n s u r r e c t o s . L u i s G o n z á l e z v G o n z á l e z , " E l
i n d i g e n i s m o de M a x i m i l i a n o " , e n ARNAI/. Y F R K . V B A I A I I I OS, 1965, p . 109.
• " ¿ " C o m i s i ó n de i n d i o s mavas...", Diario del Imperio (30 ene. 1865).
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE M A X I M I L I A N O 581

"DESEANDO S. M . EL EMPERADOR ATENDER Y HACER JUSTICIA


53
A TODOS EOS INDÍGENAS... PARA MEJORAR SU SUERTE"

C o m o hemos visto, Maximiliano se s e n t í a a t r a í d o por el co-


l o r i d o y el folklore de la p o b l a c i ó n i n d í g e n a . Sin embargo,
hasta a q u í hemos hablado principalmente de actitudes, o de
acciones que poco t e n í a n que ver con la p o b l a c i ó n i n d í g e -
na en general. A l emperador t a m b i é n le preocupaban la
pobreza de las comunidades rurales, la s i t u a c i ó n de los j o r -
naleros e n las haciendas, y, sobre todo, la violencia desesta-
bilizadora que h a b í a n desencadenado el proceso de desamor-
tización y la guerra civil: a la llegada de los emperadores, gran
parte de las poblaciones i n d í g e n a s estaban levantadas en ar-
mas —apaches, yaquis, mayos, coras en el n o r t e y mayas en
54
Y u c a t á n . Para remediar esta situación, el gobierno imperial
e c h ó a andar una serie de medidas que c o n f o r m a r o n en con-
creto el "proyecto indigenista" del segundo imperio. Maxi-
miliano p r o m o v i ó el estudio de la p r o b l e m á t i c a i n d í g e n a , por
m e d i o de u n c o m i t é , presidido por Francisco Villanueva, y,
posteriormente, mediante la j u n t a Protectora de las Clases
Menesterosas. P a t r o c i n ó t a m b i é n el estudio de Francisco Pi-
mentel, Memoria sobre las causas que han ongmado la situación
actual de la raza indígena en México, y medios para remediarla, pu-
55
blicado en 1866. De manera más personal — y m á s políti-
ca— el emperador, en sus viajes por el interior, se h a c í a acom-
p a ñ a r por Faustino Galicia Chimalpopoca, "quien, conocedor
del i d i o m a mexicano, p o d í a tomar exactos informes sobre el
56
estado y necesidades de los pueblos i n d í g e n a s " .
Para "mejorar lo m á s eficazmente posible la c o n d i c i ó n
57
de esas clases desgraciadas", Maximiliano a p l i c ó una polí-

r 3
' N o m b r a m i e n t o de F a u s t i n o Galicia C h i m a l p o p o c a c o m o V i s i t a d o r
G e n e r a l de P u e b l o s v Posesiones de Indios, en LIRA, 1983, p . 269.
« L u i s G o n z á l e z v G o n z á l e z , " E l i n d i g e n i s m o de M a x i m i l i a n o " , en
ARXAIX v FREO y B A I A I U . O N , 1965, p. 108.
:,:,
L u i s G o n z á l e z v G o n z á l e z , "El i n d i g e n i s m o de M a x i m i l i a n o " , en
ARNAIZ Y FREO V B Y I A I E I O X , 1965, p. 104.
3 6
"Diario del viaje de S. M . el Emperador", Diario del Imperio ( 6 j u n . 1865).
" D e c r e t o p a r a la c r e a c i ó n de la Junta P r o t e c t o r a de las Clases Menes-
terosas, 10 de a b r i l de 1865. A G N , [PCM, v o l . 4 .
582 ÉRIKAFANI

tica de doble cauce. Por u n lado, p r o m u l g ó leyes en ma-


teria agraria que p r e t e n d í a n proteger a los jornaleros de
los maltratos de los hacendados y evitar que se abusara
de las leyes de d e s a m o r t i z a c i ó n en p e r j u i c i o de las comu-
nidades i n d í g e n a s . Esta l e g i s l a c i ó n i n c l u í a la ley sobre tra-
a
bajadores p r o m u l g a d a el I de n o v i e m b r e de 1865, la ley
para d i r i m i r diferencias sobre tierras y aguas entre los pue-
blos, de la misma fecha, que r e c o n o c í a la personalidad j u r í -
dica de los pueblos, y p r e t e n d í a regularizar y despachar
58
con mayor rapidez sus l i t i g i o s , el decreto del 14 de sep-
t i e m b r e de 1865, que e s t a b l e c í a que las disposiciones para
la c o l o n i z a c i ó n de terrenos b a l d í o s n o eran extensivas a los
terrenos comunales, y la ley sobre terrenos de c o m u n i d a d
y de r e p a r t i m i e n t o , del 25 de j u n i o de 1866, en la que se
e s t a b l e c í a el r e p a r t i m i e n t o de éstos en p r o p i e d a d privada
59
a los vecinos de los pueblos. Por o t r o lado, c r e ó la j u n t a
Protectora de las Clases Menesterosas, ó r g a n o consultivo
cuyo p r o p ó s i t o era encausar las quejas v solicitudes de los
sectores m á s necesitados de la p o b l a c i ó n y p r o p o n e r solu-
ciones a sus problemas E l presidente de la j u n t a era Gali-
cia C h i m a l p o p o c a que va antes h a b í a sido n o m b r a d o
Visitador General de Posesiones y Pueblos de Indios. De-
b í a n crearse juntas auxiliares todos los municipios, para
"cortar abusos i n t r o d u c i r mejoras e n la c o n d i c i ó n de los
6 0
nueblos" v o r d o o r c i o n a r i n f o r m a c i ó n a la i u n t a c e n t r a l
Estas dos clases de medidas n o estaban desligadas. La j u n -
ta DroDonía medidas legislativas oue m i d i e r a n remediar los
males de los menesterosos. Así. fue responsable de las leyes
antes mencionadas

Las acciones que c o n f o r m a n el proyecto indigenista


i m p e r i a l confrontaban la r e a l i d a d de los indios, tal v como
la p e r c i b í a n M a x i m i l i a n o y sus colaboradores. Intentaban
atacar l o que, a sus ojos, eran los "verdaderos" problemas
de la p o b l a c i ó n i n d í g e n a . C o m o veremos, pueden pare-
c e m o s ambiguas, o hasta contradictorias, frente a las acti-

5 8
Colección..., 1865, t. vi, M i n i s t e r i o de G o b e r n a c i ó n , p p . 185-199.
5 9
A G N , JPCM, v o l . 4.
™ M i n i s t e r i o de G o b e r n a c i ó n , A G N , JPCM, v o l . 4.
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 583

tudes sentimentales de los emperadores hacia sus "subditos


predilectos". Sin embargo, son estas medidas concretas las
que p r e t e n d í a n definir el lugar de los i n d í g e n a s d e n t r o de
la sociedad nacional. ¿ P o d e m o s hablar de u n "lugar prefe-
61
rente" para los "herederos de M o c t e z u m a " d e n t r o del
proyecto de n a c i ó n de Maximiliano?
Es interesante que n i n g u n a de estas medidas se refiera
e s p e c í f i c a m e n t e a " i n d í g e n a s " o a "indios"; se habla de
"pueblos" e n general. Si b i e n la m a y o r í a de los j o r n a l e r o s
de las haciendas eran i n d í g e n a s , n o se les m e n c i o n a en el
texto de la ley sobre trabajadores, y ciertos aspectos de ésta,
c o m o la o b l i g a c i ó n del p a t r ó n de m a n t e n e r u n a escuela
62
gratuita, d e b í a n aplicarse t a m b i é n en fábricas y talleres.
U n a gran m a y o r í a de los casos que a t e n d i ó la Junta Pro-
tectora fue p r o m o v i d a p o r comunidades i n d í g e n a s , y c o n
mayor frecuencia p o r problemas de tierras: de 174 expe-
dientes que sobreviven en el archivo de la j u n t a , 141 se
refieren a problemas de tierras o aguas en poblaciones
6 3
i n d í g e n a s . Sin embargo, la i n s t i t u c i ó n estaba abocada a
las "clases menesterosas", y n o a la "clase i n d í g e n a " . D e n t r o
de la l e g i s l a c i ó n hemos encontrado sólo u n a referencia
abierta a " i n d í g e n a s " : "Las disposiciones de esta ley [de de-
n u n c i o y e x p l o t a c i ó n de minas] n o se refieren a las peque-
ñ a s salinas que e x p l o t a n los i n d í g e n a s , las cuales deben
64
seguir en los mismos t é r m i n o s que hasta el presente".
¿En d ó n d e quedaba entonces la "especial solicitud" de los
emperadores hacia los i n d í g e n a s ? ¿ P o d r í a m o s pensar que

"Advenimiento..., 1 8 6 4 , p. 1 8 7 .
l
'-Ley sobre trabajadores, art. 1 7 , e n Colección..., 1 8 6 5 , t. vi, M i n i s t e -
r i o de G o b e r n a c i ó n , p . 1 8 6 .
6;,
A I . F I E R O GALLEGOS y GONZÁLEZ ZAMORA, 1 9 8 0 . L o s d e m á s casos se refie-
r e n t a m b i é n a c o m u n i d a d e s i n d í g e n a s , resentidos c o n las a u t o r i d a d e s
d e l a y u n t a m i e n t o , e l p e r s o n a l d e l A r c h i v o I m p e r i a l , de censos excesivos,
e t c é t e r a . H a y u n e x p e d i e n t e sobre la s i t u a c i ó n d e n t r o de u n a f á b r i c a tex-
t i l en T l a l p a n , y dos p r o m o v i d o s p o r descendientes de reyes p r e h i s p á -
n i c o s ( M o c t e z u m a y A z c a t l i a t i , rey de T e x c o c o ) , s o l i c i t a n , e l p r i m e r o
u n o s t e r r e n o s y el o t r o u n a p e n s i ó n .
6 1
D e c r e t o q u e establece las reglas a que debe sujetarse el d e n u n c i o
y e x p l o t a c i ó n de m i n a s , art. 2 4 , e n Colección..., 1 8 6 5 , t. v, M i n i s t e r i o de
Fomento, p. 7 3 .
584 F.KIKA PAN i

la relativa ausencia d e l i n d í g e n a d e n t r o de textos legislati-


vos p r o v e n í a del hecho de que, c o m o extranjero, M a x i m i -
l i a n o legislaba "en general" p o r q u e n o se h a b í a dado cuen-
ta de que, a grandes rasgos, en muchas regiones del i m p e r i o ,
c o i n c i d í a n la p o b l a c i ó n r u r a l , la "clase m á s desgraciada" y
la clase i n d í g e n a ? Tenemos suficientes indicios para afirmar
que n o . Tanto esta legislación c o m o la Junta Protectora, fue-
r o n d i s e ñ a d a s expresamente para la p o b l a c i ó n i n d í g e n a .
Pensamos que n o fue p o r casualidad que el Visitador de Pue-
blos de Indios, gran c o n o c e d o r d e l n á h u a t l y de los p r o -
blemas de las tierras de las comunidades, fuera n o m b r a d o
presidente de l a j u n t a . Carlota, que ejercía la regencia m i e n -
tras su m a r i d o se iba de viaje, e s c r i b í a a é s t e , tras haber pre-
sentado al Consejo de Ministros el proyecto de la ley sobre
trabajadores: "han pasado todos mis proyectos; el de los i n -
dios', d e s p u é s de haber causado gran s e n s a c i ó n i . . . ] fue
65
aceptado con una especie de entusiasmo".
Observadores conservadores c o m o Francisco de Paula y
A r r a n g o i z criticaron esta ley, d i c i e n d o que, si M a x i m i l i a n o
h u b i e r a q u e r i d o "hacer algo en favor de los indios", le
h u b i e r a bastado "recordar el c u m p l i m i e n t o " del b a n d o
p u b l i c a d o p o r el virrey Gálvez en 1784, que e s t a b l e c í a las
6 6
relaciones entre hacendados y j o r n a l e r o s i n d í g e n a s . Es
v e r d a d que este b a n d o y la ley i m p e r i a l son similares:
ambas p r o h i b í a n los castigos corporales, el pago en espe-
6 7
cie, la servidumbre p o r deuda, e t c é t e r a . Q u i z á s la dife-
rencia m á s i m p o r t a n t e entre las dos disposiciones es que el
b a n d o de Gálvez se aplicaba sólo a los i n d í g e n a s : en cuan-
to al e n d e u d a m i e n t o , "ios operarios de otras castas, c o m o
e s p a ñ o l e s plebeyos [ . . . ] , negros, mulatos [ . . . ] mestizos

m
C a r t a de C a r l o t a a M a x i m i l i a n o , 3 1 de agosto de 1865, e n ARRANGOIZ,
1968, p . 648. E l é n f a s i s es n u e s t r o .
M
ARRANGOIZ, 1968, p, 647 y ZAMACOLS, 1882, t. XYIH, p . 88.
6 7
L e v sobre trabajadores, e n Colección..., 1865, i . vi, M i n i s t e r i o de
G o b e r n a c i ó n , p p . 185-188; b a n d o d a d o p o r D . M a t í a s de G á l v e z , 3 de
j u n i o de 1784, e n ARRANGOIZ, 1968, p e . 211-214. L a lev i m p e r i a l t a m b i é n
p o n í a u n l í m i t e a las h o r a s de t r a b a j o , p r o h i b í a l a b o r a r e n d o m i n g o s y
d í a s feriados, v el trabajo a m e n o r e s de doce a ñ o s , i m p e d i r q u e b u h o -
n e r o s vistaran la h a c i e n d a , y o r d e n a b a la c r e a c i ó n de escuelas g r a t u i t a s .
I A POLÍTICA I N D I G E N I S T A DE M A X I M I L I A N O 585

de segundo o r d e n [... ] c o m o personas h á b i l e s y capaces de


68
contraer,, se les puede adelantar todo lo que pidiesen". A l
n o hablar de " i n d í g e n a s " , la ley tampoco mencionaba su
i n n a t a " i n c l i n a c i ó n [ . . . ] a la ociosidad y perjudicial desi-
69
d i a " . Por o t r o lado, Jaime del A r e n a l ha subrayado que
el proyecto original de la j u n t a recuperaba la l e g i s l a c i ó n
c o l o n i a l "indigenista" —que n o se limitaba al bando de
70
G á l v e z . Podemos afirmar entonces que, a pesar del pater¬
nalismo d e l i oven Habsburgo, éste p r e f i r i ó n o adoptar las
medidas protectoras que h a b í a n p r o m o v i d o sus antece-
sores e s p a ñ o l e s . L a ley d e l P de noviembre r e p r e s e n t ó
s e g ú n A r e n a l , "una relativa derrota" para el derecho india-
n o El emperador c o n t r a la o p i n i ó n de sus asesores asegu-
r ó el p r i n c i p i o liberal de igualdad ante la lev al rechazar
conscientemente dar u n estatus j u r í d i c o diferente a la po-
7 1
b l a c i ó n i n d í g e n a O u i z á z inspirado ñ o r la obra de Pimen-
7 2
t e l c o n s i d e r ó que esto sería condenarla a la c a t e g o r í a de
subditos '"de segunda", p e r m a n e n t e m e n t e marginados. A l
desembarcar en Veracruz M a x i m i l i a n o h a b í a d i c h o " m í e
e n adelante n o q u e r í a d i s t i n c i ó n entre indios y los que n o

« B a n d o d a d o p o r D . M a t í a s de G á l v e z , 3 de j u n i o de 1784, art. xui,


e n ARRANGOIZ, i 968, p. 212.
'•'Bando d a d o p o r D . M a t í a s d e G á l v e z , 3 de j u n i o de 1784, art. vm,
e n ARRANGOIZ, 1968, p. 213.
' " A R E N M , 1991, pp. 23-24.
71
L a p u b l i c a c i ó n d e l p r o y e c t o de lev, en s e p t i e m b r e de i 865, c a n s ó
g r a n descontento e n t r e los h a c e n d a d o s mexicanos. L a abierta h o s t i l i d a d
d e los p r o p i e t a r i o s hacia u n a ley q u e dictaba q u e las deudas d e los j o r -
n a l e r o s d e b í a n c o n d o n a r s e , q u e o b l i g a b a a q u e se les d i e r a h a b i t a c i ó n
v q u e p r e v e í a sanciones a los p r o p i e t a r i o s que n o c u m p l i e r a n c o n estas
disposiciones, b i e n p u d o h a b e r i n f l u i d o sobre la d e c i s i ó n final de M a x i -
m i l i a n o . V é a s e "La S o c i e d a d . A c t u a l i d a d e s " , en U Sociedad, 10, 13, 15 v
2 1 , 1865. ARENM.. 1991, p . 28.
7 2
Para P i m c n t e l . la l e g i s l a c i ó n de I n d i a s r e p r e s e n t a b a u n a de las c i n -
c o causas de la d e g r a d a c i ó n de los i n d i o s , pues al d e c l a r a d l o s ] p e r p e -
t u a m e n t e m e n o r e s , los "['crió) e n el e n c i e r r o , d é b i l e s de c u e r p o , pobres
d e e s p í r i t u , faltos de e x e r i c n c i a " , e n PIMENIEI., 1903, L ni, p . 110. Es i n t e -
resante que Francisco P i m c n t e l , a u n q u e c o l a b o r a d o r fiel del i m u e r i o . v,
s e g ú n Luis V i l l o r o , u n o de los p r e c u r s o r e s d e l i n d i g e n i s m o " m o d e r n o "
fue u n o de los c r í t i c o s m á s a c é r r i m o s de la Junta P r o t e c t o r a v de l a lev
d e trabajadores.
586 ÉRIKA PAÑI

lo [ e r a n ] : todos [eran] mejicanos y t e n í a n derecho a [su]


73
solicitud.
El gobierno i m p e r i a l n o p r e t e n d i ó r e p r o d u c i r u n siste-
ma de derechos y privilegios especiales para las poblaciones
i n d í g e n a s . E l respeto a las leyes de d e s a m o r t i z a c i ó n , y su ra-
tificación f o r m a l el 26 de j u n i o de 1866 p o n e n de m a n i -
fiesto el compromiso de la p o l í t i c a i m p e r i a l con u n m o d e l o
de sociedad liberal, hostil a las corporaciones y a la p r o -
piedad comunal. Pero el proyecto i m p e r i a l fue m á s flexible
74
en su l i b e r a l i s m o , q u i z á s m á s sensible a ciertos p r i n c i p i o s
de 'justicia social". J o s é C. V a l a d é s afirma que M é x i c o , c o n
la legislación maximiliana, fue el p r i m e r país del m u n d o e n
75
tener u n a ley p r o t e c t o r a d e l trabajo y de los j o r n a l e r o s .
Esta p o s i c i ó n m o d e r a d a fue criticada tanto p o r conserva-
dores c o m o p o r liberales. Si b i e n , c o m o hemos visto, cier-
tos conservadores h u b i e r a n favorecido la r e s t a u r a c i ó n de
las leyes paternalistas de la colonia, la ley de trabajadores
fue atacada t a m b i é n p o r los liberales, p o r ser "altamente
injuriosa a la m a y o r í a de los propietarios [ . . . ] c o n t r a r i a a
76
la verdad h i s t ó r i c a [y] a la d i g n i d a d de M é x i c o " . S e g ú n
esta crítica las disposiciones de Iti ley eF¿in "inútiles inius-
tas v a n t i e c o n ó m i c a s " contrarias a la " e c o n o m í a p o l í t i c a "
y a d e m á s "algo socialista[s] [ . . . ] al gravar u n a parte de la
77
sociedad para el m a n t e n i m i e n t o de o t r a " .
7?
'ZAMACOIS, 1882, t. x v n , p . 281.
7 4
Esta m o d e r a c i ó n fue i m p o s i b l e p a r a los g o b i e r n o s de C o m o n f o r t v
J u á r e z , dada la b e l i g e r a n c i a d e l C o n g r e s o de 1857 y el a m b i e n t e de c o n -
f r o n t a c i ó n de la g u e r r a de R e f o r m a . H o m b r e s c o m o I g n a c i o R a m í r e z ,
Blas B a l c á r c e l y P o n c i a n o A m a g a m a n i f e s t a r o n su p r e o c u p a c i ó n sobre
los efectos de j a l e g i s l a c i ó n r e f o r m i s t a q u e afectaba los sectores m á s
desafortunados de la sociedad. FLORESCAXO, 1995, p . 13; Jean M e y e r , " L a
J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas. I n d i g e n i s m o y a g r a r í s m o e n
el S e g u n d o I m p e r i o " , e n ESC OBAR, 1993, p . 356.
" V A L A D É S , 1993, p. 269.
7 6
" S u p l e m e n t o : Observaciones al p r o y e c t o d e l r e g l a m e n t o presenta-
d o p o r la J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas sobre el trabajo de
los peones y sirvientes de fincas r ú s t i c a s , p o r T o m á s M o r á n Civelli, repre-
sentante de los l a b r a d o r e s d e l d e p a r t a m e n t o de Tlaxcala", La Sociedad
(12oct. 1865).
7 7
" S u p l e m e n t o al N o . 853", firmado p o r Francisco P i m e n t e l , La Socie-
dad. E n r i q u e F l o r e s c a n o describe a P i m e n t e l c o m o "conservador", p e r o
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 587

Por su parte, según algunos hacendados y eljefe de las fuer-


zas francesas, el mariscal Bazaine, las deudas eran u n m a l ne-
cesario, pues obligaban a los jornaleros a trabajar. Si éstas se
condonaban, los operarios, tan dados a "la ociosidad y a la
embriaguez", trabajarían sólo l o m í n i m o para mantenerse.
Q u e d a r í a n "libres de n o hacer nada"; la ley, que se q u e r í a
humanitaria, sólo serviría para "poner la pereza al alcance de
todos, disminuir los brazos en u n país donde el aumento de la
78
p r o d u c c i ó n y del consumo [era] u n a necesidad v i t a l .
Así, la l e g i s l a c i ó n i m p e r i a l fue, aunque fiel a los p r i n c i -
pios liberales, m á s sensible a los problemas i n d í g e n a s , y pro-
c u r ó conciliar los intereses de las comunidades c o n los del
79
Estado. C o n la ley d e l 16 de septiembre de 1866, preten-
d i ó remediar los abusos que se h a b í a n hecho de la ley Ler-
do para despojar a las comunidades i n d í g e n a s del f u n d o
legal y de los ejidos —que quedaban exentos de la des-
80
a m o r t i z a c i ó n p o r el a r t í c u l o 8o. de esta l e y — , o t o r g a n d o
a las poblaciones de m á s de 40 habitantes y escuelas de p r i -
meras letras, u n t e r r e n o "útil y p r o d u c t i v o " igual al f u n d o
legal, a las poblaciones de m á s de 200 familias, u n espacio
de terreno "bastante y p r o d u c t i v o " para ejido y tierras de la-
81
bor, s e g ú n las "necesidades de cada casa". La ley sobre te-
rrenos de c o m u n i d a d y de r e p a r t i m i e n t o se p r o m o v i ó para
atenuar algunos de los perjuicios que p r o d u c í a a los i n d i -

pensamos q u e sus a r g u m e n t o s c o n t r a l a ley son de u n l i b e r a l i s m o eco¬


n o m i c o nrianiiiesto r\ ORESCWO 1 yy¿) p íó 1ara u n estudio ele la posi-
ble i n f l u e n c i a socialista sobre l á p o l í t i c a ' i m p e r i a l , v é a s e Z AVAL \, 1958
309-328.
7 8
"Estudio s u m a r i o d e l p r o y e c t o r e l a t i v o a l a e m a n c i p a c i ó n de los
i n d i o s . Observaciones generales", e n A G N , r a m o Segundo Imperio, Hacien-
da (archivo e n p r o c e s o de o r g a n i z a c i ó n ) . " L a Sociedad. A c t u a l i d a d e s " ,
e n La Sociedad, s e p t i e m b r e 13, 1865.
7 9
Es m u y i n t e r e s a n t e l a e x p o s i c i ó n q u e hace J e a n M e y e r de l a refor-
m a agraria a u s t r í a c a bajo los r e i n a d o s de M a r í a Teresa y j o s é I I , e n l a
c u a l se e s t a b l e c i ó u n a alianza e n t r e la c o r o n a i m p e r i a l y los campesinos
e m a n c i p a d o s c o n t r a l a n o b l e z a n a c i o n a l i s t a . Esta e x p e r i e n c i a p u d o
h a b e r servido de r e f e r e n t e a M a x i m i l i a n o , "La J u n t a P r o t e c t o r a de las
Clases Menesterosas. I n d i g e n i s m o y a g r a r i s m o e n el S e g u n d o I m p e r i o " ,
en ESCOBAR, 1993, pp. 330-332.
S 0
L e y d e l 25 de j u n i o de 1856, e n PAYXO, 1958, p p . 85-91. "
81
M o i s é s G o n z á l e z N a v a r r o , e n CASO, 1973, p . 233.
588 ERIKA PANI

genas el sistema de denuncia: muchos de los arrendatarios


de terrenos de manos muertas, que n o estaban conscientes
de la ley L e r d o , n o se h a b í a n presentado ante la a u t o r i d a d
para que los terrenos arrendados les fueran adjudicados.
Gran parte de estos terrenos h a b í a n sido adjudicados a
especuladores que dejaron sin tierras a los vecinos del pue-
blo. L a ley sobre terrenos los c e d í a "en plena p r o p i e d a d a
los naturales y vecinos de los pueblos a que pertenecen", aun-
que "sin perjuicio del derecho anterior de p r o p i e d a d ad-
q u i r i d o p o r otro". L a a d j u d i c a c i ó n de estos terrenos se ha-
r í a " p r e f i r i é n d o s e los pobres a los ricos, los casados a los
solteros, los que t i e n e n familia a los que n o la tienen". Sí los
bienes fueran m u y abundantes y sobraran d e s p u é s del
reparto se p o d r í a n enajenar, y los r é d i t o s de esta venta se
82
i n v e r t i r í a n en "obras útiles d e n t r o de los mismos p u e b l o s .
Así, vemos c ó m o la legislación i m p e r i a l de n i n g u n a manera
p r e t e n d í a proteger formas de vida y de p r o d u c c i ó n tradicio-
nales, sino aue, al igual que los gobiernos liberales, p r o p o n í a
integrar a estas comunidades a u n a e c o n o m í a dinamizada p o r
la p r o p i e d a d privada. Pero estas medidas t a m b i é n demues-
tran que se i n t e n t ó ofrecer a las comunidades i n d í g e n a s u n a
83
especie de paliativo en su "tránsito a la m o d e r n i d a d " .

"LOS NATURALES D E LOS P v K B L O S . . . CONFIADOS E N I A PATERNAL

P R O T E C C I Ó N D E V u E S L R A M A G E S T A D , QUE D E C I D I D O A MEJORAR

L \ CONDICIÓN D E EOS POBRES I N D I O S , HA CRIADO U N A J U N T A Q U E LOS


8 1
PROTEJA V OJUE OYENDO SUS QUEJAS I AS TRASMITA A V l J E S T R A M A G E S T A D "

El archivo de la j u n t a Protectora de las Clases Menestero-


sas ha sido u n a fuente privilegiada para este trabajo, pues

1,2
Ley sobre t e r r e n o s de c o m u n i d a d v de r e p a r t i m i e n t o , 2 6 de j u n i o
de 1 8 6 6 , A G N , JPCM, v o l . 4 .
s : ,
¡ e a n M e y e r : "La J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas. I n d i -
g e n i s m o v a g r a r i s m o e n e l S e g u n d o I m p e r i o " , en ESCOBAR, 1 9 9 3 , p . 3 3 0 .
M e v e r sugiere q u e , p a r a salvar el a n a c r o n i s m o , M a x i m i l i a n o i n v e n t ó el
" l i b e r a l i s m o social". ARENAL, 1 9 9 1 , p . 7 .
s 4
Carta a M a x i m i l i a n o de los N a t u r a l e s de j a l a p a , 3 1 de m a v o de
1 8 6 5 , e n A G N , JPCM, v o l . l .
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE M A X I M I L I A N O 589

representa la p u n t a de lanza del proyecto indigenista. Co-


m o organismo, era el p u n t o de contacto é n t r e l o s i n d í g e -
nas v las autoridades. Su d o c u m e n t a c i ó n nos p e r m i t e
escuchar tanto las voces de los indios c o m o las de las auto-
ridades. E l discurso de los i n d í g e n a s , aun t o m a n d o en
cuenta el t o n o exagerado y m e l o d r a m á t i c o utilizado para
dar realce a sus peticiones, nos p i n t a u n cuadro deplorable
de la « d a dentro de las comunidades i n d í g e n a s . Estos pue-
blos parecen representar el sector m á s d e p r i m i d o y o p r i -
m i d o de la sociedad: son "infelices", "faltos de experiencia
y de buenas relaciones", "pobres", "desvalidos", "de triste
c o n d i c i ó n " , "humildes", "menesterosos", "de peor condi-
c i ó n que las bestias", "miserables", "desgraciados"; estaban
" h u n d i d o s en la m á s espantosa miseria", se abusaba de "su
i g n o r a n c i a y sencillez", eran "víctimas de su i m p o t e n c i a " y
85
de u n "despojo completo y escandaloso". Totalmente mar-
ginados antes de la llegada del i m p e r i o , les era imposible
acceder a los mecanismos de p r o t e c c i ó n y defensa que esta-
b l e c í a la sociedad:

Yremos tranquilos, satisfechos v seguros de hallar en Vuestra


Magestad el amparo que necesitamos, porque somos desvali-
dos. Otros, Señor, se defienden por sí solos y suelen alcanzar
lo que desean: a nosotros, nuestra triste condición nos hace
perder las más veces hasta lo que nos es debido por la mas
86
rigorosa justicia.

A l leer estos expedientes sentimos que los i n d í g e n a s


eran v í c t i m a s n o sólo de u n a m a r g i n a c i ó n social e institu-
cional, sino t a m b i é n espacial y g e o g r á f i c a : n o p u e d e n
hacer valer sus derechos p o r los "menoscabos" que les cau-
san "las necesidades de estar h a c i e n d o continuos viajes a

V ,
• A G N , /PCM, vols. i - 5 ,
w
' C a r t a de los N a t u r a l e s d e l p u e b l o de l a R e s u r r e c c i ó n a M a x i m i l i a -
n o , j u n i o de 1805, A G N , JPCM, v o l . 1. L a b e l i g e r a n c i a de los litigios p r o -
m o v i d a p o r las p o b l a c i o n e s i n d í g e n a s d u r a n t e g r a n p a r t e d e l siglo xix
d e b e m a t i z a r de m a n e r a i m p o r t a n t e esta p e r c e p c i ó n . V é a s e el d e c r e t o
e x p e d i d o p o r el g o b i e r n o d e l estado de V e r a c r u z , 2 de j u l i o de 1 8 6 1 , e n
A G N , / P C M , v o l . 1.
590 ERIKA PANI

esta capital [ . . . ] la p r e c i s i ó n de abandonar entre tanto


nuestras familias y las urgentes tareas de que exclusiva-
87
m e n t e sacamos nuestra escasa subsistencia".
Esta imagen de m a r g i n a l i d a d era aceptada p o r la j u n -
ta: los i n d í g e n a s , "por su pobreza; su envilecimiento
88
c o m o conquistados y su poco saber en la l e g i s l a c i ó n " se
hallaban en u n estado lamentable. ¿ Q u é p r o p o n í a la j u n -
ta para mejorar su s i t u a c i ó n ? Estaba siempre dispuesta a
escuchar las solicitudes que le eran enviadas, aunque se
tratara de exposiciones que "si [ . . . ] se h u b i e r a j n ] presen-
tado e n u n j u z g a d o de letras cualquiera ó subprefectura,
la oficina la[sj h u b i e r a desechado p o r n o v e n i r en for-
89
m a " . L a percibimos c o m o u n a i n s t i t u c i ó n tolerante y
b e n é v o l a , pero c o n objetivos precisos: "hacer real y efecti-
va respecto de [los i n d í g e n a s ] la justicia y e q u i d a d c o n
90
que los [ a t e n d í a ] S. M . el E m p e r a d o r " . Sus d i c t á m e n e s
estaban p r o f u n d a m e n t e i m b u i d o s de esta a c t i t u d legalista
91
y, de alguna manera, l i m i t a d a .
Así, n o se daba n o r m a l m e n t e u n d i c t a m e n conclusivo
hasta que los pueblos acreditaran c o n documentos (mer-
cedes, actas de f u n d a c i ó n , prueba evidente de su ocupa-
c i ó n n o i n t e r r u m p i d a , e t c é t e r a ) su derecho a las tierras o
92
aguas que reclamaban. L a j u n t a actuaba firmemente ape-
gada a las leyes del i m p e r i o y a los "sanos p r i n c i p i o s de la
9 3
ciencia e c o n ó m i c a " . A f i r m a b a que "no [era] convenien-
te" que sobrevivieran los terrenos p o s e í d o s y administrados

8 7 a
C a r t a de los vecinos de San L o r e n z o A t l a c o m u l c o a l a j u n t a , I de
j u n i o de 1865, e n A G N , J P C M , v o l . 1.
8 8
" L a j u n t a A u x i l i a r de Guadalajara p r o p o n i e n d o . . . " , j u l i o de 1866,
A G N , JPCM, v o l . 4.
8 9
"Jalapa y anexos p i d e n q u e S. M . el E m p e r a d o r se d i g n e . . . " , junio
de 1865, A G N , JPCM, v o l . 1.
9 0
C a r t a de G a l i c i a C h i m a l p o p o c a al m i n i s t r o de G o b e r n a c i ó n , agos-
to de 1865, A G N , JPCM, v o l . 4.
9 1
P O \ V £ L L , 1974, p. 116.
9 2
V é a s e " E l a y u n t a m i e n t o de Santo D o m i n g o C h i m a l h u a c á n A t e n e o
h a b i e n d o o b t e n i d o a a q u e l l a l o c a l i d a d p o r m e r c e d e s . . . " , 24 de m a y o de
1865, A G N , JPCM, v o l . 1.
9 3
" A l g u n o s vecinos de H u e y p o t l a [ . . . ] s o l i c i t a n d o e l r e p a r t o e n t r e los
m á s p o b r e s de a l g u n o s t e r r e n o s ! . . . ] " , agosto de 1865, A G N , J P C M , v o l . 2.
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 591

94
e n c o m ú n p o r los p u e b l o s . N o i n t e r v i n o e n favor de
los " m á s de m i l " arrendatarios de la hacienda San Javier,
que i b a n a ser arrojados de los terrenos que arrendaban
"desde t i e m p o i n m e m o r i a l , " p o r q u e "obligar [al arrenda-
d o r ] a c o n t i n u a r el a r r e n d a m i e n t o es atacar sus derechos
95
de p r o p i e d a d , que tanto respetan y veneran las leyes". La
j u n t a n o d e f e n d í a l o que hoy p o d r í a m o s llamar "derechos
i n d í g e n a s " , sino los derechos de los i n d í g e n a s como ciu-
dadanos —comunes y corrientes— del i m p e r i o . Estaba dis-
puesta a escuchar a los indios y a apoyarlos si actuaban
d e n t r o d e l marco n o r m a t i v o que e s t a b l e c í a el gobierno
imperial.
C o m o hemos visto, la j u n t a actuaba entonces para "pro-
mover" la t r a n s f o r m a c i ó n de los i n d í g e n a s en ciudadanos
m o d e r n o s , y de preferencia p e q u e ñ o s propietarios. ¿Pre-
t e n d í a n llevar a cabo esta t r a n s f o r m a c i ó n solamente en el
á m b i t o e c o n ó m i c o ? P o d r í a m o s pensar, dado lo fascinados
que p a r e c í a n los emperadores c o n las c h i r i m í a s , bailes y
plumas de los i n d í g e n a s , que la p o l í t i c a i m p e r i a l n o inter-
v e n d r í a e n las manifestaciones culturales de estas pobla-
ciones, que a c t u a r í a q u i z á s para promoverlas y protegerlas.
Sin embargo, la ley de p o l i c í a general d e l i m p e r i o p r o h i b í a
"rigorosamente [ . . . ] las diversiones ó bailes llamados vul-
garmente velorios que suelen tener lugar c o n motivo de la
96
m u e r t e de los p á r v u l o s " . L a j u n t a , en u n lenguaje m u y
similar al d e l ilustrado virrey Revillagigedo cuando p r o h i -
b i ó la salida de "armados" en las procesiones de semana
97
santa, e s t a b l e c i ó que las danzas efectuadas p o r los i n d í -
genas d u r a n t e las fiestas religiosas "á mas de ser contrarias
a la civilización actual, les son onerosas p o r tener que i n -

9 4
" A l g u n o s vecinos de H u e y p o t l a [... ] s o l i c i t a n d o el r e p a r t o e n t r e los
m á s pobres d e algunos terrenos [ . . . ] " , agosto de 1865, A G N , JPCM, v o l . 2.
1,5
" D . P a b l o G o n z á l e z , t e n i e n t e de A l c a l d e d e l p u e b l o de San M a t e o
I x t l a h u a c a [ . . . ] sobre a m p a r o y p o s e s i ó n de u n o s t e r r e n o s [ . . . ] " , j u l i o
de 1866, A G N , JPCM, v o l . 5.
9 6
C a p í t u l o 9: D i v e r s i o n e s p ú b l i c a s , art. 72, e n Colección..., 1865, t. vi,
M i n i s t e r i o d e G o b e r n a c i ó n , p . 95.
9 7
A G N . R a m o Historia, v o l . 437, Festividades civiles y religiosas, 1762¬
1822.
592 ÉRIKAPANI

vertir para satisfacerlas, recursos que e m p l e a r í a n mejor en


cultivar sus bienes". Por esto, bailes, trajes "que a d e m á s de
r i d í c u l o s son costosos", y " e x i b i c i ó n de í d o l o s " d e b í a n
98
prohibirse.
¿ C u á l era la actitud de la j u n t a hacia otros aspectos de la
c u l t u r a i n d í g e n a ? E n el Estatuto provisional del Imperio Mexi-
cano, se i n d i c a que u n a de las atribuciones del Ministerio
de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a y Cultos es "promover la e n s e ñ a n -
za de las antiguas lenguas i n d í g e n a s " , a la par que la de las
99
lenguas clásicas y orientales. Para p o d e r elaborar u n pro-
grama de e d u c a c i ó n p r i m a r i a para "la j u v e n t u d desvali-
da", la j u n t a p i d i ó informes a todos los prefectos sobre las
lenguas i n d í g e n a s que se hablaran en los departamentos,
sobre los establecimientos d o n d e ocasionalmente se ense-
ñ a r a n , y si se utilizaban para inculcar los p r i m e r o s conoci-
mientos a las "clases menesterosas". Solicitó, a d e m á s , que
se le enviaran copias de obras escritas "en los referidos idio-
100
m a s " . S ó l o conocemos la respuesta d e l prefecto de Jalis-
co, que confirma que en el departamento se hablaban cora
o nayarit, o t o m í , h u i c h o l , t a r a h u m a r o y tarasco; que hasta
la Reforma los franciscanos y los religiosos d e l convento de
Z a p o p a n h a b í a n e n s e ñ a d o algunos de estos idiomas; y que
los libros se h a b í a n p e r d i d o c o n la r u i n a de los conven-
101
t o s . ¿ H a b r á n t e n i d o en m e n t e los m i e m b r o s de la j u n t a
a l g ú n proyecto de e d u c a c i ó n b á s i c a en lengua i n d í g e n a ?
L o i g n o r a m o s . L o cierto es que el p l a n de estudios del
i m p e r i o i n c l u í a , para la i n s t r u c c i ó n p r i m a r i a , principios de
r e l i g i ó n — n o necesariamente la c a t ó l i c a — , u r b a n i d a d , lec-
tura, caligrafía, a r i t m é t i c a , c o n o c i m i e n t o s d e l sistema
m é t r i c o d e c i m a l y d e l que se h a b í a usado c o m ú n m e n t e en

9fi
" I n f o r m e d e l c o m a n d a n t e m i l i t a r de San L u i s de l a Paz al Mariscal
Bazaine [ . . . ] " , s e p t i e m b r e de 1865, A G N , J P C M , v o l . 2.
" " D e l m i n i s t e r i o de i n s t r u c c i ó n p ú b l i c a y cultos", art. 18, e n Colec-
ción..., t. i , p . 25.
1 0 0
' J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas", Diario del Imperio (28
j u n . 1865).
1 0 1
' J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas", Diario del Imperio (22
ago. 1 8 6 5 ) .
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 593

102
la n a c i ó n , a d e m á s de g r a m á t i c a castellana, p e r o n o men-
cionaba las lenguas i n d í g e n a s . E n el i m p e r i o , la i n s t r u c c i ó n
e l e m e n t a l d e b í a ser "accesible a todos, p ú b l i c a [ . . . ] gra-
103
t u i t a [... ] o b l i g a t o r i a " y en e s p a ñ o l .
N o aparece, entre las disposiciones promovidas p o r el go-
b i e r n o i m p e r i a l , n i n g u n a que p r e t e n d a defender la "iden-
t i d a d c u l t u r a l " de los i n d í g e n a s . E l proyecto "indigenista"
d e l i m p e r i o se p r o p o n í a integrar al i n d í g e n a al m o d e l o
e c o n ó m i c o y cultural vigente e incluso, b o r r a r aquellas cos-
tumbres que, aunque consideradas pintorescas p o r los
emperadores, l o m a n t e n í a n al m a r g e n d e l progreso de la
n a c i ó n . E l proyecto i m p e r i a l rechazaba í n t e g r a m e n t e u n a
f o r m a de vida p o r q u e la pobreza y el aislamiento eran par-
te i n t e g r a l de ésta. Carlota hablaba

[...] de la necesidad de devolver la h u m a n i d a d a millares de


h o m b r e s , c u a n d o se l l a m a [ b a ] d e t a n l e j o s a l a c o l o n i z a c i ó n ,
y de h a c e r q u e [cesara] u n a llaga a q u e la i n d e p e n d e n c i a n o
h a b í a t r a í d o sino u n r e m e d i o ineficaz, puesto q u e ciudadanos
d e h e c h o , l o s i n d i o s h a b í a n q u e d a d o e n u n a a b y e c c i ó n desas-
T . _ 104
M

L a m a r g i n a l i d a d de los i n d í g e n a s n o representaba sólo


u n a s i t u a c i ó n penosa desde u n p u n t o de vista h u m a n i t a r i o .
1 0 5
Significaba t a m b i é n que u n a parte i m p o r t a n t e de los
recursos h u m a n o s d e l p a í s n o se aprovechaba, mientras se
afirmaba que M é x i c o necesitaba i n m i g r a c i ó n . L a s o l u c i ó n ,
p r o p o n í a Francisco Pimentel, era "que el n o m b r e de 'raza'
desaparezca de entre nosotros, n o sólo de derecho sino 'de
hecho'; queremos que en el país n o haya m á s que unas mis-

1 0 2
A R E N A L , 1 9 7 8 , p. 8 4 .
1 0 3
C a r t a d e M a x i m i l i a n o al m i n i s t r o S i l í c e o , 1 1 de j u n i o de 1 8 6 5 , e n
BASCH, 1 9 5 3 , p p . 31-34.
1 0 4
C a r t a de C a r l o t a a M a x i m i l i a n o , 3 1 de agosto de 1 8 6 5 , e n ARRAN-
GOIZ, 1 9 6 8 , p . 6 4 8 .
1 0 5
S e g ú n las e s t a d í s t i c a s de la S o c i e d a d M e x i c a n a de G e o g r a f í a v Esta-
d í s t i c a , e n 1 8 6 4 h a b í a 2 5 7 0 8 3 0 i n d í g e n a s de u n t o t a l de 8 6 2 9 9 8 2 h a b i -
tantes. P I M E M E L , 1 9 0 3 , t. ni, p . 1 2 0 .
594 ÉRIKA PAÑI

106
mas costumbres e iguales intereses". L a s o l u c i ó n al "pro-
b l e m a i n d í g e n a " era el mestizaje: "mientras el i n d i o era
'sufrido', el mestizo era verdaderamente 'fuerte'", argu-
107
m e n t a b a P i m e n t e l . Se proyectaba u n p a í s h o m o g é n e o ,
en donde no se enfrentaran dos razas enemigas. Este deseo
de i n t e g r a c i ó n y de a s i m i l a c i ó n , se refleja en el discurso de
M a x i m i l i a n o para la i n a u g u r a c i ó n de la estatua de Morelos
e n la plaza Guardiola:

C e l e b r a m o s h o y la m e m o r i a d e u n h o m b r e q u e salió de la m á s
h u m i l d e clase d e l p u e b l o [ . . . ] R e p r e s e n t a n t e d e las razas m i x -
tas, a q u e e l f a l s o o r g u l l o d e l o s h o m b r e s , s e p a r á n d o s e d e l o s
preceptos sublimes de nuestro d i v i n o Evangelio, n o da el apre-
c i o d e b i d o [ . . . ] M é x i c o tiene l a d i c h a , c o m o p a í s l i b r e y d e m o -
c r á t i c o , de m o s t r a r la h i s t o r i a de su r e n a c i m i e n t o y de su
l i b e r t a d , r e p r e s e n t a d a p o r h é r o e s d e t o d a s las clases d e l a
s o c i e d a d h u m a n a , d e t o d a s las r a z a s q u e a h o r a f o r m a n u n a
1 0 8
nación indivisible.

CONCLUSIÓN

C o m o hemos visto, M a x i m i l i a n o y quienes p a r t i c i p a r o n


con él en el proyecto indigenista del i m p e r i o , v e í a n a la
p o b l a c i ó n i n d í g e n a n o c o m o u n a c o m u n i d a d nacional dis-
tinta, con derechos propios, sino c o m o u n a p o b l a c i ó n mar-
ginada. L a m a r g i n a c i ó n d e l i n d í g e n a representaba u n
p r o b l e m a tanto h u m a n o c o m o e c o n ó m i c o para la n a c i ó n ,
pues se t r a d u c í a en la pobreza de las comunidades y en el
desperdicio de fuerzas productivas. A pesar de la s i m p a t í a
que s e n t í a n los emperadores p o r el exotismo del i n d í g e n a ,
las medidas que aplicaron, p o n e n en evidencia u n esfuer-
zo por integrarlo a la sociedad. E l mestizaje —asimilación físi-
ca, la i n t e g r a c i ó n llevada hasta su ú l t i m a e x p r e s i ó n — se
p e r c i b i ó c o m o el mecanismo ideal para solucionar el pro-
blema. Se i m p o n í a n desde a r r i b a para lograr esta integra-

1 0 6
PIMENTEL, 1 9 0 3 , t. ni, p . 1 4 8 . V é a s e t a m b i é n BARREIRO, 1 8 6 4 , p p . 7 - 8 .
1 0 7
P I M E N T E L , 1 9 0 3 , t. m, p . 145.
"'«ZAMACOIS, 1 8 8 2 , t. XVIII, p p . 172-173.
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 595

c i ó n , criterios ilustrados, liberales, individualistas: en fin, se


le p e d í a al i n d í g e n a , como dice Luis V i l l o r o , "que dejara de
1 0 9
ser i n d í g e n a " .
Sin embargo, n o hay que olvidar que el establecimiento
de u n a p o l í t i c a e s p e c í f i c a m e n t e indigenista a escala nacio-
n a l —anteriormente h a b í a , en ciertos estados, instituciones
110
c o m o los abogados de i n d i o s — era u n a novedad. Los
objetivos finales del g o b i e r n o de M a x i m i l i a n o en cuanto a
la p o b l a c i ó n i n d í g e n a —su a s i m i l a c i ó n a u n a sociedad
"moderna"— son m u y similares a los de los llamados
gobiernos liberales. Pero mientras éstos se c o n f o r m a r o n
con exaltar los dogmas de l i b e r t a d e igualdad formales, el
g o b i e r n o i m p e r i a l c r e ó u n a serie de mecanismos concilia-
dores para facilitar la i n t e g r a c i ó n de los i n d í g e n a s .
Los indios representaron el elemento que m á s se resis-
tió al proyecto de n a c i ó n que p r o p o n í a n los hombres
1 1 1
públicos del México d e c i m o n ó n i c o . E n m o m e n t o s de
crisis f u e r o n acusados de ser los culpables del fracaso
1 1 2
de M é x i c o para consolidarse como n a c i ó n . A lo largo de
los p r i m e r o s 40 a ñ o s de vida i n d e p e n d i e n t e la clase políti-
ca mexicana, que trataba de construir u n a sociedad de
individuos, m o d e r n a e igualitaria, r e c h a z ó legislar para u n
sector e s p e c í f i c o de la sociedad —salvo en casos de "impe-
riosa necesidad"—, aun cuando los constantes litigios i n d í -
genas para la defensa de sus tierras y las insurrecciones
113
é t n i c a s ( Y u c a t á n , sierra Gorda, Nayarit, S o n o r a ) ponían
de manifiesto de m a n e r a dolorosa la especificidad d e l pro-
blema i n d í g e n a y la insuficiencia de la i g u a l d a d f o r m a l
para resolverlo. Pensamos que la p o l í t i c a indigenista impe-
rial — y a s p o r la s i m p a t í a que s e n t í a n los emperadores
e a

hacia los i n d í g e n a s , p o r propaganda o p o r q u e d a r b i e n en

"«VILLORO, 1 9 7 9 , p. 183.
1 1 0
E n Jalisco, desde 1 8 5 6 , el s é p t i m o j u r a d o de letras d e b í a ocupar-
se s ó l o de los "negocios de tierras de 'los l l a m a d o s i n d í g e n a s ' " . M o i s é s
G o n z á l e z N a v a r r o , e n CASO, 1 9 7 3 , p . 2 2 3 .
1 1
' L I R A , "Los i n d í g e n a s y el n a c i o n a l i s m o m e x i c a n o " , e n El naciona-
lismo..., 1 9 8 6 , p . 2 0 .
I12
FLORESCANO, 1 9 9 5 , p . 14.
m
M o i s é s G o n z á l e z N a v a r r o , e n CASO, 1 9 7 3 , p . 2 7 1 .
596 ÉRIKA PAÑI

E u r o p a — fue m á s sensible a esta especificidad. Estaba dis-


puesta a dar voz a los i n d í g e n a s , a concederles u n lugar
d e n t r o del espacio p ú b l i c o y darles "paso libre para lle-
1 1 4
gar sin tropiezos hasta el T r o n o " . Este cambio se refleja
t a m b i é n en lo relativo al d e l "pensamiento indigenista".
C o n Francisco Pimentel, el i n d i g e n i s m o "da u n paso deci-
sivo [ . . . ] ya n o se presenta f u n d a m e n t a l m e n t e ligado a la
historia, sino a la sociedad y a la e c o n o m í a [ . . . ] sólo ahora
se u t i l i z a r á s i s t e m á t i c a m e n t e el p r o b l e m a i n d í g e n a c o m o
115
problema humano".
Hasta ahora hemos dejado a u n lado los efectos de la
p o l í t i c a indigenista de M a x i m i l i a n o p o r q u e quedan fuera
d e l enfoque de este trabajo. Sin embargo, la revisión de las
fuentes ha sido angustiante: nos h a dejado c o n la i m p r e -
s i ó n de que las cosas h a n cambiado p o c o en m á s de 130
a ñ o s . Conocemos de m a n e r a superficial la s i t u a c i ó n i n d í -
gena actual, p e r o los problemas de m a r g i n a c i ó n de esta
p o b l a c i ó n , puestos en relieve actualmente p o r los sucesos
ocurridos en Chiapas y en la sierra tarahumara, siguen sien-
d o los mismos. C o n t i n u a m o s h a b l a n d o h o y d í a de margi-
n a c i ó n e c o n ó m i c a , g e o g r á f i c a , i n s t i t u c i o n a l y cultural. Por
esto nos parece i m p o r t a n t e ofrecer algunas reflexiones
p r e l i m i n a r e s sobre los resultados de la p o l í t i c a indigenista
de M a x i m i l i a n o .
Es difícil hablar de los resultados cuando n o disponemos
de u n trabajo de i n v e s t i g a c i ó n l o suficientemente s ó l i d o al
respecto. Se puede afirmar que los efectos de las medidas
m a x i m i l i a n a s f u e r o n modestos. E l i m p e r i o d u r ó menos de
tres a ñ o s , de guerra constante, d u r a n t e los cuales n u n c a se
l o g r ó afianzar el p o d e r i m p e r i a l en la totalidad d e l territo-
r i o . D i f í c i l m e n t e sus disposiciones h u b i e r a n p o d i d o arrai-
garse y m a d u r a r . A d e m á s , si b i e n sabemos que la j u n t a
1 1 6
t r a b a j ó m u c h o , sus archivos n o i n d i c a n el resultado de

1 1 1
" F l o r e n c i o C á l m e l o , A n i c e t o C h á v e z y J o s é C l e ó p a s A n g u i a n o , veci-
n o s d e l p u e b l o de San J u a n J i q u i l p a . . . " , A G N , / P C M , v o l . 2
"•'VIU.ORO, 1 9 7 9 , p. 1 7 8 .
1 1 6
J e a n Meyer: " L a J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas. I n d i -
g e n i s m o v a g r a r i s m o e n e l S e g u n d o I m p e r i o " , e n ESCOBAR, 1 9 9 3 , p . 3 3 4 .
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 597

los casos abordados. L a m a y o r í a de los expedientes t e r m i -


n a n con u n a solicitud de m á s d o c u m e n t a c i ó n p o r parte de
la j u n t a . A d e m á s , c o m o ó r g a n o consultivo, el c u m p l i m i e n -
to de sus disposiciones d e p e n d í a de la buena v o l u n t a d de
otras autoridades, ya fuera d e n t r o del Ministerio de Gober-
n a c i ó n , d e l A r c h i v o I m p e r i a l o de los m u n i c i p i o s . L a clase
política, tanto d e n t r o de la m i n o r í a conservadora o l i b e r a l
imperialista, c o m o en el á m b i t o m u n i c i p a l , r e c h a z ó las
medidas — c o m o la ley de trabajadores— que afectaban
los intereses de los hacendados. L a ley sobre terrenos de
c o m u n i d a d t a r d ó diez meses en promulgarse p o r q u e los
o b s t a c u l i z ó la guerra sorda que le l i b r a r o n los ministros de
117
Maximiliano. E n el á m b i t o local, es el consenso de los
que h a n estudiado este f e n ó m e n o — c o n la e x c e p c i ó n no-
118
table de Jean M e y e r — que las disposiciones imperiales
119
fueron "letra m u e r t a " . C o m o atestiguaba Juan C a t a ñ o y
Calvo, presidente de la J u n t a auxiliar de Cuautla:

Con aquellos pueblos indígenas, por estar aqueyas autorida-


des en conbibencia con los Sres Acendados, que por nohir
contra estos, no handado el lebe cumplimiento a las Leyes que
Su Magestad adecretado en pro del Pueblo Mexicano, ciño
que ami me consta que les andado Carpetazo, y los pobres
120
pueblos llorando sus continuas soledades.

Sin embargo, tanto A n d r é s L i r a c o m o Jean Meyer sugie-


ren que el i m p e r i o "desactivó" una s itu ació n i n t r a n q u i l a en

117
J e a n M e y e r : " L a J u n t a P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas. I n d i -
g e n i s m o y a g r a r i s m o e n el S e g u n d o I m p e r i o " , e n ESCOBAR, 1993, p . 347.
, , s
C o n el caso de Oeoyoacac, M e y e r m u e s t r a c ó m o , gracias al apoyo
constante de M a x i m i l i a n o , la j u n t a l o g r ó i m p o n e r s e al Consejo, afir-
m a n d o que los t e r r e n o s de c o m u n i d a d y r e p a r t i m i e n t o , a u n q u e h u b i e -
r a n estado d e d i c a d o s al c u l t o , n o e r a n ' t e r r e n o s e c l e s i á s t i c o s — l o que
h u b i e r a p e r m i t i d o q u e f u e r a n n a c i o n a l i z a d o s . J e a n M e y e r , "La Junta
P r o t e c t o r a de las Clases Menesterosas. I n d i g e n i s m o v a g r a r i s m o ' e n el
Segundo I m p e r i o " , e n ESCOBAR, 1993, p p . 347 y 357-363.
, , 9
J o h n A . Dabbs: " T h e i n d i a n p o l i c y o f the S e c o n d E m p i r e " , e n Cor-
M;R y CASTAÑEDA, 1958, p . 119 y POWEEE, 1974, p. 116.
' - " " E l P r e s i d e n t e de la J u n t a a u x i l i a r de C u a u t l a q u e j á n d o s e . . . " ,
A G N , y P C M , v o l . 5.
598 ÉFJKAPANI

121
el m e j o r de los casos, y abiertamente violenta en el p e o r .
Q u e las autoridades de la R e p ú b l i c a restaurada hayan con-
servado a la J u n t a A u x i l i a r de Guadalajara — y la trans-
f o r m a r o n en la J u n t a F i l a n t r ó p i c a Defensora de la Clase
I n d í g e n a — es testimonio de la efectividad de ésta c o m o
122
ó r g a n o c o n c i l i a d o r . ¿ C ó m o s u c e d i ó esto, si se supone
que el efecto de las disposiciones imperiales fue casi n u l o
en el M é x i c o rural? H a b r í a que revisar cuidadosamente los
archivos municipales, y los expedientes de Bienes C o m u -
123
nales e n el archivo de la S e c r e t a r í a de la Reforma A g r a r i a
para ver lo que i m p l i c ó realmente la p o l í t i c a i m p e r i a l en el
á m b i t o local. I n d e p e n d i e n t e m e n t e de esto, pensamos que
si las instituciones "indigenistas" del i m p e r i o l o g r a r o n con-
tener u n a s i t u a c i ó n explosiva fue p o r q u e p r o m o v i e r o n el
d i á l o g o entre los i n d í g e n a s y la a u t o r i d a d central. Algunas
medidas promulgadas p o r el emperador, c o m o el reparto
de terrenos de c o m u n i d a d a "vecinos y naturales" de los
pueblos, r e s p o n d í a n directamente a preocupaciones ex-
1 2 4
presadas en cartas enviadas a la j u n t a .
L a p o l í t i c a i m p e r i a l hacia los indios, tal c o m o la políti-
ca de los gobiernos liberales precedentes, t e n í a objetivos
precisos que n o t o m a b a n e n cuenta algunos "derechos i n -
d í g e n a s " como el derecho a la p r o p i e d a d c o m u n a l . C o m o
hemos visto, la n a c i ó n que p r e t e n d í a construir el i m p e r i o
era la d e l ideal liberal: u n a n a c i ó n de individuos iguales
ante la ley cuya e c o n o m í a era impulsada p o r la p r o p i e d a d
privada y el libre mercado. ¿ P o d e m o s entonces hablar de
u n proyecto "indigenista"? Pensamos que sí, pues si bien n o
protege los derechos "tradicionales" de las comunidades i n -
d í g e n a s , afronta, c o m o n o q u i s i e r o n hacerlo los gobiernos

1 2 1
L I R A , 1983, p . 2 7 1 v MEYER, 1984, p. 45.
1 2 2
M E V E R , 1984, p. 45.'
1 2 3
A g r a d e z c o esta sugerencia al d o c t o r A n d r é s L i r a . E l e x p e d i e n t e de
O c o y o a c a c q u e c i t a j e a n M e y e r se e n c u e n t r a e n e l r a m o Gobernación.
1 2 4
" L a J u n t a a u x i l i a r de J a l a p a sobre t e r r e n o s de c o m u n i d a d [ . . . ] " ,
m a y o de 1865, A G N , JPCM, v o l . 5. M a r i a n o Reyes, p r e s i d e n t e de la j u n -
ta, t e m í a q u e c o n l a e n a j e n a c i ó n de estos t e r r e n o s q u e d a r a n los i n d i o s
sin t i e r r a , " r e d u c i d o s ó a buscar u n m i s e r a b l e v e v e n t u a l j o r n a l ; ó entre-
g á n d o s e a la ociosidad y v a g a m u n d e r í a " .
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 599

d e c i m o n ó n i c o s anteriores, la existencia de u n "problema


i n d í g e n a " que iba m á s allá del rezago de la desigualdad le-
gal heredado de la colonia, y está consciente de la necesi-
125
d a d de crear, con c a r á c t e r nacional y de manera a b i e r t a ,
mecanismos específicos para resolverlo. L a originalidad del
proyecto de M a x i m i l i a n o frente a los gobiernos liberales se
e n c u e n t r a m á s en la f o r m a que en el objetivo final. L a acti-
t u d de los emperadores hacia los indios, descrita en la p r i -
m e r a parte de este trabajo, s e n t ó acaso el t o n o m á s flexible
y q u i z á s algo paternalista del proyecto i m p e r i a l . De mane-
r a i m p o r t a n t e , hizo que la a u t o r i d a d fuera percibida c o m o
accesible para los i n d í g e n a s : el i m p e r i o estaba dispuesto a
escucharlos. Q u i z á s Niceto de Zamacois t e n í a r a z ó n : el en-
tusiasmo que generaron M a x i m i l i a n o y Carlota entre la
p o b l a c i ó n i n d í g e n a se d e b í a a que "era una novedad para
126
ellos verse invitados a t o m a r parte en la cosa p ú b l i c a " .

SIGLAS Y REFERENCIAS

AGN A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i ó n , M é x i c o .
JPCM R a m o Junta Protectora de las Clases Menesterosas.

Advenimiento
1864 Advenimiento de S. S. M. M. Maximiliano y Carlota al trono
de México. Documentos relativos y narración del viaje de
nuestros soberanos de Miramar a Veracruz y del recibimien-
to que se les hizo en este último puerto y en las ciudades de
Córdoba, Orizaba, Puebla y México. México: Edición
de La Sociedad. I m p r e n t a de J. M . A n d r a d e y F. Es-
calante.

ALFIERO GALLEGOS, A l f o n s o Á n g e l y M i g u e l GONZÁLEZ ZAMORA

1986 índice del ramo de la Junta Protectora de las Clases Menes-


terosas. M é x i c o : A r c h i v o G e n e r a l de la N a c i ó n .

1 2 5
P o d r í a m o s q u i z á s h a b l a r de poyectos i n d i g e n i s t a s "vergonzantes",
q u e se a p l i c a b a n a r e g a ñ a d i e n t e s f r e n t e a necesidades administrativas
a b r u m a d o r a s , c o m o e l ya m e n c i o n a d o e s t a b l e c i m i e n t o de u n j u z g a d o de
i n d i o s en Jalisco e n 1856. M o i s é s G o n z á l e z N a v a r r o , e n CASO, 1973, p . 223.
126
Z A M A C O I S , 1882, t. xvi, p . 754.
600 ÉRIKA PAÑI

ARENAL FENOCHIO, J a i m e M . , d e l

1978 "La legislación del Segundo I m p e r i o mexicano e n


m a t e r i a educativa". Tesis de l i c e n c i a t u r a e n d e r e c h o .
M é x i c o : Escuela L i b r e d e D e r e c h o .
1991 " L a p r o t e c c i ó n d e l indio en el Segundo I m p e r i o
M e x i c a n o : la J u n t a p r o t e c t o r a d e las clases meneste-
rosas", e n Ars Iuns, 6, p p . 1-35.

ARNAIZ YFREC, A r t u r o y C l a u d e BATAILLON ( c o m p s . )

1965 La intervención francesa y el imperio de Maximiliano. Cien


años después, 1862-1962. M é x i c o : A s o c i a c i ó n M e x i c a n a
de H i s t o r i a d o r e s - I n s t i t u t o F r a n c é s d e A m é r i c a L a t i n a .

ARRANGOIZ, Francisco de Paula


1968 México desde 1808. M é x i c o : P o r r ú a .

BARREIRO, M i g u e l

1864 Porvenir de Yucatán y ligera ojeada sobre su situación


actual, por el Lic. Miguel Barreiro, secretario del Excmo. Sr.
Comisario Imperial de esta Península. Mérida: Imprenta
de R. P e d r e r a .

BASCH, S a m u e l

1953 Recuerdos de México. Memorias del médico ordinario del


Emperador Maximiliano, 1866-1867. México: Nacional.

CASO, A l f o n s o , S i l v i o Z A Y A I A , J o s é MIRANDA y M o i s é s GONZALEZ NAVARRO

1973 La política indigenista en México. Métodos y resultados.


M é x i c o : Instituto Nacional Indigenista-Secretaría de
E d u c a c i ó n P ú b l i c a , 2 vols.

CHAYEZ OROZCO, L u i s

1961 Maximiliano y la restitución de la esclavitud en México,


1865-1866. M é x i c o : S e c r e t a r í a d e Relaciones Exte-
riores.

Colección
1865 Colección de leyes, decretos y reglamentos que interinamente
forman el sistema político administrativo y judicial del impe-
rio. M é x i c o : I m p r e n t a de A n d r a d e y Escalante, 8 vols.

CORTI, E g o n Caesar C o n t e
1927 Maximilien et Charlotte du Mexique. D ' après les archives
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 601

secrètes de l'empereur Maximilien i ; autres sources inédites,


1860-1865. Paris: P i o n .
1983 Maximiliano y Carlota. M é x i c o : Promociones Edito-
riales Mexicanas.

COTNER, T h o m a s E . y Carlos E . CASTAÑEDA ( c o m p s . )


1958 Essays in mexican history. A u s t i n : U n i v e r s i d a d de
Texas.

ESCOBAR, A n t o n i o ( c o o r d . )
1993 Indio, nación y comunidad en el México del siglo xix. M é x i -
co: C e n t r o d e Estudios M e x i c a n o s y C e n t r o a m e r i c a -
n o s - C e n t r o d e Investigaciones y Estudios S u p e r i o r e s
en A n t r o p o l o g í a Social.

FLORESCANO, E n r i q u e

1995 " E t n i a y n a c i ó n " , e n Reforma, s u p l e m e n t o "Enfoque",


( 1 5 ene.).

HALE, Charles A.

1968 Mexican liberalism in the age of Mora, 1821-1853. N e w


H a v e n y L o n d r e s : Yale U n i v e r s i t y Press.

HAMANN, Brigitte

1989 Con Maximiliano en México. Del diano del prin cipe Cari
Kevenhüller, 1864-1867. M é x i c o : F o n d o de C u l t u r a
Econòmica.

KoLONiTz, P a u l a
1992 Un viaje a México en 1864. M é x i c o : F o n d o d e C u l t u r a
Econòmica.

KRAUZE, E n r i q u e

1994 Siglo de caudillos. Biografia política de México. México:


Tusquets Editores.

KRALZE, E n r i q u e y F a u s t o ZERÓN-MEDINA

1993 Porfirio. M é x i c o : C l í o .

LEFEYRE, E u g é n e

1869 Documentos oficiales recogidos en la secretaría privada de


Maximiliano. Historia déla intervención francesa en Méji-
co. Bruselas v L o n d r e s , 2 t o m o s .
602 ÉRIKAPANI

LIRA, A n d r é s

1983 Comunidades indígenas frente a la ciudad de México.


Tenochtitlan y Tlatelolco, sus pueblos y sus barrios, 1812¬
1919. M é x i c o : E l C o l e g i o de M i c h o a c á n - E l C o l e g i o
de M é x i c o .

LUCA DE TENA, T o r c u a t o

1990 Ciudad de México en tiempos de Maximiliano. México:


Planeta.

MAPELU MOZZI, Carlota

1970 "Recuerdos d e M é x i c o e n e l Castillo de M i r a m a r " , e n


Boletín INAH, x u (sep.), p p . 38-41.

MKYER, J e a n

1984 Esperando a Lozada. M é x i c o : E l C o l e g i o de M i c h o a c á n -


Consejo N a c i o n a l de C i e n c i a y T e c n o l o g í a .

El nacionalismo

1986 El nacionalismo y el arte mexicano. IX Coloquio de historia


del arte. M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a d e
México.

OROZCO y BERRA, M a n u e l

1865 Geografía de las lenguas y carta etnográfica de México pre-


cedidas de un ensayo de clasificación de las mismas lenguas
y de apuntes paralas migraciones de las tribus. México:
I m p r e n t a de J. M . A n d r a d e y F. Escalante.

PAYNO, M a n u e l

1958 La reforma social en España y México. Apuntes históricos y


principales leyes sobre desamortización de bienes eclesiásticos.
M é x i c o : U n i v e r s i d a d N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o .

1981 Cuentas, gastos, acreedores y otros asuntos del tiempo de la


intervención francesa y del imperio, 1861-1867. México:
S e c r e t a r í a de Hacienda v C r é d i t o Público-Miguel
Ángel Porrúa.

PIMENTÉE, F r a n c i s c o

1903 Obras completas. México: Tipografía económica, 3


tomos.
LA POLÍTICA INDIGENISTA DE MAXIMILIANO 603

POWEUL, T . G .

1974 El liberalismo y el campesinado en el centro de México; 1850


a 1876. M é x i c o : S e c r e t a r í a de E d u c a c i ó n P ú b l i c a .

RIVERA GAMBAS, M a n u e l

1961 Historia de la Intervención y del Imperio de Maximiliano,


tomos II-B y III-A. M é x i c o : Academia Literaria.

RODRÍGUEZ O . J a i m e E. ( c o m p . )
1989 The independence of México and the crealion of the new
nation. Los .Ángeles: U n i v e r s i d a d de C a l i f o r n i a .

ROMERO DE TERREROS, M a n u e l

1926 Maximiliano y el Imperio, según correspondencias contem-


poráneas que publica por primera vez Don Manuel Romero
de Terreros, Marqués de San Francisco. México: Cultura.

Testimonios
1995 Testimonios artísticos de un episodio fugaz, 1864-1867.
M é x i c o : P a t r o n a t o d e l M u s e o N a c i o n a l de A r t e - I n s t i -
t u t o N a c i o n a l de Bellas Artes.

URIBE, E l o í s a ( c o o r d . )
1987 Y todo por una nación. Historia social de la producción
plástica de la Ciudad de México, 1761-1910. M é x i c o : Ins-
t i t u t o N a c i o n a l de A n t r o p o l o g í a e H i s t o r i a .

VALADÉS, J o s é C.

1993 Maximiliano y Carlota en México. Historia del Segundo


Imperio. M é x i c o : D i a n a .

VILEORO, L u i s

1979 Los grandes momentos del indigenismo en México. M é x i c o :


E d i c i o n e s de L a Casa C h a t a .

WECKMANN, L u i s

1989 Carlota de Bélgica. Correspondencia y escritos sobre México


en los archivos europeos, 1861-1868. México: Porrúa.

ZAMACOIS, N i c e t o de

1882 Historia de Méjico, desde los tiempos más remotos hasta


nuestros días, escrita a la luz de todo lo que de irrecusable
han dado a luz los más caracterizados historiadores, y en vir-
604 ÉRIKA PAÑI

tud de documentos auténticos, no publicados todavía, toma-


dos del Archivo Nacional de Méjico, de las bibliotecas públi-
cas, y de los preciosos manuscritos que, hasta hace poco,
existían en las de los conventos de aquél país. B a r c e l o n a y
M é x i c o : J . Parres y C o m p a ñ í a E d i t o r e s , 18 t o m o s .

ZAVALA, Silvio

1958 ' V í c t o r C o n s i d é r a n t ante el p r o b l e m a social de M é x i -


co", e n Historia Mexicana, vn:3(27) ( e n e . - m a r . ) , p p .
309-328.

S-ar putea să vă placă și