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Curso para

Componentes da

CIPA
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Índice

A – Legislação

1.NR-05 / CIPA
2.Conceitos de Acidente e Doença do Trabalho
3.Legislação Trabalhista e Previdenciária sobre Segurança e
Saúde no Trabalho

B- Estudo Técnico

1.Princípios Básicos de Higiene do Trabalho


2.Medida de Controle de Riscos Ambientais
3.PPRA
4.PCMSO
5.Inspeções de Segurança
6.Levantamento de Riscos – MAPA DE RISCOS
7.Métodos de Investigação de Acidentes do Trabalho
8.SIPAT

C – Assuntos Específicos

1.Prevenção e Combate a Incêndios


2.Primeiros Socorros
3.AIDS

D- Programa de CIPA

1.Objetivo
2.Plano de Ação
A1 - NR. 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇAÕ DE ACIDENTES

DO OBJETIVO

5.1 – A comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação e a promoção da saúde do trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO

5.2 – Devem constituir CIPA, por estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento as


empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta
e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras
instituições que admitam trabalhadores como empregados.
5.3 – As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos
e as entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em
Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
5.4 – A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá
garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de
harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.
5.5 – As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de
membros da CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o
desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e
instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO

5.6 – A CIPA será composta dos representantes do empregador e dos empregados, de


acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 – Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
5.6.2 – Os representantes dos empregados, titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.
5.6.3 – O número dos membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem
decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta
NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos
específicos.
5.6.4 – Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um
responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de
participação dos empregados, através de negociação coletiva.
5.7 – O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.
5.8 – É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 – Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento
sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469,
da CLT.
5.10 – O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para
a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho
analisadas na CIPA.
5.11 – O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
5.12 – Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o
término do mandato anterior.
5.13 – Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto,
entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do
empregador.
5.14 – Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o
calendário anual de reuniões ordinárias.
5.15 – Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, a CIPA não
poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo
empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número
de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

DAS ATRIBUIÇÕES

5.16 – A CIPA terá por atribuições:


a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos com a participação do
maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de
segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessária,
bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar periodicamente verificações nos ambientes de trabalho e condições de trabalho
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;
e) realizar a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho
e discutir as situações de risco que forem identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e em processos de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e eminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como, cláusulas de
acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
k) participar em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
l) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
m) requisitar à empresa as cópias das CAT ‘s emitidas;
n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes – SIPAT
o) participar, anualmente em conjunto com a empresa, de campanhas de Prevenção
da AIDS;

5.17 – Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao


desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes no plano de trabalho.

5.18 – Cabe aos empregados:


a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar a CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para
melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho;

5.19 – Cabe ao Presidente da CIPA


a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as
decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades da secretária;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente.

5.20 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:


a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus
trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados;
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisões da CIPA para todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuições:


a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura
dos membros presente;
b) preparar a correspondência; e
c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

5.23 A CIPA terá reuniões mensais, de acordo com o calendário pré-estabelecido.

5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e
em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias
para todos os membros.

5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho – AIT.

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:


a) houver denúncia de risco grave ou iminente que determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.


5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação,
será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.

5.29 – O pedido de reconsideração será apresentado a CIPA até a próxima reunião ordinária,
quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos
necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais
de quatro reuniões sem justificativa.

5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,
obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador
comunicar à unidade descentralizada do Ministério de Trabalho e Emprego as alterações e justificar
os motivos.
5.31.1.1 No caso de afastamento definitivo de presidente, o empregador indicará o substituto,
em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA
5.31.1.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares
da representação dos empregados, escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias úteis.

DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e
suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta
dias contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrarem no Quadro I, promoverão anualmente,
treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo os seguintes itens:
a) Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do
processo produtivo;
b) Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
c) Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos
existentes na empresa;
d) Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção;
e) Noções de legislação trabalhista e previdenciária relativa à segurança e saúde no trabalho;

f) Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;


g) Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da
Comissão.

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas
diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal,
entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas
ministrados.

5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou
profissional que o ministrará, constatando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher
a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

5.37 Quando comprovada a não observância nos itens relacionados ao treinamento, a


unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou
a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data da
ciência da empresa sobre a decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados da CIPA, no prazo mínimo de sessenta dias antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao
sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo


mínimo de 55 dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será
responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída
pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:


a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo
mínimo de 45 dias antes do término do mandato em curso;
b) Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze
dias;
c) Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independente de
setores, locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
d) Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
e) Realização da eleição no prazo mínimo de trinta dias antes do termino do mandato da
CIPA, quando houve;
f) Realização da eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em
horário que possibilite a participação da maioria dos empregados;
g) Voto secreto;
h) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão
eleitoral;
i) Faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j) Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo
de cinco anos.
5.41 Havendo a participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não
haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que ocorrerá
no prazo máximo de dez dias.
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade
descentralizada do Mte, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.1.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas
irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder à anulação quando
for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo mínimo de cinco dias, a
contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada à
prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral.
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em
ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de
suplentes.
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se
estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados estiverem
exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou
designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as da contratadas ou com os
designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em
relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão
implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho,
decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde dos trabalhadores do estabelecimento.
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas,
suas CIPA’s, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam
as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como, sobre as medidas
de proteção adequadas.
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o cumprimento
pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento das medidas de segurança e
saúde no trabalho.
DISPOSIÇÕES GERAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria específica.
QUADRO II
Atividade Econômica – CNAE, para dimensionamento da CIPA
Grupo C-1 - Minerais Grupo C-20 - Comércio
1000.6 - 1410.9 Atacadista 5144.6

Grupo C-2 - Alimentos Grupo C-21 - Comércio Varejista


1523.7 - 1571-7 5244.2 -5269.8

Grupo C-3 - Têxteis Grupo C-22 - Com. Produtos


1732.9 Perigosos 5151.9

Grupo C-3a - Têxteis Grupo C-23 - Alojamento e


1771.0 Alimentação 5521.2

Grupo C-6 - Madeira Grupo C-24 - Transporte


2022.2 6023.2

Grupo C-7 - Papel Gripo C-24a - Transporte


2141.5 6340.1

Grupo C-8 - Gráficos Grupo C-24b – Transporte


2221.7 6111.5

Grupo C-9 - Som e Imagem Grupo C-25 - Comércio e.


2234.9 Telecomunicações 6420.3

Grupo C-10 - Químicos Grupo C-26 - Seguro


2454.6 – 2471.6 – 2481.3 6630.3

Grupo C-11 - Borracha Grupo C-27 - Adm. Mercados


2519.4 Financeiros 6712.1

Grupo C-12 - Não Metálicos Grupo C-28 - Bancos


2630.1 6535.8

Grupo C-13 - Metálicos Grupo C-29 - Serviços


2811.8 7020.3

Grupo C-14 - Equip. Máquinas e Grupo C-30 - Locação M.O. e


Ferramentas 2913.0 – 2940.8 Limpeza 7230.3

Grupo C-15 - Explosivos e Grupo C-31 - Ensino


Armas 2971.8 8022.5

Grupo C-16 - Veículos Grupo C-32 - Pesquisas


3441.0 7430.6

Grupo C-17 - Água e Energia Grupo C-33 - Administração


4010.0 Pública 7511.6

Grupo C-18 - Construção Grupo C-34 - Saúde


4543.8 8511.1

Grupo C-18a - Construção Grupo C-35 - Outros Serviços


4521.7 9500.1

Grupo C-19 - Intermediários do


Comércio 5114.4
Conceito Legal

“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho”

Exercício do trabalho a serviço da empresa.

Para que uma lesão ou moléstia seja considerada acidente do trabalho é necessário que haja
entre o resultado e o trabalho uma ligação, ou seja, que o resultado danoso tenha origem no
trabalho desempenhado e em função do serviço.
Assim, por exemplo, se um empregado for assistir a um jogo de futebol e cair a arquibancada
onde sentou, não se tratará de acidente do trabalho. Todavia, se com ele cai o empregado do
clube que estava efetuando a limpeza da arquibancada, a legislação referida protegerá o
funcionário do clube.

Lesão corporal

Por lesão corporal deve ser entendido qualquer dano anatômico, por exemplo: uma fratura,
uma lesão, a perda de um membro.

Perturbação funcional

Por perturbação funcional deve ser entendido o prejuízo ao funcionamento de qualquer órgão
ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada, o prejuízo ao funcionamento de
um órgão (pulmões, etc.), pela aspiração ou ingestão de elemento nocivo usado no trabalho.

Caracterização do acidente do trabalho

O acidente do trabalho ocorre no local de trabalho e durante o trabalho, considerando como um


acontecimento súbito, violento e ocasional que provoca no trabalhador uma incapacidade para a
prestação de serviço.
A legislação (art. 131 da Lei 2171/97 enquadra como acidentes aqueles que ocorrem nas
seguintes situações:
Acidente de Trajeto

Cada dia mais corre-se riscos quando alguém se propõe a sair de casa para qualquer fim.
Quando esse fim é a prestação de serviço, entendes-se que é justo ficar o trabalhador protegido
pela legislação de acidente. Assim, no percurso da residência para o trabalhador ou deste para
aquela, o trabalhador esta protegido pela legislação acidentária.
Fica caracterizado como acidente do trabalho também aquele que ocorre na ida ou na volta do
trabalho.
Deixa de caracterizar-se o acidente quando o empregado tenha, por interesse próprio
interrompido ou alterado o percurso normal. Entende-se por percurso normal o caminho
ordinariamente seguido, locomovendo-se a pé ou usando transporte fornecido pela empresa,
condução própria ou transporte coletivo urbano.
Assim, quando ocorrer variação de trajeto, por vontade do trabalhador, ou quando haja
interrupção, também por interesse próprio, deixa de caracterizar-se o acidente do trabalho. Nos
períodos destinados a refeições ou descansos, bem como, em intervalos destinados à satisfação de
necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado a
serviço da empresa para fins de acidente do trabalho.
 Doenças Profissionais e do Trabalho

O legislador equiparou ao acidente do trabalho as doenças que, oriundas do trabalho,


acarretem incapacidade laboral. Para tanto, vem estabelecendo no artigo 131 da Lei 2171/97.

Doença Profissional

Doença profissional, assim entendida é a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho


peculiar à determinada atividade e constante na respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
Assim, o saturnismo (intoxicação provocada em quem trabalha com chumbo), e a silicose
(pneumoconiose provocada em quem trabalha com sílica) são doenças tipicamente
profissionais.

Doença do Trabalho

Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições


especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionadas no inciso I.
Como exemplo, podemos citar, a surdez como doença do trabalho tendo em conta o serviço
executado em local extremamente ruidoso.
De outra parte, não são consideradas como doença profissional ou doença do trabalho as
doenças degenerativas, as inerentes a grupo etário e as que não acarretem incapacidade para o
trabalho.

A3 - Legislação Trabalhista e Previdenciária sobre Segurança e Saúde no


Trabalho

“A prevenção de acidentes é o objetivo fundamental da CIPA”. Analisando-se resultados dos


acidentes de trabalho, podemos concluir que eles podem provocar muitos prejuízos ao
trabalhador, à empresa e a comunidade.
A extensão e gravidade dessas conseqüências justificam todo o emprenho da prevenção
de acidentes dentro das organizações.
Vamos começar nossa análise com a vítima do acidente: o trabalhador. A real dimensão
do acidente do trabalho determina que a violência das conseqüências não se limita ao
momento do acidente, mas prolonga-se, marcando profundamente o trabalhador.
A primeira conseqüência é o sofrimento físico que pode levar à incapacidade temporária
ou permanente para o trabalho. A partir daí, começa um caminho para a desagregação social e
profissional que atinge a família, deixando-a desamparada economicamente e abalada social e
psicologicamente. O acidente de trabalho pode representar para o trabalhador e sua família a
suspensão de seus direitos à integridade física, à saúde, ao trabalho, à sobrevivência digna, ou
mesmo à própria vida.
Para a empresa, o acidente de trabalho gera problemas com o desempenho dos
empregados, comprometimento na produção, atraso na entrega dos produtos, gastos com o
acidentado, tensão nas relações interpessoais, danos materiais, comprometimento com a
imagem pública da empresa, etc.
Para a comunidade, o acidente de trabalho ocasiona aumento do custo de vida e dos
impostos, desperdício ou perdas irreversíveis da produtividade das pessoas. Esses problemas
representam prejuízos graves para a sociedade.
Podemos concluir que os acidentes de trabalho são nocivos sob todos os aspectos. O
lado humano deve ser evidenciado por atingir o elemento mais importante de todos os que o
acidente pode prejudicar o trabalhador.
O acidente do trabalho, portanto, apresenta múltiplas conseqüências que, muitas vezes,
tornam-se invisíveis ao trabalhador, à empresa e a sociedade. É necessário conceber o
acidente como uma grave forma de violência, exigindo de todos uma intensa participação na
sua prevenção.
O Decreto n° 9.032 de 29/04/95 regulamenta a Lei de Acidentes do trabalho. Trata das
prestações devidas ao acidentado, pela instituição previdenciária que hoje tem o monopólio do
seguro de acidentes do trabalho.
Para que o trabalhador tenha direito a prestações da Previdência Social, é necessário que
ele preencha determinadas condições, entre elas, o de ter contribuído durante certo período
para o instituto. Embora seja a instituição Previdenciária que assegura prestações ao
acidentado, na hipótese de acidente de trabalho tais prestações impedem do dito período de
carência do Decreto 9.032.
O Decreto mencionado assegura ao acidentado as seguintes prestações e serviços:
 Auxílio doença
 Aposentadoria por invalidez
 Auxílio acidente
 Pensão por morte
 Assistência médica
 Reabilitação profissional
 Abono anual (13° salário)
Os acidentados que estejam em gozo dos benefícios previstos nos itens 1 a 5 terão direito
ao abono anual (13° salário). Denotar que não se admite a acumulação dos benefícios
assegurados ao acidentado, referidos nos três primeiros itens, ou beneficiando assemelhados
que sejam assegurados pela Previdência Social, isto é, o empregado que, por via de acidente do
trabalho, adquira direito à aposentadoria por invalidez não terá, simultaneamente, direito a
auxilio doença e aposentadoria assegurada pela Previdência. Esse é,
evidentemente, apenas um dos muitos exemplos possíveis de vedação de acumulação.
Muitos aposentados pela Previdência Social voltam ao trabalho e podem ser vitimas de
acidentes A norma assegura aos que tenham sido aposentados por tempo de serviço, especial
ou por idade, que permaneçam ou voltem a exercer a atividade abrangida pelo Regime Geral de
Previdência Social, o direito, em caso de acidente do trabalho, á reabilitação profissional, ao
auxilio – acidente, não fazendo jus a outras prestações, salvo as decorrentes de sua condição
de aposentado.

B- Estudo Técnico

B1 - Princípios Básicos de Higiene do Trabalho

São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos


e ergonômicos existentes nos ambientes de trabalho e capazes de causar danos à saúde do
trabalhador em função de sua natureza, ou intensidade e tempo de exposição.
Para cada risco específico do Trabalho, deverá ser tomada uma medida para Minimizar,
Neutralizar ou Eliminar o risco, afim de garantir ao funcionário uma condição saudável de
Trabalho.
Princípios Gerais

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o conceito de saúde esta


associado ao completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças,
ou seja, a saúde ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados pelas condições
de vida no ambiente de trabalho. Quanto mais sólidos forem os processos de medicina e higiene
do trabalho relativo a uma determinada atividade laboral, mais completa será a saúde
ocupacional.

Higiene do trabalho é definida como:

“A ciência e a arte devotada à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao controle


dos fatores ambientais e agentes tensores originados no ou do local de trabalho, os quais
podem causar enfermidades, prejuízos à saúde e bem-estar, ou significante desconforto e
ineficiência entre os trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade”
O termo antecipação mostrar a necessidade de buscarmos sempre identificar os potenciais
riscos à saúde antes que um determinado processo industrial seja implementado ou modificado,
ou que novos agentes sejam introduzidos no ambiente de trabalho.
O termo reconhecimento refere-se a toda análise e observação do ambiente de trabalho a
fim de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de risco a eles associados e qual
prioridade de avaliação ou controle existe nesse ambiente de trabalho.
O termo avaliação designa principalmente das monitorações que serão conduzidas no
ambiente de trabalho.
Estes termos expressam, resumidamente, o método da higiene ocupacional: Antecipação,
Reconhecimento, Avaliação e Controle.
De modo mais amplo, a higiene não se refere apenas ao ambiente industrial, mas a
qualquer tipo de atividade laboral, sendo mais apropriado, na língua portuguesa, o termo higiene
ocupacional. Observa-se que, embora o termo em língua inglesa seja industrial, não significa
que ele seja aplicado no campo de atuação industrial e há a necessidade de estudar o ambiente
de trabalho de forma multidisciplinar.

 Riscos Ambientais

Para que a CIPA atinja seus objetivos de prevenção de acidentes e doenças do Trabalho,
ela precisa conhecer e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho. Para isso,
iniciamos, neste capítulo, uma análise dos riscos ambientais.
Classificação de Riscos

Riscos Riscos Riscos Riscos Riscos de


Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos Acidente
Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico
inadequado
Levantamento e
Vibrações Fumos Bactérias transporte manual de Máquinas e
peso equipamentos sem
Radiações Névoas Protozoários proteção
Exigência de postura
ionizantes
Inadequada Ferramentas
defeituosas e
Frio Neblinas Fungos Controle rígido de inadequadas
produtividade
Iluminação
Calor Gases Parasitas Imposição de ritmos inadequada
excessivos
Pressões Eletricidade
Vapores Bacilos Trabalho em turno e
anormais Probabilidade de
noturno
Substâncias, incêndio ou explosão
Umidade compostos ou Jornadas de trabalho
prolongadas Armazenamento
produtos
inadequado
químicos em Monotonia e
geral repetitividade Animais peçonhentos

Outras situações Outras situações de


causadoras do risco que
STRESS físico e/ou poderão contribuir
psíquico para ocorrência de
acidentes.

 RISCOS FÍSICOS
São considerados riscos físicos: Ruído, Vibrações, Radiações, Temperaturas
extremas, Pressões anormais, Umidade

RUÍDO

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem


atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocarem sérios
prejuízos à saúde.
Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as
alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Nível de Máxima exposição Nível de Máxima exposição
Ruídos dB(A) Diária permissível Ruídos dB(A) Diária permissível

85 8 horas 98 1 hora e 15
minutos
86 7 horas 100 1 hora

87 6 horas 102 45 minutos

88 5 horas 104 35 minutos

89 4 horas e 30 105 30 minutos


minutos
90 4 horas 106 25 minutos

91 3 horas e 30 108 20 minutos


minutos
92 3 horas 110 15 minutos

93 2 horas e 40 112 10 minutos


minutos
94 2 horas e 15 114 8 minutos
minutos
95 2 horas 115 7 minutos

96 1 hora e 45 - -
minutos

Conseqüências

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:


- fadiga
- alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias,
- hipertensão,
- modificação do ritmo cardíaco,
- modificação do calibre dos vasos sanguíneos,
- modificação do ritmo respiratório,
- perturbações gastrointestinais,
- diminuição da visão noturna,
- dificuldade na percepção de cores.

Além destas conseqüências. O ruído atinge também o aparelho auditivo causando a


perda temporária ou definitiva da audição.
Medidas de Controle
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído nos locais de trabalho, podem ser
adotadas as seguintes medidas:

Medidas de Proteção Coletiva


a) enclausuramento da máquina produtora do ruído
b) isolamento do ruído

Medida de Proteção Individual


a) fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI) protetor auditivo. O EPI deve ser
fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.

Medidas Médicas
a) exames audiométricos periódicos,
b) afastamento do local de trabalho,
c) revezamento

Medidas Educacionais
a) orientação para uso correto do EPI,
b) campanha de conscientização

Medidas Administrativas
a) tornar obrigatório o uso do EPI
b) controlar o seu uso

Observação: Medidas Médicas, Educacionais e Administrativas devem ser adotadas em


todas as situações de risco.

VIBRAÇÕES

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem, as quais podem


ser nocivas ao trabalhador.As vibrações podem ser:

Localizadas - (em determinadas partes do corpo).

Conseqüências
- alterações neurovasculares nas mãos,
- problemas nas articulações das mãos e braços,
- osteoporose (perda da substância óssea).

Generalizadas – (no corpo inteiro)

Conseqüências
- lesões na coluna vertebral,
- dores lombares

Medidas de Controle
Para evitar, diminuir as conseqüências das vibrações, é recomendado, revezamento
dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).
RADIAÇÕES

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção


das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem
ser classificadas em 2 grupos.

1° - Radiação Ionizantes
Os operadores de RX e Radioterapia estão, freqüentemente, exposto a este tipo de
radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas
expostas a este tipo de radiação.

2° - Radiação Não Ionizantes


São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operações em
fornos, ou de solda oxi-acetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em,
solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc..
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões
na pele, etc.

Medidas de Controle

Medidas de Proteção Coletiva


a) – isolamento da fonte de radiação. Ex: biombo protetor para operação de
solda,
b) – enclausuramento da fonte de radiação. Ex: pisos e paredes revestidas de
chumbo em salas de RX.

Medidas de Proteção Individual


a) – fornecimento de EPI adequado ao risco. Ex: dosímetro de bolso para
técnico de RX,
b) – avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador,
c) – óculos para operadores de forno.

Medida Médica
a) – exames médicos periódicos;

TEMPERATURAS EXTREMAS

Calor – Altas temperaturas podem provocar:

- desidratação,
- erupção da pele,
- câimbras,
- fadiga física,
- distúrbios psiconeuróticos,
- insolação.

Frio - Baixas temperaturas podem provocar:


- feridas,
- rachaduras e necrose da pele,
- enregelamento: ficar congelado
- agravamento de doenças reumáticas,
- predisposição para acidentes,
- predisposição para doenças das vias respiratórias.
Medidas de Controle

Medidas de Proteção Coletiva


a) – ventilação local exaustora com a função de retirar calor e gases dos ambientes,
b) – isolamento das fontes de calor / frio
Medidas de Proteção Individual
a) – fornecimento de EPI. Ex: avental, bota, capuz, luvas especiais apara trabalho com
frio, avental e luvas de amianto.

PRESSÕES ANORMAIS
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais,
acima ou abaixo, das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica que normalmente
estamos expostos.
1° Baixas Pressões: São as que situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem
com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os
trabalhadores expostos a este risco.
2° Altas Pressões: São as que situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em
trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração (SHIELD)
caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Exemplos: Caixões
pneumáticos, compartimentos estanques instalados no fundo de mares, rios e represas onde é
injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São
usados na construção de pontes e barragens.
Conseqüências
Ruptura do tímpano quando o aumento da pressão for brusco,
Liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos, causando dores abdominais,
obstrução dos vasos sanguíneos e até a morte.
Medidas de Controle
Por ser uma atividade de alto risco, existe legislação específica (NR-15) a ser obedecida.

UMIDADE
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e
devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nos locais de
trabalho para estudar a implantação de medida de controle.
Conseqüências
Doenças do aparelho respiratório,
Quedas,
Doenças da pele,
Doenças circulatórias.
Medidas de Proteção Coletiva
Estudo de modificações no processo do trabalho,
Colocação de estrados de madeira,
Ralos para escoamento.
Medidas de Proteção Individual
Fornecimento do EPI. Ex: botas, aventais e luvas de borracha para trabalhadores em
galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc.
RISCOS QUÍMICOS
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida,
líquida ou gasosa e classificam-se: Poeiras, Fumos, Névoas, Gases, Vapores e Produtos
Químicos em geral, e podem estar dispersos no ar (aerodispersóides).
POEIRAS
São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. Ex:
fibras de amianto, poeiras de sílica, poeira de algodão, bagaço de cana, etc.
FUMOS
Partículas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex: fumos de óxido de zinco
nas operações de soldagem com ferro.Os metais que oferecem maior risco nos processos
industriais são: chumbo, mercúrio, arsênico, estanho, cobre, níquel, cromo, zinco, ferro, etc.
NÉVOAS
Partículas resultantes da condensação de vapores ou da dispersão mecânica de líquidos.
Ex: névoa resultante do processo de pintura a revólver, monóxido de carbono liberado pelos
escapamentos dos carros.
GASES
Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex: GLP
(gás liquefeito de petróleo), hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.
VAPORES
São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou
sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta, gasolina, naftalina, etc.

Vias de penetração dos Agentes Químicos


Os agentes químicos podem penetrar no organismo de 3 maneiras:
1- Via Cutânea (pele)
2- Via Digestiva (boca)
3- Via Respiratória (nariz)
A penetração dos agentes químicos no organismo depende de sua forma de utilização.

Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais


Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser
levados em consideração:
- Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos se
manifestará no organismo.
- Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a
jornada de trabalho.
- Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo.
- Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo.
- Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
· Medidas de Controle
As medidas de controle sugeridas abaixo pretendem dar apenas uma idéia do que pode ser
adotado, pois existe uma grande quantidade de produtos químicos em uso e as medidas de
proteção devem ser adaptadas a cada tipo.
Medidas de Proteção Coletiva
- ventilação e exaustão do local,
- ventilação e exaustão do ponto de operação,
- armazenamento adequado,
- substituição do produto químico utilizado por outro menos tóxico,
- tempo de exposição,
- estudo de alteração de processo de trabalho,
- conscientização dos riscos no ambiente.
Medidas de Proteção Individual
Fornecimento do EPI como medida complementar. Ex: máscara de proteção respiratória
para poeira, para gases e fumos; luvas de borracha, neoprene para trabalhos com produtos
químicos em geral, aventais e botas.
Medidas Médicas
Exames médicos periódicos para controle da exposição do trabalhador aos riscos químicos.

RISCOS BIOLÓGICOS
São considerados Riscos Biológicos:
- Vírus, Bactérias, Protozoários, Fungos, Parasitas, Bacilos

Riscos Biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem,
podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com
tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo),
laboratórios, etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos, incluem-se:
TUBERCULOSE, BRUCELOSE, MALÁRIA, FEBRE AMARELA, ETC.
Para que estas doenças possam ser consideradas DOENÇAS PROFISSIONAIS, é preciso
que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.
São necessárias medidas preventivas para que a condição de higiene e de segurança nos
diversos setores de trabalho seja adequada.

Medidas de Controle

As medidas de controle mais comuns são:


- saneamento básico (água e esgoto),
- controle médico permanente,
- uso de EPI – Equipamento de Proteção Individual,
- hábitos de higiene pessoal,
- uso de roupas adequadas,
- vacinação,
- treinamento,
- sistema de ventilação / exaustão.
Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato
com seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano com relação à
ação dos riscos biológicos:
- Cutânea: Ex: a leptospirose é adquirida pelo contato com águas contaminadas pela
urina do rato.
- Digestiva: Ex: ingestão de alimentos deteriorados.
- Respiratória: Ex: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar contaminado

RISCOS ERGONÔMICOS
São considerados Riscos Ergonômicos:
- Esforço físico
- Levantamento de peso
- Postura inadequada
- Controle rígido da produtividade
- Situação de estresse
- Trabalhos em período noturno
- Jornada de trabalho prolongada
- Monotonia de repetitividade
- Imposição de rotina intensa

A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as


relações entre o homem e seu ambiente de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como a “aplicação das
ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para
alcançar o ajustamento mútuo, ideal ente o homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem
em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho”.

Conseqüências
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no estado
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como:
- cansaço físico,
- dores musculares,
- hipertensão arterial,
- alteração do sono,
- diabetes,
- doenças nervosas,
- taquicardia,
- doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera),
- tensão,
- ansiedade,
- problemas de coluna, etc.
Medidas de Controle

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é


necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob o aspecto de praticidade,
conforto físico e psíquico por meio de:
- melhoria no processo de trabalho,
- melhores condições no local de trabalho,
- modernização de máquinas e equipamentos,
- melhoria no relacionamento entre as pessoas,
- alteração no ritmo de trabalho,
- ferramentas adequadas,
- posturas adequadas, etc.

RISCOS DE ACIDENTES

São considerados como riscos geradores de acidentes:


- arranjo físico deficiente,
- máquinas e equipamentos sem proteção,
- ferramentas inadequadas,
- eletricidade,
- incêndio ou explosão,
- animais peçonhentos,
- armazenamento inadequado,
- outras situações de risco, etc.

B2- Medidas de Controle de Riscos

Neste sentido, três alternativas podem ser adotadas.


Eliminação do risco
Do ponto de vista da segurança, esta deve ser a atitude prioritária da empresa diante da
situação de risco.
A eliminação do risco pode ocorrer em vários níveis da produção:
Na substituição de uma matéria prima tóxica por uma inócua, que ofereça menos riscos
à saúde do trabalhador,
Na alteração nos processos produtivos,
Realizando modificações na construção e instalações físicas da empresa,
Produzindo alterações no arranjo físico.
Neutralização do risco
Na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco, por motivo de
ordem técnica, busca-se a neutralização do risco, que pode ser feita de três maneiras:

Proteção do risco - Ex: Grade de proteção de polias


 Isolamento de Risco no Tempo e no Espaço - Ex: Instalação de compressor de ar fora da
linha de produção (desta maneira, o ruído não atingirá os trabalhadores).
 Enclausuramento do risco - Ex: Fechar completamente um forno com paredes isolantes
térmicas (esta medida protege os trabalhadores da temperatura excessiva).
Minimização do risco

A Minimização do Risco ocorre quando não se consegue retirar-lo do Ambiente, tendo que
trabalhar com a presença constante do Risco.
Nestes casos são empregados os EPI’s que impedem a ação do risco sobre o trabalhador.

B3 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

A Norma Regulamentadora no 9 (NR-9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), visando a
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes
ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais.
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa,
sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo a sua
abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de
controle.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto
nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
PCMSO previsto na NR-7.
Fará efeito desta NR consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou
intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases
ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,
entre outros.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte


estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma de registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

PPRA deverá estar descrito num documento base contendo todos os aspectos estruturais.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:


a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.

A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo


Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por
pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o
disposto nesta NR.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na
etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a
minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das
seguintes situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente a saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes, os
valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of
Governmental Industrial Hygyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação
coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal
entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam
expostos.
Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição
ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional
considerados de acordo com a alínea "c" do subitem 9.3.5.1;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50"%), conforme critério
estabelecido na NR-15, Anexo no 1, item 6.

Das Responsabilidades
- Do empregador: estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA,
como atividade permanente da empresa ou instituição.
- Dos trabalhadores
a) colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
b) seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
c) informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento,
possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

B4 - Programa de Controle Médico de


Saúde Ocupacional (PCMSO)
A Norma Regulamentadora no 7 (NR-7) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Caberá a empresa contratante de mão de obra prestadora de serviços, informar a empresa
contratada, os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais
de trabalho onde os serviços estão sendo prestados.
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo
da saúde dos trabalha dores, devendo estar articulado com o disposto nas de mais NR.
O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de
trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre
sua saúde e o trabalho.
PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos
agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da
constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde
dos trabalhadores.
Compete ao empregador:
a)garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela
sua eficácia;
b)custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao
PCMSO;
c) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar
médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
Compete ao médico coordenador:
a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1, ou encarregar os mesmos a
profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas,
bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que esta ou será exposto
cada trabalhador da empresa a ser examinado;
b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos
desta NR, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.
PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional.
Os exames de que trata o item 7.4.1. compreendem:
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;
b) exames complementares, realizados de acordo com os termos especificados nesta
NR, e seus anexos.
O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no
primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30
(trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
O exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data
da mudança.
Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de
atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição do trabalhador a risco
diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.
Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional
(ASO), em duas vias.
A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive
frente de trabalho ou canteiro de obras, a disposição da fiscalização do trabalho.
A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo
na primeira via.
ASO deverá conter no mínimo:
a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade, e sua
função;
b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do
empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde
no Trabalho - SSST;
c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os
exames complementares e a data em que foram realizados;
d) nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;
e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce
ou exerceu;
f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;
g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de
inscrição no Conselho Regional de Medicina.

B5 - Inspeções de Segurança

A verificação de segurança tem por objetivo detectar as possíveis causas que possibilitem a
ocorrência de acidentes, visando tomar ou propor medidas que eliminem ou neutralizem os riscos
de acidentes do trabalho. Desta forma, inspeção de segurança é uma prática contínua em busca
de:
Métodos de trabalho inadequados,
Riscos ambientais,
Verificação da eficácia das medidas preventivas rotineiras e especiais em
funcionamento.
A legislação sobre segurança no trabalho trata sobre verificação na NR-5.
O cipeiro deve realizar verificações nos ambientes e condições de trabalho.
A base de toda inspeção de segurança e análise dos riscos sob os aspectos já citados deve
envolver indivíduos, grupos, operações e processos. Dentro do objetivo de análise dos vários
fatores, de risco e acidentes, a proposta metodológica mais aceita envolve a identificação do
agente do acidente. O agente do acidente é todo fator humano, físico ou ambiental que provoca
perdas. Controlar ou neutralizar o agente é muito mais importante do que simplesmente atribuir a
culpa a este ou aquele fato ou pessoa.

Verificações que podem ser realizadas

As verificações de segurança não são só pela CIPA , mas também pelos profissionais dos
Serviços Especializados. Podem ser feitas por diversos motivos, com objetivos diferentes e
programas em épocas e em intervalos variáveis. Podem ser: gerais, parciais, de rotina,
periódicas, eventuais, oficiais e especiais.

São aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com todos os
problemas relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Dessas verificações podem participar
engenheiros, técnicos de segurança, médicos, assistentes sociais e membros da CIPA. Essas
verificações devem ser repetidas a intervalos regulares e, onde não existirem Serviços
Especializados em Segurança e Medicina do trabalho, a tarefa caberá a CIPA da empresa.

Verificações parciais
Elas podem limitar-se em relação às áreas, sendo verificados, apenas determinados setores
da empresa, e podem limitar-se em relação às atividades, sendo verificados certos tipos de
trabalho, certas máquinas ou certos equipamentos.

Verificações de rotina
Cabem aos encarregados dos setores de segurança, aos membros da CIPA, ao pessoal que
cuida da manutenção de máquinas, equipamentos e condutores de energia. É muito importante
que os próprios trabalhadores façam verificações em suas ferramentas, nas máquinas que
operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente, em verificações de rotina, são mais
procurados os riscos que se manifestam com mais freqüências e que constituem as causas mais
comuns dos acidentes.
Verificações periódicas

Como é natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produção, de
tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, verificações destinadas a descobrir
riscos que o uso de ferramentas, de máquinas, de equipamentos e de instalações energéticas
podem provocar. Os setores de manutenção e de produção normalmente se ocupam dessas
inspeções periódicas. Algumas dessas verificações são determinadas em leis, principalmente as
de equipamentos perigosos, como caldeiras e elevadores e mesmo as de equipamentos de
segurança como extintores, mangueiras e outros. Materiais móveis de maior uso e desgaste
devem merecer verificações periódicas.

Verificações eventuais

Não tem datas ou períodos determinados. Podem ser feitas por técnicos, médicos e
engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas importantes dos diversos setores
da empresa. O médico pode, por exemplo, realizar verificações em ambientes ligados à saúde do
trabalhador, como refeitórios, cozinhas, instalações sanitárias, vestiários e outros.

Verificações oficiais

São realizadas por agentes dos órgãos oficiais e das empresas de seguro.

Verificações especiais

Destinam-se a fazer controles técnicos que exigem profissionais especializados, aparelhos


de teste e de medição. Pode-se dar o exemplo de medição do ruído ambiental, da quantidade de
partículas tóxicas em suspensão no ar, da pesquisa de germes que podem provocar doenças.
A presença de representantes da CIPA nas verificações de segurança é sempre
recomendável, pois a assimilação de conhecimentos cada vez mais amplos sobre as questões de
Segurança e Medicina no Trabalho vai tomar mais completo, o trabalho educativo que a comissão
desenvolve.
Alem disso, a renovação dos membros da CIPA faz com que um número sempre maior de
empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a solução dos problemas
relativos a acidentes e doenças do trabalho.

Passos a serem seguidos

Mas como proceder numa verificação de segurança?

Existem alguns passos que devem ser seguidos para o desenvolvimento dessa atividade.
São eles: observação, registro, análise de riscos, priorização, implantação e acompanhamento.

Observação - Neste primeiro passo, os elementos da CIPA devem observar criteriosamente as


condições de trabalho e de atuação das pessoas. Essa observação deve ser complementada com
dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de questionários junto aos encarregados e
trabalhadores.
Registro - O registro dos riscos observados sobre saúde e segurança do trabalho deve ser
feito em formulários que favoreçam a análise dos problemas apontados.

Análise de riscos - Da verificação de segurança resulta a necessidade de um estudo mais


aprofundado de determinada operação. Trata-se de análise de riscos. Para realizá-la, o
interessado deve decompor e separar as fases da operação, para verificação cuidadosa dos
riscos que estão presentes em cada fase. O quadro abaixo orienta a decomposição de uma
operação para este fim.
 Priorização - A partir da análise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender àqueles
mais graves e/ou iminentes.
 Implantação - Nesta fase, os relatórios com as medidas corretivas definidas deverão ser
encaminhados ao departamento responsável para sua efetivação. A operacionalização das
medidas deverá ser negociada no próprio setor responsável, em prazos determinados com
prioridade.
Acompanhamento - Consiste na verificação e cobrança das medidas preventivas propostas.
Devem ser realizados, junto à unidade responsável, setores afins e com o SESMT.

B6 – Levantamento de Risco - MAPEAMENTO DE RISCO

É uma metodologia de verificação nos locais de trabalho, tornada obrigatória a partir da


publicação da Portaria n° 25 de 29/12/94 da SSST, e que consiste numa análise do processo de
produção e das condições de trabalho.
O se objetivo é reunir informações necessárias para que seja estabelecido o diagnostico da
situação de segurança e saúde no trabalho da empresa, além de possibilitar, durante a sua
elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, estimulando as sua
participação nas atividades de prevenção e contribuindo para a conscientização a respeito dos
riscos no ambiente de trabalho. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de
acidentes do trabalho e a incidência de doenças ocupacionais, que interessa sobremaneira aos
empresários e trabalhadores.
Para a realização do Mapa de Risco, deve-se contar com a participação dos cipeiros e dos
trabalhadores além dos profissionais de segurança e medicina do trabalho (SESMT). É uma
metodologia que busca a participação dos envolvidos no processo produtivo para determinar os
riscos existentes. A partir da Portaria n° 25 de 29/12/94 da SSST, a realização do Mapeamento de
Riscos tornou-se uma atribuição da CIPA (item 5.16 “o”, da NR-5):
“Elaborar: ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e com a colaboração
do SESMT, quando houver, o Mapa de Riscos, com base nas orientações constantes do Anexo
IV, devendo o mesmo ser refeito a cada gestão da CIPA.”

O Mapa de Riscos deve, então, deve ser executado pela CIPA, por seus membros,
observadas as seguintes etapas:
 conhecimento do processo de trabalho no local analisado;
 identificação dos riscos existentes, conforme Tabela I;
 identificação das medidas preventivas existentes e verificação de sua eficácia;
 identificação dos indicadores de saúde;
 conhecimentos dos levantamentos ambientais já realizados no local;
 elaboração do Mapa de Riscos, sobre layout ou esboço da empresa.

O Mapa é a representação gráfica de reconhecimento dos riscos existentes nos locais de


trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.

Simbologia utilizada:
Círculos com diâmetros diferentes

Risco Grave Risco Médio Risco Pequeno


A simbologia representada pelo tamanho dos círculos acompanha o tipo de gravidade de risco.
O tipo de risco varia com a cor:

Riscos Ambientais Cores


Agentes Físicos Verde
Agentes Químicos Vermelho
Agentes Biológicos Marrom
Agentes Ergonômicos Amarelo
Agentes de Acidentes Azul

B7 - INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES – Árvore de Causas

“A investigação causal é passo importante na prevenção de acidentes de trabalho por


propiciar a identificação de fatores de risco cuja eliminação pretende-se que evite a ocorrência
de novos acidentes semelhantes. A prevenção desencadeada a partir de acidente já ocorrido
denomina-se prevenção passiva, devendo ser encarada como complemento das ações de
prevenção ativa, representadas pelas inspeções periódicas de segurança, análise de risco de
tarefas, estudos ergonômicos de postos de trabalho, etc, com o objetivo de identificar os riscos e
elimina-los, antes que o evento indesejável - acidente de trabalho - aconteça”.
O método de árvore de causas, preconizado pela OIT (Organização Internacional do
Trabalho), pode ser considerado instrumento de investigação do tipo prevenção passiva, uma
vez que parte dos acidentes já ocorridos. “Ele baseia-se em relato objetivo e detalhado dos fatos
envolvidos na ocorrência do acidente do trabalho a partir da lesão produzida, identificando
retroativamente tais fatos, denominados fatores antecedentes. Com estas informações constrói-
se a rede de antecedentes do acidentes, representada sob a forma de diagrama denominado
árvore de causas”.
Os antecedentes (fatos) apurados no decorrer da investigação podem ser habituais ou
permanentes, quando já vinham ocorrendo anteriormente na situação de trabalho analisado.
Quando os antecedentes apurados surgem no decorrer da execução de uma tarefa, são
denominados eventuais ou não habituais.
“Para que o acidente aconteça, é necessário a ocorrência de pelo menos uma variação em
relação à situação habitual de trabalho e o método de “árvore de causas” estabelece que se
reconstitua a história do acidente partindo-se da identificação das variações e, em seguida, dos
antecedentes permanentes”.
A aplicação adequada do método requer, segundo os pesquisadores que o desenvolveram:
a) que a investigação se processe logo após e no próprio local da ocorrência do acidente do
trabalho;
b) que se diferencie a etapa de obtenção dos fatos da etapa de interpretação, esta só
sendo efetivada após o término da anterior;
c) que os dados sejam coletados por pessoa conhecedora da maneira habitual de
desenvolvimento do trabalho e com maior objetividade possível.
“Para se utilizar o método de árvore de causas deve ser respondida a pergunta “POR
QUE?”, a partir da conseqüência da doença ou acidente. A cada resposta obtida deve-se repetir
a pergunta, seqüencialmente, até que não seja mais possível ou não se consiga mais responder
o porquê da última causa constante da cadeia”.
“Após desenhada a árvore de causas, identificam-se as mudanças necessárias no
ambiente e/ou processo de trabalho que podem prevenir doenças e/ou acidentes semelhantes”.
A seguir, há um relato de acidente de trabalho (extraído do livro Patologia do Trabalho de René
Mendes), ocorrido em 1992, em uma indústria metalúrgica de médio porte, bem como sua
árvore de causas (ao final).
Relato do Acidente
“O trabalhador que se acidentou cortava sarrafos de madeira em serra circular antiga,
localizada em local ruidoso no pátio da empresa. A serra estava instalada em mesa rudimentar,
apresentava lâmina desprotegida e que há muito tempo estava empenada, além de possuir
lâmina separadora posicionada incorretamente”.
“O trabalhador habitualmente executava as operações de corte da madeira em posição
ereta, na frente do equipamento e com o tronco ligeiramente fletido. Suas mãos operavam na
zona perigosa da serra que, como foi dito, possuía lâmina desprotegida. Ele relatou não haver
recebido treinamento, que considerava perigoso e que exigia muita atenção, esforço físico e
coordenação de movimentos”.
“A serra não era submetida a manutenção preventiva periódica, nem havia inspeções de
segurança e, apesar de já ter sido condenada pela CIPA, continuava em operação”.
“O acidente ocorreu quando o trabalhador cortava sarrafos de madeira nodosa e, após
cortar vários deles, subitamente, durante a operação, a serra travou e, na tentativa de
destravá-la, o trabalhador puxou para trás a madeira que estava sendo cortada, o que a
destravou com um “soco”. O trabalhador tentou retirar a mão da zona de perigo, mas não
conseguiu e seu polegar direito foi atingido pela lâmina, provocando ferimento com perda de
substância”.
“O acidente ocorreu após duas horas e meia de trabalho e o trabalhador referiu não estar
cansado no momento do acidente. Referiu ainda não usar as luvas de raspa de couro
fornecidas pela empresa porque as mesmas o atrapalhavam na execução da tarefa”.
Árvore de Causas - Conclusões
A partir do exemplo de aplicação do método, podemos destacar alguns aspectos. O
primeiro é a evidenciação da pluricausalidade dos acidentes de trabalho, “descrita de maneira
objetiva e sem interpretações e emissão de juízos de valor, contrapondo-se à concepção
dualista ato inseguro/condições inseguras que, via de regra culmina com a atribuição de culpa
ao trabalhador pelo acidente que o vitimou”.
Outro aspecto importante do método é o “de evidenciar não apenas as causas imediatas
do acidente, mas também as mais remotas em relação à lesão, inclusive as relacionadas aos
aspectos gerenciais e de política de segurança da empresa, facilitando a elaboração de
propostas corretivas nestes diferentes níveis. no caso analisado, é possível concluir que houve
falhas graves na política de segurança da empresa, que manteve em operação serra circular
obsoleta, defeituosa, com zona de perigo desprotegida e condenada pela CIPA. A situação
descrita e analisada como exemplo configura, aliás, a violência praticada contra grande parte
dos trabalhadores brasileiros”.

B8 – SIPAT / Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

As campanhas de segurança visam a divulgação e o intercâmbio de técnicas,


experiências e conhecimentos sobre prevenção de acidentes, contribuindo para o
aperfeiçoamento dos programas prevencionistas, sobretudo nos aspectos de aprimoramento
do comportamento preventivo do trabalhador e da eliminação, isolamento ou controle dos
riscos ambientais.
A principal campanha de segurança é a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes
(CANPAT), instituída em caráter permanente através do Decreto no 68.255 de 16/02/1971, que
foi regulamentada pela Portaria do MTb no 3.233 de 09/07/1971 com a finalidade de divulgar
conhecimentos técnicos e ministrar ensinamentos práticos de Segurança, Higiene e Medicina
do Trabalho.
Entre as atividades consideradas obrigatórias da CANPAT, destacam-se:
- o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CONPAT);
- a Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SPAT);
- a promoção de seminários, simpósios, conferências, palestras e aulas;
- a divulgação educativa, através de meios de comunicação.

No âmbito da empresa, uma das atribuições da CIPA é promover, junto com o SESMT, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho - a SIPAT. “Deseja-se, com isso, que a CIPA e o
SESMT não só executem sua ação diretamente ligada à proteção e promoção da saúde e
segurança, como também, a longo prazo e pela via educativa, consigam fazer de cada
trabalhador o agente de sua própria saúde”.
Sendo assim, a SIPAT deve ser vista por seus organizadores como um minicurso, onde
existem objetivos a serem cumpridos, com recursos e estratégias adequadamente escolhidos.
Desta forma, os organizadores ao traçarem os objetivos, devem levar em consideração
algumas questões, tais como:
a realidade da segurança e da saúde no país;
as políticas da empresa para o setor;
o histórico das atividades da CIPA e do SESMT na empresa;
os principais riscos à saúde e segurança existentes na empresa.
A partir das questões acima e identificando uma necessidade, os organizadores podem
estabelecer os objetivos a serem alcançados para os participantes do evento, tais como:
Participar de um evento de cunho educativo;
Saber enumerar os principais riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores existentes
na empresa;
Mencionar mecanismos de controle destes riscos;
Valorizar a participação de todos os trabalhadores como forma de se conseguir as
mudanças saneadoras dos ambientes e condições de trabalho;
Demonstrar disposição para participar na luta pela melhoria dos ambientes e condições
de trabalho.
Estabelecidos os objetivos, os organizadores devem imaginar as estratégias mais
adequadas para a obtenção dos mesmos. Em geral, são utilizadas palestras, conferências,
seminários, painéis, simpósios, concursos, projeção de audiovisuais, sessões de filmes, etc.
C- Assuntos Específicos

C1- Princípios Básicos de Prevenção e


Combate a Incêndio

O fogo é tanto útil como destruidor. Sob controle, presta grandes serviços, desde o
simples fogão doméstico até as fundições, fornalhas e outras operações industriais.

Descontrolado, isto é, quando chamamos de incêndio, causa prejuízos e as vezes


grandes sinistros, envolvendo muitas vidas humanas.

Devemos lembrar sempre que "o incêndio acontece onde a prevenção falha". O
ideal é realizar um bom trabalho de prevenção de incêndio evitando-se assim o
começo do fogo.

Fogo = Denomina-se fogo, a uma reação química onde determinados materiais


reagem entre si desprendendo luz e calor.
Os elementos essenciais do fogo são:

Combustível + Oxigênio + Calor = FOGO

Estes elementos costumam representar-se num triângulo para mostrar que faltando
um deles, não existe fogo.
 Elementos Essenciais do Fogo

 Combustível:
É todo material que se queima. Este material pode estar no estado sólido,
liquido ou gasoso
Ex.: madeira, papel, álcool, gás de cozinha, acetileno, etc.

 Oxigênio:
É o ar que respiramos está presente em todos os tipos de combustão é o
chamado comburente.
É o elemento ativador do fogo, ou seja, que lhe dá vida e intensifica o fenômeno
da combustão.
 Calor:
É uma forma de energia, que provoca a propagação do fogo sem necessidade
do contato através das chamas.

Reação Química em Cadeia:


É a combinação dos Elementos em Condições Favoráveis e Ideais que
propiciam o Fogo.

 Pontos de Temperatura

Ponto de Fulgor :
É a temperatura mínima, no qual os corpos combustíveis
liberam vapores que incendeiam com uma fonte de calor.
Entretanto, a chama não se mantém devido a insuficiência
destes. É chamado Ponto de Lampejo.

Ponto de Combustão :
É a temperatura mínima, na qual os gases desprendidos dos
corpos combustíveis, ao entrarem em contato com uma
fonte de calor entram em combustão e continuam a queimar.

Ponto de Ignição :
É a temperatura mínima, na qual os gases desprendidos dos
combustíveis, entram em combustão apenas pelo contato
com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte
externa de calor.
 Propagação do Calor
Condução :
É o processo pelo qual, o calor se transmite
diretamente da matéria ou de molécula para molécula,
isto é, sem intervalos entre corpos.

 Irradiação :

É a forma de transmissão de calor por meio de


ondas caloríficas, irradiadas de corpos em chamas, e
que atravessam o ar. Este é irradiado através de
ondas, até encontrar obstáculos, quando então
começa a ser transmitido por condução.

 Convecção :
É o processo de transmissão de calor, que se faz
através da circulação de um meio transmissor, gás ou
líquido; através da massa de ar ou gases quentes que
se deslocam do local do fogo podendo provocar
incêndios em locais distantes do mesmo.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS


De acordo com a natureza do combustível, os incêndios são classificados em 4
classes: A, B, C e D.

Classe “A”
São incêndios verificados em madeira, tecidos, papel, plásticos, borracha e
outros materiais que deixam cinzas depois de queimados.
A extinção faz-se por resfriamento, com a eliminação ou redução do calor, onde
o agente extintor mais indicado é a Água.
Classe “B”
Fogos em líquidos inflamáveis, tais como: gasolina, toluol, xilol, álcool,
tintas, thinner, etc.
A extinção dar-se-á por Abafamento. Não pode ser utilizada a Água,
mas apenas as espumas e o Pó Químico Seco.

Classe “C”
É o fogo em aparelhos elétricos ou em instalações elétricas energizadas.
A extinção dar-se-á por Abafamento como na Classe B. Tem de ser utilizado um
produto que não seja condutor de eletricidade, isto é o Gás Carbônico e o Pó
Químico .

Não pode ser utilizada a Água ou Espuma porque são condutores de eletricidade.

Classe “D”
É o fogo em metais pirofóricos, tais como: magnésio, potássio,
zircônio, etc. Só podem ser extintos com materiais e métodos especiais,
que provocam o isolamento e impedem o contato com o ar.
 Métodos para a Extinção de Incêndios

Conhecido o Triângulo do Fogo, concluímos que para a sua extinção,


basta eliminarmos um de seus elementos.

Abafamento:

Consiste em reduzir a porcentagem de oxigênio abaixo do limite de


16%. Ao abafarmos, impedimos que oxigênio entre na reação.

Resfriamento:

É o segundo método básico de extinção de incêndios, que consiste


em diminuirmos a temperatura do local onde estiver ocorrendo o
incêndio. Seu agente universal é a ÁGUA.

Retirada do Material:

Retirada do material ou controle do combustível, é o método de


extinção de incêndio mais simples. Normalmente é executado
através da força física ou procedimentos mecânicos, visando
diminuir a quantidade de material combustível próximo da área
incendiada e que ainda não foi atingido pelas chamas.

Extinção Química:
Feita através de pós químicos especiais, que visam interromper a reação em
cadeia nos incêndios, principalmente em metais pirofóricos, exemplificados na
classe "D" de incêndio.
Tipo de Extintores

Extintor de Água
A água atua como agente extintor no processo de resfriamento.
Por esta ação, é a mais indicada para os incêndios da Classe A
Não é muito indicada em incêndios de Classe B, por
eventualmente, aumentar o volume do líquido em combustão. Na
Classe C é totalmente contra-indicada por ser condutora de
eletricidade e por em risco a vida do operador.

Modo de usar o Extintor de Água


 Retirar o pino de segurança
 Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do
fogo em movimentos alternados

Pó Químico Seco – PQS


O extintor de Pó Químico Seco, tem sua carga constituída, quase
que exclusivamente, de Bicarbonato de Sódio. O qual é tratado para
evitar umidade e empedrejamento, de tal forma que esse possa
circular livremente pelo interior do extintor.

A principal ação do Bicarbonato de Sódio no fogo é fazer, sobre a


chama uma nuvem de pó para isolar o Oxigênio.

A ação do extintor de Pó, demonstra maior eficiência que a do CO²,


pois sendo partículas sólidas, a nuvem se deposita com ação residual
e o fogo, antes de tornar a avivar-se, tem de queimar o Bicarbonato,
retardando o processo de reignição.
Modo de usar o extintor de Pó Químico Seco

Retirar o pino de segurança


Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do
fogo em movimentos alternados

Extintor de Gás Carbônico - CO²

O extintor de CO² extingue o fogo por abafamento. A rápida


expansão do CO² comprimido, abaixa sua temperatura e parte do gás
é solidificado em partículas (gelo seco). O CO² é um gás incolor e não
tóxico, mas se inalado em grande quantidade, pode causar asfixia.

O CO², não sendo condutor de eletricidade, é o mais indicado em


incêndios de Classe C.

Modo de usar o extintor de Gás Carbônico - CO²

Retirar o pino de segurança.


Empunhar a canopla e acionar o gatilho (intermitente), dirigindo o jato para a
base do fogo, em forma de varredura.
C2 - Noções Básicas de Primeiros Socorros

O objetivo básico de um primeiro socorro é evitar que ocorra um agravamento de lesão


sofrida pelo acidentado ou do mal que acometeu a vítima
O bom socorrista possui as seguintes características fundamentais que favorecem um
desempenho eficiente ao atendimento à vítima. São elas: conhecimentos teóricos e práticos
das técnicas socorristas, espírito de solidariedade humana, atitudes firmes e convictas e a
qualidade da improvisação.

A seguir, são relacionadas os principais tipos de lesão e circunstâncias que necessitam de


atendimentos básicos que devem ser adotados

Contusão

Definição: traumatismo causado por impacto de agente físico sobre tecido do corpo, sem que
haja rompimento do segmento cutâneo.
Procedimento: aplicar compressas d’água fria ou saco de gelo sobre a região contundida nas
primeiras 04 horas e, após este período, aplicar calor.

Escoriação

Definição: lesão das camadas superficiais da pele.


Procedimento: lavar a região lesada com água em abundância, secá-la com uma gaze ou
pano limpo sem esfregar e colocar um anti-séptico como mertiolate, mercúrio-cromo ou iodo.

Ferida

Definição: lesão na qual há rompimento de todas as camadas da pele, podendo ser causada
por objeto contuso, cortante ou perfurante.
Procedimento: contenção da hemorragia, retirada das vestes próximas ao ferimento, lavagem
e secagem da ferida, colocação de um anti-séptico e encaminhamento ao médico.

Queimadura

Definição: toda lesão, ocasionada no organismo humano, pela ação rápida ou prolongada do
calor, em todas as suas modalidades.
Procedimento: quando a superfície da pele queimada for de até 15% da área total do corpo,
lavar a região queimada com soro fisiológico ou água em abundância e aplicar vaselina
esterilizada. Se mais de 15% da área corporal for queimada, manter a vítima deitada e
agasalhada e buscar assistência médica imediatamente.

Hemorragia

Definição: é a saída de sangue para todos os tecidos vizinhos de um vaso sangüíneo que se
rompeu devido a um traumatismo ou em função de certas doenças.
Procedimento: quando o sangue sai por um ferimento ou por um orifício natural do corpo,
conter o sangramento por compressão da ferida ou tamponamento do orifício natural. Se a
compressão não for suficiente para conter a hemorragia, aplique garrote (ou torniquete). Nos
casos de hemorragia interna, manter a vítima deitada e procurar imediatamente um socorro
médico.

Fratura

Definição: é a ruptura total ou parcial de um elemento ósseo.


Procedimento: nas fraturas em membro superior ou inferior, imobilizar não só o foco da fratura,
mas também as articulações, anterior e posterior. Cuidados especiais devem ser adotados na
imobilização e no transporte de fraturados de coluna vertebral, de perna e de costela.
Entorse

Definição: movimento abrupto e forçado que causa um afastamento de ossos de uma


articulação além de sua amplitude normal, provocando estiramento e, às vezes, ruptura dos
ligamentos. Na entorse, após a movimentação, os ossos voltam para a sua posição normal na
articulação.
Procedimento: imobilizar a articulação lesada e adotar os mesmos procedimentos
recomendados no caso de contusões.

Luxação

Definição: ocorre em condições semelhantes à entorse, sendo que após o trauma, os ossos
integrantes da articulação não voltam para a sua posição normal, ficando acavalados.
Procedimento: os mesmos recomendados no caso de entorse. Não se deve tentar colocar na
posição normal os ossos acavalados.

Parada Respiratória

Definição: é a ausência de respiração pulmonar.


Procedimento: aplicar conjuntamente a respiração artificial, sendo o método boca-a-boca o
mais eficaz.

Parada Cardiorrespiratória

Definição: é a parada do funcionamento do coração e da respiração pulmonar.


Procedimento: aplicar conjuntamente a massagem cardíaca externa e a respiração boca-a-
boca.

Envenenamento

Definição: é a penetração no organismo humano de toda substância que, atuando química ou


biologicamente, lesa a integridade corporal ou a saúde do indivíduo ou lhe causa a morte.
Procedimento: dada a diversidade de circunstâncias consideradas, há diversos procedimentos
a serem adotados.

Vertigem

Definição: é a sensação em que a vítima parece girar em torno de objetos que a cercam ou
estes é que giram em torno dela, sempre no plano horizontal.
Procedimento: colocar a vítima deitada, com os olhos vendados, sem travesseiro, em
ambiente escuro e silenciosos e afrouxar as roupas.

Desmaio

Definição: é a perda momentânea de consciência.


Procedimento: deitar a vítima com a cabeça mais baixa que o corpo e, após o retorno da
mesma à consciência, dar café ou chá para beber.
Traumatismo no Globo Ocular

Definição: penetração de um objeto perfurante no olho.


Procedimento: não tente remover o objeto do olho, transportando a vítima mais rápida possível
para um hospital.

Corpo Estranho ao Conduto Auditivo Externo

Definição: é a colocação ou a penetração de objeto ou inseto no conduto auditivo externo.


Procedimento: se o corpo estranho for um inseto vivo, goteje álcool no conduto. Após esta
medida ou em caso de um objeto, procure um médico para a sua retirada.

Corpo Estranho no Nariz

Definição: é a colocação de objeto na cavidade nasal, geralmente por crianças ou adultos.


Procedimento: se o objeto permanecer na cavidade nasal, hão havendo obstrução do
processo respiratório, leve a vítima ao médico para retirada do corpo estranho. Caso caia na
garganta, inverta a criança ou coloque a vítima com a cabeça mais baixa que o tronco e bata
nas costas.

C3 - SÍNDROME DA IMUNO DEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – (AIDS)

O A B C DA AIDS

ANIMAIS
Os animais domésticos e outros com exceção dos antropóides, não podem ser contaminados
pelo vírus da SIDA. Está excluída a hipótese de transmissão por esta via.
ANTICORPOS
Os anticorpos encarregam-se da determinação dos vetores das doenças e, se possível, da sua
destruição no quadro do nosso sistema imunológico.
Infelizmente, os anticorpos anti-HIV não tem qualquer poder face ao vírus. Quando se efetua
um teste de rastreio dos anticorpos anti-HIV, a presença destes indica que a pessoa testada foi
contaminada, e é soropositiva.
AZT – Azidothymidina
Medicamento que impede a multiplicação do vírus permite prolongar a vida dos doentes de
SIDA e retardar o aparecimento de situações de doença declarada, nos indivíduos
soropositivos.
BEIJO DE AMOR Não há de fato perigo neste contato íntimo?
Se bem que se tenham encontrado vírus HIV na saliva, a sua quantidade é muito diminuta
para poder ser infectante. Mais recentemente descobriu-se que a mucosa da boca pode ser
contaminada com muita facilidade pelo HIV, pelo que é necessário redobrado cuidado com o
sexo oral, ou em beijar pessoas com feridas ou doenças hemorrágicas na boca.
BISSEXUAL – O Que significa?
Denominam-se bissexuais as pessoas que tem, regularmente relações sexuais com
pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto, relações homossexuais e heterossexuais
indistintamente.
CABELEIREIRO - Existe risco de contaminação?
Sim, se forem utilizados instrumentos cortantes ou perfurantes, tais como navalhas de barba,
lâminas, estiletes, e estes entrarem em contado com o sangue quer dos clientes quer do
profissional em questão. Os instrumentos utilizados devam ser sempre cuidadosamente
desinfetados após cada utilização. Os clientes devem exigir o cumprimento desta regra. A
desinfecção deve ser com álcool a 70% ou com lixívia.
COMPORTAMENTO – face aos soropositivos e doentes com AIDS,o que fazer?
Evitar as relações sexuais sem proteção e a troca de seringas. Os contactos sociais não são
perigosos. Dê provas de humanidade e de solidariedade. Todos precisamos uns dos outros:
Não recuse os contados pessoais que são muito importantes para o equilíbrio psicológico de
indivíduos infectados e de doentes.
Tocar. Os contatos normais (abraçar, acariciar, etc.) não devem ser modificados – agir como
sempre o fez dará ao doente a sensação de ser tratado com a necessária humanidade.
Telefonar com mais freqüência e fazer visitas levando amigos e conhecidos.
Apoiar, por exemplo, na correspondência; nas coisas a tratar com o médico, com o hospital
com serviços; nas aulas; no tratamento das crianças, etc.
Convidar para festas, exposições, cinema, teatro, concertos.
Apoiar a/o namorada/o, a fim de que se adaptem em relação à doença, falando disso com
naturalidade.
Levar prendas que demonstrem a amizade: livros, revistas, CD’s, DVD’s, etc.
Interessar-se pelo estado do doente, não se inibir de pedir noticias da sua saúde, o que pensa
das alterações que tem vindo a sofrer, etc.
Organizar uma excursão, uma visita ao médico, ou uma saída a qualquer sitio.

COMPORTAMENTO DE RISCO
A AIDS atinge uma extensa camada de população, nomeadamente as pessoas sexualmente
ativas, qualquer que seja a sua raça, sexo, e idade.
Há comportamentos que são particularmente de risco face à AIDS, mas que podem ser
diminuídos:
Os tóxicos dependentes (ver Drogas) têm comportamentos de risco pela troca de seringas
e agulhas e também muitas vezes pelo comportamento sexual.
Igualmente muito expostos estão os homens e adolescentes que têm relações
homossexuais.
Cada vez mais expostos, os homens e mulheres que mudam frequentemente de parceiros
ou que tem relações sexuais com parceiros de que desconhecem o comportamento sexual,
quando não usam preservativo ou outras formas de sexo sem segurança.

CRIANÇAS – Estão muito expostas?


Não, salvo as crianças nascidas de mães soropositivas e que foram contaminadas durante a
gravidez, na altura do parto ou mais raramente pelo leite materno.
Até hoje ainda não se constatou nenhum caso de contaminação devido a outras causas, em
crianças das escolas, dos internatos, dos jardins de infância.
Os contatos sociais habituais entre crianças e soropositivas não são perigosos.
Os hábitos dos adolescentes, tais como carícias, beijos, (ver Beijo de Amor), etc., não são
perigosos. Também não o são as carícias e toque dos órgãos genitais, desde que o líquido e as
secreções seminais e vaginais de soropositivos não entrem em contato com as mucosas ou
lesões da pele da pessoa não contaminada.
CURA – A AIDS tem cura?
A AIDS caracteriza-se por uma quebra do sistema imunológico do organismo. Por este fato, as
infecções de ordem geral não podem ser combatidas eficazmente. Daí o perigo de morte, quando
a doença se declara.
Atualmente, a cura não é possível. A única medida situa-se presentemente na prevenção.

DÁDIVA DE SANGUE – É perigoso?


Não, em caso algum. As colheitas de sangue são efetuadas por pessoal médico, com material
cuidadosamente esterilizado e/ou descartável.
Não se deve dar sangue senão quando se está de perfeita saúde e quando não se sofre de
hepatite nem de infecção grave. Quem pensa pode ser soropositivo, ou quem tenha
comportamentos de risco, não deverá, e caso algum, dar sangue.
Dar sangue, com o objetivo de obter gratuitamente um teste de anticorpos anti-HIV, põe a vida
dos outros em perigo. Neste caso, deve-se consultar um serviço especializado para obter a
análise.

DDI – DINANOSINA
É o segundo medicamento aprovado para tratamento do AIDS. Parece ter sido bem sucedido
em alguns casos de resistência ao AZT.

DISCRIMINAÇÃO – Porque?
A SIDA é ainda uma doença recente, grave e mortal. É uma doença diferente das outras, pois
atinge, sobretudo jovens, adultos e pessoas com comportamento que a sociedade rejeita.
Algumas pessoas pensam que se devem evitar os portadores do vírus, como aconteceu, em
plena Idade Média, com as vítimas da peste e outras epidemias. Mas o caso da AIDS é muito
diferente. Os contatos sociais com pessoas infectadas não apresentam qualquer perigo. Trata-se
apenas de evitar as relações sexuais sem proteção e a troca de seringas já utilizadas.
O isolamento das pessoas ou a aplicação de medidas discriminatórias não seria solução para
o problema da AIDS, bem pelo contrário.

DROGAS – Por que é que os tóxico-dependentes são tão ameaçados pela AIDS?
Aspiração de sangue.
A razão principal é que eles tem o costume de trocar ou de emprestarem os utensílios,
nomeadamente as seringas e as agulhas.
Os tóxico-dependentes utilizam a seringa para injeções intravenosas. Após a injeção,
aspiram sangue para a seringa, a fim de extraírem restos de droga. Depois voltam a injetar esse
sangue.

Troca de agulhas sujas: perigo de morte!


Quem empresta ou utiliza uma seringa não esterilizada corre perigo de morte. O resíduo de
sangue presente na agulha é suficiente para infectar um novo utilizador.

Riscos acumulados: droga e prostituição


Numerosos tóxico-dependentes estão duplamente em perigo porque, por um lado, utilizam
seringas sujas que podem infectá-los, e por outro tem relações sexuais com diversos parceiros.
Muitos tóxico-dependentes, de ambos os sexos, enveredam pela prostituição a fim de obterem o
dinheiro necessário à aquisição de droga. Conseqüentemente, trocam de parceiro com
freqüência. Os clientes têm o hábito irresponsável de exigir uma relação não protegida e não
querem utilizar preservativos. Por esse fato, não só corre grande risco como igualmente expões o
parceiro ao risco.
Primeiro contato com a droga. Atenção aos locais de convívio.
Onde quer que os jovens se encontrem aí estão os vendedores de droga. Constantemente
na procura de novos clientes e de maiores fornecimentos, oferecem facilmente a primeira dose
aos jovens curiosos, só para experimentar. Os jovens, ao aceitarem, não só correm o perigo de
virem a tornar-se dependentes, como também, pelo fato de lhes ser emprestado uma seringa,
corre perigo de se infectarem com o vírus da AIDS.
Assim, os jovens adolescentes devem estar de sobreaviso: uma única experiência pode ser fatal.

ESPERMICIDA – É importante usar?


O espermicida torna os espermatozóides inativos pelo que é usado como método
anticoncepcional. Relativamente à AIDS, alguns espermicidas inativa o vírus HIV em estudos
laboratoriais. É aconselhado o seu uso sobre o pênis ou sobre o preservativo, quando este não
é lubrificado de origem.

ESPIRROS – Há perigo de contaminação pela AIDS?


Não. O vírus da AIDS pode estar presente na saliva e nas lagrimas, mas em quantidades tão
ínfimas que não há contaminação.

ESTETICISTA - ( ver Cabeleireiro)

EXPANSÃO – Qual é a atual dimensão e onde começou?


A AIDS tem uma história recente e, todavia já dramática à escala mundial.
1981 - Os primeiros casos de AIDS são recenseados nos EUA.
1983 - Descoberta do vírus da AIDS.
1985 - Estabelecimento do teste de anticorpos anti-HIV.
1987 - Segundo as estimativas, mais de 50.000 mortos de AIDS no mundo, mais de
100.000 doentes e cerca de 5 a 10 milhões de soropositivos.
1991 - Dez anos após a descoberta da AIDS, estimam-se, a nível mundial, 50 a 100
milhões de soropositivos e alguns milhões de doentes de AIDS.
1993 - O número de doentes continua a aumentar. Portugal registrou, até Dezembro desse
ano, e desde o início da epidemia, 1641 casos. Encontrava-se em 10° lugar a nível europeu.

FELÁCIO – O que é exatamente?


A palavra designa uma prática sexual, durante a qual os órgãos genitais masculinos estão
em contato com a boca da parceira/o.
O risco de contaminação existe, sobretudo se o esperma entrar na boca e houver feridas ou
soluções de continuidade.
A prática sexual em que o parceiro toca com a boca ou língua os órgãos genitais da
parceira, corre menos risco e chama-se cunilingus.

FERIMENTOS – É perigoso ajudar um ferido?


Não, desde que se observem as regras elementares de higiene. Uma pessoa ferida,
sobretudo se sangra abundantemente, deve ser assistida com os necessários cuidados.
Os profissionais de saúde devem observar as habituais regras de precaução genéticas para
quem trabalha com doentes e com líquidos orgânicos.

GRAVIDEZ – Por que é que o feto pode vir a ser infectado pelo vírus da AIDS?
Apenas é possível se a mãe já for soropositivo quando da gravidez, ou se foi contaminada
nesse período. A transmissão à criança pode surgir durante a gravidez, no momento do parto e,
eventualmente, na altura da amamentação. As crianças filhas de mães soropositivos podem vir a
ter AIDS em 25 % dos casos.
HETEROSSEXUAL
O termo designa uma pessoa que tem relações sexuais exclusivamente com o sexo oposto
(homem/mulher).

HOMOSSEXUAL
Chama-se homossexualidade ao amor entre parceiros do mesmo sexo. As suas atividades
sexuais centram-se numa pessoa do mesmo sexo.
Existem também pessoas que integram em si as duas tendências: homossexuais, ou seja,
fixadas no seu próprio sexo, e heterossexuais, fixadas no sexo oposto. Diz-se destas pessoas que
são bissexuais. Muitas vezes, são pessoas casadas, tem filhos, mas mantêm uma relação
amorosa com uma pessoa do mesmo sexo.

Por que é que há tantos homossexuais com AIDS?


Algumas das suas práticas sexuais aumentam os riscos. É o caso, por exemplo, da sodomia,
em que se introduz o pênis no ânus. O reto não é apropriado para receber um membro em
ereção, pois que, ao contrário da vagina, não é lubrificado por secreções. Acresce ainda referir
que as paredes da vagina são muito mais espessas.
Se o vírus da AIDS, veiculado pelo esperma, penetrar no reto poderá vir a infiltrar-se
facilmente atravessando a mucosa através de ferimentos ínfimos e penetrar assim no sistema
sanguíneo do parceiro não contaminado.
As mucosas das paredes do intestino absorvem as substâncias muito rapidamente. É por
isso que, sempre que os médicos querem agir com rapidez, administram substâncias sob a forma
de supositórios.
A prática de relações anais de um homem com uma mulher também é mais perigosa, em
termos de propagação do vírus da SIDA do que a relação coital.

INFECÇÃO – Como se processa?


O vírus da AIDS transmite-se, sobretudo por: relações heterossexuais e homossexuais; troca
de seringas e agulhas entre tóxico-dependentes; através de mãe soropositiva, no decurso da
gravidez ou no momento do parto.
Há ainda outros perigos de contaminação, se bem que mais raros: por meio de sangue ou de
produtos sanguíneos, quando de transfusões, através da dádiva de sangue ou de esperma (cada
doador deve ser testado); por uso de objetos cortantes contaminados; pelo leite materno.

INFECÇÃO OPORTUNISTA – O que é exatamente?


São doenças infecciosas, que raramente surgem numa pessoa que tenha o seu sistema
imunológico intacto. Para o médico, são um sinal de que poderá estar perante um caso de AIDS
(mas não necessariamente).

JOVENS – Por que é que a juventude é particularmente vulnerável?


Porque: As pessoas sexualmente ativas, que tem relações sexuais espontâneas e apreciam
as freqüentes mudanças de parceiros, são as mais vulneráveis, a menos que procurem manter
relações sexuais protegidas a partir do inicio da relação, ou se mantenham fiéis a um só parceiro.
Entre jovens as experiências sexuais são um desafio. Ass drogas intravenosas são, sobretudo
utilizadas pelos jovens.
Portanto: Evitar totalmente as drogas e, acima de tudo, não trocar seringas e agulhas. Usar
sempre preservativo de forma correta.
LINFÓCITOS
Os linfócitos são glóbulos brancos que desempenham um papel importante no nosso
sistema imunológico. O vírus da SIDA não ataca uma célula qualquer, visa os linfócitos T helper,
peça fundamental do nosso sistema imunológico.
O objetivo deste sistema é identificar, localizar e destruir todos os intrusos quer estes sejam
substâncias, quer sejam organismos tais como bactérias, parasitas, fungos, vírus, permitindo
assim evitar as doenças ou favorecer a sua cura.
Uma pessoa atingida pela SIDA, ou no seu último estágio, é vulnerável a toda espécie de
doenças provocadas pelo próprio vírus, que tem uma característica particularmente maléfica:
obriga as células contaminadas a produzirem inúmeras cópias do vírus, que, contaminando
outros linfócitos T helper, os vão paralisar. É a destruição do sistema imunológico.

MANICURE (ver Cabeleireiro)

MENINGITE
A meningite declara-se freqüentemente nos doentes de SIDA. É uma infecção oportunista.

MOSQUITOS – Se os mosquitos picarem um soropositivo, podem vir a infectar uma pessoa não
contaminada?
Não! A melhor prova é-nos dada pelos Estados Africanos. Nestas populações a
contaminação pela AIDS é freqüente, sobretudo em bêbes (contagiados pela mãe), e em jovens
a partir dos 14 anos (relações sexuais e droga). A faixa etária dos 6 aos 13 não é atingida. Os
únicos casos de contágio, neste grupo, são devidos a transfusões sanguíneas.
Se os mosquitos tivessem capacidades de transmitir o vírus da SIDA, dada sua presença
constante nesses países, a epidemia seria ainda mais grave e atingiria todas as idades.

NAMORADA/O
Os casais que vivem uma relação durável e estável, que são fiéis entre si e não se drogam,
estão perfeitamente protegidos contra os riscos de contaminação pelo HIV.
Pelo contrário, se um dos parceiros teve contactos sexuais, fora desta relação, deste 1979
até aos dias de hoje, ou se um deles consumiu drogas, ambos os parceiros correm perigo. Isto
é válido tanto para os heterossexuais (mulher/homem), como para os casais homossexuais.
Mencionemos ainda a existência de hemofílicos que foram contaminados pelo vírus, por via
de produtos sanguíneos. Nestes casais há também risco de contaminação.
Em todos os casos, bastará recorrer a métodos de proteção (preservativo), quando houver
ralações sexuais, até que haja a certeza de que nenhum dos parceiros foi contagiado (fazendo
testes).

PNEUMONIA – É um sintoma de AIDS?


Uma forma particular de pneumonia faz parte da AIDS declarada, mas uma pneumonia
pode ter outras causas. A pneumonia por Pneumocystis carinil é uma das infecções oportunistas
nos doentes de AIDS.
PRESERVATIVO
Os preservativos de boa qualidade constituem uma barreira não ultrapassável pelo vírus da
SIDA. Esta afirmação baseia-se em resultados inequívocos, obtidos em laboratório. A explicação é
simples: as moléculas de água são muito mais pequenas do que o vírus. Ora, os preservativos de
boa qualidade são impermeáveis à água, logo são impermeáveis aos vírus da SIDA e ao esperma.
A objeção de que o preservativo constitui um método de contracepção pouco seguro não é válida,
desde que seja corretamente utilizado.
Os preservativos controlados de maneira competente, são perfeitamente seguros, a não ser
que se verifiquem erros na sua manipulação, ou sejam utilizados após o seu prazo de validade.
Mas, como em todas as coisas, a segurança absoluta não existe.

Erros de manipulação mais freqüentes:


. O preservativo pode ser danificado ao retirar-se do invólucro, ou por se esticar
demasiadamente no pênis em ereção. Atenção à unhas pontiagudas e longas, aos anéis, etc.;
. O preservativo não foi colocado corretamente ou não foi completamente desenrolado em
todo o comprimento;
O preservativo foi colocado demasiadamente tarde, ou o pênis não foi retirado imediatamente
após a relação sexual, o que possibilitou que o esperma entrasse em contato com a vagina.

Recomendações:
. Utilize apenas preservativos de marcas controladas.
. Verifique se a embalagem fechada apresenta ainda uma bolha de ar. Se não, deixe fora ou
devolva.
. Leia as instruções sobre o modo de utilização correta do preservativo.
. Não use vaselina ou cremes para lubrificar, porque esses produtos atacam o látex e
destroem o preservativo. Use só geléias à base de água.

PRESERVATIVO FEMININO – É eficaz?


O seu uso não é fácil nem muito prático, mas devidamente utilizado é bastante eficaz.
É o único método de proteção que pode ser utilizado por iniciativa das mulheres.

PROSTITUTA/O
Mulher ou homem que aceita ter relações sexuais por dinheiro, “a mais velha profissão do
mundo”, apresenta cada vez mais perigo de contaminação, desde que as relações não sejam
protegidas por preservativo.
Estas pessoas e os seus clientes estão expostos a um perigo gravíssimo, porque tem um
elevado número de parceiros. A freqüência com que essas pessoas tem outras doenças
sexualmente transmitidas favorece o contágio pelo vírus HIV.

PROSTITUIÇÃO DE TÓXICODEPENDENTES
Os tóxico-dependentes de ambos os sexos prostituem-se freqüentemente porque precisam de
elevadas somas para adquirirem droga.
Por isso, menores de ambos os sexos praticam prostituição mais barata, com vista à obtenção
certa de dinheiro.

RELAÇÕES SEXUAIS – Como evitar ou diminuir o risco?


A fidelidade é ainda a melhor garantia. Não tendo a certeza sobre se o parceiro é ou não
soropositivo, utilize sempre preservativo nas relações sexuais.
Existem outras regras fundamentais que permitem reduzir os riscos de contaminação:
. Quem não tiver a certeza sobre o comportamento do parceiro, deverá evitar todo o contato
de líquido seminal com a boca.
. É necessário prudência ou evitar as práticas sexuais conducentes a ocasionar minúsculos
ferimentos nas mucosas do reto, da vagina ou do pênis (introdução de dedos, unhas pontiagudas
ou outros objetos, na vagina ou no reto), porque os vírus eventualmente presentes poderão
penetrar diretamente na via sanguínea, através destes minúsculos ferimentos.
. Costuma dizer-se: “uma vez não são vezes”, mas neste contexto este provérbio, não tem
sentido. Todos os jovens devem saber que uma relação sexual é suficiente para se poder
engravidar ou para se apanhar uma doença. Por isso, deverão recusar qualquer relação sexual
espontânea com um parceiro desconhecido e, sobretudo não tomar drogas.
. Também deverá ser evitada a prática da sodomia, porque neste caso o perigo de contágio é
particularmente elevado. Existem preservativos próprios para a prática da sodomia, mas a sua
proteção não é total.
. Evitar completamente as relações sexuais sem proteção, com prostitutas/os.
. A continência e a fidelidade são certamente o melhor meio de proteção contra a AIDS. Em
caso de dúvida, utilizar sempre um preservativo, desde o inicio até ao fim da relação, e coloca-lo
corretamente.

RETROVÍRUS
São vírus capazes de transformar o seu patrimônio genético, o ARN (ácido ribonucléico) em
ADN (ácido desoxirribonucléico), presente nas células contaminadas. No momento da
multiplicação e da renovação das células, este patrimônio genético é retransmitido.

SARCOMA DE KAPOSI
Cancro da pele e mucosas surge freqüentemente na AIDS declarada. Antes da ocasião da
AIDS, era uma doença rara que afetava, sobretudo os idosos.

SERINGA – Qual é o perigo de as trocar?


Entre tóxico-dependentes há o costume de trocar seringas. Se um soropositivo faz parte do
círculo, o perigo de contágio para os utilizadores seguintes é muito grande, porque os tóxico-
dependentes tem o costume de molhar a seringa com o seu sangue. Depois de terem injetado a
droga na veia, aspiram sangue na seringa para diluir os restos de droga e voltam a injeta-lo.
Em conclusão: Diga não a uma seringa em 2ª mão. Nas farmácias trocam-se seringas usadas
por seringas novas.

SOROPOSITIVO(A) – Que fazer?


Soropositivo = contaminado pelo vírus da AIDS.
A certeza de que se é soropositivo constitui, como é evidente, um pesado fardo psíquico para
qualquer pessoa. As relações com a família, com os amigos, ou seja, a aceitação plena de alguém
que é soropositivo, é de uma enorme importância. Podem decorrer anos antes do aparecimento da
doença. Uma pessoa contaminada deve considerar a possibilidade de adoecer de AIDS e até
mesmo morrer prematuramente. Mas a questão que se põe é a de saber como se comportar num
caso destes.
As pessoas soropositivas devem usar todos os meios para que o vírus não contamine as
pessoas sãs. Assim devem:
. Utilizar sempre e de forma correta o preservativo, do princípio ao fim das relações sexuais.
. Não doar sangue, nem esperma, nem órgãos.
. Não consumir drogas e, sobretudo não trocar de seringa ou outros utensílios cortantes ou
perfurantes.
. As mulheres soropositivas devem evitar, por todos os meios, uma gravidez.
. O aparecimento da doença pode certamente ser retardado, por meio da medicação mais
recente, de um comportamento correto e de uma vida saudável:
. Proteger–se de uma nova contaminação.
. Cumprir a medicação, por vezes algo complexo de tomar.
. Fazer desporto, dormir o tempo suficiente, comer regular e racionalmente, limitar o
consumo de tabaco e de álcool.
. Consultar o médico quando em presença de sintomas, tais como diarréia, inflamação dos
gânglios, alterações cutâneas, febre, tosse.

SEXO COM SEGURANÇA – O que é?


O termo designa os comportamentos sexuais que pretendem evitar o risco da contaminação
pelo vírus da AIDS:
. Fidelidade absoluta; relações sexuais sempre com uso correto do preservativo; total
inexistência de práticas sexuais de risco.
. Sexo seguro significa também regresso à ternura, a descoberta do amor e das formas de o
manifestar, que não se traduzem apenas no coito e no orgasmo.
. Sexo com segurança pode pressupor mudanças de comportamento, tais como:
. Acabar com as freqüentes mudanças de parceiro;
. Evitar que o esperma e o sangue contatem entre si,
. Jamais ter relações sexuais sem proteção e assegurar-se contra os riscos de
ferimentos (uso de espermicida).
SIDA
A palavra SIDA significa “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, isto é, perda adquirida
das defesas imunológicas.

SINTOMAS DA DOENÇA - Como reconhece-los?


Os sintomas mais freqüentes de uma doença provocada pelo vírus da AIDS (mas que
podem igualmente surgir numa infecção ou doença benignas) são os seguintes:
. Gânglios inflamados em diferentes partes o corpo, mas sobre tudo no pescoço e nas
axilas;
. Grande lassidão, que pode durar semanas, e sem razão aparente;
. Perda inexplicável de peso (superiora 4, 5/Kg em 2 meses);
. Febre e transpiração noturna durante semanas;
. Diarréia permanente, sem razão aparente;
. Perturbações respiratórias permanentes e tosse seca;
. Doenças de pele, súbito aparecimento de manchas vermelhas e purpúreas na pele, na
boca ou nas pálpebras;
. Fungos na boca.

SISTEMA DE DEFESA – Como funciona? Que relação tem com a AIDS?


O sistema de defesa imunológico, no qual os glóbulos brancos desempenham um papel muito
importante, tem como função identificar, atacar e destruir todos os intrusos (vírus, bactérias,
parasitas, fungos..) que permanentemente ameaçam o nosso organismo e a nossa saúde.
Normalmente o nosso sistema imunológico produz. Com bastante rapidez, os anticorpos
necessários à proteção do organismo contra as infecções.
E assim acontece, nomeadamente no caso de infecção pelo HIV. Mas, fato surpreendente, os
Anticorpos praticamente nada podem fazer contra o vírus da SIDA e não tem capacidade para o
destruir. Esta particularidade constitui uma das razões para a dificuldade sentida pelos cientistas
na descoberta de uma vacina eficaz contra a SIDA. Tal fato deve-se à identificação do vírus com
a estrutura dos linfócitos.
SODOMIA – Porque é tão perigosa?
No caso de sodomia, o pênis é introduzido no ânus. Ao contrário da vagina, cujas paredes
são espessas, não se encontram no reto substâncias lubrificantes passíveis de favorecer a
penetração. Donde, o aparecimento de feridas através das quais o vírus penetra no sangue (ver
também Homossexualidade).

TOSSE (ver Espirros)

TESTE HIV
O teste dos anticorpos anti-HIV (a que também se chama incorretamente teste da AIDS)
não diz se o organismo foi atingido ou não pelo AIDS, mas apenas revela a presença de
anticorpos anti-HIV no organismo.
O teste permite detectar as imunoglobulinas e anticorpos que provam que a pessoa foi
contaminada pelo vírus. Os anticorpos revelam a existência da contaminação, mas não
protegem contra a doença.
Um resultado negativo significa:
Que o sangue da pessoa testada não apresenta anticorpos anti HIV. Isso significa que
cerca de 12 semanas antes da colheita, esta pessoa não tinha sido ainda contaminada pelo
vírus da AIDS. Todavia, pode ter havido entretanto contaminação, porque os anticorpos só
surgem entre as 6ª e 12ª semanas depois da contaminação (é o chamada período de janela).
Um resultado mais ou menos seguro só pode ser obtido após a 12ª semana seguinte à
última situação de risco.
Um resultado positivo significa:
Que se detectou a presença de anticorpos anti-HIV no sangue da pessoa testada o que
permite concluir ter havido contaminação pelo vírus da AIDS. Mas, de acordo com o estado atual
dos conhecimentos, tal não significa que um soropositivo vá desenvolver necessariamente a
AIDS. Todavia, ficará contaminado durante toda a vida e pode transmitir o vírus, porque o
sangue e o esperma, ou as secreções vaginais, contem vírus HIV e/ou linfócitos contaminados.
Antes de submeter ao teste, deveria colocar-se a seguinte questão: “Como vou ultrapassar
a incerteza até à obtenção do resultado?” e “como vou reagir se for soropositivo?” e ainda
“quem me vai ajudar”?
Antes da decisão será conveniente consultar um médico ou um psicólogo.
O teste pode, de fato, acabar com a angústia, mas também pode trazer um pesado fardo
psíquico. Daí que só deveria submeter-se ao teste quem pensa ter estado numa real situação de
risco, pelo menos 12 semanas antes. Neste caso, será melhor informar o/a parceiro/a e ambos
fazerem o teste. Nas grávidas o teste é aconselhável quando se conhecem situações de risco
antes ou durante a gravidez.
Onde se pode fazer o teste?
Qualquer médico pode colher alguns centímetros cúbicos de sangue e remete-los a um
laboratório especializado. Os laboratórios distritais de saúde pública e de alguns hospitais estão
capacitados para fazer o teste Elisa e encarregam-se do encaminhamento necessário à
execução do teste de confirmação (Wester-Blot), o qual deve ser efetuado sempre que o teste
Elisa dê um resultado positivo.

TRANSFUSÃO SANGUÍNEA – É perigosa?


O vírus da SIDA é essencialmente transmitido por via sanguínea (e pelo esperma / líquido
seminal). Se o sangue estiver contaminado pelo vírus, e se for usado em transfusão sanguínea,
pode provocar nova contaminação.
Foi problemática antes da implementação do teste de rastreio dos anticorpos, mas hoje as
reservas de sangue são sistematicamente controlados.
Para mais informação, consulte a página do Doador de sangue.
VACINA – Não existe nenhuma vacina contra a AIDS?
Atualmente não há nem medicamentos, nem vacina que permitam prevenir a AIDS. Todavia
é possível travar a sua expansão. Cada pessoa tem o dever de se informar sobre a AIDS e de
tomar as precauções necessárias, ou seja, modificar o seu comportamento, quando necessário.

VIA ENDOVENOSA
É a via usada para as drogas tais como a heroína e o craque. Essa a razão de os tóxico-
dependentes estarem expostos a um maior risco de contrair a AIDS.

HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana


Designação atual do vírus da AIDS. Há dois tipos de vírus:
HIV-1 e HIV-2, sendo este mais freqüente nos africanos ou em pessoas que residiram na
África.
VÍRUS
Um vírus não é um organismo completo. A palavra vírus significa veneno em latim.
É tão pequeno que não se consegue ver ao microscópio normal. O vírus é muito pequeno
que uma bactéria. Não é um ser vivo dotado de metabolismo e de movimento próprio. Não pode
nem se deslocar, nem saltar. De fato, é uma grande molécula de proteína que depende
totalmente de uma célula viva.
O vírus instala-se numa célula, e no caso da AIDS, num linfócito T – helper. Pode aí
permanecer durante anos. A pessoa contaminada sente-se bem, pode trabalhar, viver e amar
normalmente, mas permanece soropositiva e, portanto, pode transmitir o vírus sem saber. E,
sobretudo, será soropositiva para toda a vida.
Há outros casos de transmissão do vírus:
Através de transfusões sanguíneas e do leite materno. A contaminação pode também
verificar-se na altura de uma inseminação artificial com esperma infectado, ou quando do
transplante de órgão ou de tecidos provenientes de um doador contaminado.
Não se pode eliminar o vírus, como sucede com outros?
Atualmente não há nem vacina, nem medicamentos eficazes. Quem contraiu o vírus fica
contaminado para o resto dos seus dias. A utilização de AZT, e mais recentemente de cocktails
medicamentosos, nos soropositivos tem permitido alargar o período de ausência de sintomas ou
de infecções oportunistas, mas não altera a situação desse indivíduo face à infecção pelo HIV.
Também se sabe existirem pessoas que, naturalmente, são resistentes à infecção pelo HIV.
É o caso estudado de prostitutas e prostitutos que, apesar de múltiplas relações não protegidas
com indivíduos que se veio a saber serem portadores da AIDS, nunca contraíram a doença.
Pensa-se que tal se deve às características genéticas e específicas do seu sistema
imunológico. Estes casos estão atualmente a ser objeto de estudo, a fim de se poder determinar
qual a particularidade que aí existe, e assim, conseguir compreender melhor o mecanismo de
infecção e defesa contra o vírus.

Comportamento de Maior Risco

 Homossexuais e bissexuais
 Toxicômanos
 Hemofílicos (Fator III)
 Receptores de sangue
 Pessoa com vários parceiros ou parceiros ocasionais
 Parceiros de indivíduos considerados em risco
 Recém nascidos de mães soropositivas
 Viciados em drogas injetáveis
O que acontece quando o vírus da AIDS entra no organismo ?
Quando um indivíduo se infecta com o vírus HIV, não é possível fazer-se uma previsão do
que vai acontecer.
Após a entrada do vírus na circulação, o organismo passa a produzir anticorpos contra o
HIV e o indivíduo torna-se soropositivo. Embora a maioria das pessoas soropositivas não
apresente nenhum sintoma, elas são capazes de transmitir o vírus.
Não se sabe ao certo por quanto tempo pode persistir esse contágio assintomático, mas
sabe-se que um bom número de indivíduos soropositivos podem levar de dias até anos para
apresentar os primeiros sintomas.

Como inativar o vírus da AIDS


Fora do organismo a destruição do vírus da AIDS é relativamente fácil. O material
utilizado por médicos, dentistas, manicures e barbeiros pode ser tratado por uma das seguintes
formas de destruição:
 Deixar de molho durante 30 minutos em hipoclorito de cálcio (água sanitária, vendida
com o nome de cândida, e outros), diluído em 5 partes de água;
 Deixar de molho no etanol (álcool) a 70%, por 30 minutos;
 Ferver durante 30 minutos.
Quando uma pessoa se fere e sangra, é importante que ela mesma limpe e desinfete os
locais onde o sangue caiu, com água sanitária diluída em 5 partes, por exemplo. As roupas
sujas de sangue devem ser fervidas ou deixadas de molho em hipoclorito de sódio diluído em 5
partes de água, por 30 minutos.

D – Programa de CIPA
Objetivos :

Plano de Ação

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