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 Desinteligência generalizada

Jornalismo que se deixa submeter à balbúrdia irracional das redes sociais não cumpre sua função, que é a de dar aos cidadãos
condições de refletir

 Notas & Informações, O Estado de S.Paulo SIGA O ESTADÃO
17 de junho de 2019 | 03h00

Não são apenas os devotos das seitas extremistas, à esquerda e à direita, que limitam sua
visão de mundo às mentiras, distorções e meias-verdades cínicas que leem nas redes
sociais. A histeria irresponsável parece ter capturado também aqueles dos quais se
esperam equilíbrio e sobriedade na formação de opinião pública.

Quase todos aparentemente estão se deixando pautar pela gritaria que tão bem notabiliza
essa forma de comunicação instantânea, que na prática dispensa a reflexão. Nas redes,
mesmo bem preparados formadores de opinião vêm tomando como expressão da
verdade tudo aquilo que para eles faz sentido, sem se perguntarem se, afinal, aquilo que
se informa é um fato ou uma rematada mentira.

A verdade, portanto, vem perdendo importância até para quem vive dela. Um exemplo é
a imprensa, que não raro repercute de maneira irrefletida os debates produzidos a partir
de informações distorcidas ou simplesmente falsas. É natural que, algumas vezes, as
publicações, no afã de registrar tudo o que pareça ter caráter noticioso, acabem por dar
guarida a versões dos fatos que, com o tempo, se provam mentirosas.

O que tem acontecido, porém, é que os fatos se tornaram quase irreconhecíveis ante as
certezas ideológicas alimentadas pela acachapante onipresença das redes sociais na vida
de quase todos os brasileiros. Num cenário desses, todo aquele que ousar questionar as
convicções cristalizadas de parte a parte, mesmo munido de fatos incontestáveis e de
argumentos racionais – ou até por causa disso –, será tratado como um ser exótico, uma
espécie de rebelde deslocado no mundo dos que, orgulhosamente, se julgam do “lado
certo”.

Assim, a influência das redes sociais, que é inegavelmente grande, tornou-se uma
explicação mágica para tudo – e para muita gente supostamente bem pensante nada do Cupons Estadão PUBLICIDADE

que acontece fora delas parece ter valor. Baseando-se mais em palpite do que em
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elementos concretos, muitos atribuem, por exemplo, a surpreendente eleição do Todos os Cupons Dafiti nesse link

presidente Jair Bolsonaro ao seu domínio dessas redes, nas quais teria construído sua Cupom Kanui 2019
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candidatura muito antes de a campanha começar. Também se creditam às redes sociais
as mobilizações contra o governo da presidente Dilma Rousseff, que acabaram Cupom Gearbest em 2019
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resultando em seu impeachment. Com toda essa suposta capacidade, quase sobrenatural, Gearbest

de entronizar e decapitar reis, as redes sociais tornaram-se uma espécie de fetiche dos
formadores de opinião, que há algum tempo veem nelas a grande arena onde se disputa o
poder de determinar o que é a verdade.

As redes sociais, até onde é possível concluir, são o lugar onde narrativas se chocam não
em busca do esclarecimento, como acontece em sociedades maduras, mas para fazer
triunfar a mistificação que favoreça este ou aquele ponto de vista, e onde o consenso só
ocorre entre os que já estão de acordo entre si, por razões ideológicas.

É claro que nada do que deriva desse ambiente de franca hostilidade pode ser tomado
como base para orientar políticas públicas e muito menos para consolidar as opiniões a
partir das quais a sociedade se posiciona acerca dos grandes problemas nacionais. Ao
contrário, o debate nacional naturalmente descamba para o terreno da ficção, quando
não para o da mais vulgar briga de rua, na qual tem razão aquele que termina a refrega
em pé.

No livro O Jornalismo como Gênero Literário, Alceu Amoroso Lima diz que o jornalismo,
sempre que “envenena a opinião pública, fanatiza-a ou a informa mal, está falhando à sua
finalidade”. O autor, que escreveu em 1958, decerto não imaginava a revolução da
comunicação digital que ora se atravessa, mas o princípio ali exposto está mais atual do
que nunca.

O jornalismo que se deixa submeter à balbúrdia irracional das redes sociais não cumpre
sua função, que é a de dar aos cidadãos condições de refletir de maneira efetiva sobre o
mundo que os cerca e sobre os problemas que os afetam. Ao contrário, os formadores de
opinião que tomam como legítima e digna de consideração a gritaria dos fanáticos,
conferindo-lhe ares de autenticidade, estimulam a consolidação do facciosismo que, no
limite, inviabiliza os consensos, sem os quais a democracia simplesmente não se realiza.

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O novo rito para as MPs

Medida Provisória deve ser proposta apenas em caso de 'relevância' e 'urgência'

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo SIGA O ESTADÃO
 17 de junho de 2019 | 03h00

Por unanimidade, o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)


91/2019, que modifica o rito de tramitação de Medidas Provisórias (MPs). “A decisão Cupons Estadão PUBLICIDADE

ficará na história do Senado. Agradeço o apoio incondicional de todos os senadores e


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senadoras que ajudaram a construir a interlocução e o diálogo com o presidente da Todos os Cupons Dafiti nesse link

Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para a aprovação desta emenda importantíssima”,
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disse o presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). A PEC vai à
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O entusiasmo do senador Alcolumbre é compreensível. A Casa que preside, no que


concerne à análise das MPs enviadas ao Congresso pela Presidência da República,
funciona como câmara revisora. E com frequência muito acima do que seria razoável, o
trabalho do Senado é bastante prejudicado pela demora na tramitação das medidas
provisórias na Câmara. Na prática, os senadores têm poucos dias, às vezes poucas horas,
para analisar e votar uma MP antes que expire seu prazo de validade.

Foi o que ocorreu no dia 3 deste mês, quando o Senado precisou realizar sessão
extraordinária para votar as MPs 871 e 872, que tratam, respectivamente, do combate às
fraudes no INSS e do processo de gratificação de servidores da Advocacia-Geral da
União. Ambas as medidas perderiam validade no dia seguinte não fosse o esforço
concentrado dos senadores. Evidente que não se pode esperar uma análise – mesmo que
seja uma revisão – bem feita de uma MP sob tamanha pressão do tempo. Ser uma câmara
revisora é uma coisa, fazer do Senado um mero carimbador do que vem da Câmara é
outra. É amesquinhar seu vital papel na República.

Pelo novo dispositivo, uma MP deverá ser apreciada em até 40 dias pela Comissão Mista.
Mesmo que não seja, seguirá sem parecer para a Câmara. Esta terá 40 dias para analisar
e votar a matéria. Caso este prazo não seja respeitado, a MP perderá a validade. Passando
pela Câmara, a MP seguirá para o Senado, que terá 30 dias para analisá-la, o que é um
enorme avanço em relação aos poucos dias ou horas que os senadores têm hoje. Caso
estes alterem o texto, a MP volta para a Câmara, que terá prazo adicional de 10 dias para
se manifestar.

Nenhum desses prazos pode ser prorrogado, o que impõe ao governo federal o desafio
nada desprezível de arrumar muito bem a sua articulação política com os parlamentares.
Caso contrário, as medidas propostas pelo Executivo correm sério risco de caducar.

A PEC 91/2019 tem origem na PEC 70/2011, proposta pelo então presidente do Senado,
José Sarney (MDB-AP). Foi aprovada na Casa no mesmo ano. Nestes oito anos, os
senadores vinham cobrando da Câmara a votação da proposta, sem sucesso. Até que a
correria para que os senadores votassem as MPs 871 e 872 no início deste mês fez a
temperatura do relacionamento entre as duas Casas subir. E pelo visto, foi o calor
necessário para mover as turbinas que levaram a PEC 91/2019 de volta aos trilhos.

A promulgação da PEC 91/2019 enseja boa reflexão sobre a natureza de uma MP, tanto
para o Legislativo como, e sobretudo, para o Executivo. Em dimensão mais ampla,
suscita discussão sobre o relacionamento entre esses Poderes.

A Medida Provisória, que substituiu o antigo Decreto-lei a partir da Constituição de 1988,


deve ser proposta apenas em caso de “relevância” e “urgência”, tal como determina o
artigo 62 da Lei Maior. Nem sempre esses critérios são observados. Não raro, os
presidentes da República abusam da prerrogativa que a Constituição lhes dá, ora
apresentando como MP o que poderia tramitar como projeto de lei, ora não respeitando
os critérios constitucionais. Por sua vez, o Congresso raramente devolve ao Executivo
uma MP que desrespeita o referido artigo 62. A última vez que isso ocorreu foi durante a
presidência do ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN) no Senado (2007-2009).
Esse, embora seja raramente utilizado, é o melhor e mais democrático controle a ser
usado pelo Legislativo para impedir que o Executivo abuse do instrumento excepcional
da medida provisória.

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