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Marlon Ferreira dos Reis

- Houve aprendizado histórico pelo personagem Acerola? Por que? Justifique


abordando os conceitos trabalhados pelos autores/aulas.

Baseado em minhas leituras, a simplificação de minha resposta é que não houve


aprendizado histórico pelo personagem Acerola. Pelo simples fato de que a criança não
apresentou fundamentos centrais do pensamento histórico, como a compreensão de
conceitos, a especificidade de contextos, uma relação temporal plural, etc.. De fato,
houvera uma espécie de consciência da sua realidade dentro da história e isso é
fundamentalmente importante, pois ao vermos nossa realidade dentro dos rumos da
história abre-se espaço para que se compreenda que o mundo é passível de mudança.

Acerola utilizou de algo que ele já sabia para compreender algo que não sabia,
utilizou das relações de poder de sua comunidade com as vizinhas para compreender o
sistema internacional estabelecido no século XIX. Com toda certeza, “[...] o fator isolado
mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe; determine
isso e ensine-o de acordo".1 Como foi exposto em sala, a aprendizagem se dá da interação
de conceitos prévios com novos conceitos e esses podem se dar de 3 maneiras:

 1. Representacional – associação simbólica primária. Ex: valor sonoro


e caracteres linguísticos (R + E = Re)
 2. Conceitual – extensão da Representacional, mais abrangente e
abstrata. Ex. Significado de uma palavra (Renascimento)
 3. Proposicional – oposta a Representacional, pois é a articulação entre
conceitos e símbolos, possibilitando a compreensão sobre proposições. Ex. significado
social de uma palavra relacionada a um contexto histórico ‘renascimento’; ‘movimentos
de resistência’; ‘monopólio’ ...2
Assim sendo, o aprendizado se dá a partir do que o indivíduo conhece para o que
ele não conhece, todavia, a questão central da discussão sobre a aprendizagem de Acerola
é que ele não necessariamente aprendeu história. O personagem, ao meu ver, aprendeu
mais acerca do modo de pensamento das relações internacionais e das relações de poder,
estudadas pela sociologia, do que as especificidades do pensamento histórico. A
aprendizagem de Acerola não fora sofisticada o bastante no que tange a aprendizagem
conceitual e proposicional supracitados. Pois, “La consecuencia es importante para los
aprendizajes y las prácticas de enseñanza; aprender un concepto es aprender um sistema
de relaciones; aplicar una enseñanza que se propone la construcción de conceptos es,

1
(Ausubel - 1918/2008) In: Aprendizagem-Pensamento Hist-2019 (SLIDE), p. 4.
2
Ibidem, p. 11.
pues, privilegiar relaciones [...]”.3 Nesse sentido, vale lembrar que uma das próprias
advertências dadas em sala de aula foi a de comparar objetos/imagens de períodos muito
distantes no tempo, pois essa comparação, quando descuidadamente feita, ilustra apenas
a mudança por contraste, mas não ajuda a entender a natureza dessa mudança.4

Faz parte do próprio método investigativo histórico a atenção e sofisticação


conceitual e suas aplicações em determinados recortes. Aprender história é desenvolver
o pensamento/cognição específica do pensamento/raciocínio histórico. Essa cognição, de
acordo com Isabel Barca, independe da quantidade de informações que o sujeito detém.
“O critério para a progressão em História não deveria ser o da quantidade de informação
factual adquirida, mas o do progresso alcançado a nível de pensamento histórico”.5

Como afirmou Antoni Santisteban Fernández, as competências do pensamento


histórico são:

1) La conciencia historica-temporal relacionada con la temporalidad


humana, el cambio y el poder sobre el tiempo futuro. 2) La
representacion de la historia, como la narracion y la explicacion
historica, para la reconstruccion del pasado. 3) La imaginacion
historica, como la empatia y la contextualizacion, unidas a la formacion
del pensamiento critico y creativo, y el juicio moral en la historia. 4) La
interpretacion historica basada en el analisis de les fuentes historicas,
en la comparacion o contraste de textos historicos, y en el conocimiento
del proceso de trabajo de la ciencia histórica.6
O problema da fala de Acerola se encontra na terceira competência explicitada por
Fernández, pois a contextualização e a empatia do personagem não teve especificidade
histórica. O menino apenas transpôs a sua realidade para outro contexto para conseguir
interpretar os fatos. A fala de Acerola está muito mais ligada à exposição factual dos
acontecimentos baseando-se num contexto de relações de poder do que compreender os
processos históricos e suas singularidades. Como toda concepção de história revela uma
concepção de tempo, a do personagem explicita uma temporalidade que não parece ser
dotada de movimento, mas é estática em relação a um presente.

3
FERNÁNDEZ, A. S. La formacion em competências de pensaamiento histórico. In: Clio e associados.
La história enseñada, n. 14, 2010, p. 3.
4
Aprendiz.Tempo.II (SLIDE), p. 23.
5
BARCA, Isabel. Educação Histórica: uma nova área de investigação. Revista da Faculdade de Letras.
Porto, III série, vol 2, 2001, p. 2.
6
FERNÁNDEZ, A. S. Op. Cit., p. 1.

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