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TRATADO DE BANDA DESENHADA PARTE 3

Técnicas de BD Lição 3

Efeitos Especiais

Tal como vimos na lição anterior das técnicas de BD, a montagem dá-nos a
acção, o tempo e o movimento, essa é a base da narração para uma perfeita
leitura, mas existem outras estruturas que nos permitem enriquecer a obra: são
os efeitos especiais. Não devemos, contudo, abusar deles, aplicando-os
somente em determinados momentos para conseguir transmitir uma maior
expressão.

Vamos, pois, ao primeiro...

Momentos de Silêncio

Sempre tem sido pouco utilizado em Banda desenhada mas, quando se


utilizam no seu momento justo dão um excelente efeito de realidade à
sequência onde se inserem. Mas o que é que entendemos por momentos de
silêncio e como é que se realizam?

Imagine que neste momento você está a ter uma conversa com alguém.
Repare que, a certas alturas, existem uns momentos de silêncio no decorrer da
conversação, ou porque foi feita uma pergunta à qual a resposta tem de ser
pensada antes de responder ou porque não encontramos a palavra adequada
a certos momentos ou, ainda, porque existe uma certa preocupação no assunto
que se está a tratar. Então passa-se algum tempo a pensar no que há a dizer.

A esses momentos, que podem durar poucos segundos, em que se está sem
falar, chamamos MOMENTOS DE SILÊNCIO.

Esses momentos de silêncio são representados em BD com uma vinheta sem


diálogo ou muda no meio da sequência que incorpora a acção da conversação.
Ela serve, como já disse anteriormente, para dar um bom efeito de realidade à
cena.

Slowness

É utilizado para destacar uma acção importantíssima.

Quando um dado movimento tem demasiada importância dentro da sequência


podemo-lo mostrar em Slowness ou câmara lenta, o que o fará destacar de
maneira notável.

Por exemplo: ―Um indivíduo é atingido por um tiro e cai de costas soltando um
grito‖. Se mostrar-mos a queda dessa personagem em Slowness, essa acção
distribuída em 3 ou 4 vinhetas que nos mostra a morte da personagem tem
assim mais dramatismo, e ao leitor não passará despercebida como sucederia
se fosse mostrada numa só vinheta.

O Slowness é portanto o prolongamento de uma acção dando-lhe uma


importância máxima.

Fig 39- © Le Lombard / Rosinski

Visão Subjectiva

Existem momentos em que o autor da história quer que o leitor encarne uma
das personagens, para isso recorre à visão subjectiva, que consiste em
desenhar a cena como se fosse vista por uma dessas personagens. Um
exemplo bem conhecido é uma cena vista através de um par de binóculos.

Na figura 40 Vemos uma cena dessas, isso dá a sensação ao leitor que é ele
que vê através dos binóculos. Uma cena tratada desta maneira serve para
incorporar o leitor na história, fazendo com que esse viva pessoalmente a cena.

Fig 40 - © Le Lombard / Greg


Fusão de Vinheta

Se queremos dramatizar uma acção poderemos utilizar a fusão de vinheta a


qual consegue a desejada força dramática além de um bonito efeito. Como
pode ver na figura seguinte, a acção é dividida em diversas vinhetas, tal como
o Slowness; só que, aqui, vai-se aproximando ou afastando gradualmente
como se fosse captada pelo zoom de uma câmara de filmar.

As imagens aproximam-se quando a tensão vai crescendo, ou afastam-se


dando a ilusão de calma, solidão, frieza...

Fig 41 - © Le Lombard / Andreas


Encadeados

Os encadeados são utilizados mais frequentemente nas histórias de terror; eles


representam-se em diversas vinhetas e mostram uma metamorfose. Um
exemplo muito conhecido é a transformação do lobisomem, mas não só.
Recorda, no filme Super-homem em que este, em corrida, se transforma de
Clark Kent em Superman?

Bem, isto também é um encadeado, embora a transformação não seja física


mas somente de vestuário.

Fig 42 - © Le Lombard / Kas – Rosinski


Fundidos

Os fundidos também se representam em diversas vinhetas e consistem em


aclarar ou escurecer progressivamente a cena, vinheta a vinheta. O primeiro
plano de um indivíduo que, ao receber um golpe, perde os sentidos terá mais
realismo se esse primeiro plano se for escurecendo dando, assim, a ilusão da
perda dos sentidos.

Flash-Back

Para evocar o passado numa história utilizamos o Flash-Back ou imagens


vividas anteriormente e narradas na actualidade por uma das personagens. O
Flash-Back serve, portanto, para poupar textos narrativos, os quais se tornam
cansativos. O narrador deixa aqui de ser o guionista passando a ser a
personagem que conta a história. Por sua vez, quando o conto antecipa o
futuro chama-se Flash-Forward.

FIM!??

Sim, sobre os efeitos especiais é tudo, mas existem mais que, fazendo parte
destes, pertencem ao guionista E que se chamam Sequências e Encadeados.
Por isso, no próximo capítulo de Guião veremos quais são eles. Agora vamos
falar de páginas, vinhetas, medidas, números, regras, ordem...
— Basta!! Passamos aos factos?

— Ok amigo! Vamos então a isso!

O Formato ou a Medida da Prancha

O desenhador tem de escolher o formato de papel que mais lhe convenha e o


que o faça trabalhar mais à vontade, de acordo com o formato da revista ou
álbum onde irá publicar. Eu, por exemplo, para a história Revolta na Corte (ver
guião) utilizei o A3 (420X297 milímetros) enquanto se sabe que Harold Foster,
para a história do Príncipe Valente nas tiras diárias dos jornais utilizava um
tamanho de 380X730 mm. Saiba que quanto maior é o formato do papel em
que se desenha maiores são as figuras; portanto, mais perfeitas estas podem
ser desenhadas. Mais tarde, na sua publicação, estas serão diminuídas às
medidas standard (280X220 mm), o que faz com que o desenho se apresente
numa perfeição ímpar, desaparecendo, assim, pequenos erros. Não devemos,
contudo, descurar o trabalho pensando que com a sua publicação esses erros
passem, inobservados. Teremos, pois, de ser perfeitos no original para que a
publicação possa vir a ser uma obra de arte. Sim, uma obra de arte porque a
banda desenhada também é isso, e Jean Giraud, com os seus 27 álbuns das
aventuras do Tenente Blueberry conseguiu que a série seja hoje uma
verdadeira obra de arte. Se você a conhece verá que não exagero.

Portanto, desenhe em grande mas nas medidas relacionadas com a página


onde irá publicar, aumentando-a para o dobro ou triplo, assim poderá trabalhar
muito mais à vontade.

As Vinhetas

O número de vinhetas pode variar segundo o género e o desenhador.

Nas histórias infantis podem ser utilizadas até 12 vinhetas por prancha, mas
isso também acontece na BD em geral, basta que, numa página, existam uma
série de primeiros planos pois, como estes são desenhados num formato
menor, terão de existir mais vinhetas por página. Outro factor é o argumento
que poderá ser demasiado longo para o número de páginas do álbum onde se
irá publicar, o que obriga o desenhador a utilizar mais vinhetas por prancha
ganhando, assim, espaço.
Existe, porém, uma regra que diz que, por página, deverão existir duas ou três
filas na horizontal, o que nos daria um número de 6 ou 9 vinhetas. Porém, com
o tempo, as regras de menor importância, como esta, são postas de parte
pelos profissionais, e há mesmo quem utilize por página 4 ou 5 vinhetas e, em
muitos dos casos, quando o argumento o exija, uma só vinheta.

Existem também obras que carecem do limite, ou quadro das vinhetas


aparecendo assim acções sobre acções mas isso não é para agora, pois
requer um certo profissionalismo e, sem ele, a história apareceria confusa e,
portanto, sem interesse. Veja um bom exemplo do português José Ruy nos
volumes de ―Os Lusíadas‖. Que lhe parece?

Os tamanhos das vinhetas são também importantes. Como já lhe disse, um


Plano Geral supõe um tempo longo de leitura, por isso se desenha de tamanho
maior, enquanto que um Primeiro Plano, sendo um tempo breve, se desenha
em tamanho mais pequeno. Devemos dar, portanto, a cada vinheta o tamanho
adequado.

Também o formato da vinheta é importante: por exemplo, se queremos


desenhar uma personagem em corrida ficaria bem se essa vinheta fosse mais
comprida que alta para, assim, abrir espaço à corrida da personagem; se, pelo
contrário, essa personagem está imóvel, a vinheta por sua vez representar-se-
ia mais alta que larga pois a personagem não necessita de espaço em seu
redor para se mover.

A Composição da Prancha

É um erro pensar que todo o trabalho de composição deve estar sujeito ao


enquadramento das vinhetas, descuidando, assim, o aspecto geral da página.

Ao abrir um álbum de banda desenhada a primeira mensagem que chega ao


leitor é o aspecto gráfico da composição da prancha, se este for confuso, o
leitor, simplesmente não compra. A página tem de ser, portanto, uma obra a
contemplar em toda a sua totalidade, onde exista equilíbrio sem grandes
vinhetas ao lado de outras demasiado pequenas e sem que, por isso, se
equilibre através do desenho e da cor. Deve portanto existir uma atracção
necessária para conquistar o leitor e o levar a comprar a nossa obra.
O Desenho Inicial

Depois de estudadas as vinhetas e a composição da página, distribuindo por


ela as vinhetas, passamos ao desenho a lápis.

Quando desenhamos a prancha a lápis parece-nos que essa não seja muito
importante já que, depois de passar a tinta, o desenho inicial a lápis apaga-se,
deixando assim de existir. O que é certo é que nunca poderemos passar
perfeitamente a tinta sobre um desenho inicial a lápis mal construído ou
incompleto; portanto, o original a lápis terá de ser completo com os claro-
escuros e figuras perfeitamente desenhadas para que, depois, o desenho a
tinta siga esses mesmos passos sem necessidade de improvisação já que,
depois, dificilmente se poderá apagar.

É conveniente que utilize um lápis rijo, por exemplo o H visto que um macio
sujaria demasiadamente o desenho, como é o caso do 2B. Seria conveniente
que desenhasse cada vinheta num papel fino, que estude aí as personagens
nos seus movimentos e, só depois, quando estiver satisfeito, o passe para o
papel original por meio de decalque. Desenhando directamente na folha
original pode dar-se o caso de ter de apagar e refazer uma e outra vez o
desenho, estragando a superfície do papel; portanto, aí fica um conselho:
desenhe em papel fino a vinheta de tamanho correspondente à do original,
pinte-lhe depois o dorso com lápis de grafite macio e decalque na prancha.

A Mancha

A mancha é o total das vinhetas desenhadas por página, ou seja, a medida da


largura e da altura do desenho total feito por página e que engloba todas as
vinhetas incluídas na prancha. Note que em torno da mancha existe um espaço
em branco, isso serve para proteger o desenho da guilhotina utilizada na
editora para aparelhar as páginas depois da sua impressão. Porem há casos
em que não se deixam margens: é o caso das capas ou até mesmo de
algumas histórias que, pela maneira original de trabalhar do seu autor, carecem
de margens, não pecando por isso. Quando as margens não existem diremos,
na nossa gíria, que a página foi DESENHADA A MORDER.
Guião

Lição 3

Sequências e Encadeados

Já vimos como se divide o guião nas três partes, o que são as sequências,
como se realiza o Story Board e o guião técnico.

Veremos em seguida com as sequências e encadeados ver como se consegue


a longevidade e a qualidade do guião, o qual está dependente do perfeito
domínio da distribuição e montagem das sequências.

Tal como no desenho da história teremos de recorrer aos planos e ângulos de


visão para não cair na monotonia, também no guião teremos de recorrer a
algumas sequências especiais para fazer com que a história ganhe interesse e
qualidade não devendo contudo abusar delas. Vamos, pois, ver quais são
estas sequências e como se realizam.

Flash-Back

Já o vimos anteriormente no capítulo das técnicas de BD e acrescento dizendo


que o Flash-Back aparece muitas vezes no inicio das histórias para pôr o leitor
ao corrente de ―problemas‖ passados anteriormente com as personagens, os
quais se irão relacionar com o actual guião. É como criar às personagens uma
vida anterior. O Flash-Back é também um pensamento ou um relato do
passado apresentado na actualidade.
Sequência Panorâmica

Consiste em distribuir a acção da sequência por várias vinhetas mas sobre o


mesmo fundo, ou seja, uma paisagem dividida em diversas vinhetas
aparecendo a personagem, ou as personagens, em todas elas mas em
posições diferentes, quanto ao fundo, todas as vinhetas desta acção formam
um desenho. Cada vinheta poderia viver separada das outras mas todas juntas
darão uma acção completa.

Veja a figura 44 para uma melhor compreensão

Fig 44 - © Le Lombard / Rosinski

Sequências de acção Simultânea

Serve para nos dar a sensação de que duas sequências estão a ocorrer no
mesmo período de tempo.

Alternando, pois, as vinhetas que contêm as acções das sequências em causa,


teremos essa ilusão perfeitamente conseguida. Fig. 45. Existe também a
necessidade de mudar de planos ou ângulos de visão.
Fusão de Vinheta

É tal como a que vimos nas técnicas de BD e acrescento que a imagem pode
aproximar, também, para destacar um detalhe de importância para o
entendimento do guião.

Veja, para um melhor entendimento, a figura 46 que aproxima o relógio que


mostra uma data: (19-04-1972) esta data tem a ver com o andamento da
história.

Fig 46 - © Le Lombard / Andreas

Os Fundidos

Como sabemos o guião é composto por um número limitado de sequências;


cada uma termina precisamente onde a seguinte se inicia, mas acontece que
muitas vezes nessa passagem de uma sequência a outra fica uma lacuna, que
é como um fosso que separa as sequências fazendo com que a seguinte não
se relacione com a anterior. Para tapar essas lacunas o guionista e, mais tarde,
o desenhador, recorrem a um grande número de artimanhas que são: diálogos,
onomatopeias e textos de enlace além das sequências e efeitos especiais.

Nas sequências especiais vai um destaque para os fundidos, que relacionam


perfeitamente duas sequências. Veja um exemplo na figura 47. Como vê
existem duas sequências: na primeira, a acção da personagem que perde os
sentidos; depois entra essa vinheta negra que nos sugere que essa
personagem entrou num sono profundo, entrando em seguida a segunda
sequência com duas acções — na primeira acção é a personagem que
recupera os sentidos e na segunda o doutor que lhe fala. Como vê, são duas
sequências com três acções encadeadas por um fundido, ou seja, a vinheta
negra e a seguinte, que nos mostra o fim da primeira sequência e o princípio da
segunda.
Encadeado de Fundo

Tal como os fundidos, os encadeados também se adaptam bem ao enlace de


duas sequências. Veja na figura 48, essas duas vinhetas — também são duas
sequências e duas acções.

Na primeira vemos a acção de um homem que tenta agarrar algo; na segunda


vinheta, a acção de Efire que tenta fugir. O encadeado de fundo é
precisamente o que está representado nessas duas vinhetas de José Ruy: é a
mão do homem que passa os limites da vinheta em direcção à segunda
sequência ligando-a, assim, à primeira.
E com isto chegámos ao final de mais um capítulo de guião.

Mais tarde veremos as técnicas narrativas e mais alguns exemplos de como


escrever um guião além dos textos e onomatopeias de enlace.

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