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Técnicas de BD

Lição 2 Os Planos

Nos Planos, as acções afastam-se ou aproximam-se segundo o interesse da


acção e o que querem mostrar: um ambiente, uma expressão ou um gesto. Os
planos são importantes no andamento da história, já que cada um representa
um tempo de leitura, uma possibilidade expressiva e um grau emocional
diferente, mas isso fica lá mais para diante; vamos, no entanto, começar por
conhecer os diferentes planos.

Plano Geral - PG

Mostra-nos uma paisagem. Embora se possa ver alguma figura, o papel


principal joga-o o ambiente. Serve para nos dar a conhecer um dado sítio ou
onde se irá desenrolar uma acção. Quando o plano tem uma grande
profundidade de campo chama-se Plano Geral Extremo (PGE). Aqui as figuras
não se podem apreciar e é pouco utilizado na BD.

Fig 24- © Enki Bilal


Plano de Conjunto -PC

É onde o ambiente e as personagens têm todo o seu valor. Não podendo


existir, para o bom entendimento da vinheta, um sem o outro. Aqui as figuras
têm todo o seu esplendor e mostram-se de corpo inteiro.

Fig 25 - © Le Lombard / Franz

Plano Inteiro - PI

Também aqui as figuras se mostram inteiras e com todo o seu esplendor


enquanto ao ambiente ao seu redor quase não se lhe faz referência. Estes
planos dão mais autoridade às figuras, ajudando-nos a concentrar a atenção
nos movimentos sem ser perturbados pelo ambiente ou paisagem circundante.

Fig 26 - © Bagheera Editeur / Serpieri


Plano Americano - PA

O plano americano aproxima-nos um pouco mais as figuras, cortando-as pelos


joelhos. As personagens ocupam totalmente o centro de atenção do leitor
podendo estes apreciar facilmente as suas feições.

Fig 27 - © Bagheera Editeur / Serpieri

Plano Médio - PM

Aproxima-nos mais ainda das figuras; agora estas estão cortadas pela cintura.
Poderemos apreciar os seus rostos assim como o que eles possam reflectir. Ao
plano que nos apresenta a figura cortada pelo peito chamamos de: Plano
Médio Aproximado - PMA

Fig 28 - © Jean Giraud


Primeiro Plano - PP

Poderemos apreciar melhor ainda a expressão das personagens, já que os


limites da vinheta enquadram somente o rosto. Este plano costuma ser
desenhado numa vinheta pequena e, muitas vezes, sem balão de diálogo por
se tratar de um tempo breve.

Fig 29 - © Le Lombard / Kas

Primeiríssimo Plano - PPP

Aproxima mais ainda a figura, mostrando somente uma parte do rosto como,
por exemplo, os olhos numa expressão de medo.

Fig 30 - © Le Lombard / Andreas

Plano de Detalhe - PD

Este plano é utilizado somente em casos especiais e serve para levar o leitor a
prestar a máxima atenção a algo que tem a ver com o desenrolar da história e
que, noutros planos, passaria despercebido. Uma mensagem escrita deixada
sobre uma mesa, uma mão furtando algo de interessante, etc.

Fig 31- © Le Lombard / Chaillet


Ângulos de Visão

Os ângulos de visão são o ponto de onde a partir do qual se observa as


acções. Existem três: ângulo de visão médio, picado e contrapicado.

Ângulo de Visão Médio

A acção desenrola-se à altura dos nossos olhos. É o mais utilizado em BD

Fig 32- © Le Lombard / Swolfs


Ângulo de Visão Picado

A acção é focada de cima para baixo como se olhasse-mos do cimo de uma


varanda, vendo assim as personagens em PICADO.

Fig 33 - © Le Lombard / Kas


Ângulo de Visão Contrapicado

Este ângulo de visão é o oposto do anterior. Focamos a acção de baixo para


cima como se olhasse-mos alguém sobre uma varanda estando nós no solo.

Fig 34- © Le Lombard / Hermann

O Centro de Interesse

Não é coisa fácil fazer realçar o centro de interesse ou a personagem principal


no meio de tantas outras e, pior ainda, quando o centro de interesse se
encontra no segundo ou terceiro planos.

Normalmente os principiantes caem numa série de erros que fazem com que
as suas vinhetas fiquem confusas e com falta de profundidade.

O erro mais frequente é tentar desenhar um grupo de figuras sem que umas
tapem as outras, dispondo-as como se fosse em fila. Um outro erro é valorizar
os diferentes planos com a mesma intensidade de claro-escuro esquecendo
assim que o ar que se encontra entre o primeiro e o último plano vai atenuando
a intensidade dos escuros, assim como os detalhes dos rostos e das
roupagens, pondo em evidência a frase que diz: À distancia tudo é mais claro
e, ao mesmo tempo, mais escuro. É isso mesmo; os brancos que se encontram
longe vemo-los mergulhados numa cor cinzento-azulada, portanto mais
escuros, e os negros perdem intensidade parecendo mais claros. Mas, como
se deve proceder para fazer realçar o centro de interesse?
Bem, como disse, o ar é um elemento e, como tanto, podemos vê-lo. Portanto,
se desenharmos o centro de interesse em primeiro plano deveremos tratá-lo
mais vigorosamente e com um jogo de sombras e pormenores completos
enquanto os que ocupam os últimos planos serão suavizados, sem sombras e
com um menor número de pormenores, ganhando assim o centro de interesse
da vinheta a atenção do leitor. (A isto chamamos perspectiva ou degradação
tonal).

Pode acontecer também que a figura principal ou o centro de interesse esteja


em segundo plano; portanto, menos vigoroso que as figuras em primeiro plano,
o que nos obriga a despersonalizar estas que estão mais perto. E como?

Simplesmente desenhando as figuras em primeiro plano de costas ou meio


cortadas pelo quadro da vinheta para que percam interesse obrigando o leitor a
procurar, inconscientemente, outra motivação, ou seja, a figura principal
desenhada de frente. Mesmo que esta esteja em segundo plano tem assim
mais interesse que as do primeiro.

Se o centro de interesse, neste caso a figura principal, se encontrar de costas


perderá o interesse passando assim despercebida. Então teremos de recorrer
a outro truque que é o de dirigir até ele todas as linha do desenho, como, por
exemplo, o olhar das outras personagens ou as linhas de perspectiva do
desenho. (figura 37).

Outra maneira seria desenhar a figura principal a tons escuros no meio de tons
claros ou vice–versa.

Nesta figura a vinheta tratada com perspectiva tonal. Repare que o primeiro
plano ganha interesse, situando aí o centro da acção
Aqui a figura principal encontra-se em ultimo plano, é um grupo de cavaleiros.
Em primeiro plano temos um grupo de personagens que apontam até esse
grupo e, até as linhas das montanhas fugam para esse grupo. Ele é sem
duvida o centro de interesse.

Fig 36- © Le Lombard / Chaillet

Fig 37 - © Le Lombard / Kas – Rosinki

O centro de interesse neste caso é quase imperceptível, fica na inteligência do


desenhador faze-lo realçar para que a cena ganhe valor artístico e
entendimento. Neste caso são dirigidas para o centro de interesse as linha do
desenho e os olhares das personagens etc.
A Montagem

O que é a montagem?... Sim, sim, parece que estamos a falar de um filme,


mas que é a banda desenhada senão uma história contada por imagens, tal
como o cinema, só que aqui lhe falta o movimento - e aí está o segredo da
montagem, dar essa ilusão através da:

Planificação de acção,

Distribuição de tempo,

Percurso visual da história.

Só combinando estes três factores chegaremos a um ritmo adequado


conseguindo uma narração perfeita.

Planificação de Acção

O primeiro passo que deve dar o desenhador é distribuir o argumento pelas


páginas de que dispõe, cortando algumas vinhetas ou juntando duas numa só,
se esse trabalho não foi já feito pelo guionista. Isto é, deve separar as
sequências do guião e dar a cada uma o número de vinhetas necessário para
que essa sequência se possa entender com a sua devida importância. Ou seja,
às sequências mais importantes dará um número maior de vinhetas, enquanto
que as de menor importância podem ser resolvidas em uma ou duas vinhetas.
De seguida deverá atribuir a cada vinheta o tamanho justo; à vinheta mais
importante dentro da sequência deverá dar um tamanho maior e menor
tamanho à vinheta de menor importância dentro dessa sequência. Dentro
destas vinhetas desenharemos, então, as acções, que podem ser uma ou mais
por vinheta, segundo o caso. Por exemplo: ―Uma personagem, ao ser
apanhada pelos guardas armados de lanças, puxa pela sua espada e prepara-
se para combater.‖ Aqui existem duas acções; poderiam existir, também, duas
vinhetas? Vamos então ver dois casos práticos.

No primeiro exemplo temos duas vinhetas para narrar estas acções.

- Primeira vinheta, com a primeira acção, os guardas apontam as lanças ao


protagonista.

- Segunda vinheta, com a segunda acção, o protagonista puxa pela sua espada
e prepara-se para o combate.

Bem, não está mal de todo, mas vamos experimentar juntar essas duas
vinhetas numa só.
O segundo exemplo dá-nos uma só vinheta com as acções dos guardas
ameaçadores e, diante deles, o protagonista que desembainha a espada. Este
segundo exemplo parece-me o melhor, visto que no primeiro nos dá um tempo
longo com a ilusão de que o protagonista teria passado alguns instantes a
pensar se se defenderia ou não; Na seguinte não esperou e ao ver-se
ameaçado se defende. Mas porquê o primeiro exemplo nos parece um tempo
longo? Simplesmente porque sendo duas acções quase simultâneas têm de
estar juntas para que não exista esse espaço de tempo entre uma vinheta e
outra.

Há que pensar que quantas mais vinhetas utilizamos para narrar uma acção,
mais lenta esta se nos apresenta.

Distribuição de tempo

Qual será o tempo dentro da vinheta?

Como já vimos, se é um plano geral, portanto uma vinheta maior, o tempo é


longo; mas se é um primeiro plano o tempo é curto pois a vinheta é pequena e
só enquadra o rosto de uma personagem.

Este seria o tempo da vinheta, mas como deverá ser o tempo transcorrido entre
duas vinhetas ou imagens? Bem, aqui parece realmente um problema, porque
esse tempo é o que dá o ritmo ou andamento à história e uma história muito
lenta acabaria por cansar o leitor.

Como sabemos, em certas alturas o ritmo deve ser muito rápido, tal é o caso
de uma perseguição, ou muito lento como uma cena de amor. Então o que há a
fazer para que o leitor possa ver essa cena com a rapidez que nós lhe
quisemos atribuir?

Ora bem, sendo a história do tipo fragmentado, há ocasiões em que as


imagens das vinhetas se seguem uma às outras a pouca distância, sendo a
primeira vinheta seguida da segunda e esta da terceira, sem que a acção se
desenrole muito, ou seja, os protagonistas tiveram pouco tempo entre as
vinhetas para fazer grandes coisas ou percorrer um trajecto maior e a acção
apresenta-se-nos como se fosse narrada em câmara lenta. Uma história
contada assim dá-nos um tempo longo e, como disse antes, é o ideal para
narrar uma cena de amor.

Por outro lado, contar uma sequência em vinhetas isoladas e, à primeira vista,
independentes umas das outras, dá-nos um ritmo narrativo muito rápido, tão
rápido que entre uma vinheta e outra aconteceu algo que não está
representado, é como uma velocidade vertiginosa que não se consegue
acompanhar. Essa é a ilusão que teremos de transmitir às nossas cenas.
Além disso deve ter-se em atenção para que as acções simultâneas não
fiquem em vinhetas separadas

Percurso Visual da História

É mais um truque que nos dá o movimento da história. Como sabemos as


frases escrevem-se e lêem-se da esquerda para a direita; Também a banda
desenhada se desenrola da esquerda para a direita, seguindo a direcção das
palavras escritas e as suas personagens se movem, na maioria dos casos,
nesse sentido... Mas porquê?

Talvez nem todos os profissionais estejam de acordo comigo, mas, se


seguíssemos a leitura da história da esquerda para a direita e as acções se
desenrolassem no sentido inverso, o passo da leitura, acompanhado pela visão
das imagens, seria travado, fazendo assim com que os ritmos rápidos se
tornassem lentos e os lentos, tão lentos a pontos de nos cansarem. Temos,
portanto, de seguir o percurso visual da história ajudados pelo desenho que irá
seguir esse caminho. Há no entanto cenas que se desenrolam no sentido
inverso, mas esses são casos especiais a que queremos dar uma maior
atenção e fazer com que o leitor se detenha aí como se por uma ordem nossa
sem que ele se aperceba.

Um Exemplo do Japão

— O quê?... O Japão?...

— Sim, espere e verá!

Situado a Este da Ásia, é uma ilha com 377.535 quilómetros quadrados e mais
3500 pequenas ilhas.

No século XVI os portugueses foram os primeiros estrangeiros a lá chegar e a


promover o comercio, muitas palavras japonesas, por muito estranho que
pareça, derivam das portuguesas, tais como cadeira, ―cadera‖; bolo, ―boro‖;
obrigado, ―Arigato‖ etc.

Mas o que foi o Japão depois disso?

Um país isolado e sem forças, até que em Dezembro de 1941, atacou os


americanos em Pearl Harbour e oito meses depois, sofre as consequências de
duas bombas atómicas, facto que fez com que tivessem ganho a coragem de
recomeçar e que hoje têm.

O Japão é um país ordenado, supermoderno, com um aspecto futurista, com


caminhos-de-ferro suspensos e cidades subterrâneas, um país que levou a
electrónica às dimensões microscópicas, um país com os dez maiores bancos
mundiais, um país que compra por milhões de dólares obras de arte europeias,
um país com 120.300.000 habitantes e que, além de tudo, respeita e dá
continuidade aos velhos mitos, um país que nos invade todos os dias com as
suas novidades, Um país que está à cabeça na leitura da Banda Desenhada
(Manga) com uma média anual de 15 álbuns de BD por habitante.

Os Velhos ritos, a alta tecnologia e a banda desenhada de mãos dadas. É


maravilhoso.

Guião

Lição 2

À Laia de Introdução

Vamos agora consolidar tudo o que aprendemos durante a primeira parte do


capitulo de guião com uma pequena história. Talvez se dê conta, talvez não,
mas o guião que se segue foi realizado de maneira muito superficial, sem
entrar em grandes detalhes pois só assim, penso eu, teremos mais facilidade
em iniciar a aprendizagem.

Dê tempo ao tempo pois teremos de caminhar lentamente para chegar ao


cume desta apaixonante arte. Vamos seguir por partes, calmamente, iniciando
pelo guião literário e passando, depois, pelas outras partes já estudadas
anteriormente para chegar, por fim, à história completamente terminada, o
produto final.

Guião Literário

Título: Revolta na Corte

―1780, um navio da marinha britânica está de volta a Inglaterra quando é


atacado por um outro de piratas. Depois de um pequeno combate os ingleses
rendem-se e os piratas procuram ouro e jóias; é então que o capitão pirata
decide raptar a princesa que está a bordo, pedindo um resgate de 1000 rublos
em ouro. Os piratas abandonam o galeão inglês levando consigo a princesa.
Dias mais tarde o navio inglês chega a Inglaterra sendo a rainha informada do
ocorrido. Entretanto os piratas chegam à sua ilha. Nessa noite festejam com
um grande banquete. Semanas mais tarde, enquanto o capitão pirata dorme,
um navio inglês chega à costa e dispara um dos canhões, dando o sinal. Os
piratas, vendo o navio de bandeira inglesa, preparam-se para combater. O
capitão pirata fá-los parar. Os ingleses pagam o resgate mas a princesa decide
ficar com os piratas‖. FIM
Acabámos de ver como se constrói o guião literário, com quanta simplicidade
de detalhes este se pode executar mas sem fugir às acções importantes.
Vejamos em seguida as primeiras divisões nas três partes principais e estas
em sequências.

Divisão em: Sequências, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão

Introdução:

1ª Seq.: 1780, um navio da marinha britânica está de volta a Inglaterra

2ª Seq.: quando é atacado por um outro de piratas. Depois de um pequeno


combate

3ª Seq.: os ingleses rendem-se

4ª Seq.: e os piratas procuram ouro e jóias;

5ª Seq.: é então que o capitão pirata decide raptar a princesa que está a bordo,
pedindo um resgate de 1000 rublos em ouro.

Desenvolvimento:

6ª Seq.: Os piratas abandonam o galeão inglês levando consigo a princesa.

7ª Seq.: Dias mais tarde o navio inglês chega a Inglaterra

8ª Seq.: sendo a rainha informada do ocorrido.

9ª Seq.: Entretanto os piratas chegam à sua ilha.

10ª Seq.: Nessa noite festejam com um grande banquete.

11ª Seq.: Semanas mais tarde, enquanto o capitão pirata dorme, um navio
inglês chega à costa e dispara um dos canhões, dando o sinal.

12ª Seq.: Os piratas, vendo o navio de bandeira inglesa,

13ª Seq.: preparam-se para combater.

14ª Seq.: O capitão pirata fá-los parar.

15ª Seq.: Os ingleses pagam o resgate mas


Conclusão:

16ª Seq.: a princesa decide ficar com os piratas (FIM)

Como vê não é difícil dividir o guião literário.

Neste ponto poderemos já documentar-nos sobre a época em que se


desenrola nossa história (1780), buscando documentação de armas, fardas da
marinha inglesa, vestimentas de piratas, casas, palácio real etc. Para o
guionista é necessário algo mais, tal como expressões utilizadas na marinha da
época. Consulte filmes e pesquise em bibliotecas, encontrará sem duvida o que
necessita.
O próximo passo a dar será a construção do STORY BOARD a partir da
divisão em sequências. Veja como eu o resolvi.
Acabámos de ver, no Story Board, a quantidade de vinhetas com que contei
cada sequência e, em particular, toda a história, mas acontece que depois do
trabalho feito notei que algumas vinhetas poderiam ser suprimidas (vinhetas:
2,3,6,10,24, e 36) e a razão que me levou a isso foi o de não querer fazer
certas sequências demasiadamente longas por não serem de grande
importância. Eliminei, então, as vinhetas sem as quais as sequências poderiam
ser igualmente entendidas.

Esta é a finalidade do Story Board, facilitar-nos a distribuição e a quantidade de


vinhetas pelas sequências e poder ter uma ideia do que será o trabalho pronto
e poder corrigir erros que de outra forma só seriam vistos depois do trabalho
pronto, o que seria muito tarde.

Temos assim:

1ª Seq.: 2 Vinhetas, 2ª Seq.: 3 Vinhetas, 3ª Seq.: 3 Vinhetas, 4ª Seq.: 1


Vinheta, 5ª Seq.: 4 Vinhetas

6ª Seq.: 1 Vinheta, 7ª Seq.: 1 Vinheta, 8ª Seq.: 1 Vinheta, 9ª Seq.: 2


Vinhetas, 10ª Seq.: 2 Vinhetas

11ª Seq.: 2 Vinhetas, 12ª Seq.: 1 Vinheta, 13ª Seq.: 1 Vinheta, 14ª Seq.: 1
Vinheta

15ª Seq.: 3 Vinhetas, 16ª Seq.: 2 Vinhetas

A quinta sequência, a mais importante do guião, por residir aí todo o drama da


história, foi tratada com um maior número de vinhetas.

Temos, pois, uma história contada em dezasseis sequências e trinta vinhetas,


o que nos dá um número aproximado de 5 ou 6 páginas, sendo as vinhetas
números 1, 5, 9, 13, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 27, 29, 30, 32 e 35 (ver Story Board)
as mais importantes dentro de cada sequência, serão também desenhadas de
tamanho maior. Note que a vinheta número 28 é única dentro da sequência
(12ª Seq.) ; Portanto a mais importante de dita sequência, mas, sendo um
primeiro plano, não poderá ser desenhada num tamanho maior. Temos, assim,
mais vinhetas nas sequências de maior interesse e vinhetas maiores nas
acções de maior interesse dentro de cada sequência. Com isto estamos
prontos a passar ao guião técnico, o tão desejado produto final.
Guião Técnico 1ª Página

Vinhetas Acção Textos


Navio da marinha Narração: 1780, um navio
inglesa em 1780 da marinha britânica
navegando em alto mar. comandada pelo capitão
1 Mar calmo, dia limpo George Custer retorna a
mas com algumas Inglaterra depois de uma
nuvens. viagem à Terra Nova.

Plano Geral, Vinheta


maior.
Capitão: Majestade,
Capitão e princesa dentro de dois dias
(jovem e bela) juntos na estaremos de novo na
proa, falam. Outros nossa querida pátria,
2 marinheiros trabalham, Vossa mãe espera por
alguns surpreendidos. notícias!...
Voz em OFF vinda de Princesa: Ho! Que
cima. grande é o mar, capitão!
Plano Médio OFF: SAIL HO!!!!!
Voz: São piratas, senhor!!
TÍTULO: Revolta na Voz: Todos aos vossos
Corte postos, não disparar até
3 Dois navios, um é o da minha ordem, temos de
primeira vinheta e está defender a princesa !
mais perto.
Alto mar. Plano Geral
Primeiro Plano do navio Onomatopeia:
dos piratas disparando BAUMBWWAOOOOOOO
4 os canhões.
Muito fumo.
No navio inglês há muita Capitão: Atenção!! O
confusão, alguns mastro!...
marinheiros olham para Marinheiro: Sair daqui,
5 cima. rápido!!
A princesa está perto do
capitão, assustada.
Capitão dando ordens.
Plano de Conjunto
Guião Técnico 2ª Página

Vinhetas Acção Textos


Capitão inglês falando Capitão: Majestade, para
com a princesa. vos poder salvar a vida
Muito fumo no ar. me vejo obrigado a
1 Personagens em 2º entregar o navio nas
plano e a princesa mãos desses apátridas,
preocupadas. Plano combater seria perigoso!
Médio. Onomatopeia:
BWWAAOOOO
Capitão pirata com uma Capitão: Os ingleses não
pistola na mão, homem respondem ao ataque, o
jovem (Protagonista) navio é nosso, vamos!
2 outros piratas com
cordas e espadas
preparam-se para a
abordagem.
Plano de Conjunto
Plano americano dos Pirata: Este navio está
dois capitães; falam, em meu poder, agora eu
3 capitão inglês serio num darei ordens... Entregue-
ar de altivez. me todo o valor que
transportem!
Inglês: Foi um trabalho
inútil, o vosso!!
Marinheiro pirata em Marinheiro: Capitão, isto
4 Plano Médio com um é todo o ouro que
pequeno cofre nas encontrei, para além de
mãos. muitas plantas!!!
Um grupo formado pelos Cap. Pirata: Muito bem!
dois capitães, a Quer dizer que
princesa, o marinheiro ficaremos com estas
5 da vinheta anterior e jóias... É melhor que
mais alguns piratas nada pois são da melhor
curiosos. qualidade!
Plano de Conjunto um
pouco Picado. Princesa: NÃO!! Essas
não!
Guião Técnico 3ª Página

Vinhetas Acção Textos


Plano Médio aproximado Capitão: UMM!! Estas
do capitão pirata, segura são jóias dignas de uma
1 na mão umas jóias; ao rainha! Será você uma
fundo, outras rainha? FALE!!
personagens
Plano Inteiro do capitão Princesa: Não!.... Sou a
2 pirata com a princesa, princesa!
ao fundo o inglês de
cabeça baixa.
Plano de Conjunto algo Pirata: Capitão, a
Contrapicado. princesa vem comigo e
O capitão pirata com diga à vossa rainha que
uma mão sustem a se a quer de volta me
3 princesa e, com a outra terá de levar à ilha de
empunha uma pistola Caicos mil rublos em
que aponta ao inglês, ouro!!
este surpreendido. Inglês: É uma atitude
muito grave contra a
minha pátria!....
Capitão e marinheiros Narração: Decorridos
ingleses em primeiro alguns minutos.
plano olham o navio
pirata que se afasta. Cap. Pirata: Passe bem,
4 Ao fundo, não muito capitão, e diga também
distante, o navio pirata. à rainha que se tarda em
Plano de Conjunto pagar venderei a
princesa em leilão! Ah!
Ah! Ah!

Cap. Inglês:
BASTARDO!!!!!!
Guião Técnico 4ª Página

Vinhetas Acção Textos

Plano Geral visto do Narração: Dois dias mais


porto. tarde Custer chega a
Inglaterra.
1 Distante, no mar, o navio
inglês.

Há nuvens e gaivotas.
Palácio Real no interior. Capitão: Majestade, com
Custer diante da rainha os meus respeitos,
com chapéu na mão. venho dar-vos notícias
2 da viagem!...
Plano de Conjunto
Rainha: Fale, Custer! E
minha filha, que é feito
dela? Porque não está
consigo?
Plano Geral do navio dos Voz: Veja, majestade,
3 piratas perto da praia. aquela é a minha pátria,
Cena vista desde terra. a belíssima ilha de
Caicos!!
Piratas baixando do Capitão: Dowling, olha o
navio em companhia da que trago, uma original
princesa, em terra está princesa inglesa que não
outra personagem. tinha ouro para pagar
4 Imagem do porto. Plano uma abordagem!
de Conjunto.
Dowling: Sempre foste
um homem de sorte,
Jackson!
Imagem do interior de Narração: Nessa mesma
uma taberna, Jackson noite...
com a princesa a uma
mesa. Perto, outro Pirata: Jackson, troco a
pirata, com duas princesa por estas duas
5 mulheres semi despidas. damas da corte pirata.
Asseguro-te que são de
Ambiente alegre. primeira qualidade! Ah!
Ah! Ah!
Plano de Conjunto.
Capitão: ??!!
Guião Técnico 5ª Página

Vinhetas Acção Textos

O capitão pirata, pondo- Jackson: Não, não está


se de pé com um copo para troca, vale mil
na mão e um braço no rublos, meu velho
1 ar saúda o amigo. amigo! Como estás??

Diante dele está o pirata


da vinheta anterior.

Plano de Conjunto
Plano Geral do porto de Narração: Duas
Caicos. semanas depois em
2 Caicos.
Ao longe um dos
canhões do navio Onomatopeia:
dispara. Há fumo. BWWAOOOOOOO
Gaivotas no ar.
Num quarto escuro, Jackson: He!! Que se
iluminado somente por passa??!!
uma pequena janela,
3 Jackson acorda Princesa: São os meus!
assustado, a princesa Vêm por mim!
está à janela.
Jackson: Já era sem
Plano de Conjunto. tempo!
Primeiro Plano de um Pirata: ALERTA!!! A
4 pirata com um óculo, marinha inglesa!
grita.
Piratas exaltados correm Pirata: Todos aos
pelas ruas, armados. vossos postos!
5
Plano de Conjunto Pirata: Vamos dar-lhes
uma lição!!
Jackson à janela do Jackson: Calma,
6 quarto, grita. Piratas na amigos! Os ingleses só
rua algo surpreendidos. vêm pagar o resgate!...

Plano de Conjunto
Guião Técnico 6ª Página

Vinhetas Acção Textos

Plano Geral do mar. SEM TEXTO


Silhueta do capitão inglês
1 com outros marinheiros
numa chalupa; ao fundo
o nascer do sol e o navio.
Plano geral, algo Picado. Jackson: Bem vindo a
Caicos, capitão.
Imagem da praia com o
capitão pirata e a Como pode ver, sob a
2 princesa além de outros minha protecção a vossa
piratas. princesa está sã e salva!
Ah! Ah! Ah!
Ainda na água o inglês e
dois marinheiros que
transportam um cofre.
Os dois capitães. Inglês: Aqui tem o
dinheiro...
Plano Inteiro
Agora cumpra a sua
3 palavra!

Jackson: Eu sou um
homem de honro...
Cumpro sempre a minha
palavra, até mesmo com
os ingleses.
Primeiro Plano do capitão OFF: NÃO!!!
4 Custer Indignado.
Os dois homens com a Princesa: Você ouviu
princesa. bem, capitão, eu não vou
consigo, estou cansada
Contrapicado, Plano de manias e luxos de
Inteiro uma corte doente!!
5
Fim Inglês: ??!!

Pirata: Como vê, não lhe


resta mais que retornar à
sua querida pátria... Mas
de mãos vazias!

FIM
Como vê, temos a obra terminada. Que lhe parece?

É obvio que esta história poderia ser contada com um maior número de
vinhetas e detalhes, aumentando, assim, o número de páginas ou pranchas,
mas isso aumentaria, também, a dificuldade no que respeita à aprendizagem,
causando assim alguma confusão e baralhando os alicerces, importantíssimos,
do guião. Daremos, pois, tempo ao tempo.

Críticas e Explicações

Vamos agora criticar a acção da vinheta 34 do Story Board ou a quarta da


sexta prancha por ser de grande importância para o futuro guionista.

Voz em OFF (ou seja, vinda de fora do quadro da vinheta).

É a voz da princesa. Esta poderia também figurar na ilustração, mas a minha


intenção ao desenhar o Primeiro Plano do capitão surpreendido, ajuda a criar
SUSPENSE ganhando, assim, o leitor mais interesse pela narração levando-o
a querer descobrir quem foi que falou fora da vinheta e que tanta indignação
causou ao capitão inglês.

Fiz-me entender, Não é verdade?

O Suspense faz ganhar muito mais interesse pela história, não devemos,
contudo, abusar dele mas sim onde a narração chegue ao seu clímax ou ponto
mais alto do drama. Também o poderemos utilizar na última vinheta de cada
página, tal como o fez Hergé, o autor de Tim Tim. Terminar uma página com
algum suspense ajuda a que o leitor não se canse e leve a história até ao fim
com muito interesse.

A palavra ―Onomatopeia‖ significa a representação gráfica de rumores; neste


caso os disparos dos canhões.

Na segunda vinheta da segunda página aparece a palavra SAIL HO, que


significa, na gíria da marinha inglesa, NAVIO À VISTA. Como vê a
documentação para o guionista também é importante.

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