Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
CAPÍTULO 25
1. INTRODUçãO
267
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
Todo esse cenário leva a uma relexão e a uma postura agressiva para
prevenir e tratar adequadamente os doentes que tenham fatores de riscos ou que
venham a apresentar fatores desencadeantes da trombose venosa profunda.
Os fenômenos tromboembólicos incidem em 0,2% a 1% durante o ciclo
gravídico-puerperal. Metade das tromboses venosas é identiicada antes do parto
e metade no puerpério. Se não tratadas, podem levar a embolia pulmonar em 15%
dos casos.
Embora seja descrito separadamente o embolismo pulmonar é uma
entidade nosológica em íntima associação com a trombose venosa profunda,
apesar do quadro clínico bastante distinto entre uma e outra situação as duas
possuem etiologias semelhantes. O embolismo pulmonar tem como característica
importante com frequência necessitar de cuidados intensivos com oxigenioterapia,
suporte ventilatório e medidas de suporte geral, o que implica num quadro clínico
mais grave que a trombose venosa profunda. Em 5 a 10% dos casos o doente
em tratamento da trombose venosa profunda evolui com embolia pulmonar
clinicamente importante. Apesar da sua íntima associação o embolismo pulmonar
não é objetivo desse capítulo.
2. fATORES DE RISCO
268
Unidade 3 - Ginecologia Trombose Venosa Profunda
269
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
3. QUADRO CLÍNICO
4. DIAGNóSTICO
270
Unidade 3 - Ginecologia Trombose Venosa Profunda
5. TRATAMENTO
Medidas Gerais
» Repouso com as extremidades inferiores elevadas e decúbito lateral
esquerdo que diminui a compressão da veia cava inferior.
» Meias elásticas de compressão graduada. Para ser útil, deve ser
confeccionada de acordo com as medidas do membro inferior de cada
doente. A meia elástica deve ser utilizada no tratamento de manutenção
para reduzir a frequência da síndrome pós-trombótica.
» Analgesia.
» Deambulação precoce (logo que diminuírem os sinais logísticos).
Heparina
A heparina em doses terapêuticas é o medicamento de escolha no
tratamento da trombose venosa profunda. Podem ser utilizadas, tanto a heparina
não fracionada (HNF), por via intravenosa, assim como a heparina de baixo peso
molecular (HBPM), por via subcutânea.
» Pico de concentração: 4 a 5 horas após injeção.
» Duração do efeito: 12 ou mais horas.
» Não atravessa a placenta nem é secretada no leite materno.
271
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
Anti-vitamina K (Varfarina)
- Atravessa a placenta e penetra na circulação fetal.
- Pode ser administrado a mães que amamentam.
272
Unidade 3 - Ginecologia Trombose Venosa Profunda
Trombolíticos
O uso de trombolíticos é uma opção no tratamento da trombose venosa
profunda proximal grave, porém sua indicação deve ser individualizada.
273
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas Maternidade Escola Assis Chateaubriand
Warfarin 2,5 a 10 mg a partir da 14a semana até 35a- 36a semana; Heparina no
inal do terceiro trimestre, parto e 48 horas pós-parto, quando retorna ao Warfarin.
Manter as pacientes internadas durante os períodos de transição devido ao alto
risco de embolização.
274
Unidade 3 - Ginecologia Trombose Venosa Profunda
275