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Civil)
Curador especial
O CPC prevê que, em determinadas situações, o juiz terá que nomear um curador
especial que irá defender, no processo civil, os interesses do réu.
O curador especial também é chamado de curador à lide.
Vale ressaltar que, ao fazer a defesa do réu, o curador especial pode apresentar uma
defesa geral (“contestação por negação geral”), não se aplicando a ele o ônus da
impugnação especificada dos fatos (parágrafo único do art. 302 do CPC).
Desse modo, o curador especial não tem o ônus de impugnar pontualmente (de forma
individualizada) cada fato alegado pelo autor.
O que essa função de curador especial tem a ver com a Defensoria Pública?
A Lei Orgânica da Defensoria Pública (LC 80/94) estabelece o seguinte:
Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
XVI – exercer a curadoria especial nos casos previstos em lei;
Desse modo, o múnus público de curador especial de que trata o art. 9º do CPC deve ser
exercido pelo Defensor Público.
Importante: a atuação da Defensoria Pública como curadora especial não exige que o
réu seja hipossuficiente economicamente. Nesses casos do art. 9º entende-se que o réu
ostenta hipossuficiência jurídica, sendo, portanto, necessária a atuação da Defensoria
Pública.
Quando o Defensor Público atua como “curador especial” ele terá direito de
receber honorários?
NÃO. O Defensor Público não faz jus ao recebimento de honorários pelo exercício da
curatela especial por estar no exercício das suas funções institucionais, para o que já é
remunerado mediante o subsídio em parcela única (Corte Especial. REsp 1.201.674-SP,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 6/6/2012).
Desse modo, apenas para que fique claro, o que se está dizendo é que o Defensor
Público que atua como curador especial não tem que receber honorários para atuar
neste múnus público, considerando que já se trata de uma de suas atribuições previstas
em lei.