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Atuação do Defensor Público como curador especial (Direito Processual

Civil)

Curador especial
O CPC prevê que, em determinadas situações, o juiz terá que nomear um curador
especial que irá defender, no processo civil, os interesses do réu.
O curador especial também é chamado de curador à lide.

Hipóteses em que será nomeado curador especial:


Estão previstas no art. 9º do CPC. São quatro situações:

1. Quando o réu for incapaz (absoluta ou relativamente) e não tiver representante


legal;
2. Quando o réu for incapaz (absoluta ou relativamente) e tiver representante legal,
mas os interesses deste (representante) colidirem com os interesses daquele
(incapaz);
3. Quando o réu estiver preso;
4. Quando o réu tiver sido citado por edital ou com hora certa e não tiver
apresentado resposta no prazo legal (ou seja, tiver sido revel).

Quais são os poderes do curador especial? O que ele faz no processo?


O curador especial exerce um múnus público.
Sua função é a de defender o réu em juízo naquele processo.
Possui os mesmos poderes processuais que uma “parte”, podendo oferecer as diversas
defesas (contestação, exceção, impugnação etc.), produzir provas e interpor recursos.
Obviamente, o curador especial não pode dispor do direito do réu (não pode, por
exemplo, reconhecer a procedência do pedido), sendo nulo qualquer ato nesse sentido.

Vale ressaltar que, ao fazer a defesa do réu, o curador especial pode apresentar uma
defesa geral (“contestação por negação geral”), não se aplicando a ele o ônus da
impugnação especificada dos fatos (parágrafo único do art. 302 do CPC).
Desse modo, o curador especial não tem o ônus de impugnar pontualmente (de forma
individualizada) cada fato alegado pelo autor.

Este art. 9º é aplicável apenas ao processo (fase) de conhecimento?


NÃO. O art. 9º deve ser aplicado em qualquer processo, como no caso da execução.
Súmula 196-STJ: Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer
revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos.

O curador especial deve ser obrigatoriamente um advogado?


NÃO. Não é necessário que o curador especial seja advogado, no entanto, é o
recomendável.
Caso o curador especial não seja advogado, ele terá que contratar um advogado para
apresentar as petições em juízo, considerando que, mesmo sendo curador especial, é
necessária capacidade postulatória para apresentar as defesas do réu.

O que essa função de curador especial tem a ver com a Defensoria Pública?
A Lei Orgânica da Defensoria Pública (LC 80/94) estabelece o seguinte:
Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras:
XVI – exercer a curadoria especial nos casos previstos em lei;

Desse modo, o múnus público de curador especial de que trata o art. 9º do CPC deve ser
exercido pelo Defensor Público.

Marinoni e Mitidiero defendem que, se existir Defensoria Pública na comarca ou


subseção judiciária, o curador especial deverá ser obrigatoriamente o Defensor Público.
Se não houver, o juízo terá liberdade para nomear o curador especial (Código de
Processo Civil comentado artigo por artigo. São Paulo: RT, 2008, p. 105).

Importante: a atuação da Defensoria Pública como curadora especial não exige que o
réu seja hipossuficiente economicamente. Nesses casos do art. 9º entende-se que o réu
ostenta hipossuficiência jurídica, sendo, portanto, necessária a atuação da Defensoria
Pública.

Quando o Defensor Público atua como “curador especial” ele terá direito de
receber honorários?
NÃO. O Defensor Público não faz jus ao recebimento de honorários pelo exercício da
curatela especial por estar no exercício das suas funções institucionais, para o que já é
remunerado mediante o subsídio em parcela única (Corte Especial. REsp 1.201.674-SP,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 6/6/2012).

Todavia, ao final do processo, se o réu se sagrar vencedor da demanda, a instituição


Defensoria Pública terá direito aos honorários sucumbenciais (art. 20 do CPC), salvo se
o autor da ação era a pessoa jurídica de direito público à qual pertença (Súmula
421/STJ).

Desse modo, apenas para que fique claro, o que se está dizendo é que o Defensor
Público que atua como curador especial não tem que receber honorários para atuar
neste múnus público, considerando que já se trata de uma de suas atribuições previstas
em lei.

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