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Resumo do texto

´´ Introdução ao estudo da música (erudita) no Brasil ``


de Paulo Castagna

A maior dificuldade em compreender a música no Brasil é a falta de exatidão da nossa


música com a história da música europeia e os fatores que contribuem para isso é a enorme
diversidade étnica do Brasil, o pequeno destaque do país na economia mundial e a assimilação
de bases estéticas de diversas origens.
Essa dificuldade une-se a precariedade das pesquisas, material, e gravações de obras
antigas e cria uma tendência em analisar a nossa música sob o olhar europeu , levando a
depreciá-la ou supervalorizá-la.
O início da atividade musical remonta a 1540, quando os jesuítas ensinaram o
cantochão e as cantigas para os indígenas lhe auxiliarem na catequese, a música religiosa e
profana para encenação de autos e a execução de música polifônica com vozes e instrumentos.
A partir de 1580, grupos de músicos indígenas passaram ao serviço dos senhores de
engenho garantindo música religiosa nas áreas rurais. Já nas século XVII tornou-se frequente a
prática de música nas festas religiosas, importantes cerimônias fúnebres e a convivência do
cantochão com a polifonia romana.
No século XVIII, foram introduzidos no país os instrumentos de cordas utilizados na
música italiana. Foi também uma época de transição onde teria coexistido a velha polifonia
romana com as primeiras manifestações de música barroca. Percebemos isso em cidades do
Nordeste como Salvador e Recife que basearam sua música em um estilo mais próximo do
barroco que do classicismo. São Paulo manteve uma prática musical ligada ao estilo antigo e o
Rio de Janeiro filiou-se basicamente ao classicismo luso-italiano utilizando alguns elementos
musicais de origem austríaca. Minas Gerais assimilou o estilo clássico italiano, proliferou uma
orquestra de cordas, trompas, baixo contínua e madeiras e o coral homofônico com solos e duos
vocais. Ainda neste século houve no campo da música profana a prática de cantatas, óperas,
danças luso-brasileiras, modinha e lundu ,onde, a grande maioria dos músicos, cantores,
regentes e compositores constituíam-se de mulatos.
Após a chegada da Família Real do século XIX a música brasileira recebeu novidades
musicais alemãs e francesas, houve a influência da ópera clássica italiana e a orquestra tornou-
se maior, brilhante e com solos e duos vocais virtuosísticos. Houve também o interesse pela
música de câmara, piano, dança, música vocal de salão e ópera.
No período das regências o Brasil passou por uma fase de instabilidade política e
econômica levando a grandes dificuldades na execução e composição de música orquestral.
Como consequência houve considerável interesse pela música doméstica, grande publicação de
árias, modinhas e lundus e produção de música nem erudita e nem música popular.
A partir de 1850 estabeleceu-se a prática de música para teatro, a música religiosa
entrou em decadência, surgiram os compositores de música para piano e criou-se o primeiro
conservatório de música no Rio de Janeiro. O gênero musical que mobilizava a elite era a ópera,
com isso fundou-se em 1857 a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional que contribuiu
para o surgimento de pelo menos três compositores de destaque: Elias Álvares Lobo, Henrique
Alves de Mesquita e Antônio Carlos Gomes. Este último tornou-se o compositor brasileiro mais
bem sucedido no mercado europeu.
Na década de 1870 fenômenos mais complexos na música brasileira levaram ao
surgimento dos ´´ pianeiros ``, compositores que produziam danças brasileiras ou de origem
europeia utilizando refinamento harmônico e rítmico. A exemplo temos Ernesto Nazareth e
Chiquinha Gonzaga.
Paralelamente houve no Rio de Janeiro interesse pelo romantismo germânico e francês
onde Alberto Nepomuceno, Leopoldo Miguez, Henrique Osvald e Alevendre Levy foram
destaques da geração romântica brasileira. Eles levaram a sinfonia, o poema sinfônico, o
concerto e o quarteto de cordas a competir com a ópera enquanto que as canções em francês e
alemão tomavam o lugar das antigas modinhas e lundus. O romantismo no Brasil também
filiou-se as escolas europeias mais conservadoras, os procedimentos composicionais de Liszt e
Wagner foram assimilados e os procedimentos de Mahler e Strauss foram aqui praticamente
ignorados.
Houve também o movimento impressionista brasileiro cujos principais representantes
foram Glauco Velásquez e Heitor Villa-Lobos. Esse movimento deixou herdeiros como
Frutuoso Vianna e foi assimilado de forma restrita por compositores mais arrojados.
Contudo, durante a Primeira Guerra Mundial, alguns círculos musicais constataram que
o romantismo tornara-se inadequado a nossa realidade social. No Brasil, a reação ao
romantismo surgiu com Heitor Villa-Lobos que procurava elementos exóticos brasileiros que
pudessem ser facilmente identificados no exterior com a visão europeia que se tinha do Brasil.
Mário de Andrade também foi um personagem central nessa reação, pois estudava os elementos
da música popular brasileira para aplicá-los na música erudita.
O nacionalismo foi visto com interesse pelo Estado Novo que constantemente apoiou
suas iniciativas como o canto coral nas escolas e o louvor ao regime. Com o final da Segunda
Guerra Mundial, surgiram correntes que procuravam adequar-se aos novos desenvolvimentos da
vanguarda musical europeia. No Brasil houve o movimento chamado ´´música nova`` onde
compositores como Cláudio Santoro, Gilberto Mendes e Ernst Widmer utilizavam
procedimentos como o dodecafonismo, a aleatoriedade, aparelhos eletrônicos e o teatro musical
nas suas músicas. A partir da década de 1970 adeptos do ´´Música Nova`` manifestaram em
suas músicas posições políticas contrárias ao regime militar, mas com a abertura política do
General João Figueiredo eles passaram a se preocupar menos com a política e mais com o
desenvolvimento técnico-musical. Já nas décadas de 1980 e 1990 desenvolveu-se no país a
música eletroacústica e multiplicou-se o número de compositores atuantes. Hoje no Brasil a
maior parte dos compositores concentra-se em torno das universidades.

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