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DIREITO TRIBUTÁRIO P/ O ISS/SP – TEORIA COMPLETA E

QUESTÕES COMENTADAS DA FCC


PROFESSOR: EDVALDO NILO

CURSO REGULAR DE DIREITO TRIBUTÁRIO PARA O ISS/SP –


TEORIA COMPLETA E QUESTÕES COMENTADAS DA FCC

Olá, prezado (a) amigo (a) concursando (a)!

Bem-vindo (a) à aula demonstrativa do nosso Curso de


Direito Tributário para o ISS/SP.

Meu nome é EDVALDO NILO.

Sou Procurador do Distrito Federal e professor de Direito


Tributário, Financeiro e Previdenciário em diversos cursos
preparatórios presenciais (por exemplo, IMP, Gran Cursos, IGEPP) e
aqui no PONTO há exatos 3 anos.

Também fui aprovado em diversos concursos e seleções


públicas, a saber: Procurador do Distrito Federal (ESAF), Procurador
do Município de Recife (FCC), Ministério Público de Contas do Mato
Grosso (FMP/RS), Procurador do Município de Belo Horizonte
(FUNDEP/UFMG), Técnico de Nível Superior do Ministério da Saúde
(CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério das
Comunicações (CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério
do Turismo (ESAF); Professor Substituto de Ética Geral e Profissional
da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA);
Professor de Direito Tributário do Centro Universitário da Bahia
(CUB/FIB) e Mestrado Acadêmico em Direito Constitucional do
Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Possuo três pós-graduações e um curso de extensão na área do


Direito: Especialização em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro
de Estudos Tributários (IBET); Especialização em Direito Tributário
pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especialização em
Planejamento Tributário pela Faculdade de Tecnologia Empresarial
(FTE); Curso de Extensão Universitária em Prática Processual
Tributária pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Atualmente também sou Mestre em Direito Constitucional pelo


Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e, no ano de 2004, fui
pesquisador da área de Direito Constitucional da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.

Também já consegui vencer três prêmios jurídicos, quais


sejam: Prêmio Luiz Tarquínio da Fundação Orlando Gomes no ano de

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2002; Prêmio Ministro Carlos Coqueijo Costa da AMATRA (Associação


de Magistrados Trabalhistas), EMATRA (Escola de Magistrados
Trabalhistas) e ABAT (Associação Bahiana dos Advogados
Trabalhistas) no ano de 2003 e Prêmio Luís Eduardo Magalhães da
Assembléia Legislativa do Estado da Bahia no ano de 2004.

Por sua vez, no que diz respeito à apresentação do nosso


curso, vamos trabalhar com base no programa completo da matéria
Direito Tributário do concurso para o ISS/SP.

Logo, o curso terá a seguinte metodologia:

• Conteúdo atualizadíssimo, conforme a jurisprudência mais


recente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior
Tribunal de Justiça (STJ);

• Questões objetivas mais novas contextualizadas com a teoria


completa;

• Centenas de questões da FCC comentadas (maior acervo


disponível no mercado);

• Síntese fundamental no final de cada aula;

• Fórum de dúvidas;

• Lista com os exercícios comentados na respectiva aula;

• Aulas atualizadas até a data do envio da respectiva aula.

Assim sendo, o curso terá oito aulas e será iniciado com a


“Aula 1” no dia 18 de novembro e a “Aula 8” será postada no dia 06
de janeiro.

Logo, o nosso curso ocorrerá semanalmente e as aulas serão


realizadas às sextas.

A seguir, a sequência e os tópicos que serão estudados:

Aula 0 – Imunidade Tributária.

Aula 1 – Competência Tributária. Limitações Constitucionais do


Poder de Tributar. Princípios Constitucionais Tributários - (18/11).

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Aula 2 – Conceito e Classificação dos Tributos. Espécies


Tributárias - (25/11).

Aula 3 – Tributos de Competência da União. Tributos de


Competência dos Estados. SIMPLES. (02/12).

Aula 4 – Tributos de Competência dos Municípios (ISS, IPTU e


ITBI) - (09/12).

Aula 5 – Legislação Tributária. Vigência da Legislação


Tributária. Aplicação da Legislação Tributária. Interpretação e
Integração da Legislação Tributária. Obrigação Tributária Principal e
Acessória. Fato Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e
Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário.
Responsabilidade Tributária. Responsabilidade dos Sucessores.
Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por Infrações.
Denúncia Espontânea - (16/12).

Aula 6 – Crédito Tributário. Constituição do Crédito Tributário.


Lançamento. Modalidades de Lançamento. Hipóteses de alteração do
lançamento. Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário.
Modalidades - (23/12).

Aula 7 – Extinção do Crédito Tributário. Modalidades.


Pagamento Indevido. Exclusão do Crédito. Tributário. Modalidades. -
(30/12).

Aula 8 – Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.


Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões
Negativas. Cobrança judicial da Dívida Ativa Lei Federal nº. 6830/80 -
(06/01).

Pois bem. Sem sombra de dúvidas, este será um curso


completo e atualizado de Direito Tributário para o ISS/SP.

Neste curso, por exemplo, o aluno mais avançado pode optar


apenas pela parte de exercícios detalhadamente comentados da FCC
e/ou da leitura de um bom resumo no final da aula.

Logo, sem sombra de dúvidas, será um curso 3 em 1:

• Curso Teórico de Direito Tributário;

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• Curso de Exercícios Comentados para o ISS (mais


de 1.000 enunciados detalhadamente comentados
da FCC);
• Curso Resumo Abreviadíssimo de Direito Tributário.

Por sua vez, destacamos que é indispensável o


comprometimento e a dedicação constante às aulas, eis que a
matéria é de fundamental relevância no concurso da carreira de
Auditor Municipal de São Paulo (20 questões e peso 3).

Então, vamos juntos iniciar esta jornada rumo à aprovação.

Boa sorte, bons estudos e que Deus abençoe a todos.

A seguir, uma pequena demonstração do nosso curso.

AULA DEMONSTRATIVA – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

O nosso sumário de hoje é o seguinte:

1. Introdução.
2. Conceito de imunidade tributária:
2.1 Distinções entre imunidade, isenção, incidência, não-
incidência e alíquota zero;
2.2 Classificações fundamentais;
2.3 Imunidades genéricas e fundamento constitucional:
2.3.1 Imunidade recíproca;
2.3.2 Imunidade dos templos de qualquer culto;
2.3.3 Imunidade dos partidos políticos, entidades sindicais
dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência
social;
2.3.4 Imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão;
2.3.5 Imunidades tópicas ou específicas.
3. Questões comentadas da FCC.
4. Síntese fundamental da aula.
5. Lista com exercícios comentados em sala de aula;
6. Gabarito puro.

Então, vamos lá.

1. INTRODUÇÃO

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A CF/88 possui um capítulo denominado de Sistema Tributário


Nacional (art. 145 a 162) que estabelece uma seção específica sob o
titulo “Limitações ao Poder de Tributar” (arts. 150 a 152).

Dentro da seção “Limitações ao Poder de Tributar” ou


limitações constitucionais ao poder de tributar, como prefere a
doutrina predominante, encontramos as chamadas imunidades
tributárias como balizas importantes e também diversos princípios
constitucionais tributários.

2. CONCEITO DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

A imunidade tributária é uma hipótese constitucional de


intributabilidade ou de não-incidência constitucionalmente qualificada.

Nesse rumo, destaca-se o aspecto formal e material da


imunidade tributária.

A respeito do aspecto formal, entende-se que a imunidade é a


impossibilidade jurídica da tributação, em razão da ausência de
competência tributária dos entes federativos. Sob o aspecto
material ou substancial, compreende-se que a imunidade é o
direito público subjetivo de não ser tributado, segundo o especificado
expressamente ou implicitamente nas normas constitucionais.

Destacamos que a imunidade tributária não exclui a atribuição,


por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis
pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da
prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de
obrigações tributárias por terceiros, de acordo com o §1°, do art. 9°,
do CTN, que ainda tem validade jurídica.

Isto é, a imunidade tributária não dispensa a pessoa alcançada


por ela de ser responsável tributário (arts. 128 a 138 do CTN), bem
como do cumprimento das obrigações tributárias acessórias.

Importante: “Imunidade. (...) Inaplicabilidade às hipóteses de


responsabilidade ou substituição tributária. (...) Recurso
extraordinário interposto de acórdão que considerou válida a
responsabilização tributária do Serviço Social da Indústria (SESI) pelo
recolhimento de ICMS devido em operação de circulação de
mercadoria, sob o regime de diferimento. A responsabilidade ou a
substituição tributária não alteram as premissas centrais da

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tributação, cuja regra-matriz continua a incidir sobre a


operação realizada pelo contribuinte. Portanto, a imunidade
tributária não afeta, tão-somente por si, a relação de
responsabilidade tributária ou de substituição e não exonera o
responsável tributário ou o substituto.” (RE 202.987, DJE de 25-9-09)

2.1 DISTINÇÕES ENTRE IMUNIDADE, ISENÇÃO, INCIDÊNCIA,


NÃO-INCIDÊNCIA E ALÍQUOTA ZERO

Consideramos relevantes as distinções entre imunidade,


isenção, incidência, não-incidência e alíquota zero

A imunidade é uma delimitação negativa de competência


tributária, ou seja, não há competência tributária. Como a
competência tributária é a aptidão para determinado ente criar o
tributo, a imunidade traduz um elemento de incompetência tributária,
sendo considerada uma “zona” na qual não poderá haver tributação e
consequentemente incidência tributária.

A imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa


constitucional de pagamento de tributo. Sendo assim, há dispositivos
constitucionais que transmitem o teor de “falsas” isenções,
representando nítidas “imunidades”, existindo equívoco por parte do
legislador constitucional. Por exemplo, o art. 195, §7°, da CF/88, que
dispõe: “São isentas de contribuições para a seguridade social às
entidades beneficentes de assistência social que atendam às
exigências estabelecidas em lei”. Esta é uma imunidade subjetiva,
segundo entendimento do STF.

A isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo


devido, isto é, a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que,
mesmo acontecendo à incidência tributária (ocorre o fato gerador),
está impedido de realizar o lançamento tributário.

Portanto, a isenção está dentro do campo da incidência e


decorre do exercício da competência tributária, sendo veiculada em
norma infraconstitucional e acontece o fato gerador (obrigação
tributária), porém não há constituição do crédito tributário.

A incidência é a situação ocorrida no mundo dos fatos que é


prevista como hipótese de incidência do tributo. É o momento da
concretização do fato gerador tributário, com o nascimento da
obrigação tributária.

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A não-incidência é o acontecimento no mundo dos fatos que


não corresponde à descrição legal tributária. Assim, na não-incidência
faltam elementos para enquadrar determinado fato na hipótese de
incidência (fato gerador in abstrato), ou seja, é a não previsão do
fato na hipótese de incidência. Com efeito, não há obrigação
tributária e, por conseguinte, não há crédito tributário.

Decerto, a não-incidência pode decorrer da falta de


competência ou do não exercício da competência em toda a sua
amplitude (característica da facultatividade do exercício da
competência tributária).

A alíquota zero, da mesma forma que a isenção, encontra-se


no campo da incidência tributária. Por conseguinte, há obrigação
tributária, mas o valor do tributo é inexistente (aspecto quantitativo),
por simples razão matemática. Isto é, a multiplicação da base de
cálculo por zero é igual a zero (BC x AL = 0). Então, o valor do
tributo a ser pago é nulo.

Imunidade Isenção Não- Alíquota


incidência zero
Quanto à lei Constituição Em regra, Falta de Em regra,
criadora lei previsão. lei
ordinária. ordinária.
Quanto ao Não há. Existe. Não há. Existe.
exercício da
competência
tributária.
Quanto à Não há. Existe. Não há. Existe.
obrigação
tributária
Quanto ao Não há. Não há. Não há. Em regra,
crédito não há,
tributário salvo
dispositivo
de lei em
contrário.

Importante: “Conforme disposto no inciso II do § 3º do art.153 da


CF, observa-se o princípio da não cumulatividade compensando-se o
que for devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores, ante o que não se pode cogitar de direito a crédito quando
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o insumo entra na indústria considerada a alíquota zero.” (RE


353.657, DJE de 7-3-2008; RE 488.357-ED, DJE de 11-9-2009; RE
370.682, DJ de 19-12-2007); “Com o advento do art. 11 da Lei
9.779/99 é que o regime jurídico do IPI se completou, apenas a partir
do início de sua vigência se tendo o direito ao crédito tributário
decorrente da aquisição de insumos ou matérias-primas tributadas e
utilizadas na industrialização de produtos isentos ou submetidos à
alíquota zero” (RE 475.551, DJE de 13-11-2009; RE 460.785, DJE de
11-9-2009). Vamos trabalhar este tema no capítulo sobre IPI.

2.2 CLASSIFICAÇÕES

As imunidades tributárias podem ser classificadas nas seguintes


categorias: (i) subjetivas ou pessoais, objetivas ou reais e mistas
(subjetiva e objetiva); (ii) ontológicas e políticas; (iii) gerais ou
genéricas e tópicas ou especiais; (iv) condicionadas ou
incondicionadas; (v) explícitas ou implícitas; (vi) excludentes e
incisivas.

• Subjetivas, objetivas e mistas: considera-se a forma de


previsão da norma imunizante. A imunidade subjetiva ou
pessoal é aquela que leva em consideração o sujeito, isto é, é
concedida pela norma constitucional em razão da qualidade da
pessoa. Por exemplo, a imunidade das entidades sindicais dos
trabalhadores (art. 150, VI, “c”). A imunidade objetiva ou real
é concedida em virtude da qualidade da coisa, do objeto ou da
mercadoria, ou seja, refere-se a matéria tributável. Por
exemplo, a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão (art. 150, VI, “d”). Por sua vez, a
imunidade mista (subjetiva e objetiva) envolve aspectos
pessoais e reais. Como exemplo, a imunidade concernente ao
ITR no que se refere às “pequenas glebas rurais, definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro
imóvel”.

• Ontológicas e políticas: considera-se o aspecto da imunidade


tributária ser ou não ser conseqüência direta ou necessária de
princípio constitucional fundamental. A imunidade ontológica é
conseqüência necessária do princípio da igualdade, sendo seu
exemplo clássico a imunidade recíproca disposta no art. 150,
VI, “a”, da CF/88. É característica básica da imunidade
ontológica a qualidade de ser clausula pétrea, isto é, proposta
de emenda constitucional tendente abolir tal imunidade não

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deve ser objeto de deliberação pelo Poder Legislativo. Já a


imunidade política deve ser reconhecida expressamente pelo
texto constitucional, eis que não decorre necessariamente de
princípio constitucional fundamental, podendo, portanto, ser
alterado pelo exercício do poder constituinte derivado. Por
exemplo, a imunidade referente aos impostos incidentes sobre
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins
de reforma agrária (art. 184, §5°).

• Gerais e tópicas: considera-se o alcance das normas


constitucionais imunizantes. A imunidade geral é dirigida a
todos os entes federativos e alcançam os impostos de forma
genérica, estando prevista no art. 150, VI, da CF/88. A
imunidade tópica ou específica se dirige a um único tributo,
podendo ser, por exemplo, um imposto ou uma taxa, tais como
o IPI que não pode incidir sobre a exportação de produtos
industrializados (art. 153, §3°, III, da CF/88) e a taxa que não
pode incidir na obtenção de certidões em repartições públicas,
para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de
interesse pessoal (art. 5°, XXXIV, “b”, da CF/88).

• Condicionadas e incondicionadas: considera-se a existência


ou não de autorização na norma constitucional imunizante para
que as normas infraconstitucionais fixem requisitos para a
concessão da imunidade. Neste sentido, a imunidade
condicionada é aquela que depende da observância de
requisitos legais para a sua implementação. Por exemplo, a
imunidade estabelecida para as instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, que devem atender os
requisitos da lei, de acordo com o art. 150, VI, “c”, da CF/88.
Por outro lado, a imunidade incondicionada independe de
qualquer condição estabelecida pela legislação
infraconstitucional para operar sua eficácia plena e
aplicabilidade imediata. Por exemplo, a imunidade recíproca
(CF, art. 150, VI, “a”).

• Explícitas e implícitas: adota-se como critério a explicitude


ou não do texto da norma constitucional. A imunidade
explícita está expressamente ou literalmente prevista no texto
constitucional, tal como as dispostas nas alíneas “a” a “d”, do
inc. VI, do art. 150. A imunidade implícita decorre da
interpretação sistemática do próprio texto constitucional, tal
como a imunidade que garante o mínimo existencial, que são

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as condições mínimas para a sobrevivência digna do ser


humano.

• Excludentes e incisivas: por fim, ainda se adota como critério


de classificação à abrangência da vedação contida na norma
imunizante. A imunidade excludente restringe determinada
situação à tributação por apenas um tipo de imposto. Por
exemplo, o art. 153, §5°, da CF, que afirma que o ouro,
quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF, devido
na operação de origem. A imunidade incisiva que estabelece
que certa situação possa ser tributada por alguns impostos. Por
exemplo, o art. 155, §3°, da CF, que dispõe que à exceção do
ICMS, do II e do IE, nenhum outro imposto poderá incidir
sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e
minerais do País.

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
SUBJETIVAS, OBJETIVAS E MISTAS;
ONTOLÓGICAS E POLÍTICAS;
GERAIS E TÓPICAS;
CONDICIONADAS E INCONDICIONADAS;
EXPLÍCITAS E IMPLÍCITAS;
EXCLUDENTES E INCISIVAS.

2.3 IMUNIDADES GENÉRICAS E FUNDAMENTO


CONSTITUCIONAL

As imunidades genéricas são previstas no art. 150, VI, da


CF/88, a saber: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou
serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c)
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a
sua impressão”.

2.3.1 IMUNIDADE RECÍPROCA

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A imunidade recíproca, também denominada de imunidade


intergovernamental, refere-se à proibição da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva
às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Importante: “A imunidade tributária gozada pela OAB é da espécie


recíproca, na medida em que desempenha atividade própria de
Estado. A imunidade tributária recíproca alcança apenas as
finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento
da imunidade tributária às operações financeiras não impede a
autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado
pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a
autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito
tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis.
Natureza plenamente vinculada do lançamento tributário, que não
admite excesso de carga” (RE 259.976-AgR, DJE de 30-4-2010); “A
circunstância de a Caixa de Assistência dos Advogados integrar a
estrutura maior da OAB não implica na extensão da imunidade,
dada a dissociação entre as atividades inerentes à atuação da OAB e
as atividades providas em benefício individual dos associados.” (RE
233.843, DJE de 18-12-2009).

Assim, entende-se que a imunidade recíproca é subjetiva,


porque diz respeito a determinadas pessoas jurídicas, sendo aplicável
aos impostos. Deste modo, não deve ser invocada na hipótese de
contribuições previdenciárias (ADI 2.024) e não alcança as taxas (RE
364.202).

A imunidade recíproca é ontológica, sendo consequência


necessária do princípio da isonomia das pessoas políticas e suas
concretizações lógicas, como o princípio federativo do Estado
brasileiro, a autonomia dos Municípios e a capacidade contributiva.
Portanto, é clausula pétrea e garantia fundamental da Federação,
conforme entendimento do STF (ADI 939).

A imunidade recíproca é incondicionada, porque não necessita


de normas infraconstitucionais para sua plena eficácia, que é
decorrência imediata do texto constitucional.

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A CF/88 estabelece expressamente que a imunidade recíproca


apenas incide sobre os impostos incidentes sobre serviço, patrimônio
ou renda. Portanto, de acordo com o sentido literal do texto, a
imunidade recíproca não alcança os impostos sobre circulação de
riquezas e produção (IPI e ICMS).

Importante: “A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de


que a imunidade de que trata o art. 150, VI, a, da CF, somente se
aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do
próprio Município” (AI 671.412-AgR, DJE de 25-4-2008; AI 574.042-
AgR, DJE de 29-10-2009; AI 634.050-AgR, DJE de 14-8-2009).

No 23° Concurso para Procurador da República se afirmou o seguinte:


“Em matéria de imunidade recíproca, segundo a CF, é correto afirmar
que a imunidade recíproca não compreende os impostos incidentes
sobre a produção e a circulação de riquezas (IPI e ICMS)”. Neste
mesmo sentido, no concurso do CESPE para Promotor/SE/2010 o
como errado o seguinte enunciado: “A imunidade recíproca, ou seja,
entre os entes federados, não está limitada a certos tipos de
impostos”.

O STF também já assentou que quando o fornecedor da


iluminação pública não é o Município, mas sim determinada sociedade
de economia mista (contribuinte de direito), que paga o ICMS ao
Estado e o inclui no preço do serviço disponibilizado ao usuário, não
há que se falar em imunidade tributária recíproca, pressupondo esta
a instituição de imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda
do próprio Município (ADI 457-MC).

Assim, entende-se que imunidade ou a isenção tributária do


comprador não se estende ao produtor, contribuinte do IPI, conforme
a súmula 591 do STF.

Nesse rumo, o STF afirma que a imunidade de que trata o


artigo 150, VI, a, da CF/88, somente se aplica a imposto incidente
sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município, sendo que
este não é contribuinte de direito do ICMS incidente sobre energia
elétrica, descabendo confundi-lo neste caso também com a figura do
contribuinte de fato e a imunidade recíproca não beneficia o
contribuinte de fato (AI 671.412-AgR). Nesta hipótese, o
contribuinte de direito é a concessionária de energia elétrica. Por
exemplo, em Brasília, a Companhia Energética de Brasília (CEB).

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Por outro lado, o STF já reconheceu a imunidade tributária


recíproca ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -
INCRA (CF, art. 150, VI, “a”, e § 2º), relativamente ao não
recolhimento de ICMS por eventual exploração de unidade
agroindustrial. No caso, o INCRA era contribuinte de direito,
entendendo-se que a atividade exercida pela mencionada autarquia
federal não se enquadra dentre aquelas sujeitas ao regime tributário
próprio das empresas privadas, considerando que a ocasional
exploração dessa unidade está no âmbito de sua destinação social em
setor relevante para a vida nacional. Observou também o STF que a
imunidade tributária disposta no §2°, do art. 150, da CF/88, só deixa
de operar quando a natureza jurídica da entidade estatal é de
exploração de atividade econômica (RE-242827).

Importante: Em relação ao IOF, apesar de ser classificado pelo CTN


como imposto sobre a produção e a circulação, o entendimento do
STF é no sentido da plena eficácia da imunidade recíproca nas
operações financeiras realizadas pelos Municípios, Estados ou Distrito
Federal (RE 196.415-PR). O STF também já decidiu mais de uma vez
que a imunidade alcança os ganhos resultantes de operações
financeiras (AI 172.890-AgR, ACO 502).

Noutro ponto, a imunidade recíproca não se aplica ao


patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o
promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente
ao bem imóvel, segundo o §3°, do art. 150, da CF/88.

Importante: “A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da


Constituição aplica-se às operações de importação de bens realizadas
por municípios, quando o ente público for o importador do bem
(identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e o ‘contribuinte de fato’).
Compete ao ente tributante provar que as operações de importação
desoneradas estão influindo negativamente no mercado, a ponto de
violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à
livre-iniciativa e à concorrência.” (AI 518.325-AgR, DJE de 30-4-
2010).

No mesmo sentido, a CF/88 fixa que a empresa pública, a


sociedade de economia mista e suas subsidiárias que explorem
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de

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prestação de serviços devem se submeter ao regime jurídico próprio


das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações
tributárias, bem como preceitua que as empresas públicas e as
sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado (art. 173, §1°, II c/c §2°).

Destarte, em princípio, a imunidade tributária recíproca não


alcançaria as empresas públicas e sociedades de economia mista,
exceto quanto às atividades tipicamente estatais.

Assim, o STF afirma que a imunidade recíproca alcança a


empresa pública prestadora de serviço público e a sociedade de
economia mista prestadora de serviço público, pois estas não se
confundem com empresas públicas que exercem atividade econômica
em sentido estrito.

Importante: “É irrelevante para definição da aplicabilidade da


imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade
desempenhada estar ou não sujeita a monopólio estatal. O alcance da
salvaguarda constitucional pressupõe o exame (i) da caracterização
econômica da atividade (lucrativa ou não), (ii) do risco à
concorrência e à livre-iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativo
pela pressão política ou econômica”. Deste modo, a imunidade
tributária recíproca não se aplica à Petrobrás (RE 285.716-AgR, DJE
de 26-3-2010); “É aplicável a imunidade tributária recíproca às
autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço
público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais
não distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente a
particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acréscimo
patrimonial ao poder público (ausência de capacidade contributiva) e
não desempenhem atividade econômica, de modo a conferir
vantagem não extensível às empresas privadas. O Serviço Autônomo
de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos. A cobrança de
tarifas, isoladamente considerada, não altera a conclusão” (RE
399.307-AgR, DJE de 30-4-2010).

Neste contexto, o STF compreendeu que a Empresa Brasileira


de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO) está abrangida pela
imunidade tributária recíproca, uma vez que é empresa pública
federal que tem por atividade-fim prestar serviços de infra-estrutura
aeroportuária, mediante outorga da União, a quem
constitucionalmente deferido, em regime de monopólio, tal encargo,
de acordo com o art. 21, XII, “c” (RE 363.412-AgR).

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Do mesmo modo, em relação a Empresa Brasileira de Correios


e Telégrafos (ECT), reputando-se plausível a extensão da imunidade
recíproca à propriedade de veículos automotores destinados à
prestação de serviços postais (ACO 765-AgR), bem como se estendeu
a aplicação da imunidade recíproca à Companhia de Águas e Esgotos
de Rondônia (CAERD), sociedade de economia mista estadual
prestadora de serviço público (AC 1550-2).

Nessa senda, o STF também entende que a imunidade recíproca


abrange bens públicos sob uso de concessionárias de serviço público,
afirmando que imóveis que compõem o acervo patrimonial do Porto
de Santos, integrantes do domínio da União são imunes a tributação
do IPTU pela municipalidade, independentemente de encontrarem-se
tais bens ocupados pela empresa dos serviços portuários (RE
253.394; RE 597.563-AgR).

O STF firmou o posicionamento de que os imóveis situados no


porto, área de domínio público da União, e que se encontram sob
custódia da companhia, em razão de delegação prevista na Lei de
Concessões Portuárias, não podem sofrer incidência do IPTU, por
tratar-se de bem e serviço de competência atribuída ao poder público
(artigos 21, XII, “f” e 150, VI, CF). Entretanto, inexiste imunidade
recíproca no que se refere às taxas, uma vez que o preceito
constitucional só faz alusão expressa a imposto (AI 458.856-AgR).

Com efeito, ressaltamos que o STF (RE 580.264, julgamento


em 16/12/2010) igualmente entendeu que hospitais com
participação acionária majoritária e controle da União (na
hipótese, 99,99% das ações) e que atendem apenas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) têm o direito a imunidade tributária
recíproca.

Destacamos, por sua vez, que o STF compreende como


constitucional os Municípios instituírem ISS sobre os serviços de
registros públicos, cartorários e notariais, entendendo-se tratar-se,
no caso, de atividade estatal delegada, tal como a exploração de
serviços públicos essenciais, mas que, enquanto exercida em
caráter privado, com intuito de lucrativo, seria serviço sobre o
qual incidiria o ISS (Informativo 494).

Por fim, realçamos a interpretação da parte final do §3º, do art.


150, da CF/88, dispondo que a imunidade não exonera o promitente
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem

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imóvel, ou seja, a imunidade do ente público referente ao pagamento


de imposto incidente sobre bem imóvel não ocorre no caso do imóvel
objeto de promessa de venda a particular ou a terceiro não
acobertado pela imunidade tributária. Daí a súmula 583 do STF,
dispondo que o promitente comprador de imóvel residencial transcrito
em nome de autarquia é contribuinte do IPTU.

2.3.2 IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO

Igualmente denominada de imunidade religiosa, está prevista


no art. 150, VI, “b” e §4°, da CF/88, alcançando os impostos sobre o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades
essenciais das entidades religiosas.

A imunidade dos templos de qualquer culto tem fundamento na


preservação da liberdade religiosa, eis que o texto constitucional
garante a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias, de
acordo com o art. 5°, VI.

Neste contexto, o Brasil é um Estado laico, pois não há uma


religião oficial e a imunidade deve abranger qualquer culto religioso,
atingindo, portanto, todas as religiões.

Importante: a imunidade tributária religiosa proíbe o IPTU sobre


imóveis de propriedade dos templos que se encontram alugados, eis
que deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas,
também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com
as finalidades essenciais das entidades religiosas (RE 325.822).

O STF também entende que os cemitérios que consubstanciam


extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela
imunidade religiosa, como a impossibilidade da incidência de IPTU em
relação a eles (RE 578.562).

2.3.3 IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, ENTIDADES


SINDICAIS DOS TRABALHADORES, INSTITUIÇÕES DE
EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

O texto constitucional estabelece a proibição de se criar


impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos

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trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,


sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem como dispõe
que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades,
segundo o art. 150, VI, “c” e §4°.

Importante: A imunidade é das entidades sindicais dos


trabalhadores e não dos empregadores (sindicato também
chamado de patronal).

Neste contexto, salientamos que o enunciado “sem fins


lucrativos” diz respeito às instituições de educação e de assistência
social, estabelecendo o STF que a CF/88 remete à lei ordinária a
fixação de normas sobre a constituição e o funcionamento da
entidade educacional ou assistencial imune, mas não os lindes da
imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina infraconstitucional,
ficou reservado à lei complementar, de acordo com o art. 146, II
(ADI 1.802-MC).

Deste modo, para ser considerada entidade “sem fins


lucrativos” se deve atender o art. 14 do CTN, estabelecendo os
requisitos de: (i) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio
ou de suas rendas, a qualquer título; (ii) aplicar integralmente, no
País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais; (iii) manterem escrituração de suas receitas e
despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar
a sua exatidão.

Portanto, na falta de cumprimento destes requisitos, a


autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício da
imunidade tributária.

A respeito da abrangência desta imunidade, destacamos desde


já que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150,
VI, c, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas
atividades essenciais de tais entidades (Súmula 724 do STF),
bem como que a imunidade tributária conferida a instituições de
assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, apenas
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não
houver contribuição dos beneficiários (Súmula 730 do STF).

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Com base na súmula 724, o STF assentou a imunidade de


instituição de educação sem finalidade lucrativa (SENAC)
relativamente ao ITBI referente à aquisição por ela de imóvel locado
a terceiro, destinando-se os aluguéis a ser aplicados em suas
finalidades institucionais (RE 235.737).

Por sua vez, o STF entende que a utilização do imóvel para


atividade de lazer e recreação não configura desvio de finalidade com
relação aos objetivos da fundação caracterizada como entidade de
assistência social. Portanto, não agride o texto constitucional decisão
que afasta o desvio de finalidade para o fim de assegurar a
imunidade tributária com base no reconhecimento de que a atividade
de recreação e lazer está no alcance dos objetivos de específica
fundação (RE 236.174).

Da mesma forma, o fato de os imóveis estarem sendo utilizados


como escritório e residência de membros das instituições de educação
e assistência social, sem fins lucrativos, não afasta a imunidade
prevista no artigo 150, inciso VI, alínea c, § 4º da Constituição
Federal (RE 221.395).

Noutro ponto, a imunidade em favor das instituições de


assistência social, abrange o II e o IPI, que incidem sobre bens a
serem utilizados na prestação de seus serviços específicos (RE
243.807).

Nesse rumo, o STF tem entendido que a imunidade das


entidades de assistência social abrange o ICMS incidente sobre a
importação de mercadorias utilizadas na prestação de serviços
específicos (AI 669.257-AgR) e o ICMS incidente as aquisições de
produtos no mercado interno, desde que os bens adquiridos integrem
o patrimônio dessas entidades beneficentes (AI 535.922-AgR).

Tal entendimento é fundamentado na premissa de que não há


que “invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade,
critérios de classificação dos impostos adotados por normas
infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre
bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles.
O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado
interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela
imunidade” (RE 203.755; RE 540.725-AgR).

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Importante: a jurisprudência mais atual do STF compreende que a


imunidade discutida neste item não se restringe aos impostos
classificados no CTN como impostos sobre o patrimônio e a renda
(ITR, IPTU, ITBI, IR e ISS), abrangendo do mesmo modo o ICMS, o
IPI e o IOF, que são classificados pelo CTN como impostos sobre a
produção e a circulação.

Decerto, o STF tem reconhecido a imunidade de instituição de


ensino e de entidade de assistência social, sem fins lucrativos,
referente ao IOF sobre operações bancárias (RE 249.980-AgR, RE
241.090).

Com feito, eventual renda obtida pela instituição de assistência


social mediante cobrança de estacionamento de veículos em área
interna da entidade, destinada ao custeio das atividades desta,
também está abrangida pela imunidade (RE 144.900), bem como a
renda obtida na prestação de serviços de diversão pública, mediante
a venda de ingressos de cinema ao público em geral, e aproveitada
em suas finalidades assistenciais (AI 155.822-AgR).

De mais a mais, salientamos que o STF compreende que


“terrenos baldios sem vinculação às finalidades essenciais da
entidade afastam a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF”
(RE 375.715-ED, DJE de 24-9-2010) e que a Súmula nº 70 do
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) dispõe que é
“imune ao ITR o imóvel pertencente às entidades indicadas no artigo
150, VI, c, da Constituição, que se encontra arrendado, desde que a
receita assim obtida seja aplicada nas atividades essenciais da
entidade”.

2.3.4 IMUNIDADE DOS LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O


PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO

Também chamada de imunidade cultural, está prevista no art.


150, VI, “d”, visando concretizar diversas normas jurídicas
constitucionais, tais como a livre manifestação de pensamento (art.
5°, IV), da atividade artística, intelectual, científica e da comunicação
(art. 5°, IX) e o acesso à informação (art. 5°, XIV).

Segundo a súmula 657 do STF, a imunidade cultural abrange


os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e
periódicos.

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Nessa senda, o STF entende como imunes os filmes destinados


à produção de capas de livros, denominados de “filme Bopp” (AI
597.746-AgR); o chamado papel fotográfico — filmes não
impressionados (RE 203.859); o papel, papel fotográfico e papel para
artes gráficas consumidos no processo produtivo do jornal (RE
276.842-ED); os materiais relacionados somente com papel, tais
como papel fotográfico, papel telefoto, filmes fotográficos,
sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas,
papel fotográfico para fotocomposição por laser (RE 178.863).

Assim sendo, o STF assenta a impossibilidade de a imunidade


cultural ser estendida a outros insumos não compreendidos no
significado do enunciado papel destinado à sua impressão (RE
324.600-AgR).

Destarte, não tem imunidade a tinta utilizada para a impressão


dos livros, jornais e periódicos ou os serviços de composição gráfica
necessários à confecção dos livros, jornais e periódicos (RE 230.782).

Do mesmo modo, o STF tem compreendido que a imunidade


tributária cultural só vale para livros impressos e não para livros
eletrônicos (CD-ROM), conforme RE nº 416.579/RJ, RE nº
282.387/RJ e AI nº 530.958/GO.

Importante: O STF já afirmou que “apenas os materiais


relacionados com o papel - assim, papel fotográfico, inclusive para
fotocomposição por laser, filmes fotográficos, sensibilizados, não
impressionados, para imagens monocromáticas e papel para telefoto
- estão abrangidos pela imunidade tributária” (RE nº 229.703/SP, AI
nº 307.932/SP-AgR, RE nº 324.600/SP-AgR).

Importante: Em julgamento realizado em 14/06/2010, a Segunda


Turma do STF deferiu medida cautelar para “outorgar efeito
suspensivo a RE em que se discute a exigibilidade, ou não, do
estorno de créditos de ICMS relativos a operações que
antecedem a prática de atos imunes – fornecimento de
material para produção de papel destinado à impressão de
livros, jornais, periódicos (CF, art. 150, VI, d) (...) Consignou-se
que, embora a jurisprudência do STF tenha revelado tendência
restritiva ao interpretar o alcance da mencionada norma, a situação
versada nos autos diferiria dos precedentes, sustentando-se, por
conseguinte, a possibilidade de interpretação extensiva do
postulado da imunidade tributária na hipótese prevista no art.
150, VI, d, da CF (...) Registrou-se que tal perspectiva fundar-se-ia
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no entendimento de que a efetiva – e plena – realização do instituto


da imunidade tributária somente se completaria com a manutenção
dos créditos, pois a impossibilidade de utilização dos créditos
resultantes das operações de compra de insumos vinculados à
produção de papel – com a consequente exigência fiscal de estorno
dos créditos referentes a matérias-primas e a outros insumos
utilizados na fabricação de papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos – frustraria, indevidamente, por completo, a
concretização da tutela constitucional propiciada por essa limitação
ao poder de tributar do Estado ” (AC 2.559-REF-MC, Informativo
591).

Por sua vez, o STF compreende que o poder constituinte


originário não fez qualquer ressalva quanto ao valor artístico ou
didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade
cultural de uma publicação. Decerto, não cabe ao aplicador da norma
constitucional afastar a imunidade cultural instituída para proteger
direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um
juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico
de uma publicação (RE 221.239).

Neste sentido, a imunidade alcança o álbum de figurinhas;


listas telefônicas (RE 114.790); as chamadas apostilas para estudo,
considerando-as manuais técnicos didáticos (RE 183.403).

Entretanto, o produto tem que ser algo considerado livro, jornal


ou periódico, o que não inclui, por exemplo, cadernos e blocos de
papel para anotações, livros contábeis, calendários, agendas de
anotações e os encartes exclusivos de propaganda distribuídos com
jornais e periódicos (RE 213.094).

Noutro ponto, ressalta-se que esta imunidade é objetiva, pois


se relaciona aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão, portanto não se estende às editoras, autores, empresas
jornalísticas ou de publicidade, que permanecem sujeitas à tributação
pelas receitas e pelos lucros auferidos (RE 206.774).

Com efeito, não são alcançados pela imunidade cultural os


impostos incidentes sobre os rendimentos (IRPF e IRPJ) das
atividades da livraria, da banca de jornal ou dos empresários deste
ramo.

2.3.5 IMUNIDADES TÓPICAS OU ESPECÍFICAS

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São as imunidades espalhadas ou esparsas pelo texto


constitucional.

Imunidades tópicas ou específicas


(i) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de
taxas: (a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de
certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV);
(ii) Ação popular, salvo comprovada má-fé, é isento (diga-se
tecnicamente imune) de custas judiciais, que é uma taxa de serviço
público (art. 5°, LXXIII);
(iii) São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da
lei, o registro civil de nascimento e a certidão de óbito (art. 5°,
LXXVI);
(iv) São gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e,
na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania (art.
5°, LXXVII);
(v) As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico
não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149,
§2°, I);
(vi) O IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao
exterior (art. 153, §3°, III);
(vii) O ITR não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em
lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel
(art. 153, §3°, II);
(viii) O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF
(art. 153, §5°), isto é, não pode incidir qualquer outro tributo;
(ix) O ICMS não incidirá: (a) sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a
destinatários no exterior; (b) sobre operações que destinem a
outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos
e gasosos dele derivados, e energia elétrica; (c) nas prestações de
serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de
sons e imagens de recepção livre e gratuita (art. 155, §2°, X);
(x) À exceção do II, IE e ICMS nenhum outro imposto poderá incidir
sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do
País (art. 155, §3°), isto é, a imunidade se refere apenas aos
impostos (exceto II, IE e ICMS), podendo incidir, por exemplo,
contribuições tributárias. Anota-se a súmula 659 do STF, dispondo

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que é “legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre


as operações relativas a energia elétrica, serviços de
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do
país”;
(xi) O ITBI não incidirá (a) sobre transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital; (b) sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se,
nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra
e venda desses bens ou direitos; (c) locação de bens imóveis; (d)
arrendamento mercantil (art. 156, §2°, I);
(xii) São isentas (diga-se tecnicamente imune) de impostos
federais, estaduais e municipais as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária (art. 184, §5°);
(xiii) A contribuição previdenciária não incide sobre aposentadoria e
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social (art. 195,
II);
(xiv) São isentas (diga-se tecnicamente imune) de contribuição para
a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei (art. 195, §7°);
(xv) A celebração do casamento é gratuita, portanto, imune a taxas
(art. 226, § 1º).

3. QUESTÕES DETALHADAMENTE COMENTADAS DA


FCC

1. (FCC/Procurador de Estado/RO/2011) O Sindicato


Patronal das Indústrias do Setor de Plásticos e Derivados,
alegando como argumento o fato de constituir-se como
sindicato, requereu imunidade constitucional tributária
abrangendo a totalidade de seu patrimônio, renda e
serviços. Com relação ao pleito e fundamentação
apresentada,
(A) aplica-se a imunidade tributária exclusivamente ao
patrimônio do sindicato patronal.
(B) aplica-se a imunidade exclusivamente para os serviços,
em função do princípio da imunidade recíproca.
(C) aplica-se a imunidade integral, abrangendo inclusive,
taxas e contribuições, em razão da finalidade da entidade.
(D) não se aplica a imunidade por se tratar de sindicato
patronal.
(E) não se aplica a imunidade, que é restrita,
exclusivamente, aos templos de qualquer culto, às
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entidades de assistência social sem fins lucrativos e aos


livros, jornais e periódicos.

Letra (A). O Sindicato Patronal ou de Empregadores das


Indústrias do Setor de Plásticos e Derivados não tem direito a
imunidade. A imunidade é das entidades sindicais dos trabalhadores,
conforme o art. 150, VI, “c” e §4°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). Aplica-se a imunidade ao patrimônio, a renda e os


serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades, de
acordo com o art. 150, §4°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). Tal imunidade é somente no que tange aos impostos


(art. 150, VI, da CF/88). Logo, incorreta.

Letra (D). Não se aplica a imunidade por se tratar de sindicato


patronal, conforme o art. 150, VI, “c” e §4°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (E). Não se aplica a imunidade. Contudo, a imunidade não


é restrita apenas aos templos de qualquer culto, às entidades de
assistência social sem fins lucrativos e aos livros, jornais e periódicos.
Por exemplo, a imunidade dos partidos políticos ou a imunidade
recíproca dos entes federativos, conforme o art. 150, VI, da CF/88.
Logo, incorreta.

2. (FCC/Procurador do Ministério Público de


Contas/AP/2011) Haverá imunidade sobre
(A) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços
de empresas públicas, desde que os fatos geradores
estejam relacionados com exploração de atividade
econômica.
(B) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços
de autarquias, desde que por fatos vinculados às suas
finalidades essenciais ou as delas decorrentes.
(C) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços
dos templos de qualquer culto e dos partidos políticos e suas
fundações, desde que vinculados os fatos geradores a suas
atividades essenciais.
(D) tributos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o
papel destinado a sua impressão.
(E) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços
dos entes federados, ainda que os fatos geradores não

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estejam vinculados a suas finalidades essenciais ou delas


decorrentes.

Letra (A). A imunidade recíproca não se aplica ao patrimônio, à


renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, segundo o art. 150, §3°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). Haverá imunidade sobre impostos incidentes sobre


patrimônio, renda e serviços de autarquias, desde que por fatos
vinculados às suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes, de
acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (C). Haverá imunidade sobre impostos incidentes sobre


patrimônio, renda e serviços dos templos de qualquer culto e dos
partidos políticos e suas fundações, desde que vinculados os fatos
geradores a suas atividades essenciais, segundo o art. 150, “b”, “c” e
§4°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (D). Haverá imunidade sobre impostos incidentes sobre


livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão
(imunidade cultural ou de imprensa), segundo o art. 150, VI, “d”, da
CF/88. Logo, incorreta.

Letra (E). Conforme o art. 150, §3°, da CF/88, a imunidade dos


entes federativos não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
Ressalta-se que, nestes casos, por uma interpretação a contrario
sensu ou interpretação inversa da norma prevista no art. 150, §3°,
os fatos geradores não estão vinculados as finalidades essenciais dos
entes federativos ou delas decorrentes. Logo, incorreta.

3. (FCC/ Juiz de Direito/PE/2011) O art. 155, §2°,


inciso X, letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o
ICMS “não incidirá” sobre prestação de serviços de
comunicação nas modalidades de radiodifusão e transmissão
de imagens. Bem observado, o dispositivo consagra,
segundo a melhor doutrina do direito,
(A) hipótese de não-incidência tributária.
(B) imunidade tributária.
(C) isenção de nível constitucional.

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(D) isenção pura e simples.


(E) remissão fiscal.

Letra (A). A hipótese é de não-incidência tributária. Porém, a


questão quer saber a classificação mais adequada e a não-incidência
tributária também pode ser decorrente de lei infraconstitucional.
Logo, incorreta.

Letra (B). O mais adequado no caso é falar realmente em


imunidade tributária, pois é um caso de não-incidência tributária
previsto na Constituição Federal. Logo, correta.

Letra (C). A isenção não é caso de não-incidência, mas sim de


dispensa legal de tributo devido, conforme compreensão atual do
STF. Logo, incorreta.

Letra (D). A isenção é instituto de lei infraconstitucional. Logo,


incorreta.

Letra (E). Na remissão fiscal há incidência tributária. Logo,


incorreta.

4. (FCC/Advogado/Agência de Fomento/SP/2011)
Haverá imunidade tributária para
(A) impostos incidentes sobre o patrimônio, renda e serviços
de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, desde que relacionados com suas finalidades
essenciais ou delas decorrentes.
(B) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e aos
serviços relacionados com exploração de atividades
econômicas de empresas públicas e sociedades de economia
mista.
(C) contribuições devidas por pessoas jurídicas de direito
público interno, incidentes sobre folha de salários de
empregados públicos.
(D) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços
das instituições de educação e assistência social, sem fins
lucrativos.
(E) tributos incidentes sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior e sobre serviços prestados a
destinatários no exterior.

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Letra (A). Haverá imunidade tributária sobre impostos


incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que
relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, de
acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (B). A imunidade recíproca não se aplica a todos os


tributos e nem aos impostos incidentes sobre o patrimônio, à renda e
aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,
segundo o art. 150, §3°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). A imunidade recíproca se refere a impostos e não a


contribuições devidas por pessoas jurídicas de direito público interno,
incidentes sobre folha de salários de empregados públicos, segundo o
art. 150, VI, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (D). A imunidade citada não se aplica aos tributos, mas


sim aos impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços das
instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, ,
atendidos os requisitos da lei, conforme o art. 150, VI, “c”, da CF/88.
Logo, incorreta.

Letra (E). A imunidade referida é em relação ao ICMS sobre


operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior (art. 155, §2°, X, “a”,
da CF). Logo, incorreta.

5. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) A vedação


constitucional conferida aos entes federados de cobrarem
impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros
é denominada
(A) isenção recíproca.
(B) imunidade recíproca.
(C) remissão específica.
(D) não incidência.
(E) anistia.

Segundo a melhor doutrina, a vedação constitucional conferida


aos entes federados de cobrarem impostos sobre patrimônio, renda e
serviços uns dos outros é denominada de imunidade recíproca, de
acordo com o art. 150, VI, “a”, da CF.

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Logo, correta a letra “b”.

6. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) A
imunidade recíproca
(A) refere-se a todos os tributos.
(B) abrange os impostos sobre o patrimônio, renda, serviço,
circulação de mercadorias, produtos industrializados e
operações financeiras.
(C) refere-se a todos os entes políticos e entidades da
Administração indireta, inclusive empresas públicas e
sociedades de economia mista.
(D) aplica-se também ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados.
(E) refere-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios, às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público.

Adotou-se o entendimento literal do art. 150, VI, §2°, da


CF/88.

Assim, considera-se imunidade tributária recíproca, também


denominada de imunidade intergovernamental, à proibição da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é
extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Logo, correta a letra “e”.

7. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) As
entidades beneficentes de assistência social que atendam às
exigências estabelecidas em lei, conforme a Constituição
federal,
(A) possuem isenção de contribuição para a seguridade
social e de imposto incidente sobre a renda.
(B) são imunes de imposto sobre a circulação de
mercadorias e demais impostos incidentes sobre serviços
relacionados às finalidades essenciais.

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(C) devem cumprir obrigação tributária principal


relativamente a impostos incidentes sobre patrimônio
relacionados com as finalidades essenciais.
(D) são imunes de contribuição para seguridade social e
imposto incidente sobre patrimônio, renda e serviços
relacionados com as finalidades essenciais.
(E) são isentos de imposto sobre a renda, patrimônio e
serviços relacionados com as finalidades essenciais.

Aqui é importante ressaltar novamente as diferenças entre


imunidade, isenção e não-incidência.

A imunidade é uma delimitação negativa de competência


tributária, ou seja, não há competência tributária. Como a
competência tributária é a aptidão para determinado ente criar o
tributo, a imunidade traduz um elemento de incompetência tributária,
sendo considerada uma “zona” na qual não poderá haver tributação e
consequentemente incidência tributária. Desta forma, a imunidade
tem sede na CF/88, materializando uma dispensa constitucional de
pagamento de tributo.

Sendo assim, há dispositivos constitucionais que transmitem o


teor de “falsas” isenções, representando nítidas “imunidades”,
existindo equívoco por parte do legislador constitucional. Por
exemplo, o art. 195, §7°, da CF/88, que dispõe: “São isentas de
contribuições para a seguridade social às entidades beneficentes de
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei”.
Portanto, é imunidade.

Já a isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo


devido, isto é, a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que,
mesmo acontecendo à incidência tributária (ocorre o fato gerador),
está impedido de realizar o lançamento tributário. Com efeito,
decorre do exercício da competência tributária, sendo veiculada em
norma infraconstitucional e acontece o fato gerador, porém não há
constituição do crédito tributário.

Na “não-incidência” o acontecimento no mundo dos fatos não


corresponde à descrição legal. Assim, na não-incidência faltam
elementos para enquadrar determinado fato na hipótese de incidência
(fato gerador in abstrato), ou seja, é a não previsão do fato na
hipótese de incidência. Por exemplo, o simples fato de viajar para o

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exterior não se ajusta a hipótese de incidência de qualquer tributo


federal, estadual ou municipal.

Logo, a resposta correta é a letra “d”, segundo o art. 150, VI,


“c” c/c §7°, do art. 195 da CF/88.

8. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em


relação às imunidades e isenções tributárias, é correto
afirmar:
(A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de
veículo em relação aos veículos automotores de sua
propriedade em razão da imunidade recíproca.
(B) os serviços comunitários prestados por igreja evangélica
são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição
Federal.
(C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para
expedição de certidão em repartição pública municipal, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal do requerente.
(D) a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na
qualidade de contribuintes, de contribuição de melhoria
devida em razão de obra pública municipal que gera
valorização de seus imóveis, por existir imunidade recíproca.
(E) o promitente comprador de imóvel de propriedade de
autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

Letra (A). O Município não paga IPVA em relação aos veículos


automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca,
mas deve pagar, em princípio, taxa de licenciamento de veículo,
porque a imunidade recíproca se refere apenas a impostos. Logo,
incorreta.

Letra (B). A imunidade dos templos de qualquer culto,


igualmente denominada de imunidade religiosa, está prevista no art.
150, VI, “b” e §4°, da CF/88, alcançando os impostos sobre o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades
essenciais das entidades religiosas. Neste contexto, os serviços
comunitários prestados por igreja evangélica são imunes e não
isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. Logo,
incorreta.

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Letra (C). Não é constitucionalmente devida a taxa de


expediente para expedição de certidão em repartição pública
municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal do requerente. Existe uma imunidade específica
disposta no art. 5°, XXXIV, da CF/88, dispondo que são a todos
assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o
direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões
em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal. Logo,
incorreta.

Letra (D). A imunidade recíproca se refere apenas aos


impostos. Logo, incorreta.

Letra (E). É correto afirmar que o promitente comprador de


imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da
aquisição. A parte final do §3º, do art. 150, da CF/88, estabelece que
a imunidade recíproca não exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Isto é, a
imunidade do ente público referente ao pagamento de imposto
incidente sobre bem imóvel não ocorre no caso do imóvel objeto de
promessa de venda a particular ou a terceiro não acobertado pela
imunidade tributária. Daí a súmula 583 do STF, dispondo que o
promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de
autarquia é contribuinte do IPTU. Logo, correta.

9. (FCC/Advogado/Santos/2006) No que se refere às


limitações ao poder de tributar, considere as afirmações:
I. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
estabelecer, excepcionalmente, diferença tributária entre
bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino.
II. À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
é também vedado instituir taxas sobre todo patrimônio,
rendas ou serviços das instituições de assistência social sem
fins lucrativos.
III. É vedado à União instituir isenções de tributos da
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios.

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IV. Os Estados não podem, de regra, estabelecer limitações


ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

O item I está incorreto, pois não há exceção neste caso,


referindo-se ao princípio da não discriminação entre procedência e
destino do produto previsto no art. 152 da CF/88. Este dispositivo
dispõe que é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.

O item II está incorreto, pois esta imunidade se refere aos


impostos e não as taxas.

O item III está correto, referindo-se a proibição da isenção


heterotópica, disposta literalmente no art. 151, III, da CF/88.

O item IV está correto, pois, segundo o art. 150, V, os Estados


não podem, de regra, estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou
bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público.

Logo, a resposta correta é a letra “e”. Está correto o que se


afirma apenas nos itens III e IV.

10. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a


limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é
permitido
(A) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços
das fundações vinculadas a partidos políticos.
(B) cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base
em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que
corresponda.

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(C) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os


serviços uns dos outros em relação aos seus serviços
próprios e inerentes aos seus objetivos.
(D) estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional,
de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais.
(E) cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à
impressão de livros.

Letra (A). O texto constitucional estabelece a proibição de se


criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, bem como dispõe que tal vedação
compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo
o art. 150, VI, “c” e §4°. Logo, incorreta.

Letra (B). O enunciado se refere ao princípio da anterioridade


anual. E se a cobrança do imposto sobre o patrimônio e a renda é
feita com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a
que corresponda não ocorre desobediência a tal princípio. Logo,
correta.

Letra (C). Este enunciado contraria a imunidade tributária


recíproca (art. 150, VI, “a”, da CF/88). Logo, incorreta.

Letra (D). Esta letra contraria o art. 150, V, da CF/88,


estabelecendo que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios fixar limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por
meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. Esta é a regra que
foi cobrada na questão. Mas lembre também que existe a cobrança
de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
Logo, incorreta.

Letra (E). Esta letra contraria a imunidade dos livros, jornais,


periódicos e do papel destinado a sua impressão, também chamada
de imunidade cultural, que está prevista no art. 150, VI, “d”, da
CF/88, visando concretizar diversas normas jurídicas constitucionais,
tais como a livre manifestação de pensamento (art. 5°, IV), da
atividade artística, intelectual, científica e da comunicação (art. 5°,
IX) e o acesso à informação (art. 5°, XIV). Logo, incorreta.

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11. (FCC/Analista Judiciário/TRF-3°Região/2007) Nos


termos da Constituição Federal, cuidando-se de matéria
relativa à limitação do poder de tributar, NÃO é vedado
(A) à União, dentre outras hipóteses, instituir isenções de
tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios.
(B) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
(C) à União, aos Estados e aos Municípios, cobrar tributos
em relação a fatos geradores ocorridos depois do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
(D) aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco e
instituir impostos sobre templos de qualquer culto.
(E) ao Distrito Federal instituir impostos sobre livros,
jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Letra (A). Esta letra se refere a proibição da isenção


heterotópica, que está disposta literalmente no art. 151, III, da
CF/88, a saber: “É vedado à União instituir isenções de tributos da
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios”.
Logo, incorreta.

Letra (B). Esta letra desobedece ao princípio da não


discriminação entre procedência e destino do produto previsto no art.
152 da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). Esta letra diz respeito ao princípio da


irretroatividade disposto no art. 150, III, “a”, da CF/88, afirmando
que “sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado”. E a questão afirma que é permitido à União, aos
Estados e aos Municípios, cobrar tributos em relação a fatos
geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado. Portanto, é correta.

Letra (D). Esta letra contraria duas limitações ao poder de


tributar. O princípio da vedação ao confisco disposto no art. 150, IV,
da CF/88, proibindo-se utilizar tributo com efeito confiscatório, que é
entendido como a tributação exacerbada ou exagerada. Por sua vez,

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desobedece também a imunidade religiosa do art. 150, VI, “b”. Logo,


incorreta.

Letra (E). Esta letra contraria a imunidade dos livros, jornais,


periódicos e do papel destinado a sua impressão, que está prevista
no art. 150, VI, “d”, da CF/88. Logo, incorreta.

12. (FCC/Assessor Jurídico/TCE/PI/2009) Sobre


imunidade tributária é correto afirmar, EXCETO
(A) só alcança impostos federais.
(B) vem prevista na Constituição Federal.
(C) equivale a incompetência tributária.
(D) não pode ser instituída por lei.
(E) difere da isenção, que pressupõe competência do ente
para sua concessão.

Além dos impostos, a imunidade alcança outros tributos.


Podemos elencar, dentre outros, os seguintes exemplos: (i) São a
todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a)
o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em
repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV); (ii) Ação popular,
salvo comprovada má-fé, é isento (diga-se tecnicamente imune) de
custas judiciais, que é uma taxa de serviço público (art. 5°, LXXIII).

Logo, correta a letra “a”.

13. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5°Região/Execução


de mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder de
tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios é vedado instituir impostos sobre
(A) templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais
tributos como taxas, contribuições de melhoria e
contribuições parafiscais, relacionados ou não com suas
atividades essenciais.
(B) patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais
patronais e dos trabalhadores, relacionados, ou não com as
finalidades essenciais dessas entidades.
(C) patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é
extensivo às autarquias e às fundações instituídas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos

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serviços, vinculados a suas finalidades ou às delas


decorrentes.
(D) livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à
sua impressão, os noticiários por qualquer meio de
radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de
assistência social, com ou sem finalidade lucrativa.
(E) patrimônio dos partidos políticos e coligações
partidárias, salvo a renda, ainda que não contabilizada,
assim como os serviços de qualquer natureza, mesmo
decorrentes de suas finalidades.

Letra (A). Somente se refere a impostos, de acordo com art.


150, VI, “b”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). A imunidade se refere apenas a entidades sindicais


dos trabalhadores, de acordo com art. 150, VI, “b”, da CF/88. Logo,
incorreta.

Letra (C). Esta letra se refere a imunidade tributária recíproca,


que diz respeito à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou
serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere
ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes. Logo, correta.

Letra (D). Os noticiários por qualquer meio de radiodifusão,


assim como os institutos de educação ou de assistência social, com
finalidade lucrativa não estão abrangidos pelas imunidades dispostas
no art. 150, VI, “c” e “d”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (E). O texto constitucional estabelece a proibição de se


criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, bem como dispõe que tal vedação
compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo
o art. 150, VI, “c” e §4°. Logo, incorreta.

14. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da


imunidade recíproca
(A) aplica-se exclusivamente às entidades políticas (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).

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(B) aplica-se apenas ao recolhimento dos impostos,


dispensando a entidade imune das obrigações acessórias.
(C) aplica-se aos tributos das entidades políticas
componentes da Federação brasileira, bem como em relação
à renda, ao patrimônio ou serviços das autarquias e das
fundações mantidas pelo Poder Público.
(D) impede a tributação, através de impostos, de rendas,
patrimônios ou serviços das entidades políticas, bem como
de suas autarquias e fundações, sendo que, em relação a
estas últimas, desde que direta e exclusivamente vinculados
às suas finalidades essenciais.
(E) impede a tributação apenas das entidades políticas.

Letra (A). O princípio da imunidade recíproca abrange impostos


incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que
relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, de
acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). A imunidade tributária não exclui a atribuição, por lei,


às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos
tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de
atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações
tributárias por terceiros, de acordo com o §1°, do art. 9°, do CTN,
que ainda tem validade jurídica. Isto é, a imunidade tributária não
dispensa a pessoa alcançada por ela de ser responsável tributário
(arts. 128 a 138 do CTN), bem como do cumprimento das obrigações
tributárias acessórias. Logo, incorreta.

Letra (C). A imunidade tributária recíproca é concernente à


proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos
outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes. Logo, incorreta.

Letra (D). O princípio da imunidade recíproca abrange impostos


incidentes sobre rendas, patrimônios ou serviços das entidades
políticas (União, DF, Estados-membros e Municípios), bem como
impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias
e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que

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relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, de


acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (E). O princípio da imunidade recíproca abarca a


autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Logo, incorreta.

15. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A imunidade


constitucional das instituições educacionais sem fins
lucrativos refere-se a
(A) impostos e taxas.
(B) apenas impostos.
(C) impostos, taxas e contribuições.
(D) impostos e contribuições.
(E) taxas e contribuições.

O texto constitucional estabelece a proibição de se criar


impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores,
das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem como dispõe que tal
vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo
o art. 150, VI, “c” e §4°.

Logo, a resposta é a letra “b”.

16. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) A imunidade em


relação a livros, jornais e periódicos se refere a
(A) impostos, apenas.
(B) tributos.
(C) contribuições sociais.
(D) impostos e contribuições especiais.
(E) impostos e taxas.

A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado


a sua impressão, também chamada de imunidade cultural, está
prevista no art. 150, VI, “d”, referindo-se apenas a impostos.

Logo, a resposta é a letra “a”.

Neste ponto, aproveita-se para ressaltar que essa imunidade é


objetiva, pois se relaciona aos livros, jornais, periódicos e o papel

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QUESTÕES COMENTADAS DA FCC
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destinado a sua impressão, portanto não se estende às editoras,


autores, empresas jornalísticas ou de publicidade, que permanecem
sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros auferidos (RE
206.774). Com efeito, por exemplo, não são alcançados pela
imunidade cultural os impostos incidentes sobre os rendimentos das
atividades da livraria, da banca de jornal ou dos empresários deste
ramo.

17. (FCC/Auditor/TCE/SP/2008) Sobre as imunidades


tributárias, considere:
I. A imunidade dos templos de qualquer culto compreende
todos tributos relacionados com as suas finalidades
essenciais.
II. A imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores
compreende somente os impostos sobre a renda, o
patrimônio e os serviços, relacionados com as suas
finalidades essenciais.
III. As autarquias e as fundações públicas gozam de
imunidade em relação aos impostos sobre a renda,
patrimônio e produção, vinculados à exploração de suas
atividades econômicas.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.

O item I está incorreto, pois a imunidade dos templos de


qualquer culto compreende todos os impostos relacionados com as
suas finalidades essenciais, de acordo com o art. 150, VI, “b”, c/c §4°
do mesmo artigo.

O item II está correto, uma vez que a imunidade das entidades


sindicais dos trabalhadores compreende somente os impostos sobre a
renda, o patrimônio e os serviços, relacionados com as suas
finalidades essenciais, conforme dispõe o art. 150, VI, “c” c/c §4° do
mesmo artigo.

O item III está incorreto, pois as autarquias e as fundações


públicas gozam de imunidade em relação aos impostos sobre a renda,
patrimônio e produção, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes, de acordo com §2°, do art. 150, da CF/88.

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Logo, a resposta correta é a letra “c”. Está correto o que se


afirma apenas no item II.

18. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) A


Constituição Federal estabelece que é vedado à União, aos
Estados e aos Municípios instituir
(A) tributos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns
dos outros.
(B) impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços,
uns dos outros.
(C) tributos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a
produção, uns dos outros.
(D) impostos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a
produção, uns dos outros.
(E) impostos e taxas sobre o patrimônio, a renda, os
serviços e a produção, uns dos outros.

19. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2007) O


prédio de propriedade do Estado, onde funciona uma escola
pública, não está sujeito à incidência do Imposto sobre
propriedade predial e territorial urbana (IPTU) por força da
(A) estrita legalidade tributária
(B) isenção tributária subjetiva.
(C) isenção tributária objetiva.
(D) capacidade econômica do contribuinte.
(E) imunidade tributária recíproca.

As duas questões se referem indubitavelmente a imunidade


tributária recíproca disposta no art. 150, VI, “a”, da CF/88.

Logo, a decima oitava é letra “b” e a decima nona é letra “e”.

20. (FCC/ Defensoria Pública/São Paulo/2009) A


respeito das limitações do poder de tributar, assinale a
opção INCORRETA.
(A) A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio,
renda ou serviços das instituições de assistência social inclui
as rendas recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas
em suas finalidades essenciais.
(B) A concessão da imunidade sobre livros, jornais e
periódicos independe da prova do valor cultural ou
pedagógico da publicação.

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(C) À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios é vedado instituir impostos sobre o patrimônio,
renda ou serviços, uns dos outros, inclusive nas hipóteses
em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam
relacionados com explorações de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados.
(D) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e
serviços, de qualquer natureza, em razão de
sua procedência ou destino.
(E) Segundo entendimento consolidado no Supremo
Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se
estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT,
por se tratar de empresa pública prestadora de serviço
público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

Letra (A). Segundo a súmula 724 do STF, dispondo que ainda


quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades
essenciais de tais entidades. Logo, correta.

Letra (B). De acordo com a jurisprudência do STF, a “imunidade


tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua
impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade
de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem
como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à
educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez
ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância
das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma
publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em
tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito
tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo
subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico
de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil.” (RE
221.239). Logo, correta.

Letra (C). À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios não é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda
ou serviços, uns dos outros, sendo vedado nas hipóteses em que o
patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com
explorações de atividades econômicas regidas pelas normas

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aplicáveis a empreendimentos privados, segundo art. 150, §3°, da


CF. Logo, incorreta.

Letra (D). Segundo o art. 152 da CF/88, estabelecendo que é


proibido aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em
razão de sua procedência ou destino. Logo, correta.

Letra (E). A letra “e” é correta, porque segundo entendimento


consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária
recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,
ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público
de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. Vejamos algumas
decisões neste sentido:

“Constitucional. Tributário. Imposto sobre a propriedade de


veículos automotores (IPVA). Imunidade recíproca. Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Exame da índole
dos serviços prestados. Diferenciação entre serviços
públicos de prestação obrigatória e serviços de índole
econômica. Em juízo cautelar, reputa-se plausível a
alegada extensão da imunidade recíproca à
propriedade de veículos automotores destinados à
prestação de serviços postais.” (ACO 765-AgR).

“Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 150, VI,


a, da Constituição Federal alcança as empresas públicas
prestadoras de serviço público, como é o caso da autora,
que não se confunde com as empresas públicas que
exercem atividade econômica em sentido estrito" (ACO
959).

4. SÍNTESE FUNDAMENTAL DA AULA

SÍNTESE FUNDAMENTAL

• A imunidade tributária pode ser conceituada como uma hipótese


constitucional de intributabilidade ou de não-incidência
constitucionalmente qualificada.

• A imunidade tributária não exclui a atribuição, por lei, às


entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos
tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da

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prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento


de obrigações tributárias por terceiros.

• A imunidade tributária recíproca se refere à proibição da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros,
bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou
às delas decorrentes.

• A imunidade recíproca não é aplicada ao patrimônio, à renda e


aos serviços, relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.

• Em princípio, a imunidade tributária recíproca não alcançaria as


empresas públicas e sociedades de economia mista, salvo quando
exerçam atividades tipicamente estatais. Assim, o STF afirma que
a imunidade recíproca alcança a empresa pública prestadora de
serviço público e a sociedade de economia mista prestadora de
serviço público, pois estas não se confundem com empresas
públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito.

• A imunidade dos templos de qualquer culto alcança os impostos


sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as
finalidades essenciais das entidades religiosas. Assim, o STF
também entende que os cemitérios que consubstanciam
extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela
imunidade religiosa, como a impossibilidade da incidência de IPTU
em relação a eles.

• O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos


sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem
como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio,
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais

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destas entidades.

• Neste contexto, salienta-se que o enunciado “sem fins lucrativos”


diz respeito às instituições de educação e de assistência social,
estabelecendo o STF que a CF/88 remete à lei ordinária a fixação
de normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade
educacional ou assistencial imune, mas não os lindes da
imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina
infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar, conforme
o art. 146, II, do texto magno.

• Portanto, para ser considerada entidade “sem fins lucrativos” se


deve atender ao art. 14 do CTN, que estabelece os requisitos de:
(i) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas
rendas, a qualquer título; (ii) aplicar integralmente, no País, os
seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
(iii) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros
revestidos de formalidades capazes de assegurar a sua exatidão.

• A respeito da abrangência desta última imunidade, destaca-se


desde já que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune
ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas
pelo art. 150, VI, c, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado
nas atividades essenciais de tais entidades (Súmula 724 do STF),
bem como que a imunidade tributária conferida a instituições de
assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, apenas
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se
não houver contribuição dos beneficiários (Súmula 730 do STF).

• A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a


sua impressão, também chamada de imunidade cultural, está
prevista no art. 150, VI, “d”, visando concretizar inúmeras
normas jurídicas constitucionais, tais como a livre manifestação
de pensamento (art. 5°, IV), da atividade artística, intelectual,
científica e da comunicação (art. 5°, IX) e o acesso à informação
(art. 5°, XIV). Segundo a súmula 657 do STF, a imunidade
cultural abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à
publicação de jornais e periódicos.

• Nessa senda, o STF entende como imunes os filmes destinados à


produção de capas de livros, denominados de “filme Bopp”; o
chamado papel fotográfico — filmes não impressionados; o papel,
papel fotográfico e papel para artes gráficas consumidos no
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processo produtivo do jornal; os materiais relacionados somente


com papel, tais como papel fotográfico, papel telefoto, filmes
fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens
monocromáticas, papel fotográfico para fotocomposição por laser.

• Com efeito, o STF assenta a impossibilidade de a imunidade


cultural ser estendida a outros insumos não compreendidos no
significado do enunciado papel destinado à sua impressão.
Destarte, não tem imunidade a tinta utilizada para a impressão
dos livros, jornais e periódicos ou os serviços de composição
gráfica necessários à confecção dos livros, jornais e periódicos.

• Por sua vez, o STF compreende que o poder constituinte originário


não fez qualquer ressalva quanto ao valor artístico ou didático, à
relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de
uma publicação, assim, não cabe ao aplicador da norma
constitucional afastar a imunidade cultural instituída para proteger
direito tão importante ao exercício da democracia, por força de
um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor
pedagógico de uma publicação. Neste sentido, a imunidade
alcança o álbum de figurinhas; listas telefônicas; as chamadas
apostilas para estudo, considerando-os manuais técnicos
didáticos. Entretanto, o produto tem que ser algo considerado
livro, jornal ou periódico, o que não inclui, por exemplo, cadernos
e blocos de papel para anotações, livros contábeis, calendários,
agendas de anotações e os encartes exclusivos de propaganda
distribuídos com jornais e periódicos.

• Existem imunidades específicas ou tópicas previstas


explicitamente na CF/88, tais como as das contribuições sociais e
de intervenção no domínio econômico que não incidirão sobre as
receitas decorrentes de exportação e das taxas concernentes a
obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

5. LISTA COM EXERCÍCIOS DA FCC COMENTADOS EM SALA DE


AULA

1. (FCC/Procurador de Estado/RO/2011) O Sindicato Patronal


das Indústrias do Setor de Plásticos e Derivados, alegando como
argumento o fato de constituir-se como sindicato, requereu
imunidade constitucional tributária abrangendo a totalidade de seu
patrimônio, renda e serviços. Com relação ao pleito e fundamentação
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apresentada,
(A) aplica-se a imunidade tributária exclusivamente ao patrimônio do
sindicato patronal.
(B) aplica-se a imunidade exclusivamente para os serviços, em
função do princípio da imunidade recíproca.
(C) aplica-se a imunidade integral, abrangendo inclusive, taxas e
contribuições, em razão da finalidade da entidade.
(D) não se aplica a imunidade por se tratar de sindicato patronal.
(E) não se aplica a imunidade, que é restrita, exclusivamente, aos
templos de qualquer culto, às entidades de assistência social sem fins
lucrativos e aos livros, jornais e periódicos.

2. (FCC/Procurador do Ministério Público de Contas/AP/2011)


Haverá imunidade sobre
(A) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de
empresas públicas, desde que os fatos geradores estejam
relacionados com exploração de atividade econômica.
(B) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de
autarquias, desde que por fatos vinculados às suas finalidades
essenciais ou as delas decorrentes.
(C) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos
templos de qualquer culto e dos partidos políticos e suas fundações,
desde que vinculados os fatos geradores a suas atividades essenciais.
(D) tributos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão.
(E) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos entes
federados, ainda que os fatos geradores não estejam vinculados a
suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

3. (FCC/ Juiz de Direito/PE/2011) O art. 155, § 2o, inciso X,


letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o ICMS “não incidirá”
sobre prestação de serviços de comunicação nas modalidades de
radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o dispositivo
consagra, segundo a melhor doutrina do direito,
(A) hipótese de não-incidência tributária.
(B) imunidade tributária.
(C) isenção de nível constitucional.
(D) isenção pura e simples.
(E) remissão fiscal.

4. (FCC/Advogado/Agência de Fomento/SP/2011) Haverá


imunidade tributária para

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(A) impostos incidentes sobre o patrimônio, renda e serviços de


autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
desde que relacionados com suas finalidades essenciais ou delas
decorrentes.
(B) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas de empresas
públicas e sociedades de economia mista.
(C) contribuições devidas por pessoas jurídicas de direito público
interno, incidentes sobre folha de salários de empregados públicos.
(D) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços das
instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos.
(E) tributos incidentes sobre operações que destinem mercadorias
para o exterior e sobre serviços prestados a destinatários no exterior.

5. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) A vedação constitucional


conferida aos entes federados de cobrarem impostos sobre
patrimônio, renda e serviços uns dos outros é denominada
(A) isenção recíproca.
(B) imunidade recíproca.
(C) remissão específica.
(D) não incidência.
(E) anistia.

6. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) A imunidade


recíproca
(A) refere-se a todos os tributos.
(B) abrange os impostos sobre o patrimônio, renda, serviço,
circulação de mercadorias, produtos industrializados e operações
financeiras.
(C) refere-se a todos os entes políticos e entidades da Administração
indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de economia
mista.
(D) aplica-se também ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados.
(E) refere-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios, às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.

7. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) As entidades


beneficentes de assistência social que atendam às exigências
estabelecidas em lei, conforme a Constituição federal,

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(A) possuem isenção de contribuição para a seguridade social e de


imposto incidente sobre a renda.
(B) são imunes de imposto sobre a circulação de mercadorias e
demais impostos incidentes sobre serviços relacionados às finalidades
essenciais.
(C) devem cumprir obrigação tributária principal relativamente a
impostos incidentes sobre patrimônio relacionados com as finalidades
essenciais.
(D) são imunes de contribuição para seguridade social e imposto
incidente sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as
finalidades essenciais.
(E) são isentos de imposto sobre a renda, patrimônio e serviços
relacionados com as finalidades essenciais.

8. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação às


imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar:
(A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em
relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da
imunidade recíproca.
(B) os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são
isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal.
(C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para
expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do
requerente.
(D) a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na qualidade
de contribuintes, de contribuição de melhoria devida em razão de
obra pública municipal que gera valorização de seus imóveis, por
existir imunidade recíproca.
(E) o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia
municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

9. (FCC/Advogado/Santos/2006) No que se refere às limitações


ao poder de tributar, considere as afirmações:
I. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer,
excepcionalmente, diferença tributária entre bens e serviços de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
II. À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é
também vedado instituir taxas sobre todo patrimônio, rendas ou
serviços das instituições de assistência social sem fins lucrativos.
III. É vedado à União instituir isenções de tributos da competência
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

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IV. Os Estados não podem, de regra, estabelecer limitações ao


tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.

10. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a limitação


do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios é permitido
(A) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços das
fundações vinculadas a partidos políticos.
(B) cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei
anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda.
(C) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns
dos outros em relação aos seus serviços próprios e inerentes aos seus
objetivos.
(D) estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de
pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais.
(E) cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à
impressão de livros.

11. (FCC/Analista Judiciário/TRF-3°Região/2007) Nos termos


da Constituição Federal, cuidando-se de matéria relativa à limitação
do poder de tributar, NÃO é vedado
(A) à União, dentre outras hipóteses, instituir isenções de tributos de
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
(B) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em
razão de sua procedência ou destino.
(C) à União, aos Estados e aos Municípios, cobrar tributos em relação
a fatos geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado.
(D) aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco e instituir
impostos sobre templos de qualquer culto.
(E) ao Distrito Federal instituir impostos sobre livros, jornais,
periódicos e o papel destinado a sua impressão.

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12. (FCC/Assessor Jurídico/TCE/PI/2009) Sobre imunidade


tributária é correto afirmar, EXCETO
(A) só alcança impostos federais.
(B) vem prevista na Constituição Federal.
(C) equivale a incompetência tributária.
(D) não pode ser instituída por lei.
(E) difere da isenção, que pressupõe competência do ente para sua
concessão.

13. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5°Região/Execução de


mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder de tributar da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é vedado
instituir impostos sobre
(A) templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais tributos
como taxas, contribuições de melhoria e contribuições parafiscais,
relacionados ou não com suas atividades essenciais.
(B) patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais patronais e
dos trabalhadores, relacionados, ou não com as finalidades essenciais
dessas entidades.
(C) patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é extensivo às
autarquias e às fundações instituídas pelo Poder Público, no que se
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades ou às delas decorrentes.
(D) livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à sua
impressão, os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim
como os institutos de educação ou de assistência social, com ou sem
finalidade lucrativa.
(E) patrimônio dos partidos políticos e coligações partidárias, salvo a
renda, ainda que não contabilizada, assim como os serviços de
qualquer natureza, mesmo decorrentes de suas finalidades.

14. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da imunidade


recíproca
(A) aplica-se exclusivamente às entidades políticas (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios).
(B) aplica-se apenas ao recolhimento dos impostos, dispensando a
entidade imune das obrigações acessórias.
(C) aplica-se aos tributos das entidades políticas componentes da
Federação brasileira, bem como em relação à renda, ao patrimônio
ou serviços das autarquias e das fundações mantidas pelo Poder
Público.
(D) impede a tributação, através de impostos, de rendas, patrimônios
ou serviços das entidades políticas, bem como de suas autarquias e

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fundações, sendo que, em relação a estas últimas, desde que direta e


exclusivamente vinculados às suas finalidades essenciais.
(E) impede a tributação apenas das entidades políticas.

15. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A imunidade constitucional das


instituições educacionais sem fins lucrativos refere-se a
(A) impostos e taxas.
(B) apenas impostos.
(C) impostos, taxas e contribuições.
(D) impostos e contribuições.
(E) taxas e contribuições.

16. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) A imunidade em relação a


livros, jornais e periódicos se refere a
(A) impostos, apenas.
(B) tributos.
(C) contribuições sociais.
(D) impostos e contribuições especiais.
(E) impostos e taxas.

17. (FCC/Auditor/TCE/SP/2008) Sobre as imunidades tributárias,


considere:
I. A imunidade dos templos de qualquer culto compreende todos
tributos relacionados com as suas finalidades essenciais.
II. A imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores
compreende somente os impostos sobre a renda, o patrimônio e os
serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais.
III. As autarquias e as fundações públicas gozam de imunidade em
relação aos impostos sobre a renda, patrimônio e produção,
vinculados à exploração de suas atividades econômicas.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.

18. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) A


Constituição Federal estabelece que é vedado à União, aos Estados e
aos Municípios instituir
(A) tributos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos
outros.

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(B) impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos


outros.
(C) tributos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção,
uns dos outros.
(D) impostos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção,
uns dos outros.
(E) impostos e taxas sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a
produção, uns dos outros.

19. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2007) O prédio de


propriedade do Estado, onde funciona uma escola pública, não está
sujeito à incidência do Imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana (IPTU) por força da
(A) estrita legalidade tributária
(B) isenção tributária subjetiva.
(C) isenção tributária objetiva.
(D) capacidade econômica do contribuinte.
(E) imunidade tributária recíproca.

20. (FCC/ Defensoria Pública/São Paulo/2009) A respeito das


limitações do poder de tributar, assinale a opção INCORRETA.
(A) A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio, renda ou
serviços das instituições de assistência social inclui as rendas
recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas em suas
finalidades essenciais.
(B) A concessão da imunidade sobre livros, jornais e periódicos
independe da prova do valor cultural ou pedagógico da publicação.
(C) À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é
vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns
dos outros, inclusive nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou
os serviços estejam relacionados com explorações de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados.
(D) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de
sua procedência ou destino.
(E) Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal,
a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública
prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do
Estado.

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DIREITO TRIBUTÁRIO P/ O ISS/SP – TEORIA COMPLETA E
QUESTÕES COMENTADAS DA FCC
PROFESSOR: EDVALDO NILO

6. GABARITO PURO

1. D 2. B 3. B 4. A 5. B 6. E 7. D 8. E 9. E 10. B

11. C 12. A 13. C 14. D 15. B 16. A 17. C 18. B 19. E 20. C

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