Sunteți pe pagina 1din 3

Vida Cristã

A figueira infrutífera

Faça sua busca

15/02/2013 15 Comentários

“Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela, não o
achou. Disse então ao viticultor: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não
o acho; corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente? Respondeu-lhe ele: Senhor,
deixa-a este ano ainda, até que eu cave em derredor, e lhe coloque esterco; e se no futuro der
fruto, bem; mas, se não, corta-la-ás” (Lc 13.6-9).

Esta parábola começa com algo estranho: “Uma figueira no meio da vinha”. Vinha é uma
plantação de videiras. Por que haveria ali uma figueira? Por uma concessão e propósito do
proprietário. Neste texto, como em outras passagens bíblicas, o ser humano é comparado a
uma árvore.

O dono da vinha é Deus, o Pai. Se estamos no meio da vinha do Senhor, é apenas por sua graça
e amor. Não temos a natureza e a qualidade correspondentes à santidade divina, mas vivemos
pela misericórdia. Nunca deveríamos fazer exigências diante de Deus com base em direitos ou
méritos. Reconheçamos a graça e sejamos gratos.

Todo cultivo representa investimento e tem um propósito. Nesse caso, o objetivo era a
frutificação. O Senhor tem expectativas ao nosso respeito. Ele fez grande investimento em
nossas vidas e o maior deles foi o sangue precioso derramado no Calvário. Além disso, ele nos
deu o seu Santo Espírito e dons e ministérios.

Os frutos são resultados esperados. O problema é que a expectativa de Deus é, geralmente,


diferente da nossa, assim como pais e filhos têm, quase sempre, diferentes desejos e planos.
Os pais se preocupam com a saúde, o caráter, a formação educacional e profissional do filho,
mas ele, sendo uma criança, talvez queira apenas um brinquedo novo. O que temos desejado,
planejado e realizado? Quais têm sido nossas prioridades?

O texto fala sobre um tempo de avaliação. Quando chegamos ao final de cada ano, fazemos
avaliações. Aqueles a quem Jesus se dirigia tinham a tendência de avaliar os outros (Lc 13.1-5),
mas precisamos fazer o auto-exame (1Co 11.28). Quando o fazemos, é possível que nos
gloriemos de muitos resultados que talvez não sejam os que Deus deseja.

Uma figueira pode ser alta, forte, bonita, com folhagem exuberante e até flores, mas, se não
tiver fruto, não estará cumprindo sua missão. Todas essas características são boas, porém
insuficientes. O bom não substitui o melhor. Afinal de contas, para quê servimos nós? Para
produzirmos sombra? Somos enfeites? Nossa madeira terá alguma utilidade? Nossas folhas
servirão como vestimentas? (Gn 3.7). O que o Senhor procura em nós é o fruto. Muitos objetos
podem produzir sombra, mas a figueira existe para produzir figos.

Podemos ter alcançado tantas coisas nesta vida: dinheiro, bens, posições, cargos, títulos e,
ainda assim, não termos produzido fruto.

Quando Jesus voltar, muitos apresentarão um relatório diante dele, dizendo: Senhor, em teu
nome nós profetizamos, expulsamos demônios, fizemos sinais e maravilhas. Então, ele lhes
dirá: Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mt 7.22-23).

Desta passagem bíblica, entendemos que o exercício dos dons espirituais não é fruto diante de
Deus. Tanto é assim que, nos escritos de Paulo, os dons (1Co 12) estão separados do fruto do
Espírito (Gl 5.22). Podemos trabalhar muito e não produzir o que Deus espera de nós, assim
como Marta trabalhava, mas não agradava ao Mestre (Lc 10.40).

O que seria então o fruto? O antônimo da iniquidade. Não é apenas evitar o pecado, mas fazer
algo positivo em seu lugar. “Cessai de fazer o mal e aprendei a fazer o bem…” (Is 1.16-17). O
fruto do Espírito é o contrário das obras da carne (Gl 5.16-22). Podemos resumi-lo em duas
palavras: santificação e amor. A santificação combate o pecado. O amor não nos deixa
inativos, mas nos faz produzir o bem.

Outra forma de definir o fruto é “aquilo que fazemos de bom por outras pessoas”. O que eu
fizer por mim mesmo não vale como fruto. Como disse Lutero, “nenhuma árvore produz fruto
para si mesma”. Podemos comer e beber do melhor todos os dias, mas nada disso supera o
valor de um copo d’água dado ao sedento (Mt 10.42).

Naquela parábola, o dono da vinha veio procurar o fruto e, não o achando, ficou
decepcionado. A figueira é um símbolo de Israel e representava diretamente aqueles judeus
aos quais Jesus contou a parábola. Em última instância, ela nos representa também, pois Deus
tem a mesma expectativa a nosso respeito.
Não tendo achado o fruto almejado, o Senhor mandou cortar a figueira. Temos neste ponto a
manifestação da justiça divina. Em seguida, ocorre a intercessão. O viticultor parece
representar o Senhor Jesus, que é nosso advogado diante do Pai (1Jo 2.1). Personificando o
amor divino, ele clama: “Senhor, deixa-a mais este ano”. Então, a execução judicial foi adiada.

Cada dia das nossas vidas é uma nova oportunidade. Se estamos ainda nesta terra, é porque
não fomos cortados. Ainda podemos frutificar.

O viticultor se prontificou a cuidar da figueira, cavando em volta e adubando. O Senhor ainda


se propõe a investir mais em nós. O processo pode ser difícil. Cavar em volta pode ser um
procedimento incômodo, que vêm romper a dureza do solo, expor o que está oculto, retirar as
pedras e nos fazer mais receptivos à água que representa a Palavra de Deus. O adubo pode
não ser agradável, não cheira bem, mas é necessário. Precisamos aprender também com as
coisas ruins que nos sobrevêm.

Que Deus nos ajude a reconhecer tais processos em nossas vidas, de tal maneira que não
venhamos a rejeitar a divina intervenção.

A figueira ganhou tempo, mas uma nova avaliação já está marcada. O juízo final se aproxima.
Precisamos frutificar enquanto Deus nos permite.

Jesus disse àqueles homens: “Se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lc
13.5). O arrependimento é o primeiro fruto que o Senhor procura. Este foi o tema da pregação
de João Batista e também do Senhor Jesus ao iniciar o seu ministério.

Arrependimento é conscientização, desejo, decisão e mudança. Que Deus nos ajude para que
possamos produzir os frutos que ele procura em nós.

:: Pr. Anísio Renato de Andrade

S-ar putea să vă placă și