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CAPÍTULO: O CANDIDATO & SEUS DESAFIOS

A viabilidade

Os motivos que levam alguém a enfrentar uma concorrência aguerrida, onde a regra é
o vale tudo, dispostos a investir recursos próprios, dedicar seu tempo e expondo-se ao
impiedoso julgamento popular são muitos e distintos.

Pelas características, estrutura, “cacife inicial” e motivações, as candidaturas podem


ser divididas em três classes de viabilidade: alta, média e baixa. Numa disputa eleitoral
não existe segurança absoluta de vitória e nem candidatura totalmente inviável. Tudo
pode acontecer – e tudo acontece.

Cada leitor que aspirar disputar uma eleição deve saber o perfil da concorrência para
poder avaliar suas próprias chances. Daí passarmos a dar uma breve descrição de
alguns tipos de candidatos e fatores que pesam no cálculo de viabilidade eleitoral.
Quem sabe o leitor possa descobrir onde ele ou o candidato a quem dá assessoria se
encaixam.

A compreensão dos fatores que influem na viabilidade de uma postulação eleitoral


também servirá para apurar a avaliação dos leitores quanto às chances eleitorais do seu
candidato se comparadas às dos adversários contra quem ele concorrerá.

O primeiro desafio: A legenda & Os Partidos Políticos

Os candidatos ao legislativo terão que enfrentar concorrência muito mais complexa, e


em dois níveis distintos: dentro de sua própria legenda ou coalizão e fora delas, contra
postulantes dos partidos concorrentes.

O agravante é que os votos obtidos pelos candidatos que concorrem com ele dentro do
seu partido são, ao mesmo tempo, necessários e importantes para que a legenda possa
atingir o maior percentual de votos possível, para eleger uma bancada com mais
deputados ou vereadores oriundos de suas fileiras. Assim, se um companheiro do seu
partido tiver um voto a menos que você, ele se transforma, ao mesmo tempo, no seu
maior aliado e cabo eleitoral. Contudo, se você tiver um voto a menos que ele, você é
quem vira o cabo eleitoral dele.

Em última análise, quem vai decidir o número, o nível ou intensidade da disputa


interna que cada candidato enfrentará, são os dirigentes partidários, que controlam as
convenções que formalizarão legalmente as candidaturas da legenda. Se o critério de
seleção e indicação for técnico e racional (coisa que raramente ocorre), o partido
reduzirá o canibalismo entre seus candidatos e chancelará candidaturas
complementares, ou seja, nomes que disputam segmentos sociais e bases geográficas
diferentes, reduzindo os confrontos e pontos de atrito internos.

Se o critério for político, a preocupação dos dirigentes pode ser, por exemplo, o de
lançar vários candidatos para saturar um determinado segmento ou reduto e, assim,
inviabilizar a eleição de um adversário de outra legenda; pode também atender o
objetivo estratégico de fortalecer o candidato majoritário do partido em segmentos ou
redutos onde ele tenha menor penetração.

Normalmente, para muito partidos, as listas de candidatos atendem apenas aos cálculos
eleitorais e a interesses dos caciques partidários, que estão mais preocupados com suas
próprias eleições e com os votos que para elas contribuirão os demais candidatos da
legenda. Seu interesse maior é o potencial dos demais candidatos como cabos eleitorais
e não as chances de eleição de cada companheiro do partido.

Candidato ou laranja?

Se você quiser ser candidato por determinada legenda, não feche as outras portas e mantenha
bom relacionamento com lideranças de outras legendas, pois este cuidado poderá ajudá-lo a
conseguir a vaga que precisa para disputar uma eleição.

Os partidos são clubes fechados e não raro preferem o lançamento de uma "chapa" frágil,
encabeçada pelos seus líderes mais expressivos e engrossada por muitos candidatos que, se
por um lado somam poucos votos individualmente, pelo outro, não se constituem em ameaça
séria aos controladores da legenda. Exemplo: Suponha que um partido possa lançar 50
candidatos a deputado estadual e o quociente eleitoral para uma cadeira seja de 100.000
votos. Se o dirigente partidário sabe que seu cacife eleitoral gira em torno de 10.000 votos;
procurará lançar apenas candidatos com potencial menor do que o dele. Caso o partido
obtenha quociente eleitoral para eleger dois ou três candidatos, ele será o mais bem votado.

Esta regra também vale para os candidatos majoritários, principalmente aqueles lançados
pelos governantes para sucedê-los. Os casos de “criaturas” que se voltaram contra seus
“criadores” são tantos que muitos governantes preferem não fazer seu sucessor ou indicar um
candidato totalmente dependente, que não ameace seu espaço político.

Ser cabeça de sardinha ou rabo de tubarão?

Já vimos que o partido é a única porta de entrada para a carreira política e, normalmente é
dirigido por um clube seleto e fechado de líderes. Estes mantêm suas posições de comando
interno porque controlam com mãos de ferro as filiações e, conseqüentemente, controlam os
votos dos delegados nas convenções partidárias. Um candidato deve escolher, com cuidado,
qual é a legenda que escolherá para filiar-se.

Se você tiver votos e real potencial eleitoral, é bom avaliar se não seria melhor negociar sua
entrada num partido pequeno, onde você teria maiores possibilidades de negociar posições de
poder interno e necessitaria um número menor de votos para eleger-se. E não basta assinar
simplesmente sua ficha de filiação: você tem que negociar uma fatia de poder interno, filiar
também o número de simpatizantes suficiente para lhe dar o controle e indicação de cargos
para ser “dono” de um diretório municipal ou zonal que lhe assegure um lugar na executiva
daquele partido. Aí você, além de candidato, pode posar também de cacique.
Caso contrário, a não ser que você tenha bons amigos na direção nacional do partido, se você
não tiver nenhum controle sobre a executiva estadual e na nacional, ao assinar a sua ficha de
filiação você pode estar se tornando um refém da legenda, que pode negociar, à sua revelia,
um “cacife” eleitoral que deixou de ser seu: passou a ser da legenda que o abrigou.

E não estranhe se seu nome virar moeda de barganha, ou seja, a direção do seu partido
poderá pressionar outros líderes com a “ameaça” de lançá-lo candidato, só para poder “rifar”
a sua candidatura em troca de eventuais benefícios políticos, partidários ou pessoais.

Mesmo a direção da executiva regional (diretório das instâncias estaduais) ou as amizades


que você possa ter na executiva nacional, não representam nenhuma garantia de que você
será lançado candidato.

Os “golpes” e intervenções “brancas”:

São comuns as intervenções da cúpula partidária ou executiva nacional nos diretórios


regionais (instâncias estaduais) e de ambos (executivas nacional e estaduais), nos diretórios
zonais (instâncias municipais) dos partidos.

Para facilitar as suas intervenções nas instâncias inferiores da estrutura partidária, todos
partidos costumam usar o artifício de não tornar definitivas as estruturas formais dos
diretórios, nomeando executivas provisórias. Este simples artifício permite que as instâncias
partidárias superiores possam intervir sumariamente e sem nenhuma restrição sobre as
estruturas provisórias e possam anular seus atos, decisões ou até, em caso de rebeldia,
dissolver aquelas executivas e nomear outras em seu lugar.

Assim, antes de comemorar a filiação e dar sua candidatura como favas contadas, ou investir
seu dinheiro num partido, estude a situação, cheque antes se a estrutura é provisória ou
definitiva, bem como as diretrizes, o programa e o manifesto, que é o seu contrato de
constituição legal, para saber como funcionam os mecanismos internos de controle e
organização.

Estude ainda, com muito cuidado, um mecanismo de exceção autoritário e comum aos
partidos: a comissão ou conselho de ética. Saiba como funciona a comissão de ética, que é
um tribunal interno, com poder para “desterrar” ou expulsar qualquer membro do partido.
Geralmente é aí que se imolam, sem apelação, os que caírem em desgraça ou se constituírem
em ameaça ao poder feudal da direção nacional da legenda.

Na prática, as decisões das executivas nacionais têm o poder de decretos, contra os quais não
há recurso e quem tem juízo, obedece, ou corre o risco de uma intervenção, dissolução ou de
ir para o paredão de fuzilamento que são os conselhos de ética. Se forçar um pouco sua
memória, o leitor se lembrará de algum caso recente e envolvendo lideranças políticas de seu
estado ou cidade, pois estas intervenções ocorrem às centenas, em todo o país e perpetradas
por todas as legendas. Um dos mais rumorosos acontecimentos se deu entre o PSD e o então
pré-candidato à presidência, líder ruralista e deputado goiano Ronaldo Caiado.
Os legítimos interesses maiores (nacionais) da legenda sempre prevalecem sobre interesses
locais

Porém, nem sempre as intervenções das executivas sobre as instâncias partidárias inferiores
da estrutura são arbitrárias ou ilegítimas. Para sobreviver e ampliar o poder do partido,
benefício que se estende a todos os membros da agremiação as cúpulas partidárias tem que
optar pelo sacrifício de uma ala do partido em benefício da maioria e a decisão da maioria,
ainda que contrarie interesses de setores minoritários, é uma manifestação legítima de
democracia interna. Isto costuma ocorrer sempre nas articulações entre legendas para definir
suas alianças para ampliar a competitividade e as chances eleitorais do partido nas
campanhas eleitorais nacionais.

Os exemplos dos deputados tucanos Jutahy Magalhães (BA) e Luis Rocha (MA)

Vítimas constantes destas alianças, por exemplo, são o líder baiano Jutahy Magalhães, e o
líder maranhense Luis Rocha, ambos deputados e dirigentes do PSDB em seus estados.
Jutahy é arqui-rival do senador baiano Antonio Carlos Magalhães, do PFL; e o tucano
maranhense é o adversário local da família Sarney, que controla o PFL e o PMDB no seu
estado. Como PFL e PSDB são aliados a nível nacional e o mesmo ocorre não propriamente
com o PMDB, mas sim com seu senador amapaense José Sarney, que na condição de ex-
presidente, mantém diálogo e trafega bem em todas as legendas. Tanto Sarney como ACM
são lideranças expressivas e comandam as maiores forças políticas em seus estados de
origem, enquanto o PSDB tem espaços políticos muito menores que seus adversários locais.
Em toda sucessão nacional, ambos são forçados, a bem dos candidatos majoritários de sua
legenda a sacrificarem seus interesses em nome do bem maior, e tem seus interesses
regionais sacrificados, ou são “abandonados” à própria sorte pela direção nacional do seu
partido. Recebem logicamente compensações e prêmios de consolação, além de serem
beneficiados futuramente caso a candidatura à presidência de seu partido ou dos aliados
nacionais saiam vitoriosas da disputa. Como no caso deles, em nome de acordos eleitorais e
alianças circunstanciais com governos, dezenas de dirigentes partidários têm que submeter-se
ao convívio forçado com forças políticas, rivais a nível local, mas que se aliaram em torno de
objetivos maiores em outros planos ou instâncias de poder.

O exemplo Senador Paulo Octávio (PFL-DF)

Exemplo desta prática “dura” e imperial foi o fato ocorrido recentemente em Brasília, não
com um cidadão qualquer, mas com um senador da República e um dos mais fortes
empresários do País, Paulo Octávio, que foi um dos fundadores, financiadores e principais
“construtores” da poderosa legenda do PFL – Partido da Frente Liberal no Distrito Federal.
Transcrevo aqui a versão do fato que me foi passada por interlocutor muito próximo da
família do Senador e corroborado por amigos dele. O pai de meu amigo Rogério, o senador
Romeu Tuma me assegurou que a história não era bem esta e que o acordo de lançar Arruda
candidato ao governo em 2006, fora feito em consenso com o senador Paulo Octávio.

Contudo, como a intervenção da executiva nacional no Diretório Regional se deu a pedido de


um aliado de José Roberto Arruda, eu creio que o acordo não foi tão consensual assim. Passo
a reproduzi-lo, dentro do contexto deste capítulo e para servir como um alerta para os novos
cidadãos que ingressam na política e necessitam saber como funcionam as legendas.

OS FATOS:
 No episódio de violação do painel de votações do Senado, um dos envolvidos na época
era o líder do PSDB, Senador brasiliense José Roberto Arruda, sob os auspícios do
Senador baiano do PFL, Antônio Carlos Magalhães.
 Para não serem cassados, ambos renunciaram aos seus mandatos, mas Arruda teve uma
pena adicional: foi expulso do ninho tucano, ficando ao relento, sem o mandato e sem
o partido.
 Como foi leal, assumiu sua culpa e pagou alto preço político sem criar maiores
embaraços ao PFL Arruda negociou com a cúpula do partido os termos de seu
reingresso na política.
 O Diretório Regional do partido em Brasília, que à época era presidido pelo Senador
Paulo Octávio, acatou a determinação da executiva Nacional e abrigou o banido ex-
senador peessedebista José Roberto Arruda.
 Na ocasião Paulo Octávio e José Roberto Arruda teriam selado um acordo pessoal para
a eleição de 2006: aquele que estivesse melhor posicionado para disputar o governo
em 2006, seria o candidato da legenda. O episódio que envolveu a anistia conferida
pelo eleitorado brasiliense a José Roberto Arruda e os detalhes da trajetória política
dele desde a sua admissão no PFL, já foram narrados como exemplo em outro capítulo
da obra.
 Contudo, é provável que o acerto de Arruda com a executiva Nacional tenha sido
outro, pois em abril de 2006, as pesquisas conferiam ao Senador anfitrião e agora
eleito por Arruda como seu principal rival, a situação de rigoroso empate técnico.
Disposto a disputar o governo do Distrito Federal a qualquer preço, Arruda manobrou
seus liderados, que resultou com num pedido de intervenção no Diretório Regional do
Distrito Federal, para levar Paulo Octávio a abdicar da disputa para dar a ele a vaga
que seu concorrente, Arruda, mesmo não tendo ele obtido a supremacia entre os
eleitores: pesquisas efetuadas na ocasião registravam empate técnico entre os dois
postulantes do PFL.
 Em maio de 2006, Arruda se mostrou um articulador mais hábil que seu colega Paulo
Octávio ou soube escolher melhor que ele os seus aliados e interlocutores. O partido
anunciou a candidatura dele ao governo, desprezando as pesquisas e atropelando o
colega que construiu o partido na Capital Federal. Não chegou a haver intervenção,
porque o Senador Paulo Octávio, após os embargos auriculares de praxe (conversas de
bastidores) foi convencido a acatar a decisão. Assim, por sua livre vontade (livre e
espontânea pressão), Paulo Octávio anunciar a decisão que imolava suas pretensões
em favor do seu rival, aceitando, em nome da unidade partidária e do bem maior (o
governo), a módica e subalterna posição de candidato a vice-governador, mediante
compromisso de ser ele o candidato, com o apoio de Arruda, em 2.010. (A conferir)
A CRIAÇÃO DO PSL

Embora a tarefa de articular nacionalmente e conseguir manter um partido funcionando seja


árdua e o desafio de superar as cláusulas de barreira (que cerceiam seu acesso à mídia e a
obtenção de espaços legislativos) seja uma missão quase impossível, fundar um partido é
relativamente fácil.

Nenhum outro partido no Brasil foi criado em tão curto espaço de tempo como o PSL –
Partido Social Liberal, fato que merece registro nesta obra e pode servir de aspiração a um
leitor que se encontre em condições de seguir o exemplo.

Pelas razões já enunciadas acima e principalmente, devido ao fato de alguém só ser dono de
sua carreira política se for admitido na cúpula do partido que o abrigar, logo após a primeira
eleição do Senador Romeu Tuma, eu conversava sobre isso com seu filho médico, Rogério
Tuma, que conheci durante a campanha e tornou-se um de meus melhores amigos. Rogério
tinha sido coordenador da campanha de seu pai e a administrou com maestria, entusiasmo,
parcimônia, dedicação e mão de ferro: era determinado, ousado, tinha visão e tomou gosto
pelos desafios e perspectivas que política representa. No meio da conversa, Rogério me
interrompeu e perguntou o que era preciso e quanto custaria montar um partido, e lhe
respondi que eu não sabia, mas que conhecia e era amigo do maior arquiteto de partidos do
Brasil: Marcílio Duarte, fundador do PST – Partido Social Trabalhista e que eu sabia ter feito
o PGT para o líder sindical Canindé Pegado da CGT – Central Geral dos Trabalhadores.
Imediatamente, Rogério me pediu que o apresentasse a Marcílio e mais, insistiu que eu
ligasse ali mesmo para ele agendando um encontro.

Na época, 1994, Marcílio Duarte tinha entregado seu partido ao Senador paranaense Álvaro
Dias, que tinha feito a fusão com o PDS, que dera origem ao então PP e depois PPB. A
legenda PST, “filhote” mais querido de Marcílio (depois de seus próprios filhos André e ,
mas não muito depois) estava “vagando no limbo”... Curioso com a razão de tanta pressa, e
com o motivo que levaria o filho de um senador eleito poucos dias atrás a procurá-lo,
Marcílio marcou um encontro conosco no dia seguinte. Recebeu-nos em seu apartamento, no
bairro do Brooklin, com a sua tradicional hospitalidade e um ótimo café feito por sua mulher,
cúmplice e conselheira mor Tereza.

Ao saber do que se tratava, Marcílio contou-nos que estava, naquele exato momento,
organizando-se para “refundar” o seu PST. Caso Rogério quisesse aproveitar a ocasião e
topasse pagar a metade do custo que ele teria com as viagens e a montagem das comissões
provisórias, que pela legislação em vigor naquela época deveriam ter 101 membros cada uma
e serem constituídas em 9 estados, ele aproveitaria e organizaria os dois partidos ao mesmo
tempo. Mas só havia um porém: a decisão teria que ser tomada inda naquela semana, ou
Rogério teria que esperar que ele fizesse primeiro o PST para, só então, cuidar do partido que
ele pretendia criar para seu pai. E aí, quase matou Rogério do coração: caso ele deixasse para
depois, o custo seria o dobro ou até pouco mais, pois ele teria que refazer todo o percurso já
feito para constituir o PST.

Aí, Marcílio mostrou-nos tudo o que era necessário para fundar um partido político; como
era o manifesto, a constituição interna, todos os meandros jurídicos para tornar a executiva
nacional inexpugnável, como deveria funcionar o conselho de ética e qual a sua constituição,
as regalias fiscais e contabilidade, enfim: foi a melhor aula sobre o funcionamento de um
partido político que tivemos em nossa vida e tudo o que sei hoje sobre partidos políticos me
foi ensinado pelo determinado e corajoso advogado trabalhista que se apaixonou pela política
e dedicou sua vida a ela.

Marcílio tem o pavio curto e é um gladiador: foi o único líder que teve a coragem de se
insurgir contra o então todo poderoso Bispo Rodrigues, rei da bancada da Igreja Universal,
pegando-o pelo colarinho quando este o desacatou publicamente como costumava fazer com
seus liderados.

Saímos da casa de Marcílio Duarte e Rogério confidenciou-me que já tomara a decisão de


topar a proposta e fundar o partido para presenteá-lo ao seu pai e ao irmão Robson, os
políticos da família. Mas fez-me jurar que eu manteria tudo em segredo, para que ninguém
pudesse interferir ou atrapalhar o seu projeto. Meio atônito com a revelação e com a
disposição de meu amigo, já na condição de seu cúmplice, perguntei-lhe se ele já tinha em
mente qual nome daríamos ao partido e ele disse ter lido algo nos jornais sobre a vaga
intenção do PFL em mudar o nome da legenda e que um dos nomes cogitados era o PSL.
Achei sua idéia perfeita e sou testemunha de que Rogério usou seus próprios recursos e nada
pediu à sua família ou amigos: eu mesmo o vi sacar o dinheiro que iria necessitar quando nós
fomos, apenas dois dias mais tarde, fechar o negócio com Marcílio Duarte.

Pouco mais de trinta dias após nossa conversa inicial, já tínhamos coletado as 101 assinaturas
(até eu e minha família inteira entramos), nomeado a executiva nacional e estadual do PSL
em São Paulo e publicado o manifesto do partido. Rogério já tinha em mãos também as
cartas de renúncia e atas de convenção dos outros 8 estados assinadas em branco por todos os
demais integrantes das comissões provisórias do partido; tudo com data em aberto, para que
seu pai e seu irmão tomassem posse de qualquer diretório quando bem lhes aprouvesse ou
tivessem os nomes da confiança deles para tornar real e operacional a nova legenda.

O que nenhum de nós dois esperávamos, foi a ciumeira geral dos demais assessores políticos
e a reação indignada do seu irmão deputado Robson Tuma, que recebeu o mais original, útil e
inusitado presente que já presenciei alguém dar e ainda jogou a família contra e censurou o
irmão pelo ato independente e decisões tomadas à sua revelia.

E foi assim que o hábil articulador Rogério Tuma desgostou-se da política. Afastou-se dela
um dos líderes mais decididos, generosos e geniais que tive a oportunidade de conhecer. Em
contrapartida, a medicina ganhou de volta um dos mais brilhantes especialistas em
neurocirurgia do País. Resultado: Política 0 x Medicina 1.

Para mim, que me considero pelo menos “tio” do partido e fiador de nossas melhores
intenções ao idealizá-lo e fundá-lo. Mas fui afastado logo após o nascimento da criança,
como conspirador, má influência e cúmplice do malfeito. Assim, para mim foi triste assistir,
de longe, anos de subutilização e má gestão política do PSL, até seu fim melancólico e
transferência, alguns anos depois.
QUANTO MENOR FOR A SUA CHANCE REAL DE SE ELEGER, MAIOR É A SUA
CHANCE DE ARRUMAR PADRINHOS E SER CANDIDATO.

Se você ainda não é uma liderança partidária ou política, saiba que as legendas são
controladas por grupos políticos aos quais não interessa, de forma alguma, permitir o
ingresso de quadros que realmente poderiam fazer frente aos seus dirigentes, ou que possam
ameaçar a reeleição dos atuais vereadores ou deputados da legenda.

É claro que, como em toda regra, também para esta existem exceções. Existem legendas para
todos os tipos de gostos (e bolsos), desde as mais ideológicas até as mais fisiológicas, que
venderão a você os hipotéticos votos de legenda ou as “sobras” de voto de seus líderes mais
votados, que poderiam assegurar sua eleição mesmo que você tenha apenas uns poucos
milhares de votos. Mas na maioria das legendas as práticas mais comuns são as descritas
abaixo.

Pense e responda com sinceridade: Se você fosse um dos líderes de uma cúpula partidária e
estivesse compondo as listas de candidatos que disputarão (inclusive com você) as próximas
eleições, a qual destes tipos de candidatos você ofereceria vagas na sua legenda: aos que tem
menos votos que você ou aos que têm mais votos e, por conseguinte, poderiam vir a tomar a
sua cadeira e deixar você na suplência?

Pois é assim que se decide. São aceitos os candidatos fortes, que as lideranças partidárias
estimam que tenham votos de sobra e aí, além de não ameaçarem os atuais controladores do
partido, ainda podem ajudá-los a conseguir mais cadeiras. Fora daquelas exceções, só
obterão vagas:
 Os candidatos que tenham menor expressão eleitoral do que os controladores da
legenda, que podem somar votos para obtenção de quociente eleitoral, mas não
tenham chance real de eleição;
 Os candidatos que tenham recursos econômicos, que controlem “máquinas” eleitorais
ou tenham condições de financiar as campanhas dos líderes partidários;
 Candidatos que postulem cargos em outras faixas de poder, que não concorram
diretamente com as ocupadas pelos dirigentes partidários;

O aliado ideal para qualquer líder político é aquele que possa lhe somar mais votos sem
colocar em risco o projeto político ou a chance de reeleição dele.

Muitos líderes preferem lançar candidatos inviáveis eleitoralmente, a aquilo que se


convencionou chamar de “criar cobra no quintal”: apoiar um sucessor com luz própria,
fortalecendo alguém que poderá futuramente ofuscar o brilho de seu patrono e avançar sobre
seus redutos políticos.

Ser confiável ou ser amigo, para as lideranças políticas, são credenciais ou critério de escolha
muito melhor do que a competência ou as reais chances de vitória do escolhido. Quanto mais
medíocre ou incapaz de articular-se politicamente, melhor.
Portanto, caso você queira aumentar suas chances reais de ser escolhido como sucessor do
atual titular de uma administração, ou obter legenda para disputar um cargo legislativo, finja
ser menos esperto do que é, e tome cuidado para não cair na armadilha de expor estratégias
que provem as suas reais chances de vitória ou a sua real força política. É bem melhor adotar
o estilo do "mineirinho" e não assustar os "donos" da legenda.

Lembre-se que na política, o aliado de hoje poderá tornar-se o adversário de amanhã (e vice-
versa).

Você tem reduto?

O reduto é o “ninho” onde se abrigam os ovos, digo, votos dos candidatos. Candidato ainda
sem reduto é só meio candidato. O reduto é a querência, o local onde o candidato estará
protegido do alcance dos seus adversários e de onde provém a sua força para poder enfrentá-
los.

Os redutos mais comuns são os geográficos, representados pelos limites territoriais de um


bairro, município, região ou estado. O poder eleitoral dos redutos explica porque o congresso
abriga grande número de ex-prefeitos, governadores ou lideranças que exerceram funções
executivas em estatais, ministérios e secretarias de estado, conquistando simpatia e influência
graças à vantagem que lhes conferiam suas posições: prestar serviços e/ou construir obras
que resultassem em benefício das sociedades locais.

Mas existem redutos virtuais, ou seja, suas fronteiras abrangem territórios intangíveis,
representados por setores de atividade econômica, afinidades ideológicas, segmentos sociais
ou causas comuns, como, por exemplo: Funcionalismo público; comunismo; segmentos
religiosos; defesa da ecologia, etc.

A própria natureza do sistema democrático é a representatividade e qualquer aspirante tem


que representar alguém mais do que a si próprio. Esta base de representação é o que se
chama reduto, algo que exige o máximo empenho do líder político durante as 4 fases ou
ciclos de vida de seu reduto: construção, consolidação, ampliação e defesa.

Viabilidade: Os tipos mais comuns de candidato

Por isto, se não quiser ser apenas um candidato-mula (carregar votos para eleger os
dirigentes de seu partido), é importante para o candidato testar sua capacidade de articulação
e estreitar relações com as executivas regionais e zonais de seu partido e não descartar,
inclusive, a disputa por espaços internos, filiando militantes e compondo alianças nas
convenções que elegerão estas executivas.

OS LÍDERES POLÍTICOS (CANDIDATOS NATOS)

O primeiro grupo de alta viabilidade é o daqueles que já venceram eleições e exerceram


mandatos. Sua simples e justa motivação é que gostaram da notoriedade e da experiência de
exercer o poder e querem seguir representando interesses pessoais (carreira política), de
apoiadores (ex.: sindicatos, segmentos religiosos e sociais organizados e expressivos, etc.)
ou, ainda, precisam ou fazem bom proveito de sua imunidade parlamentar.

A este grupo se somam os postulantes que deixam posições de titularidade no poder


executivo (incluindo as primeiras-damas e os familiares mais próximos daqueles), posições
onde tiveram oportunidade de prestar serviços, atender favores, materializar obras, estreitar
contatos com as lideranças sociais, meios de comunicação, financiadores potenciais.
Ganharam evidência e tiveram a oportunidade privilegiada de fazer política em tempo
integral.

São mais viáveis porque têm mais experiência, conhecem o caminho das pedras, as regras do
jogo e, principalmente porque, ao longo de sua carreira e exercício de seu(s) mandato(s) estes
candidatos (os mais laboriosos e responsáveis) têm a pré-condição mais desejável e
importante para viabilizar-se eleitoralmente: consolidaram redutos geográficos e/ou setoriais
próprios.

Esta classe de candidatos tem mais notoriedade, canais de interação social, estrutura
operacional e apoio mais profissional, fontes de financiamento e, principalmente, mais
contatos no universo de lideranças civis e comunitárias dos que as demais categorias de
concorrentes.

A vulnerabilidade e maior algoz da privilegiada casta dos candidatos natos à reeleição, que
lhes devora parte de sua vantagem sobre os demais postulantes, são o péssimo conceito e a
histórica e generalizada insatisfação social com a classe política, manifesta em altos índices
de rejeição e à crescente disposição do eleitorado pela renovação nas Câmaras Municipais,
Assembléias Legislativas e Congresso Nacional.

OS CANDIDATOS APADRINHADOS POR LÍDERES POLÍTICOS

Na faixa de potencial eleitoral médio estão os candidatos lançados pelos políticos


experientes. Sua viabilidade é uma extensão do poder dos cabos eleitorais ou mentores tão
qualificados e eles têm como motivação principal, a assessoria, o incentivo e apoio que
recebem de seus patronos, além de também serem beneficiados pelas “máquinas” eleitorais,
partidárias, estruturas de apoio e financiamento de seus patronos.

Ao lançarem e apoiarem candidatos próprios e estreitamente vinculados a elas, na maioria


das vezes as lideranças políticas não estão nada preocupadas com a viabilidade eleitoral dos
novos candidatos e visam, antes:
 Ampliar sua própria viabilidade, capitalizando a inserção social e os votos eventuais
dos seus apoiados;
 Atender apenas aos objetivos estratégicos dos patronos, como “rachar” redutos que
apóiem candidatos concorrentes ou o propósito de servir de canal para carrear votos
de segmentos minoritários, para que seus patronos possam atingir o quociente eleitoral
exigido para viabilizar sua reeleição.
Como não existe vácuo no poder (um “vazio” é logo ocupado pelo vizinho mais próximo), as
novas candidaturas também atendem às necessidades das lideranças de ampliarem fronteiras
e demarcarem seus territórios políticos, para:
 Reporem os eleitores que se decepcionaram com sua representação ou a da classe
política e votarão pela renovação;
 Ocuparem todo o espaço possível no tabuleiro do poder que, de outra forma, poderiam
ser tomados por adversários ou “canibalizados” por outros líderes de seu próprio
grupo político. Por exemplo:
o Um deputado estadual eleito lança seu assessor para disputar uma vaga na
câmara municipal, só para evitar que a vaga seja ocupada por alguém indicado
por outro líder de seu partido; ou
o Lança alguém do seu grupo para evitar que lideranças aliadas que o auxiliaram
a eleger-se, venham a trabalhar para um outro candidato que, se eleito, poderia
vir a tornar-se seu concorrente direto em eleições futuras.
 Ainda que sem viabilidade eleitoral, líderes também costumam lançar seus aliados ou
auxiliares apenas para preencher o número de vagas livres que o partido dispõe, para
puxarem 1.000, 2.0000 ou os votos que puderem, para ajudar o partido a obter o
quociente eleitoral mínimo e garantir a eleição dos "caciques" da legenda;

OS LIDERES SETORIAIS & OS FAMOSOS

Outro bloco dos candidatos com alta viabilidade é o formado pelos postulantes que querem
coroar, com o poder, o êxito que experimentaram em suas carreiras profissionais, buscando
novos desafios e espaços. São os lideres sindicais de categorias numerosas, representantes de
minorias, artistas, desportistas e comunicadores com programas ou espaço nos meios de
comunicação de massa.

Sua viabilidade deriva do fato de disporem de notoriedade, inserção social ou de classe,


apoio de máquinas privadas, contatos, fontes de recursos e apoiadores, que substituem as
estruturas governamentais e partidárias que sustentam as lideranças essencialmente políticas.

A principal vantagem desta categoria de candidatos sobre os concorrentes é que não precisam
gastar nada para se tornarem conhecidos, pois já gozam de prestígio, têm imagem
consolidada (conceito social), reputação (passado conhecido) e, de quebra, em alguns casos,
contam com muitos fãs (trabalho voluntário).

OS RICOS, OS PRESUNÇOSOS & OS VAIDOSOS

São raros os candidatos verdadeiramente humildes longe das câmaras, microfones e contatos
com eleitores. A presunção, o desejo de ascensão social e a vaidade são os combustíveis que
alimentam o maior contingente de postulantes.

Esta categoria de candidatos é constituída pela maioria dos postulantes a cargos eletivos e
leva milhares de incautos a experimentarem o gosto amargo da derrota. Além de seus egos,
também influem da decisão daquela categoria de candidatos as seguintes razões:
 Ilusão derivada da sua incapacidade ou falta de acesso a informações que lhes
permitam fazerem avaliações precisas dos predicados pessoais e dos pré-requisitos
econômicos, estruturais, suporte técnico e assessoria profissional que deveriam contar
para viabilizar suas postulações;
 Avaliação errônea ou estimativa equivocada do potencial eleitoral real de segmentos
onde têm inserção. Muitas vezes são integrantes de associações e grandes entidades
(Rotary, Maçonaria; Ordem dos Advogados, Associações Comerciais, etc.), mas
esquecem que esta força eleitoral acaba atomizada e diluída nos processos eleitorais,
pelo concurso de muitos outros postulantes que também fazem parte delas...
 Tem seus egos insuflados pelas lideranças partidárias, que tem legítimo interesse e
necessidade de preencher o maior número possível das vagas disponíveis em suas
legendas, para reforçar o caixa do partido e de seus candidatos mais viáveis (via
dobradinhas) e para somar o maior número de votos possível, para obter quociente
partidário suficiente para eleger seus dirigentes.

A Sedução

O aliciamento de um cidadão e sua conversão em candidato é semelhante aos métodos


empregados pelos traficantes que viciam a "vítima", alimentando gratuitamente o seu vício
(no caso, sua vaidade), até torná-la dependente.

Normalmente são pequenos empresários ou líderes comunitários, presunçosos, que tem o seu
ego massageado pelos elogios do líder interessado em levá-lo para a arena eleitoral, onde
contribuirá para facilitar a eleição de outros candidatos melhor estruturados.

Neste período de sedução, o aspirante é convencido de que lhe bastarão seu próprio trabalho
e prestígio pessoal ou comunitário para assegurar sua eleição. Quando descobrir que não é
bem assim, já será tarde: ou prossegue como pode ou desiste.

Outro tipo de aspirante sempre bem recebido pela maioria das legendas, é o aspirante a
candidato "rico". A este se facilita tudo, até o momento em que ele percebe que para vencer a
eleição, precisará da ajuda dos seus companheiros de chapa, apoio em troca do qual,
naturalmente, terá que investir uma pequena parcela de sua fortuna.

A este tipo de candidato, normalmente se reserva a honrosa, cobiçada (e cara!) vaga de


candidato majoritário, posição que, cedo ou tarde, acabará levando-o a financiar os seus
companheiros de legenda aos cargos proporcionais.

Os idealistas

Exceto nos casos de representarem correntes de opinião muito fortes ou mais expressivas ou
numerosas, esta categoria de candidatos, que têm nas bandeiras e convicções que defendem
as principais razões de suas postulações eleitorais, estes candidatos tem baixo potencial ou
viabilidade eleitoral.
Os que pertencem à primeira categoria, salvo raras exceções têm viabilidade pessoal baixa,
mas são beneficiados pela militância e conceito coletivo dos grupos de opinião a que
pertençam, fato que lhes confere potencial eleitoral médio.

Sempre às voltas com baixa disponibilidade financeira e estrutural, em parte compensada


pelo engajamento de uma militância partidária qualificada e motivada, servem mais a
propósitos coletivos de médio e longo prazo, buscando, através de suas participações nos
processos eleitorais, marcar posições institucionais e propagar as convicções de seu grupo
político.

São soldados partidários, que colocam os objetivos coletivos do seu grupo acima dos seus
pessoais, assumindo, resignados, a missão de buscar os votos que conseguir sem perspectivas
numéricas de eleição pessoal direta, mas procurando levar sua legenda a conseguir quociente
eleitoral suficiente para, só então, eleger seus candidatos mais votados.

Conseqüências da cláusula de barreira e restrições impostas aos pequenos partidos

Os candidatos “ideológicos” são espécimes condenados à extinção, pela ganância,


intolerância dos partidos majoritários e pela alienação social. A pretexto de inibir o
mercantilismo e desvios cometidos por algumas legendas nanicas e mercenárias, os grandes
partidos estabeleceram cláusulas de barreira, restrições destinadas a inviabilizar a existência
das minorias ideológicas pelos seguintes instrumentos:
 Asfixia econômica, cerceando o direito das legendas ideológicas a repasses do fundo
partidário;
 Exigência de estrutura nacional e votação em vários estados, que impõem às minorias
a obrigação de dispor de estrutura que só podem ter as maiorias;
 Asfixia da sua representatividade política, sonegando-lhes privilégios e acesso a
cargos legislativos, para torná-los prerrogativas e privilégios exclusivos das maiorias;
 Cerceamento de seu já ínfimo acesso aos meios de comunicação de massa (tempo
gratuito nos veículos de comunicação de massa);

Independente dos objetivos ou razões alegadas pelas legendas majoritárias para justificar
suas posições contrárias à sobrevivência dos pequenos partidos, os benefícios de fato (e que
pouco ou nunca são lembrados) serão os seguintes:
 Redução das opções partidárias que possam dar guarida para futuras dissidências ou
rebeldia dentro das fileiras dos grandes partidos;
 Eliminar a possibilidade de concorrência futura já no nascedouro, reduzindo o leque
de opções e de instituições com direito a lançar candidaturas legítimas;
 Livrar as lideranças “pragmáticas” da desconfortável saia justa que lhes impõem os
debates com lideranças “ideológicas”.

O pior é que esta iniciativa, que reputo truculenta, autoritária e antidemocrática, conta com o
apoio de amplos setores da imprensa e milhões de desinformados inocentes úteis, pobres de
espírito e manipulados.
Mesmo deputados abrigados em grandes agremiações partidárias, mas que não fazem parte
de seus núcleos dirigentes, não perceberam que atiram contra seus próprios pés ao
contribuírem para eliminar um canal de participação política que lhes pode servir como
opção futura e que, de quebra, reduz o jugo dos caciques sobre is indivíduos de cada tribo.

O que uns fingem não ver e outros não se dão conta é que, ao decretar o fim das chamadas
legendas “nanicas”, a pretexto de eliminar as ervas daninhas, estão matando toda a plantação,
ou seja, reprimem também o mais legítimo direito de expressão e representação política das
minorias.

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