CLT consolidada

Câmara dos
Deputados
CLT
CONSOLIDAÇÃO
DAS LEIS DO
TRABALHO
INCLUI
Lei do Trabalho Doméstico
Lei do Trabalho Rural
edições
câmara
Câmara dos
Deputados
CLT
CONSOLIDAÇÃO
DAS LEIS DO
TRABALHO
Câmara dos Deputados
56ª Legislatura | 2019-2023
Presidente Secretaria-Geral da Mesa

Rodrigo Maia Leonardo Augusto de Andrade Barbosa
1º Vice-Presidente Diretoria-Geral
Marcos Pereira Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida
2º Vice-Presidente Diretoria Legislativa

Luciano Bivar Afrísio de Souza Vieira Lima Filho
1ª Secretária Consultoria Legislativa

Soraya Santos Luiz Fernando Botelho de Carvalho
2º Secretário Centro de Documentação e Informação

Mário Heringer André Freire da Silva
3º Secretário Coordenação Edições Câmara dos Deputados

Fábio Faria Ana Lígia Mendes
4º Secretário Coordenação de Organização da Informação

André Fufuca Legislativa
Frederico Silveira dos Santos
Suplentes de Secretário
1º Suplente
Rafael Motta
2ª Suplente
Geovania de Sá
3º Suplente
Isnaldo Bulhões Jr.
4º Suplente
Assis Carvalho
Câmara dos
Deputados
CLT
CONSOLIDAÇÃO
DAS LEIS DO
TRABALHO
Eliezer de Queiroz Noleto
(organizador)
Edição atualizada até 21/3/2019
edições
câmara
Linha editorial: Legislativo
Editora responsável: Luzimar Gomes de Paiva
Preparação de originais: Seção de Revisão
Revisão: Danielle Ribeiro, Pedro Carmo e Sandra Serra
Projeto gráfico: Leandro Sacramento e Luiz Eduardo Maklouf
Diagramação: Eduardo Meireles de Sousa
Nota do editor: as normas legais constantes desta publicação foram consultadas no Sistema de Legis-
lação Informatizada (Legin) da Câmara dos Deputados.
Série Legislação
n. 278 E-book
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.
Débora machado de Toledo – CRB 1303
Brasil. [Consolidação das leis do trabalho (CLT) (1943)].

CLT: Consolidação das leis do trabalho [recurso eletrônico] / Eliezer de Queiroz Noleto (organizador). – Brasília:
Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018.
177 p. – (Série legislação; n. 278 E-book)
Versão E-book.
“Atualizada até 21/3/2019”.
“Inclui Lei do trabalho doméstico. Lei do trabalho rural”. –Capa.
Disponível, também, em formato impresso.
Modo de acesso: livraria.camara.leg.br
ISBN 978-85-402-0695-3
1. Legislação trabalhista, Brasil. 2. Trabalho doméstico, legislação, Brasil. 3. Trabalho rural, legislação, Brasil. I.
Noleto, Eliezer de Queiroz. II. Título. III. Série.
CDU 331:34(81)(094.4)
ISBN 978-85-402-0694-6 (papel) ISBN 978-85-402-0695-3 (e-book)
Direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998.

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem prévia autorização da Edições Câmara.
Venda exclusiva pela Edições Câmara.
Câmara dos Deputados

Centro de Documentação e Informação – Cedi
Coordenação Edições Câmara – Coedi
Palácio do Congresso Nacional – Anexo 2 – Térreo
Praça dos Três Poderes – Brasília (DF) – CEP 70160-900
Telefone: (61) 3216-5833
livraria.camara.leg.br
SUMÁRIO
CLT E A REFORMA TRABALHISTA: EVOLUÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO��7
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943��19

(CLT)
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Consolidação das Leis do Trabalho

Título I – Introdução��19
Título II – Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho��21
Capítulo I – Da Identificação Profissional��21
Capítulo II – Da Duração do Trabalho��26
Capítulo II-A – Do Teletrabalho��31
Capítulo III – Do Salário Mínimo��31
Capítulo IV – Das Férias Anuais��33
Capítulo V – Da Segurança e da Medicina do Trabalho��37
Título II-A – Do Dano Extrapatrimonial��45
Título III – Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho��46
Capítulo I – Das Disposições Especiais sobre Duração e Condições de Trabalho��46
Capítulo II – Da Nacionalização do Trabalho��62
Capítulo III – Da Proteção do Trabalho da Mulher��65
Capítulo IV – Da Proteção do Trabalho do Menor��69
Título IV – Do Contrato Individual do Trabalho��75
Capítulo I – Disposições Gerais��75
Capítulo II – Da Remuneração��77
Capítulo III – Da Alteração��80
Capítulo IV – Da Suspensão e da Interrupção��81
Capítulo V – Da Rescisão��82
Capítulo VI – Do Aviso Prévio��85
Capítulo VII – Da Estabilidade��86
Capítulo VIII – Da Força Maior��87
Capítulo IX – Disposições Especiais��87
Título IV-A – Da Representação dos Empregados��88
Título V – Da Organização Sindical��89
Capítulo I – Da Instituição Sindical��89
Capítulo II – Do Enquadramento Sindical��100
Capítulo III – Da Contribuição Sindical��101
Título VI – Das Convenções Coletivas de Trabalho��109
Título VI-A – Das Comissões de Conciliação Prévia��113
Título VII – Do Processo de Multas Administrativas��114
Capítulo I – Da Fiscalização, da Autuação e da Imposição de Multas��114
Capítulo II – Dos Recursos��116
Capítulo III – Do Depósito, da Inscrição e da Cobrança��117
Título VII-A – Da Prova de Inexistência de Débitos Trabalhistas��117
Título VIII – Da Justiça do Trabalho��118
Capítulo I – Introdução��118
Capítulo II – Das Juntas de Conciliação e Julgamento��118
Capítulo III – Dos Juízos de Direito��122
Capítulo IV – Dos Tribunais Regionais do Trabalho��123
Capítulo V – Do Tribunal Superior do Trabalho��128
Capítulo VI – Dos Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho��131
Capítulo VII – Das Penalidades��133
Capítulo VIII – Disposições Gerais��134
Título IX – Do Ministério Público do Trabalho��135
Capítulo I – Disposições Gerais��135
Capítulo II – Da Procuradoria da Justiça do Trabalho��135
Capítulo III – Da Procuradoria de Previdência Social��138
Título X – Do Processo Judiciário do Trabalho��139
Capítulo I – Disposições Preliminares��139
Capítulo II – Do Processo em Geral��139
Capítulo III – Dos Dissídios Individuais��148
Capítulo III-A – Do Processo de Jurisdição Voluntária para Homologação de Acordo Extrajudicial��152
Capítulo IV – Dos Dissídios Coletivos��153
Capítulo V – Da Execução��155
Capítulo VI – Dos Recursos��158
Capítulo VII – Da Aplicação das Penalidades��164
Capítulo VIII – Disposições Finais��165
Título XI – Disposições Finais e Transitórias��165
LEGISLAÇÃO CORRELATA
LEI Nº 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973��166

(Lei do Trabalho Rural)
Estatui normas reguladoras do trabalho rural e dá outras providências.
LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015��169

(Lei do Trabalho Doméstico)
Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, e nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o inciso I do art. 3º da Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990,
o art. 36 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da
Lei nº 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá outras providências.
LISTA DE OUTRAS NORMAS DE INTERESSE�� 177

CLT E A REFORMA TRABALHISTA: EVOLUÇÃO
NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Eliezer de Queiroz Noleto1
Ao falarmos sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), somos reme-

tidos ao período conhecido como Era Vargas. Editada no ano de 1943, a CLT resultou
da coletânea de inúmeras leis esparsas então existentes que disciplinavam aspectos
sobre direito individual do trabalho, direito coletivo, fiscalização do trabalho, direito
processual do trabalho, além de legislações específicas de determinadas profissões.
Esse era o espírito do trabalho desenvolvido pela comissão constituída
para elaborar a CLT, evidenciado na exposição de motivos que acompanhou o
texto final do projeto. Segundo esse escrito, a consolidação nada mais é do que “a
fase própria da concatenação dos textos e da coordenação dos princípios, quando
já se denuncia primeiro o pensamento do sistema depois de haverem sido regu-
ladas, de modo amplo, relações sociais em determinado plano da vida política”.
Assim, ainda em conformidade com a exposição de motivos, a CLT cum-
priu o seu papel de subordinar-se às leis preexistentes, sem a intenção de torná-la
um código, instrumento que permitiria “a livre criação do direito, sem qualquer
dependência do regime vigente”.
Diante da constatação de que a consolidação “não é uma coleção de leis,
mas a sua coordenação sistematizada”, o então ministro do Trabalho, Alexandre
Marconi Filho, conclui que o texto consolidado
representa, portanto, em sua substância normativa e em
seu título, neste ano de 1943, não um ponto de partida
nem uma adesão recente a uma doutrina, mas a maturi-
dade de uma ordem social há mais de um decênio insti-
tuída, que já se consagrou pelos benefícios distribuídos,
como também pelo julgamento da opinião pública cons-
ciente, e sob cujo espírito de equidade confraternizaram
as classes na vida econômica, instaurando nesse ambiente,
antes instável e incerto, os mesmos sentimentos de huma-
nismo cristão que encheram de generosidade e de nobreza
os anais da nossa vida pública e social.
Devemos ter em mente o contexto da época que antecedeu a edição da

CLT. No início do século XX, o Brasil era um país eminentemente agrário. Cerca
de 70% da população vivia na área rural, ainda se fazendo fortemente presentes
as heranças de um passado escravocrata. A industrialização de nossa economia
era incipiente. Nunca é demais recordar que, durante toda a Primeira República
(1889-1930), a questão social (leia-se demandas relativas ao trabalho) era tratada
como “caso de polícia” com repressão duríssima pela violência militar do Estado.
Eram tempos em que praticamente inexistiam direitos para os trabalhadores,
1 Consultor legislativo da Câmara dos Deputados com atuação na área V (direito do trabalho e processual do trabalho).
7
os quais faziam jornadas diárias extensas e exaustivas, sem direito a descanso
semanal e férias. Trabalhava-se, muitas vezes, em troca de alimento e moradia.
Não havia idade mínima para a contratação, uma vez que não era raro encon-
trar crianças com cerca de oito anos ocupando funções como se adultos fossem.
Era evidente, portanto, a necessidade de regras que equilibrassem a posição de
inferioridade do trabalhador diante da superioridade econômica do empregador.
Com efeito, nos primeiros anos daquele século, foram editadas algumas
leis esparsas com o intuito de proteger os trabalhadores no exercício de suas
atividades. É o caso, por exemplo, das primeiras legislações sobre acidente de
trabalho (Decretos nos 3.724, 13.493 e 13.498, todos de 1919), da lei de criação das
caixas de aposentadorias e pensões (Decreto nº 4.682/19232), da lei de férias (De-
creto nº 4.982/1925), do Código de Menores (Decreto nº 5.083/1926, que possuía
um capítulo para tratar do trabalho do menor) e da lei de criação das Juntas de
Conciliação e Julgamento (Decreto nº 22.132/1932), entre outras. Com o intuito
de sistematizar essa legislação existente, foi constituída a referida comissão de
elaboração do projeto da CLT, composta pelos juristas Arnaldo Süssekind, Dorval
de Lacerda, Luís Augusto Rego Monteiro, Oscar Saraiva e Segadas Viana.
Embora tenha sido revolucionária para a época, resta a pergunta: após mais
de setenta anos de vigência, a Consolidação das Leis do Trabalho ainda é necessária?
Não temos dúvidas em afirmar que sim. Mesmo diante de todos os avanços
ocorridos ao longo desses anos, ainda persiste a condição de hipossuficiência
do trabalhador perante o poder econômico do empregador. O receio do desem-
prego e o controle de tempo, de espaço e de produção exercido pelo empregador
são fatores que mantêm a desigualdade entre as partes nas relações de trabalho.
Assim, esse continua a ser o escopo da CLT: o de estabelecer relações harmônicas
entre as classes trabalhadoras e empresariais, equilibrando, pela lei, a superiori-
dade econômica que o empregador tem em relação ao empregado.
No entanto, embora seja indiscutível essa condição de hipossuficiência
do trabalhador, não podemos olvidar que o transcorrer dos anos trouxe
mudanças nas relações de trabalho, diminuindo, em parte, a prevalência do
poder do empregador. Hoje os trabalhadores são mais conscientes de seus
direitos e mais protegidos por suas entidades de classe. Elevados ao nível cons-
titucional, os direitos trabalhistas são cumpridos pela maioria dos empregadores
e garantidos pela Justiça do Trabalho, a qual atua plenamente quando eles são
desrespeitados. Tudo isso, entretanto, é uma conquista social cujo momento
mais decisivo foi, sem dúvida, a criação da CLT. E foi justamente nesse contexto
de modernização das relações de trabalho que esta Casa Legislativa promoveu
modificações na consolidação.
Partindo-se da premissa de que essas relações sofreram mutações em
mais de setenta anos de vida e levando-se em consideração o pensamento
2 Também conhecida como Lei Eloy Chaves, essa legislação beneficiou, inicialmente, apenas os trabalhadores do setor ferroviário, sendo
posteriormente estendida a outras categorias.
8
CLT E A REFORMA TRABALHISTA: EVOLUÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
majoritário dos legisladores, o Parlamento aprovou a chamada Reforma Tra-

balhista (Lei nº 13.467/2017), a modificação mais profunda na legislação traba-
lhista desde a edição da própria CLT. Entendeu-se que a legislação não havia
acompanhado a evolução vivenciada nas relações de trabalho. Isso teria se
dado, por exemplo, em relação às novas formas de trabalho que surgiram com
as inovações tecnológicas ou em virtude da atuação mais presente das enti-
dades de classe, condições que teriam abrandado a hipossuficiência do traba-
lhador. Assim, a intenção manifesta do Poder Legislativo com a aprovação da
Lei nº 13.467/2017 foi a de atualizar a CLT aos novos tempos, promovendo-se
uma série de mudanças, algumas pontuais, outras de ordem mais geral. Cabe,
nesta oportunidade, destacar as principais modificações.
A nova lei incluiu um capítulo no Título II da CLT (Capítulo II-A) para dis-
ciplinar o teletrabalho, conceituado como “a prestação de serviços preponde-
rantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnolo-
gias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam
como trabalho externo”. Partindo-se do pressuposto de que essa modalidade
contratual já é uma realidade em nosso país, tanto em empresas privadas quanto
em órgãos públicos, o legislador aprovou regras específicas para regulá-la, bus-
cando estabelecer um equilíbrio entre os direitos assegurados ao empregado e
as garantias mínimas às empresas para a sua contratação.
Outra modificação importante foi a inclusão do Título II-A à CLT para
regular o “dano extrapatrimonial”, denominação que contempla o dano moral e
o dano existencial. Sua incorporação ao ordenamento legal deveu-se ao elevado
nível de discricionariedade do juiz quando da fixação de indenizações decor-
rentes da conduta lesiva. Pretendeu-se, dessa forma, harmonizar as decisões
judiciais com a definição de critérios objetivos para se estabelecer o valor da
indenização. Além de definir os bens juridicamente tutelados inerentes às pes-
soas físicas e jurídicas, a lei estabeleceu os critérios que deverão ser observados
na apreciação do pedido e, caso seja julgado procedente, os parâmetros para
fixação do valor da indenização a ser paga.
Igualmente com a justificativa de modernização das relações de tra-
balho e, também, de incremento da absorção da mão de obra desempregada,
a Lei nº 13.467/2017 incorporou o contrato de trabalho intermitente na CLT
(art. 452-A). Essa modalidade de contrato permitirá que o serviço seja prestado
de modo descontínuo, alternando-se períodos em dia e hora, sendo devido ao
empregado a contraprestação pelas horas efetivamente trabalhadas.
A CLT passou a vigorar com o Título IV-A (Da Representação dos Empre-
gados), que regulamenta o art. 11 da Constituição Federal e prestigia o diálogo
social no âmbito das empresas, visando à redução dos conflitos e do número de
ações ajuizadas na Justiça do Trabalho. Ressalte-se que o texto legal deixou evi-
dente que a representação dos empregados não se confunde com a organização
9
sindical, pois não possui incumbência de participar nas negociações coletivas,
atribuição constitucionalmente conferida aos sindicatos.
Mudança significativa foi a determinação do caráter facultativo da contri-
buição sindical, antes obrigatória. Com efeito, essa obrigatoriedade se contrapunha
ao princípio da liberdade sindical adotado pela Constituição Federal. De agora
em diante, a contribuição não será imposta a todos os integrantes das categorias
econômicas e profissionais, mas deverá ser previamente autorizada pelo empre-
gado e pelo empregador. Uma vez autorizado, o recolhimento seguirá as regras
já anteriormente vigentes.
A Lei nº 13.467/2017 teve por origem projeto de lei encaminhado pelo
Poder Executivo, cujo principal objetivo era estabelecer o princípio de que o nego-
ciado deve prevalecer sobre o legislado. Levado a efeito no Congresso Nacional,
o entendimento fundamentou-se em decisões proferidas pelo Supremo Tribunal
Federal, segundo as quais deve-se reconhecer a autonomia da vontade coletiva
como instrumento prioritário de regulação trabalhista (Recursos Extraordinários
nos 590.415 e 895.759). Desse modo, foi incorporado à CLT o art. 611-A com um
rol exemplificativo de temas que podem ser objeto de negociação coletiva e
que, sendo acordados, prevalecerão sobre a lei. Além disso, também foi apro-
vado o art. 611-B, que lista direitos compreendidos no conceito de indisponibi-
lidade absoluta, os quais, portanto, não podem ser negociados em prejuízo do
trabalhador.
No Título X da CLT, que trata do processo judiciário do trabalho, foi
incluído o Capítulo III-A para dispor sobre o processo de jurisdição voluntária
para homologação de acordo extrajudicial. A intenção é a de se reduzir a liti-
giosidade das relações de trabalho, com o estímulo à celebração de conciliação
extrajudicial. A iniciativa dependerá de concordância de ambas as partes, tendo
o juiz prazo de quinze dias, a contar da distribuição, para proferir sentença.
Além das alterações acima mencionadas, a nova lei promoveu, como já
dissemos, uma grande quantidade de modificações pontuais. Para facilitar a
orientação dos operadores do direito que venham a consultar esta CLT, iremos
fazer um breve resumo dessas modificações. São elas:
yy o art. 2º exclui a identidade de sócios para caracterização de grupo
econômico;
yy o art. 4º traz uma nova conceituação de tempo à disposição do
empregador;
yy o art. 8º confere limites para exame de acordos e convenções coletivas
de trabalho;
yy o art. 10-A trata das responsabilidades do sócio retirante;
yy o art. 11 disciplina a prescrição de prestações sucessivas;
yy o art. 11-A regula a prescrição intercorrente no direito do trabalho;
10
yy o art. 47 atualiza o valor da multa pela manutenção de empregado

sem registro;
yy o art. 47-A atualiza o valor da multa pela ausência de anotação de
dados no livro de registros;
yy o art. 58 dá nova redação às horas in itinere;
yy o art. 58-A faz modificações no contrato de trabalho em regime de
tempo parcial;
yy o art. 59 permite a celebração de banco de horas anual, semestral e
mensal e confere validade ao acordo de compensação, mesmo com a
prestação de horas extras habituais;
yy o art. 59-A possibilita, expressamente, a realização de jornada de tra-
balho de 12x36 horas;
yy o art. 59-B estabelece critérios para o pagamento de horas extras quando
não forem atendidas as exigências legais para compensação de jornada;
yy o art. 60 acaba com a necessidade de autorização prévia do Minis-
tério do Trabalho para a realização de horas excedentes entre a 8ª e a
12ª hora em ambientes insalubres;
yy o art. 61 retira a necessidade de comunicação à autoridade competente
da realização de horas excedentes por necessidade imperiosa;
yy o art. 71 restringe a indenização pela violação do intervalo para repouso
e alimentação ao período efetivamente suprimido;
yy o art. 134 permite o parcelamento das férias em até três períodos e
revoga a proibição de se parcelar as férias dos menores de dezoito
e dos maiores de cinquenta anos de idade;
yy o art. 394-A modifica os critérios para afastamento da empregada ges-
tante ou lactante das atividades insalubres;
yy o art. 396 remete a acordo individual entre a empregada e o empre-
gador a definição dos horários de descanso da empregada lactante;
yy o art. 442-B descaracteriza o vínculo empregatício entre o trabalhador
autônomo e a empresa;
yy o art. 444 estabelece a figura do empregado hipersuficiente, permitindo
a celebração de acordo individual prevalente sobre a lei, observados
os requisitos remuneratórios e de graduação;
yy o art. 448-A dispõe sobre as obrigações trabalhistas na sucessão
empresarial;
yy o art. 456-A prevê que cabe ao empregador definir o padrão da vesti-
menta no local de trabalho e responsabiliza o empregado pela higie-
nização do uniforme;
11
yy o art. 457 redefine as parcelas que não integram o salário, excluindo
aquelas que são concedidas como liberalidade do empregador, tais
como a ajuda de custo, os prêmios e os abonos, entre outros;
yy o art. 458 acrescenta parágrafo para determinar que as parcelas ali
referidas não integrem o salário e nem constituam base de cálculo para
o salário de contribuição;
yy o art. 461 inclui novas regras para caracterizar a equiparação salarial;
yy o art. 468 permite a reversão do empregado ao cargo efetivo sem que
a gratificação seja incorporada à remuneração;
yy o art. 477 modifica as regras para homologação da rescisão contratual,
em especial, revogando a necessidade de assistência sindical;
yy o art. 477-A equipara o tratamento aos empregados, independente-
mente da modalidade de dispensa: individual, plúrima ou coletiva;
yy o art. 477-B prevê que a rescisão contratual decorrente de plano de
demissão voluntária ou incentivada enseja quitação plena e irrevo-
gável, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes;
yy o art. 482 inclui a perda da habilitação para o exercício profissional
por conduta dolosa do empregado como hipótese para caracterizar a
justa causa;
yy o art. 484-A permite a extinção do contrato de trabalho por acordo
entre o empregador e o empregado, situação que enseja o pagamento
do aviso prévio e a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) pela metade;
yy o art. 507-A autoriza o pacto de cláusula compromissória de arbitragem
nos contratos de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes
o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
yy o art. 507-B faculta aos empregados e empregadores firmar termo de
quitação anual de obrigações trabalhistas, conferindo eficácia libera-
tória das parcelas nele especificadas;
yy o art. 614 veda a ultratividade nas convenções e acordos coletivos de
trabalho;
yy o art. 620 prevê que as condições ajustadas em acordos coletivos pre-
valecerão sobre as estipuladas em convenções coletivas;
yy o art. 634 define a Taxa de Referência (TR) como índice de correção dos
valores de multas previstas na CLT;
yy o art. 702 estabelece critérios para a edição de súmulas de jurispru-
dência pelos tribunais trabalhistas.
12
Deste ponto em diante, promoveram-se inúmeras modificações no processo

trabalhista, com o intuito de agilizar o trâmite das ações e reduzir o número de ações.
Nesse contexto, foram feitas as seguintes alterações ou os seguintes acréscimos:
yy o art. 775 modifica a contagem dos prazos para considerar os dias úteis,
possibilitando ao juiz ampliá-los e alterar a ordem de produção das provas;
yy o art. 789 define um teto para o valor das custas processuais nos pro-
cessos de conhecimento;
yy o art. 790 estabelece novos critérios para a concessão da justiça gratuita;
yy o art. 790-B prevê regras para o pagamento dos honorários periciais,
ainda que por beneficiário da justiça gratuita;
yy o art. 791-A disciplina o pagamento dos honorários de sucumbência
na Justiça do Trabalho;
yy a Seção IV-A no Capítulo II do Título X dispõe sobre a responsabilidade pelo
dano processual (arts. 793-A a 793-D), que vem a ser a litigância de má-fé.
Usou-se como parâmetro as regras do Código de Processo Civil (CPC);
yy o art. 800 disciplina o procedimento da arguição de incompetência
territorial na Justiça do Trabalho;
yy o art. 818 altera o procedimento relativo ao ônus da prova;
yy o art. 840 exige que a reclamação tenha pedido certo, determinado e
com valor devidamente indicado. Ressalte-se que o tratamento dado
à matéria é o mesmo adotado pelo CPC;
yy o art. 841 condiciona a desistência do reclamante à anuência do
reclamado;
yy o art. 843 prevê que o preposto indicado não precisa ser empregado
do reclamado;
yy o art. 844 regula os efeitos do não comparecimento das partes à
audiência, prevendo o pagamento das custas processuais pelo recla-
mante ausente, salvo motivo justificado, condicionando o ajuizamento
de nova ação à comprovação de que recolheu as custas da ação ante-
rior. Além disso, delimita a aplicação da revelia e admite a aceitação
da contestação quando o advogado estiver presente, mesmo diante da
ausência do reclamado;
yy o art. 847 permite a apresentação da defesa até o momento da
audiência. Pelas regras anteriores, a defesa tinha que ser apresentada
no momento da audiência;
yy a Seção IV no Capítulo II do Título X (art. 855-A) disciplina o incidente
de desconsideração da personalidade jurídica. A redação do disposi-
tivo seguiu o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST),
segundo o qual se aplicam ao Direito do Trabalho os dispositivos do
13
CPC. Adotaram-se, então, os dispositivos previstos na Instrução Nor-
mativa nº 39/2016 daquela corte;
yy o art. 876 prevê que a competência da Justiça do Trabalho para exe-
cutar as contribuições previdenciárias relativas ao objeto da conde-
nação é de ofício;
yy a nova redação do art. 878 prevê que a execução de ofício pelo juiz é
admitida somente quando a parte não estiver assistida por advogado;
yy o art. 879 torna obrigatória a abertura de prazo para a contestação dos
cálculos no momento da liquidação da sentença. Além disso, prevê
que os créditos decorrentes da condenação sejam corrigidos pela TR;
yy o art. 882 permite o uso do seguro garantia judicial como garantidor
da dívida, juntamente com o depósito em dinheiro ou a nomeação de
bens à penhora;
yy o art. 883-A institui prazo de 45 dias, a contar da citação, para que o
executado tenha o seu nome inscrito em órgãos de proteção ao crédito
ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas;
yy o art. 884 exclui as entidades filantrópicas e seus diretores da exigência
da garantia judicial ou da penhora;
yy a alteração do art. 896 permite que, na situação descrita, o ministro
relator no TST despache monocraticamente no processo;
yy o art. 896-A regulamenta a transcendência recursal, já prevista na CLT;
yy as mudanças no art. 899 estabelecem que o depósito recursal deve ser
efetuado em uma conta vinculada ao juízo e corrigido pelo mesmo índice
da poupança; que o valor do depósito judicial das entidades sem fins
lucrativos, dos microempreendedores individuais, das microempresas
e das empresas de pequeno porte fica reduzido à metade; que os bene-
ficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em
recuperação judicial estão insentos e, finalmente, que o depósito recursal
pode ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial.
A aprovação da lei, contudo, não foi unânime, em virtude da significativa

divergência de opiniões quanto às alterações, resultando em um complexo pro-
cesso de discussão e votação da matéria. Prevaleceu, ao final, o posicionamento
majoritário em favor das mudanças.
Feitas essas considerações, o que devemos esperar a partir da vigência da
Lei nº 13.467/2017? As modificações feitas na CLT darão o resultado esperado?
Teremos um crescimento no número de postos de trabalho e da economia como
um todo ou as modificações trarão uma maior precarização das relações de tra-
balho? A resposta somente o tempo nos dirá.
14
Quando falamos em legislação do trabalho, podemos dizer que temos

três tipos de destinatários das normas. Assim, além dos trabalhadores urbanos,
regidos pela CLT, temos os trabalhadores rurais e os empregados domésticos.
Em primeiro plano, há que se mencionar que, desde a promulgação da
Constituição Federal de 1988, houve uma equiparação dos direitos dos traba-
lhadores urbanos e rurais, conforme o disposto no art. 7º da Carta Magna. Dife-
rentemente, os direitos do trabalhador doméstico foram limitados pela redação
original do parágrafo único do citado artigo. Essa diferenciação, contudo, viu-se
superada com a promulgação da Emenda Constitucional nº 72/2013, que, alte-
rando a redação desse parágrafo único, equiparou os empregados domésticos
aos trabalhadores urbanos e rurais. Desse modo, antes da alteração constitu-
cional, apenas 9 entre os 34 incisos do art. 7º eram garantidos aos empregados
domésticos; após a sua promulgação, apenas 9 dos incisos não se aplicam à
categoria, devido à incompatibilidade com o tipo de trabalho desenvolvido – é
o caso da participação nos lucros ou resultados, da proteção em face da auto-
mação ou da proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual,
a título exemplificativo.
Todavia, embora o texto constitucional garanta essa igualdade de direitos
entre essas categorias, tanto o trabalho rural quanto o trabalho doméstico pos-
suem regras próprias. Assim sendo, para que essa publicação potencialize o seu
alcance, fará parte desta coletânea a Lei nº 5.889/1973, que “estatui normas regu-
ladoras do trabalho rural” e a Lei Complementar nº 150/2015, que “dispõe sobre
o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o
inciso I do art. 3º da Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso VII
do art. 12 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá outras providências”.
A Lei nº 5.889/1973 vigora como disposição especial para o trabalho rural,
prevalecendo em relação à CLT naquilo que for mais favorável ao empregado
rural. Observamos que a CLT se aplica quase na sua integralidade aos rurais,
sendo muito pontuais as distinções contidas na lei específica. Assim, além de
conceituar empregado e empregador rural, a lei traz alguns dispositivos especí-
ficos para a categoria, os quais podem ser assim resumidos:
yy o intervalo para repouso ou alimentação deve ser feito de acordo com
os usos e costumes da região para o trabalho contínuo de duração
superior a seis horas;
yy o trabalho é considerado noturno quando executado entre as 21 horas
de um dia e as 5 horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as 20 horas
de um dia e as 4 horas do dia seguinte, na atividade pecuária, e a sua
remuneração será 25% superior à hora normal;
yy há permissão de desconto de moradia e alimento quando previamente
autorizadas pelo empregado e desde que previsto em contrato escrito
15
entre as partes, com testemunha e notificação ao sindicato de traba-
lhadores rurais da região;
yy há indenização por tempo de serviço quando do encerramento do
contrato de safra;
yy há possibilidade de contratação de trabalhador rural por pequeno
prazo para o exercício de atividades de natureza temporária;
yy deve ser concedido um dia de folga por semana no período de aviso
prévio, se a rescisão foi promovida pelo empregador;
yy deve ser mantida escola primária gratuita nas propriedades rurais com
mais de cinquenta famílias de trabalhadores.
Em relação aos empregados domésticos, pode-se dizer que a Lei Com-

plementar nº 150/2015, teve como principal impulso a aprovação da Emenda
Constitucional nº 72/2013. Embora alguns dos direitos assegurados pela emenda
fossem de aplicação automática, outros dependiam de regulamentação. É nesse
contexto que ocorre a aprovação desta Lei Complementar, a qual constitui um
marco na legislação trabalhista ao garantir aos empregados domésticos a per-
cepção de direitos que, antes, só eram previstos para os demais empregados.
A partir de então, o regime do emprego doméstico passou a ser regido pela lei
complementar, aplicando-se os dispositivos da CLT ante à lacuna da lei e desde
que não seja com ela conflitante. Vale ressaltar que algumas das inovações tra-
zidas pela lei complementar aos empregados domésticos foram posteriormente
estendidas aos demais trabalhadores, com a aprovação da Lei nº 13.467/2017,
como veremos adiante. A seguir, listaremos os dispositivos mais relevantes da
lei complementar.
Em primeiro lugar, definiu-se conceitualmente que o empregado domés-
tico é aquele que trabalha mais de dois dias na semana para o mesmo empre-
gador (art. 1º). Consequentemente, a pessoa que presta até dois dias de trabalho
na semana poderá ser considerada diarista e, portanto, a ela não se aplicariam
as regras da Lei Complementar nº 150/2015. O parágrafo único do art. 1º traz
outra importante definição ao proibir, com fundamento na Convenção nº 182 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), a contratação de menor de dezoito
anos para desempenhar o trabalho doméstico.
A previsão de jornadas diária e semanal de 8 e 44 horas, respectivamente,
bem como o pagamento de horas extraordinárias, somente foi garantida aos
empregados domésticos com a Emenda Constitucional nº 72/2013. Cabe ressaltar
que, quando da regulamentação da matéria pela Lei Complementar nº 150/2015,
estabeleceu-se a possibilidade de realização de banco de horas para a categoria
a partir de acordo direto entre as partes, direito que somente foi integralmente
incorporado à CLT com a aprovação da Lei nº 13.467/2017.
Permite-se, também, a contratação do empregado doméstico em regime
de tempo parcial (art. 3º), cuja duração não excederá 25 horas semanais. O salário
16
será proporcional à jornada trabalhada, a qual poderá ser acrescida de até uma
hora extra, limitada ao máximo de seis horas diárias.
Também é prevista na lei a contratação por prazo determinado, que com-
preende o contrato de experiência e o atendimento de necessidades transitó-
rias e a substituição temporária de contrato interrompido ou suspenso (art. 4º).
Nesses contratos, havendo dispensa ou desligamento sem justa causa, a parte
que lhe der causa deverá indenizar a outra parte.
Outra importante inovação foi o reconhecimento da jornada de trabalho
de 12 horas de trabalho seguidas de 36 horas de descanso, a denominada “jor-
nada de 12x36” (art. 10), desde que prevista em acordo escrito entre as partes.
Posteriormente esse direito foi incorporado à CLT, com a aprovação da reforma
trabalhista.
Havendo acordo escrito entre as partes, o empregado doméstico poderá
acompanhar o seu empregador em viagem para a prestação de serviços, con-
siderando-se apenas as horas efetivamente trabalhadas, as quais serão pagas
com adicional de, no mínimo, 25%. Permite, ainda, a compensação das horas
extraordinárias trabalhadas (art. 11).
O contrato de trabalho, seja ele permanente ou temporário, deve ser
obrigatoriamente anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
(art. 9º), assim como deve ser feito o registro da jornada de trabalho diária por
meio manual, mecânico ou eletrônico (art. 12). Também há previsão da con-
cessão obrigatória de intervalo para repouso ou alimentação, que será de, no
mínimo, uma hora e, no máximo, duas horas, admitida a redução para trinta
minutos, desde que previamente acordado por escrito entre as partes, e o des-
membramento em dois períodos para o empregado que resida no local de tra-
balho (art. 13).
Adotando os mesmos moldes da CLT, a lei complementar estabelece os
limites para o trabalho noturno do empregado doméstico como sendo aquele
prestado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, com a remune-
ração acrescida de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna. Em sendo con-
tratado unicamente para a prestação de trabalho noturno, o acréscimo deverá
ser calculado sobre o salário anotado na CTPS (art. 14).
Vários direitos assegurados ao empregado doméstico por esta norma
estão também previstos na CLT, como o descanso interjornada de 11 horas con-
secutivas (art. 15); o descanso semanal remunerado de, no mínimo, 24 horas
consecutivas, preferencialmente aos domingos (art. 16); férias remuneradas de
30 dias, facultada a conversão de 1/3 do período em abono pecuniário (art. 17)
ou a vedação de descontos no salário do empregado por fornecimento de ali-
mentação, vestuário, higiene ou moradia e as despesas decorrentes do acompa-
nhamento em viagem (art. 18). Quanto às férias, interessante observar que a lei
prevê a possibilidade de fracioná-las em dois períodos, sendo um, no mínimo,
17
de catorze dias, enquanto na CLT o fracionamento somente foi adotado com a
aprovação da Lei nº 13.467/2017.
Entre os direitos agora assegurados aos empregados domésticos, assume
relevância a percepção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
(art. 21) e do seguro-desemprego na dispensa sem justa causa (art. 26), ambos
os benefícios já regulamentados, respectivamente, pela Resolução nº 780/2015
do Conselho Curador do FGTS e pela Resolução nº 754/2015 do Conselho Deli-
berativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
O Capítulo II da lei complementar institui o regime unificado de paga-
mento de tributos, o Simples Doméstico, para assegurar o recolhimento mensal
dos seguintes encargos previstos em lei: contribuições previdenciárias do empre-
gado e do empregador, contribuição social para financiamento do seguro contra
acidentes do trabalho, FGTS, indenização compensatória da perda do emprego e
imposto sobre a renda retido na fonte, nos termos definidos nos arts. 31 e seguintes.
O Capítulo III, por sua vez, visa a adaptar as legislações previdenciárias e
tributárias (Leis nos 8.212/1991, 8.213/1991 e 11.196/2005) aos impactos oriundos
das disposições aprovadas na lei complementar.
O Capítulo IV dispõe sobre o Programa de Recuperação Previdenciária dos
Empregadores Domésticos (Redom), que permite o parcelamento de débitos
dos empregadores domésticos decorrentes da contribuição previdenciária rela-
tiva à sua parte e à parte do empregado, com vencimento até 30 de abril de 2013.
Por fim, o Capítulo V trata das disposições gerais, dispondo sobre o prazo
prescricional do direito de ação quanto aos créditos trabalhistas (cinco anos até
o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho), sobre a respon-
sabilidade do empregador pelo arquivamento dos documentos comprobatórios
relativos ao contrato e de aspectos relativos à atuação do auditor-fiscal do tra-
balho na inspeção do trabalho em âmbito domiciliar.
Esperamos, assim, que esta nova publicação da Edições Câmara, que
compõe a série Legislação, atenda seu objetivo de facilitar o acesso dos diversos
segmentos da população aos textos legais vigentes, nesse caso, à Consolidação
das Leis do Trabalho, à Lei nº 5.889/1973 e à Lei Complementar nº 150/2015, que
têm sua importância aumentada pelo impacto direto que esses ordenamentos
jurídicos exercem sobre toda a sociedade.
18
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 1º
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120

1º DE MAIO DE 1943 dias após a publicação)
(CLT) § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera
(Publicado no DOU de 9/8/1943) identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do in-
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
teresse integrado, a efetiva comunhão de inte-
O presidente da República, usando da atribuição resses e a atuação conjunta das empresas dele
que lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta: integrantes. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 3.467, de
Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
Trabalho, que a este decreto-lei acompanha, com 120 dias após a publicação)
as alterações por ela introduzidas na legislação Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa fí-
vigente. sica que prestar serviços de natureza não even-
Parágrafo único. Continuam em vigor as dispo- tual a empregador, sob a dependência deste e
sições legais transitórias ou de emergência, bem mediante salário.
como as que não tenham aplicação em todo o ter- Parágrafo único. Não haverá distinções relativas
ritório nacional. à espécie de emprego e à condição de trabalhador,
nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Art. 2º O presente decreto-lei entrará em vigor em
(Vide art. 7º, XXXII, da Constituição Federal de 1988)
10 de novembro de 1943.
Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o
Rio de Janeiro, 1º de maio de 1943, 122º da
Independência e 55º da República. período em que o empregado esteja à disposi-
ção do empregador, aguardando ou executando
GETÚLIO VARGAS
Alexandre Marcondes Filho ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de
DO TRABALHO serviço, para efeito de indenização e estabilidade,
os períodos em que o empregado estiver afastado
TÍTULO I do trabalho prestando serviço militar e por motivo
INTRODUÇÃO
de acidente do trabalho. (Parágrafo único acrescido
Art. 1º Esta Consolidação estatui as normas que pela Lei nº 4.072, de 16/6/1962, transformado em § 1º e
regulam as relações individuais e coletivas de tra- com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
balho, nela previstas. blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
publicação)
Art. 2º Considera-se empregador a empresa, in-
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição
dividual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
do empregador, não será computado como pe-
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
ríodo extraordinário o que exceder a jornada nor-
prestação pessoal de serviços.
mal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minu-
§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efei-
tos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação,
tos exclusivos da relação de emprego, os profis-
quando o empregado, por escolha própria, bus-
sionais liberais, as instituições de beneficência,
car proteção pessoal, em caso de insegurança nas
as associações recreativas ou outras instituições vias públicas ou más condições climáticas, bem
sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como adentrar ou permanecer nas dependências
como empregados. da empresa para exercer atividades particulares,
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, ten- entre outras: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
do, embora, cada uma delas, personalidade jurí- de 13/7/2017, publicado no DOU de 14/7/2017, em vigor
dica própria, estiverem sob a direção, controle ou 120 dias após a publicação)
administração de outra, ou ainda quando, mes- I – práticas religiosas;
mo guardando cada uma sua autonomia, integrem II – descanso;
grupo econômico, serão responsáveis solidaria- III – lazer;
mente pelas obrigações decorrentes da relação de IV – estudo;
emprego. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.467, V – alimentação;
19
VI – atividades de relacionamento social; Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça
VII – higiene pessoal; do Trabalho, na falta de disposições legais ou con-
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não tratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurispru-
houver obrigatoriedade de realizar a troca na em- dência, por analogia, por equidade e outros prin-
presa. cípios e normas gerais de direito, principalmente
do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os
Art. 5º A todo trabalho de igual valor correspon-
usos e costumes, o direito comparado, mas sem-
derá salário igual, sem distinção de sexo. (Vide
pre de maneira que nenhum interesse de classe
art. 7º, XXX, da Constituição Federal de 1988)
ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Art. 6º Não se distingue entre o trabalho reali- § 1º O direito comum será fonte subsidiária do
zado no estabelecimento do empregador, o exe- direito do trabalho. (Parágrafo único transformado em
cutado no domicílio do empregado e o realizado § 1º e com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
a distância, desde que estejam caracterizados os publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
pressupostos da relação de emprego. (Caput do ar- a publicação)
tigo com redação dada pela Lei nº 12.551, de 15/12/2011) § 2º Súmulas e outros enunciados de jurispru-
Parágrafo único. Os meios telemáticos e infor- dência editados pelo Tribunal Superior do Traba-
matizados de comando, controle e supervisão se lho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não
equiparam, para fins de subordinação jurídica, poderão restringir direitos legalmente previstos
aos meios pessoais e diretos de comando, con- nem criar obrigações que não estejam previs-
trole e supervisão do trabalho alheio. (Parágrafo tas em lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de
único acrescido pela Lei nº 12.551, de 15/12/2011) 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
120 dias após a publicação)
Art. 7º Os preceitos constantes da presente Con-
§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo
solidação, salvo quando for, em cada caso, ex-
coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho ana-
pressamente determinado em contrário, não
lisará exclusivamente a conformidade dos ele-
se aplicam: (Caput do artigo com redação dada pelo
mentos essenciais do negócio jurídico, respei-
Decreto-Lei nº 8.079, de 11/10/1945)
tado o disposto no art. 104 da Lei nº 10.406, de
a) aos empregados domésticos, assim conside-
10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua
rados, de um modo geral, os que prestam serviços
atuação pelo princípio da intervenção mínima na
de natureza não econômica à pessoa ou à família,
autonomia da vontade coletiva. (Parágrafo acrescido
no âmbito residencial destas;
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
b) aos trabalhadores rurais, assim considera-
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
dos aqueles que, exercendo funções diretamente
ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam em- Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos pra-
pregados em atividades que, pelos métodos de ticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na pre-
execução dos respectivos trabalhos ou pela fina-
sente Consolidação.
lidade de suas operações, se classifiquem como
industriais ou comerciais; Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica
c) aos funcionários públicos da União, dos Es- da empresa não afetará os direitos adquiridos por
tados e dos Municípios e aos respectivos extra- seus empregados.
numerários em serviço nas próprias repartições; Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiaria-
(Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.079, de mente pelas obrigações trabalhistas da sociedade
11/10/1945) relativas ao período em que figurou como sócio,
d) aos servidores de autarquias paraestatais, somente em ações ajuizadas até dois anos de-
desde que sujeitos a regime próprio de proteção pois de averbada a modificação do contrato, ob-
ao trabalho que lhes assegure situação análoga à servada a seguinte ordem de preferência: (Artigo
dos funcionários públicos. (Alínea com redação dada acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
pelo Decreto-Lei nº 8.079, de 11/10/1945) DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
Parágrafo único. (Parágrafo único acrescido pelo I – a empresa devedora;
Decreto-Lei nº 8.079, de 11/10/1945, e revogado pelo II – os sócios atuais; e
Decreto-Lei nº 8.249, de 29/11/1945) III – os sócios retirantes.
20
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 11
Parágrafo único. O sócio retirante responderá TÍTULO II

solidariamente com os demais quando ficar com- DAS NORMAS GERAIS DE
provada fraude na alteração societária decorrente TUTELA DO TRABALHO
da modificação do contrato. CAPÍTULO I
DA IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultan-
tes das relações de trabalho prescreve em cinco Seção I
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até Da Carteira de Trabalho e Previdência Social
(Denominação da seção com redação dada pelo
o limite de dois anos após a extinção do con-
Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
trato de trabalho. (Caput do artigo com redação dada
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de Art. 13. A Carteira de Trabalho e Previdência
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) Social é obrigatória para o exercício de qual-
I – (Inciso acrescido pela Lei nº 9.658, de 5/6/1998, e quer emprego, inclusive de natureza rural, ainda
revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no que em caráter temporário, e para o exercício
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) por conta própria de atividade profissional re-
II – (Inciso acrescido pela Lei nº 9.658, de 5/6/1998, e munerada. (Caput do artigo com redação dada pelo
revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, igual-
mente, a quem: (Parágrafo único transformado em § 1º
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação
ações que tenham por objeto anotações para
dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
fins de prova junto à Previdência Social. (Parágrafo
I – proprietário rural ou não, trabalhe individual-
acrescido pela Lei nº 9.658, de 5/6/1998)
mente ou em regime de economia familiar, assim
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pe-
entendido o trabalho dos membros da mesma
dido de prestações sucessivas decorrente de altera-
família, indispensável à própria subsistência, e
ção ou descumprimento do pactuado, a prescrição
exercido em condições de mútua dependência
é total, exceto quando o direito à parcela esteja tam-
e colaboração; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 926,
bém assegurado por preceito de lei. (Parágrafo acres-
de 10/10/1969)
cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
II – em regime de economia familiar e sem
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) empregado, explore área não excedente do mó-
§ 3º A interrupção da prescrição somente ocor- dulo rural ou de outro limite que venha a ser fi-
rerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, xado, para cada região, pelo Ministério do Tra-
mesmo que em juízo incompetente, ainda que balho e Previdência Social. (Inciso acrescido pelo
venha a ser extinta sem resolução do mérito, pro- Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
duzindo efeitos apenas em relação aos pedidos § 2º A Carteira de Trabalho e Previdência So-
idênticos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de cial e respectiva Ficha de Declaração obedece-
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor rão aos modelos que o Ministério do Trabalho e
120 dias após a publicação) Previdência Social adotar. (Parágrafo acrescido pelo
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada
pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
processo do trabalho no prazo de dois anos. (Artigo
§ 3º Nas localidades onde não for emitida a
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
Carteira de Trabalho e Previdência Social poderá
ser admitido, até 30 (trinta) dias, o exercício de
§ 1º A fluência do prazo prescricional intercor-
emprego ou atividade remunerada por quem
rente inicia-se quando o exequente deixa de cum-
não a possua, ficando a empresa obrigada a per-
prir determinação judicial no curso da execução.
mitir o comparecimento do empregado ao posto
§ 2º A declaração da prescrição intercorrente
de emissão mais próximo. (Parágrafo acrescido pelo
pode ser requerida ou declarada de ofício em
Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969, e com redação dada
qualquer grau de jurisdição.
pela Lei nº 5.686, de 3/8/1971)
Art. 12. Os preceitos concernentes ao regime de § 4º Na hipótese do § 3º: (Parágrafo acrescido pelo
seguro social são objeto de lei especial. Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
21
I – o empregador fornecerá ao empregado, no 10/10/1969, e com redação dada pela Lei nº 8.260, de
ato da admissão, documento do qual constem a 12/12/1991)
data da admissão, a natureza do trabalho, o salá- Parágrafo único. A Carteira de Trabalho e Pre-
rio e a forma de seu pagamento; vidência Social (CTPS) será fornecida mediante
II – se o empregado ainda não possuir a carteira a apresentação de: (Parágrafo único acrescido pela
na data em que for dispensado, o empregador lhe Lei nº 8.260, de 12/12/1991)
fornecerá atestado de que conste o histórico da a) duas fotografias com as características men-
relação empregatícia. cionadas no inciso I;
Seção II b) qualquer documento oficial de identificação
Da Emissão da Carteira de Trabalho pessoal do interessado, no qual possam ser colhi-
e Previdência Social dos dados referentes ao nome completo, filiação,
(Denominação da seção com redação dada pelo data e lugar de nascimento.
Art. 17. Na impossibilidade de apresentação, pelo
Art. 14. A Carteira de Trabalho e Previdência So-
interessado, de documento idôneo que o qualifi-
cial será emitida pelas Delegacias Regionais do
que, a Carteira de Trabalho e Previdência Social
Trabalho ou mediante convênio, pelos órgãos fe-
será fornecida com base em declarações verbais
derais, estaduais e municipais da administração
confirmadas por duas testemunhas, lavrando-se
direta ou indireta. (Caput do artigo com redação dada
na primeira folha de anotações gerais da carteira,
Parágrafo único. Inexistindo convênio com os termo assinado pelas mesmas testemunhas. (Ar-
órgãos indicados ou na inexistência destes, po- tigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de
derá ser admitido convênio com sindicatos para 10/10/1969)

o mesmo fim. (Parágrafo único com redação dada pela § 1º Tratando-se de menor de 18 anos, as decla-
Lei nº 5.686, de 3/8/1971) rações previstas neste artigo serão prestadas por
seu responsável legal.
Art. 15. Para obtenção da Carteira de Trabalho e
§ 2º Se o interessado não souber ou não puder
Previdência Social o interessado comparecerá pes-
soalmente ao órgão emitente, onde será identifi- assinar sua carteira, ela será fornecida mediante
cado e prestará as declarações necessárias. (Artigo impressão digital ou assinatura a rogo.
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) Art. 18. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
Art. 16. A Carteira de Trabalho e Previdência So- Art. 19. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
cial (CTPS), além do número, série, data de emis-
Art. 20. As anotações relativas a alteração do
são e folhas destinadas às anotações pertinentes
estado civil e aos dependentes do portador da
ao contrato de trabalho e as de interesse da Previ-
dência Social, conterá: (Caput do artigo com redação Carteira de Trabalho e Previdência Social serão
dada pela Lei nº 8.260, de 12/12/1991) feitas pelo Instituto Nacional de Previdência So-
I – fotografia, de frente, modelo 3x4; (Inciso acres- cial (INPS) e somente em sua falta, por qualquer
cido pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969, e com reda- dos órgãos emitentes. (Artigo com redação dada pelo
ção dada pela Lei nº 8.260, de 12/12/1991) Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
II – nome, filiação, data e lugar de nascimento Art. 21. Em caso de imprestabilidade ou esgota-
e assinatura; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 926, mento do espaço destinado a registros e anota-
de 10/10/1969, e com redação dada pela Lei nº 8.260, de
ções, o interessado deverá obter outra carteira,
12/12/1991)
conservando-se o número e a série da anterior:
III – nome, idade e estado civil dos dependentes;
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 5.686, de
(Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969, e
3/8/1971)
com redação dada pela Lei nº 8.260, de 12/12/1991)
§ 1º (Revogado pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
IV – número do documento de naturalização
ou data da chegada ao Brasil e demais elementos
constantes da identidade de estrangeiro, quando Arts. 22 a 24. (Revogados pelo Decreto-Lei nº 926, de
for o caso. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
22
Seção III b) a qualquer tempo, por solicitação do traba-

Da Entrega das Carteiras de lhador; (Alínea acrescida pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
Trabalho e Previdência Social c) no caso de rescisão contratual; ou (Alínea acres-
Art. 25. As Carteiras de Trabalho e Previdência cida pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
Social serão entregues aos interessados pessoal- d) necessidade de comprovação perante a Pre-
mente, mediante recibo. (Expressão “carteiras profissio- vidência Social. (Alínea acrescida pela Lei nº 7.855, de
nais” substituída por “Carteiras de Trabalho e Previdência 24/10/1989)
Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) § 3º A falta de cumprimento pelo empregador
do disposto neste artigo acarretará a lavratura do
Art. 26. Os sindicatos poderão, mediante solicita-
auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que de-
ção das respectivas diretorias, incumbir-se da en-
verá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao
trega das Carteiras de Trabalho e Previdência So-
órgão competente, para o fim de instaurar o pro-
cial pedidas por seus associados e pelos demais
cesso de anotação. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei
profissionais da mesma classe. (Artigo com reda-
nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 7.855,
ção dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expres-
de 24/10/1989)
são “carteira profissional” substituída por “Carteira de Tra-
§ 4º É vedado ao empregador efetuar anota-
balho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de
ções desabonadoras à conduta do empregado
10/10/1969)
em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Parágrafo único. Não poderão os sindicatos, sob
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.270, de 29/8/2001)
pena das sanções previstas neste Capítulo cobrar
§ 5º O descumprimento do disposto no § 4º
remuneração pela entrega das Carteiras de Tra-
deste artigo submeterá o empregador ao paga-
balho e Previdência Social, cujo serviço nas res-
mento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo.
pectivas sedes será fiscalizado pelas Delegacias
Regionais ou órgãos autorizados.
Art. 30. Os acidentes do trabalho serão obrigato-
Art. 27. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
riamente anotados pelo Instituto Nacional de Pre-
Art. 28. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) vidência Social na carteira do acidentado. (Artigo
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
Seção IV
Das Anotações Art. 31. Aos portadores de Carteiras de Trabalho
Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência So- e Previdência Social fica assegurado o direito de
cial será obrigatoriamente apresentada, contra reas apresentar aos órgãos autorizados, para o fim
cibo, pelo trabalhador ao empregador que o ad- de ser anotado o que for cabível, não podendo
mitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas ser recusada a solicitação, nem cobrado emolu-
para nela anotar, especificamente, a data de ad- mento não previsto em lei. (Artigo com redação dada
missão, a remuneração e as condições especiais, pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteiras
se houver, sendo facultada a adoção de sistema profissionais” substituída por “Carteiras de Trabalho e Pre-
manual, mecânico ou eletrônico, conforme instru- vidência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
ções a serem expedidas pelo Ministério do Traba- Art. 32. As anotações relativas a alterações no
lho. (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 7.855, estado civil dos portadores de Carteiras de Tra-
de 24/10/1989) balho e Previdência Social serão feitas mediante
§ 1º As anotações concernentes à remuneração prova documental. As declarações referentes aos
devem especificar o salário, qualquer que seja dependentes serão registradas nas fichas res-
sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou pectivas, pelo funcionário encarregado da iden-
em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. tificação profissional, a pedido do próprio decla-
(Parágrafo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de rante, que as assinará. (Artigo com redação dada pelo
28/2/1967) Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteiras
§ 2º As anotações na Carteira de Trabalho e Pre- profissionais” substituída por “Carteiras de Trabalho e Pre-
vidência Social serão feitas: (Parágrafo com redação vidência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) Parágrafo único. As Delegacias Regionais e os
a) na data-base; (Alínea acrescida pela Lei nº 7.855, órgãos autorizados deverão comunicar à Secreta-
de 24/10/1989) ria de Emprego e Salário todas as alterações que
23
anotarem nas Carteiras de Trabalho e Previdên- efetuadas por despacho da autoridade que tenha
cia Social. processado a reclamação.
Art. 33. As anotações nas fichas de declaração Art. 38. Comparecendo o empregador e recu-
e nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social sando-se a fazer as anotações reclamadas, será
serão feitas seguidamente sem abreviaturas, res- lavrado um termo de comparecimento, que de-
salvando-se no fim de cada assentamento, as verá conter, entre outras indicações, o lugar, o dia
emendas, entrelinhas e quaisquer circunstâncias e hora de sua lavratura, o nome e a residência do
que possam ocasionar dúvidas. (Artigo com redação empregador, assegurando-se-lhe o prazo de 48
dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “car- (quarenta e oito) horas, a contar do termo, para
teiras profissionais” substituída por “Carteiras de Trabalho e apresentar defesa.
Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) Parágrafo único. Findo o prazo para a defesa,
subirá o processo à autoridade administrativa
Art. 34. Tratando-se de serviço de profissionais
de primeira instância, para se ordenarem diligên-
de qualquer atividade, exercido por empreitada
cias, que completem a instrução do feito, ou para
individual ou coletiva, com ou sem fiscalização da
julgamento, se o caso estiver suficientemente
outra parte contratante, a carteira será anotada
esclarecido.
pelo respectivo sindicato profissional ou pelo re-
presentante legal de sua cooperativa. Art. 39. Verificando-se que as alegações feitas pelo
reclamado versam sobre a não existência de rela-
ção de emprego, ou sendo impossível verificar essa
Seção V condição pelos meios administrativos, será o pro-
Das Reclamações por Falta ou cesso encaminhado à Justiça do Trabalho, ficando,
Recusa de Anotação nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de
Art. 36. Recusando-se a empresa a fazer as ano- infração que houver sido lavrado. (Caput do artigo
tações a que se refere o art. 29 ou a devolver a com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, § 1º Se não houver acordo, a Junta de Concilia-
poderá o empregado comparecer, pessoalmente ção e Julgamento, em sua sentença ordenará que
ou por intermédio de seu sindicato, perante a De- a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez
legacia Regional ou órgão autorizado, para apre- transitada em julgado, e faça a comunicação à au-
sentar reclamação. (Artigo com redação dada pelo toridade competente para o fim de aplicar a multa
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteira pro- cabível. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
fissional” substituída por “Carteira de Trabalho e Previdên- 28/2/1967)
cia Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) § 2º Igual procedimento observar-se-á no caso
de processo trabalhista de qualquer natureza,
Art. 37. No caso do art. 36, lavrado o termo de
quando for verificada a falta de anotações na Car-
reclamação, determinar-se-á a realização de dili-
teira de Trabalho e Previdência Social, devendo
gência para instrução do feito, observado, se for o
o Juiz, nesta hipótese, mandar proceder, desde
caso, o disposto no § 2º do art. 29, notificando-se
logo, àquelas sobre as quais não houver contro-
posteriormente o reclamado por carta registrada,
vérsia. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
caso persista a recusa, para que, em dia e hora
28/2/1967; expressão “carteira profissional” substituída
previamente designados, venha prestar esclare-
por “Carteira de Trabalho e Previdência Social” pelo
cimentos ou efetuar as devidas anotações na Car-
teira de Trabalho e Previdência Social ou sua en-
trega. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, Seção VI
de 28/2/1967; expressão “carteira profissional” substi- Do Valor das Anotações
tuída por “Carteira de Trabalho e Previdência Social” pelo Art. 40. As Carteiras de Trabalho e Previdência So-
Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) cial regularmente emitidas e anotadas servirão de
Parágrafo único. Não comparecendo o recla- prova nos atos em que sejam exigidas carteiras
mado, lavrar-se-á termo de ausência, sendo conde identidade e especialmente: (Caput do artigo com
siderado revel e confesso sobre os termos da redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; ex-
reclamação feita, devendo as anotações serem pressão “carteiras profissionais” substituída por “Carteiras
24
de Trabalho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, § 2º A infração de que trata o caput deste ar-
de 10/10/1969) tigo constitui exceção ao critério da dupla visita.
I – nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
entre a empresa e o empregado por motivo de sa- publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
lário, férias ou tempo de serviço; (Inciso acrescido a publicação)
Art. 47-A. Na hipótese de não serem informa-
II – perante a Previdência Social, para o efeito
dos os dados a que se refere o parágrafo único
de declaração de dependentes; (Inciso acrescido
do art. 41 desta Consolidação, o empregador fi-
cará sujeito à multa de R$ 600,00 (seiscentos reais)
III – para cálculo de indenização por acidente do
trabalho ou moléstia profissional. (Inciso acrescido por empregado prejudicado. (Artigo acrescido pela
Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
em vigor 120 dias após a publicação)
Seção VII
Dos Livros de Registro de Empregados Art. 48. As multas previstas nesta Seção serão
aplicadas pela autoridade de primeira instância
Art. 41. Em todas as atividades será obrigatório
no Distrito Federal, e pelas autoridades regionais
para o empregador o registro dos respectivos tra-
do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,
balhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou
nos Estados e no Território do Acre.
sistema eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Artigo com Seção VIII
redação dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) Das Penalidades
Parágrafo único. Além da qualificação civil ou Art. 49. Para os efeitos da emissão, substituição
profissional de cada trabalhador, deverão ser ano- ou anotação de Carteiras de Trabalho e Previ-
tados todos os dados relativos à sua admissão no dência Social, considerar-se-á crime de falsidade,
emprego, duração e efetividade do trabalho, a fé- com as penalidades previstas no art. 299 do Có-
rias, acidentes e demais circunstâncias que inte-
digo Penal: (Caput do artigo com redação dada pelo
ressem à proteção do trabalhador.
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteiras
Art. 42. (Revogado pela Lei nº 10.243, de 19/6/2001) profissionais” substituída por “Carteiras de Trabalho e Pre-
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) vidência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
I – fazer, no todo ou em parte, qualquer do-
cumento falso ou alterar o verdadeiro; (Inciso acres-
Art. 45. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Art. 46. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) II – afirmar falsamente a sua própria identidade,
filiação, lugar de nascimento, residência, profis-
Art. 47. O empregador que mantiver emprega-
são ou estado civil e beneficiários, ou atestar os de
do não registrado nos termos do art. 41 desta
outra pessoa; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229,
Consolidação ficará sujeito a multa no valor de
de 28/2/1967)
R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não
registrado, acrescido de igual valor em cada rein- III – servir-se de documentos, por qualquer
cidência. (Caput do artigo com redação dada pela Lei forma falsificados; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei
nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, nº 229, de 28/2/1967)
em vigor 120 dias após a publicação) IV – falsificar, fabricando ou alterando, ou ven-

§ 1º Especificamente quanto à infração a que se der, usar ou possuir Carteiras de Trabalho e Previ-
refere o caput deste artigo, o valor final da multa dência Social assim alteradas; (Inciso acrescido pelo
aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
empregado não registrado, quando se tratar de V – anotar dolosamente em Carteira de Trabalho
microempresa ou empresa de pequeno porte. e Previdência Social ou registro de empregado, ou
(Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de confessar ou declarar em juízo ou fora dele, data
28/2/1967, transformado em § 1º e com redação dada de admissão em emprego diversa da verdadeira.
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967;
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) expressão “carteira profissional” substituída por “Carteira
25
de Trabalho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, vezes o salário mínimo regional. (Artigo com redação
de 10/10/1969) dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “car-
Art. 50. Comprovando-se falsidade, quer nas de- teira profissional” substituída por “Carteira de Trabalho e
clarações para emissão de Carteira de Trabalho Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
e Previdência Social, quer nas respectivas ano- CAPÍTULO II
tações, o fato será levado ao conhecimento da DA DURAÇÃO DO TRABALHO
autoridade que houver emitido a carteira, para
Seção I
fins de direito. (Expressão “carteira profissional” substi- Disposição Preliminar
tuída por “Carteira de Trabalho e Previdência Social” pelo
Art. 57. Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a
todas as atividades, salvo as expressamente excluí-
Art. 51. Incorrerá em multa de valor igual a 3 (três)
das, constituindo exceções as disposições espe-
vezes o salário mínimo regional aquele que, co-
ciais, concernentes estritamente a peculiaridades
merciante ou não, vender ou expuser à venda
profissionais constantes do Capítulo I do Título III.
qualquer tipo de carteira igual ou semelhante ao
tipo oficialmente adotado. (Artigo com redação dada Seção II
Da Jornada de Trabalho
Art. 52. O extravio ou inutilização da Carteira de Art. 58. A duração normal do trabalho, para os em-
Trabalho e Previdência Social por culpa da empregados em qualquer atividade privada, não exce-
presa sujeitará esta à multa de valor igual à me- derá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja
tade do salário mínimo regional. (Artigo com redação fixado expressamente outro limite.
dada pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969; expressão § 1º Não serão descontadas nem computadas
“carteira profissional” substituída por “Carteira de Tra- como jornada extraordinária as variações de ho-
balho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de rário no registro de ponto não excedentes de cinco
10/10/1969) minutos, observado o limite máximo de dez mi-
nutos diários. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.243,
Art. 53. A empresa que receber Carteira de Tra-
de 19/6/2001)
balho e Previdência Social para anotar e a reti-
§ 2º O tempo despendido pelo empregado
ver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficará
desde a sua residência até a efetiva ocupação
sujeita à multa de valor igual à metade do salá-
do posto de trabalho e para o seu retorno, cami-
rio mínimo regional. (Artigo com redação dada pelo
nhando ou por qualquer meio de transporte, in-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteira pro-
clusive o fornecido pelo empregador, não será
fissional” substituída por “Carteira de Trabalho e Previdên-
computado na jornada de trabalho, por não ser
cia Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
tempo à disposição do empregador. (Parágrafo
Art. 54. A empresa que, tendo sido intimada, não acrescido pela Lei nº 10.243, de 19/6/2001, e com reda-
comparecer para anotar a Carteira de Trabalho e ção dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
Previdência Social de seu empregado, ou cujas DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
alegações para recusa tenham sido julgadas im- § 3º (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 123,
procedentes, ficará sujeita à multa de valor igual a de 14/12/2006, e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
1 (um) salário mínimo regional. (Artigo com redação publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “car- publicação)
teira profissional” substituída por “Carteira de Trabalho e
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de
Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
tempo parcial aquele cuja duração não exceda
Art. 55. Incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) a trinta horas semanais, sem a possibilidade de
salário mínimo regional a empresa que infringir o horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele
art. 13 e seus parágrafos. (Artigo com redação dada cuja duração não exceda a vinte e seis horas se-
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) manais, com a possibilidade de acréscimo de
Art. 56. O sindicato que cobrar remuneração pela até seis horas suplementares semanais. (Caput
entrega de Carteira de Trabalho e Previdência So- do artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.164-41,
cial ficará sujeito à multa de valor igual a 3 (três) de 24/8/2001, e com redação dada pela Lei nº 13.467,
26
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Caput do
120 dias após a publicação) artigo com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
regime de tempo parcial será proporcional à sua jor- a publicação)
nada, em relação aos empregados que cumprem, § 1º A remuneração da hora extra será, pelo me-
nas mesmas funções, tempo integral. (Parágrafo acres- nos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
cido pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24/8/2001) normal. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.467,
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
regime de tempo parcial será feita mediante 120 dias após a publicação)
opção manifestada perante a empresa, na forma § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salá-
prevista em instrumento decorrente de negocia- rio se, por força de acordo ou convenção coletiva de
ção coletiva. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisó- trabalho, o excesso de horas em um dia for compen-
ria nº 2.164-41, de 24/8/2001) sado pela correspondente diminuição em outro dia,
§ 3º As horas suplementares à duração do traba- de maneira que não exceda, no período máximo de
lho semanal normal serão pagas com o acréscimo um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário- previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo
-hora normal. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de dez horas diárias. (Parágrafo com redação dada pela
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor Medida Provisória nº 2.164-41, de 24/8/2001)
120 dias após a publicação) § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de
§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em trabalho sem que tenha havido a compensação
regime de tempo parcial ser estabelecido em nú- integral da jornada extraordinária, na forma dos
mero inferior a vinte e seis horas semanais, as §§ 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito
horas suplementares a este quantitativo serão ao pagamento das horas extras não compensa-
consideradas horas extras para fins do pagamento das, calculadas sobre o valor da remuneração na
estipulado no § 3º, estando também limitadas a data da rescisão. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.601,
seis horas suplementares semanais. (Parágrafo de 21/1/1998, e com redação dada pela Lei nº 13.467,
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) 120 dias após a publicação)
§ 5º As horas suplementares da jornada de § 4º (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.164-41,
trabalho normal poderão ser compensadas dire- de 24/8/2001, e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publi-
tamente até a semana imediatamente posterior cada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
à da sua execução, devendo ser feita a sua qui- § 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste
tação na folha de pagamento do mês subsequente, artigo poderá ser pactuado por acordo individual
caso não sejam compensadas. (Parágrafo acrescido escrito, desde que a compensação ocorra no pe-
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de ríodo máximo de seis meses. (Parágrafo acrescido
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
§ 6º É facultado ao empregado contratado sob 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
regime de tempo parcial converter um terço do § 6º É lícito o regime de compensação de jor-
período de férias a que tiver direito em abono nada estabelecido por acordo individual, tácito
pecuniário. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de ou escrito, para a compensação no mesmo mês.
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
dias após a publicação) blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
§ 7º As férias do regime de tempo parcial são re- publicação)
gidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
desta Consolidação, é facultado às partes, me-
blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
diante acordo individual escrito, convenção co-
publicação)
letiva ou acordo coletivo de trabalho, estabele-
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser cer horário de trabalho de doze horas seguidas
acrescida de horas extras, em número não exce- por trinta e seis horas ininterruptas de descanso,
dente de duas, por acordo individual, convenção observados ou indenizados os intervalos para
27
repouso e alimentação. (Caput do artigo acrescido ou convencionado, seja para fazer face a motivo
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de de força maior, seja para atender à realização ou
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexe-
Parágrafo único. A remuneração mensal pac- cução possa acarretar prejuízo manifesto.
tuada pelo horário previsto no caput deste ar- § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser
tigo abrange os pagamentos devidos pelo des- exigido independentemente de convenção cole-
canso semanal remunerado e pelo descanso em tiva ou acordo coletivo de trabalho. (Parágrafo com
feriados, e serão considerados compensados os redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
feriados e as prorrogações de trabalho noturno, no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do § 2º Nos casos de excesso de horário por motivo
art. 73 desta Consolidação. (Parágrafo único acres- de força maior, a remuneração da hora excedente
cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU não será inferior à da hora normal. Nos demais
de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) casos de excesso previstos neste artigo, a remu-
Art. 59-B. O não atendimento das exigências neração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
legais para compensação de jornada, inclusive cento) superior à da hora normal, e o trabalho não
quando estabelecida mediante acordo tácito, não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei
implica a repetição do pagamento das horas ex- não fixe expressamente outro limite. (Vide art. 7º, XVI,
cedentes à jornada normal diária se não ultrapas- da Constituição Federal de 1988)
sada a duração máxima semanal, sendo devido § 3º Sempre que ocorrer interrupção do traba-
apenas o respectivo adicional. (Artigo acrescido lho, resultante de causas acidentais, ou de força
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de maior, que determinem a impossibilidade de sua
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) realização, a duração do trabalho poderá ser pror-
Parágrafo único. A prestação de horas extras ha- rogada pelo tempo necessário até o máximo de
bituais não descaracteriza o acordo de compensa- 2 (duas) horas, durante o número de dias indis-
ção de jornada e o banco de horas. pensáveis à recuperação do tempo perdido, desde
Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consi- que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em pe-
deradas as constantes dos quadros mencionados ríodo não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por
no capítulo “Da Segurança e da Medicina do Tra- ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização
balho”, ou que neles venham a ser incluídas por da autoridade competente.
ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comér- Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto
cio, quaisquer prorrogações só poderão ser acor- neste capítulo: (Caput do artigo com redação dada pela
dadas mediante licença prévia das autoridades Lei nº 8.966, de 27/12/1994)
competentes em matéria de higiene do trabalho, I – os empregados que exercem atividade ex-
as quais, para esse efeito, procederão aos neces- terna incompatível com a fixação de horário
sários exames locais e à verificação dos métodos de trabalho, devendo tal condição ser anotada
e processos de trabalho, quer diretamente, quer na Carteira de Trabalho e Previdência Social e
por intermédio de autoridades sanitárias federais, no registro de empregados; (Inciso acrescido pela
estaduais e municipais, com quem entrarão em Lei nº 8.966, de 27/12/1994)
entendimento para tal fim. (Expressão “Higiene e Se- II – os gerentes, assim considerados os exercen-
gurança do Trabalho” substituída por “Da Segurança e da tes de cargos de gestão, aos quais se equiparam,
Medicina do Trabalho” pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) para efeito do disposto neste artigo, os diretores
(Vide art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal de 1988) e chefes de departamento ou filial; (Inciso acrescido
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de pela Lei nº 8.966, de 27/12/1994)
licença prévia as jornadas de doze horas de tra- III – os empregados em regime de teletrabalho.
balho por trinta e seis horas ininterruptas de des- (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
canso. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 13.467, de blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 publicação)
dias após a publicação) Parágrafo único. O regime previsto neste capí-
Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, po- tulo será aplicável aos empregados mencionados
derá a duração do trabalho exceder do limite legal no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo
28
de confiança, compreendendo a gratificação de com discriminação do período autorizado, o qual,

função, se houver, for inferior ao valor do respec- de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias.
tivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta Art. 69. Na regulamentação do funcionamento de
por cento). (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 8.966, atividades sujeitas ao regime deste Capítulo, os
de 27/12/1994) municípios atenderão aos preceitos nele estabe-
Art. 63. Não haverá distinção entre empregados e lecidos, e as regras que venham a fixar não pode-
interessados, e a participação em lucros e comis- rão contrariar tais preceitos nem as instruções que,
sões, salvo em lucros de caráter social, não exclui para seu cumprimento, forem expedidas pelas au-
o participante do regime deste Capítulo. toridades competentes em matéria de trabalho.
Art. 64. O salário-hora normal, no caso de empre- Art. 70. Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é
gado mensalista, será obtido dividindo-se o salá- vedado o trabalho em dias feriados nacionais e
rio mensal correspondente à duração do trabalho, feriados religiosos, nos termos da legislação pró-
a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o pria. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229,
número de horas dessa duração. de 28/2/1967)
Parágrafo único. Sendo o número de dias infe- Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja du-
rior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo, em ração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a con-
lugar desse número, o de dias de trabalho por mês. cessão de um intervalo para repouso ou alimen-
Art. 65. No caso do empregado diarista, o salário- tação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e,
-hora normal será obtido dividindo-se o salário salvo acordo escrito ou contrato coletivo em con-
diário correspondente à duração do trabalho, es- trário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
tabelecido no art. 58, pelo número de horas de § 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o traba-
efetivo trabalho. lho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de
15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar
Seção III 4 (quatro) horas.
Dos Períodos de Descanso § 2º Os intervalos de descanso não serão compu-
Art. 66. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho ha- tados na duração do trabalho.
verá um período mínimo de 11 (onze) horas con- § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso
secutivas para descanso. ou refeição poderá ser reduzido por ato do Minis-
tro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando
Art. 67. Será assegurado a todo empregado um
ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência
descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas con-
Social, se verificar que o estabelecimento atende
secutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pú-
integralmente às exigências concernentes à orga-
blica ou necessidade imperiosa do serviço, deverá
nização dos refeitórios, e quando os respectivos
coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
empregados não estiverem sob regime de traba-
Parágrafo único. Nos serviços que exijam traba-
lho prorrogado a horas suplementares.
lho aos domingos, com exceção quanto aos elen-
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial
cos teatrais, será estabelecida escala de reveza-
do intervalo intrajornada mínimo, para repouso
mento, mensalmente organizada e constando de
e alimentação, a empregados urbanos e rurais,
quadro sujeito à fiscalização.
implica o pagamento, de natureza indenizatória,
Art. 68. O trabalho em domingo, seja total ou par- apenas do período suprimido, com acréscimo de
cial, na forma do art. 67, será sempre subordinado 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da re-
à permissão prévia da autoridade competente em muneração da hora normal de trabalho. (Parágrafo
matéria de trabalho. acrescido pela Lei nº 8.923, de 27/7/1994, e com redação
Parágrafo único. A permissão será concedida dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU
a título permanente nas atividades que, por sua de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
natureza ou pela conveniência pública, devem ser § 5º O intervalo expresso no caput poderá ser re-
exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do duzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no
Trabalho, Indústria e Comércio expedir instruções § 1º poderá ser fracionado, quando compreendi-
em que sejam especificadas tais atividades. Nos dos entre o término da primeira hora trabalhada
demais casos, ela será dada sob forma transitória, e o início da última hora trabalhada, desde que
29
previsto em convenção ou acordo coletivo de tra- neste artigo e seus parágrafos. (Primitivo § 3º renu-
balho, ante a natureza do serviço e em virtude das merado e com redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.666, de
condições especiais de trabalho a que são subme- 28/8/1946)
tidos estritamente os motoristas, cobradores, fis-
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-
calização de campo e afins nos serviços de opera-
-se o disposto neste capítulo. (Primitivo § 4º renumerado
ção de veículos rodoviários, empregados no setor
e com redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.666, de 28/8/1946)
de transporte coletivo de passageiros, mantida a
remuneração e concedidos intervalos para des- Seção V
canso menores ao final de cada viagem. (Parágrafo Do Quadro de Horário
acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação
dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de Art. 74. O horário do trabalho constará de qua-
3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) dro, organizado conforme modelo expedido pelo
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio e afi-
Art. 72. Nos serviços permanentes de mecanogra-
fia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada xado em lugar bem visível. Esse quadro será dis-
período de 90 (noventa) minutos de trabalho con- criminativo no caso de não ser o horário único
secutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) para todos os empregados de uma mesma seção
minutos não deduzidos da duração normal de ou turma.
trabalho. § 1º O horário de trabalho será anotado em re-
Seção IV gistro de empregados com a indicação de acordos
Do Trabalho Noturno ou contratos coletivos porventura celebrados.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento sema- § 2º Para os estabelecimentos de mais de dez
nal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remu- trabalhadores será obrigatória a anotação da
neração superior a do diurno e, para esse efei- hora de entrada e de saída, em registro manual,
to, sua remuneração terá um acréscimo de 20%
mecânico ou eletrônico, conforme instruções a
(vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diur-
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, de-
na. (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei
nº 9.666, de 28/8/1946) (Vide art. 7º, XVI, da Constituição vendo haver pré-assinalação do período de re-
Federal de 1988) pouso. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 7.855,
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada de 24/10/1989)
como de 52 minutos e 30 segundos. (Parágrafo com § 3º Se o trabalho for executado fora do esta-
redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.666, de 28/8/1946) belecimento, o horário dos empregados constará,
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste
explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder,
artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de
sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste artigo.
um dia e as 5 horas do dia seguinte. (Parágrafo com
redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.666, de 28/8/1946) (Vide Seção VI
art. 7º da Lei nº 5.889, de 8/6/1973) Das Penalidades
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente ar-
Art. 75. Os infratores dos dispositivos do presente
tigo, em se tratando de empresas que não mantêm,
pela natureza de suas atividades, trabalho noturno capítulo incorrerão na multa de cinquenta a cinco
habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos mil cruzeiros, segundo a natureza da infração, sua
pagos por trabalhos diurnos de natureza seme- extensão e a intenção de quem a praticou, apli-
lhante. Em relação às empresas cujo trabalho no- cada em dobro no caso de reincidência, a oposi-
turno decorra da natureza de suas atividades, o au- ção à fiscalização ou desacato à autoridade.
mento será calculado sobre o salário mínimo geral Parágrafo único. São competentes para impor
vigente na região, não sendo devido quando exce-
penalidades, no Distrito Federal, a autoridade de
der desse limite, já acrescido da percentagem. (Pa-
1ª instância do Departamento Nacional do Tra-
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.666, de 28/8/1946)
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos balho e, nos Estados e no Território do Acre, as
os que abrangem períodos diurnos e noturnos, autoridades regionais do Ministério do Trabalho,
aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto Indústria e Comércio.
30
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 75-A
CAPÍTULO II-A Parágrafo único. As utilidades mencionadas no

DO TELETRABALHO caput deste artigo não integram a remuneração
(Capítulo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, do empregado.
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empre-
a publicação)
gados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado precauções a tomar a fim de evitar doenças e aci-
em regime de teletrabalho observará o disposto dentes de trabalho. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467,
neste Capítulo. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
120 dias após a publicação) Parágrafo único. O empregado deverá assinar
termo de responsabilidade comprometendo-se a
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a presta-
seguir as instruções fornecidas pelo empregador.
ção de serviços preponderantemente fora das
dependências do empregador, com a utilização CAPÍTULO III
de tecnologias de informação e de comunicação DO SALÁRIO MÍNIMO
(Vide art. 7º, IV, da Constituição Federal de 1988)
que, por sua natureza, não se constituam como
trabalho externo. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, Seção I
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor Do Conceito
120 dias após a publicação) Art. 76. Salário mínimo é a contraprestação mí-
Parágrafo único. O comparecimento às depen- nima devida e paga diretamente pelo empregador
dências do empregador para a realização de ativi- a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural,
dades específicas que exijam a presença do em- sem distinção de sexo, por dia normal de serviço,
pregado no estabelecimento não descaracteriza e capaz de satisfazer, em determinada época
o regime de teletrabalho. e região do País, as suas necessidades normais
de alimentação, habitação, vestuário, higiene e
Art. 75-C. A prestação de serviços na modali-
transporte.
dade de teletrabalho deverá constar expressa-
mente do contrato individual de trabalho, que Art. 77. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964)
especificará as atividades que serão realizadas Art. 78. Quando o salário for ajustado por emprei-
pelo empregado. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, tada, ou convencionado por tarefa ou peça, será
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor garantida ao trabalhador uma remuneração diária
120 dias após a publicação) nunca inferior à do salário mínimo por dia normal
§ 1º Poderá ser realizada a alteração entre reda região, zona ou subzona.
gime presencial e de teletrabalho desde que haja Parágrafo único. Quando o salário mínimo men-
mútuo acordo entre as partes, registrado em adi- sal do empregado a comissão ou que tenha direito
tivo contratual. a percentagem for integrado por parte fixa e parte
§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário mí-
de teletrabalho para o presencial por determina- nimo, vedado qualquer desconto em mês subse-
ção do empregador, garantido prazo de transição quente a título de compensação. (Parágrafo único
mínimo de quinze dias, com correspondente re- acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
gistro em aditivo contratual. Art. 79. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964)

Art. 75-D. As disposições relativas à responsa- Art. 80. (Revogado pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
bilidade pela aquisição, manutenção ou forneci- Art. 81. O salário mínimo será determinado pela
mento dos equipamentos tecnológicos e da in- fórmula Sm = a + b + c + d + e, em que a, b, c, d e e
fraestrutura necessária e adequada à prestação do representam, respectivamente, o valor das despe-
trabalho remoto, bem como ao reembolso de dessas diárias com alimentação, habitação, vestuário,
pesas arcadas pelo empregado, serão previstas higiene e transporte necessários à vida de um tra-
em contrato escrito. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, balhador adulto.
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor § 1º A parcela correspondente à alimentação
120 dias após a publicação) terá um valor mínimo igual aos valores da lista de
31
provisões, constantes dos quadros devidamente Seção V
aprovados e necessários à alimentação diária do Da Fixação do Salário Mínimo
trabalhador adulto.
Arts. 112 a 116. (Revogados pela Lei nº 4.589, de
§ 2º Poderão ser substituídos pelos equivalen-
11/12/1964)
tes de cada grupo, também mencionados nos
quadros a que alude o parágrafo anterior, os ali- Seção VI
mentos, quando as condições da região, zona ou Disposições Gerais
subzona o aconselharem, respeitados os valores Art. 117. Será nulo de pleno direito, sujeitando
nutritivos determinados nos mesmos quadros. o empregador às sanções do art. 120, qualquer
§ 3º O Ministério do Trabalho, Indústria e Comér- contrato ou convenção que estipule remuneração
cio fará, periodicamente, a revisão dos quadros a inferior ao salário mínimo estabelecido na região,
que se refere o § 1º deste artigo. zona ou subzona, em que tiver de ser cumprido.
Art. 82. Quando o empregador fornecer, in natura, Art. 118. O trabalhador a quem for pago salá-
uma ou mais das parcelas do salário mínimo, o sa-
rio inferior ao mínimo terá direito, não obstante
lário em dinheiro será determinado pela fórmula
qualquer contrato, ou convenção em contrário, a
Sd = Sm - P, em que Sd representa o salário em
reclamar do empregador o complemento de seu
dinheiro, Sm o salário mínimo e P a soma dos valo-
salário mínimo estabelecido na região, zona ou
res daquelas parcelas na região, zona ou sobzona.
subzona, em que tiver de ser cumprido.
Parágrafo único. O salário mínimo pago em di-
nheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) Art. 119. Prescreve em 2 (dois) anos a ação para
do salário mínimo fixado para a região, zona ou reaver a diferença, contados, para cada paga-
subzona. mento, da data em que o mesmo tenha sido efe-
tuado. (Vide art. 7º, XXIX, da Constituição Federal de 1988)
Art. 83. É devido o salário mínimo ao trabalhador
em domicílio, considerado este como o executado Art. 120. Aquele que infringir qualquer disposi-
na habitação do empregado ou em oficina de fa- tivo concernente ao salário mínimo será passível
mília, por conta de empregador que o remunere. de multa de cinquenta a dois mil cruzeiros, ele-
Seção II vada ao dobro na reincidência.
Das Regiões e Sub-regiões Art. 121. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Art. 84. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu- Art. 122. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964)
publicação)
Art. 124. A aplicação dos preceitos deste Capítulo
não poderá, em caso algum, ser causa determi-
Art. 86. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
nante da redução do salário.
publicação) Art. 125. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964)
Seção III Art. 126. O Ministro do Trabalho, Indústria e Co-

Da Constituição das Comissões mércio expedirá as instruções necessárias à fis-
calização do salário mínimo, podendo cometer
11/12/1964)
essa fiscalização a qualquer dos órgãos compo-
nentes do respectivo Ministério, e, bem assim, aos
Seção IV
fiscais dos Institutos de Aposentadoria e Pensões,
Das Atribuições das Comissões
na forma da legislação em vigor.
de Salário Mínimo
Art. 127. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
11/12/1964) Art. 128. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
32
CAPÍTULO IV -maternidade custeado pela Previdência Social.

DAS FÉRIAS ANUAIS (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977,
(Denominação do capítulo com redação dada pelo e com redação dada pela Lei nº 8.921, de 25/7/1994)
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) III – por motivo de acidente do trabalho ou en-
Seção I fermidade atestada pelo Instituto Nacional do Se-
Do Direito a Férias e da sua Duração guro Social (INSS), excetuada a hipótese do inciso
(Denominação da seção com redação dada pelo IV do art. 133; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535,
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) de 13/4/1977, e com redação dada pela Lei nº 8.726, de
Art. 129. Todo empregado terá direito anual- 5/11/1993)
mente ao gozo de um período de férias, sem pre- IV – justificada pela empresa, entendendo-se
juízo da remuneração. (Artigo com redação dada pelo como tal a que não tiver determinado o desconto
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) (Vide art. 7º, XVII, da do correspondente salário; (Inciso acrescido pelo
Constituição Federal de 1988) Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
V – durante a suspensão preventiva para respon-
Art. 130. Após cada período de 12 (doze) meses
der a inquérito administrativo ou de prisão preven-
de vigência do contrato de trabalho, o empregado
tiva, quando for impronunciado ou absolvido; e
terá direito a férias, na seguinte proporção: (Caput
(Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de
VI – nos dias em que não tenha havido serviço,
13/4/1977)
salvo na hipótese do inciso III do art. 133. (Inciso
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; (Inciso
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) Art. 132. O tempo de trabalho anterior a apresen-
II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando tação do empregado para serviço militar obrigató-
houver tido 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; (Inciso rio será computado no período aquisitivo, desde
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) que ele compareça ao estabelecimento dentro
III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver de 90 (noventa) dias da data em que se verificar
tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; (Inciso a respectiva baixa. (Artigo com redação dada pelo
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado
de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
que, no curso do período aquisitivo: (Caput do artigo
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
§ 1º É vedado descontar, do período de férias, as
I – deixar o emprego e não for readmitido dentro
faltas do empregado ao serviço. (Parágrafo acrescido
dos 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída;
pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
§ 2º O período das férias será computado, para
II – permanecer em gozo de licença, com per-
todos os efeitos, como tempo de serviço. (Parágrafo
cepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
Art. 130-A. (Artigo acrescido pela Medida Provisó- III – deixar de trabalhar, com percepção do sa-
ria nº 2.164-41, de 24/8/2001, e revogado pela Lei nº 13.467, lário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor paralisação parcial ou total dos serviços da em-
120 dias após a publicação) presa; e (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de
Art. 131. Não será considerada falta ao serviço, 13/4/1977)
para os efeitos do artigo anterior, a ausência do IV – tiver percebido da Previdência Social presta-
empregado: (Caput do artigo com redação dada pelo ções de acidente de trabalho ou de auxílio-doença
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
I – nos casos referidos no art. 473; (Inciso acres- (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
cido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) § 1º A interrupção da prestação de serviços de-
II – durante o licenciamento compulsório da em- verá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previ-
pregada por motivo de maternidade ou aborto, ob- dência Social. (Parágrafo único transformado em § 1º e
servados os requisitos para percepção do salário- com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
33
§ 2º Iniciar-se-á o decurso de novo período que nela seja anotada a respectiva concessão. (Pa-
aquisitivo quando o empregado, após o imple- rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
mento de qualquer das condições previstas neste § 2º A concessão das férias será, igualmente,
artigo, retornar ao serviço. (Parágrafo acrescido pelo anotada no livro ou nas fichas de registro dos em-
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) pregados. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535,
§ 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo de 13/4/1977)
a empresa comunicará ao órgão local do Ministério
Art. 136. A época da concessão das férias será a
do Trabalho, com antecedência mínima de quinze
que melhor consulte os interesses do empregador.
dias, as datas de início e fim da paralisação total ou
(Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de
parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo,
13/4/1977)
comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato re-
§ 1º Os membros de uma família, que traba-
presentativo da categoria profissional, bem como
lharem no mesmo estabelecimento ou empresa,
afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.
terão direito a gozar férias no mesmo período, se
assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo
§ 4º (Vetado na Lei nº 9.016, de 30/3/1995)
para o serviço.
Seção II § 2º O empregado estudante, menor de 18 (de-
Da Concessão e da Época das Férias zoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias
(Denominação da seção com redação dada pelo com as férias escolares.
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do após o prazo de que trata o art. 134, o empregador
empregador, em um só período, nos 12 (doze) pagará em dobro a respectiva remuneração. (Caput
meses subsequentes à data em que o empregado do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de
tiver adquirido o direito. (Caput do artigo com redação 13/4/1977)
dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) § 1º Vencido o mencionado prazo sem que o
§ 1º Desde que haja concordância do empre- empregador tenha concedido as férias, o empre-
gado, as férias poderão ser usufruídas em até gado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação,
três períodos, sendo que um deles não poderá por sentença, da época de gozo das mesmas. (Pa-
ser inferior a quatorze dias corridos e os demais rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, § 2º A sentença cominará pena diária de 5%
cada um. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, (cinco por cento) do salário mínimo da região, de-
de 13/4/1977, e com redação dada pela Lei nº 13.467,
vida ao empregado até que seja cumprida. (Pará-
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
§ 3º Cópia da decisão judicial transitada em
§ 2º (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de julgado será remetida ao órgão local do Ministé-
13/4/1977, e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
rio do Trabalho, para fins de aplicação da multa
de caráter administrativo. (Parágrafo acrescido pelo
a publicação)
§ 3º É vedado o início das férias no período
de dois dias que antecede feriado ou dia de re- Art. 138. Durante as férias, o empregado não po-
pouso semanal remunerado. (Parágrafo acrescido derá prestar serviços a outro empregador, salvo se
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) de trabalho regularmente mantido com aquele.
Art. 135. A concessão das férias será participada,
13/4/1977)
por escrito, ao empregado, com antecedência de,
no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o Seção III
interessado dará recibo. (Caput do artigo com redação Das Férias Coletivas
dada pela Lei nº 7.414, de 9/12/1985)
§ 1º O empregado não poderá entrar no gozo
das férias sem que apresente ao empregador sua Art. 139. Poderão ser concedidas férias coleti-
Carteira de Trabalho e Previdência Social, para vas a todos os empregados de uma empresa ou
34
de determinados estabelecimentos ou setores Seção IV

da empresa. (Caput do artigo com redação dada pelo Da Remuneração e do Abono de Férias
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) (Denominação da seção com redação dada pelo
§ 1º As férias poderão ser gozadas em dois pe- Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
ríodos anuais, desde que nenhum deles seja infe- Art. 142. O empregado perceberá, durante as fé-
rior a 10 (dez) dias corridos. (Parágrafo único trans- rias, a remuneração que lhe for devida na data da
formado em § 1º pela Lei nº 6.211, de 18/6/1975, e com sua concessão. (Caput do artigo com redação dada pelo
redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) (Vide art. 7º, XVII, da
§ 2º Para os fins previstos neste artigo, o em- Constituição Federal de 1988)
pregador comunicará ao órgão local do Ministé- § 1º Quando o salário for pago por hora com jor-
rio do Trabalho, com a antecedência mínima de nadas variáveis, apurar-se-á a média do período
15 (quinze) dias, as datas de início e fim das fé- aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data
rias, precisando quais os estabelecimentos ou se- da concessão das férias. (Parágrafo único transforma-
tores abrangidos pela medida. (Parágrafo acrescido do em § 1º e com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535,
pela Lei nº 6.211, de 18/6/1975, e com redação dada pelo de 13/4/1977)
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) § 2º Quando o salário for pago por tarefa tomar-
§ 3º Em igual prazo o empregador enviará cópia -se-á por base a média da produção no período
da aludida comunicação aos sindicatos represen- aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor
tativos da respectiva categoria profissional, e pro- da remuneração da tarefa na data da concessão
videnciará a afixação de aviso nos locais de tra- das férias. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535,
balho. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de de 13/4/1977)
13/4/1977) § 3º Quando o salário for pago por percenta-
Art. 140. Os empregados contratados há menos gem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média
de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses
férias proporcionais, iniciando-se, então, novo que precederem à concessão das férias. (Parágrafo
período aquisitivo. (Artigo com redação dada pelo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) § 4º A parte do salário paga em utilidades será
computada de acordo com a anotação na Carteira
Art. 141. Quando o número de empregados con-
de Trabalho e Previdência Social. (Parágrafo acres-
templados com as férias coletivas for superior a
cido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
300 (trezentos), a empresa poderá promover, me-
§ 5º Os adicionais por trabalho extraordinário,
diante carimbo, anotações de que trata o art. 135,
noturno, insalubre ou perigoso serão computados
§ 1º. (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei
no salário que servirá de base ao cálculo da remu-
nº 1.535, de 13/4/1977)
neração das férias. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-
§ 1º O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo
-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
Ministério do Trabalho, dispensará a referência
§ 6º Se, no momento das férias, o empregado
ao período aquisitivo a que correspondem, para
não estiver percebendo o mesmo adicional do pe-
cada empregado, as férias concedidas. (Parágrafo
ríodo aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver
único transformado em § 1º e com redação dada pelo
sido uniforme, será computada a média duodeci-
mal recebida naquele período, após a atualização
§ 2º Adotado o procedimento indicado neste
das importâncias pagas, mediante incidência dos
artigo, caberá à empresa fornecer ao empregado
percentuais dos reajustamentos salariais superve-
cópia visada do recibo correspondente à quitação
nientes. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535,
mencionada no parágrafo único do art. 145. (Pará-
de 13/4/1977)
grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
§ 3º Quando da cessação do contrato de traba- Art. 143. É facultado ao empregado converter
lho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver di-
e Previdência Social as datas dos períodos aquisi- reito em abono pecuniário, no valor da remunera-
tivos correspondentes às férias coletivas gozadas ção que lhe seria devida nos dias correspondentes.
pelo empregado. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535,
nº 1.535, de 13/4/1977) de 13/4/1977)
35
§ 1º O abono de férias deverá ser requerido até por mês de serviço ou fração superior a 14 (qua-
15 (quinze) dias antes do término do período aqui- torze) dias.
sitivo. (Parágrafo único transformado em § 1º e com reda- Art. 147. O empregado que for despedido sem
ção dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extin-
§ 2º Tratando-se de férias coletivas, a conversão guir em prazo predeterminado, antes de comple-
a que se refere este artigo deverá ser objeto de tar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remu-
acordo coletivo entre o empregador e o sindicato neração relativa ao período incompleto de férias,
representativo da respectiva categoria profissio- de conformidade com o disposto no artigo ante-
nal, independendo de requerimento individual rior. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535,
a concessão do abono. (Parágrafo acrescido pelo de 13/4/1977) (Vide art. 7º, XVII, da Constituição Federal
Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) de 1988)
§ 3º (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória
Art. 148. A remuneração das férias, ainda quando
nº 2.164-41, de 24/8/2001, e revogado pela Lei nº 13.467,
devida após a cessação do contrato de trabalho,
terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449.
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo 13/4/1977)
anterior, bem como o concedido em virtude de
Seção VI
cláusula do contrato de trabalho, do regulamento
Do Início da Prescrição
da empresa, de convenção ou acordo coletivo, (Denominação da seção com redação dada pelo
desde que não excedente de vinte dias do salá- Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
rio, não integrarão a remuneração do empregado
Art. 149. A prescrição do direito de reclamar a
para os efeitos da legislação do trabalho. (Artigo
concessão das férias ou o pagamento da respec-
tiva remuneração é contada do término do prazo
Art. 145. O pagamento da remuneração das férias mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da ces-
e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 sação do contrato de trabalho. (Artigo com redação
serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
do respectivo período. (Caput do artigo com redação
Seção VII
dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
Disposições Especiais
Parágrafo único. O empregado dará quitação do
(Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 1.535, de
pagamento, com indicação do início e do termo
13/4/1977)
das férias. (Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei
nº 1.535, de 13/4/1977) Art. 150. O tripulante que, por determinação do ar-
mador, for transferido para o serviço de outro, terá
Seção V computado, para o efeito de gozo de férias, o tempo
Dos Efeitos da Cessação do de serviço prestado ao primeiro, ficando obrigado
Contrato de Trabalho
a concedê-las o armador em cujo serviço ele se en-
contra na época de gozá-las. (Caput do artigo com reda-
ção dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho, § 1º As férias poderão ser concedidas, a pedido
qualquer que seja a sua causa, será devida ao dos interessados e com aquiescência do arma-
empregado a remuneração simples ou em dobro, dor, parceladamente, nos portos de escala de
conforme o caso, correspondente ao período de grande estadia do navio, aos tripulantes ali resi-
férias cujo direito tenha adquirido. (Artigo com reda- dentes. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535,
ção dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) de 13/4/1977)
Parágrafo único. Na cessação do contrato de § 2º Será considerada grande estadia a perma-
trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o em- nência no porto por prazo excedente de seis dias.
pregado, desde que não haja sido demitido por (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977)
justa causa, terá direito à remuneração relativa § 3º Os embarcadiços, para gozarem férias nas
ao período incompleto de férias, de acordo com condições deste artigo, deverão pedi-las, por es-
o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) crito, ao armador, antes do início da viagem, no
36
porto de registro ou armação. (Parágrafo acrescido CAPÍTULO V

pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
§ 4º O tripulante, ao terminar as férias, apre- (Denominação do capítulo com redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
sentar-se-á ao armador, que deverá designá-lo
para qualquer de suas embarcações ou o adir a Seção I
algum dos seus serviços terrestres, respeitadas Disposições Gerais
a condição pessoal e a remuneração. (Parágrafo (Denominação da seção com redação dada pela
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
§ 5º Em caso de necessidade, determinada pelo Art. 154. A observância, em todos os locais de tra-
interesse público, e comprovada pela autoridade balho, do disposto neste Capítulo, não desobriga
competente, poderá o armador ordenar a suspen- as empresas do cumprimento de outras disposi-
são das férias já iniciadas ou a iniciar-se, ressal- ções que, com relação à matéria, sejam incluídas
vado ao tripulante o direito ao respectivo gozo em códigos de obras ou regulamentos sanitários
posteriormente. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei dos Estados ou Municípios em que se situem os
nº 1.535, de 13/4/1977) respectivos estabelecimentos, bem como daque-
§ 6º O Delegado do Trabalho Marítimo poderá las oriundas de convenções coletivas de trabalho.
autorizar a acumulação de 2 (dois) períodos de (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
férias do marítimo, mediante requerimento jus- Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional
tificado: (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, competente em matéria de segurança e medicina
de 13/4/1977) do trabalho: (Caput do artigo com redação dada pela
I – do sindicato, quando se tratar de sindicali- Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
zado; e I – estabelecer, nos limites de sua competên-
II – da empresa, quando o empregado não for cia, normas sobre a aplicação dos preceitos deste
sindicalizado. Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
(Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 151. Enquanto não se criar um tipo especial
II – coordenar, orientar, controlar e supervisio-
de caderneta profissional para os marítimos, as
nar a fiscalização e as demais atividades relacio-
férias serão anotadas pela Capitania do Porto na nadas com a segurança e a medicina do trabalho
caderneta-matrícula do tripulante, na página das em todo o território nacional, inclusive a Campa-
observações. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nha Nacional de Prevenção de Acidentes do Tra-
nº 1.535, de 13/4/1977) balho; (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 152. A remuneração do tripulante, no gozo de III – conhecer, em última instância, dos recursos,
férias, será acrescida da importância correspon- voluntários ou de ofício, das decisões proferidas
dente à etapa que estiver vencendo. (Artigo com re- pelos Delegados Regionais do Trabalho, em ma-
dação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977) téria de segurança e medicina do trabalho. (Inciso
Seção VIII
Das Penalidades Art. 156. Compete especialmente às Delegacias
(Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 1.535, de Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdi-
13/4/1977) ção: (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22/12/1977)
Art. 153. As infrações ao disposto neste Capítulo I – promover a fiscalização do cumprimento
serão punidas com multas de valor igual a 160 BTN das normas de segurança e medicina do trabalho;
por empregado em situação irregular. (Caput do ar- (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
tigo com redação dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) II – adotar as medidas que se tornem exigíveis,
Parágrafo único. Em caso de reincidência, em- em virtude das disposições deste Capítulo, de-
baraço ou resistência à fiscalização, emprego de terminando as obras e reparos que, em qualquer
artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a local de trabalho, se façam necessárias; (Inciso
lei, a multa será aplicada em dobro. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
acrescido pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13/4/1977, e com III – impor as penalidades cabíveis por descum-
redação dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) primento das normas constantes deste Capítulo,
37
nos termos do art. 201. (Inciso acrescido pela Lei das respectivas instalações pela autoridade regio-
nº 6.514, de 22/12/1977) nal competente em matéria de segurança e medi-
Art. 157. Cabe às empresas: (Caput do artigo com cina do trabalho. (Caput do artigo com redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
I – cumprir e fazer cumprir as normas de segu- § 1º Nova inspeção deverá ser feita quando ocor-
rança e medicina do trabalho; (Inciso acrescido pela rer modificação substancial nas instalações, inclu-
Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
sive equipamentos, que a empresa fica obrigada
II – instruir os empregados, através de ordens de a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido do Trabalho. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de
de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupa- 22/12/1977)
cionais; (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) § 2º É facultado às empresas solicitar prévia apro-
III – adotar as medidas que lhes sejam deter- vação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos
minadas pelo órgão regional competente; (Inciso projetos de construção e respectivas instalações.
acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
IV – facilitar o exercício da fiscalização pela auto- Art. 161. O Delegado Regional do Trabalho, à vista
ridade competente. (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, do laudo técnico do serviço competente que de-
de 22/12/1977) monstre grave e iminente risco para o trabalha-
Art. 158. Cabe aos empregados: (Caput do artigo dor, poderá interditar estabelecimento, setor de
com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) serviço, máquina ou equipamento, ou embargar
I – observar as normas de segurança e medicina obra, indicando na decisão, tomada com a brevi-
do trabalho, inclusive as instruções de que trata dade que a ocorrência exigir, as providências que
o item II do artigo anterior; (Inciso acrescido pelo deverão ser adotadas para prevenção de infortú-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada nios de trabalho. (Caput do artigo com redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
II – colaborar com a empresa na aplicação dos § 1º As autoridades federais, estaduais e munici-
dispositivos deste Capítulo. (Inciso acrescido pelo pais darão imediato apoio às medidas determina-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada das pelo Delegado Regional do Trabalho. (Parágrafo
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empre- § 2º A interdição ou embargo poderão ser reque-
gado a recusa injustificada: (Parágrafo único acres- ridos pelo serviço competente da Delegacia Regio-
cido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) nal do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção
a) à observância das instruções expedidas pelo do trabalho ou por entidade sindical. (Parágrafo
empregador na forma do item II do artigo anterior; acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
b) ao uso dos equipamentos de proteção indi- § 3º Da decisão do Delegado Regional do Tra-
vidual fornecidos pela empresa. balho poderão os interessados recorrer, no prazo
de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional
Art. 159. Mediante convênio autorizado pelo
competente em matéria de segurança e medicina
Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a
do trabalho, ao qual será facultado dar efeito sus-
outros órgãos federais, estaduais ou municipais
pensivo ao recurso. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514,
atribuições de fiscalização ou orientação às em-
de 22/12/1977)
presas quanto ao cumprimento das disposições
§ 4º Responderá por desobediência, além das
constantes deste Capítulo. (Artigo com redação dada
medidas penais cabíveis, quem, após determi-
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
nada a interdição ou embargo, ordenar ou per-
Seção II mitir o funcionamento do estabelecimento ou de
Da Inspeção Prévia e do um dos seus setores, a utilização de máquina ou
Embargo ou Interdição equipamento, ou o prosseguimento de obra, se,
(Denominação da seção com redação dada pela em consequência, resultarem danos a terceiros.
Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 160. Nenhum estabelecimento poderá iniciar § 5º O Delegado Regional do Trabalho, indepen-
suas atividades sem prévia inspeção e aprovação dente de recurso, e após laudo técnico do serviço
38
competente, poderá levantar a interdição. (Pará- gulamentação de que trata o parágrafo único do
grafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) artigo anterior. (Caput do artigo com redação dada pela
§ 6º Durante a paralisação dos serviços, em de- Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
corrência da interdição ou embargo, os emprega- § 1º Os representantes dos empregadores, titu-
dos receberão os salários como se estivessem em lares e suplentes, serão por eles designados. (Pará-
efetivo exercício. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, grafo único transformado em § 1º pelo Decreto-Lei nº 229,
de 22/12/1977) de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 6.514, de
22/12/1977)
Seção III
§ 2º Os representantes dos empregados, titula-
Dos Órgãos de Segurança e de Medicina
do Trabalho nas Empresas res e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto,
(Denominação da seção com redação dada pela
do qual participem, independentemente de filia-
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) ção sindical, exclusivamente os empregados inte-
ressados. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229,
Art. 162. As empresas, de acordo com normas a de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 6.514, de
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, es- 22/12/1977)
tarão obrigadas a manter serviços especializados § 3º O mandato dos membros eleitos da CIPA
em segurança e em medicina do trabalho. (Caput do terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma
artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) reeleição. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de
Parágrafo único. As normas a que se refere este 22/12/1977)
artigo estabelecerão: (Parágrafo único com redação § 4º O disposto no parágrafo anterior não se
dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) aplicará ao membro suplente que, durante o seu
a) classificação das empresas segundo o nú- mandato, tenha participado de menos da metade
mero de empregados e a natureza do risco de do número de reuniões da CIPA. (Parágrafo acrescido
suas atividades; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.514, de pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
22/12/1977) § 5º O empregador designará, anualmente, den-
b) o número mínimo de profissionais especiali- tre os seus representantes, o Presidente da CIPA
zados exigido de cada empresa, segundo o grupo e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-
em que se classifique, na forma da alínea anterior; -Presidente. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de
(Alínea acrescida pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) 22/12/1977)
c) a qualificação exigida para os profissionais
Art. 165. Os titulares da representação dos em-
em questão e o seu regime de trabalho; (Alínea
pregados nas CIPAs não poderão sofrer despedida
acrescida pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
arbitrária, entendendo-se como tal a que não se
d) as demais características e atribuições dos
fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico
serviços especializados em segurança e em me-
ou financeiro. (Caput do artigo com redação dada pela
dicina do trabalho, nas empresas. (Alínea acrescida Lei nº 6.514, de 22/12/1977) (Vide art. 10, II, a, do ADCT)
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Parágrafo único. Ocorrendo a despedida, cabe-
Art. 163. Será obrigatória a constituição de Co- rá ao empregador, em caso de reclamação à Jus-
missão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), tiça do Trabalho, comprovar a existência de qual-
de conformidade com instruções expedidas pelo quer dos motivos mencionados neste artigo, sob
Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
locais de obra nelas especificadas. (Caput do artigo (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Seção IV
Parágrafo único. O Ministério do Trabalho regu- Do Equipamento de Proteção Individual
lamentará as atribuições, a composição e o fun- (Denominação da seção com redação dada pela
cionamento das CIPAs. (Parágrafo único acrescido pelo Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 166. A empresa é obrigada a fornecer aos em-
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
pregados, gratuitamente, equipamento de prote-
Art. 164. Cada CIPA será composta de represen- ção individual adequado ao risco e em perfeito
tantes da empresa e dos empregados, de acordo estado de conservação e funcionamento, sempre
com os critérios que vierem a ser adotados na reque as medidas de ordem geral não ofereçam
39
completa proteção contra os riscos de acidentes § 5º O resultado dos exames médicos, inclusive
e danos à saúde dos empregados. (Artigo com reda- o exame complementar, será comunicado ao tra-
ção dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) balhador, observados os preceitos da ética médica.
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977, e
Art. 167. O equipamento de proteção só poderá
ser posto à venda ou utilizado com a indicação do
§ 6º Serão exigidos exames toxicológicos, pre-
Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
viamente à admissão e por ocasião do desliga-
(Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
mento, quando se tratar de motorista profissional,
Seção V assegurados o direito à contraprova em caso de
Das Medidas Preventivas de resultado positivo e a confidencialidade dos re-
Medicina do Trabalho
sultados dos respectivos exames. (Parágrafo acres-
(Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514,
de 22/12/1977)
§ 7º Para os fins do disposto no § 6º, será obri-
Art. 168. Será obrigatório exame médico, por conta gatório exame toxicológico com janela de detec-
do empregador, nas condições estabelecidas neste ção mínima de 90 (noventa) dias, específico para
artigo e nas instruções complementares a serem ex- substâncias psicoativas que causem dependên-
pedidas pelo Ministério do Trabalho: (Caput do artigo cia ou, comprovadamente, comprometam a ca-
com redação dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) pacidade de direção, podendo ser utilizado para
I – na admissão; (Inciso acrescido pela Lei nº 7.855, essa finalidade o exame toxicológico previsto na
de 24/10/1989) Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código
II – na demissão; (Inciso acrescido pela Lei nº 7.855, de Trânsito Brasileiro), desde que realizado nos
de 24/10/1989) últimos 60 (sessenta) dias. (Parágrafo acrescido pela
III – periodicamente. (Inciso acrescido pela Lei nº 7.855, Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015,
de 24/10/1989) em vigor 45 dias após a publicação)
§ 1º O Ministério do Trabalho baixará instruções
Art. 169. Será obrigatória a notificação das doen-
relativas aos casos em que serão exigíveis exames:
ças profissionais e das produzidas em virtude de
condições especiais de trabalho, comprovadas
ou objeto de suspeita, de conformidade com as
a) por ocasião da demissão; (Alínea acrescida pela instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
b) complementares. (Alínea acrescida pela Lei nº 7.855,
de 24/10/1989)
Seção VI
Das Edificações
§ 2º Outros exames complementares poderão
ser exigidos, a critério médico, para apuração da
capacidade ou aptidão física e mental do empre-
de 22/12/1977)
gado para a função que deva exercer. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977, e com redação Art. 170. As edificações deverão obedecer aos re-
dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) quisitos técnicos que garantam perfeita segurança
§ 3º O Ministério do Trabalho estabelecerá, de aos que nelas trabalhem. (Artigo com redação dada
acordo com o risco da atividade e o tempo de ex- pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
posição, a periodicidade dos exames médicos. Art. 171. Os locais de trabalho deverão ter, no mí-
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977, e com nimo, 3 (três) metros de pé-direito, assim conside-
redação dada pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) rada a altura livre do piso ao teto. (Caput do artigo
§ 4º O empregador manterá, no estabelecimen- com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
to, o material necessário à prestação de primei- Parágrafo único. Poderá ser reduzido esse mí-
ros socorros médicos, de acordo com o risco da nimo desde que atendidas as condições de ilu-
atividade. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de minação e conforto térmico compatíveis com a
22/12/1977, e com redação dada pela Lei nº 7.855, de natureza do trabalho, sujeitando-se tal redução
24/10/1989) ao controle do órgão competente em matéria de
40
segurança e medicina do trabalho. (Parágrafo único as condições de conforto térmico. (Parágrafo único
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Art. 177. Se as condições de ambiente se torna-
Art. 172. Os pisos dos locais de trabalho não derem desconfortáveis, em virtude de instalações
verão apresentar saliências nem depressões que geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o
prejudiquem a circulação de pessoas ou a movi- uso de vestimenta adequada para o trabalho em
mentação de materiais. (Artigo com redação dada pela tais condições ou de capelas, anteparos, paredes
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) duplas, isolamento térmico e recursos similares,
de forma que os empregados fiquem protegidos
Art. 173. As aberturas nos pisos e paredes serão
contra as radiações térmicas. (Artigo com redação
protegidas de forma que impeçam a queda de
pessoas ou de objetos. (Artigo com redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Art. 178. As condições de conforto térmico dos
locais de trabalho devem ser mantidas dentro
Art. 174. As paredes, escadas, rampas de acesso, dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.
passarelas, pisos, corredores, coberturas e pas- (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
sagens dos locais de trabalho deverão obedecer
Seção IX
às condições de segurança e de higiene do tra-
Das Instalações Elétricas
balho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho
e manter-se em perfeito estado de conservação e
limpeza. (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de de 22/12/1977)
22/12/1977)
Art. 179. O Ministério do Trabalho disporá sobre
Seção VII as condições de segurança e as medidas especiais
Da Iluminação a serem observadas relativamente a instalações
elétricas, em qualquer das fases de produção,
transmissão, distribuição ou consumo de energia.
de 22/12/1977)
Art. 175. Em todos os locais de trabalho deverá Art. 180. Somente profissional qualificado po-
haver iluminação adequada, natural ou artificial, derá instalar, operar, inspecionar ou reparar ins-
apropriada à natureza da atividade. (Caput do artigo talações elétricas. (Artigo com redação dada pela Lei
com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) nº 6.514, de 22/12/1977)
§ 1º A iluminação deverá ser uniformemente dis-
Art. 181. Os que trabalharem em serviços de ele-
tribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento,
tricidade ou instalações elétricas devem estar fa-
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessi-
miliarizados com os métodos de socorro a aciden-
vos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
tados por choque elétrico. (Artigo com redação dada
§ 2º O Ministério do Trabalho estabelecerá os
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
níveis mínimos de iluminamento a serem observa-
dos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Seção X
Da Movimentação, Armazenagem
Seção VIII e Manuseio de Materiais
Do Conforto Térmico (Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
(Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514,
e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
de 22/12/1977)
Art. 182. O Ministério do Trabalho estabelecerá
Art. 176. Os locais de trabalho deverão ter venti- normas sobre: (Caput do artigo com redação dada pela
lação natural, compatível com o serviço realizado. Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de I – as precauções de segurança na movimenta-
22/12/1977) ção de materiais nos locais de trabalho, os equi-
Parágrafo único. A ventilação artificial será pamentos a serem obrigatoriamente utilizados
obrigatória sempre que a natural não preencha e as condições especiais a que estão sujeitas a
41
operação e a manutenção desses equipamentos, realização do ajuste. (Artigo com redação dada pela
inclusive exigências de pessoal habilitado; (Inciso Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 186. O Ministério do Trabalho estabelecerá
II – as exigências similares relativas ao manu-
normas adicionais sobre proteção e medidas de
seio e à armazenagem de materiais, inclusive
segurança na operação de máquinas e equipa-
quanto às condições de segurança e higiene re-
mentos, especialmente quanto à proteção das par-
lativas aos recipientes e locais de armazenagem
tes móveis, distância entre estas, vias de acesso às
e os equipamentos de proteção individual; (Inciso
máquinas e equipamentos de grandes dimensões,
emprego de ferramentas, sua adequação e medi-
III – a obrigatoriedade de indicação de carga
das de proteção exigidas quando motorizadas ou
máxima permitida nos equipamentos de trans-
elétricas. (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de
porte, dos avisos de proibição de fumar e de ad-
22/12/1977)
vertência quanto à natureza perigosa ou nociva
à saúde das substâncias em movimentação ou Seção XII
em depósito, bem como das recomendações de Das Caldeiras, Fornos e
primeiros socorros e de atendimento médico e Recipientes sob Pressão
símbolo de perigo, segundo padronização inter- (Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
nacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514,
armazenados ou transportados. (Inciso acrescido de 22/12/1977)
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Art. 187. As caldeiras, equipamentos e recipien-
Parágrafo único. As disposições relativas ao tes em geral que operam sob pressão deverão dis-
transporte de materiais aplicam-se, também, no por de válvulas e outros dispositivos de segurança,
que couber, ao transporte de pessoas nos locais que evitem seja ultrapassada a pressão interna de
de trabalho. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, trabalho compatível com a sua resistência. (Artigo
de 22/12/1977) com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 183. As pessoas que trabalharem na movi- Parágrafo único. O Ministério do Trabalho expe-
mentação de materiais deverão estar familiariza- dirá normas complementares quanto à segurança
dos com os métodos racionais de levantamento das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, es-
de cargas. (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, pecialmente quanto ao revestimento interno, à lo-
de 22/12/1977) calização, à ventilação dos locais e outros meios
Seção XI de eliminação de gases ou vapores prejudiciais à
Das Máquinas e Equipamentos saúde, e demais instalações ou equipamentos ne-
(Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, cessários à execução segura das tarefas de cada
e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514, empregado.
de 22/12/1977)
Art. 188. As caldeiras serão periodicamente sub-
Art. 184. As máquinas e os equipamentos deverão metidas a inspeções de segurança, por engenheiro
ser dotados de dispositivos de partida e parada e ou empresa especializada, inscritos no Ministério
outros que se fizerem necessários para a prevenção do Trabalho, de conformidade com as instruções
de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao que, para esse fim, forem expedidas. (Caput do ar-
risco de acionamento acidental. (Caput do artigo com tigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) § 1º Toda caldeira será acompanhada de “Pron-
Parágrafo único. É proibida a fabricação, a im- tuário”, com documentação original do fabricante,
portação, a venda, a locação e o uso de máquinas abrangendo, no mínimo: especificação técnica,
e equipamentos que não atendam ao disposto desenhos, detalhes, provas e testes realizados
neste artigo. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, durante a fabricação e a montagem, caracterís-
de 22/12/1977) ticas funcionais e a pressão máxima de trabalho
Art. 185. Os reparos, limpeza e ajustes somente permitida (PMTP), esta última indicada, em local
poderão ser executados com as máquinas para- visível, na própria caldeira. (Parágrafo acrescido pela
das, salvo se o movimento for indispensável à Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
42
§ 2º O proprietário da caldeira deverá organizar, Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regio-
manter atualizado e apresentar, quando exigido nais do Trabalho, comprovada a insalubridade,
pela autoridade competente, o Registro de Segu- notificar as empresas, estipulando prazos para
rança, no qual serão anotadas, sistematicamente, sua eliminação ou neutralização, na forma deste
as indicações das provas efetuadas, inspeções, artigo. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, de
reparos e quaisquer outras ocorrências. (Parágrafo 22/12/1977)
acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Art. 192. O exercício de trabalho em condições
§ 3º Os projetos de instalação de caldeiras, for- insalubres, acima dos limites de tolerância esta-
nos e recipientes sob pressão deverão ser subme- belecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a
tidos à aprovação prévia do órgão regional com- percepção de adicional respectivamente de 40%
petente em matéria de segurança do trabalho. (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10%
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) (dez por cento) do salário mínimo da região, se-
Seção XIII gundo se classifiquem nos graus máximo, médio
Das Atividades Insalubres ou Perigosas e mínimo. (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514,
(Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, de 22/12/1977)
e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514, Art. 193. São consideradas atividades ou ope-
de 22/12/1977) rações perigosas, na forma da regulamentação
(Vide art. 7º, XXIII, da Constituição Federal de 1988) aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
Art. 189. Serão consideradas atividades ou ope- aquelas que, por sua natureza ou métodos de tra-
rações insalubres aquelas que, por sua natureza, balho, impliquem risco acentuado em virtude de
condições ou métodos de trabalho, exponham os exposição permanente do trabalhador a: (Caput do
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos artigo com redação dada pela Lei nº 12.740, de 8/12/2012)
limites de tolerância fixados em razão da natureza I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
e da intensidade do agente e do tempo de expo- (Inciso acrescido pela Lei nº 12.740, de 8/12/2012)
sição aos seus efeitos. (Artigo com redação dada pela II – roubos ou outras espécies de violência física
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.740, de
Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o qua-
8/12/2012)
dro das atividades e operações insalubres e ado-
§ 1º O trabalho em condições de periculosidade
tará normas sobre os critérios de caracterização da assegura ao empregado um adicional de 30%
insalubridade, os limites de tolerância aos agentes (trinta por cento) sobre o salário sem os acrésci-
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo mos resultantes de gratificações, prêmios ou par-
de exposição do empregado a esses agentes. (Artigo ticipações nos lucros da empresa. (Parágrafo acres-
com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) cido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Parágrafo único. As normas referidas neste ar- § 2º O empregado poderá optar pelo adicional
tigo incluirão medidas de proteção do organismo de insalubridade que porventura lhe seja devido.
do trabalhador nas operações que produzem ae- (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
rodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou § 3º Serão descontados ou compensados do
incômodos. adicional outros da mesma natureza eventual-
Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insa- mente já concedidos ao vigilante por meio de
lubridade ocorrerá: (Caput do artigo com redação dada acordo coletivo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.740,
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) de 8/12/2012)
I – com a adoção de medidas que conservem o § 4º São também consideradas perigosas as ati-
ambiente de trabalho dentro dos limites de tole- vidades de trabalhador em motocicleta. (Parágrafo
rância; (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) acrescido pela Lei nº 12.997, de 18/6/2014)
II – com a utilização de equipamentos de pro- Art. 194. O direito do empregado ao adicional

teção individual ao trabalhador, que diminuam a de insalubridade ou de periculosidade cessará
intensidade do agente agressivo a limites de tole- com a eliminação do risco à sua saúde ou integri-
rância. (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) dade física, nos termos desta Seção e das normas
43
expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Artigo com riais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.
redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Art. 195. A caracterização e a classificação da Seção XIV

insalubridade e da periculosidade, segundo as Da Prevenção da Fadiga
normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão atra- (Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
vés de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514,
Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério de 22/12/1977)
do Trabalho. (Caput do artigo com redação dada pela Art. 198. É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) máximo que um empregado pode remover indivi-
§ 1º É facultado às empresas e aos sindicatos dualmente, ressalvadas as disposições especiais
das categorias profissionais interessadas reque- relativas ao trabalho do menor e da mulher. (Artigo
rerem ao Ministério do Trabalho a realização de com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
perícia em estabelecimento ou setor deste, com o Parágrafo único. Não está compreendida na
objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar
proibição deste artigo a remoção de material feita
as atividades insalubres ou perigosas. (Parágrafo
por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos,
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com
carros de mão ou quaisquer outros aparelhos me-
cânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais
§ 2º Arguida em juízo insalubridade ou periculo-
casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exi-
sidade, seja por empregado, seja por Sindicato em
gidos do empregado serviços superiores às suas
favor de grupo de associados, o juiz designará pe-
forças.
rito habilitado na forma deste artigo, e, onde não
houver, requisitará perícia ao órgão competente Art. 199. Será obrigatória a colocação de assentos
do Ministério do Trabalho. (Parágrafo acrescido pelo que assegurem postura correta ao trabalhador, ca-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada pazes de evitar posições incômodas ou forçadas,
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) sempre que a execução da tarefa exija que traba-
§ 3º O disposto nos parágrafos anteriores não lhe sentado. (Caput do artigo com redação dada pela
prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. (Pa- Parágrafo único. Quando o trabalho deva ser
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e executado de pé, os empregados terão à sua dis-
com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) posição assentos para serem utilizados nas pau-
sas que o serviço permitir. (Parágrafo único acrescido
Art. 196. Os efeitos pecuniários decorrentes do
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
trabalho em condições de insalubridade ou peri-
culosidade serão devidos a contar da data da in- Seção XV
clusão da respectiva atividade nos quadros apro- Das Outras Medidas Especiais de Proteção
vados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as (Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
normas do artigo 11. (Artigo com redação dada pela e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514,
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) de 22/12/1977)
Art. 197. Os materiais e substâncias emprega- Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho estabe-
dos, manipulados ou transportados nos locais de lecer disposições complementares às normas de
trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, que trata este Capítulo, tendo em vista as peculia-
devem conter, no rótulo, sua composição, reco- ridades de cada atividade ou setor de trabalho, es-
mendações de socorro imediato e o símbolo de pecialmente sobre: (Caput do artigo com redação dada
perigo correspondente, segundo a padronização pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
internacional. (Caput do artigo com redação dada pela I – medidas de prevenção de acidentes e os
Lei nº 6.514, de 22/12/1977) equipamentos de proteção individual em obras de
Parágrafo único. Os estabelecimentos que man- construção, demolição ou reparos; (Inciso acrescido
tenham as atividades previstas neste artigo afi- pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
xarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos II – depósitos, armazenagem e manuseio de
ou cartazes, com advertência quanto aos mate- combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como
44
trânsito e permanência nas áreas respectivas; (In- Seção XVI

ciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Das Penalidades
III – trabalho em escavações, túneis, galerias, (Seção acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
minas e pedreiras, sobretudo quanto à prevenção e com redação da denominação dada pela Lei nº 6.514,
de explosões, incêndios, desmoronamentos e so- de 22/12/1977)
terramentos, eliminação de poeiras, gases, etc. e Art. 201. As infrações ao disposto neste Capítulo
facilidades de rápida saída dos empregados; (In- relativas à medicina do trabalho serão punidas
ciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de
IV – proteção contra incêndio em geral e as me- referência previsto no artigo 2º, parágrafo único,
didas preventivas adequadas, com exigências ao da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as con-
especial revestimento de portas e paredes, cons- cernentes à segurança do trabalho com multa de
trução de paredes contra fogo, diques e outros 5 (cinco) a 50 (cinquenta) vezes o mesmo valor.
anteparos, assim como garantia geral de fácil (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de
circulação, corredores de acesso e saídas amplas 22/12/1977) (Vide art. 7º da Lei nº 6.986, de 13/4/1982)
e protegidas, com suficiente sinalização; (Inciso Parágrafo único. Em caso de reincidência, em-
acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) baraço ou resistência à fiscalização, emprego de
V – proteção contra insolação, calor, frio, umi- artifício ou simulação com o objetivo de fraudar
dade e ventos, sobretudo no trabalho a céu aberto, a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.
com provisão, quanto a este, de água potável, alo- (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
jamento e profilaxia de endemias; (Inciso acrescido
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
22/12/1977)
VI – proteção do trabalhador exposto a subs-
tâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e TÍTULO II-A
não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou DO DANO EXTRAPATRIMONIAL
pressões anormais ao ambiente de trabalho, com (Título acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
especificação das medidas cabíveis para elimina-
a publicação)
ção ou atenuação desses efeitos, limites máximos
quanto ao tempo de exposição, à intensidade da Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de
ação ou de seus efeitos sobre o organismo do tra- natureza extrapatrimonial decorrentes da relação
balhador, exames médicos obrigatórios, limites de de trabalho apenas os dispositivos deste Título. (Ar-
idade, controle permanente dos locais de traba- tigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
lho e das demais exigências que se façam neces- no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
sárias; (Inciso acrescido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977) Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimo-
VII – higiene nos locais de trabalho, com discri- nial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral
minação das exigências, instalações sanitárias, ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais
com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, são as titulares exclusivas do direito à reparação.
vestiários e armários individuais, refeitórios ou (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
condições de conforto por ocasião das refeições, no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
fornecimento de água potável, condições de lim-
peza dos locais de trabalho e modo de sua exe- Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a li-
cução, tratamento de resíduos industriais; (Inciso berdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a
saúde, o lazer e a integridade física são os bens ju-
VIII – emprego das cores nos locais de trabalho, ridicamente tutelados inerentes à pessoa física. (Ar-
tigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
inclusive nas sinalizações de perigo. (Inciso acres-
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
cido pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977)
Parágrafo único. Tratando-se de radiações io- Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o se-
nizantes e explosivos, as normas a que se refe- gredo empresarial e o sigilo da correspondên-
rem este artigo serão expedidas de acordo com cia são bens juridicamente tutelados inerentes
as resoluções a respeito adotadas pelo órgão téc- à pessoa jurídica. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467,
nico. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 6.514, de de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
22/12/1977) 120 dias após a publicação)
45
Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapa- VIII – a ocorrência de retratação espontânea; (In-
trimonial todos os que tenham colaborado para ciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
da ação ou da omissão. (Artigo acrescido pela Lei IX – o esforço efetivo para minimizar a ofensa; (In-
nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, ciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
em vigor 120 dias após a publicação) no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
X – o perdão, tácito ou expresso; (Inciso acrescido
Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimo-
niais pode ser pedida cumulativamente com a
indenização por danos materiais decorrentes do
XI – a situação social e econômica das partes
mesmo ato lesivo. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467,
envolvidas; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
§ 1º Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao
XII – o grau de publicidade da ofensa. (Inciso
proferir a decisão, discriminará os valores das in- acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
denizações a título de danos patrimoniais e das re- DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
parações por danos de natureza extrapatrimonial. § 1º Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará
§ 2º A composição das perdas e danos, assim com- a indenização a ser paga, a cada um dos ofendi-
preendidos os lucros cessantes e os danos emergen- dos, em um dos seguintes parâmetros, vedada
tes, não interfere na avaliação dos danos extrapa- a acumulação: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
trimoniais. de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo consi- 120 dias após a publicação)
derará: (Caput do artigo acrescido pela Lei nº 13.467, I – ofensa de natureza leve, até três vezes o úl-
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor timo salário contratual do ofendido;
120 dias após a publicação) II – ofensa de natureza média, até cinco vezes o
I – a natureza do bem jurídico tutelado; (Inciso último salário contratual do ofendido;
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no III – ofensa de natureza grave, até vinte vezes o
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) último salário contratual do ofendido;
II – a intensidade do sofrimento ou da humilha- IV – ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta
ção; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, vezes o último salário contratual do ofendido.
§ 2º Se o ofendido for pessoa jurídica, a indeniza-
ção será fixada com observância dos mesmos parâ-
a publicação)
metros estabelecidos no § 1º deste artigo, mas em
III – a possibilidade de superação física ou psico-
relação ao salário contratual do ofensor. (Parágrafo
lógica; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
a publicação)
§ 3º Na reincidência entre partes idênticas, o juízo
IV – os reflexos pessoais e sociais da ação ou
poderá elevar ao dobro o valor da indenização. (Pa-
da omissão; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
rágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
V – a extensão e a duração dos efeitos da ofensa; TÍTULO III
(Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
DAS NORMAS ESPECIAIS DE
TUTELA DO TRABALHO
VI – as condições em que ocorreu a ofensa ou CAPÍTULO I
o prejuízo moral; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE
DURAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO
120 dias após a publicação) Seção I
VII – o grau de dolo ou culpa; (Inciso acrescido Dos Bancários
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de Art. 224. A duração normal do trabalho dos em-
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) pregados em bancos, casas bancárias e Caixa
46
Econômica Federal será de 6 (seis) horas conti- dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais. (Caput do
nuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, artigo retificado pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944)
perfazendo um total de 30 (trinta) horas de tra- § 1º Quando, em caso de indeclinável necessi-
balho por semana. (Caput do artigo com redação dade, forem os operadores obrigados a perma-
dada pela Lei nº 7.430, de 17/12/1985, em vigor a partir necer em serviço além do período normal fixado
de 1º/1/1987) neste artigo, a empresa pagar-lhes-á extraordina-
§ 1º A duração normal do trabalho estabelecida riamente o tempo excedente com acréscimo de
neste artigo ficará compreendida entre sete e 50% (cinquenta por cento) sobre o seu salário-
vinte e duas horas, assegurando-se ao empregado, -hora normal.
no horário diário, um intervalo de quinze minutos § 2º O trabalho aos domingos, feriados e dias
para alimentação. (Parágrafo único transformado em santos de guarda será considerado extraordinário
§ 1º pela Lei nº 1.540, de 3/1/1952, e com redação dada e obedecerá, quanto à sua execução e remunera-
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) ção, ao que dispuserem empregadores e empre-
§ 2º As disposições deste artigo não se aplicam gados em acordo, ou os respectivos sindicatos em
aos que exercem funções de direção, gerência, contrato coletivo de trabalho. (Parágrafo retificado
fiscalização, chefia e equivalentes ou que desem- pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944)
penhem outros cargos de confiança, desde que o Art. 228. Os operadores não poderão trabalhar, de
valor da gratificação não seja inferior a um terço modo ininterrupto, na transmissão manual, bem
do salário do cargo efetivo. (Parágrafo acrescido como na recepção visual, auditiva, com escrita
pela Lei nº 1.540, de 3/1/1952, e com redação dada pelo manual ou datilográfica, quando a velocidade for
Decreto-Lei nº 754, de 11/8/1969) superior a 25 (vinte e cinco) palavras por minuto.
Art. 225. A duração normal de trabalho dos ban- Art. 229. Para os empregados sujeitos a horários
cários poderá ser excepcionalmente prorrogada variáveis, fica estabelecida a duração máxima
até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 de 7 (sete) horas diárias de trabalho e 17 (dezes-
(quarenta) horas semanais, observados os pre- sete) horas de folga, deduzindo-se deste tempo
ceitos gerais sobre a duração do trabalho. (Artigo 20 (vinte) minutos para descanso, de cada um dos
com redação dada pela Lei nº 6.637, de 8/5/1979) empregados, sempre que se verificar um esforço
contínuo de mais de 3 (três) horas.
Art. 226. O regime especial de 6 (seis) horas de tra-
§ 1º São considerados empregados sujeitos a
balho também se aplica aos empregados de porta-
horários variáveis, além dos operadores, cujas
ria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas
funções exijam classificação distinta, os que per-
de mesa, contínuos e serventes, empregados em
tençam a seções de técnica, telefones, revisão, ex-
bancos e casas bancárias. (Caput do artigo com reda-
pedição, entrega e balcão. (Parágrafo retificado pelo
ção dada pela Lei nº 3.488, de 12/12/1958)
Parágrafo único. A direção de cada banco orga-
§ 2º Quanto à execução e remuneração aos
nizará a escala de serviço do estabelecimento de
domingos, feriados e dias santos de guarda e às
maneira a haver empregados do quadro da por-
prorrogações de expediente, o trabalho dos em-
taria em função, meia hora antes e até meia hora pregados a que se refere o parágrafo anterior será
após o encerramento dos trabalhos, respeitado o regido pelo que se contém no § 1º do art. 227 desta
limite de 6 (seis) horas diárias. (Parágrafo único acres- Seção. (Parágrafo retificado pelo Decreto-Lei nº 6.353, de
cido pela Lei nº 3.488, de 12/12/1958) 20/3/1944)
Seção II Art. 230. A direção das empresas deverá organizar
Dos Empregados nos Serviços de Telefonia, as turmas de empregados, para a execução dos
de Telegrafia Submarina e Subfluvial, de seus serviços, de maneira que prevaleça sempre o
Radiotelegrafia e Radiotelefonia
revezamento entre os que exercem a mesma fun-
Art. 227. Nas empresas que explorem o serviço de ção, quer em escalas diurnas, quer em noturnas.
telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de § 1º Aos empregados que exerçam a mesma
radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica estabe- função será permitida, entre si, a troca de tur-
lecida para os respectivos operadores a duração mas, desde que isso não importe em prejuízo dos
máxima de seis horas contínuas de trabalho por serviços, cujo chefe ou encarregado resolverá
47
sobre a oportunidade ou possibilidade dessa me- lho e com um acréscimo de 25% (vinte e cinco por
dida, dentro das prescrições desta Seção. cento) sobre o salário da hora normal, executar
§ 2º As empresas não poderão organizar ho- o trabalho em sessões diurnas extraordinárias e,
rários que obriguem os empregados a fazer a re- cumulativamente, nas noturnas, desde que isso
feição do almoço antes das 10 (dez) e depois das se verifique até 3 (três) vezes por semana e entre
13 (treze) horas e a de jantar antes das 16 (dezes- as sessões diurnas e as noturnas haja o intervalo
seis) e depois das 19:30 (dezenove e trinta) horas. de 1 (uma) hora, no mínimo, de descanso. (Vide
art. 7º, XVI, da Constituição Federal de 1988)
Art. 231. As disposições desta Seção não abran-
§ 1º A duração de trabalho cumulativo a que
gem o trabalho dos operadores de radiotelegrafia
alude o presente artigo não poderá exceder de
embarcados em navios ou aeronaves.
10 (dez) horas.
Seção III § 2º Em seguida a cada período de trabalho
Dos Músicos Profissionais haverá um intervalo de repouso no mínimo de
Art. 232. Será de seis horas a duração de trabalho 12 (doze) horas.
dos músicos em teatro e congêneres. Seção IV-A
Parágrafo único. Toda vez que o trabalho con- Do Serviço do Motorista
tínuo em espetáculo ultrapassar de seis horas, o Profissional Empregado
tempo de duração excedente será pago com um (Seção acrescida pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e
acréscimo de 25% sobre o salário da hora normal. com redação da denominação dada pela Lei nº 13.103,
Art. 233. A duração normal de trabalho dos músi-
cos profissionais poderá ser elevada até oito horas
diárias, observados os preceitos gerais sobre du- Art. 235-A. Os preceitos especiais desta Seção
ração do trabalho. aplicam-se ao motorista profissional empregado:
(Caput do artigo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
Seção IV
e com redação dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, pu-
Dos Operadores Cinematográficos
Art. 234. A duração normal do trabalho dos ope- publicação)
radores cinematográficos e seus ajudantes não I – de transporte rodoviário coletivo de passa-
excederá de seis horas diárias, assim distribuídas: geiros; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015,
(Caput do artigo retificado pelo Decreto-Lei nº 6.353, de publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a
20/3/1944) publicação)
a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em II – de transporte rodoviário de cargas. (Inciso
cabina, durante o funcionamento cinematográfico; acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no
b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
1 (uma) hora para limpeza, lubrificação dos apare-
Art. 235-B. São deveres do motorista profissional
lhos de projeção, ou revisão de filmes.
empregado: (Caput do artigo acrescido pela Lei nº 12.619,
Parágrafo único. Mediante remuneração adi-
cional de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o
2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias
salário da hora normal e observado um intervalo
após a publicação)
de duas horas para folga, entre o período a que se
I – estar atento às condições de segurança do
refere a alínea b deste artigo e o trabalho em ca-
veículo; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
bina de que trata a alínea a, poderá o trabalho dos
publicada no DOU de 2/5/2012, em vigor 45 dias após a
operadores cinematográficos e seus ajudantes ter
publicação)
a duração prorrogada por duas horas diárias, para
II – conduzir o veículo com perícia, prudência,
exibições extraordinárias. (Vide art. 7º, XVI, da Consti-
zelo e com observância aos princípios de dire-
tuição Federal de 1988)
ção defensiva; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.619,
Art. 235. Nos estabelecimentos cujo funciona- de 30/4/2012, publicada no DOU de 2/5/2012, em vigor
mento normal seja noturno, será facultado aos 45 dias após a publicação)
operadores cinematográficos e seus ajudantes, III – respeitar a legislação de trânsito e, em es-
mediante acordo ou contrato coletivo de traba- pecial, as normas relativas ao tempo de direção
48
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 235-C
e de descanso controlado e registrado na forma Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015,

do previsto no art. 67-E da Lei nº 9.503, de 23 de em vigor 45 dias após a publicação)
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro); § 2º Será assegurado ao motorista profissional
(Inciso acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com empregado intervalo mínimo de 1 (uma) hora para
redação dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada refeição, podendo esse período coincidir com o
no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) tempo de parada obrigatória na condução do
IV – zelar pela carga transportada e pelo veículo; veículo estabelecido pela Lei nº 9.503, de 23 de
(Inciso acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, publicada setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro),
no DOU de 2/5/2012, em vigor 45 dias após a publicação) exceto quando se tratar do motorista profissional
V – colocar-se à disposição dos órgãos públicos enquadrado no § 5º do art. 71 desta Consolidação.
de fiscalização na via pública; (Inciso acrescido pela (Primitivo § 3º acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
Lei nº 12.619, de 30/4/2012, publicada no DOU de 2/5/2012, renumerado e com redação dada pela Lei nº 13.103, de
em vigor 45 dias após a publicação) 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias
VI – (Vetado na Lei nº 12.619, de 30/4/2012) após a publicação, produzindo efeitos nos termos do
VII – submeter-se a exames toxicológicos com art. 12 da referida lei)
janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias § 3º Dentro do período de 24 (vinte e quatro)
e a programa de controle de uso de droga e de horas, são asseguradas 11 (onze) horas de des-
bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com canso, sendo facultados o seu fracionamento e
sua ampla ciência, pelo menos uma vez a cada a coincidência com os períodos de parada obri-
2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utili- gatória na condução do veículo estabelecida pela
zado para esse fim o exame obrigatório previsto Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código
na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Có- de Trânsito Brasileiro), garantidos o mínimo de
digo de Trânsito Brasileiro), desde que realizado 8 (oito) horas ininterruptas no primeiro período e
nos últimos 60 (sessenta) dias. (Inciso acrescido o gozo do remanescente dentro das 16 (dezesseis)
pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação dada pela
horas seguintes ao fim do primeiro período. (Pará-
grafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com
redação dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada
no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação,
Parágrafo único. A recusa do empregado em
produzindo efeitos nos termos do art. 12 da referida lei)
submeter-se ao teste ou ao programa de controle
§ 4º Nas viagens de longa distância, assim con-
de uso de droga e de bebida alcoólica previstos
sideradas aquelas em que o motorista profissional
no inciso VII será considerada infração disciplinar,
empregado permanece fora da base da empresa,
passível de penalização nos termos da lei. (Parágrafo
matriz ou filial e de sua residência por mais de
único acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com
24 (vinte e quatro) horas, o repouso diário pode
ser feito no veículo ou em alojamento do empre-
gador, do contratante do transporte, do embar-
Art. 235-C. A jornada diária de trabalho do mo- cador ou do destinatário ou em outro local que
torista profissional será de 8 (oito) horas, admi- ofereça condições adequadas. (Parágrafo acrescido
tindo-se a sua prorrogação por até 2 (duas) horas pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação dada pela
extraordinárias ou, mediante previsão em conven- Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015,
ção ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas em vigor 45 dias após a publicação)
extraordinárias. (Caput do artigo acrescido pela Lei § 5º As horas consideradas extraordinárias serão
nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação dada pela Lei pagas com o acréscimo estabelecido na Constitui-
nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, ção Federal ou compensadas na forma do § 2º do
em vigor 45 dias após a publicação) art. 59 desta Consolidação. (Primitivo § 4º acrescido
§ 1º Será considerado como trabalho efetivo o pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, renumerado e com re-
tempo em que o motorista empregado estiver à dação dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no
disposição do empregador, excluídos os interva- DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
los para refeição, repouso e descanso e o tempo § 6º À hora de trabalho noturno aplica-se o dis-
de espera. (Primitivo § 2º acrescido pela Lei nº 12.619, posto no art. 73 desta Consolidação. (Primitivo § 5º
de 30/4/2012, renumerado e com redação dada pela acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, renumerado
49
e com redação dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, pu- nas anotações em diário de bordo, papeleta ou
blicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a ficha de trabalho externo, ou no registrador instan-
publicação) tâneo inalterável de velocidade e tempo, ou nos
§ 7º (Vetado na Lei nº 12.619, de 30/4/2012) rastreadores ou sistemas e meios eletrônicos, ins-
§ 8º São considerados tempo de espera as horas talados nos veículos, normatizados pelo Contran,
em que o motorista profissional empregado ficar até que o veículo seja entregue à empresa. (Pará-
aguardando carga ou descarga do veículo nas de- grafo acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada
pendências do embarcador ou do destinatário e no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
o período gasto com a fiscalização da mercadoria § 15. Os dados referidos no § 14 poderão ser en-
transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias,
viados a distância, a critério do empregador, facul-
não sendo computados como jornada de traba-
tando-se a anexação do documento original pos-
lho e nem como horas extraordinárias. (Parágrafo
teriormente. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.103, de
acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação
2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias
dada pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de
após a publicação)
§ 16. Aplicam-se as disposições deste artigo
§ 9º As horas relativas ao tempo de espera se-
ao ajudante empregado nas operações em que
rão indenizadas na proporção de 30% (trinta por
acompanhe o motorista. (Parágrafo acrescido pela
cento) do salário-hora normal. (Parágrafo acrescido
pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação dada pela
em vigor 45 dias após a publicação) § 17. O disposto no caput deste artigo aplica-se
§ 10. Em nenhuma hipótese, o tempo de espera também aos operadores de automotores destina-
do motorista empregado prejudicará o direito ao dos a puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer
recebimento da remuneração correspondente natureza ou a executar trabalhos de construção ou
ao salário-base diário. (Parágrafo acrescido pela pavimentação e aos operadores de tratores, co-
Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, lheitadeiras, autopropelidos e demais aparelhos
em vigor 45 dias após a publicação) automotores destinados a puxar ou a arrastar ma-
§ 11. Quando a espera de que trata o § 8º for su- quinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas.
perior a 2 (duas) horas ininterruptas e for exigida (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.154, de 30/7/2015)
a permanência do motorista empregado junto ao Art. 235-D. Nas viagens de longa distância com
veículo, caso o local ofereça condições adequadas,
duração superior a 7 (sete) dias, o repouso sema-
o tempo será considerado como de repouso para
nal será de 24 (vinte e quatro) horas por semana
os fins do intervalo de que tratam os §§ 2º e 3º,
ou fração trabalhada, sem prejuízo do intervalo
sem prejuízo do disposto no § 9º. (Parágrafo acres-
de repouso diário de 11 (onze) horas, totalizando
35 (trinta e cinco) horas, usufruído no retorno do
motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicí-
§ 12. Durante o tempo de espera, o motorista
lio, salvo se a empresa oferecer condições adequa-
poderá realizar movimentações necessárias do
das para o efetivo gozo do referido repouso. (Caput
veículo, as quais não serão consideradas como
do artigo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com
parte da jornada de trabalho, ficando garantido,
porém, o gozo do descanso de 8 (oito) horas inin-
terruptas aludido no § 3º. (Parágrafo acrescido pela no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, I – (Inciso acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
em vigor 45 dias após a publicação) e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no
§ 13. Salvo previsão contratual, a jornada de tra- DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
balho do motorista empregado não tem horário II – (Inciso acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
fixo de início, de final ou de intervalos. (Parágrafo e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no
acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) III – (Inciso acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
§ 14. O empregado é responsável pela guarda, e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no
preservação e exatidão das informações contidas DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
50
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 235-E
§ 1º É permitido o fracionamento do repouso § 7º Nos casos em que o motorista tenha que
semanal em 2 (dois) períodos, sendo um destes de, acompanhar o veículo transportado por qualquer
no mínimo, 30 (trinta) horas ininterruptas, a serem meio onde ele siga embarcado e em que o veículo
cumpridos na mesma semana e em continuidade disponha de cabine leito ou a embarcação dispo-
a um período de repouso diário, que deverão ser nha de alojamento para gozo do intervalo de re-
usufruídos no retorno da viagem. (Parágrafo acres- pouso diário previsto no § 3º do art. 235-C, esse
cido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de tempo será considerado como tempo de descanso.
3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, pu-
§ 2º A cumulatividade de descansos semanais blicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a
em viagens de longa distância de que trata o caput publicação)
fica limitada ao número de 3 (três) descansos con- § 8º Para o transporte de cargas vivas, perecíveis
secutivos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.103, de e especiais em longa distância ou em território es-
2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias trangeiro poderão ser aplicadas regras conforme
após a publicação) a especificidade da operação de transporte rea-
§ 3º O motorista empregado, em viagem de longa lizada, cujas condições de trabalho serão fixa-
distância, que ficar com o veículo parado após o das em convenção ou acordo coletivo de modo
cumprimento da jornada normal ou das horas ex- a assegurar as adequadas condições de viagem
traordinárias fica dispensado do serviço, exceto se e entrega ao destino final. (Parágrafo acrescido pela
for expressamente autorizada a sua permanência Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015,
junto ao veículo pelo empregador, hipótese em que em vigor 45 dias após a publicação)
o tempo será considerado de espera. (Parágrafo acres-
Art. 235-E. Para o transporte de passageiros,
serão observados os seguintes dispositivos: (Caput
do artigo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com
§ 4º Não será considerado como jornada de tra-
balho, nem ensejará o pagamento de qualquer
remuneração, o período em que o motorista em-
pregado ou o ajudante ficarem espontaneamente I – é facultado o fracionamento do intervalo de
no veículo usufruindo dos intervalos de repouso. condução do veículo previsto na Lei nº 9.503, de
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, pu- 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Bra-
blicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a sileiro), em períodos de no mínimo 5 (cinco) mi-
publicação) nutos; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015,
§ 5º Nos casos em que o empregador adotar publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a
2 (dois) motoristas trabalhando no mesmo veí- publicação)
culo, o tempo de repouso poderá ser feito com II – será assegurado ao motorista intervalo mí-
o veículo em movimento, assegurado o repouso nimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo ser
mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veí- fracionado em 2 (dois) períodos e coincidir com
culo em alojamento externo ou, se na cabine leito, o tempo de parada obrigatória na condução do
com o veículo estacionado, a cada 72 (setenta e veículo estabelecido pela Lei nº 9.503, de 23 de
duas) horas. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.103, de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro),
2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias exceto quando se tratar do motorista profissional
após a publicação) enquadrado no § 5º do art. 71 desta Consolidação;
§ 6º Em situações excepcionais de inobservân- (Inciso acrescido pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada
cia justificada do limite de jornada de que trata no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
o art. 235-C, devidamente registradas, e desde III – nos casos em que o empregador adotar
que não se comprometa a segurança rodoviária, 2 (dois) motoristas no curso da mesma viagem, o
a duração da jornada de trabalho do motorista descanso poderá ser feito com o veículo em mo-
profissional empregado poderá ser elevada pelo vimento, respeitando-se os horários de jornada
tempo necessário até o veículo chegar a um local de trabalho, assegurado, após 72 (setenta e duas)
seguro ou ao seu destino. (Parágrafo acrescido pela horas, o repouso em alojamento externo ou, se
Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em poltrona correspondente ao serviço de leito,
em vigor 45 dias após a publicação) com o veículo estacionado. (Inciso acrescido pela
51
Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, ção das normas previstas nesta Lei. (Artigo acrescido
em vigor 45 dias após a publicação) pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação dada pela
§ 1º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015,
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no em vigor 45 dias após a publicação)
Art. 235-H. (Artigo acrescido pela Lei nº 12.619, de
§ 2º (Vetado na Lei nº 12.619, de 30/4/2012)
§ 3º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012,
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no
publicação)
§ 4º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, Seção V
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no Do Serviço Ferroviário
DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) Art. 236. No serviço ferroviário – considerado este
§ 5º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, o de transporte em estradas de ferro abertas ao
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no tráfego público, compreendendo a administração,
DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) construção, conservação e remoção das vias fér-
§ 6º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, reas e seus edifícios, obras-de-arte, material ro-
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no dante, instalações complementares e acessórias,
DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) bem como o serviço de tráfego, de telegrafia, te-
§ 7º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, lefonia e funcionamento de todas as instalações
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no ferroviárias – aplicam-se os preceitos especiais
DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação) constantes desta Seção.
§ 8º (Vetado na Lei nº 12.619, de 30/4/2012) Art. 237. O pessoal a que se refere o artigo an-
§ 9º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, tecedente fica dividido nas seguintes categorias:
a) funcionários de alta administração, chefes e
ajudantes de departamentos e seções, engenhei-
§ 10. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, ros residentes, chefes de depósitos, inspetores e
e revogado pela Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU
demais empregados que exercem funções admi-
de 3/3/2015, em vigor 45 dias após a publicação)
nistrativas ou fiscalizadoras;
§ 11. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, b) pessoal que trabalhe em lugares ou trechos
determinados e cujas tarefas requeiram atenção
constante; pessoal de escritório, turmas de con-
§ 12. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, servação e construção da via permanente, oficinas
e estações principais, inclusive os respectivos tele-
grafistas; pessoal de tração, lastro e revistadores;
Art. 235-F. Convenção e acordo coletivo pode- c) das equipagens de trens em geral;
rão prever jornada especial de 12 (doze) horas d) pessoal cujo serviço é de natureza intermi-
de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de des- tente ou de pouca intensidade, embora com per-
canso para o trabalho do motorista profissional manência prolongada nos locais de trabalho; vi-
empregado em regime de compensação. (Artigo gias e pessoal das estações do interior, inclusive
acrescido pela Lei nº 12.619, de 30/4/2012, e com redação os respectivos telegrafistas.
Art. 238. Será computado como de trabalho efe-
tivo todo o tempo em que o empregado estiver à
Art. 235-G. É permitida a remuneração do mo- disposição da Estrada. (Artigo com redação original
torista em função da distância percorrida, do restabelecida pelo Decreto-Lei nº 5, de 4/4/1966)
tempo de viagem ou da natureza e quantidade § 1º Nos serviços efetuados pelo pessoal da ca-
de produtos transportados, inclusive mediante tegoria c, não será considerado como de trabalho
oferta de comissão ou qualquer outro tipo de efetivo o tempo gasto em viagens do local ou para
vantagem, desde que essa remuneração ou co- o local de terminação e início dos mesmos serviços.
missionamento não comprometa a segurança da § 2º Ao pessoal removido ou comissionado fora
rodovia e da coletividade ou possibilite a viola- da sede será contado como de trabalho normal e
52
efetivo o tempo gasto em viagens, sem direito à gem, no destino, concederá uma ajuda de custo
percepção de horas extraordinárias. para atender a tais despesas.
§ 3º No caso das turmas de conservação da via § 3º As escalas do pessoal abrangido pelo pre-
permanente, o tempo efetivo do trabalho será sente artigo serão organizadas de modo que não
contado desde a hora da saída da casa da turma caiba a qualquer empregado, quinzenalmente,
até a hora em que cessar o serviço em qualquer um total de horas de serviço noturno superior às
ponto compreendido dentro dos limites da res- de serviço diurno.
pectiva turma. Quando o empregado trabalhar § 4º Os períodos de trabalho do pessoal a que
fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á também alude o presente artigo serão registrados em ca-
computado como de trabalho efetivo o tempo dernetas especiais, que ficarão sempre em poder
gasto no percurso da volta a esses limites. do empregado, de acordo com o modelo aprovado
§ 4º Para o pessoal da equipagem de trens, só pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.
será considerado esse trabalho efetivo, depois de Art. 240. Nos casos de urgência ou de acidente,
chegado ao destino, o tempo em que o ferroviário capazes de afetar a segurança ou regularidade
estiver ocupado ou retido à disposição da Estrada. do serviço, poderá a duração do trabalho ser ex-
Quando, entre dois períodos de trabalho, não me- cepcionalmente elevada a qualquer número de
diar intervalo superior a uma hora, será esse inter- horas, incumbindo à Estrada zelar pela incolumi-
valo computado como de trabalho efetivo. dade dos seus empregados e pela possibilidade
§ 5º O tempo concedido para refeição não se de revezamento de turmas, assegurando ao pes-
computa como de trabalho efetivo, senão para o soal um repouso correspondente e comunicando
pessoal da categoria c, quando as refeições forem a ocorrência ao Ministério do Trabalho, Indústria
tomadas em viagem ou nas estações durante as e Comércio, dentro de 10 (dez) dias da sua veri-
paradas. Esse tempo não será inferior a uma hora, ficação.
exceto para o pessoal da referida categoria em ser- Parágrafo único. Nos casos previstos neste ar-
viço de trens. tigo, a recusa, sem causa justificada, por parte de
§ 6º No trabalho das turmas encarregadas da qualquer empregado, à execução de serviço ex-
conservação de obras de arte, linhas telegráficas traordinário será considerada falta grave.
ou telefônicas e edifícios, não será contado, como Art. 241. As horas excedentes das do horário nor-
de trabalho efetivo, o tempo de viagem para o mal de oito horas serão pagas como serviço extra-
local do serviço, sempre que não exceder de uma ordinário na seguinte base: as duas primeiras com
hora, seja para ida ou para volta, e a Estrada for- o acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) so-
necer os meios de locomoção, computando-se, bre o salário-hora normal; as duas subsequentes
sempre o tempo excedente a esse limite. com um adicional de 50% (cinquenta por cento) e
as restantes com um adicional de 75% (setenta e
Art. 239. Para o pessoal da categoria c, a prorro-
cinco por cento).
gação do trabalho independe de acordo ou con-
Parágrafo único. Para o pessoal da categoria
trato coletivo, não podendo, entretanto, exceder
c, a primeira hora será majorada de 25% (vinte e
de 12 (doze) horas, pelo que as empresas organi-
cinco por cento), a segunda hora será paga com o
zarão, sempre que possível, os serviços de equipa-
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) e as duas
gens de trens com destacamentos nos trechos das
subsequentes com o de 60% (sessenta por cento),
linhas de modo a ser observada a duração normal
salvo caso de negligência comprovada. (Vide art. 7º,
de oito horas de trabalho.
XVI, da Constituição Federal de 1988)
§ 1º Para o pessoal sujeito ao regime do presen-
te artigo, depois de cada jornada de trabalho ha- Art. 242. As frações de meia hora superiores a 10
verá um repouso de 10 (dez) horas contínuas, no (dez) minutos serão computadas como meia hora.
mínimo, observando-se, outrossim, o descanso Art. 243. Para os empregados de estações do in-
semanal. terior, cujo serviço for de natureza intermitente ou
§ 2º Para o pessoal da equipagem de trens, a de pouca intensidade, não se aplicam os preceitos
que se refere o presente artigo, quando a empresa gerais sobre duração do trabalho, sendo-lhes, en-
não fornecer alimentação, em viagem, e hospeda- tretanto, assegurado o repouso contínuo de dez
53
horas, no mínimo, entre dois períodos de traba- Seção VI
lho e descanso semanal. Das Equipagens das Embarcações da Marinha
Mercante Nacional, de Navegação Fluvial e
Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empre-
Lacustre, do Tráfego nos Portos e da Pesca
gados extranumerários, de sobreaviso e de pron-
tidão, para executarem serviços imprevistos ou Art. 248. Entre as horas 0 e 24 de cada dia civil, o
para substituições de outros empregados que fal- tripulante poderá ser conservado em seu posto
tem à escala organizada. (Artigo com redação original durante oito horas, quer de modo contínuo, quer
restabelecida pelo Decreto-Lei nº 5, de 4/4/1966) de modo intermitente.
§ 1º Considera-se “extranumerário” o empre- § 1º A exigência do serviço contínuo ou intermi-
gado não efetivo, candidato à efetivação, que se tente ficará a critério do comandante e, neste úl-
apresentar normalmente ao serviço, embora só timo caso, nunca por período menor que 1 (uma)
trabalhe quando for necessário. O extranumerário hora.
só receberá os dias de trabalho efetivo. § 2º Os serviços de quarto nas máquinas, pas-
§ 2º Considera-se de “sobreaviso” o emprega- sadiço, vigilância e outros que, consoante parecer
do efetivo, que permanecer em sua própria casa, médico, possam prejudicar a saúde do tripulante,
aguardando a qualquer momento o chamado para serão executados por períodos não maiores e com
o serviço. Cada escala de “sobreaviso” será, no intervalos não menores de 4 (quatro) horas.
máximo, de vinte e quatro horas horas. As horas
Art. 249. Todo o tempo de serviço efetivo, exce-
de “sobreaviso”, para todos os efeitos, serão con-
dente de 8 (oito) horas, ocupado na forma do ar-
tadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
tigo anterior, será considerado de trabalho extraor-
§ 3º Considera-se de “prontidão” o empregado
dinário, sujeito à compensação a que se refere o
que ficar nas dependências da Estrada, aguar-
art. 250, exceto se se tratar de trabalho executado:
dando ordens. A escala de prontidão será, no
a) em virtude de responsabilidade pessoal do
máximo, de doze horas. As horas de prontidão
tripulante e no desempenho de funções de dire-
serão, para todos os efeitos, contadas à razão de
ção, sendo consideradas como tais todas aque-
2/3 (dois terços) do salário-hora normal.
las que a bordo se achem constituídas em um
§ 4º Quando, no estabelecimento ou dependên-
único indivíduo com responsabilidade exclusiva
cia em que se achar o empregado, houver facili-
e pessoal;
dade de alimentação, as doze horas de prontidão,
b) na iminência de perigo, para salvaguarda ou
a que se refere o parágrafo anterior, poderão ser
contínuas. Quando não existir essa facilidade, de- defesa da embarcação, dos passageiros, ou da
pois de seis horas de prontidão, haverá sempre carga, a juízo exclusivo do comandante ou do res-
um intervalo de uma hora para cada refeição, que ponsável pela segurança a bordo;
não será, nesse caso, computada como de serviço. c) por motivo de manobras ou fainas gerais que
reclamem a presença, em seus postos, de todo o
Art. 245. O horário normal de trabalho dos ca-
pessoal de bordo;
bineiros nas estações de tráfego intenso não ex-
d) na navegação lacustre e fluvial, quando se
cederá de 8 (oito) horas e deverá ser dividido em
destina ao abastecimento do navio ou embarca-
2 (dois) turnos com intervalo não inferior a 1 (uma)
ção de combustível e rancho, ou por efeito das
hora de repouso, não podendo nenhum turno ter
contingências da natureza da navegação, na trans-
duração superior a 5 (cinco) horas, com um pe-
posição de passos ou pontos difíceis, inclusive
ríodo de descanso entre 2 (duas) jornadas de tra-
operações de alívio ou transbordo de carga, para
balho de 14 (quatorze) horas consecutivas.
obtenção de calado menor para essa transposição.
Art. 246. O horário de trabalho dos operadores § 1º O trabalho executado aos domingos e fe-
telegrafistas nas estações de tráfego intenso não riados será considerado extraordinário, salvo se
excederá de 6 (seis) horas diárias. se destinar:
Art. 247. As estações principais, estações de trá- a) ao serviço de quartos e vigilância, movimen-
fego intenso e estações do interior serão classifi- tação das máquinas e aparelhos de bordo, limpeza
cadas para cada empresa pelo Departamento Na- e higiene da embarcação, preparo de alimentação
cional de Estradas de Ferro. da equipagem e dos passageiros, serviço pessoal
54
destes e, bem assim, aos socorros de urgência ao do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Indústria
navio ou ao pessoal; e Comércio, a 15° (quinze graus), na quarta zona a
b) ao fim da navegação ou das manobras para 12° (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas
a entrada ou saída de portos, atracação, desatra- a 10° (dez graus).
cação, embarque ou desembarque de carga e pas-
Seção VIII
sageiros.
Dos Serviços de Estiva
§ 2º Não excederá de 30 (trinta) horas semanais
o serviço extraordinário prestado para o tráfego Arts. 254 a 284. (Revogados pela Lei nº 8.630, de
nos portos. 25/2/1993)
Art. 250. As horas de trabalho extraordinário serão Seção IX

compensadas, segundo a conveniência do serviço, Dos Serviços de Capatazias nos Portos
por descanso em período equivalente no dia se- Arts. 285 a 292. (Revogados pela Lei nº 8.630, de
guinte ou no subsequente, dentro das do trabalho 25/2/1993)
normal, ou no fim da viagem, ou pelo pagamento
do salário correspondente. Seção X
Do Trabalho em Minas de Subsolo
Parágrafo único. As horas extraordinárias de tra-
balho são indivisíveis, computando-se a fração de Art. 293. A duração normal do trabalho efetivo
hora como hora inteira. para os empregados em minas no subsolo não ex-
Art. 251. Em cada embarcação haverá um livro em cederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36 (trinta e
que serão anotadas as horas extraordinárias de tra- seis) semanais.
balho de cada tripulante, e outro, do qual consta- Art. 294. O tempo despendido pelo empregado da
rão, devidamente circunstanciadas, as transgres- boca da mina ao local do trabalho e vice-versa será
sões dos mesmos tripulantes. computado para o efeito de pagamento do salário.
Parágrafo único. Os livros de que trata este ar-
Art. 295. A duração normal do trabalho efetivo no
tigo obedecerão a modelos organizados pelo Mi-
subsolo poderá ser elevada até 8 (oito) horas diá-
nistério do Trabalho, Indústria e Comércio, serão
rias ou 48 (quarenta e oito) semanais, mediante
escriturados em dia pelo comandante da embar-
acordo escrito entre empregado e empregador ou
cação e ficam sujeitos às formalidades instituídas
para os livros de registro de empregados em geral. contrato coletivo de trabalho, sujeita essa prorro-
gação à prévia licença da autoridade competente
Art. 252. Qualquer tripulante que se julgue pre-
em matéria de higiene do trabalho. (Vide art. 7º, XIII,
judicado por ordem emanada de superior hierár-
da Constituição Federal de 1988)
quico poderá interpor recurso, em termos, perante
Parágrafo único. A duração normal do trabalho
a Delegacia do Trabalho Marítimo, por intermédio
efetivo no subsolo poderá ser inferior a 6 (seis)
do respectivo comandante, o qual deverá enca-
horas diárias, por determinação da autoridade
minhá-lo com a respectiva informação dentro de
de que trata este artigo, tendo em vista condições
5 (cinco) dias, contados de sua chegada ao porto.
locais de insalubridade e os métodos e processos
Seção VII do trabalho adotado.
Dos Serviços Frigoríficos
Art. 296. A remuneração da hora prorrogada será
Art. 253. Para os empregados que trabalham no
no mínimo de 25% (vinte e cinco por cento) supe-
interior das câmaras frigoríficas e para os que mo-
rior à da hora normal e deverá constar do acordo
vimentam mercadorias do ambiente quente ou
ou contrato coletivo de trabalho. (Vide art. 7º, XVI, da
normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma)
Constituição Federal de 1988)
hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contí-
nuo, será assegurado um período de 20 (vinte) Art. 297. Ao empregado no subsolo será fornecida,
minutos de repouso, computado esse intervalo pelas empresas exploradoras de minas, alimenta-
como de trabalho efetivo. ção adequada à natureza do trabalho, de acordo
Parágrafo único. Considera-se artificialmente frio, com as instruções estabelecidas pelo Serviço de
para os fins do presente artigo, o que for inferior, Alimentação da Previdência Social e aprovadas
nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
55
Art. 298. Em cada período de 3 (três) horas con- Art. 304. Poderá a duração normal do trabalho
secutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa ser elevada a 7 (sete) horas, mediante acordo es-
de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será crito, em que se estipule aumento de ordenado,
computada na duração normal de trabalho efetivo. correspondente ao excesso do tempo de trabalho,
Art. 299. Quando nos trabalhos de subsolo ocor- em que se fixe um intervalo destinado a repouso
rer acontecimentos que possam comprometer a ou a refeição.
vida ou saúde do empregado, deverá a empresa Parágrafo único. Para atender a motivos de
comunicar o fato imediatamente à autoridade re- força maior, poderá o empregado prestar serviços
gional do trabalho, do Ministério do Trabalho, In- por mais tempo do que aquele permitido nesta
dústria e Comércio. Seção. Em tais casos, porém, o excesso deve ser
Art. 300. Sempre que, por motivo de saúde, for comunicado à Divisão de Fiscalização do Depar-
necessária a transferência do empregado, a juízo tamento Nacional do Trabalho ou às Delegacias
da autoridade competente em matéria de higiene Regionais do Ministério do Trabalho, Indústria e
e segurança do trabalho, dos serviços no subsolo Comércio, dentro de 5 (cinco) dias, com a indica-
para os de superfície, é a empresa obrigada a rea- ção expressa dos seus motivos.
lizar essa transferência, assegurando ao transfe-
Art. 305. As horas de serviço extraordinário, quer
rido a remuneração atribuída ao trabalhador de
superfície em serviço equivalente, respeitada a ca- as prestadas em virtude de acordo, quer as que
pacidade profissional do interessado. (Artigo com derivam das causas previstas no parágrafo único
redação dada pela Lei nº 2.924, de 21/10/1956) do artigo anterior, não poderão ser remuneradas
Parágrafo único. No caso de recusa do empre- com quantia inferior à que resulta do quociente
gado em atender a essa transferência, será ouvida da divisão da importância do salário mensal por
a autoridade competente em matéria de higiene 150 (cento e cinquenta) para os mensalistas, e do
e segurança do trabalho, que decidirá a respeito. salário diário por 5 (cinco) para os diaristas, acres-
Art. 301. O trabalho no subsolo somente será per- cido de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento).
mitido a homens, com idade compreendida entre (Vide art. 7º, XVI, da Constituição Federal de 1988)
21 (vinte e um) e 50 (cinquenta) anos, assegurada Art. 306. Os dispositivos dos arts. 303, 304 e 305
a transferência para a superfície nos termos pre- não se aplicam àqueles que exercem as funções
vistos no artigo anterior.
de redator-chefe, secretário, subsecretário, chefe
Seção XI e subchefe de revisão, chefe de oficina, de ilustra-
Dos Jornalistas Profissionais ção e chefe de portaria.
(Vide Decreto-Lei nº 972, de 17/10/1969)
Parágrafo único. Não se aplicam, do mesmo mo-
Art. 302. Os dispositivos da presente Seção se apli- do, os artigos acima referidos aos que se ocuparem
cam aos que nas empresas jornalísticas prestem unicamente em serviços externos.
serviços como jornalistas, revisores, fotógrafos, ou
Art. 307. A cada 6 (seis) dias de trabalho efetivo
na ilustração, com as exceções nela previstas.
corresponderá 1 (um) dia de descanso obrigató-
§ 1º Entende-se como jornalista o trabalhador in-
telectual cuja função se estende desde a busca de rio, que coincidirá com o domingo, salvo acordo
informações até a redação de notícias e artigos e a escrito em contrário, no qual será expressamente
organização, orientação e direção desse trabalho. estipulado o dia em que se deve verificar o des-
§ 2º Consideram-se empresas jornalísticas, para canso. (Vide art. 7º, XV, da Constituição Federal de 1988)
os fins desta Seção, aquelas que têm a seu cargo Art. 308. Em seguida a cada período diário de
a edição de jornais, revistas, boletins e periódicos, trabalho haverá um intervalo mínimo de 10 (dez)
ou a distribuição de noticiário, e, ainda, a radiodi-
horas, destinado ao repouso.
fusão em suas seções destinadas à transmissão de
notícias e comentários. Art. 309. Será computado como de trabalho efe-
tivo o tempo em que o empregado estiver à dispo-
Art. 303. A duração normal do trabalho dos empre-
sição do empregador.
gados compreendidos nesta Seção não deverá ex-
ceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite. Art. 310. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 972, de 17/10/1969)
56
Art. 311. Para o registro de que trata o artigo an- o que poderá ser feito por meio de atestado de
terior, deve o requerente exibir os seguintes do- associação cultural, científica ou religiosa idônea.
cumentos: § 2º O pedido de registro será submetido a des-
a) prova de nacionalidade brasileira; pacho do ministro que, em cada caso, apreciará o
b) folha corrida; valor da prova oferecida.
c) (Alínea suprimida pelo Decreto-Lei nº 8.305, de § 3º O registro de que trata o presente artigo
6/12/1945) tem caráter puramente declaratório e não implica
d) Carteira de Trabalho e Previdência Social. no reconhecimento de direitos que decorrem do
§ 1º Aos profissionais devidamente registrados exercício remunerado e profissional do jornalismo.
será feita a necessária declaração na Carteira de (Vide art. 3º do Decreto-Lei nº 972, de 17/10/1969)
Trabalho e Previdência Social.
§ 2º Aos novos empregados será concedido
o prazo de 60 dias para a apresentação da Car- Art. 315. O Governo Federal, de acordo com os
teira de Trabalho e Previdência Social, fazendo- governos estaduais, promoverá a criação de es-
-se o registro condicionado a essa apresentação colas de preparação ao jornalismo, destinadas à
e expedindo-se um certificado provisório para formação dos profissionais da imprensa.
aquele período. (Expressão “carteira profissional” subs-
Art. 316. A empresa jornalística que deixar de
tituída por “Carteira de Trabalho e Previdência Social”
pagar pontualmente, e na forma acordada, os sa-
pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) (Vide art. 4º do
lários devidos a seus empregados, terá suspenso
o seu funcionamento, até que se efetue o paga-
Art. 312. O registro dos diretores-proprietários de mento devido.
jornais será feito, no Distrito Federal e nos Estados, Parágrafo único. Para os efeitos do cumprimento
e independentemente da exigência constante do deste artigo deverão os prejudicados reclamar
art. 311, letra d, da presente seção. contra a falta de pagamento perante a autoridade
§ 1º A prova de profissão, apresentada pelo
competente e, proferida a condenação, desde que
diretor-proprietário juntamente com os demais
a empresa não a cumpra, ou, em caso de recurso,
documentos exigidos, consistirá em uma certidão,
não deposite o valor da indenização, a autoridade
fornecida nos Estados e Território do Acre, pelas
que proferir a condenação oficiará à autoridade
Juntas Comerciais ou Cartórios, e, no Distrito Fe-
competente, para a suspensão da circulação do
deral, pela seção competente do Departamento
jornal. Em igual pena de suspensão incorrerá a
Nacional de Indústria e Comércio, do Ministério
empresa que deixar de recolher as contribuições
do Trabalho, Indústria e Comércio.
devidas às instituições de previdência social.
§ 2º Aos diretores-proprietários regularmente
inscritos será fornecido um certificado, do qual Seção XII
deverão constar o livro e a folha em que houver Dos Professores
sido feito o registro. (Vide art. 5º do Decreto-Lei nº 972, Art. 317. O exercício remunerado do magisté-
de 17/10/1969)
rio, em estabelecimentos particulares de ensino,
Art. 313. Aqueles que, sem caráter profissional, exigirá apenas habilitação legal e registro no Mi-
exercerem atividades jornalísticas, visando fins nistério da Educação. (Artigo com redação dada pela
culturais, científicos ou religiosos, poderão pro- Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
mover sua inscrição como jornalistas, na forma
Art. 318. O professor poderá lecionar em um
desta seção.
mesmo estabelecimento por mais de um turno,
§ 1º As repartições competentes do Ministério
desde que não ultrapasse a jornada de trabalho
do Trabalho, Indústria e Comércio manterão, para
semanal estabelecida legalmente, assegurado e
os fins do artigo anterior, um registro especial,
não computado o intervalo para refeição. (Artigo
anexo ao dos jornalistas profissionais, nele ins-
crevendo os que satisfaçam os requisitos das alí-
neas a, b e c do artigo 311 e apresentem prova do Art. 319. Aos professores é vedado, aos domingos,
exercício de atividade jornalística não profissional, a regência de aulas e o trabalho em exames.
57
Art. 320. A remuneração dos professores será fi- Seção XIII
xada pelo número de aulas semanais, na confor- Dos Químicos
midade dos horários. (Vide Lei nº 2.800, de 18/6/1956)
§ 1º O pagamento far-se-á mensalmente, consi- Art. 325. É livre o exercício da profissão de quí-
derando-se para este efeito cada mês constituído mico em todo o território da República, observa-
de quatro semanas e meia. das as condições de capacidade técnica e outras
§ 2º Vencido cada mês, será descontada, na exigências previstas na presente Seção:
remuneração dos professores, a importância cor- a) aos possuidores de diploma de químico, quí-
respondente ao número de aulas a que tiverem mico industrial, químico industrial agrícola ou en-
faltado. genheiro químico, concedido, no Brasil, por escola
§ 3º Não serão descontadas, no decurso de oficial ou oficialmente reconhecida;
9 (nove) dias, as faltas verificadas por motivo b) aos diplomados em química por instituto
de gala ou de luto em consequência de faleci- estrangeiro de ensino superior, que tenham, de
mento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho. acordo com a lei e a partir de 14 de julho de 1934,
Art. 321. Sempre que o estabelecimento de en- revalidado os seus diplomas;
sino tiver necessidade de aumentar o número de c) aos que, ao tempo da publicação do Decre-
aulas marcado nos horários, remunerará o profes- to nº 24.693, de 12 de julho de 1934, se achavam
sor, findo cada mês, com uma importância corres- no exercício efetivo de função pública ou particu-
pondente ao número de aulas excedentes. lar, para a qual seja exigida a qualidade de químico,
e que tenham requerido o respectivo registro até a
Art. 322. No período de exames e no de férias
extinção do prazo fixado pelo Decreto-Lei nº 2.298,
escolares, é assegurado aos professores o paga-
de 10 de junho de 1940.
mento, na mesma periodicidade contratual, da re-
§ 1º Aos profissionais incluídos na alínea c deste
muneração por eles percebida, na conformidade
artigo, se dará, para os efeitos da presente Seção,
dos horários, durante o período de aulas. (Caput do
a denominação de “licenciados”.
artigo com redação dada pela Lei nº 9.013, de 30/3/1995)
§ 2º O livre exercício da profissão de que trata
§ 1º Não se exigirá dos professores, no período
o presente artigo só é permitido a estrangeiros,
de exames, a prestação de mais de 8 (oito) horas
quando compreendidos:
de trabalho diário, salvo mediante o pagamento
a) nas alíneas a e b, independentemente de re-
complementar de cada hora excedente pelo preço
validação do diploma, se exerciam legitimamente
correspondente ao de uma aula.
na República, a profissão de químico em a data da
§ 2º No período de férias, não se poderá exigir
promulgação da Constituição de 1934;
dos professores outro serviço senão o relacionado
b) na alínea b, se a seu favor militar a existência
com a realização de exames.
de reciprocidade internacional, admitida em lei,
§ 3º Na hipótese de dispensa sem justa causa,
para o reconhecimento dos respectivos diplomas;
ao término do ano letivo ou no curso das férias es-
c) na alínea c, satisfeitas as condições nela es-
colares, é assegurado ao professor o pagamento a
tabelecidas.
que se refere o caput deste artigo. (Parágrafo acres-
§ 3º O livre exercício da profissão a brasileiros
naturalizados está subordinado à prévia presta-
Art. 323. Não será permitido o funcionamento do ção do serviço militar, no Brasil.
estabelecimento particular de ensino que não re- § 4º Só aos brasileiros natos é permitida a reva-
munere condignamente os seus professores, ou lidação dos diplomas de químicos, expedidos por
não lhes pague pontualmente a remuneração de institutos estrangeiros de ensino superior. (Vide
cada mês. Lei nº 6.192, de 19/12/1974)
Parágrafo único. Compete ao Ministério da Edu-
Art. 326. Todo aquele que exercer ou pretender
cação e Saúde fixar os critérios para a determina-
exercer as funções de químico, é obrigado ao uso de
ção da condigna remuneração devida aos profes- Carteira de Trabalho e Previdência Social, devendo
sores bem como assegurar a execução do preceito os profissionais, que se encontrarem nas condições
estabelecido no presente artigo. das alíneas a e b do art. 325, registrar os seus diplo-
Art. 324. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) mas de acordo com a legislação vigente. (Expressão
58
“carteira profissional” substituída por “Carteira de Trabalho e nas alíneas do mesmo artigo e seu parágrafo único.
Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) (Expressão “carteira profissional” substituída por “Carteira
§ 1º A requisição de Carteira de Trabalho e Previ- de Trabalho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926,
dência Social para uso dos químicos, além do dis- de 10/10/1969)
posto no capítulo “Da Identificação Profissional”, § 3º Reconhecida a validade dos documentos
somente será processada mediante apresentação apresentados, o Serviço de Identificação Profis-
dos seguintes documentos que provem: (Expressão sional do Departamento Nacional do Trabalho, no
“carteiras profissionais” substituída por “Carteiras de Tra- Distrito Federal, ou os órgãos regionais do Minis-
balho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de tério do Trabalho, Indústria e Comércio, nos Es-
10/10/1969) tados e no Território do Acre, registrarão, em livros
a) ser o requerente brasileiro, nato ou naturali- próprios, os documentos a que se refere a alínea
zado, ou estrangeiro; (Vide Lei nº 6.192, de 19/12/1974) c do § 1º e, juntamente com a Carteira de Traba-
b) estar, se for brasileiro, de posse dos direitos lho e Previdência Social emitida, os devolverão
civis e políticos; ao interessado. (Expressão “carteira profissional” subs-
c) ter diploma de químico, químico industrial, tituída por “Carteira de Trabalho e Previdência Social” pelo
químico industrial agrícola, ou engenheiro químico, Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
expedido por escola superior oficial ou oficializada;
d) ter, se diplomado estrangeiro, o respectivo Art. 327. Além dos emolumentos fixados no Capí-
diploma revalidado nos termos da lei; tulo “Da Identificação Profissional”, o registro do
e) haver, o que for brasileiro naturalizado, pres- diploma fica sujeito à taxa de 30 cruzeiros.
tado serviço militar no Brasil; Art. 328. Só poderão ser admitidos a registro os
f) achar-se, o estrangeiro, ao ser promulgada a diplomas, certificados de diplomas, cartas e ou-
Constituição de 1934, exercendo legitimamente, tros títulos, bem como atestados e certificados
na República, a profissão de químico, ou concor- que estiverem na devida forma e cujas firmas
rer a seu favor a existência de reciprocidade inter- hajam sido regularmente reconhecidas por tabe-
nacional, admitida em lei, para o reconhecimento lião público e, sendo estrangeiros, pela Secretaria
dos diplomas dessa especialidade. do Estado das Relações Exteriores, acompanha-
§ 2º A requisição de que trata o parágrafo ante- dos estes últimos da respectiva tradução, feita por
rior deve ser acompanhada: intérprete comercial brasileiro.
a) do diploma devidamente autenticado, no Parágrafo único. O Departamento Nacional do
caso da alínea b do artigo precedente, e com as Trabalho e as Delegacias Regionais do Ministério
firmas reconhecidas no país de origem e na Se- do Trabalho, Indústria e Comércio, nos Estados,
cretaria de Estado das Relações Exteriores, ou da publicarão, periodicamente, a lista dos químicos
respectiva certidão, bem como do título de reva- registrados na forma desta Seção.
lidação, ou certidão respectiva, de acordo com a
legislação em vigor; Art. 329. A cada inscrito, e como documento com-
b) do certificado ou atestado comprobatório probatório do registro, será fornecida pelo Depar-
de se achar o requerente, na hipótese da alínea tamento Nacional do Trabalho, no Distrito Fede-
c do referido artigo, ao tempo da publicação do ral, ou pelas Delegacias Regionais, nos Estados e
Decreto nº 24.693, de 12 de julho de 1934, no no Território do Acre, uma Carteira de Trabalho e
exercício efetivo de função pública, ou particular, Previdência Social numerada, que, além da foto-
para a qual seja exigida a qualidade de químico, grafia, medindo 3 (três) por 4 (quatro) centímetros,
devendo esses documentos ser autenticados pelo tirada de frente, com a cabeça descoberta, e das
Delegado Regional do Trabalho, quando se refe- impressões do polegar, conterá as declarações se-
rirem a requerentes moradores nas capitais dos guintes: (Expressão “carteira profissional” substituída por
Estados, ou coletor federal, no caso de residirem “Carteira de Trabalho e Previdência Social” pelo Decreto-Lei
os interessados nos municípios do interior; nº 926, de 10/10/1969)
c) de três exemplares de fotografia exigida pelo a) o nome por extenso;
artigo 329 e de uma folha com as declarações que b) a nacionalidade e, se estrangeiro, a circuns-
devam ser lançadas na Carteira de Trabalho e Pre- tância de ser ou não naturalizado;
vidência Social, de conformidade com o disposto c) a data e lugar do nascimento;
59
d) a denominação da escola em que houver b) a análise química, a elaboração de pareceres,
feito o curso; atestados e projetos da especialidade e sua exe-
e) a data da expedição do diploma e o número cução, perícia civil ou judiciária sobre essa maté-
do registro no Ministério do Trabalho, Indústria e ria, a direção e a responsabilidade de laboratórios
Comércio; ou departamentos químicos, de indústria e em-
f) a data da revalidação do diploma, se de ins- presas comerciais;
tituto estrangeiro; c) o magistério nas cadeiras de química dos cur-
g) a especificação, inclusive data, de outro tí- sos superiores especializados em química;
tulo ou títulos de habilitação; d) a engenharia química.
h) a assinatura do inscrito. § 1º Aos químicos, químicos industriais e quí-
Parágrafo único. A carteira destinada aos pro- micos industriais agrícolas que estejam nas con-
fissionais a que se refere o § 1º do art. 325 deverá, dições estabelecidas no art. 325, alíneas a e b,
em vez das declarações indicadas nas alíneas d, compete o exercício das atividades definidas nos
e e f deste artigo, e além do título – licenciado – itens a, b e c deste artigo, sendo privativa dos en-
posto em destaque, conter a menção do título genheiros químicos a do item d.
de nomeação ou admissão e respectiva data, se § 2º Aos que estiverem nas condições do art. 325,
funcionário público, ou do atestado relativo ao alíneas a e b, compete, como aos diplomados em
exercício, na qualidade de químico, de um cargo medicina ou farmácia, as atividades definidas no
em empresa particular, com designação desta e art. 2º, alíneas d, e e f do Decreto nº 20.377, de 8
da data inicial do exercício. de setembro de 1931, cabendo aos agrônomos e
Art. 330. A Carteira de Trabalho e Previdência So- engenheiros agrônomos as que se acham especi-
cial, expedida nos termos desta Seção, é obriga- ficadas no art. 6º, alínea h, do Decreto nº 23.196,
tória para o exercício da profissão, substitui em de 12 de outubro de 1933.
todos os casos o diploma ou título e servirá de Art. 335. É obrigatória a admissão de químicos
carteira de identidade. (Artigo com redação dada pelo nos seguintes tipos de indústria:
Decreto-Lei nº 5.922, de 25/10/1943; expressão “carteira a) de fabricação de produtos químicos;
profissional” substituída por “Carteira de Trabalho e Pre- b) que mantenham laboratório de controle
vidência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) químico;
Art. 331. Nenhuma autoridade poderá receber im- c) de fabricação de produtos industriais que são
postos relativos ao exercício profissional de quí- obtidos por meio de reações químicas dirigidas,
mico, senão à vista da prova de que o interessado tais como: cimento, açúcar e álcool, vidro, cur-
se acha registrado de acordo com a presente Seção, tume, massas plásticas artificiais, explosivos, deri-
e essa prova será também exigida para a realização vados de carvão ou de petróleo, refinação de óleos
de concursos periciais e todos os outros atos ofi- vegetais ou minerais, sabão, celulose e derivados.
ciais que exijam capacidade técnica de químico. Art. 336. No preenchimento de cargos públicos,
Art. 332. Quem, mediante anúncios, placas, car- para os quais se faz mister a qualidade de quí-
tões comerciais ou outros meios capazes de ser mico, ressalvadas as especializações referidas no
identificados, se propuser ao exercício da química, § 2º do art. 334, a partir da data da publicação do
em qualquer dos seus ramos, sem que esteja de- Decreto nº 24.693, de 12 de julho de 1934, requer-
vidamente registrado, fica sujeito às penalidades -se, como condição essencial, que os candidatos
aplicáveis ao exercício ilegal da profissão. previamente hajam satisfeito as exigências do
art. 333 desta Seção.
Art. 333. Os profissionais a que se referem os dis-
positivos anteriores só poderão exercer legalmente Art. 337. Fazem fé pública os certificados de aná-
as funções de químicos depois de satisfazerem as lises químicas, pareceres, atestados, laudos de
obrigações constantes do art. 330 desta Seção. perícias e projetos relativos a essa especialidade,
assinados por profissionais que satisfaçam as con-
Art. 334. O exercício da profissão de químico
compreende: dições estabelecidas nas alíneas a e b do art. 325.
a) a fabricação de produtos e subprodutos quí- Art. 338. É facultado aos químicos que satisfize-
micos em seus diversos graus de pureza; rem as condições constantes do art. 325, alíneas a
60
e b, o ensino da especialidade a que se dedicarem, Art. 344. Aos sindicatos de químicos devidamente
nas escolas superiores, oficiais ou oficializadas. reconhecidos é facultado auxiliar a fiscalização, no
Parágrafo único. Na hipótese de concurso para tocante à observância da alínea c do artigo anterior.
o provimento de cargo ou emprego público, os Art. 345. Verificando-se, pelo Ministério do Traba-
químicos a que este artigo se refere terão prefe- lho, Indústria e Comércio, serem falsos os diplo-
rência, em igualdade de condições. mas ou outros títulos dessa natureza, atestados,
certificados e quaisquer documentos exibidos
Art. 339. O nome do químico responsável pela
para os fins de que trata esta Seção, incorrerão os
fabricação dos produtos de uma fábrica, usina ou
seus autores e cúmplices nas penalidades estabe-
laboratório deverá figurar nos respectivos rótulos,
lecidas em lei.
faturas e anúncios, compreendida entre estes últi-
Parágrafo único. A falsificação de diploma ou
mos a legenda impressa em cartas e sobrecartas.
outros quaisquer títulos, uma vez verificada, será
Art. 340. Somente os químicos habilitados, nos ter- imediatamente comunicada ao Serviço de Identi-
mos do art. 325, alíneas a e b, poderão ser nomea- ficação Profissional, do Departamento Nacional
dos ex officio para os exames periciais de fábricas, do Trabalho, remetendo-se-lhe os documentos
laboratórios e usinas e de produtos aí fabricados. falsificados, para instauração do processo que no
Parágrafo único. Não se acham compreendidos caso couber.
no artigo anterior os produtos farmacêuticos e os Art. 346. Será suspenso do exercício de suas fun-
laboratórios de produtos farmacêuticos. ções, independentemente de outras penas em
que possa incorrer, o químico, inclusive o licen-
Art. 341. Cabe aos químicos habilitados, con-
ciado, que incidir em alguma das seguintes faltas:
forme estabelece o art. 325, alíneas a e b, a exe-
a) revelar improbidade profissional, dar falso
cução de todos os serviços que, não especificados
testemunho, quebrar o sigilo profissional e pro-
no presente regulamento, exijam por sua natureza
mover falsificações, referentes à prática de atos
o conhecimento de química.
de que trata esta Seção;
Art. 342. A fiscalização do exercício da profissão b) concorrer com seus conhecimentos científi-
de químico incumbe ao Departamento Nacional cos para a prática de crime ou atentado contra a
do Trabalho no Distrito Federal e às autoridades pátria, a ordem social ou a saúde pública;
regionais do Ministério do Trabalho, Indústria e c) deixar, no prazo marcado nesta Seção, de re-
Comércio, nos Estados e Território do Acre. querer a revalidação e registro do diploma estran-
geiro, ou o seu registro profissional no Ministério
Art. 343. São atribuições dos órgãos de fiscalização: do Trabalho, Indústria e Comércio.
a) examinar os documentos exigidos para o re- Parágrafo único. O tempo de suspensão a que
gistro profissional de que trata o art. 326 e seus alude este artigo variará entre 1 (um) mês e 1 (um)
§§ 1º e 2º e o art. 327, proceder à respectiva inscri- ano, a critério do Departamento Nacional do Tra-
ção e indeferir o pedido dos interessados que não balho, após processo regular, ressalvada a ação
satisfizerem as exigências desta Seção; da justiça pública.
b) registrar as comunicações e contratos, a que Art. 347. Àqueles que exercerem a profissão de quí-
aludem o art. 350 e seus parágrafos, e dar as res- mico sem ter preenchido as condições do art. 325 e
pectivas baixas; suas alíneas, nem promovido o seu registro, nos
c) verificar o exato cumprimento das disposi- termos do art. 326, incorrerão na multa de 200 cru-
ções desta Seção, realizando as investigações que zeiros a 5.000 cruzeiros, que será elevada ao dobro,
forem necessárias, bem como o exame dos arqui- no caso de reincidência. (Vide art. 7º da Lei nº 6.986,
vos, livros de escrituração, folhas de pagamento, de 13/4/1982)
contratos e outros documentos de uso de firmas Art. 348. Aos licenciados a que alude o § 1º do
ou empresas industriais ou comerciais, em cujos art. 325 poderão, por ato do Departamento Nacio-
serviços tome parte 1 (um) ou mais profissionais nal do Trabalho, sujeito à aprovação do ministro,
que desempenhem função para a qual se deva exi- ser cassadas as garantias asseguradas por esta
gir a qualidade de químico. Seção, desde que interrompam, por motivo de
61
falta prevista no art. 346, a função pública ou parti- comerciais, são obrigadas a manter, no quadro do
cular em que se encontravam por ocasião da publi- seu pessoal, quando composto de 3 (três) ou mais
cação do Decreto nº 24.693, de 12 de julho de 1934. empregados, uma proporção de brasileiros não
Art. 349. O número de químicos estrangeiros a ser- inferior à estabelecida no presente Capítulo.
viço de particulares, empresas ou companhias não § 1º Sob a denominação geral de atividades in-
poderá exceder de 1/3 ao dos profissionais bra- dustriais e comerciais compreende-se, além de
sileiros compreendidos nos respectivos quadros. outras que venham a ser determinadas em porta-
ria do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio,
Art. 350. O químico que assumir a direção técnica
as exercidas:
ou cargo de químico de qualquer usina, fábrica, ou
a) nos estabelecimentos industriais em geral;
laboratório industrial ou de análise deverá, den-
b) nos serviços de comunicações, de trans-
tro de 24 (vinte e quatro) horas e por escrito, co-
portes terrestres, marítimos, fluviais, lacustres e
municar essa ocorrência ao órgão fiscalizador,
aéreos;
contraindo, desde essa data, a responsabilidade
c) nas garagens, oficinas de reparos e postos
da parte técnica referente à sua profissão, assim
de abastecimento de automóveis e nas cocheiras;
como a responsabilidade técnica dos produtos
d) na indústria da pesca;
manufaturados.
e) nos estabelecimentos comerciais em geral;
§ 1º Firmando-se contrato entre o químico e o
f) nos escritórios comerciais em geral;
proprietário da usina, fábrica ou laboratório, será
g) nos estabelecimentos bancários, ou de eco-
esse documento apresentado, dentro do prazo de
nomia coletiva, nas empresas de seguros e nas de
30 (trinta) dias, para registro, ao órgão fiscalizador.
capitalização;
§ 2º Comunicação idêntica à de que trata a pri-
h) nos estabelecimentos jornalísticos, de publi-
meira parte deste artigo fará o químico quando
deixar a direção técnica ou o cargo de químico, em cidade e de radiodifusão;
cujo exercício se encontrava, a fim de ressalvar a i) nos estabelecimentos de ensino remunerado,
sua responsabilidade e fazer-se o cancelamento do excluídos os que neles trabalhem por força de
contrato. Em caso de falência do estabelecimento, voto religioso;
a comunicação será feita pela firma proprietária. j) nas drogarias e farmácias;
k) nos salões de barbeiro ou cabeleireiro e de
Seção XIV
beleza;
Das Penalidades
l) nos estabelecimentos de diversões públicas, ex-
Art. 351. Os infratores dos dispositivos do pre- cluídos os elencos teatrais, e nos clubes esportivos;
sente capítulo incorrerão na multa de cinquenta m) nos hotéis, restaurantes, bares e estabeleci-
a cinco mil cruzeiros, segundo a natureza da in- mentos congêneres;
fração, sua extensão e a intenção de quem a pra- n) nos estabelecimentos hospitalares e fisio-
ticou, aplicada em dobro no caso de reincidência, terápicos cujos serviços sejam remunerados, ex-
oposição à fiscalização ou desacato à autoridade. cluídos os que neles trabalhem por força de voto
Parágrafo único. São competentes para impor pe- religioso;
nalidades as autoridades de 1ª instância incumbi- o) nas empresas de mineração.
das da fiscalização dos preceitos constantes do pre- § 2º Não se acham sujeitas às obrigações da
sente Capítulo. (Vide art. 7º da Lei nº 6.986, de 13/4/1982) proporcionalidade as indústrias rurais, as que, em
CAPÍTULO II zona agrícola, se destinem ao beneficiamento ou
DA NACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO transformação de produtos da região e as ativi-
(Vide caput do art. 5º da Constituição Federal de 1988) dades industriais de natureza extrativa, salvo a
Seção I mineração.
Da Proporcionalidade de Art. 353. Equiparam-se aos brasileiros, para os fins
Empregados Brasileiros deste Capítulo, ressalvado o exercício de profis-
Art. 352. As empresas, individuais ou coletivas, sões reservadas aos brasileiros natos ou aos bra-
que explorem serviços públicos dados em con- sileiros em geral, os estrangeiros que, residindo
cessão, ou que exerçam atividades industriais ou no País há mais de dez anos, tenham cônjuge ou
62
filho brasileiro, e os portugueses. (Artigo com reda- deve preceder à de brasileiro que exerça função
ção dada pela Lei nº 6.651, de 23/5/1979) análoga.
Art. 354. A proporcionalidade será de dois terços Seção II
de empregados brasileiros, podendo, entretanto, Das Relações Anuais de Empregados
ser fixada proporcionalidade inferior, em atenção Art. 359. Nenhuma empresa poderá admitir a
às circunstâncias especiais de cada atividade, me- seu serviço empregado estrangeiro sem que este
diante ato do Poder Executivo, e depois de devi- exiba a carteira de identidade de estrangeiro de-
damente apurada pelo Departamento Nacional vidamente anotada.
do Trabalho e pelo Serviço de Estatística de Pre- Parágrafo único. A empresa é obrigada a as-
vidência e Trabalho a insuficiência do número de sentar no registro de empregados os dados refe-
brasileiros na atividade de que se tratar. rentes à nacionalidade de qualquer empregado
Parágrafo único. A proporcionalidade é obrigató- estrangeiro e o número da respectiva carteira de
ria não só em relação à totalidade do quadro de em- identidade.
pregados, com as exceções desta lei, como ainda
em relação à correspondente folha de salários. Art. 360. Toda empresa compreendida na enume-
ração do art. 352, § 1º, deste Capítulo, qualquer
Art. 355. Consideram-se como estabelecimentos que seja o número de seus empregados, deve
autônomos, para os efeitos da proporcionalidade apresentar anualmente às repartições competen-
a ser observada, as sucursais, filiais e agências em tes do Ministério do Trabalho, Indústria e Comér-
que trabalhem três ou mais empregados. cio, de 2 de maio a 30 de junho, uma relação, em
Art. 356. Sempre que uma empresa ou indivíduo três vias, de todos os seus empregados, segundo o
explore atividades sujeitas a proporcionalidades modelo que for expedido. (Caput do artigo retificado
diferentes, observar-se-á, em relação a cada uma pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944)
delas, a que lhe corresponder. § 1º As relações terão, na primeira via, o selo de
três cruzeiros pela folha inicial e dois cruzeiros por
Art. 357. Não se compreendem na proporciona-
folha excedente, além do selo do Fundo de Edu-
lidade os empregados que exerçam funções téc-
nicas especializadas, desde que, a juízo do Minis- cação, e nelas será assinalada, em tinta vermelha,
tério do Trabalho, Indústria e Comércio, haja falta a modificação havida com referência à última re-
de trabalhadores nacionais. lação apresentada. Se se tratar de nova empresa,
a relação, encimada pelos dizeres – Primeira Re-
Art. 358. Nenhuma empresa, ainda que não su- lação – deverá ser feita dentro de 30 (trinta) dias
jeita à proporcionalidade, poderá pagar a brasi- de seu registro no Departamento Nacional da In-
leiro que exerça função análoga, a juízo do Minis- dústria e Comércio ou repartições competentes.
tério do Trabalho, Indústria e Comércio, à que é § 2º A entrega das relações far-se-á diretamente
exercida por estrangeiro a seu serviço, salário in- às repartições competentes do Ministério do Tra-
ferior ao deste, excetuando-se os casos seguintes: balho, Indústria e Comércio, ou, onde não as
a) quando, nos estabelecimentos que não te- houver, às Coletorias Federais, que as remeterão
nham quadros de empregados organizados em desde logo àquelas repartições. A entrega operar-
carreira, o brasileiro contar menos de 2 (dois) anos -se-á contra recibo especial, cuja exibição é obri-
de serviço, e o estrangeiro mais de 2 (dois) anos; gatória, em caso de fiscalização, enquanto não
b) quando, mediante aprovação do Ministério for devolvida ao empregador a via autenticada
do Trabalho, Indústria e Comércio, houver quadro da declaração.
organizado em carreira em que seja garantido o § 3º Quando não houver empregado far-se-á de-
acesso por antiguidade; claração negativa.
c) quando o brasileiro for aprendiz, ajudante ou
servente, e não o for o estrangeiro; Art. 361. Apurando-se, das relações apresentadas,
d) quando a remuneração resultar de maior qualquer infração, será concedido ao infrator o
produção, para os que trabalham à comissão ou prazo de 10 (dez) dias para defesa, seguindo-se
por tarefa. o despacho pela autoridade competente.
Parágrafo único. Nos casos de falta ou cessação Art. 362. As repartições às quais competir a fiscali-
de serviço, a dispensa do empregado estrangeiro zação do disposto no presente Capítulo manterão
63
fichário especial de empresas, do qual constem as Seção IV
anotações referentes ao respectivo cumprimento, Disposições Gerais
e fornecerão aos interessados as certidões de qui- Art. 365. O presente Capítulo não derroga as res-
tação que se tornarem necessárias, no prazo de trições vigentes quanto às exigências de naciona-
30 (trinta) dias, contados da data do pedido. (Caput lidade brasileira para o exercício de determinadas
do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de profissões nem as que vigoram para as faixas de
28/2/1967) fronteiras, na conformidade da respectiva legislação.
§ 1º As certidões de quitação farão prova até 30
Art. 366. Enquanto não for expedida a carteira
de setembro do ano seguinte àquele a que se re-
a que se refere o art. 359 deste Capítulo, valerá, a
feriram e estarão sujeitas à taxa correspondente a
título precário, como documento hábil, uma cer-
1/10 (um décimo) do salário mínimo regional. Sem
tidão, passada pelo serviço competente do Regis-
elas nenhum fornecimento ou contrato poderá ser tro de Estrangeiros, provando que o empregado
feito com o Governo da União, dos Estados ou Muni- requereu sua permanência no País. (Vide Lei nº 6.192,
cípios, ou com as instituições paraestatais a eles su- de 19/12/1974)
bordinadas, nem será renovada autorização a em-
Art. 367. A redução a que se refere o art. 354, en-
presa estrangeira para funcionar no País. (Parágrafo
quanto o Serviço de Estatística da Previdência e
Trabalho não dispuser dos dados estatísticos ne-
§ 2º A primeira via da relação, depois de consi-
cessários à fixação da proporcionalidade conve-
derada pela repartição fiscalizadora, será reme-
niente para cada atividade, poderá ser feita por
tida, anualmente, ao Departamento Nacional de
ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio,
Mão de Obra (DNMO), como subsídio ao estudo
mediante representação fundamentada da asso-
das condições de mercado de trabalho, de um
ciação sindical.
modo geral, e, em particular, no que se refere à
Parágrafo único. O Serviço de Estatística da Pre-
mão de obra qualificada. (Parágrafo com redação
vidência e Trabalho deverá promover, e manter
em dia, estudos necessários aos fins do presente
§ 3º A segunda via da relação será remetida Capítulo.
pela repartição competente ao Serviço de Esta-
Seção V
tística da Previdência e Trabalho e a terceira via
Das Disposições Especiais sobre a
devolvida à empresa, devidamente autenticada.
Nacionalização da Marinha Mercante
(Primitivo § 2º renumerado e com redação dada pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Art. 368. O comando de navio mercante nacional
só poderá ser exercido por brasileiro nato.
Seção III
Das Penalidades Art. 369. A tripulação de navio ou embarcação na-
cional será constituída, pelo menos, de 2/3 (dois
Art. 363. O processo das infrações do presente
terços) de brasileiros natos. (Caput do artigo com
Capítulo obedecerá ao disposto no Título “Do Pro- redação dada pela Lei nº 5.683, de 21/7/1971) (Vide
cesso de Multas Administrativas”, no que lhe for Lei nº 6.192, de 19/12/1974)
aplicável, com observância dos modelos de auto Parágrafo único. O disposto neste artigo não se
a serem expedidos. aplica aos navios nacionais de pesca, sujeitos a
Art. 364. As infrações do presente Capítulo serão legislação específica. (Parágrafo único acrescido pela
punidas com a multa de cem a dez mil cruzeiros. Lei nº 5.683, de 21/7/1971)
(Vide art. 7º da Lei nº 6.986, de 13/4/1982, e Lei nº 7.855, Art. 370. As empresas de navegação organiza-
de 24/10/1989) rão as relações dos tripulantes das respectivas
Parágrafo único. Em se tratando de empresa embarcações, enviando-as no prazo a que se re-
concessionária de serviço público, ou de socie- fere a Seção II deste Capítulo à Delegacia do Traba-
dade estrangeira autorizada a funcionar no País, lho Marítimo onde as mesmas tiverem sede.
se a infratora, depois de multada, não atender afi- Parágrafo único. As relações a que alude o pre-
nal ao cumprimento do texto infringido, poderá sente artigo obedecerão, na discriminação hie-
ser-lhe cassada a concessão ou autorização. rárquica e funcional do pessoal embarcadiço, ao
64
quadro aprovado pelo regulamento das Capita- de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de
nias dos Portos. gravidez;
Art. 371. A presente Seção é também aplicável VI – proceder o empregador ou preposto a revis-
aos serviços de navegação fluvial e lacustre e à tas íntimas nas empregadas ou funcionárias.
praticagem nas barras, portos, rios, lagos e canais. Parágrafo único. O disposto neste artigo não
obsta a adoção de medidas temporárias que vi-
CAPÍTULO III sem ao estabelecimento das políticas de igualda-
DA PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER
de entre homens e mulheres, em particular as que
(Vide arts. 5º, I, e 7º, XX e XXX, da Constituição Federal
se destinam a corrigir as distorções que afetam a
de 1988)
formação profissional, o acesso ao emprego e as
Seção I condições gerais de trabalho da mulher.
Da Duração, Condições do Trabalho e
da Discriminação contra a Mulher
(Denominação da seção com redação dada pela Art. 375. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
Art. 372. Os preceitos que regulam o trabalho
Art. 377. A adoção de medidas de proteção ao
masculino são aplicáveis ao trabalho feminino,
trabalho das mulheres é considerada de ordem
naquilo em que não colidirem com a proteção es-
pública, não justificando, em hipótese alguma, a
pecial instituída por este Capítulo.
redução de salário.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 13.467, de
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor Art. 378. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
120 dias após a publicação) Seção II
Art. 373. A duração normal de trabalho da mu- Do Trabalho Noturno
lher será de 8 (oito) horas diárias, exceto nos casos Art. 379. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
para os quais for fixada duração inferior. Art. 380. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)
Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais des- Art. 381. O trabalho noturno das mulheres terá
tinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso salário superior ao diurno.
da mulher ao mercado de trabalho e certas especi- § 1º Para os fins desse artigo, os salários serão
ficidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é acrescidos duma percentagem adicional de 20%
vedado: (Artigo acrescido pela Lei nº 9.799, de 26/5/1999) (vinte por cento) no mínimo.
I – publicar ou fazer publicar anúncio de em- § 2º Cada hora do período noturno de trabalho
prego no qual haja referência ao sexo, à idade, à das mulheres terá 52 (cinquenta e dois) minutos
cor ou situação familiar, salvo quando a natureza e 30 (trinta) segundos.
da atividade a ser exercida, pública e notoria-
mente, assim o exigir; Seção III
II – recusar emprego, promoção ou motivar a Dos Períodos de Descanso
dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, Art. 382. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, ha-
cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo verá um intervalo de 11 (onze) horas consecutivas,
quando a natureza da atividade seja notória e pu- no mínimo, destinado ao repouso.
blicamente incompatível; Art. 383. Durante a jornada de trabalho, será con-
III – considerar o sexo, a idade, a cor ou situação cedido à empregada um período para refeição e
familiar como variável determinante para fins de repouso não inferior a 1 (uma) hora nem supe-
remuneração, formação profissional e oportuni- rior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no
dades de ascensão profissional; art. 71, § 3º.
IV – exigir atestado ou exame, de qualquer na-
tureza, para comprovação de esterilidade ou gra- Art. 384. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
videz, na admissão ou permanência no emprego;
a publicação)
V – impedir o acesso ou adotar critérios subje-
tivos para deferimento de inscrição ou aprovação Art. 385. O descanso semanal será de 24 (vinte e
em concursos, em empresas privadas, em razão quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo
65
ou em parte com o domingo, salvo motivo de individual, tais como óculos, máscaras, luvas e
conveniência pública ou necessidade imperiosa roupas especiais, para a defesa dos olhos, do
de serviço, a juízo da autoridade competente, na aparelho respiratório e da pele, de acordo com
forma das disposições gerais, caso em que recairá a natureza do trabalho. (Inciso acrescido pelo
em outro dia. Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Parágrafo único. Observar-se-ão, igualmente, § 1º Os estabelecimentos em que trabalharem
os preceitos da legislação geral sobre a proibição pelo menos 30 (trinta) mulheres, com mais de
de trabalho nos feriados civis e religiosos. 16 (dezesseis) anos de idade, terão local apropriado
Art. 386. Havendo trabalho aos domingos, será onde seja permitido às empregadas guardar sob vi-
organizada uma escala de revezamento quinzenal, gilância e assistência os seus filhos no período da
que favoreça o repouso dominical. amamentação. (Parágrafo único transformado em § 1º
Seção IV
(Vide art. 7º, XXV, da Constituição Federal de 1988)
Dos Métodos e Locais de Trabalho
§ 2º A exigência do § 1º poderá ser suprida por
Art. 387. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) meio de creches distritais mantidas, diretamente
Art. 388. Em virtude de exame e parecer da auto- ou mediante convênios, com outras entidades pú-
ridade competente, o Ministro do Trabalho, Indús- blicas ou privadas, pelas próprias empresas, em
tria e Comércio poderá estabelecer derrogações regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC,
totais ou parciais às proibições a que alude o ar- da LBA ou de entidades sindicais. (Parágrafo acres-
tigo anterior, quando tiver desaparecido, nos ser- cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
viços considerados perigosos ou insalubres, todo Art. 390. Ao empregador é vedado empregar a
e qualquer caráter perigoso ou prejudicial me- mulher em serviço que demande o emprego de
diante a aplicação de novos métodos de trabalho força muscular superior a 20 (vinte) quilos para
ou pelo emprego de medidas de ordem preventiva. o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos
Art. 389. Toda empresa é obrigada: (Caput do artigo para o trabalho ocasional.
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Parágrafo único. Não está compreendida na
I – a prover os estabelecimentos de medidas determinação deste artigo a remoção de material
concernentes à higienização dos métodos e lo- feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre
cais de trabalho, tais como ventilação e ilumi- trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos
nação e outros que se fizerem necessários à se- mecânicos.
gurança e ao conforto das mulheres, a critério
Art. 390-A. (Vetado na Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
da autoridade competente; (Inciso acrescido pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Art. 390-B. As vagas dos cursos de formação de
II – a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos mão de obra, ministrados por instituições gover-
sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em nú- namentais, pelos próprios empregadores ou por
mero suficiente, que permitam às mulheres traba- qualquer órgão de ensino profissionalizante, serão
lhar sem grande esgotamento físico; (Inciso acres- oferecidas aos empregados de ambos os sexos. (Ar-
cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) tigo acrescido pela Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
III – a instalar vestiários com armários indivi- Art. 390-C. As empresas com mais de cem empre-
duais privativos das mulheres, exceto os estabe- gados, de ambos os sexos, deverão manter pro-
lecimentos comerciais, escritórios, bancos e ati- gramas especiais de incentivos e aperfeiçoamento
vidades afins, em que não seja exigida a troca de profissional da mão de obra. (Artigo acrescido pela
roupa, e outros, a critério da autoridade compe- Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
tente em matéria de segurança e higiene do tra-
Art. 390-D. (Vetado na Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
balho, admitindo-se como suficientes as gavetas
ou escaninhos, onde possam as empregadas guar- Art. 390-E. A pessoa jurídica poderá associar-se a
dar seus pertences; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei entidade de formação profissional, sociedades civis,
nº 229, de 28/2/1967) sociedades cooperativas, órgãos e entidades públi-
IV – a fornecer, gratuitamente, a juízo da au- cas ou entidades sindicais, bem como firmar convê-
toridade competente, os recursos de proteção nios para o desenvolvimento de ações conjuntas,
66
visando à execução de projetos relativos ao incen- § 4º É garantido à empregada, durante a gravi-
tivo ao trabalho da mulher. (Artigo acrescido pela Lei dez, sem prejuízo do salário e demais direitos: (Pa-
nº 9.799, de 26/5/1999) rágrafo com redação dada pela Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
I – transferência de função, quando as condi-
Seção V
ções de saúde o exigirem, assegurada a retomada
Da Proteção à Maternidade
da função anteriormente exercida, logo após o re-
(Vide art. 7º, XVIII, da Constituição Federal de 1988, e
torno ao trabalho; (Inciso acrescido pela Lei nº 9.799,
art. 10, II, b, do ADCT)
de 26/5/1999)
Art. 391. Não constitui justo motivo para a resci- II – dispensa do horário de trabalho pelo tempo
são do contrato de trabalho da mulher o fato de necessário para a realização de, no mínimo, seis
haver contraído matrimônio ou de encontrar-se consultas médicas e demais exames complemen-
em estado de gravidez. tares. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.799, de 26/5/1999)
Parágrafo único. Não serão permitidos em re- § 5º (Vetado na Lei nº 10.421, de 15/4/2002)
gulamentos de qualquer natureza, contratos co- Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver
letivos ou individuais de trabalho, restrições ao guarda judicial para fins de adoção de criança ou
direito da mulher ao seu emprego, por motivo de adolescente será concedida licença-maternidade
casamento ou de gravidez. nos termos do art. 392 desta Lei. (Caput do artigo
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez acrescido pela Lei nº 10.421, de 15/4/2002, e com redação
advindo no curso do contrato de trabalho, ainda
que durante o prazo do aviso prévio trabalhado
e revogado pela Lei nº 12.010, de 3/8/2009)
ou indenizado, garante à empregada gestante a
estabilidade provisória prevista na alínea b do in-
ciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitu-
cionais Transitórias. (Caput do artigo acrescido pela
Lei nº 12.812, de 16/5/2013)
§ 4º A licença-maternidade só será concedida
Parágrafo único. O disposto no caput deste ar- mediante apresentação do termo judicial de guar-
tigo aplica-se ao empregado adotante ao qual da à adotante ou guardiã. (Parágrafo acrescido pela Lei
tenha sido concedida guarda provisória para fins nº 10.421, de 15/4/2002)
de adoção. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 13.509, § 5º A adoção ou guarda judicial conjunta en-
de 22/11/2017) sejará a concessão de licença-maternidade a ape-
Art. 392. A empregada gestante tem direito à nas um dos adotantes ou guardiães empregado
licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, ou empregada. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.873,
sem prejuízo do emprego e do salário. (Caput do de 24/10/2013)
artigo com redação dada pela Lei nº 10.421, de 15/4/2002) Art. 392-B. Em caso de morte da genitora, é asse-
§ 1º A empregada deve, mediante atestado mé- gurado ao cônjuge ou companheiro empregado
dico, notificar o seu empregador da data do início o gozo de licença por todo o período da licença-
do afastamento do emprego, que poderá ocorrer -maternidade ou pelo tempo restante a que teria
entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e direito a mãe, exceto no caso de falecimento do
ocorrência deste. (Parágrafo com redação dada pela filho ou de seu abandono. (Artigo acrescido pela Lei
Lei nº 10.421, de 15/4/2002) nº 12.873, de 24/10/2013, publicada no DOU de 25/10/2013,
em vigor 90 dias após a sua publicação)
§ 2º Os períodos de repouso, antes e depois do
parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) sema- Art. 392-C. Aplica-se, no que couber, o disposto
nas cada um, mediante atestado médico. (Parágrafo no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou
com redação dada pela Lei nº 10.421, de 15/4/2002) obtiver guarda judicial para fins de adoção. (Artigo
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste Art. 393. Durante o período a que se refere o
artigo. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 10.421, art. 392, a mulher terá direito ao salário integral
de 15/4/2002) e, quando variável, calculado de acordo com a
67
média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-
como os direitos e vantagens adquiridos, sendo- -maternidade, nos termos da Lei nº 8.213, de 24
-lhe ainda facultado reverter à função que ante- de julho de 1991, durante todo o período de afas-
riormente ocupava. (Artigo com redação dada pelo tamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120
Art. 394. Mediante atestado médico, à mulher dias após a publicação)

grávida é facultado romper o compromisso resul- Art. 395. Em caso de aborto não criminoso, com-
tante de qualquer contrato de trabalho, desde que provado por atestado médico oficial, a mulher
este seja prejudicial à gestação. terá um repouso remunerado de 2 (duas) sema-
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar
nesta incluído o valor do adicional de insalubri- à função que ocupava antes de seu afastamento.
dade, a empregada deverá ser afastada de: (Caput Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se
do artigo acrescido pela Lei nº 13.287, de 11/5/2016, e com advindo de adoção, até que este complete 6 (seis)
redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017) meses de idade, a mulher terá direito, durante a
I – atividades consideradas insalubres em grau jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos espe-
máximo, enquanto durar a gestação; (Inciso acres- ciais de meia hora cada um. (Caput do artigo com
cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de redação dada pela Lei nº 13.509, de 22/11/2017)
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) § 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período
II – atividades consideradas insalubres em grau de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da
médio ou mínimo, quando apresentar atestado de autoridade competente. (Primitivo parágrafo único re-
saúde, emitido por médico de confiança da mu- numerado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
lher, que recomende o afastamento durante a ges- DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
tação; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, § 2º Os horários dos descansos previstos no caput
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após deste artigo deverão ser definidos em acordo indivi-
a publicação)
dual entre a mulher e o empregador. (Parágrafo acres-
III – atividades consideradas insalubres em cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
qualquer grau, quando apresentar atestado de
saúde, emitido por médico de confiança da mu-
lher, que recomende o afastamento durante a lac- Art. 397. O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades
tação. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, públicas destinadas à assistência à infância man-
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após terão ou subvencionarão, de acordo com suas pos-
a publicação) sibilidades financeiras, escolas maternais e jardins
§ 1º (Parágrafo único vetado na Lei nº 13.287, de 11/5/2016, de infância, distribuídos nas zonas de maior densi-
e transformado em 1º pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu- dade de trabalhadores, destinados especialmente
blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a aos filhos das mulheres empregadas. (Artigo com
publicação) redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 2º Cabe à empresa pagar o adicional de insa- Art. 398. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
lubridade à gestante ou à lactante, efetivando-se
Art. 399. O Ministro do Trabalho, Indústria e Co-
a compensação, observado o disposto no art. 248
mércio conferirá diploma de benemerência aos
da Constituição Federal, por ocasião do recolhi-
empregadores que se distinguirem pela organi-
mento das contribuições incidentes sobre a folha
zação e manutenção de creches e de instituições
de salários e demais rendimentos pagos ou cre-
de proteção aos menores em idade pré-escolar,
ditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
desde que tais serviços se recomendem por sua
preste serviço. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
generosidade e pela eficiência das respectivas
instalações.
§ 3º Quando não for possível que a gestante Art. 400. Os locais destinados à guarda dos filhos
ou a lactante afastada nos termos do caput deste das operárias durante o período da amamentação
artigo exerça suas atividades em local salubre deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma sa-
na empresa, a hipótese será considerada como leta de amamentação, uma cozinha dietética e uma
68
instalação sanitária. (Vide art. 7º, XXV, da Constituição moral e social e em horários e locais que não per-
Federal de 1988) mitam a frequência à escola. (Parágrafo único com
Seção VI
Das Penalidades a) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
b) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
Art. 401. Pela infração de qualquer dispositivo
deste Capítulo, será imposta ao empregador a mul- Art. 404. Ao menor de 18 anos é vedado o traba-
ta de cem a mil cruzeiros, aplicada, nesta Capital, lho noturno, considerado este o que for executado
pela autoridade competente de 1ª instância do De- no período compreendido entre as 22 e as 5 horas.
partamento Nacional do Trabalho, e, nos Estados (Vide art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal de 1988)
e Território do Acre, pelas autoridades competen- Art. 405. Ao menor não será permitido o trabalho:
tes do Ministério do Trabalho, Indústria e Comér- (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229,
cio ou por aquelas que exerçam funções delegadas. de 28/2/1967) (Vide art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal
§ 1º A penalidade será sempre aplicada no grau de 1988)
máximo: I – nos locais e serviços perigosos ou insalu-
a) se ficar apurado o emprego de artifício ou si- bres, constantes de quadro para esse fim apro-
mulação para fraudar a aplicação dos dispositivos vado pelo Diretor Geral do Departamento de Se-
deste Capítulo; gurança e Higiene do Trabalho; (Inciso acrescido pelo
b) nos casos de reincidência. Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 2º O processo na verificação das infrações, bem II – em locais ou serviços prejudiciais à sua mo-
como na aplicação e cobrança das multas, será o
ralidade. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
previsto no título “Do Processo de Multas Adminis-
28/2/1967)
trativas”, observadas as disposições deste artigo.
§ 1º (Revogado pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
Art. 401-A. (Vetado na Lei nº 9.799, de 26/5/1999) § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e
Art. 401-B. (Vetado na Lei nº 9.799, de 26/5/1999) outros logradouros dependerá de prévia autori-
zação do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar
CAPÍTULO IV
se a ocupação é indispensável à sua própria sub-
DA PROTEÇÃO DO TRABALHO DO MENOR
sistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se
Seção I dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua
Disposições Gerais formação moral. (Parágrafo com redação dada pelo
Art. 402. Considera-se menor para os efeitos Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
desta Consolidação o trabalhador de quatorze até § 3º Considera-se prejudicial à moralidade do
dezoito anos. (Caput do artigo com redação dada pela menor o trabalho: (Parágrafo com redação dada pelo
Lei nº 10.097, de 19/12/2000) Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Parágrafo único. O trabalho do menor reger- a) prestado de qualquer modo, em teatros de re-
-se-á pelas disposições do presente Capítulo, ex- vista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings
ceto no serviço em oficinas em que trabalhem e estabelecimentos análogos; (Alínea acrescida pelo
exclusivamente pessoas da família do menor e Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, ob- b) em empresas circenses, em funções de acro-
servado, entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 bata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes;
e na Seção II. (Parágrafo único com redação dada pelo (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) (Vide art. 7º, XXX, XXXIII, c) de produção, composição, entrega ou venda
e art. 227, § 3º, da Constituição Federal de 1988) de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gra-
Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores vuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer
de dezesseis anos de idade, salvo na condição de outros objetos que possam, a juízo da autoridade
aprendiz, a partir dos quatorze anos. (Caput do ar- competente, prejudicar sua formação moral; (Alí-
tigo com redação dada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) nea acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Parágrafo único. O trabalho do menor não po- d) consistente na venda, a varejo, de bebidas
derá ser realizado em locais prejudiciais à sua for- alcoólicas. (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de
mação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, 28/2/1967)
69
§ 4º Nas localidades em que existirem, oficial- art. 405 quando se certificar haver desaparecido,
mente reconhecidas, instituições destinadas ao parcial ou totalmente, o caráter perigoso ou insa-
amparo dos menores jornaleiros, só aos que se lubre, que determinou a proibição.
encontrem sob o patrocínio dessas entidades será
outorgada a autorização do trabalho a que alude Seção II
o § 2º. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de Da Duração do Trabalho
28/2/1967) (Vide art. 7º, XIII, XIV e XVI, da Constituição Federal de
§ 5º Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 1988)
e seu parágrafo único. (Parágrafo acrescido pelo
Art. 411. A duração do trabalho do menor regular-
-se-á pelas disposições legais relativas à duração
Art. 406. O Juiz de Menores poderá autorizar ao
do trabalho em geral, com as restrições estabele-
menor o trabalho a que se referem as letras a e b
do § 3º do art. 405: (Caput do artigo com redação dada cidas neste Capítulo.
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Art. 412. Após cada período de trabalho efetivo,
I – desde que a representação tenha fim edu- quer contínuo, quer dividido em 2 (dois) turnos,
cativo ou a peça de que participe não possa ser
haverá um intervalo de repouso, não inferior a
prejudicial à sua formação moral; (Inciso acrescido
11 (onze) horas.
II – desde que se certifique ser a ocupação do Art. 413. É vedado prorrogar a duração normal
menor indispensável à própria subsistência ou à diária do trabalho do menor, salvo: (Caput do artigo
de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum
prejuízo à sua formação moral. (Inciso acrescido pelo
I – até mais 2 (duas) horas, independentemente
de acréscimo salarial, mediante convenção ou
Art. 407. Verificado pela autoridade competente
acordo coletivo nos termos do Título VI desta
que o trabalho executado pelo menor é prejudicial
Consolidação, desde que o excesso de horas
à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou à
sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar em um dia seja compensado pela diminuição em
o serviço, devendo a respectiva empresa, quando outro, de modo a ser observado o limite máximo
for o caso, proporcionar ao menor todas as facili- de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro
dades para mudar de funções. (Caput do artigo com inferior legalmente fixado; (Inciso acrescido pelo
redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Parágrafo único. Quando a empresa não tomar
II – excepcionalmente, por motivo de força
as medidas possíveis e recomendadas pela auto-
maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com
ridade competente para que o menor mude de
função, configurar-se-á a rescisão do contrato acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e
de trabalho, na forma do art. 483. (Parágrafo único cinco por cento) sobre a hora normal e desde que
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) o trabalho do menor seja imprescindível ao fun-
Art. 408. Ao responsável legal do menor é facul- cionamento do estabelecimento. (Inciso acrescido
tado pleitear a extinção do contrato de trabalho, pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) (Vide art. 7º, XVI, da
desde que o serviço possa acarretar para ele pre- Constituição Federal de 1988)
juízos de ordem física ou moral. (Artigo com redação Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do
trabalho do menor o disposto no art. 375, no pa-
Art. 409. Para maior segurança do trabalho e ga- rágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384
rantia da saúde dos menores, a autoridade fisca-
desta Consolidação. (Parágrafo único acrescido pelo
lizadora poderá proibir-lhes o gozo dos períodos
de repouso nos locais de trabalho.
Art. 410. O Ministro do Trabalho, Indústria e Co- Art. 414. Quando o menor de 18 (dezoito) anos for
mércio poderá derrogar qualquer proibição de- empregado em mais de um estabelecimento, as
corrente do quadro a que se refere a alínea a do horas de trabalho em cada um serão totalizadas.
70
Seção III Art. 418. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)

Da Admissão em Emprego e da Carteira
Art. 419. A prova de saber ler, escrever e contar,
de Trabalho e Previdência Social
a que se refere a alínea f do art. 417 será feita
(Expressão “carteira de trabalho do menor” substituída
mediante certificado de conclusão de curso pri-
por “Carteira de Trabalho e Previdência Social” pelo
mário. Na falta deste, a autoridade incumbida de
verificar a validade dos documentos submeterá o
Art. 415. Haverá a Carteira de Trabalho e Previdên- menor ou mandará submetê-lo, por pessoa idô-
cia Social para todos os menores de 18 anos, sem
nea, a exame elementar que constará de leitura
distinção de sexo, empregados em empresas ou
de quinze linhas, com explicação do sentido, de
estabelecimentos de fins econômicos e daqueles
ditado, nunca excedente de dez linhas, e cálculo
que lhes forem equiparados. (Expressão “carteira de
sobre as quatro operações fundamentais de arit-
trabalho do menor” substituída por “Carteira de Trabalho e
mética. Verificada a alfabetização do menor, será
Previdência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
emitida a carteira.
Parágrafo único. A carteira obedecerá ao modelo
§ 1º Se o menor for analfabeto ou não estiver de-
que o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio
vidamente alfabetizado, a carteira só será emitida
adotar e será emitida no Distrito Federal, pelo De-
pelo prazo de um ano, mediante a apresentação
partamento Nacional do Trabalho e, nos Estados,
de um certificado ou atestado de matrícula e fre-
pelas Delegacias Regionais do referido Ministério.
quência em escola primária.
Art. 416. Os menores de 18 anos só poderão ser § 2º A autoridade fiscalizadora, na hipótese do
admitidos, como empregados, nas empresas ou parágrafo anterior, poderá renovar o prazo nele
estabelecimentos de fins econômicos e naqueles fixado, cabendo-lhe, em caso de não renovar tal
que lhes forem equiparados, quando possuidores prazo, cassar a carteira expedida.
da carteira a que se refere o artigo anterior, salvo § 3º Dispensar-se-á a prova de saber ler, escre-
a hipótese do art. 422. ver e contar, se não houver escola primária dentro
Art. 417. A emissão da carteira será feita a pedido do raio de dois quilômetros da sede do estabele-
do menor, mediante a exibição dos seguintes do- cimento em que trabalhe o menor e não ocorrer
cumentos: (Caput do artigo com redação dada pelo a hipótese prevista no parágrafo único do art. 427.
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Instalada que seja a escola, proceder-se-á como
I – certidão de idade ou documento legal que a nos parágrafos anteriores.
substitua; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
Art. 420. A carteira, devidamente anotada, perma-
28/2/1967)
necerá em poder do menor, devendo, entretanto,
II – autorização do pai, mãe ou responsável legal;
constar do Registro de empregados os dados cor-
(Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
respondentes. (Caput do artigo com redação dada pelo
III – autorização do Juiz de Menores, nos casos
dos artigos 405, § 2º, e 406; (Inciso acrescido pelo
Parágrafo único. Ocorrendo falta de anotação
por parte da empresa, independentemente do
IV – atestado médico de capacidade física e men-
procedimento fiscal previsto no § 2º do art. 29,
tal; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
cabe ao representante legal do menor, ao agente
V – atestado de vacinação; (Inciso acrescido pelo
da inspeção do trabalho, ao órgão do Ministério
Público do Trabalho ou ao Sindicato, dar início ao
VI – prova de saber ler, escrever e contar; (Inciso
processo de reclamação, de acordo com o esta-
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
belecido no Título II, Capítulo I, Seção V. (Parágrafo
VII – duas fotografias de frente, com as di-
único acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
mensões de 0,04 m x 0,03 m. (Inciso acrescido pelo
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Art. 421. A carteira será emitida gratuitamente,
Parágrafo único. Os documentos exigidos por aplicando-se à emissão de novas vias o disposto
este artigo serão fornecidos gratuitamente. (Primi- nos artigos 21 e seus parágrafos e no artigo 22.
tivo § 1º transformado em parágrafo único e com redação (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de
dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) 28/2/1967)
71
Art. 422. Nas localidades em que não houver ser- compromete a assegurar ao maior de 14 (qua-
viço de emissão de carteiras poderão os empre- torze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos ins-
gadores admitir menores como empregados, in- crito em programa de aprendizagem formação
dependentemente de apresentação de carteiras, técnico-profissional metódica, compatível com o
desde que exibam os documentos referidos nas alí- seu desenvolvimento físico, moral e psicológico,
neas a, d e f do art. 417. Esses documentos ficarão e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as
em poder do empregador e, instalado o serviço de tarefas necessárias a essa formação. (Caput do ar-
emissão de carteiras, serão entregues à repartição tigo com redação dada pela Lei nº 11.180, de 23/9/2005)
emissora, para os efeitos do § 2º do referido artigo. § 1º A validade do contrato de aprendizagem
Art. 423. O empregador não poderá fazer outras pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Pre-
anotações na Carteira de Trabalho e Previdência vidência Social, matrícula e frequência do apren-
Social além das referentes ao salário, data da ad- diz na escola, caso não haja concluído o ensino
missão, férias e saída. (Expressão “carteira de trabalho médio, e inscrição em programa de aprendizagem
do menor” substituída por “Carteira de Trabalho e Previ- desenvolvido sob orientação de entidade qualifi-
dência Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969) cada em formação técnico-profissional metódica.
Seção IV com redação dada pela Lei nº 11.788, de 25/9/2008)
Dos Deveres dos Responsáveis Legais
§ 2º Ao aprendiz, salvo condição mais favorável,
de Menores e dos Empregadores
será garantido o salário mínimo hora. (Parágrafo
da Aprendizagem
acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000, e com reda-
(Vide Decreto nº 5.598, de 1º/12/2005)
Art. 424. É dever dos responsáveis legais de me- § 3º O contrato de aprendizagem não poderá
nores, pais, mães, ou tutores, afastá-los de em- ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto
pregos que diminuam consideravelmente o seu quando se tratar de aprendiz portador de deficiên-
tempo de estudo, reduzam o tempo de repouso cia. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000,
necessário à sua saúde e constituição física, ou e com redação dada pela Lei nº 11.788, de 25/9/2008)
prejudiquem a sua educação moral. § 4º A formação técnico-profissional a que se
Art. 425. Os empregadores de menores de 18 (de- refere o caput deste artigo caracteriza-se por ati-
zoito) anos são obrigados a velar pela observância, vidades teóricas e práticas, metodicamente orga-
nos seus estabelecimentos ou empresas, dos bons nizadas em tarefas de complexidade progressiva
costumes e da decência pública, bem como das desenvolvidas no ambiente de trabalho. (Parágrafo
regras de higiene e segurança do trabalho. acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
§ 5º A idade máxima prevista no caput deste
Art. 426. É dever do empregador, na hipótese do
artigo não se aplica a aprendizes portadores de
art. 407, proporcionar ao menor todas as facilida-
deficiência. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.180, de
des para mudar de serviço.
23/9/2005)
Art. 427. O empregador, cuja empresa ou esta- § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem,
belecimento ocupar menores, será obrigado a a comprovação da escolaridade de aprendiz com
conceder-lhes o tempo que for necessário para deficiência deve considerar, sobretudo, as habi-
a frequência às aulas. lidades e competências relacionadas com a pro-
Parágrafo único. Os estabelecimentos situados fissionalização. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.180,
em lugar onde a escola estiver a maior distância de 23/9/2005, e com redação dada pela Lei nº 13.146,
que 2 (dois) quilômetros, e que ocuparem, perma- de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em vigor
nentemente, mais de 30 (trinta) menores analfa- 180 dias após a publicação)
betos, de 14 (quatorze) a 18 (dezoito) anos, serão § 7º Nas localidades onde não houver oferta de
obrigados a manter local apropriado em que lhes ensino médio para o cumprimento do disposto no
seja ministrada a instrução primária. § 1º deste artigo, a contratação do aprendiz po-
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato derá ocorrer sem a frequência à escola, desde que
de trabalho especial, ajustado por escrito e por ele já tenha concluído o ensino fundamental. (Pará-
prazo determinado, em que o empregador se grafo acrescido pela Lei nº 11.788, de 25/9/2008)
72
§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (de- Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais
zoito) anos ou mais, a validade do contrato de de Aprendizagem não oferecerem cursos ou va-
aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e gas suficientes para atender à demanda dos esta-
matrícula e frequência em programa de aprendi- belecimentos, esta poderá ser suprida por outras
zagem desenvolvido sob orientação de entidade entidades qualificadas em formação técnico-pro-
qualificada em formação técnico-profissional fissional metódica, a saber: (Caput do artigo com re-
metódica. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.146, de dação dada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em vigor I – Escolas Técnicas de Educação; (Inciso acrescido
180 dias após a publicação) pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natu- II – entidades sem fins lucrativos, que tenham
reza são obrigados a empregar e matricular nos por objetivo a assistência ao adolescente e à edu-
cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem cação profissional, registradas no Conselho Mu-
número de aprendizes equivalente a cinco por nicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
cento, no mínimo, e quinze por cento, no má-
ximo, dos trabalhadores existentes em cada esta- III – entidades de prática desportiva das diver-
belecimento, cujas funções demandem formação sas modalidades filiadas ao Sistema Nacional do
profissional. (Caput do artigo com redação dada pela Desporto e aos Sistemas de Desporto dos Estados,
Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
do Distrito Federal e dos Municípios. (Inciso acres-
a) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
b) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) § 1º As entidades mencionadas neste artigo de-
§ 1º As frações de unidade, no cálculo da percen- verão contar com estrutura adequada ao desen-
tagem de que trata o caput, darão lugar à admis- volvimento dos programas de aprendizagem, de
são de um aprendiz. (Parágrafo único transformado em forma a manter a qualidade do processo de ensino,
§ 1º, e com redação dada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
bem como acompanhar e avaliar os resultados.
§ 1º-A. O limite fixado neste artigo não se aplica
quando o empregador for entidade sem fins lucra- § 2º Aos aprendizes que concluírem os cursos de
tivos, que tenha por objetivo a educação profissio- aprendizagem, com aproveitamento, será conce-
nal. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) dido certificado de qualificação profissional. (Pará-
grafo acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
§ 1º-B. Os estabelecimentos a que se refere
o caput poderão destinar o equivalente a até § 3º O Ministério do Trabalho fixará normas para
10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à avaliação da competência das entidades mencio-
formação técnico-profissional metódica em áreas nadas nos incisos II e III deste artigo. (Parágrafo
acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000, e com reda-
relacionadas a práticas de atividades desportivas,
à prestação de serviços relacionados à infraes-
trutura, incluindo as atividades de construção, § 4º As entidades mencionadas nos incisos II
ampliação, recuperação e manutenção de insta- e III deste artigo deverão cadastrar seus cursos,
lações esportivas e à organização e promoção de turmas e aprendizes matriculados no Ministério
eventos esportivos. (Parágrafo vetado pelo presidente do Trabalho. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.420, de
13/3/2017)
da República na Lei nº 13.420, de 13/3/2017, mantido pelo
Congresso Nacional e publicado no DOU de 1º/9/2017)
§ 5º As entidades mencionadas neste artigo po-
§ 2º Os estabelecimentos de que trata o caput derão firmar parcerias entre si para o desenvolvi-
ofertarão vagas de aprendizes a adolescentes mento dos programas de aprendizagem, conforme
usuários do Sistema Nacional de Atendimento regulamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.420, de
13/3/2017)
Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem
dispostas em instrumentos de cooperação cele- Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser
brados entre os estabelecimentos e os gestores efetivada pela empresa onde se realizará a apren-
dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo lo- dizagem ou pelas entidades mencionadas nos
cais. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.594, de 18/1/2012, incisos II e III do art. 430, caso em que não gera
publicada no DOU de 19/1/2012, em vigor 90 dias após a vínculo de emprego com a empresa tomadora
publicação) dos serviços. (Caput do artigo com redação dada pela
73
Lei nº 13.420, de 13/3/2017) (Vide art. 7º, XXXIII, da Consti- Seção V
tuição Federal de 1988) Das Penalidades
a) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) Art. 434. Os infratores das disposições deste Capí-
b) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) tulo ficam sujeitos à multa de valor igual a 1 (um)
c) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) salário mínimo regional, aplicada tantas vezes
Parágrafo único. (Vetado na Lei nº 10.097, de quantos forem os menores empregados em desa-
19/12/2000) cordo com a lei, não podendo, todavia, a soma das
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz multas exceder a 5 (cinco) vezes o salário mínimo,
não excederá de seis horas diárias, sendo veda- salvo no caso de reincidência em que esse total
das a prorrogação e a compensação de jornada. poderá ser elevado ao dobro. (Artigo com redação
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 10.097, de dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
19/12/2000) Art. 435. Fica sujeita à multa de valor igual a
§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser 1 (um) salário mínimo regional e ao pagamento
de até oito horas diárias para os aprendizes que da emissão de nova via a empresa que fizer na
já tiverem completado o ensino fundamental, se Carteira de Trabalho e Previdência Social anota-
nelas forem computadas as horas destinadas à ção não prevista em lei. (Artigo com redação dada pelo
aprendizagem teórica. (Parágrafo com redação dada Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteira do
pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) menor” substituída por “Carteira de Trabalho e Previdên-
§ 2º (Revogado pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) cia Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir- Art. 436. (Revogado pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
-se-á no seu termo ou quando o aprendiz comple-
tar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese
prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou Art. 438. São competentes para impor as penali-
ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: dades previstas neste capítulo:
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 11.180, de a) no Distrito Federal, a autoridade de 1ª instân-
23/9/2005) cia do Departamento Nacional do Trabalho;
a) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) b) nos Estados e Território do Acre, os delega-
b) (Revogada pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) dos regionais do Ministério do Trabalho, Indústria
I – desempenho insuficiente ou inadaptação do e Comércio ou os funcionários por eles designa-
aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência dos para tal fim.
quando desprovido de recursos de acessibilidade, Parágrafo único. O processo, na verificação das
de tecnologias assistivas e de apoio necessário infrações, bem como na aplicação e cobrança
ao desempenho de suas atividades; (Inciso acres- das multas, será o previsto no título “Do Processo
cido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000, e com redação de Multas Administrativas”, observadas as dispo-
dada pela Lei nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU sições deste artigo.
de 7/7/2015, em vigor 180 dias após a publicação) Seção VI
II – falta disciplinar grave; (Inciso acrescido pela Disposições Finais
Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
Art. 439. É lícito ao menor firmar recibo pelo pa-
III – ausência injustificada à escola que impli-
gamento dos salários. Tratando-se, porém, de res-
que perda do ano letivo; ou (Inciso acrescido pela
cisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor
Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus
IV – a pedido do aprendiz. (Inciso acrescido pela
responsáveis legais, quitação ao empregador pelo
Lei nº 10.097, de 19/12/2000)
recebimento da indenização que lhe for devida.
19/12/2000) Art. 440. Contra os menores de 18 (dezoito) anos
§ 2º Não se aplica o disposto nos arts. 479 e não corre nenhum prazo de prescrição.
480 desta Consolidação às hipóteses de extinção Art. 441. O quadro a que se refere o item I do ar-
do contrato mencionadas neste artigo. (Parágrafo tigo 405 será revisto bienalmente. (Artigo com reda-
acrescido pela Lei nº 10.097, de 19/12/2000) ção dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
74
TÍTULO IV subordinação, não é contínua, ocorrendo com al-

DO CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO ternância de períodos de prestação de serviços e
CAPÍTULO I de inatividade, determinados em horas, dias ou
DISPOSIÇÕES GERAIS meses, independentemente do tipo de atividade
Art. 442. Contrato individual de trabalho é o do empregado e do empregador, exceto para os
acordo tácito ou expresso, correspondente à re- aeronautas, regidos por legislação própria. (Pará-
lação de emprego. grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
atividade da sociedade cooperativa, não existe Art. 444. As relações contratuais de trabalho
vínculo empregatício entre ela e seus associados, podem ser objeto de livre estipulação das partes
nem entre estes e os tomadores de serviços da- interessadas em tudo quanto não contravenha às
quela. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 8.949, de disposições de proteção ao trabalho, aos contra-
9/12/1994) tos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às deci-
Art. 442-A. Para fins de contratação, o emprega- sões das autoridades competentes.
dor não exigirá do candidato a emprego compro- Parágrafo único. A livre estipulação a que se
vação de experiência prévia por tempo superior a refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses
6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. (Artigo previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a
acrescido pela Lei nº 11.644, de 10/3/2008) mesma eficácia legal e preponderância sobre os
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpri- instrumentos coletivos, no caso de empregado
das por este todas as formalidades legais, com portador de diploma de nível superior e que per-
ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, ceba salário mensal igual ou superior a duas vezes
afasta a qualidade de empregado prevista no o limite máximo dos benefícios do Regime Geral
art. 3º desta Consolidação. (Caput do artigo acres- de Previdência Social. (Parágrafo único acrescido
cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
Art. 443. O contrato individual de trabalho po- Art. 445. O contrato de trabalho por prazo determi-
derá ser acordado tácita ou expressamente, ver- nado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois)
balmente ou por escrito, por prazo determinado anos, observada a regra do art. 451. (Caput do artigo
ou indeterminado, ou para prestação de traba- com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
lho intermitente. (Caput do artigo com redação dada Parágrafo único. O contrato de experiência não
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de poderá exceder de 90 (noventa) dias. (Parágrafo
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) único acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 1º Considera-se como de prazo determinado
o contrato de trabalho cuja vigência dependa de
termo prefixado ou da execução de serviços espe- Art. 447. Na falta de acordo ou prova sobre condi-
cificados ou ainda da realização de certo aconte- ção essencial ao contrato verbal, esta se presume
cimento suscetível de previsão aproximada. (Primi- existente, como se a tivessem estatuído os inte-
tivo parágrafo único renumerado pelo Decreto-Lei nº 229, ressados, na conformidade dos preceitos jurídicos
de 28/2/1967) adequados à sua legitimidade.
§ 2º O contrato por prazo determinado só será vá-
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estru-
lido em se tratando: (Parágrafo acrescido pelo Decreto-
tura jurídica da empresa não afetará os contratos
-Lei nº 229, de 28/2/1967)
de trabalho dos respectivos empregados.
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade
justifique a predeterminação do prazo; Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial
b) de atividades empresariais de caráter tran- ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448
sitório; desta Consolidação, as obrigações trabalhistas,
c) de contrato de experiência. inclusive as contraídas à época em que os empre-
§ 3º Considera-se como intermitente o contrato gados trabalhavam para a empresa sucedida, são
de trabalho no qual a prestação de serviços, com de responsabilidade do sucessor. (Artigo acrescido
75
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de § 2º Recebida a convocação, o empregado terá
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) o prazo de um dia útil para responder ao chamado,
Parágrafo único. A empresa sucedida respon- presumindo-se, no silêncio, a recusa. (Parágrafo
derá solidariamente com a sucessora quando ficar acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
comprovada fraude na transferência. DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
Art. 449. Os direitos oriundos da existência do § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a
contrato de trabalho subsistirão em caso de fa- subordinação para fins do contrato de trabalho
lência, concordata ou dissolução da empresa. intermitente. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
§ 1º Na falência, constituirão créditos privilegia-
dos a totalidade dos salários devidos ao empre-
gado e a totalidade das indenizações a que tiver § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao
trabalho, a parte que descumprir, sem justo mo-
direito. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 6.449,
tivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias,
de 14/10/1977)
multa de 50% (cinquenta por cento) da remune-
§ 2º Havendo concordata na falência, será facul-
ração que seria devida, permitida a compensação
tado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão
em igual prazo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
do contrato de trabalho e consequente indeniza-
ção, desde que o empregador pague, no mínimo,
a metade dos salários que seriam devidos ao em-
§ 5º O período de inatividade não será consi-
pregado durante o interregno.
derado tempo à disposição do empregador, po-
Art. 450. Ao empregado chamado a ocupar, em co- dendo o trabalhador prestar serviços a outros
missão, interinamente, ou em substituição even- contratantes. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
tual ou temporária, cargo diverso do que exercer na de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
empresa, serão garantidas a contagem do tempo 120 dias após a publicação)
naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior. § 6º Ao final de cada período de prestação de
Art. 451. O contrato de trabalho por prazo deter- serviço, o empregado receberá o pagamento ime-
minado que, tácita ou expressamente, for pror- diato das seguintes parcelas: (Parágrafo acrescido
rogado mais de uma vez, passará a vigorar sem pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
determinação de prazo. 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
I – remuneração; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467,
Art. 452. Considera-se por prazo indeterminado
todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis)
meses, a outro contrato por prazo determinado,
II – férias proporcionais com acréscimo de um
salvo se a expiração deste dependeu da execução
terço; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
de serviços especializados ou da realização de cer-
tos acontecimentos.
a publicação)
Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente III – décimo terceiro salário proporcional; (Inciso
deve ser celebrado por escrito e deve conter espe- acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
cificamente o valor da hora de trabalho, que não DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
pode ser inferior ao valor horário do salário mí- IV – repouso semanal remunerado; e (Inciso
nimo ou àquele devido aos demais empregados acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
do estabelecimento que exerçam a mesma função DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
em contrato intermitente ou não. (Caput do artigo V – adicionais legais. (Inciso acrescido pela Lei
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) em vigor 120 dias após a publicação)
§ 1º O empregador convocará, por qualquer § 7º O recibo de pagamento deverá conter a
meio de comunicação eficaz, para a prestação de discriminação dos valores pagos relativos a cada
serviços, informando qual será a jornada, com, pelo uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo.
menos, três dias corridos de antecedência. (Pará- (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) a publicação)
76
§ 8º O empregador efetuará o recolhimento da cias a este devidas, para a garantia das obrigações
contribuição previdenciária e o depósito do Fundo previstas neste artigo.
de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei,
Art. 456. A prova do contrato individual do tra-
com base nos valores pagos no período mensal
balho será feita pelas anotações constantes da
e fornecerá ao empregado comprovante do cum-
Carteira de Trabalho e Previdência Social ou por
primento dessas obrigações. (Parágrafo acrescido
instrumento escrito e suprida por todos os meios
permitidos em direito. (Expressão “carteira profissio-
nal” substituída por “Carteira de Trabalho e Previdência
§ 9º A cada doze meses, o empregado adquire
Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
direito a usufruir, nos doze meses subsequentes,
Parágrafo único. À falta de prova ou inexistindo
um mês de férias, período no qual não poderá
cláusula expressa a tal respeito, entender-se-á
ser convocado para prestar serviços pelo mesmo
que o empregado se obrigou a todo e qualquer
empregador. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
serviço compatível com a sua condição pessoal.
120 dias após a publicação) Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o pa-
drão de vestimenta no meio ambiente laboral,
Art. 453. No tempo de serviço do empregado, quan-
sendo lícita a inclusão no uniforme de logomar-
do readmitido, serão computados os períodos, ain-
cas da própria empresa ou de empresas parcei-
da que não contínuos, em que tiver trabalhado
ras e de outros itens de identificação relaciona-
anteriormente na empresa, salvo se houver sido
dos à atividade desempenhada. (Artigo acrescido
despedido por falta grave, recebido indenização
legal ou se aposentado espontaneamente. (Caput
do artigo com redação dada pela Lei nº 6.204, de 29/4/1975)
§ 1º (Declarado inconstitucional, em controle concen- Parágrafo único. A higienização do uniforme é
trado, pelo Supremo Tribunal Federal, pela ADI nº 1.770-4, de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hi-
publicada no DOU de 20/10/2006) póteses em que forem necessários procedimentos
§ 2º (Declarado inconstitucional, em controle concen- ou produtos diferentes dos utilizados para a higie-
trado, pelo Supremo Tribunal Federal, pela ADI nº 1.721-3, nização das vestimentas de uso comum.
publicada no DOU de 20/10/2006) CAPÍTULO II
Art. 454. Na vigência do contrato de trabalho, as DA REMUNERAÇÃO
invenções do empregado, quando decorrentes de Art. 457. Compreendem-se na remuneração do
sua contribuição pessoal e da instalação ou equi- empregado, para todos os efeitos legais, além
pamento fornecidos pelo empregador, serão de do salário devido e pago diretamente pelo em-
propriedade comum, em partes iguais, salvo se o pregador como contraprestação do serviço, as
contrato de trabalho tiver por objeto, implícita ou gorjetas que receber. (Caput do artigo com redação
explicitamente, pesquisa científica. dada pela Lei nº 1.999, de 1º/10/1953)
Parágrafo único. Ao empregador caberá a explo- § 1º Integram o salário a importância fixa esti-
ração do invento, ficando obrigado a promovê-la pulada, as gratificações legais e as comissões pa-
no prazo de um ano da data da concessão da pagas pelo empregador. (Parágrafo com redação dada
tente, sob pena de reverter em favor do empre- pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
gado a plena propriedade desse invento. (Vide 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
Lei nº 9.279, de 14/5/1996) § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas
Art. 455. Nos contratos de subempreitada respon- a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, ve-
derá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas dado seu pagamento em dinheiro, diárias para via-
do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, to- gem, prêmios e abonos não integram a remunera-
davia, aos empregados, o direito de reclamação ção do empregado, não se incorporam ao contrato
contra o empreiteiro principal pelo inadimple- de trabalho e não constituem base de incidência
mento daquelas obrigações por parte do primeiro. de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Parágrafo único. Ao empreiteiro principal fica (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.467, de
ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
contra o subempreiteiro e a retenção de importân- 120 dias após a publicação)
77
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância componentes do salário mínimo (arts. 81 e 82). (Pa-
espontaneamente dada pelo cliente ao empre- rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
gado, como também o valor cobrado pela em- § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não
presa, como serviço ou adicional, a qualquer tí- serão consideradas como salário as seguintes utili-
tulo, e destinado à distribuição aos empregados. dades concedidas pelo empregador: (Parágrafo único
(Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.419, de transformado em § 2º pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
13/3/2017, publicada no DOU de 14/3/2017, em vigor e com redação dada pela Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
60 dias após a publicação) I – vestuários, equipamentos e outros acessó-
§ 4º Consideram-se prêmios as liberalidades con- rios fornecidos aos empregados e utilizados no
cedidas pelo empregador em forma de bens, servi- local de trabalho, para a prestação do serviço;
ços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo (Inciso acrescido pela Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
de empregados, em razão de desempenho supe- II – educação, em estabelecimento de ensino
rior ao ordinariamente esperado no exercício de próprio ou de terceiros, compreendendo os valo-
suas atividades. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.419, res relativos a matrícula, mensalidade, anuidade,
de 13/3/2017, e com redação dada pela Lei nº 13.467, de livros e material didático; (Inciso acrescido pela
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
dias após a publicação) III – transporte destinado ao deslocamento
§ 5º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.419, de 13/3/2017, para o trabalho e retorno, em percurso servido
e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no ou não por transporte público; (Inciso acrescido pela
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
§ 6º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.419, de 13/3/2017, IV – assistência médica, hospitalar e odontoló-
e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no gica, prestada diretamente ou mediante seguro-
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) -saúde; (Inciso acrescido pela Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
§ 7º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.419, de 13/3/2017, V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada; (Inciso acrescido pela
Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
VII – (Vetado na Lei nº 10.243, de 19/6/2001)
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura.
§ 3º A habitação e a alimentação fornecidas
como salário-utilidade deverão atender aos fins
a que se destinam e não poderão exceder, respec-
§ 10. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.419, de 13/3/2017,
tivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20%
(vinte por cento) do salário contratual. (Parágrafo
§ 11. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.419, de 13/3/2017,
§ 4º Tratando-se de habitação coletiva, o valor
do salário-utilidade a ela correspondente será
obtido mediante a divisão do justo valor da habi-
Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, com- tação pelo número de co-ocupantes, vedada, em
preende-se no salário, para todos os efeitos legais, qualquer hipótese, a utilização da mesma uni-
a alimentação, habitação, vestuário ou outras pres- dade residencial por mais de uma família. (Pará-
tações in natura que a empresa, por força do con- grafo acrescido pela Lei nº 8.860, de 24/3/1994)
trato ou do costume, fornecer habitualmente ao § 5º O valor relativo à assistência prestada por
empregado. Em caso algum será permitido o pa- serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
gamento com bebidas alcoólicas ou drogas noci- inclusive o reembolso de despesas com medica-
vas. (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei mentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
nº 229, de 28/2/1967) órteses, despesas médico-hospitalares e outras
§ 1º Os valores atribuídos às prestações in natura similares, mesmo quando concedido em dife-
deverão ser justos e razoáveis, não podendo exce- rentes modalidades de planos e coberturas, não
der, em cada caso, os dos percentuais das parcelas integram o salário do empregado para qualquer
78
efeito nem o salário de contribuição, para efei- acrescido pela Lei nº 1.723, de 8/11/1952, e com redação
tos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Parágrafo acres- de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de § 4º O trabalhador readaptado em nova função,
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) por motivo de deficiência física ou mental ates-
Art. 459. O pagamento do salário, qualquer que tada pelo órgão competente da Previdência Social,
seja a modalidade do trabalho, não deve ser esti- não servirá de paradigma para fins de equipara-
pulado por período superior a 1 (um) mês, salvo ção salarial. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 5.798, de
no que concerne a comissões, percentagens e gra- 31/8/1972)
tificações. § 5º A equiparação salarial só será possível entre
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipu- empregados contemporâneos no cargo ou na fun-
lado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, ção, ficando vedada a indicação de paradigmas
até o quinto dia útil do mês subsequente ao ven- remotos, ainda que o paradigma contemporâneo
cido. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 7.855, de tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
24/10/1989) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
Art. 460. Na falta de estipulação do salário ou
publicação)
não havendo prova sobre a importância ajustada,
§ 6º No caso de comprovada discriminação
o empregado terá direito a perceber salário igual
por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará,
ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço
além do pagamento das diferenças salariais devi-
equivalente, ou do que for habitualmente pago
das, multa, em favor do empregado discriminado,
para serviço semelhante.
no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho máximo dos benefícios do Regime Geral de Pre-
de igual valor, prestado ao mesmo empregador, vidência Social. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
no mesmo estabelecimento empresarial, corres- de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
ponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, 120 dias após a publicação)
nacionalidade ou idade. (Caput do artigo com redação
dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU Art. 462. Ao empregador é vedado efetuar qual-
de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) quer desconto nos salários do empregado, salvo
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste quando este resultar de adiantamentos, de dispo-
Capítulo, será o que for feito com igual produti- sitivos de lei ou de contrato coletivo.
vidade e com a mesma perfeição técnica, entre § 1º Em caso de dano causado pelo empregado,
pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o desconto será lícito, desde que esta possibili-
o mesmo empregador não seja superior a quatro dade tenha sido acordada ou na ocorrência de
anos e a diferença de tempo na função não seja dolo do empregado. (Parágrafo único transformado
superior a dois anos. (Parágrafo com redação dada em § 1º pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de § 2º É vedado à empresa que mantiver arma-
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) zém para venda de mercadorias aos empregados
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalece- ou serviços destinados a proporcionar-lhes pres-
rão quando o empregador tiver pessoal organi- tações in natura exercer qualquer coação ou in-
zado em quadro de carreira ou adotar, por meio de duzimento no sentido de que os empregados se
norma interna da empresa ou de negociação cole- utilizem do armazém ou dos serviços. (Parágrafo
tiva, plano de cargos e salários, dispensada qual- acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
quer forma de homologação ou registro em órgão § 3º Sempre que não for possível o acesso dos
público. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.467, empregados a armazéns ou serviços não manti-
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor dos pela empresa, é lícito à autoridade compe-
120 dias após a publicação) tente determinar a adoção de medidas adequadas,
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promo- visando a que as mercadorias sejam vendidas e os
ções poderão ser feitas por merecimento e por serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito
antiguidade, ou por apenas um destes critérios, de lucro e sempre em benefício dos empregados.
dentro de cada categoria profissional. (Parágrafo (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
79
§ 4º Observado o disposto neste Capítulo, é ve- públicas. (Parágrafo único acrescido pela Medida Provi-
dado às empresas limitar, por qualquer forma, a li- sória nº 2.180-35, de 24/8/2001)
berdade dos empregados de dispor do seu salário.
CAPÍTULO III
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) DA ALTERAÇÃO
Art. 463. A prestação, em espécie, do salário será Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só
paga em moeda corrente do País. é lícita a alteração das respectivas condições por
Parágrafo único. O pagamento do salário reali- mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que
zado com inobservância deste artigo considera-se não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos
como não feito. ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
Art. 464. O pagamento do salário deverá ser efe- infringente desta garantia.
tuado contra recibo, assinado pelo empregado; em § 1º Não se considera alteração unilateral a de-
se tratando de analfabeto, mediante sua impres- terminação do empregador para que o respecti-
são digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. vo empregado reverta ao cargo efetivo, anterior-
Parágrafo único. Terá força de recibo o compro- mente ocupado, deixando o exercício de função
vante de depósito em conta bancária, aberta para de confiança. (Parágrafo único transformado em § 1º pela
esse fim em nome de cada empregado, com o con- Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
sentimento deste, em estabelecimento de crédito em vigor 120 dias após a publicação)
próximo ao local de trabalho. (Parágrafo único acres- § 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo,
cido pela Lei nº 9.528, de 10/12/1997) com ou sem justo motivo, não assegura ao em-
pregado o direito à manutenção do pagamento
Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado
da gratificação correspondente, que não será
em dia útil e no local do trabalho, dentro do horá-
incorporada, independentemente do tempo de
rio do serviço ou imediatamente após o encerra-
exercício da respectiva função. (Parágrafo acrescido
mento deste, salvo quando efetuado por depósito
em conta bancária, observado o disposto no ar-
tigo anterior. (Artigo com redação dada pela Lei nº 9.528,
de 10/12/1997) Art. 469. Ao empregador é vedado transferir o
empregado, sem a sua anuência, para localidade
Art. 466. O pagamento de comissões e percenta-
diversa da que resultar do contrato, não se consi-
gens só é exigível depois de ultimada a transação
derando transferência a que não acarretar neces-
a que se referem.
sariamente a mudança do seu domicílio.
§ 1º Nas transações realizadas por prestações
§ 1º Não estão compreendidos na proibição
sucessivas, é exigível o pagamento das percenta-
deste artigo: os empregados que exerçam cargos
gens e comissões que lhes disserem respeito pro-
de confiança e aqueles cujos contratos tenham
porcionalmente à respectiva liquidação. (Vide art. 5º
como condição, implícita ou explícita, a trans-
da Lei nº 3.207, de 18/7/1957)
ferência, quando esta decorra de real necessi-
§ 2º A cessação das relações de trabalho não
dade de serviço. (Parágrafo com redação dada pela
prejudica a percepção das comissões e percenta-
Lei nº 6.203, de 17/4/1975)
gens devidas na forma estabelecida por este artigo.
§ 2º É lícita a transferência quando ocorrer ex-
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de tra- tinção do estabelecimento em que trabalhar o
balho, havendo controvérsia sobre o montante empregado.
das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a § 3º Em caso de necessidade de serviço o em-
pagar ao trabalhador, à data do comparecimento pregador poderá transferir o empregado para lo-
à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa des- calidade diversa da que resultar do contrato, não
sas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de obstante as restrições do artigo anterior, mas,
cinquenta por cento. (Caput do artigo com redação nesse caso, ficará obrigado a um pagamento su-
dada pela Lei nº 10.272, de 5/9/2001) plementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por
Parágrafo único. O disposto no caput não se cento) dos salários que o empregado percebia
aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, naquela localidade, enquanto durar essa situa-
aos Municípios e às suas autarquias e fundações ção. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.203, de 17/4/1975)
80
Art. 470. As despesas resultantes da transferên- irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira
cia correrão por conta do empregador. (Artigo com de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua de-
redação dada pela Lei nº 6.203, de 17/4/1975) pendência econômica; (Inciso acrescido pelo Decreto-
-Lei nº 229, de 28/2/1967; expressão “carteira profissional”
CAPÍTULO IV
DA SUSPENSÃO E DA INTERRUPÇÃO substituída por “Carteira de Trabalho e Previdência Social”
Art. 471. Ao empregado afastado do emprego,
II – até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de
são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas
casamento; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
as vantagens que, em sua ausência, tenham sido
28/2/1967)
atribuídas à categoria a que pertencia na empresa.
III – por um dia, em caso de nascimento de filho,
Art. 472. O afastamento do empregado em vir- no decorrer da primeira semana; (Inciso acrescido
tude das exigências do serviço militar, ou de outro
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) (Vide § 1º do art. 10
encargo público, não constituirá motivo para al-
do ADCT)
teração ou rescisão do contrato de trabalho por
IV – por um dia, em cada 12 (doze) meses de
parte do empregador.
trabalho, em caso de doação voluntária de san-
§ 1º Para que o empregado tenha direito a voltar
gue devidamente comprovada; (Inciso acrescido
a exercer o cargo do qual se afastou em virtude
de exigências do serviço militar ou de encargo pú-
V – até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para
blico, é indispensável que notifique o empregador
o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei res-
dessa intenção, por telegrama ou carta registrada,
pectiva; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, conta-
28/2/1967)
dos da data em que se verificar a respectiva baixa
VI – no período de tempo em que tiver de cum-
ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
§ 2º Nos contratos por prazo determinado, o prir as exigências do Serviço Militar referidas na
tempo de afastamento, se assim acordarem as letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto
partes interessadas, não será computado na conde 1964 (Lei do Serviço Militar); (Inciso acrescido pelo
tagem do prazo para a respectiva terminação. Decreto-Lei nº 757, de 12/8/1969)
§ 3º Ocorrendo motivo relevante de interesse VII – nos dias em que estiver comprovadamente
para a segurança nacional, poderá a autoridade realizando provas de exame vestibular para in-
competente solicitar o afastamento do empre- gresso em estabelecimento de ensino superior;
gado do serviço ou do local de trabalho, sem que (Inciso acrescido pela Lei nº 9.471, de 14/7/1997)
se configure a suspensão do contrato de trabalho. VIII – pelo tempo que se fizer necessário, quando
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 3, de 27/1/1966) tiver que comparecer a juízo; (Inciso acrescido pela
§ 4º O afastamento a que se refere o parágrafo an- Lei nº 9.853, de 27/10/1999)
terior será solicitado pela autoridade competente IX – pelo tempo que se fizer necessário, quando,
diretamente ao empregador, em representação fun- na qualidade de representante de entidade sindi-
damentada com audiência da Procuradoria Regio- cal, estiver participando de reunião oficial de or-
nal do Trabalho, que providenciará desde logo a ins- ganismo internacional do qual o Brasil seja mem-
tauração do competente inquérito administrativo. bro; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.304, de 11/5/2006)
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 3, de 27/1/1966) X – até 2 (dois) dias para acompanhar consultas
§ 5º Durante os primeiros 90 (noventa) dias médicas e exames complementares durante o pe-
desse afastamento, o empregado continuará per- ríodo de gravidez de sua esposa ou companheira;
cebendo sua remuneração. (Parágrafo acrescido pelo (Inciso acrescido pela Lei nº 13.257, de 8/3/2016)
Decreto-Lei nº 3, de 27/1/1966) XI – por 1 (um) dia por ano para acompanhar
Art. 473. O empregado poderá deixar de com- filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
parecer ao serviço sem prejuízo do salário: (Caput (Inciso acrescido pela Lei nº 13.257, de 8/3/2016)
do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de XII – até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses
28/2/1967) de trabalho, em caso de realização de exames pre-
I – até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de fa- ventivos de câncer devidamente comprovada. (In-
lecimento do cônjuge, ascendente, descendente, ciso acrescido pela Lei nº 13.767, de 18/12/2018)
81
Art. 474. A suspensão do empregado por mais de § 4º Durante o período de suspensão contratual
30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão para participação em curso ou programa de qualifi-
injusta do contrato de trabalho. cação profissional, o empregado fará jus aos benefí-
Art. 475. O empregado que for aposentado por cios voluntariamente concedidos pelo empregador.
invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho § 5º Se ocorrer a dispensa do empregado no
durante o prazo fixado pelas leis de previdência transcurso do período de suspensão contratual
social para a efetivação do benefício. ou nos três meses subsequentes ao seu retorno
§ 1º Recuperando o empregado a capacidade de ao trabalho, o empregador pagará ao empregado,
trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser- além das parcelas indenizatórias previstas na le-
-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava gislação em vigor, multa a ser estabelecida em
ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao convenção ou acordo coletivo, sendo de, no mí-
empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão nimo, cem por cento sobre o valor da última remu-
do contrato de trabalho, nos termos dos artigos 477 neração mensal anterior à suspensão do contrato.
e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de es- § 6º Se durante a suspensão do contrato não
tabilidade, quando a indenização deverá ser paga for ministrado o curso ou programa de qualifi-
na forma do art. 497. (Parágrafo com redação dada pela cação profissional, ou o empregado permanecer
Lei nº 4.824, de 5/11/1965) trabalhando para o empregador, ficará descarac-
§ 2º Se o empregador houver admitido subs- terizada a suspensão, sujeitando o empregador ao
tituto para o aposentado, poderá rescindir, com pagamento imediato dos salários e dos encargos
este, o respectivo contrato de trabalho sem inde- sociais referentes ao período, às penalidades ca-
nização, desde que tenha havido ciência inequí- bíveis previstas na legislação em vigor, bem como
voca da interinidade ao ser celebrado o contrato. às sanções previstas em convenção ou acordo co-
letivo.
Art. 476. Em caso de seguro-doença ou auxílio-
§ 7º O prazo limite fixado no caput poderá ser
-enfermidade, o empregado é considerado em
prorrogado mediante convenção ou acordo cole-
licença não remunerada, durante o prazo desse
tivo de trabalho e aquiescência formal do empre-
benefício.
gado, desde que o empregador arque com o ônus
Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser correspondente ao valor da bolsa de qualificação
suspenso, por um período de dois a cinco meses, profissional, no respectivo período.
para participação do empregado em curso ou pro-
grama de qualificação profissional oferecido pelo CAPÍTULO V
DA RESCISÃO
empregador, com duração equivalente à suspen-
são contratual, mediante previsão em convenção Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o
ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência empregador deverá proceder à anotação na Car-
formal do empregado, observado o disposto no teira de Trabalho e Previdência Social, comunicar
art. 471 desta Consolidação. (Artigo acrescido pela a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pa-
Medida Provisória nº 2.164-41, de 24/8/2001) gamento das verbas rescisórias no prazo e na forma
§ 1º Após a autorização concedida por intermé- estabelecidos neste artigo. (Caput do artigo com reda-
dio de convenção ou acordo coletivo, o emprega- ção dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
dor deverá notificar o respectivo sindicato, com DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
antecedência mínima de quinze dias da suspen- § 1º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 5.562, de 12/12/1968,
são contratual. e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
§ 2º O contrato de trabalho não poderá ser DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
suspenso em conformidade com o disposto no § 2º O instrumento de rescisão ou recibo de
caput deste artigo mais de uma vez no período de quitação, qualquer que seja a causa ou forma
dezesseis meses. de dissolução do contrato, deve ter especificada
§ 3º O empregador poderá conceder ao empre- a natureza de cada parcela paga ao empregado e
gado ajuda compensatória mensal, sem natureza discriminado o seu valor, sendo válida a quitação,
salarial, durante o período de suspensão contra- apenas, relativamente às mesmas parcelas. (Pará-
tual nos termos do caput deste artigo, com valor grafo acrescido pela Lei nº 5.562, de 12/12/1968, e com
a ser definido em convenção ou acordo coletivo. redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/6/1970)
82
§ 3º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 5.562, de 12/12/1968, § 10. A anotação da extinção do contrato na
e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no Carteira de Trabalho e Previdência Social é do-
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) cumento hábil para requerer o benefício do seguro-
§ 4º O pagamento a que fizer jus o emprega- -desemprego e a movimentação da conta vincu-
do será efetuado: (Parágrafo acrescido pelo Decreto- lada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço,
-Lei nº 766, de 15/8/1969, e com redação dada pela Lei nas hipóteses legais, desde que a comunicação
nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, prevista no caput deste artigo tenha sido realizada.
em vigor 120 dias após a publicação) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
I – em dinheiro, depósito bancário ou cheque blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
visado, conforme acordem as partes; ou (Inciso publicação)
Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais,
plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos
II – em dinheiro ou depósito bancário quando os fins, não havendo necessidade de autorização
o empregado for analfabeto. (Inciso acrescido pela prévia de entidade sindical ou de celebração de
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho
para sua efetivação. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467,
§ 5º Qualquer compensação no pagamento de de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
que trata o parágrafo anterior não poderá exceder 120 dias após a publicação)
o equivalente a um mês de remuneração do em-
pregado. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 766, Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou In-
centivada, para dispensa individual, plúrima ou
26/6/1970)
coletiva, previsto em convenção coletiva ou acor-
§ 6º A entrega ao empregado de documentos do coletivo de trabalho, enseja quitação plena e
que comprovem a comunicação da extinção con- irrevogável dos direitos decorrentes da relação
tratual aos órgãos competentes bem como o pa- empregatícia, salvo disposição em contrário es-
gamento dos valores constantes do instrumento tipulada entre as partes. (Artigo acrescido pela Lei
nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
de rescisão ou recibo de quitação deverão ser
efetuados até dez dias contados a partir do tér-
mino do contrato. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.855, Art. 478. A indenização devida pela rescisão de
de 24/10/1989, e com redação dada pela Lei nº 13.467, contrato por prazo indeterminado será de 1 (um)
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou
120 dias após a publicação) por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses.
a) (Alínea acrescida pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989, e § 1º O primeiro ano de duração do contrato
revogada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no por prazo indeterminado é considerado como
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) período de experiência, e, antes que se complete,
b) (Alínea acrescida pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989, e nenhuma indenização será devida.
revogada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no § 2º Se o salário for pago por dia, o cálculo da
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) indenização terá por base 25 (vinte e cinco) dias.
§ 7º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989, (Vide art. 7º, XIII, da Constituição Federal de 1988, e
e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no Lei nº 605, de 5/1/1949)
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) § 3º Se pago por hora, a indenização apurar-se-á
§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste na base de 200 (duzentas) horas por mês. (Vide
artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por art. 7º, XIII, da Constituição Federal de 1988, e Lei nº 605,
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a de 5/1/1949)
favor do empregado, em valor equivalente ao seu § 4º Para os empregados que trabalhem a co-
salário, devidamente corrigido pelo índice de va- missão ou que tenham direito a percentagens, a
riação do BTN, salvo quando, comprovadamente, indenização será calculada pela média das co-
o trabalhador der causa à mora. (Parágrafo acrescido missões ou percentagens percebidas nos últimos
pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989) 12 (doze) meses de serviço. (Parágrafo com redação
§ 9º (Vetado na Lei nº 7.855, de 24/10/1989) dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
83
§ 5º Para os empregados que trabalhem por ta- h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
refa ou serviço feito, a indenização será calculada i) abandono de emprego;
na base média do tempo costumeiramente gasto j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado
pelo interessado para realização de seu serviço, no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas fí-
calculando-se o valor do que seria feito durante sicas, nas mesmas condições, salvo em caso de
30 (trinta) dias. legítima defesa, própria ou de outrem;
Art. 479. Nos contratos que tenham termo estipu- k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofen-
lado, o empregador que, sem justa causa, despesas físicas praticadas contra o empregador e su-
dir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a tí- periores hierárquicos, salvo em caso de legítim
tulo de indenização, e por metade, a remuneração defesa, própria ou de outrem;
a que teria direito até o termo do contrato. l) prática constante de jogos de azar;
Parágrafo único. Para a execução do que dispõe m) perda da habilitação ou dos requisitos esta-
o presente artigo, o cálculo da parte variável ou belecidos em lei para o exercício da profissão, em
incerta dos salários será feito de acordo com o decorrência de conduta dolosa do empregado. (Alí-
nea acrescida pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
prescrito para o cálculo da indenização referente
à rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
Parágrafo único. Constitui igualmente justa cau-
Art. 480. Havendo termo estipulado, o empregado sa para dispensa de empregado, a prática, devida-
não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, mente comprovada em inquérito administrativo,
sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador de atos atentatórios à segurança nacional. (Pará-
dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. grafo único acrescido pelo Decreto-Lei nº 3, de 27/1/1966)
§ 1º A indenização, porém, não poderá exceder
àquela a que teria direito o empregado em idên- Art. 483. O empregado poderá considerar rescin-
ticas condições. (Parágrafo único transformado em § 1º dido o contrato e pleitear a devida indenização
quando:
§ 2º (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 6.353, de a) forem exigidos serviços superiores às suas
20/3/1944, e revogado pela Lei nº 6.533, de 24/5/1978)
forças, defesos por lei, contrários aos bons costu-
mes, ou alheios ao contrato;
Art. 481. Aos contratos por prazo determinado, b) for tratado pelo empregador ou por seus su-
que contiverem cláusula assecuratória do direito periores hierárquicos com rigor excessivo;
recíproco de rescisão antes de expirado o termo c) correr perigo manifesto de mal considerável;
ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito d) não cumprir o empregador as obrigações do
por qualquer das partes, os princípios que regem contrato;
a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. e) praticar o empregador ou seus prepostos,
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo
contrato de trabalho pelo empregador: da honra e boa fama;
a) ato de improbidade; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-
b) incontinência de conduta ou mau procedi- -no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa,
mento; própria ou de outrem;
c) negociação habitual por conta própria ou g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo
alheia sem permissão do empregador, e quando este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivel-
constituir ato de concorrência à empresa para a mente a importância dos salários.
qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao § 1º O empregado poderá suspender a presta-
serviço; ção dos serviços ou rescindir o contrato, quando
d) condenação criminal do empregado, pas- tiver de desempenhar obrigações legais, incompa-
sada em julgado, caso não tenha havido suspen- tíveis com a continuação do serviço.
são da execução da pena; § 2º No caso de morte do empregador consti-
e) desídia no desempenho das respectivas tuído em empresa individual, é facultado ao em-
funções; pregado rescindir o contrato de trabalho.
f) embriaguez habitual ou em serviço; § 3º Nas hipóteses das letras d e g, poderá o
g) violação de segredo da empresa; empregado pleitear a rescisão de seu contrato
84
de trabalho e o pagamento das respectivas inde- sando a figurar no processo como chamada à au-
nizações, permanecendo ou não no serviço até toria. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 6.110, de
final decisão do processo. (Parágrafo acrescido pela 16/12/1943)
Lei nº 4.825, de 5/11/1965) § 2º Sempre que a parte interessada, firmada
Art. 484. Havendo culpa recíproca no ato que em documento hábil, invocar defesa baseada na
determinou a rescisão do contrato de trabalho, o disposição deste artigo e indicar qual o juiz com-
petente, será ouvida a parte contrária, para, den-
tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que
tro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. (Pará-
seria devida em caso de culpa exclusiva do empre-
grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 6.110, de 16/12/1943, e
gador, por metade.
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser § 3º Verificada qual a autoridade responsável, a
extinto por acordo entre empregado e emprega- Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á por incom-
dor, caso em que serão devidas as seguintes ver- petente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da
bas trabalhistas: (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, Fazenda, perante o qual correrá o feito nos termos
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor previstos no processo comum. (Parágrafo acrescido
120 dias após a publicação) pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951)
I – por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e CAPÍTULO VI
DO AVISO PRÉVIO
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Ga-
(Vide Lei nº 12.506, de 11/10/2011)
rantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1º do
art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990; Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte
II – na integralidade, as demais verbas traba- que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato,
lhistas. deverá avisar a outra da sua resolução, com a an-
§ 1º A extinção do contrato prevista no caput tecedência mínima de:
deste artigo permite a movimentação da conta I – oito dias, se o pagamento for efetuado por
vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do semana ou tempo inferior; (Inciso com redação dada
Tempo de Serviço na forma do inciso I‑A do art. 20 pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951) (Vide art. 7º, XXI, da Cons-
da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada tituição Federal de 1988)
até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. II – trinta dias aos que perceberem por quinzena
§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista ou mês, ou que tenham mais de doze meses de
no caput deste artigo não autoriza o ingresso no serviço na empresa. (Inciso com redação dada pela
Programa de Seguro-Desemprego. Lei nº 1.530, de 26/12/1951)
§ 1º A falta do aviso prévio por parte do emprega-
Art. 485. Quando cessar a atividade da empresa,
dor dá ao empregado o direito aos salários corres-
por morte do empregador, os empregados terão
pondentes ao prazo do aviso, garantida, sempre, a
direito, conforme o caso, à indenização a que se
integração desse período no seu tempo de serviço.
referem os arts. 477 e 497.
§ 2º A falta de aviso prévio por parte do empre-
Art. 486. No caso de paralisação temporária ou gado, dá ao empregador o direito de descontar os
definitiva do trabalho, motivada por ato de au- salários correspondentes ao prazo respectivo.
toridade municipal, estadual ou federal, ou pela § 3º Em se tratando de salário pago na base de
promulgação de lei ou resolução que impossibi- tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos
lite a continuação da atividade, prevalecerá o pa- anteriores, será feito de acordo com a média dos
gamento da indenização, que ficará a cargo do últimos doze meses de serviço.
governo responsável. (Caput do artigo com redação § 4º É devido o aviso prévio na despedida indi-
dada pela Lei nº 1.530, de 26/12/1951) reta. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.108, de 5/7/1983)
§ 1º Sempre que o empregador invocar em sua § 5º O valor das horas extraordinárias habituais
defesa o preceito do presente artigo, o tribunal integra o aviso prévio indenizado. (Parágrafo acres-
do trabalho competente notificará a pessoa de cido pela Lei nº 10.218, de 11/4/2001)
direito público apontada como responsável pela § 6º O reajustamento salarial coletivo, deter-
paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 minado no curso do aviso prévio, beneficia o
(trinta) dias, alegue o que entender devido, pas- empregado pré-avisado da despedida, mesmo
85
que tenha recebido antecipadamente os salários por sua repetição ou natureza representem séria
correspondentes ao período do aviso, que integra violação dos deveres e obrigações do empregado.
seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 494. O empregado acusado de falta grave
poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua
Art. 488. O horário normal de trabalho do em- despedida só se tornará efetiva após o inquérito
pregado, durante o prazo do aviso, e se a resci- em que se verifique a procedência da acusação.
são tiver sido promovida pelo empregador, será Parágrafo único. A suspensão, no caso deste
reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo artigo, perdurará até a decisão final do processo.
do salário integral.
Art. 495. Reconhecida a inexistência de falta grave
Parágrafo único. É facultado ao empregado tra-
praticada pelo empregado, fica o empregador obri-
balhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias
gado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os sa-
previstas neste artigo, caso em que poderá faltar
lários a que teria direito no período da suspensão.
ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por
1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) Art. 496. Quando a reintegração do empregado
dias corridos, na hipótese do inciso II do art. 487 estável for desaconselhável, dado o grau de in-
desta Consolidação. (Parágrafo único acrescido pela compatibilidade resultante do dissídio, especial-
Lei nº 7.093, de 25/4/1983) mente quando for o empregador pessoa física,
o tribunal do trabalho poderá converter aquela
Art. 489. Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se
obrigação em indenização devida nos termos do
efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas,
artigo seguinte.
se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de
seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não Art. 497. Extinguindo-se a empresa, sem a ocor-
a reconsideração. rência de motivo de força maior, ao empregado
Parágrafo único. Caso seja aceita a reconside- estável despedido é garantida a indenização por
ração ou continuando a prestação depois de ex- rescisão do contrato por prazo indeterminado,
pirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, paga em dobro.
como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Art. 498. Em caso de fechamento do estabeleci-
Art. 490. O empregador que, durante o prazo do mento, filial ou agência, ou supressão necessária
aviso prévio dado ao empregado, praticar ato de atividade, sem ocorrência de motivo de força
que justifique a rescisão imediata do contrato, maior, é assegurado aos empregados estáveis,
sujeita-se ao pagamento da remuneração corres- que ali exerçam suas funções, direito à indeniza-
pondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo ção, na forma do artigo anterior.
da indenização que for devida. Art. 499. Não haverá estabilidade no exercício
Art. 491. O empregado que, durante o prazo do dos cargos de diretoria, gerência ou outros de
aviso prévio, cometer qualquer das faltas conside- confiança imediata do empregador, ressalvado o
radas pela lei como justas para a rescisão, perde o cômputo do tempo de serviço para todos os efei-
direito ao restante do respectivo prazo. tos legais.
§ 1º Ao empregado garantido pela estabilidade
CAPÍTULO VII
que deixar de exercer cargo de confiança, é asse-
DA ESTABILIDADE
gurada, salvo no caso de falta grave, a reversão
Art. 492. O empregado que contar mais de 10 (dez) ao cargo efetivo que haja anteriormente ocupado.
anos de serviço na mesma empresa não poderá § 2º Ao empregado despedido sem justa causa,
ser despedido senão por motivo de falta grave que só tenha exercido cargo de confiança e que
ou circunstância de força maior, devidamente contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma
comprovadas. empresa, é garantida a indenização proporcional
Parágrafo único. Considera-se como de serviço ao tempo de serviço nos termos dos arts. 477 e 478.
todo o tempo em que o empregado esteja à dis- § 3º A despedida que se verificar com o fim de
posição do empregador. obstar ao empregado a aquisição de estabilidade
Art. 493. Constitui falta grave a prática de qual- sujeitará o empregador a pagamento em dobro da
quer dos fatos a que se refere o art. 482, quando indenização prescrita nos arts. 477 e 478.
86
Art. 500. O pedido de demissão do empregado es- CAPÍTULO IX

tável só será válido quando feito com a assistência DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante Art. 505. São aplicáveis aos trabalhadores rurais
autoridade local competente do Ministério do Tra- os dispositivos constantes dos Capítulos I, II e VI
balho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho. do presente Título.
(Revogado pela Lei nº 5.562, de 12/12/1968, e revigorado
Art. 506. No contrato de trabalho agrícola é lícito
com nova redação dada pela Lei nº 5.584, de 26/6/1970) o acordo que estabelecer a remuneração in natura,
CAPÍTULO VIII contanto que seja de produtos obtidos pela explo-
DA FORÇA MAIOR ração do negócio e não exceda de 1/3 (um terço)
do salário total do empregado. (Vide Lei nº 5.889, de
Art. 501. Entende-se como força maior todo
8/6/1973)
acontecimento inevitável, em relação à vontade
do empregador, e para a realização do qual este Art. 507. As disposições do Capítulo VII do pre-
não concorreu, direta ou indiretamente. sente Título não serão aplicáveis aos empregados
§ 1º A imprevidência do empregador exclui a em consultórios ou escritórios de profissionais
razão de força maior. liberais.
§ 2º À ocorrência do motivo de força maior que Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 6.533, de
24/5/1978)
não afetar substancialmente, nem for suscetível de
afetar, em tais condições, a situação econômica e Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho
financeira da empresa, não se aplicam as restrições cuja remuneração seja superior a duas vezes o li-
desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo. mite máximo estabelecido para os benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, poderá ser
Art. 502. Ocorrendo motivo de força maior que
pactuada cláusula compromissória de arbitragem,
determine a extinção da empresa, ou de um dos
desde que por iniciativa do empregado ou me-
estabelecimentos em que trabalhe o empregado,
diante a sua concordância expressa, nos termos
é assegurada a este, quando despedido, uma in- previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
denização na forma seguinte: (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
I – sendo estável, nos termos dos arts. 477 e 478; no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
II – não tendo direito à estabilidade, metade da
Art. 507-B. É facultado a empregados e emprega-
que seria devida em caso de rescisão sem justa
dores, na vigência ou não do contrato de emprego,
causa;
firmar o termo de quitação anual de obrigações
III – havendo contrato por prazo determinado,
trabalhistas, perante o sindicato dos emprega-
aquela a que se refere o art. 479 desta Lei, redu- dos da categoria. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467,
zida igualmente à metade. de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
Art. 503. É lícita, em caso de força maior ou pre- 120 dias após a publicação)
juízos devidamente comprovados, a redução Parágrafo único. O termo discriminará as obri-
geral dos salários dos empregados da empresa, gações de dar e fazer cumpridas mensalmente e
proporcionalmente aos salários de cada um, não dele constará a quitação anual dada pelo empre-
podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e gado, com eficácia liberatória das parcelas nele
cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o especificadas.
salário mínimo da região. Art. 508. (Revogado pela Lei nº 12.347, de 10/12/2010)
Parágrafo único. Cessados os efeitos decorren- Art. 509. (Revogado pela Lei nº 6.533, de 24/5/1978)
tes do motivo de força maior, é garantido o resta-
Art. 510. Pela infração das proibições constantes
belecimento dos salários reduzidos.
deste Título, será imposta à empresa a multa de
Art. 504. Comprovada a falsa alegação do motivo valor igual a 1 (um) salário mínimo regional, ele-
de força maior, é garantida a reintegração aos em- vada ao dobro, no caso de reincidência, sem pre-
pregados estáveis, e aos não estáveis o comple- juízo das demais cominações legais. (Artigo com reda-
mento da indenização já percebida, assegurado ção dada pela Lei nº 5.562, de 12/12/1968) (Vide Lei nº 7.855,
a ambos o pagamento da remuneração atrasada. de 24/10/1989)
87
TÍTULO IV-A § 1º As decisões da comissão de representantes
DA REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS dos empregados serão sempre colegiadas, obser-
(Título acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, vada a maioria simples.
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após § 2º A comissão organizará sua atuação de
a publicação) forma independente.
Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzen- Art. 510-C. A eleição será convocada, com ante-
tos empregados, é assegurada a eleição de uma cedência mínima de trinta dias, contados do tér-
comissão para representá-los, com a finalidade mino do mandato anterior, por meio de edital que
de promover-lhes o entendimento direto com deverá ser fixado na empresa, com ampla publici-
os empregadores. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, dade, para inscrição de candidatura. (Artigo acres-
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
120 dias após a publicação) 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
§ 1º A comissão será composta: § 1º Será formada comissão eleitoral, integrada
I – nas empresas com mais de duzentos e até por cinco empregados, não candidatos, para a
três mil empregados, por três membros; organização e o acompanhamento do processo
II – nas empresas com mais de três mil e até eleitoral, vedada a interferência da empresa e do
cinco mil empregados, por cinco membros; sindicato da categoria.
III – nas empresas com mais de cinco mil empre- § 2º Os empregados da empresa poderão can-
gados, por sete membros. didatar-se, exceto aqueles com contrato de tra-
§ 2º No caso de a empresa possuir empregados balho por prazo determinado, com contrato sus-
em vários Estados da Federação e no Distrito Fe- penso ou que estejam em período de aviso prévio,
deral, será assegurada a eleição de uma comissão ainda que indenizado.
de representantes dos empregados por Estado § 3º Serão eleitos membros da comissão de re-
ou no Distrito Federal, na mesma forma estabele- presentantes dos empregados os candidatos mais
cida no § 1º deste artigo. votados, em votação secreta, vedado o voto por
Art. 510-B. A comissão de representantes dos representação.
empregados terá as seguintes atribuições: (Artigo § 4º A comissão tomará posse no primeiro dia
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no útil seguinte à eleição ou ao término do mandato
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) anterior.
I – representar os empregados perante a admi- § 5º Se não houver candidatos suficientes, a
nistração da empresa; comissão de representantes dos empregados po-
II – aprimorar o relacionamento entre a em- derá ser formada com número de membros infe-
presa e seus empregados com base nos princípios rior ao previsto no art. 510-A desta Consolidação.
da boa-fé e do respeito mútuo; § 6º Se não houver registro de candidatura, será
III – promover o diálogo e o entendimento no am- lavrada ata e convocada nova eleição no prazo de
biente de trabalho com o fim de prevenir conflitos; um ano.
IV – buscar soluções para os conflitos decorren- Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão
tes da relação de trabalho, de forma rápida e efi- de representantes dos empregados será de um ano.
caz, visando à efetiva aplicação das normas legais (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
e contratuais; no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
V – assegurar tratamento justo e imparcial aos § 1º O membro que houver exercido a função
empregados, impedindo qualquer forma de dis- de representante dos empregados na comissão
criminação por motivo de sexo, idade, religião, não poderá ser candidato nos dois períodos sub-
opinião política ou atuação sindical; sequentes.
VI – encaminhar reivindicações específicas dos § 2º O mandato de membro de comissão de
empregados de seu âmbito de representação; representantes dos empregados não implica sus-
VII – acompanhar o cumprimento das leis traba- pensão ou interrupção do contrato de trabalho,
lhistas, previdenciárias e das convenções coletivas devendo o empregado permanecer no exercício
e acordos coletivos de trabalho. de suas funções.
88
§ 3º Desde o registro da candidatura até um ano poderão ser reconhecidas como Sindicatos e in-
após o fim do mandato, o membro da comissão de vestidas nas prerrogativas definidas nesta Lei.
representantes dos empregados não poderá so- Art. 513. São prerrogativas dos Sindicatos:
frer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a) representar, perante as autoridades admi-
a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, nistrativas e judiciárias, os interesses gerais da
econômico ou financeiro. respectiva categoria ou profissão liberal ou os
§ 4º Os documentos referentes ao processo elei- interesses individuais dos associados relativos à
toral devem ser emitidos em duas vias, as quais atividade ou profissão exercida;
permanecerão sob a guarda dos empregados e
b) celebrar contratos coletivos de trabalho;
da empresa pelo prazo de cinco anos, à disposi-
c) eleger ou designar os representantes da res-
ção para consulta de qualquer trabalhador inte-
pectiva categoria ou profissão liberal;
ressado, do Ministério Público do Trabalho e do
d) colaborar com o Estado, como órgãos técni-
Ministério do Trabalho.
cos e consultivos, no estudo e solução dos proble-
TÍTULO V mas que se relacionam com a respectiva categoria
DA ORGANIZAÇÃO SINDICAL ou profissão liberal;
(Vide art. 8º da Constituição Federal de 1988) e) impor contribuições a todos aqueles que par-
CAPÍTULO I ticipam das categorias econômicas ou profissio-
DA INSTITUIÇÃO SINDICAL nais ou das profissões liberais representadas.
Parágrafo único. Os Sindicatos de empregados
Seção I
Da Associação em Sindicato terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e man-
ter agências de colocação.
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo,
defesa e coordenação dos seus interesses econô- Art. 514. São deveres dos Sindicatos:
micos ou profissionais de todos os que, como em- a) colaborar com os poderes públicos no desen-
pregadores, empregados, agentes ou trabalhado- volvimento da solidariedade social;
res autônomos, ou profissionais liberais exerçam, b) manter serviços de assistência judiciária para
respectivamente, a mesma atividade ou profissão os associados;
ou atividades ou profissões similares ou conexas. c) promover a conciliação nos dissídios de tra-
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos balho;
dos que empreendem atividades idênticas, simi- d) sempre que possível, e de acordo com as suas
lares ou conexas, constitui o vínculo social básico possibilidades, manter no seu quadro de pessoal,
que se denomina categoria econômica. em convênio com entidades assistenciais ou por
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda conta própria, um assistente social com as atribui-
da profissão ou trabalho em comum, em situação ções específicas de promover a cooperação opera-
de emprego na mesma atividade econômica ou cional na empresa e a integração profissional na
em atividades econômicas similares ou conexas, Classe. (Alínea acrescida pela Lei nº 6.200, de 16/4/1975)
compõe a expressão social elementar compreen- Parágrafo único. Os Sindicatos de empregados
dida como categoria profissional. terão, outrossim, o dever de:
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que a) promover a fundação de cooperativas de con-
se forma dos empregados que exerçam profis- sumo e de crédito;
sões ou funções diferenciadas por força de esta- b) fundar e manter escolas de alfabetização e
tuto profissional especial ou em consequência de pré-vocacionais.
condições de vida singulares. Seção II
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou Do Reconhecimento e Investidura Sindical
conexidade fixam as dimensões dentro das quais Art. 515. As associações profissionais deverão
a categoria econômica ou profissional é homogê- satisfazer os seguintes requisitos para serem re-
nea e a associação é natural. conhecidas como Sindicatos:
Art. 512. Somente as associações profissionais a) reunião de um terço, no mínimo, de empre-
constituídas para os fins e na forma do artigo sas legalmente constituídas, sob a forma indivi-
anterior e registradas de acordo com o art. 558 dual ou de sociedade, se se tratar de associação
89
de empregadores; ou de um terço dos que inte- d) as atribuições, o processo eleitoral e das vo-
grem a mesma categoria ou exerçam a mesma tações, os casos de perda de mandato e de subs-
profissão liberal se se tratar de associação de em- tituição dos administradores;
pregados ou de trabalhadores ou agentes autôno- e) o modo de constituição e administração do
mos ou de profissão liberal; patrimônio social e o destino que lhe será dado no
b) duração de 3 (três) anos para o mandato da caso de dissolução;
diretoria; (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 771, f) as condições em que se dissolverá a associação.
de 19/8/1969) § 2º O processo de reconhecimento será regu-
c) exercício do cargo de Presidente por brasi- lado em instruções baixadas pelo Ministro do Tra-
balho, Indústria e Comércio.
leiro nato, e dos demais cargos de administração
e representação por brasileiros. (Vide Lei nº 6.192, de Art. 519. A investidura sindical será conferida
19/12/1974) sempre à associação profissional mais represen-
Parágrafo único. O Ministro do Trabalho, Indús- tativa, a juízo do Ministro do Trabalho, Indústria e
tria e Comércio poderá, excepcionalmente, reco- Comércio, constituindo elementos para essa apre-
nhecer como Sindicato a associação cujo número ciação, entre outros:
de associados seja inferior ao terço a que se refere a) o número de associados;
a alínea a. b) os serviços sociais fundados e mantidos;
c) o valor do patrimônio.
Art. 516. Não será reconhecido mais de um Sin-
Art. 520. Reconhecida como sindicato a associa-
dicato representativo da mesma categoria eco-
ção profissional, ser-lhe-á expedida carta de reco-
nômica ou profissional, ou profissão liberal, em
nhecimento, assinada pelo Ministro do Trabalho,
uma dada base territorial.
Indústria e Comércio, na qual será especificada
Art. 517. Os Sindicatos poderão ser distritais, muni- a representação econômica ou profissional con-
cipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. ferida e mencionada a base territorial outorgada.
Excepcionalmente, e atendendo às peculiaridades Parágrafo único. O reconhecimento investe a as-
de determinadas categorias ou profissões, o Minis- sociação nas prerrogativas do art. 513 e a obriga
tro do Trabalho, Indústria e Comércio poderá au- aos deveres do art. 514, cujo inadimplemento a
torizar o reconhecimento de Sindicatos nacionais. sujeitará às sanções desta Lei.
§ 1º O Ministro do Trabalho, Indústria e Comér- Art. 521. São condições para o funcionamento do
cio outorgará e delimitará a base territorial do Sindicato:
Sindicato. a) proibição de qualquer propaganda de doutri-
§ 2º Dentro da base territorial que lhe for deter- nas incompatíveis com as instituições e os interes-
minada é facultado ao Sindicato instituir delega- ses da Nação, bem como de candidaturas a cargos
cias ou seções para melhor proteção dos associa- eletivos estranhos ao Sindicato; (Alínea com redação
dos e da categoria econômica ou profissional ou dada pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946)
profissão liberal representada. b) proibição de exercício de cargo eletivo cumu-
lativamente com o de emprego remunerado pelo
Art. 518. O pedido de reconhecimento será diri-
Sindicato ou por entidade sindical de grau superior;
gido ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio,
c) gratuidade do exercício dos cargos eletivos;
instruído com exemplar ou cópia autenticada dos
d) proibição de quaisquer atividades não com-
estatutos da associação.
preendidas nas finalidades mencionadas no
§ 1º Os estatutos deverão conter: art. 511, inclusive as de caráter político-partidário;
a) a denominação e a sede da associação; (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946)
b) a categoria econômica ou profissional ou a e) proibição de cessão gratuita ou remunerada
profissão liberal cuja representação é requerida; da respectiva sede a entidade de índole político-
c) a afirmação de que a associação agirá como -partidária. (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 9.502,
órgão de colaboração com os poderes públicos de 23/7/1946)
e as demais associações no sentido da solidarie- Parágrafo único. Quando, para o exercício de
dade social e da subordinação dos interesses eco- mandato, tiver o associado de sindicato de em-
nômicos ou profissionais ao interesse nacional; pregados, de trabalhadores autônomos ou de
90
profissionais liberais de se afastar do seu trabalho, tos da entidade sindical. O quorum para validade
poderá ser-lhe arbitrada pela Assembleia Geral da assembleia será de metade mais um dos as-
uma gratificação nunca excedente da importân- sociados quites; não obtido esse quorum em pri-
cia de sua remuneração na profissão respectiva. meira convocação, reunir-se-á a assembleia em
segunda convocação com os presentes, conside-
Seção III
rando-se aprovadas as deliberações que obtive-
Da Administração do Sindicato
rem 2/3 (dois terços) dos votos. (Alínea acrescida pela
Art. 522. A administração do sindicato será exer- Lei nº 2.693, de 23/12/1955)
cida por uma diretoria constituída no máximo de § 1º A eleição para cargos de diretoria e Con-
sete e no mínimo de três membros e de um Con- selho Fiscal será realizada por escrutínio secreto,
selho Fiscal composto de três membros, eleitos durante 6 (seis) horas contínuas, pelo menos, na
esses órgãos pela Assembleia Geral. sede do sindicato, na de suas delegacias e seções
§ 1º A diretoria elegerá, dentre os seus membros, e nos principais locais de trabalho, onde funciona-
o Presidente do Sindicato. rão as mesas coletoras designadas pelos Delega-
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada dos Regionais do Trabalho. (Parágrafo acrescido pelo
à fiscalização da gestão financeira do sindicato. Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946)
§ 3º Constituirá atribuição exclusiva da Diretoria § 2º Concomitantemente ao término do prazo
do Sindicato e dos Delegados Sindicais, a que se estipulado para a votação, instalar-se-á, em as-
refere o art. 523, a representação e a defesa dos in- sembleia eleitoral pública e permanente, na sede
teresses da entidade perante os poderes públicos e do sindicato, a mesa apuradora para a qual serão
as empresas, salvo mandatário com poderes outor- enviadas, imediatamente, pelos presidentes das
gados por procuração da Diretoria, ou associado in- mesas coletoras, as urnas receptoras e as atas
vestido em representação prevista em lei. (Parágrafo respectivas. Será facultada a designação de mesa
acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946) apuradora supletiva sempre que as peculiaridades
Art. 523. Os Delegados Sindicais destinados à ou conveniências do pleito a exigirem. (Parágrafo
direção das delegacias ou seções instituídas na acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946)
forma estabelecida no § 2º do art. 517 serão de- § 3º A mesa apuradora será presidida por mem-
signados pela diretoria dentre os associados ra- bro do Ministério Público do Trabalho, ou pessoa
de notória idoneidade, designado pelo Procurador-
dicados no território da correspondente delegacia.
-Geral da Justiça do Trabalho ou Procuradores Re-
Art. 524. Serão sempre tomadas por escrutínio se- gionais. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.502, de
creto na forma estatutária as deliberações da as- 23/7/1946)
sembleia geral concernentes aos seguintes assun- § 4º O pleito só será válido na hipótese de parti-
tos: (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 2.693, ciparem da votação mais de 2/3 (dois terços) dos
de 23/12/1955) associados com capacidade para votar. Não ob-
a) eleição de associado para representação da tido esse coeficiente, será realizada nova eleição
respectiva categoria, prevista em lei; (Alínea com re- dentro de 15 (quinze) dias, a qual terá validade
dação dada pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946) se nela tomarem parte mais de 50% (cinquenta
b) tomada e aprovação de contas da diretoria; por cento) dos referidos associados. Na hipótese
(Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.502, de de não ter sido alcançado, na segunda votação, o
23/7/1946) coeficiente exigido, será realizado o terceiro e úl-
c) aplicação do patrimônio; (Alínea com redação timo pleito, cuja validade dependerá do voto de
dada pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946) mais de 40% (quarenta por cento) dos aludidos
d) julgamento dos atos da diretoria, relativos a associados, proclamando o Presidente da Mesa
penalidades impostas a associados; (Alínea com re- apuradora em qualquer dessas hipóteses os elei-
dação dada pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946) tos, os quais serão empossados automaticamente
e) pronunciamento sobre relações ou dissídio na data do término do mandato expirante, não
de trabalho. Neste caso, as deliberações da assem- tendo efeito suspensivo os protestos ou recursos
bleia geral só serão consideradas válidas quando oferecidos na conformidade da lei. (Parágrafo acres-
ela tiver sido especialmente convocada para esse cido pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946, com redação
fim, de acordo com as disposições dos estatu- dada pela Lei nº 2.693, de 23/12/1955)
91
§ 5º Não sendo atingido o coeficiente legal para cada associado, o estabelecimento ou lugar onde
a eleição, o Ministério do Trabalho, Indústria e Co- exerce a sua profissão ou função, o número e a sé-
mércio declarará a vacância da administração, a rie da respectiva Carteira de Trabalho e Previdência
partir do término do mandato dos membros em Social e o número da inscrição no Instituto Nacio-
exercício, e designará administrador para o Sin- nal de Previdência Social. (Expressão “carteira profissio-
dicato, realizando-se novas eleições dentro de nal” substituída por “Carteira de Trabalho e Previdência So-
6 (seis) meses. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei cial” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
nº 9.502, de 23/7/1946)
Art. 528. Ocorrendo dissídio ou circunstâncias
Art. 525. É vedada a pessoas físicas ou jurídicas, es- que perturbem o funcionamento de entidade sin-
tranhas ao Sindicato, qualquer interferência na sua dical ou motivos relevantes de segurança nacional,
administração ou nos seus serviços. (Caput do artigo o Ministro do Trabalho e Previdência Social po-
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.502, de 23/7/1946) derá nela intervir, por intermédio de Delegado ou
Parágrafo único. Estão excluídos dessa proibição: de Junta Interventora, com atribuições para admi-
a) os Delegados do Ministério do Trabalho, In- nistrá-la e executar ou propor as medidas necessá-
dústria e Comércio, especialmente designados rias para normalizar-lhe o funcionamento. (Artigo
pelo Ministro ou por quem o represente; com redação dada pelo Decreto-Lei nº 3, de 27/1/1966)
b) os que, como empregados, exerçam cargos
Seção IV
no Sindicato mediante autorização da Assembleia
Das Eleições Sindicais
Geral.
Art. 529. São condições para o exercício do di-
Art. 526. Os empregados do sindicato serão no-
reito do voto como para a investidura em cargo
meados pela diretoria respectiva ad referendum da
de administração ou representação econômica ou
Assembleia Geral, não podendo recair tal nomea-
profissional:
ção nos que estiverem nas condições previstas nos
a) ter o associado mais de seis meses de inscri-
itens II, IV, V, VI, VII e VIII do art. 530 e, na hipótese
ção no Quadro Social e mais de 2 (dois) anos de
de o nomeado haver sido dirigente sindical, tam-
bém nas do item I do mesmo artigo. (Caput do artigo exercício da atividade ou da profissão; (Alínea com
redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.295, de b) ser maior de 18 (dezoito) anos;
9/5/2006) c) estar no gozo dos direitos sindicais.
§ 2º Aplicam-se ao empregado de entidade sin- Parágrafo único. É obrigatório aos associados o
dical os preceitos das leis de proteção do traba- voto nas eleições sindicais. (Parágrafo único acrescido
lho e de previdência social, inclusive o direito de pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
associação em sindicato. (Parágrafo acrescido pela Art. 530. Não podem ser eleitos para cargos ad-
Lei nº 11.295, de 9/5/2006) ministrativos ou de representação econômica ou
Art. 527. Na sede de cada Sindicato haverá um profissional, nem permanecer no exercício des-
livro de registro, autenticado pelo funcionário ses cargos: (Caput do artigo com redação dada pelo
competente do Ministério do Trabalho, Indústria Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
e Comércio, e do qual deverão constar: I – os que não tiverem definitivamente aprova-
a) tratando-se de sindicato de empregadores, das as suas contas de exercício em cargos de ad-
a firma, individual ou coletiva, ou a denomina- ministração; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229,
ção das empresas e sua sede, o nome, idade, es- de 28/2/1967)
tado civil, nacionalidade e residência dos respec- II – os que houverem lesado o patrimônio de
tivos sócios ou, em se tratando de sociedade por qualquer entidade sindical; (Inciso acrescido pelo
ações, dos diretores, bem como a indicação des- Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
ses dados quanto ao sócio ou diretor que repre- III – os que não estiverem, desde dois (2) anos
sentar a empresa no sindicato; antes, pelo menos, no exercício efetivo da ativi-
b) tratando-se de sindicato de empregados ou de dade ou da profissão dentro da base territorial do
agentes ou trabalhadores autônomos ou de profis- sindicato, ou no desempenho de representação
sionais liberais, além do nome, idade, estado civil, econômica ou profissional; (Inciso acrescido pelo
nacionalidade, profissão ou função e residência de Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
92
IV – os que tiverem sido condenados por crime balho, Indústria e Comércio. (Parágrafo acrescido
doloso enquanto persistirem os efeitos da pena; pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945)
(Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) § 2º Competirá à Diretoria em exercício, dentro
V – os que não estiverem no gozo de seus direi- de 30 dias da realização das eleições e não tendo
tos políticos; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, havido recurso, dar publicidade ao resultado do
de 28/2/1967) pleito, fazendo comunicação ao órgão local do Mi-
VI – (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de nistério do Trabalho, Indústria e Comércio, da re-
28/2/1967, e revogado pela Lei nº 8.865, de 29/3/1994) lação dos eleitos, com os dados pessoais de cada
VII – má conduta, devidamente comprovada; um e a designação da função que vai exercer. (Pará-
(Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 507, de 18/3/1969) grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945)
VIII – (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 925, de § 3º Havendo protesto na ata da Assembleia
10/10/1969, e revogado pela Lei nº 8.865, de 29/3/1994) Eleitoral ou recurso interposto dentro de 15 dias
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 2.693, de da realização das eleições, competirá a diretoria
23/12/1955)
em exercício encaminhar, devidamente instruído,
o processo eleitoral ao órgão local do Ministério
Art. 531. Nas eleições para cargos de Diretoria e do Trabalho, Indústria e Comércio, que o encami-
do Conselho Fiscal serão considerados eleitos os nhará para decisão do Ministro de Estado. Nesta
candidatos que obtiverem maioria absoluta de hipótese, permanecerão na administração até
votos em relação ao total dos associados eleitores. despacho final do processo a Diretoria e o Conse-
§ 1º Não concorrendo à primeira convocação lho Fiscal que se encontrarem em exercício. (Pará-
maioria absoluta de eleitores, ou não obtendo grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945)
nenhum dos candidatos essa maioria, proceder- § 4º Não se verificando as hipóteses previstas
-se-á à nova convocação para dia posterior, sendo no parágrafo anterior, a posse da nova Diretoria
então considerados eleitos os candidatos que ob- deverá se verificar dentro de 30 dias subsequen-
tiverem maioria dos eleitores presentes. tes ao término do mandato da anterior. (Parágrafo
§ 2º Havendo somente uma chapa registrada acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945)
para as eleições, poderá a Assembleia em última § 5º Ao assumir o cargo, o eleito prestará, por
convocação ser realizada duas horas após a pri- escrito e solenemente, o compromisso de respei-
meira convocação desde que do edital respectivo tar, no exercício do mandato, a Constituição, as
conste essa advertência. leis vigentes e os estatutos da entidade. (Parágrafo
§ 3º Concorrendo mais de uma chapa, poderá o acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio de- Seção V
signar o Presidente da sessão eleitoral, desde que Das Associações Sindicais de Grau Superior
o requeiram os associados que encabeçarem as
Art. 533. Constituem associações sindicais de
respectivas chapas. (Parágrafo com redação dada pelo
grau superior as federações e confederações or-
Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945)
ganizadas nos termos desta Lei.
§ 4º O Ministro do Trabalho, Indústria e Comér-
cio expedirá instruções regulando o processo das Art. 534. É facultado aos Sindicatos, quando em
número não inferior a 5 (cinco), desde que repre-
eleições.
sentem a maioria absoluta de um grupo de ativi-
Art. 532. As eleições para a renovação da Diretoria dades ou profissões idênticas, similares ou cone-
e do Conselho Fiscal deverão ser procedidas dentro xas, organizarem-se em federação. (Caput do artigo
do prazo máximo de 60 (sessenta) dias e mínimo de com redação dada pela Lei nº 3.265, de 22/9/1957)
30 (trinta) dias, antes do término do mandato dos § 1º Se já existir federação no grupo de ativida-
dirigentes em exercício. (Caput do artigo com redação des ou profissões em que deva ser constituída a
dada pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945) nova entidade, a criação desta não poderá reduzir
§ 1º Não havendo protesto na ata da Assembleia a menos de 5 (cinco) o número de Sindicatos que
Eleitoral ou recurso interposto por algum dos can- àquela devam continuar filiados. (Parágrafo acres-
didatos, dentro de 15 dias a contar da data das cido pela Lei nº 3.265, de 22/9/1957)
eleições, a posse da Diretoria eleita independerá § 2º As federações serão constituídas por Es-
da aprovação das eleições pelo Ministério do Tra- tados, podendo o Ministro do Trabalho, Indústria
93
e Comércio autorizar a constituição de federações § 1º A organização das federações e confedera-
interestaduais ou nacionais. (Primitivo § 1º renume- ções obedecerá às exigências contidas nas alíneas
rado pela Lei nº 3.265, de 22/9/1957) b e c do art. 515.
§ 3º É permitido a qualquer federação, para o § 2º A carta de reconhecimento das federações
fim de lhes coordenar os interesses, agrupar os será expedida pelo Ministro do Trabalho, Indústria
Sindicatos de determinado município ou região a e Comércio, na qual será especificada a coordena-
ela filiados; mas a união não terá direito de repre- ção econômica ou profissional conferida e men-
sentação das atividades ou profissões agrupadas. cionada a base territorial outorgada.
(Primitivo § 2º renumerado pela Lei nº 3.265, de 22/9/1957) § 3º O reconhecimento das confederações será
Art. 535. As Confederações organizar-se-ão com feito por decreto do Presidente da República.
o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Art. 538. A administração das federações e con-
Capital da República. federações será exercida pelos seguintes órgãos:
§ 1º As confederações formadas por federações (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 2.693, de
de Sindicatos de empregadores denominar-se-ão:
23/12/1955)
Confederação Nacional da Indústria, Confederação
a) Diretoria; (Alínea com redação dada pela Lei nº 2.693,
Nacional do Comércio, Confederação Nacional de
de 23/12/1955)
Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confe-
b) Conselho de Representantes; (Alínea com reda-
deração Nacional de Transportes Terrestres, Con-
federação Nacional de Comunicações e Publici-
c) Conselho Fiscal. (Alínea acrescida pela Lei nº 2.693,
dade, Confederação Nacional das Empresas de
de 23/12/1955)
Crédito e Confederação Nacional de Educação e
§ 1º A diretoria será constituída no mínimo de
Cultura.
3 (três) membros e de 3 (três) membros se com-
§ 2º As confederações formadas por federa-
porá o Conselho Fiscal os quais serão eleitos pelo
ções de Sindicatos de empregados terão a de-
nominação de: Confederação Nacional dos Tra- Conselho de Representantes com mandato por 3
balhadores na Indústria, Confederação Nacional (três) anos. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto-
dos Trabalhadores no Comércio, Confederação -Lei nº 771, de 19/8/1969)
Nacional dos Trabalhadores em Transportes Ma- § 2º Só poderão ser eleitos os integrantes dos
rítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacio- grupos das federações ou dos planos das confe-
nal dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, derações, respectivamente. (Parágrafo acrescido pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Co- Lei nº 2.693, de 23/12/1955)
municações e Publicidade, Confederação Nacio- § 3º O presidente da federação ou confederação
nal dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito e será escolhido dentre os seus membros, pela Di-
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Es- retoria. (Primitivo § 2º renumerado pela Lei nº 2.693, de
tabelecimentos de Educação e Cultura. 23/12/1955)
§ 3º Denominar-se-á Confederação Nacional § 4º O Conselho de Representantes será forma-
das Profissões Liberais a reunião das respectivas do pelas delegações dos sindicatos ou das fede-
federações. rações filiadas, constituída cada delegação de 2
§ 4º As associações sindicais de grau superior (dois) membros com mandato por 3 (três) anos,
da Agricultura e Pecuária serão organizadas na cabendo um voto a cada delegação. (Primitivo § 3º
conformidade do que dispuser a lei que regular renumerado pela Lei nº 2.693, de 23/12/1955, e com reda-
a sindicalização dessas atividades ou profissões. ção dada pelo Decreto-Lei nº 771, de 19/8/1969)
Art. 536. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) § 5º A competência do Conselho Fiscal é limi-
tada à fiscalização da gestão financeira. (Parágrafo
Art. 537. O pedido de reconhecimento de uma
federação será dirigido ao Ministro do Trabalho,
Indústria e Comércio, acompanhado de um exem- Art. 539. Para a constituição e administração das
plar dos respectivos estatutos e das cópias auten- Federações serão observadas, no que for aplicá-
ticadas das atas da Assembleia de cada Sindicato vel, as disposições das Seções II e III do presente
ou federação que autorizar a filiação. Capítulo.
94
Seção VI § 1º O empregado perderá o mandato se a

Dos Direitos dos Exercentes de Atividades transferência for por ele solicitada ou volunta-
ou Profissões e dos Sindicalizados riamente aceita. (Parágrafo com redação dada pelo
Art. 540. A toda empresa ou indivíduo que exerçam Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
respectivamente atividade ou profissão, desde que § 2º Considera-se de licença não remunerada,
satisfaçam as exigências desta Lei, assiste o direito salvo assentimento da empresa ou cláusula con-
de ser admitido no Sindicato da respectiva cate- tratual, o tempo em que o empregado se ausentar
goria, salvo o caso de falta de idoneidade, devida- do trabalho no desempenho das funções a que se
mente comprovada, com recurso para o Ministério refere este artigo. (Parágrafo com redação dada pelo
do Trabalho, Indústria e Comércio. Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 1º Perderá os direitos de associado o sindicali- § 3º Fica vedada a dispensa do empregado sin-
zado que, por qualquer motivo, deixar o exercício dicalizado ou associado, a partir do momento do
de atividade ou de profissão. registro de sua candidatura a cargo de direção ou
§ 2º Os associados de Sindicatos de emprega- representação de entidade sindical ou de associa-
dos, de agentes ou trabalhadores autônomos e ção profissional, até 1 (um) ano após o final do
de profissões liberais que forem aposentados, seu mandato, caso seja eleito, inclusive como su-
estiverem em desemprego ou falta de trabalho ou plente, salvo se cometer falta grave devidamente
tiverem sido convocados para prestação de ser- apurada nos termos desta Consolidação. (Parágrafo
viço militar não perderão os respectivos direitos com redação dada pela Lei nº 7.543, de 2/10/1986)
sindicais e ficarão isentos de qualquer contribui- § 4º Considera-se cargo de direção ou de repre-
ção, não podendo, entretanto, exercer cargo de sentação sindical aquele cujo exercício ou indica-
administração sindical ou de representação eco- ção decorre de eleição prevista em lei. (Parágrafo
nômica ou profissional. acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com
Art. 541. Os que exercerem determinada ativi-
§ 5º Para os fins deste artigo, a entidade sindi-
dade ou profissão onde não haja Sindicato da
cal comunicará por escrito à empresa, dentro de
respectiva categoria, ou de atividade ou profissão
24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do regis-
similar ou conexa, poderão filiar-se a Sindicato de
tro da candidatura do seu empregado e, em igual
profissão idêntica, similar ou conexa, existente na
prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outros-
localidade mais próxima.
sim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Mi-
Parágrafo único. O disposto neste artigo se
nistério do Trabalho e Previdência Social fará no
aplica aos Sindicatos em relação às respectivas
mesmo prazo a comunicação no caso da designa-
federações, na conformidade do Quadro de Ativi-
ção referida no final do § 4º. (Parágrafo acrescido pelo
dades e Profissões a que se refere o art. 577.
Art. 542. De todo o ato lesivo de direitos ou con- § 6º A empresa que, por qualquer modo, pro-
trário a esta lei, emanado da Diretoria, do Conse- curar impedir que o empregado se associe a sin-
lho ou da Assembleia Geral da entidade sindical, dicato, organize associação profissional ou sindi-
poderá qualquer exercente de atividade ou profis- cal ou exerça os direitos inerentes à condição de
são recorrer, dentro de 30 dias, para a autoridade sindicalizado fica sujeita à penalidade prevista na
competente do Ministério do Trabalho, Indústria letra a do art. 553, sem prejuízo da reparação a
e Comércio. que tiver direito o empregado. (Parágrafo acrescido
Art. 543. O empregado eleito para cargo de admi- pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
nistração sindical ou representação profissional, Art. 544. É livre a associação profissional ou sindi-
inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, cal, mas ao empregado sindicalizado é assegurada,
não poderá ser impedido do exercício de suas fun- em igualdade de condições, preferência: (Caput do ar-
ções, nem transferido para lugar ou mister que lhe tigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
dificulte ou torne impossível o desempenho das (Vide arts. 5º, XX, e 8º, V, da Constituição Federal de 1988)
suas atribuições sindicais. (Caput do artigo com reda- I – para a admissão nos trabalhos de empresa que
ção dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) explore serviços públicos ou mantenha contrato
95
com os poderes públicos; (Inciso acrescido pelo Decre- bem como nas concorrências para fornecimento
to-Lei nº 229, de 28/2/1967) às repartições federais, estaduais e municipais
II – para ingresso em funções públicas ou as- e às entidades paraestatais.
semelhadas, em caso de cessação coletiva de
Art. 547. É exigida a qualidade de sindicalizado
trabalho, por motivo de fechamento de estabele-
para o exercício de qualquer função representativa
cimento; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
de categoria econômica ou profissional, em órgão
28/2/1967)
oficial de deliberação coletiva, bem como para o
III – nas concorrências para aquisição de casa
gozo de favores ou isenções tributárias, salvo em
própria, pelo Plano Nacional de Habitação ou por
se tratando de atividades não econômicas. (Vide
intermédio de quaisquer instituições públicas;
arts. 5º, XX e 8º, V, da Constituição Federal de 1988)
(Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
IV – nos loteamentos urbanos ou rurais, pro- Parágrafo único. Antes da posse ou exercício
movidos pela União, por seus órgãos de adminis- das funções a que alude o artigo anterior ou de
tração direta ou indireta ou sociedades de econo- concessão dos favores será indispensável compro-
mia mista; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de var a sindicalização, ou oferecer prova, mediante
28/2/1967) certidão negativa no Departamento Nacional do
V – na locação ou compra de imóveis, de pro- Trabalho, no Distrito Federal, ou da autoridade re-
priedade de pessoa de direito público ou socie- gional do Ministério do Trabalho, Indústria e Co-
dade de economia mista, quando sob ação de mércio, nos Estados e no Território do Acre, de que
despejo em tramitação judicial; (Inciso acrescido não existe sindicato no local onde o interessado
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) exerce a respectiva atividade ou profissão.
VI – na concessão de empréstimos simples con- Seção VII
cedidos pelas agências financeiras do Governo ou Da Gestão Financeira do Sindicato
a ele vinculadas; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, e sua Fiscalização
de 28/2/1967)
Art. 548. Constituem o patrimônio das associa-
VII – na aquisição de automóveis, outros veículos
ções sindicais:
e instrumentos relativos ao exercício da profissão,
quando financiados pelas autarquias, sociedades a) as contribuições devidas aos Sindicatos pelos
de economia mista ou agências financeiras do que participem das categorias econômicas ou pro-
Governo; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de fissionais ou das profissões liberais representadas
28/2/1967) pelas referidas entidades, sob a denominação de
VIII – (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de imposto sindical, pagas e arrecadadas na forma
28/2/1967, e revogado pela Lei nº 8.630, de 25/2/1993) do Capítulo III deste Título;
IX – na concessão de bolsas de estudos para si b) as contribuições dos associados, na forma esta-
ou para seus filhos, obedecida a legislação que re- belecida nos estatutos ou pelas Assembleias Gerais;
gule a matéria. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, c) os bens e valores adquiridos e as rendas pro-
de 28/2/1967) duzidas pelos mesmos;
d) as doações e legados;
Art. 545. As contribuições facultativas ou as
mensalidades devidas ao sindicato, previstas no e) as multas e outras rendas eventuais.
estatuto da entidade ou em norma coletiva, inde- Art. 549. A receita dos sindicatos, federações e
pendentemente de sua nomenclatura, serão reco- confederações só poderá ter aplicação na forma
lhidas, cobradas e pagas na forma do disposto nos prevista nos respectivos orçamentos anuais, obe-
art. 578 e art. 579. (Caput do artigo com redação dada decidas as disposições estabelecidas na lei e nos
pela Medida Provisória nº 873, de 1º/3/2019) seus estatutos. (Caput do artigo com redação dada pela
Parágrafo único. (Parágrafo único acrescido pelo De- Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
creto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e revogado pela Medida § 1º Para alienação, locação ou aquisição de bens
Provisória nº 873, de 1º/3/2019) imóveis, ficam as entidades sindicais obrigadas a
Art. 546. Às empresas sindicalizadas é assegurada realizar avaliação prévia pela Caixa Econômica
preferência, em igualdade de condições, nas con- Federal ou pelo Banco Nacional da Habitação ou,
corrências para exploração de serviços públicos, ainda, por qualquer outra organização legalmente
96
habilitada a tal fim. (Parágrafo único transformado em no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da
§ 1º e com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) realização da respectiva Assembleia Geral ou da
§ 2º Os bens imóveis das entidades sindicais reunião do Conselho de Representantes, que os
não serão alienados sem a prévia autorização das aprovou, observada a seguinte sistemática: (Pará-
respectivas assembleias gerais, reunidas com a grafo com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
presença da maioria absoluta dos associados com a) no Diário Oficial da União – Seção I – Parte II,
direito a voto ou dos Conselhos de Representan- os orçamentos das confederações, federações e
tes com a maioria absoluta dos seus membros. (Pa- sindicatos de base interestadual ou nacional; (Alí-
rágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) nea acrescida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
§ 3º Caso não seja obtido o quorum estabele- b) no órgão de imprensa oficial do Estado ou
cido no parágrafo anterior, a matéria poderá ser Território ou jornal de grande circulação local, os
decidida em nova assembleia geral, reunida com orçamentos das federações estaduais e sindicatos
qualquer número de associados com direito a voto, distritais, municipais, intermunicipais e estaduais.
após o transcurso de 10 (dez) dias da primeira (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
convocação. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, de § 2º As dotações orçamentárias que se apresenta-
9/12/1976) rem insuficientes para o atendimento das despesas,
§ 4º Nas hipóteses previstas nos §§ 2º e 3º a ou não acrescidas nos orçamentos correntes, po-
decisão somente terá validade se adotada pelo derão ser ajustadas ao fluxo dos gastos, mediante
mínimo de 2/3 (dois terços) dos presentes, em es- a abertura de créditos adicionais solicitados pela
crutínio secreto. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, Diretoria da entidade às respectivas Assembleias
de 9/12/1976) Gerais ou Conselhos de Representantes, cujos atos
§ 5º Da deliberação da assembleia geral, concer- concessórios serão publicados até o último dia do
nente à alienação de bens imóveis, caberá recurso exercício correspondente, obedecida a mesma sis-
voluntário, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, ao temática prevista no parágrafo anterior. (Parágrafo
Ministro do Trabalho, com efeito suspensivo. (Pará-
§ 3º Os créditos adicionais classificam-se em:
(Parágrafo com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
§ 6º A venda do imóvel será efetuada pela dire-
a) suplementares, os destinados a reforçar do-
toria da entidade, após a decisão da Assembleia
tações alocadas no orçamento; e
Geral ou do Conselho de Representantes, mediante
b) especiais, os destinados a incluir dotações no
concorrência pública, com edital publicado no
orçamento, a fim de fazer face às despesas para as
Diário Oficial da União e na imprensa diária, com
quais não se tenha consignado crédito específico.
antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data
§ 4º A abertura dos créditos adicionais depende
de sua realização. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386,
da existência de receita para sua compensação,
de 9/12/1976)
considerando-se, para esse efeito, desde que não
§ 7º Os recursos destinados ao pagamento total
comprometidos: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386,
ou parcelado dos bens imóveis adquiridos serão
de 9/12/1976)
consignados, obrigatoriamente, nos orçamentos
a) o superavit financeiro apurado em balanço
anuais das entidades sindicais. (Parágrafo acrescido
do exercício anterior;
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
b) o excesso de arrecadação, assim entendido o
Art. 550. Os orçamentos das entidades sindicais saldo positivo da diferença entre a renda prevista
serão aprovados, em escrutínio secreto, pelas res- e a realizada, tendo-se em conta, ainda, a tendên-
pectivas Assembleias Gerais ou Conselho de Re- cia do exercício; e
presentantes, até 30 (trinta) dias antes do início do c) a resultante da anulação parcial ou total de
exercício financeiro a que se referem, e conterão a dotações alocadas no orçamento ou de créditos
discriminação da receita e da despesa, na forma adicionais abertos no exercício.
das instruções e modelos expedidos pelo Minis- § 5º Para efeito orçamentário e contábil sindical,
tério do Trabalho. (Caput do artigo com redação dada o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, a
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) ele pertencendo todas as receitas arrecadadas e
§ 1º Os orçamentos, após a aprovação prevista no as despesas compromissadas. (Parágrafo acrescido
presente artigo, serão publicados, em resumo, pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
97
Art. 551. Todas as operações de ordem financeira qual conterá os mesmos requisitos exigidos para
e patrimonial serão evidenciadas pelos registros os livros de escrituração. (Parágrafo acrescido pelo
contábeis das entidades sindicais, executados sob Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e com redação dada
a responsabilidade de contabilista legalmente pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
habilitado, em conformidade com o plano de § 6º Os livros e fichas ou formulários contínuos
contas e as instruções baixadas pelo Ministério serão obrigatoriamente submetidos a registro e
do Trabalho. (Caput do artigo com redação dada pela autenticação das Delegacias Regionais do Traba-
Lei nº 6.386, de 9/12/1976) lho localizadas na base territorial da entidade. (Pa-
§ 1º A escrituração contábil a que se refere este rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e
artigo será baseada em documentos de receita e com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
despesa, que ficarão arquivados nos serviços de § 7º As entidades sindicais manterão registro
contabilidade, à disposição dos órgãos responsá- específico dos bens de qualquer natureza, de sua
veis pelo acompanhamento administrativo e da propriedade, em livros ou fichas próprias, que
fiscalização financeira da própria entidade, ou do atenderão às mesmas formalidades exigidas para
controle que poderá ser exercido pelos órgãos da o livro Diário, inclusive no que se refere ao regis-
União, em face da legislação específica. (Parágrafo tro e autenticação da Delegacia Regional do Tra-
acrescido pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e com
balho local. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, de
9/12/1976)
§ 2º Os documentos comprobatórios dos atos
§ 8º As contas dos administradores das enti-
de receita e despesa, a que se refere o parágrafo
dades sindicais serão aprovadas, em escrutínio
anterior, poderão ser incinerados, após decorri-
secreto, pelas respectivas Assembleias Gerais ou
dos 5 (cinco) anos da data de quitação das contas
Conselhos de Representantes, com prévio parecer
pelo órgão competente. (Parágrafo acrescido pelo
do Conselho Fiscal, cabendo ao Ministro do Tra-
balho estabelecer prazos e procedimentos para
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
a sua elaboração e destinação. (Parágrafo acrescido
§ 3º É obrigatório o uso do livro Diário, enca-
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
dernado, como folhas seguida e tipograficamente
numeradas, para a escrituração, pelo método das Art. 552. Os atos que importem em malversação
partidas dobradas, diretamente ou por reprodu- ou dilapidação do patrimônio das associações ou
ção, dos atos ou operações que modifiquem ou entidades sindicais ficam equiparados ao crime
venham a modificar a situação patrimonial da de peculato julgado e punido na conformidade
entidade, o qual conterá, respectivamente, na da legislação penal. (Artigo com redação dada pelo
primeira e na última páginas, os termos de aber- Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969)
tura e de encerramento. (Parágrafo acrescido pelo
Seção VIII
Das Penalidades
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
§ 4º A entidade sindical que se utilizar de sistema Art. 553. As infrações ao disposto neste Capítulo
mecânico ou eletrônico para sua escrituração con- serão punidas, segundo o seu caráter e a sua gra-
tábil, poderá substituir o Diário e os livros facul- vidade, com as seguintes penalidades:
tativos ou auxiliares por fichas ou formulários a) multa de Cr$ 100 (cem cruzeiros) e 5.000 (cinco
contínuos, cujos lançamentos deverão satisfa- mil cruzeiros), dobrada na reincidência;
zer a todos os requisitos e normas de escrituração b) suspensão de diretores por prazo não supe-
exigidos com relação aos livros mercantis, inclu- rior a trinta dias;
sive no que respeita a termos de abertura e de en- c) destituição de diretores ou de membros de
cerramento e numeração sequencial e tipográfica. conselho;
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, d) fechamento de sindicato, federação ou con-
e com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) federação por prazo nunca superior a seis meses;
§ 5º Na escrituração por processos de fichas ou e) cassação da carta de reconhecimento;
formulários contínuos, a entidade adotará livro f) multa de 1/30 (um trinta avos) do salário mí-
próprio para inscrição do balanço patrimonial nimo regional, aplicável ao associado que deixar
e da demonstração do resultado do exercício, o de cumprir, sem causa justificada, o disposto no
98
parágrafo único do artigo 529. (Alínea acrescida pelo a) as das alíneas a e b, pelo diretor geral do De-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) partamento Nacional do Trabalho, com recurso
§ 1º A imposição de penalidades aos adminis- para o Ministro de Estado;
tradores não exclui a aplicação das que este ar- b) as demais, pelo Ministro de Estado.
tigo prevê para a associação. (Parágrafo único trans- § 1º Quando se trata de associações de grau su-
formado em § 1º pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969) perior, as penalidades serão impostas pelo Minis-
§ 2º Poderá o Ministro do Trabalho e Previdên- tro de Estado, salvo se a pena for da cassação da
cia Social determinar o afastamento preventivo carta de reconhecimento de confederação, caso
de cargo ou representação sindicais seus exercen- em que a pena será imposta pelo Presidente da
tes, com fundamento em elementos constantes República.
§ 2º Nenhuma pena será imposta sem que seja
de denúncia formalizada que constituam indício
assegurada defesa ao acusado.
veemente ou início de prova bastante do fato e
da autoria denunciados. (Parágrafo acrescido pelo Seção IX
Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969) Disposições Gerais
Art. 554. Destituída a administração na hipótese Art. 558. São obrigadas ao registro todas as asso-
da alínea c do artigo anterior, o Ministro do Traba- ciações profissionais constituídas por atividades
lho, Indústria e Comércio nomeará um delegado ou profissões idênticas, similares ou conexas, de
para dirigir a associação e proceder, dentro do acordo com o art. 511 e na conformidade do Qua-
prazo de 90 dias, em Assembleia Geral por ele con- dro de Atividades e Profissões a que alude o Capí-
tulo II deste Título. As associações profissionais
vocada e presidida, à eleição dos novos diretores
registradas nos termos deste artigo poderão re-
e membros do Conselho Fiscal.
presentar, perante as autoridades administrativas
Art. 555. A pena de cassação da carta de reconhe- e judiciárias, os interesses individuais dos associa-
cimento será imposta à entidade sindical: dos relativos à sua atividade ou profissão, sendo-
a) que deixar de satisfazer as condições de cons- -lhes também extensivas as prerrogativas contidas
tituição e funcionamento estabelecidas nesta Lei; na alínea d e no parágrafo único do art. 513.
b) que se recusar ao cumprimento de ato do § 1º O registro a que se refere o presente artigo
Presidente da República, no uso da faculdade competirá às Delegacias Regionais do Ministério
conferida pelo art. 536; do Trabalho e Previdência Social ou às repartições
c) que criar obstáculos à execução da política autorizadas em virtude da lei. (Parágrafo com reda-
econômica adotada pelo Governo. (Alínea com reda- ção dada pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969)
ção dada pelo Decreto-Lei nº 8.080, de 11/10/1945) § 2º O registro das associações far-se-á me-
diante requerimento, acompanhado da cópia au-
Art. 556. A cassação da carta de reconhecimento
têntica dos estatutos e da declaração do número
da entidade sindical não importará no cancela-
de associados, do patrimônio e dos serviços so-
mento de seu registro, nem, consequentemente, a
ciais organizados.
sua dissolução, que se processará de acordo com
§ 3º As alterações dos estatutos das associações
as disposições da lei que regulam a dissolução das
profissionais não entrarão em vigor sem aprova-
associações civis. ção da autoridade que houver concedido o respec-
Parágrafo único. No caso de dissolução, por se tivo registro.
achar a associação incursa nas leis que definem
Art. 559. O Presidente da República, excepcio-
crimes contra a personalidade internacional, a es-
nalmente e mediante proposta do Ministro do
trutura e a segurança do Estado e a ordem política
Trabalho, Indústria e Comércio, fundada em ra-
e social, os seus bens, pagas as dívidas decorren-
zões de utilidade pública, poderá conceder, por
tes das suas responsabilidades, serão incorpora-
decreto, às associações civis constituídas para a
dos ao patrimônio da União e aplicados em obras
defesa e coordenação de interesses econômicos e
de assistência social.
profissionais e não obrigadas ao registro previsto
Art. 557. As penalidades de que trata o art. 553 no artigo anterior, a prerrogativa da alínea d do
serão impostas: art. 513 deste Capítulo.
99
Art. 560. Não se reputará transmissão de bens, condições tais que não se possam sindicalizar efi-
para efeitos fiscais, a incorporação do patrimônio cientemente pelo critério de especificidade de
de uma associação profissional ao da entidade categoria, é-lhes permitido sindicalizar-se pelo
sindical, ou das entidades aludidas entre si. critério de categorias similares ou conexas, en-
Art. 561. A denominação “sindicato” é privativa tendendo-se como tais as que se acham compre-
das associações profissionais de primeiro grau, endidas nos limites de cada grupo constante do
reconhecidas na forma desta Lei. Quadro de Atividades e Profissões.
Art. 562. As expressões “federação” e “confedera- Art. 571. Qualquer das atividades ou profissões
ção”, seguidas da designação de uma atividade eco- concentradas na forma do parágrafo único do artigo
nômica ou profissional, constituem denominações anterior poderá dissociar-se do sindicato principal,
privativas das entidades sindicais de grau superior. formando um sindicato específico, desde que o
novo sindicato, a juízo da Comissão do Enquadra-
mento Sindical, ofereça possibilidade de vida asso-
Art. 564. Às entidades sindicais, sendo-lhes peculiar ciativa regular e de ação sindical eficiente.
e essencial a atribuição representativa e coordena-
Art. 572. Os Sindicatos que se constituírem por
dora das correspondentes categorias ou profissões,
categorias similares ou conexas, nos termos do
é vedado, direta ou indiretamente, o exercício de
parágrafo único do art. 570, adotarão denomina-
atividade econômica.
ção em que fiquem, tanto como possível, explici-
Art. 565. As entidades sindicais reconhecidas nos tamente mencionadas as atividades ou profissões
termos desta Lei não poderão filiar-se a organi- concentradas, de conformidade com o Quadro
zações internacionais, nem com elas manter rela- das Atividades e Profissões, ou se se tratar de
ções, sem prévia licença concedida por decreto do subdivisões, de acordo com o que determinar a
Presidente da República. (Artigo com redação dada Comissão do Enquadramento Sindical.
pela Lei nº 2.802, de 18/6/1956) Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do artigo
Art. 566. Não podem sindicalizar-se os servidores anterior, o Sindicato principal terá a denominação
do Estado e os das instituições paraestatais. alterada, eliminando-se-lhe a designação relativa
Parágrafo único. Excluem-se da proibição cons- à atividade ou profissão dissociada.
tante deste artigo os empregados das sociedades Art. 573. O agrupamento dos Sindicatos em Fe-
de economia mista, da Caixa Econômica Federal e derações obedecerá às mesmas regras que as es-
das fundações criadas ou mantidas pelo Poder Pú- tabelecidas neste Capítulo para o agrupamento
blico da União, dos Estados e Municípios. (Parágrafo
das atividades e profissões em Sindicatos.
único com redação dada pela Lei nº 7.449, de 20/12/1985)
Parágrafo único. As Federações de Sindicatos de
Arts. 567 a 569. (Revogados pelo Decreto-Lei nº 229, profissões liberais poderão ser organizadas inde-
de 28/2/1967) pendentemente do grupo básico da Confederação,
CAPÍTULO II sempre que as respectivas profissões se acharem
DO ENQUADRAMENTO SINDICAL submetidas, por disposições de lei, a um único re-
gulamento. (Primitivo § 1º transformado em parágrafo
Art. 570. Os Sindicatos constituir-se-ão, normal-
único pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
mente, por categorias econômicas ou profissio-
nais específicas, na conformidade da discrimina-
ção do Quadro das Atividades e Profissões a que Art. 574. Dentro da mesma base territorial, as em-
se refere o art. 577 ou segundo as subdivisões que, presas industriais do tipo artesanal poderão cons-
sob proposta da Comissão do Enquadramento tituir entidades sindicais, de primeiro e segundo
Sindical, de que trata o art. 576, forem criadas graus, distintas das associações sindicais das em-
pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio. presas congêneres, de tipo diferente.
Parágrafo único. Quando os exercentes de Parágrafo único. Compete à Comissão de Enqua-
quaisquer atividades ou profissões se constitu- dramento Sindical definir, de modo genérico, com
írem, seja pelo número reduzido, seja pela na- a aprovação do Ministro do Trabalho, Indústria e
tureza mesma dessas atividades ou profissões, Comércio, a dimensão e os demais característicos
seja pelas afinidades existentes entre elas, em das empresas industriais de tipo artesanal.
100
Art. 575. O Quadro de Atividades e Profissões será b) indicação do respectivo Diretor-Geral, quanto
revisto de dois em dois anos, por proposta da Co- ao do DNMO;
missão do Enquadramento Sindical, para o fim de c) eleição pelas respectivas Confederações, em
ajustá-lo às condições da estrutura econômica e conjunto, quanto aos representantes das Catego-
profissional do País. rias econômicas e profissionais, de acordo com as
§ 1º Antes de proceder à revisão do Quadro, a instruções que forem expedidas pelo Ministro do
Comissão deverá solicitar sugestões às entidades Trabalho e Previdência Social.
sindicais e às associações profissionais. § 2º Cada Membro terá um suplente designado
§ 2º A proposta de revisão será submetida à apro- juntamente com o titular. (Parágrafo acrescido pelo
vação do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio. Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 3º Será de 3 (três) anos o mandato dos re-
Art. 576. A Comissão do Enquadramento Sindi-
presentantes das categorias econômica e profis-
cal será constituída pelo Diretor-Geral do Depar- sional. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
tamento Nacional do Trabalho, que a presidirá, e 28/2/1967, e com redação dada pelo Decreto-Lei nº 925,
pelos seguintes membros: (Caput do artigo com reda- de 10/10/1969)
ção dada pela Lei nº 5.819, de 6/11/1972) § 4º Os integrantes da Comissão perceberão
I – 2 (dois) representantes do Departamento Na- a gratificação de presença que for estabelecida
cional do Trabalho; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei por decreto executivo. (Parágrafo acrescido pelo
nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 5.819, Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
de 6/11/1972) § 5º Em suas faltas ou impedimentos o Diretor-
II – 1 (um) representante do Departamento Na- -Geral do DNT será substituído na presidência pelo
cional de Mão de Obra; (Inciso acrescido pelo Decreto- Diretor substituto do Departamento ou pelo repre-
-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei sentante deste na Comissão, nesta ordem. (Pará-
nº 5.819, de 6/11/1972) grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e
III – 1 (um) representante do Instituto Nacional de com redação dada pelo Decreto-Lei nº 506, de 18/3/1969)
Tecnologia, do Ministério da Indústria e do Comér- § 6º Além das atribuições fixadas no presente
cio; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, Capítulo e concernentes ao enquadramento sin-
e com redação dada pela Lei nº 5.819, de 6/11/1972) dical, individual ou coletivo, e à classificação das
IV – 1 (um) representante do Instituto Nacional atividades e profissões, competirá também à CES
de Colonização e Reforma Agrária, do Ministério resolver, com recurso para o Ministro do Trabalho
da Agricultura; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, e Previdência Social, todas as dúvidas e controvér-
de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 5.819, de sias concernentes à organização sindical. (Parágrafo
6/11/1972) acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
V – 1 (um) representante do Ministério dos Art. 577. O Quadro de Atividades e Profis-
Transportes; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, sões em vigor fixará o plano básico do enqua-
de 28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 5.819, de dramento sindical. (Consulte o quadro citado, que
6/11/1972) está disponível em: <https://www2.camara.leg.br/
legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-5452-1-maio-
VI – 2 (dois) representantes das categorias eco-
-1943-415500-quadroaqueserefereoart577-pe.pdf>)
nômicas; e (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
28/2/1967, e com redação dada pela Lei nº 5.819, de CAPÍTULO III
6/11/1972) DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
VII – 2 (dois) representantes das categorias (Denominação do capítulo com redação dada pelo
profissionais. (Inciso acrescido pela Lei nº 5.819, de Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
6/11/1972) Seção I
§ 1º Os membros da CES serão designados pelo Da Fixação e do Recolhimento
Ministro do Trabalho e Previdência Social, me- da Contribuição Sindical
diante: (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de (Expressão “imposto sindical” substituída por “Con-
28/2/1967) tribuição Sindical” pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
a) indicação dos titulares das Pastas, quanto Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos
aos representantes dos outros Ministérios; pelos participantes das categorias econômicas ou
101
profissionais ou das profissões liberais represen- II – para os agentes ou trabalhadores autôno-
tadas pelas referidas entidades serão recolhidas, mos e para os profissionais liberais, numa impor-
pagas e aplicadas na forma estabelecida neste tância correspondente a 30% (trinta por cento) do
Capítulo, sob a denominação de contribuição maior valor-de-referência fixado pelo Poder Exe-
sindical, desde que prévia, voluntária, individual cutivo, vigente à época em que é devida a contri-
e expressamente autorizado pelo empregado. (Ar- buição sindical, arredondada para Cr$ 1,00 (um
tigo com redação dada pela Medida Provisória nº 873, de cruzeiro) a fração porventura existente; (Inciso
1º/3/2019) acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976, e com redação
dada pela Lei nº 7.047, de 1º/12/1982)
Art. 579. O requerimento de pagamento da con-
III – para os empregadores, numa importância
tribuição sindical está condicionado à autorização
proporcional ao capital social da firma ou empre-
prévia e voluntária do empregado que participar
sa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais
de determinada categoria econômica ou profissio-
ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de
nal ou de profissão liberal, em favor do sindicato
alíquotas, conforme a seguinte tabela progres-
representativo da mesma categoria ou profissão
siva: (Inciso acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976,
ou, na inexistência do sindicato, em conformidade
e com redação dada pela Lei nº 7.047, de 1º/12/1982)
o disposto no art. 591. (Caput do artigo com redação
dada pela Medida Provisória nº 873, de 1º/3/2019) CLASSE DE CAPITAL ALÍQUOTA
§ 1º A autorização prévia do empregado a que 1 – até 150 vezes o maior valor-de-referência 0,8%
se refere o caput deve ser individual, expressa e 2 – acima de 150 até 1.500 vezes o maior
0,2%
valor-de-referência
por escrito, não admitidas a autorização tácita ou
3 – acima de 1.500 até 150.000 vezes o
a substituição dos requisitos estabelecidos neste maior valor-de-referência
0,1%
artigo para a cobrança por requerimento de opo- 4 – acima de 150.000 até 800.000 vezes o
0,02%
sição. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 873, maior valor-de-referência
de 1º/3/2019)
§ 2º É nula a regra ou a cláusula normativa que § 1º A contribuição sindical prevista na tabela
fixar a compulsoriedade ou a obrigatoriedade de constante do item III deste artigo corresponderá
recolhimento a empregados ou empregadores, à soma da aplicação das alíquotas sobre a por-
sem observância do disposto neste artigo, ainda ção do capital distribuído em cada classe, obser-
que referendada por negociação coletiva, assem- vados os respectivos limites. (Parágrafo acrescido
bleia-geral ou outro meio previsto no estatuto da pela Lei nº 4.140, de 21/9/1962, e com redação dada pela
entidade. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
nº 873, de 1º/3/2019) § 2º Para efeito do cálculo de que trata a tabela
progressiva inserta no item III deste artigo, consi-
Art. 579-A. Podem ser exigidas somente dos filia-
derar-se-á o valor de referência fixado pelo Poder
dos ao sindicato: (Artigo acrescido pela Medida Provi-
Executivo, vigente à data de competência da con-
sória nº 873, de 1º/3/2019)
tribuição, arredondando-se para Cr$ 1,00 (um
I – a contribuição confederativa de que trata o in- cruzeiro) a fração porventura existente. (Parágrafo
ciso IV do caput do art. 8º da Constituição; acrescido pela Lei nº 4.140, de 21/9/1962, e com redação
II – a mensalidade sindical; e dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)

§ 3º É fixado em 60% (sessenta por cento) do
III – as demais contribuições sindicais, incluídas
maior valor-de-referência, a que alude o parágrafo
aquelas instituídas pelo estatuto do sindicato ou
anterior, a contribuição mínima devida pelos em-
por negociação coletiva.
pregadores, independentemente do capital social
Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, da firma ou empresa, ficando, do mesmo modo,
de uma só vez, anualmente, e consistirá: (Caput do estabelecido o capital equivalente a 800.000 (oito-
artigo com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) centas mil) vezes o maior valor-de-referência para
I – na importância correspondente à remune- efeito do cálculo da contribuição máxima, respei-
ração de um dia de trabalho, para os empregados, tada a tabela progressiva constante do item III. (Pa-
qualquer que seja a forma da referida remunera- rágrafo acrescido pela Lei nº 4.140, de 21/9/1962, e com
ção; (Inciso acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) redação dada pela Lei nº 7.047, de 1º/12/1982)
102
§ 4º Os agentes ou trabalhadores autônomos clusivamente por meio de boleto bancário ou

e os profissionais liberais, organizados em firma equivalente eletrônico, que será encaminhado
ou empresa, com capital social registrado, reco- obrigatoriamente à residência do empregado ou,
lherão a contribuição sindical de acordo com a ta- na hipótese de impossibilidade de recebimento, à
bela progressiva a que se refere o item III. (Parágrafo sede da empresa. (Caput do artigo com redação dada
acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) pela Medida Provisória nº 873, de 1º/3/2019)
§ 5º As entidades ou instituições que não este- § 1º A inobservância ao disposto neste artigo
jam obrigadas ao registro de capital social, con- ensejará a aplicação do disposto no art. 598. (Pará-
siderarão como capital, para efeito do cálculo de grafo com redação dada pela Medida Provisória nº 873, de
que trata a tabela progressiva constante do item III 1º/3/2019)
deste artigo, o valor resultante da aplicação do per- § 2º É vedado o envio de boleto ou equivalente
centual de 40% (quarenta por cento) sobre o mo- à residência do empregado ou à sede da empresa,
vimento econômico registrado no exercício ime- na hipótese de inexistência de autorização prévia
diatamente anterior, do que darão conhecimento
e expressa do empregado. (Parágrafo com redação
à respectiva entidade sindical ou à Delegacia Re-
dada pela Medida Provisória nº 873, de 1º/3/2019)
gional do Trabalho, observados os limites estabe-
§ 3º Para fins do disposto no inciso I do caput do
lecidos no § 3º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela
art. 580, considera-se um dia de trabalho o equi-
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
valente a: (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória
§ 6º Excluem-se da regra do § 5º as entidades ou
nº 873, de 1º/3/2019)
instituições que comprovarem, através de requeri-
I – uma jornada normal de trabalho, na hipó-
mento dirigido ao Ministério do Trabalho, que não
tese de o pagamento ao empregado ser feito por
exercem atividade econômica com fins lucrativos.
unidade de tempo; ou (Inciso acrescido pela Medida
Provisória nº 873, de 1º/3/2019)
Art. 581. Para os fins do item III do artigo anterior, II – 1/30 (um trinta avos) da quantia percebida
as empresas atribuirão parte do respectivo capital no mês anterior, na hipótese de a remuneração ser
às suas sucursais, filiais ou agências, desde que
paga por tarefa, empreitada ou comissão. (Inciso
localizadas fora da base territorial da entidade
acrescido pela Medida Provisória nº 873, de 1º/3/2019)
sindical representativa da atividade econômica
§ 3º Na hipótese de pagamento do salário em
do estabelecimento principal, na proporção das
utilidades, ou nos casos em que o empregado
correspondentes operações econômicas, fazendo
receba, habitualmente, gorjetas, a contribuição
a devida comunicação às Delegacias Regionais do
sindical corresponderá a 1/30 (um trinta avos) da
Trabalho, conforme a localidade da sede da em-
importância que tiver servido de base, no mês
presa, sucursais, filiais ou agências. (Artigo com re-
de janeiro, para a contribuição do empregado à
dação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
Previdência Social. (Parágrafo acrescido pela Medida
§ 1º Quando a empresa realizar diversas ativida-
Provisória nº 873, de 1º/3/2019)
des econômicas, sem que nenhuma delas seja pre-
ponderante, cada uma dessas atividades será incor- Art. 583. O recolhimento da contribuição sindical
porada à respectiva categoria econômica, sendo a referente aos empregados e trabalhadores avul-
contribuição sindical devida à entidade sindical re- sos será efetuado no mês de abril de cada ano, e
presentativa da mesma categoria, procedendo-se, o relativo aos agentes ou trabalhadores autôno-
em relação às correspondentes sucursais, agências mos e profissionais liberais realizar-se-á no mês
ou filiais, na forma do presente artigo. de fevereiro, observada a exigência de autoriza-
§ 2º Entende-se por atividade preponderante a ção prévia e expressa prevista no art. 579 desta
que caracterizar a unidade de produto, operação Consolidação. (Caput do artigo com redação dada
ou objetivo final, para cuja obtenção todas as de- pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
mais atividades convirjam, exclusivamente, em 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
regime de conexão funcional. § 1º O recolhimento obedecerá ao sistema de
Art. 582. A contribuição dos empregados que guias, de acordo com as instruções expedidas
autorizarem, prévia e expressamente, o reco- pelo Ministro do Trabalho. (Parágrafo acrescido pela
lhimento da contribuição sindical será feita ex- Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
103
§ 2º O comprovante de depósito da contribuição na ocasião em que requererem às repartições o
sindical será remetido ao respectivo sindicato; na registro ou a licença para o exercício da respectiva
falta deste, à correspondente entidade sindical de atividade. (Artigo com redação dada pela Lei nº 13.467,
grau superior, e, se for o caso, ao Ministério do Tra- de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
balho. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) 120 dias após a publicação)
Art. 584. Servirá de base para o pagamento da Art. 588. A Caixa Econômica Federal manterá
contribuição sindical, pelos agentes ou trabalha- conta corrente intitulada “Depósitos da Arreca-
dores autônomos e profissionais liberais, a lista dação da Contribuição Sindical”, em nome de
de contribuintes organizada pelos respectivos cada uma das entidades sindicais beneficiadas,
sindicatos e, na falta destes, pelas federações ou cabendo ao Ministério do Trabalho cientificá-la
confederações coordenadoras da categoria. (Artigo das ocorrências pertinentes à vida administra-
com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) tiva dessas entidades. (Artigo com redação dada pela
Art. 585. Os profissionais liberais poderão optar Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
pelo pagamento da contribuição sindical unica- § 1º Os saques na conta corrente referida no
mente à entidade sindical representativa da res- caput deste artigo far-se-ão mediante ordem ban-
pectiva profissão, desde que a exerça, efetivamen- cária ou cheque com as assinaturas conjuntas do
te, na firma ou empresa e como tal sejam nelas presidente e do tesoureiro da entidade sindical.
registrados. (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.386, § 2º A Caixa Econômica Federal remeterá, men-
de 9/12/1976) salmente, a cada entidade sindical, um extrato da
Parágrafo único. Na hipótese referida neste respectiva conta corrente, e, quando solicitado,
artigo, à vista da manifestação do contribuinte aos órgãos do Ministério do Trabalho.
e da exibição da prova de quitação da contribui- Art. 589. Da importância da arrecadação da con-
ção, dada por Sindicato de profissionais liberais, tribuição sindical serão feitos os seguintes crédi-
o empregador deixará de efetuar, no salário do tos pela Caixa Econômica Federal, na forma das
contribuinte, o desconto a que se refere o art. 582. instruções que forem expedidas pelo Ministro
Art. 586. A contribuição sindical será recolhida, do Trabalho: (Caput do artigo com redação dada pela
nos meses fixados no presente Capítulo, à Caixa Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
Econômica Federal, ao Banco do Brasil S. A. ou aos I – para os empregadores: (Inciso acrescido pela
estabelecimentos bancários nacionais integrantes Lei nº 6.386, de 9/12/1976, e com redação dada pela Lei nº 11.648,
do Sistema de Arrecadação dos Tributos Federais, de 31/3/2008)
os quais, de acordo com instruções expedidas pelo a) 5% (cinco por cento) para a confederação
Conselho Monetário Nacional, repassarão à Caixa correspondente; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648,
Econômica Federal as importâncias arrecadadas. de 31/3/2008)
(Artigo com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) b) 15% (quinze por cento) para a federação; (Alí-
§ 1º Integrarão a rede arrecadadora as Caixas nea acrescida pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008)
Econômicas Estaduais, nas localidades onde ine- c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato
xistam os estabelecimentos previstos no caput respectivo; e (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648, de
deste artigo. 31/3/2008)
§ 2º Tratando-se de empregador, agentes ou tra- d) 20% (vinte por cento) para a “Conta Especial
balhadores autônomos ou profissionais liberais o Emprego e Salário”; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648,
recolhimento será efetuado pelos próprios, direta- de 31/3/2008)
mente ao estabelecimento arrecadador. II – para os trabalhadores: (Inciso acrescido pela
§ 3º A contribuição sindical devida pelos empre- Lei nº 6.386, de 9/12/1976, e com redação dada pela Lei
gados e trabalhadores avulsos será recolhida pelo nº 11.648, de 31/3/2008)
empregador e pelo sindicato, respectivamente. a) 5% (cinco por cento) para a confederação
Art. 587. Os empregadores que optarem pelo correspondente; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648,
recolhimento da contribuição sindical deverão de 31/3/2008)
fazê-lo no mês de janeiro de cada ano, ou, para os b) 10% (dez por cento) para a central sindical;
que venham a se estabelecer após o referido mês, (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008)
104
c) 15% (quinze por cento) para a federação; (Alí- § 2º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976,
nea acrescida pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) e revogado pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008)
d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato § 3º Não havendo sindicato, nem entidade sin-
respectivo; e (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648, de dical de grau superior ou central sindical, a con-
31/3/2008) tribuição sindical será creditada, integralmente, à
e) 10% (dez por cento) para a “Conta Especial “Conta Especial Emprego e Salário”. (Parágrafo acres-
Emprego e Salário”; (Alínea acrescida pela Lei nº 11.648, cido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976, e com redação dada
de 31/3/2008) pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008)
III – (Inciso acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976, e § 4º Não havendo indicação de central sindical,
revogado pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) na forma do § 1º do art. 589 desta Consolidação,
IV – (Inciso acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976, e os percentuais que lhe caberiam serão destinados
revogado pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) à “Conta Especial Emprego e Salário”. (Parágrafo
§ 1º O sindicato de trabalhadores indicará ao Mi- acrescido pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008)
nistério do Trabalho e Emprego a central sindical a Art. 591. Inexistindo sindicato, os percentuais
que estiver filiado como beneficiária da respectiva previstos na alínea c do inciso I e na alínea d do
contribuição sindical, para fins de destinação dos inciso II do caput do art. 589 desta Consolidação
créditos previstos neste artigo. (Parágrafo acrescido serão creditados à federação correspondente à
pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) mesma categoria econômica ou profissional. (Ar-
§ 2º A central sindical a que se refere a alínea b tigo com redação dada pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008)
do inciso II do caput deste artigo deverá atender Parágrafo único. Na hipótese do caput deste ar-
aos requisitos de representatividade previstos na tigo, os percentuais previstos nas alíneas a e b do
legislação específica sobre a matéria. (Parágrafo inciso I e nas alíneas a e c do inciso II do caput do
com redação dada pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) art. 589 desta Consolidação caberão à confederação.
I – para os empregadores: (Inciso com redação
Seção II
Da Aplicação da Contribuição Sindical
a) 5% (cinco por cento) para a confederação cor- (Expressão “imposto sindical” substituída por “Con-
respondente; tribuição Sindical” pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
b) 15% (quinze por cento) para a federação;
Art. 592. A contribuição sindical, além das despe-
c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato
sas vinculadas à sua arrecadação, recolhimento e
respectivo; e
controle, será aplicada pelos sindicatos, na con-
d) 20% (vinte por cento) para a “Conta Especial
formidade dos respectivos estatutos, visando aos
Emprego e Salário”;
seguintes objetivos: (Caput do artigo com redação
II – para os trabalhadores: (Inciso com redação
I – sindicatos de empregadores e de agentes au-
a) 5% (cinco por cento) para a confederação cor-
tônomos: (Inciso com redação dada pela Lei nº 6.386, de
respondente;
9/12/1976)
b) 10% (dez por cento) para a central sindical;
a) assistência técnica e jurídica; (Alínea com reda-
c) 15% (quinze por cento) para a federação;
d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato
b) assistência médica, dentária, hospitalar e far-
respectivo; e
macêutica; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
e) 10% (dez por cento) para a “Conta Especial
de 9/12/1976)
Emprego e Salário”;
c) realização de estudos econômicos e finan-
III – (Revogado)
ceiros; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386, de
IV – (Revogado)
9/12/1976)
Art. 590. Inexistindo confederação, o percentual d) agências de colocação; (Alínea com redação
previsto no art. 589 desta Consolidação caberá à dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
federação representativa do grupo. (Caput do artigo e) cooperativas; (Alínea com redação dada pela
com redação dada pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
§ 1º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976, f) bibliotecas; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386, de
e revogado pela Lei nº 11.648, de 31/3/2008) 9/12/1976)
105
g) creches; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386, de b) assistência médica, dentária, hospitalar e far-
9/12/1976) macêutica; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
h) congressos e conferências; (Alínea acrescida de 9/12/1976)
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) c) assistência à maternidade; (Alínea com redação
i) medidas de divulgação comercial e industrial dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
no País, e no estrangeiro, bem como em outras ten- d) bolsas de estudo; (Alínea com redação dada pela
dentes a incentivar e aperfeiçoar a produção na- Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
cional; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) e) cooperativas; (Alínea com redação dada pela
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
j) feiras e exposições; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386,
f) bibliotecas; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
de 9/12/1976)
de 9/12/1976)
l) prevenção de acidentes do trabalho; (Alínea
g) creches; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
de 9/12/1976)
m) finalidades desportivas; (Alínea acrescida pela
h) congressos e conferências; (Alínea com redação
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
II – sindicatos de empregados: (Inciso com redação
i) auxílio-funeral; (Alínea com redação dada pela
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
a) assistência jurídica; (Alínea com redação dada j) colônias de férias e centros de recreação; (Alí-
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) nea com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
b) assistência médica, dentária, hospitalar e far- l) estudos técnicos e científicos; (Alínea acrescida
macêutica; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386, pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e com redação
de 9/12/1976) dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
c) assistência à maternidade; (Alínea com redação m) finalidades desportivas e sociais; (Alínea acres-
dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) cida pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e com reda-
d) agências de colocação; (Alínea com redação ção dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) n) educação e formação profissional; (Alínea
e) cooperativas; (Alínea com redação dada pela acrescida pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e com
Lei nº 6.386, de 9/12/1976) redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
f) bibliotecas; (Alínea com redação dada pela Lei o) prêmios por trabalhos técnicos e científicos;
nº 6.386, de 9/12/1976) (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
g) creches; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386, IV – sindicatos de trabalhadores autônomos:
de 9/12/1976) (Inciso com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
h) congressos e conferências; (Alínea com redação a) assistência técnica e jurídica; (Alínea com reda-
b) assistência médica, dentária, hospitalar e far-
i) auxílio-funeral; (Alínea com redação dada pela
macêutica; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
de 9/12/1976)
j) colônias de férias e centros de recreação; (Alí-
c) assistência à maternidade; (Alínea com redação
nea com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
l) prevenção de acidentes do trabalho; (Alínea
d) bolsas de estudo; (Alínea com redação dada pela
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
m) finalidades desportivas e sociais; (Alínea acres-
e) cooperativas; (Alínea com redação dada pela
cida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
n) educação e formação profissional; (Alínea f) bibliotecas; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
acrescida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) de 9/12/1976)
o) bolsas de estudo; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.386, g) creches; (Alínea com redação dada pela Lei nº 6.386,
de 9/12/1976) de 9/12/1976)
III – sindicatos de profissionais liberais: (Inciso h) congressos e conferências; (Alínea com redação
com redação dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
a) assistência jurídica; (Alínea com redação dada i) auxílio-funeral; (Alínea com redação dada pela
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
106
j) colônias de férias e centros de recreação; (Alí- Seção IV

nea acrescida pelo Decreto-Lei nº 925, de 10/10/1969, e Das Penalidades
Art. 598. Sem prejuízo da ação criminal e das pena-
l) educação e formação profissional; (Alínea
lidades previstas no art. 553, serão aplicadas mul-
m) finalidades desportivas e sociais. (Alínea acres- tas de Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) a Cr$ 10.000,00 (dez
cida pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976) mil cruzeiros) pelas infrações deste capítulo impos-
§ 1º A aplicação prevista neste artigo ficará a tas no Distrito Federal pela autoridade competente
critério de cada entidade, que, para tal fim, obe- de 1ª instância do Departamento Nacional do Tra-
decerá, sempre, às peculiaridades do respectivo balho e nos Estados e no Território do Acre pelas
grupo ou categoria, facultado ao Ministro do Tra- autoridades regionais do Ministério do Trabalho,
balho permitir a inclusão de novos programas, Indústria e Comércio.
desde que assegurados os serviços assistenciais Parágrafo único. A gradação da multa atenderá
fundamentais da entidade. (Parágrafo único transfor-
à natureza da infração e às condições sociais e
mado em § 1º pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com
econômicas do infrator.
§ 2º Os sindicatos poderão destacar, em seus Art. 599. Para os profissionais liberais, a penali-
orçamentos anuais, até 20% (vinte por cento) dos dade consistirá na suspensão do exercício profis-
recursos da contribuição sindical para o custeio sional, até a necessária quitação, e será aplicada
das suas atividades administrativas, independen- pelos órgãos públicos ou autárquicos disciplina-
temente de autorização ministerial. (Parágrafo acres-
dores das respectivas profissões mediante comu-
cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com redação
nicação das autoridades fiscalizadoras.
§ 3º O uso da contribuição sindical prevista Art. 600. O recolhimento da contribuição sindi-
no § 2º não poderá exceder do valor total das cal efetuado fora do prazo referido neste Capítulo,
mensalidades sociais consignadas nos orçamen- quando espontâneo será acrescido da multa de
tos dos sindicatos, salvo autorização expressa 10% (dez por cento), nos trinta primeiros dias,
do Ministro do Trabalho. (Parágrafo acrescido pelo com o adicional de 2% (dois por cento) por mês
subsequente de atraso, além de juros de mora de
pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
1% (um por cento) ao mês e correção monetária,
Art. 593. As percentagens atribuídas às entidades ficando, nesse caso, o infrator, isento de outra
sindicais de grau superior e às centrais sindicais penalidade. (Caput do artigo com redação dada pela
serão aplicadas de conformidade com o que dis-
Lei nº 6.181, de 11/12/1974)
puserem os respectivos conselhos de represen-
§ 1º O montante das cominações previstas neste
tantes ou estatutos. (Caput do artigo com redação
artigo reverterá sucessivamente: (Parágrafo acrescido
Parágrafo único. Os recursos destinados às pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964, e com redação dada pela
centrais sindicais deverão ser utilizados no cus- Lei nº 6.181, de 11/12/1974)

teio das atividades de representação geral dos a) ao sindicato respectivo; (Alínea acrescida pela
trabalhadores decorrentes de suas atribuições Lei nº 6.181, de 11/12/1974)
legais. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 11.648, de b) à federação respectiva, na ausência de sindi-
31/3/2008) cato; (Alínea acrescida pela Lei nº 6.181, de 11/12/1974)
Art. 594. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964) c) à confederação respectiva, inexistindo fe-
Seção III deração. (Alínea acrescida pela Lei nº 6.181, de 11/12/1974)
Da Comissão da Contribuição Sindical § 2º Na falta de sindicato ou entidade de grau
(Expressão “imposto sindical” substituída por “Con- superior, o montante a que alude o parágrafo
tribuição Sindical” pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) precedente reverterá à conta “Emprego e Salário”.
Arts. 595 a 597. (Revogados pela Lei nº 4.589, de (Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964, e
11/12/1964) com redação dada pela Lei nº 6.181, de 11/12/1974)
107
Seção V tância de imposto, de acordo com o respectivo
Disposições Gerais enquadramento sindical.
Art. 601. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, § 2º Para os fins da cobrança judicial da contri-
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após buição sindical são extensivos às entidades sindi-
a publicação) cais, com exceção do foro especial, os privilégios
Art. 602. Os empregados que não estiverem da Fazenda Pública para a cobrança da dívida
trabalhando no mês destinado ao desconto da ativa. (Expressão “imposto sindical” substituída por “Con-
contribuição sindical e que venham a autorizar tribuição Sindical” pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
prévia e expressamente o recolhimento serão
Art. 607. É considerado como documento essen-
descontados no primeiro mês subsequente ao
cial ao comparecimento às concorrências públi-
do reinício do trabalho. (Caput do artigo com redação
cas ou administrativas e para o fornecimento às
dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU
repartições paraestatais ou autárquicas a prova
Parágrafo único. De igual forma se procederá da quitação da respectiva contribuição sindical e
com os empregados que forem admitidos depois a de recolhimento da contribuição sindical, des-
daquela data e que não tenham trabalhado ante- contada dos respectivos empregados. (Expressão
riormente nem apresentado a respectiva quitação. “imposto sindical” substituída por “Contribuição Sindical”
Art. 603. Os empregadores são obrigados a prestar pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
aos encarregados da fiscalização os esclarecimen- Art. 608. As repartições federais, estaduais ou

tos necessários ao desempenho de sua missão e a municipais não concederão registro ou licenças
exibir-lhes, quando exigidos, na parte relativa ao para funcionamento ou renovação de atividades
pagamento de empregados, os seus livros, folhas
aos estabelecimentos de empregadores e aos
de pagamento e outros documentos comprobató-
escritórios ou congêneres dos agentes ou traba-
rios desses pagamentos, sob pena da multa cabível.
lhadores autônomos e profissionais liberais, nem
Art. 604. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, concederão alvarás de licença ou localização, sem
que sejam exibidas as provas de quitação da con-
a publicação)
tribuição sindical, na forma do artigo anterior. (Ex-
Art. 605. As entidades sindicais são obrigadas a pressão “imposto sindical” substituída por “Contribuição
promover a publicação de editais concernentes Sindical” pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
ao recolhimento da contribuição sindical, durante Parágrafo único. A não observância do disposto
3 (três) dias, nos jornais de maior circulação local e
neste artigo acarretará, de pleno direito, a nulidade
até 10 (dez) dias da data fixada para depósito ban-
dos atos nele referidos, bem como dos mencio-
cário. (Expressão “imposto sindical” substituída por “Con-
nados no artigo 607. (Parágrafo único acrescido pela
tribuição Sindical” pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Lei nº 6.386, de 9/12/1976)
Art. 606. Às entidades sindicais cabe, em caso de
falta de pagamento da contribuição sindical, pro- Art. 609. O recolhimento da contribuição sindi-
mover a respectiva cobrança judicial, mediante cal e todos os lançamentos e movimentos nas
ação executiva, valendo como título de dívida a contas respectivas são isentos de selos e taxas
certidão expedida pelas autoridades regionais do federais, estaduais ou municipais. (Expressão “im-
Ministério do Trabalho e Previdência Social. (Caput posto sindical” substituída por “Contribuição Sindical”
do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 925, de pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
10/10/1969)
Art. 610. As dúvidas no cumprimento deste Ca-
§ 1º O Ministro do Trabalho, Indústria e Comér-
cio baixará as instruções regulando a expedição pítulo serão resolvidas pelo Diretor-Geral do De-
das certidões a que se refere o presente artigo das partamento Nacional do Trabalho, que expedirá
quais deverá constar a individualização do contri- as instruções que se tornarem necessárias à sua
buinte, a indicação do débito e a designação da execução. (Artigo com redação dada pela Lei nº 4.589,
entidade a favor da qual será recolhida a impor- de 11/12/1964)
108
TÍTULO VI publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após

DAS CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO a publicação)
(Denominação do título com redação dada pelo V – plano de cargos, salários e funções com-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) patíveis com a condição pessoal do empregado,
(Vide art. 7º, XXVI, da Constituição Federal de 1988) bem como identificação dos cargos que se enqua-
Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o dram como funções de confiança; (Inciso acrescido
acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
Sindicatos representativos de categorias econômi- 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
cas e profissionais estipulam condições de traba- VI – regulamento empresarial; (Inciso acrescido
lho aplicáveis, no âmbito das respectivas represen- pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
tações, às relações individuais de trabalho. (Caput 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de VII – representante dos trabalhadores no local
28/2/1967) (Vide art. 8º, VI, da Constituição Federal de 1988) de trabalho; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
§ 1º É facultado aos Sindicatos representati- 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
vos de categorias profissionais celebrar Acordos
Coletivos com uma ou mais empresas da corres- VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e tra-
pondente categoria econômica, que estipulem balho intermitente; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467,
condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da
empresa ou das empresas acordantes às respec-
IX – remuneração por produtividade, incluídas
tivas relações de trabalho. (Parágrafo único transfor-
as gorjetas percebidas pelo empregado, e remu-
mado em § 1º pela Lei nº 2.693, de 23/12/1955, e com reda-
neração por desempenho individual; (Inciso acres-
ção dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 2º As Federações e, na falta destas, as Confe-
derações representativas de categorias econômi-
X – modalidade de registro de jornada de tra-
cas ou profissionais poderão celebrar convenções
balho; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
coletivas de trabalho para reger as relações das
categorias a elas vinculadas, inorganizadas em
a publicação)
Sindicatos, no âmbito de suas representações.
XI – troca do dia de feriado; (Inciso acrescido
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo co- XII – enquadramento do grau de insalubridade;
letivo de trabalho têm prevalência sobre a lei (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publi-
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Artigo cada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a pu-
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no blicação)
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) XIII – prorrogação de jornada em ambientes
I – pacto quanto à jornada de trabalho, obser- insalubres, sem licença prévia das autoridades
vados os limites constitucionais; (Inciso acrescido competentes do Ministério do Trabalho; (Inciso
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
II – banco de horas anual; (Inciso acrescido pela XIV – prêmios de incentivo em bens ou servi-
Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, ços, eventualmente concedidos em programas
em vigor 120 dias após a publicação) de incentivo; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
mínimo de trinta minutos para jornadas superio- 120 dias após a publicação)
res a seis horas; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, XV – participação nos lucros ou resultados da
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor empresa. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
120 dias após a publicação) publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), publicação)
de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de § 1º No exame da convenção coletiva ou do
2015; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho
109
observará o disposto no § 3º do art. 8º desta Con- VII – proteção do salário na forma da lei, consti-
solidação. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de tuindo crime sua retenção dolosa;
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 VIII – salário-família;
dias após a publicação) IX – repouso semanal remunerado;
§ 2º A inexistência de expressa indicação de con- X – remuneração do serviço extraordinário su-
trapartidas recíprocas em convenção coletiva ou perior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento)
acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulida- à do normal;
de por não caracterizar um vício do negócio jurídico. XI – número de dias de férias devidas ao em-
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publica- pregado;
da no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) XII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salá- menos, um terço a mais do que o salário normal;
rio ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo XIII – licença-maternidade com a duração mí-
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos nima de cento e vinte dias;
empregados contra dispensa imotivada durante o XIV – licença-paternidade nos termos fixados
prazo de vigência do instrumento coletivo. (Pará- em lei;
grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada XV – proteção do mercado de trabalho da mulher,
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
§ 4º Na hipótese de procedência de ação anu- XVI – aviso prévio proporcional ao tempo de ser-
latória de cláusula de convenção coletiva ou de viço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
acordo coletivo de trabalho, quando houver a da lei;
cláusula compensatória, esta deverá ser igual- XVII – normas de saúde, higiene e segurança do
mente anulada, sem repetição do indébito. (Pará- trabalho previstas em lei ou em normas regula-
grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada mentadoras do Ministério do Trabalho;
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) XVIII – adicional de remuneração para as ativi-
§ 5º Os sindicatos subscritores de convenção dades penosas, insalubres ou perigosas;
coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deve- XIX – aposentadoria;
rão participar, como litisconsortes necessários, XX – seguro contra acidentes de trabalho, a
em ação individual ou coletiva, que tenha como cargo do empregador;
objeto a anulação de cláusulas desses instrumen- XXI – ação, quanto aos créditos resultantes das
tos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, relações de trabalho, com prazo prescricional de
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais,
a publicação) até o limite de dois anos após a extinção do con-
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de conven- trato de trabalho;
ção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, XXII – proibição de qualquer discriminação no
exclusivamente, a supressão ou a redução dos tocante a salário e critérios de admissão do traba-
seguintes direitos: (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, lhador com deficiência;
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor XXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso
120 dias após a publicação) ou insalubre a menores de dezoito anos e de qual-
I – normas de identificação profissional, inclu- quer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo
sive as anotações na Carteira de Trabalho e Previ- na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
dência Social; XXIV – medidas de proteção legal de crianças e
II – seguro-desemprego, em caso de desem- adolescentes;
prego involuntário; XXV – igualdade de direitos entre o trabalhador
III – valor dos depósitos mensais e da indeniza- com vínculo empregatício permanente e o traba-
ção rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de lhador avulso;
Serviço (FGTS); XXVI – liberdade de associação profissional ou sin-
IV – salário mínimo; dical do trabalhador, inclusive o direito de não so-
V – valor nominal do décimo terceiro salário; frer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer
VI – remuneração do trabalho noturno superior cobrança ou desconto salarial estabelecidos em
à do diurno; convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;
110
XXVII – direito de greve, competindo aos traba- da aplicação de seus dispositivos; (Inciso acrescido
lhadores decidir sobre a oportunidade de exercê- pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
-lo e sobre os interesses que devam por meio dele VI – disposições sobre o processo de sua pror-
defender; rogação e de revisão total ou parcial de seus dis-
XXVIII – definição legal sobre os serviços ou ati- positivos; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
vidades essenciais e disposições legais sobre o 28/2/1967)
atendimento das necessidades inadiáveis da co- VII – direitos e deveres dos empregados e em-
munidade em caso de greve; presas; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
XXIX – tributos e outros créditos de terceiros; 28/2/1967)
XXX – as disposições previstas nos arts. 373-A, VIII – penalidades para os Sindicatos conve-
390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta nentes, os empregados e as empresas em caso
Consolidação. de violação de seus dispositivos. (Inciso acrescido
Parágrafo único. Regras sobre duração do traba- pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
lho e intervalos não são consideradas como nor- Parágrafo único. As Convenções e os Acordos
mas de saúde, higiene e segurança do trabalho serão celebrados por escrito, sem emendas nem
para os fins do disposto neste artigo. rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindica-
tos convenentes ou as empresas acordantes, além
Art. 612. Os Sindicatos só poderão celebrar Con- de uma destinada a registro. (Parágrafo único acres-
venções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
deliberação de Assembleia Geral especialmente
Art. 614. Os Sindicatos convenentes ou as empre-
convocada para esse fim, consoante o disposto
sas acordantes promoverão, conjunta ou separa-
nos respectivos Estatutos, dependendo a validade
damente, dentro de 8 (oito) dias da assinatura da
da mesma do comparecimento e votação, em pri-
Convenção ou Acordo, o depósito de uma via do
meira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associa-
mesmo, para fins de registro e arquivo, no Depar-
dos da entidade, se se tratar de Convenção, e dos
tamento Nacional do Trabalho, em se tratando de
interessados, no caso de Acordo, e, em segunda,
instrumento de caráter nacional ou interestadual,
de 1/3 (um terço) dos mesmos. (Caput do artigo com
ou nos órgãos regionais do Ministério do Trabalho
redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
e Previdência Social, nos demais casos. (Caput do ar-
Parágrafo único. O quorum de comparecimento
tigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados
§ 1º As Convenções e os Acordos entrarão em
em segunda convocação, nas entidades sindicais
vigor 3 (três) dias após a data da entrega dos mes-
que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados.
mos no órgão referido neste artigo. (Parágrafo acres-
(Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
28/2/1967)
§ 2º Cópias autênticas das Convenções e dos
Art. 613. As Convenções e os Acordos deverão Acordos deverão ser afixados de modo visível,
conter obrigatoriamente: (Caput do artigo com reda- pelos Sindicatos convenentes, nas respectivas
ção dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) sedes e nos estabelecimentos das empresas com-
I – designação dos Sindicatos convenentes ou preendidas no seu campo de aplicação, dentro de
dos Sindicatos e empresas acordantes; (Inciso acres- 5 (cinco) dias da data do depósito previsto neste
cido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) artigo. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
II – prazo de vigência; (Inciso acrescido pelo Decreto- 28/2/1967)
-Lei nº 229, de 28/2/1967) § 3º Não será permitido estipular duração de
III – categorias ou classes de trabalhadores convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho
abrangidas pelos respectivos dispositivos; (Inciso superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade.
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967,
IV – condições ajustadas para reger as relações e com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
individuais de trabalho durante sua vigência; (In- blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
ciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) publicação)
V – normas para a conciliação das divergên- Art. 615. O processo de prorrogação, revisão, de-
cias surgidas entre os convenentes por motivos núncia ou revogação total ou parcial de Convenção
111
ou Acordo ficará subordinado, em qualquer caso, § 4º Nenhum processo de dissídio coletivo de
à aprovação de Assembleia Geral dos Sindicatos natureza econômica será admitido sem antes se
Convenentes ou partes acordantes, com obser- esgotarem as medidas relativas à formalização da
vância do disposto no art. 612. (Caput do artigo com Convenção ou Acordo correspondente. (Parágrafo
redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 1º O instrumento de prorrogação, revisão, de-
Art. 617. Os empregados de uma ou mais em-
núncia ou revogação de Convenção ou Acordo
presas que decidirem celebrar Acordo Coletivo
será depositado para fins de registro e arquiva-
de Trabalho com as respectivas empresas darão
mento, na repartição em que o mesmo origina-
ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindicato
riamente foi depositado, observado o disposto no
representativo da categoria profissional, que terá
art. 614. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
o prazo de 8 (oito) dias para assumir a direção dos
28/2/1967)
entendimentos entre os interessados, devendo
§ 2º As modificações introduzidas em Convenção
igual procedimento ser observado pelas empre-
ou Acordo, por força de revisão ou de revogação
sas interessadas com relação ao Sindicato da res-
parcial de suas cláusulas passarão a vigorar 3 (três)
pectiva categoria econômica. (Caput com redação
dias após a realização do depósito previsto no § 1º.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 1º Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o
Art. 616. Os Sindicatos representativos de cate-
Sindicato tenha se desincumbido do encargo rece-
gorias econômicas ou profissionais e as empresas,
bido, poderão os interessados dar conhecimento
inclusive as que não tenham representação sindi-
do fato à Federação a que estiver vinculado o Sin-
cal, quando provocados, não podem recusar-se
dicato e, em falta dessa, à correspondente Con-
à negociação coletiva. (Caput do artigo com redação
federação, para que, no mesmo prazo, assuma a
dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) (Vide art. 8º,
direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo,
VI, da Constituição Federal de 1988)
poderão os interessados prosseguir diretamente
§ 1º Verificando-se recusa à negociação coleti-
na negociação coletiva até final. (Parágrafo acrescido
va, cabe aos Sindicatos ou empresas interessadas
dar ciência do fato, conforme o caso, ao Departa-
§ 2º Para o fim de deliberar sobre o Acordo, a
mento Nacional do Trabalho ou aos órgãos regio-
entidade sindical convocará Assembleia Geral
nais do Ministério do Trabalho e Previdência So-
dos diretamente interessados, sindicalizados ou
cial, para convocação compulsória dos Sindicatos
não, nos termos do art. 612. (Parágrafo acrescido pelo
ou empresas recalcitrantes. (Parágrafo acrescido pelo
§ 2º No caso de persistir a recusa à negociação Art. 618. As empresas e instituições que não esti-
coletiva, pelo desatendimento às convocações verem incluídas no enquadramento sindical a que
feitas pelo Departamento Nacional do Trabalho se refere o art. 577 desta Consolidação poderão
ou órgãos regionais do Ministério do Trabalho e celebrar Acordos Coletivos de Trabalho com os
Previdência Social, ou se malograr a negociação Sindicatos representativos dos respectivos em-
entabulada, é facultada aos Sindicatos ou empregados, nos termos deste Título. (Artigo com re-
presas interessadas a instauração de dissídio co- dação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
letivo. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
Art. 619. Nenhuma disposição de contrato indivi-
28/2/1967) (Vide art. 114, §§ 1º e 2º, da Constituição Fe-
dual de trabalho que contrarie normas de Conven-
deral de 1988, e art. 3º da Lei nº 7.783, de 28/6/1989)
ção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá preva-
§ 3º Havendo convenção, acordo ou sentença
lecer na execução do mesmo, sendo considerada
normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá ser
nula de pleno direito. (Artigo com redação dada pelo
instaurado dentro dos 60 (sessenta) dias anterio-
res ao respectivo termo final, para que o novo ins-
trumento possa ter vigência no dia imediato a esse Art. 620. As condições estabelecidas em acordo
termo. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre
28/2/1967, e com redação dada pelo Decreto-Lei nº 424, as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.
de 21/1/1969) (Artigo com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
112
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após Art. 625. As controvérsias resultantes da aplica-
a publicação) ção de Convenção ou de Acordo celebrado nos
Art. 621. As Convenções e os Acordos poderão in- termos deste Título serão dirimidas pela Justiça
cluir entre suas cláusulas disposição sobre a cons- do Trabalho. (Artigo com redação dada pelo Decreto-
tituição e funcionamento de comissões mistas de -Lei nº 229, de 28/2/1967)
consulta e colaboração, no plano da empresa e so- TÍTULO VI-A

bre participação nos lucros. Estas disposições men- DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
cionarão a forma de constituição, o modo de fun- (Título acrescido pela Lei nº 9.958, de 12/1/2000, pu-
cionamento e as atribuições das comissões, assim blicada no DOU de 13/1/2000, em vigor 90 dias após a
como o plano de participação, quando for o caso. publicação)
(Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem
28/2/1967) (Vide art. 7º, XI, da Constituição Federal de 1988) instituir Comissões de Conciliação Prévia, de com-
Art. 622. Os empregados e as empresas que ce- posição paritária, com representantes dos empre-
lebrarem contratos individuais de trabalho, esta- gados e dos empregadores, com a atribuição de
belecendo condições contrárias ao que tiver sido tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho.
ajustado em Convenção ou Acordo que lhes for (Artigo acrescido pela Lei nº 9.958, de 12/1/2000, publicada
aplicável, serão passíveis da multa neles fixada. no DOU de 13/1/2000, em vigor 90 dias após a publicação)
(Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, Parágrafo único. As Comissões referidas no caput
de 28/2/1967) deste artigo poderão ser constituídas por grupos
Parágrafo único. A multa a ser imposta ao em- de empresas ou ter caráter intersindical.
pregado não poderá exceder da metade daquela Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da em-
que, nas mesmas condições seja estipulada para presa será composta de, no mínimo, dois e, no máxi-
a empresa. (Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei mo, dez membros, e observará as seguintes normas:
nº 229, de 28/2/1967) (Artigo acrescido pela Lei nº 9.958, de 12/1/2000, publicada
Art. 623. Será nula de pleno direito disposição no DOU de 13/1/2000, em vigor 90 dias após a publicação)
de Convenção ou Acordo que, direta ou indireta- I – a metade de seus membros será indicada
mente, contrarie proibição ou norma disciplina- pelo empregador e a outra metade eleita pelos
dora da política econômico-financeira do Governo empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado
ou concernente à política salarial vigente, não pelo sindicato da categoria profissional;
produzindo quaisquer efeitos perante autorida- II – haverá na Comissão tantos suplentes quan-
des e repartições públicas, inclusive para fins de tos forem os representantes titulares;
revisão de preços e tarifas de mercadorias e servi- III – o mandato dos seus membros, titulares e su-
ços. (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei plentes, é de um ano, permitida uma recondução.
nº 229, de 28/2/1967) § 1º É vedada a dispensa dos representantes
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a dos empregados membros da Comissão de Con-
nulidade será declarada, de ofício ou mediante ciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano
representação, pelo Ministro do Trabalho e Pre- após o final do mandato, salvo se cometerem falta
vidência Social, ou pela Justiça do Trabalho em grave, nos termos da lei.
processo submetido ao seu julgamento. (Parágrafo § 2º O representante dos empregados desenvol-
único acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) verá seu trabalho normal na empresa, afastando-se
de suas atividades apenas quando convocado para
Art. 624. A vigência de cláusula de aumento ou
atuar como conciliador, sendo computado como
reajuste salarial, que implique elevação de tarifas
tempo de trabalho efetivo o despendido nessa ati-
ou de preços sujeitos à fixação por autoridade pú-
vidade.
blica ou repartição governamental, dependerá de
prévia audiência dessa autoridade ou repartição Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sin-
e sua expressa declaração no tocante à possibili- dicato terá sua constituição e normas de funciona-
dade de elevação da tarifa ou do preço e quanto mento definidas em convenção ou acordo coletivo.
ao valor dessa elevação. (Artigo com redação dada (Artigo acrescido pela Lei nº 9.958, de 12/1/2000, publicada
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) no DOU de 13/1/2000, em vigor 90 dias após a publicação)
113
Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza traba- partir da tentativa frustrada de conciliação ou do
lhista será submetida à Comissão de Conciliação esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. (Artigo
Prévia se, na localidade da prestação de serviços, acrescido pela Lei nº 9.958, de 12/1/2000, publicada no
houver sido instituída a Comissão no âmbito da DOU de 13/1/2000, em vigor 90 dias após a publicação)
empresa ou do sindicato da categoria. (Artigo acres-
Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais
de Conciliação Trabalhista em funcionamento ou
que vierem a ser criados, no que couber, as dis-
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou
posições previstas neste Título, desde que obser-
reduzida a termo por qualquer dos membros da
vados os princípios da paridade e da negociação
Comissão, sendo entregue cópia datada e assi-
coletiva na sua constituição. (Artigo acrescido pela
nada pelo membro aos interessados.
§ 2º Não prosperando a conciliação, será forne-
cida ao empregado e ao empregador declaração
da tentativa conciliatória frustrada com a descri- TÍTULO VII
ção de seu objeto, firmada pelos membros da Co- DO PROCESSO DE MULTAS ADMINISTRATIVAS
missão, que deverá ser juntada à eventual recla- CAPÍTULO I
mação trabalhista. DA FISCALIZAÇÃO, DA AUTUAÇÃO
§ 3º Em caso de motivo relevante que impossi- E DA IMPOSIÇÃO DE MULTAS
bilite a observância do procedimento previsto no Art. 626. Incumbe às autoridades competentes
caput deste artigo, será a circunstância declarada do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio,
na petição inicial da ação intentada perante a Jus- ou àquelas que exerçam funções delegadas, a
tiça do Trabalho. fiscalização do fiel cumprimento das normas de
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a proteção ao trabalho.
mesma categoria, Comissão de empresa e Comis- Parágrafo único. Os fiscais dos Institutos de Se-
são sindical, o interessado optará por uma delas guro Social e das entidades paraestatais em geral
para submeter a sua demanda, sendo competente dependentes do Ministério do Trabalho, Indústria
aquela que primeiro conhecer do pedido. e Comércio serão competentes para a fiscalização
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado ter- a que se refere o presente artigo, na forma das ins-
mo assinado pelo empregado, pelo empregador truções que forem expedidas pelo Ministro do Tra-
ou seu proposto e pelos membros da Comissão, balho, Indústria e Comércio.
fornecendo-se cópia às partes. (Artigo acrescido pela Art. 627. A fim de promover a instrução dos res-
Lei nº 9.958, de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, ponsáveis no cumprimento das leis de proteção
em vigor 90 dias após a publicação) do trabalho, a fiscalização deverá observar o cri-
Parágrafo único. O termo de conciliação é título tério de dupla visita nos seguintes casos:
executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória a) quando ocorrer promulgação ou expedição
geral, exceto quanto às parcelas expressamente de novas leis, regulamentos ou instruções minis-
ressalvadas. teriais, sendo que, com relação exclusivamente a
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia esses atos, será feita apenas a instrução dos res-
têm prazo de dez dias para a realização da sessão ponsáveis;
de tentativa de conciliação a partir da provoca- b) em se realizando a primeira inspeção dos es-
ção do interessado. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.958, tabelecimentos ou dos locais de trabalho, recen-
de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, em vigor temente inaugurados ou empreendidos.
90 dias após a publicação) Art. 627-A. Poderá ser instaurado procedimento
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a rea- especial para a ação fiscal, objetivando a orienta-
lização da sessão, será fornecida, no último dia ção sobre o cumprimento das leis de proteção ao
do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do trabalho, bem como a prevenção e o saneamento
art. 625-D. de infrações à legislação mediante Termo de Com-
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a promisso, na forma a ser disciplinada no Regula-
partir da provocação da Comissão de Conciliação mento da Inspeção do Trabalho. (Artigo acrescido
Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 24/8/2001)
114
Art. 628. Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A, § 2º Lavrado o auto de infração, não poderá
a toda verificação em que o Auditor-Fiscal do ele ser inutilizado, nem sustado o curso do res-
Trabalho concluir pela existência de violação de pectivo processo, devendo o agente da inspeção
preceito legal deve corresponder, sob pena de res- apresentá-lo à autoridade competente, mesmo
ponsabilidade administrativa, a lavratura de auto se incidir em erro. (Parágrafo com redação dada pelo
de infração. (Caput do artigo com redação dada pela Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Medida Provisória nº 2.164-41, de 24/8/2001) § 3º O infrator terá, para apresentar defesa, o
§ 1º Ficam as empresas obrigadas a possuir o prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento
livro intitulado “Inspeção do Trabalho”, cujo modo auto. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto-Lei
delo será aprovado por portaria ministerial. (Pa- nº 229, de 28/2/1967)
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) § 4º O auto de infração será registrado com a
§ 2º Nesse livro, registrará o agente da inspeção indicação sumária de seus elementos caracterís-
sua vista ao estabelecimento, declarando a data e ticos, em livro próprio que deverá existir em cada
a hora do início e término da mesma, bem como o órgão fiscalizador, de modo a assegurar o controle
resultado da inspeção, nele consignando, se for do seu processamento. (Parágrafo acrescido pelo
o caso, todas as irregularidades verificadas e as Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
exigências feitas, com os respectivos prazos para Art. 630. Nenhum agente da inspeção poderá exer-
seu atendimento, e, ainda, de modo legível, os ele- cer as atribuições do seu cargo sem exibir a carteira
mentos de sua identificação funcional. (Parágrafo de identidade fiscal, devidamente autenticada, for-
necida pela autoridade competente. (Caput do artigo
§ 3º Comprovada má-fé do agente da inspeção, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
quanto à omissão ou lançamento de qualquer ele- § 1º É proibida a outorga de identidade fiscal a
mento no livro, responderá ele por falta grave no quem não esteja autorizado, em razão do cargo
cumprimento do dever, ficando passível, desde ou função, a exercer ou praticar, no âmbito da
logo, da pena de suspensão até 30 (trinta) dias, legislação trabalhista, atos de fiscalização. (Pará-
instaurando-se, obrigatoriamente, em caso de grafo único transformado em § 1º e com redação dada
reincidência, inquérito administrativo. (Parágrafo pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
§ 2º A credencial a que se refere este artigo de-
§ 4º A lavratura de autos contra empresas fic- verá ser devolvida para inutilização, sob as penas
tícias e de endereços inexistentes, assim como da lei em casos de provimento em outro cargo pú-
a apresentação de falsos relatórios, constituem blico, exoneração ou demissão, bem como nos de
falta grave, punível na forma do § 3º. (Parágrafo licenciamento por prazo superior a 60 (sessenta)
dias e de suspensão do exercício do cargo. (Pará-
Art. 629. O auto de infração será lavrado em grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
duplicata, nos termos dos modelos e instruções § 3º O agente da inspeção terá livre acesso a to-
expedidos, sendo uma via entregue ao infrator, das dependências dos estabelecimentos sujeitos
contra recibo, ou ao mesmo enviada, dentro de ao regime da legislação, sendo as empresas, por
10 (dez) dias da lavratura, sob pena de responsa- seus dirigentes ou prepostos, obrigados a prestar-
bilidade, em registro postal, com franquia e re- -lhes os esclarecimentos necessários ao desem-
cibo de volta. (Caput do artigo com redação dada pelo penho de suas atribuições legais e a exibir-lhes,
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) quando exigidos, quaisquer documentos que di-
§ 1º O auto não terá o seu valor probante con- gam respeito ao fiel cumprimento das normas
dicionado à assinatura do infrator ou de testemu- de proteção ao trabalho. (Parágrafo acrescido pelo
nhas, e será lavrado no local da inspeção, salvo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
havendo motivo justificado que será declarado no § 4º Os documentos sujeitos à inspeção deverão
próprio auto, quando então deverá ser lavrado permanecer, sob as penas da lei nos locais de tra-
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de balho, somente se admitindo, por exceção, a crité-
responsabilidade. (Parágrafo com redação dada pelo rio da autoridade competente, sejam os mesmos
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) apresentados em dia e hora previamente fixados
115
pelo agente da inspeção. (Parágrafo acrescido pelo competentes em matéria de trabalho, na forma es-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) tabelecida por este Título.
§ 5º No território do exercício de sua função, o § 1º A aplicação da multa não eximirá o infrator
agente da inspeção gozará de passe livre nas empre- da responsabilidade em que incorrer por infração
sas de transportes, públicas ou privadas, mediante das leis penais. (Parágrafo único transformado em § 1º
a apresentação da carteira de identidade fiscal. (Pa- pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
§ 6º A inobservância do disposto nos §§ 3º, 4º e § 2º Os valores das multas administrativas ex-
5º configurará resistência ou embaraço à fiscaliza- pressos em moeda corrente serão reajustados
ção e justificará a lavratura do respectivo auto de anualmente pela Taxa Referencial (TR), divulgada
infração, cominada a multa de valor igual a meio pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que
vier a substituí-lo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
(½) salário mínimo regional até 5 (cinco) vezes
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120
esse salário, levando-se em conta, além das cir-
dias após a publicação)
cunstâncias atenuantes ou agravantes, a situação
econômico-financeira do infrator e os meios a seu CAPÍTULO II
alcance para cumprir a lei. (Parágrafo acrescido pelo DOS RECURSOS
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Art. 635. De toda decisão que impuser multa
§ 7º Para o efeito do disposto no § 5º, a auto- por infração das leis e disposições reguladoras
ridade competente divulgará em janeiro e julho, do trabalho, e não havendo forma especial de
de cada ano, a relação dos agentes da inspeção processo, caberá recurso para o Diretor-Geral do
titulares da carteira de identidade fiscal. (Parágrafo Departamento ou Serviço do Ministério do Tra-
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) balho e Previdência Social que for competente
§ 8º As autoridades policiais, quando solicita- na matéria. (Caput do artigo com redação dada pelo
das, deverão prestar aos agentes da inspeção a Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
assistência de que necessitarem para o fiel cum- Parágrafo único. As decisões serão sempre fun-
primento de suas atribuições legais. (Parágrafo damentadas. (Parágrafo único acrescido pelo Decreto-
acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) -Lei nº 229, de 28/2/1967)
Art. 631. Qualquer funcionário público federal, Art. 636. Os recursos devem ser interpostos no
estadual ou municipal, ou representante legal de prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento
da notificação, perante autoridade que houver im-
associação sindical, poderá comunicar à autori-
posto a multa, a qual, depois de os informar, en-
dade competente do Ministério do Trabalho, In-
caminhá-los-á à autoridade de instância superior.
dústria e Comércio as infrações que verificar.
(Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei
Parágrafo único. De posse dessa comunicação,
nº 229, de 28/2/1967)
a autoridade competente procederá desde logo
§ 1º (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
às necessárias diligências, lavrando os autos de
28/2/1967, e declarado não recepcionado pela Constitui-
que haja mister.
ção Federal de 1988, em controle concentrado, pelo Su-
Art. 632. Poderá o autuado requerer a audiência premo Tribunal Federal, pela ADPF nº 156, publicada no
de testemunhas e as diligências que lhe parece- DOU de 23/2/2012)
rem necessárias à elucidação do processo, ca- § 2º A notificação somente será realizada por
bendo, porém, à autoridade, julgar da necessi- meio de edital, publicado no órgão oficial, quando
dade de tais provas. o infrator estiver em lugar incerto e não sabido. (Pa-
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
Art. 633. Os prazos para defesa ou recurso pode-
§ 3º A notificação de que trata este artigo fixará
rão ser prorrogados de acordo com despacho ex-
igualmente o prazo de 10 (dez) dias para que o infra-
presso da autoridade competente, quando o au-
tor recolha o valor da multa, sob pena de cobrança
tuado residir em localidade diversa daquela onde
executiva. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229,
se achar essa autoridade.
de 28/2/1967)
Art. 634. Na falta de disposição especial, a imposi- § 4º As guias de depósito ou recolhimento se-
ção das multas incumbe às autoridades regionais rão emitidas em 3 (três) vias e o recolhimento da
116
multa deverá proceder-se dentro de 5 (cinco) dias provindo a reclamação que a determinou, sendo
às repartições federais competentes, que escritu- extraída cópia autêntica dessa inscrição e enviada
rarão a receita a crédito do Ministério do Trabalho às autoridades competentes para a respectiva co-
e Previdência Social. (Parágrafo acrescido pelo Decre- brança judicial, valendo tal instrumento como tí-
to-Lei nº 229, de 28/2/1967) tulo de dívida líquida e certa.
§ 5º A segunda via da guia do recolhimento será
Art. 642. A cobrança judicial das multas impos-
devolvida pelo infrator à repartição que a emitiu,
tas pelas autoridades administrativas do trabalho
até o sexto dia depois de sua expedição, para a
obedecerá ao disposto na legislação aplicável à
averbação no processo. (Parágrafo acrescido pelo
cobrança da dívida ativa da União, sendo promo-
vida, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados
§ 6º A multa será reduzida de 50% (cinquenta
em que funcionarem Tribunais Regionais do Tra-
por cento) se o infrator, renunciando ao recurso a
balho, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho,
recolher ao Tesouro Nacional dentro do prazo de
10 (dez) dias contados do recebimento da notifica- e, nas demais localidades, pelo Ministério Público
ção ou da publicação do edital. (Parágrafo acrescido Estadual e do Território do Acre, nos termos do
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Decreto-Lei nº 960, de 17 de dezembro de 1938.
§ 7º Para a expedição da guia, no caso do § 6º, Parágrafo único. No Estado de São Paulo a co-
deverá o infrator juntar a notificação com a prova brança continuará a cargo da Procuradoria do
da data do seu recebimento, ou a folha do órgão Departamento Estadual do Trabalho, na forma
oficial que publicou o edital. (Parágrafo acrescido do convênio em vigor.
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) TÍTULO VII-A
Art. 637. De todas as decisões que proferirem em DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE
processos de infração das leis de proteção ao traba- DÉBITOS TRABALHISTAS
(Título acrescido pela Lei nº 12.440, de 7/7/2011, pu-
lho e que impliquem arquivamento destes, observa-
do o disposto no parágrafo único do art. 635, deve-
publicação)
rão as autoridades prolatoras recorrer de ofício para
a autoridade competente de instância superior. (Arti- Art. 642-A. É instituída a Certidão Negativa de Dé-
go com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) bitos Trabalhistas (CNDT), expedida gratuita e ele-
Art. 638. Ao Ministro do Trabalho, Indústria e Co- tronicamente, para comprovar a inexistência de dé-
mércio é facultado avocar ao seu exame e decisão, bitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho.
dentro de 90 (noventa) dias do despacho final do (Artigo acrescido pela Lei nº 12.440, de 7/7/2011, publicada
assunto, ou no curso do processo, as questões re- no DOU de 8/7/2011, em vigor 180 dias após a publicação)
ferentes à fiscalização dos preceitos estabelecidos § 1º O interessado não obterá a certidão quando
nesta Consolidação. em seu nome constar:
I – o inadimplemento de obrigações estabele-
CAPÍTULO III
cidas em sentença condenatória transitada em
DO DEPÓSITO, DA INSCRIÇÃO E DA COBRANÇA
julgado proferida pela Justiça do Trabalho ou
Art. 639. Não sendo provido o recurso, o depósito em acordos judiciais trabalhistas, inclusive no
se converterá em pagamento.
concernente aos recolhimentos previdenciários,
Art. 640. É facultado às Delegacias Regionais do a honorários, a custas, a emolumentos ou a reco-
Trabalho, na conformidade de instruções expedi- lhimentos determinados em lei; ou
das pelo Ministro de Estado, promover a cobrança II – o inadimplemento de obrigações decorren-
amigável das multas antes do encaminhamento tes de execução de acordos firmados perante o
dos processos à cobrança executiva. (Artigo com re- Ministério Público do Trabalho ou Comissão de
dação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Conciliação Prévia.
Art. 641. Não comparecendo o infrator, ou não de- § 2º Verificada a existência de débitos garanti-
positando a importância da multa ou penalidade, dos por penhora suficiente ou com exigibilidade
far-se-á a competente inscrição em livro especial, suspensa, será expedida Certidão Positiva de Dé-
existente nas repartições das quais se tiver origi- bitos Trabalhistas em nome do interessado com
nado a multa ou penalidade, ou de onde tenha os mesmos efeitos da CNDT.
117
§ 3º A CNDT certificará a empresa em relação a CAPÍTULO II
todos os seus estabelecimentos, agências e filiais. DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO
§ 4º O prazo de validade da CNDT é de 180 (cento (Vide Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
e oitenta) dias, contado da data de sua emissão. Seção I

Da Composição e Funcionamento
TÍTULO VIII
DA JUSTIÇA DO TRABALHO Art. 647. Cada Junta de Conciliação e Julgamento
terá a seguinte composição: (Artigo com redação
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
a) um juiz do trabalho, que será seu presidente;
Art. 643. Os dissídios, oriundos das relações entre b) dois vogais, sendo um representante dos em-
empregados e empregadores, bem como de tra- pregadores e outro dos empregados.
balhadores avulsos e seus tomadores de servi- Parágrafo único. Haverá um suplente para cada
ços, em atividades reguladas na legislação so- vogal.
cial, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de
Art. 648. São incompatíveis entre si, para os tra-
acordo com o presente Título e na forma estabele- balhos da mesma Junta, os parentes consanguí-
cida pelo processo judiciário do trabalho. (Caput do neos e afins até o terceiro grau civil.
artigo com redação dada pela Lei nº 7.494, de 17/6/1986) Parágrafo único. A incompatibilidade resolve-se
§ 1º As questões concernentes à previdência a favor do primeiro vogal designado ou empos-
social serão decididas pelos órgãos e autoridades sado, ou por sorteio, se a designação ou posse for
previstos no Capítulo V deste Título e na legislação da mesma data.
sobre seguro social. Art. 649. As Juntas poderão conciliar, instruir ou
§ 2º As questões referentes a acidentes do tra- julgar com qualquer número, sendo, porém, in-
balho continuam sujeitas à justiça ordinária, na dispensável a presença do Presidente, cujo voto
forma do Decreto nº 24.637, de 10 de julho de 1934, prevalecerá em caso de empate. (Artigo com redação
e legislação subsequente. dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
§ 3º A Justiça do Trabalho é competente, ainda, § 1º No julgamento de embargos deverão estar
para processar e julgar as ações entre trabalha- presentes todos os membros da Junta.
dores portuários e os operadores portuários ou o § 2º Na execução e na liquidação das decisões
Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) decorrentes funciona apenas o Presidente.
da relação de trabalho. (Parágrafo acrescido pela Me- Seção II
dida Provisória nº 2.164-41, de 24/8/2001) Da Jurisdição e Competência das Juntas
Art. 644. São órgãos da Justiça do Trabalho: (Artigo Art. 650. A jurisdição de cada Junta de Concilia-
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) ção e Julgamento abrange todo o território da Co-
(Vide art. 111 da Constituição Federal de 1988) marca em que tem sede, só podendo ser esten-
a) o Tribunal Superior do Trabalho; dida ou restringida por lei federal. (Caput do artigo
b) os Tribunais Regionais do Trabalho; com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Parágrafo único. As leis locais de Organização
Juízos de Direito. Judiciária não influirão sobre a competência de
Juntas de Conciliação e Julgamento já criadas, até
Art. 645. O serviço da Justiça do Trabalho é re-
que lei federal assim determine. (Parágrafo único
levante e obrigatório, ninguém dele podendo acrescido pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
eximir-se, salvo motivo justificado.
Art. 651. A competência das Juntas de Concilia-
Art. 646. Os órgãos da Justiça do Trabalho fun- ção e Julgamento é determinada pela localidade
cionarão perfeitamente coordenados, em regime onde o empregado, reclamante ou reclamado,
de mútua colaboração, sob a orientação do Presi- prestar serviços ao empregador, ainda que tenha
dente do Tribunal Superior do Trabalho. (Expressão sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
“Conselho Nacional” substituída por “Tribunal Superior” § 1º Quando for parte de dissídio agente ou via-
pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) jante comercial, a competência será da Junta da
118
localidade em que a empresa tenha agência ou Parágrafo único. Terão preferência para julga-
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, mento os dissídios sobre pagamento de salário
na falta, será competente a Junta da localização e aqueles que derivarem da falência do empre-
em que o empregado tenha domicílio ou a locali- gador, podendo o Presidente da Junta, a pedido
dade mais próxima. (Parágrafo com redação dada pela do interessado, constituir processo em separado,
Lei nº 9.851, de 27/10/1999) sempre que a reclamação também versar sobre
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e outros assuntos.
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se
Art. 653. Compete, ainda, às Juntas de Concilia-
aos dissídios ocorridos em agência ou filial no es-
ção e Julgamento:
trangeiro, desde que o empregado seja brasileiro
a) requisitar às autoridades competentes a rea-
e não haja convenção internacional dispondo em
lização das diligências necessárias ao esclareci-
contrário.
mento dos feitos sob sua apreciação, represen-
§ 3º Em se tratando de empregador que promova
tando contra aquelas que não atenderem a tais
realização de atividades fora do lugar do contrato
requisições;
de trabalho, é assegurado ao empregado apresen-
b) realizar as diligências e praticar os atos pro-
tar reclamação no foro da celebração do contrato
cessuais ordenados pelos Tribunais Regionais do
ou no da prestação dos respectivos serviços.
Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: (Caput do (Alínea retificada pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944;
artigo com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, expressões “Conselhos Regionais” e “Conselho Nacional”
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após substituídas respectivamente por “Tribunais Regionais” e
a publicação) “Tribunal Superior” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
a) conciliar e julgar: c) julgar as suspeições arguidas contra os seus
I – os dissídios em que se pretenda o reconheci- membros;
mento da estabilidade de empregado; d) julgar as exceções de incompetência que lhes
II – os dissídios concernentes a remuneração, forem opostas;
férias e indenizações por motivo de rescisão do e) expedir precatórias e cumprir as que lhes
contrato individual de trabalho; forem deprecadas;
III – os dissídios resultantes de contratos de em- f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do
preitadas em que o empreiteiro seja operário ou Trabalho, quaisquer outras atribuições que decor-
artífice; ram da sua jurisdição.
IV – os demais dissídios concernentes ao con-
Seção III
trato individual de trabalho;
Dos Presidentes das Juntas
V – as ações entre trabalhadores portuários e os
operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão Art. 654. O ingresso na magistratura do trabalho
de Obra (OGMO) decorrentes da relação de traba- far-se-á para o cargo de Juiz do Trabalho Substi-
lho; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 2.164-41, tuto. As nomeações subsequentes por promoção,
de 2001) alternadamente, por antiguidade e merecimento.
b) processar e julgar os inquéritos para apura- (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229,
ção de falta grave; de 28/2/1967)
c) julgar os embargos opostos às suas próprias § 1º Nas 7ª e 8ª Regiões da Justiça do Trabalho,
decisões; nas localidades fora das respectivas sedes, haverá
d) impor multas e demais penalidades relativas suplentes de juiz do trabalho presidente de Junta
aos atos de sua competência; (Alínea com redação sem direito a acesso, nomeados pelo Presidente
dada pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944) da República, dentre brasileiros, bacharéis em
e) (Suprimida pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944) direito, de reconhecida idoneidade moral, espe-
f) decidir quanto à homologação de acordo cializados em direito do trabalho, pelo período de
extrajudicial em matéria de competência da Jus- 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos. (Parágrafo
tiça do Trabalho. (Alínea acrescida pela Lei nº 13.467, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor § 2º Os suplentes de juiz do trabalho receberão,
120 dias após a publicação) quando em exercício, vencimentos iguais aos dos
119
juízes que substituírem. (Parágrafo com redação dada Art. 655. Os presidentes e os presidentes substitu-
pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) tos tomarão posse do cargo perante o presidente
§ 3º Os Juízes Substitutos serão nomeados após do Tribunal Regional da respectiva jurisdição. (Artigo
aprovação em concurso público de provas e títulos com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
realizado perante o Tribunal Regional do Trabalho § 1º Nos Estados em que não houver sede de
da Região, válido por dois anos e prorrogável, a Tribunais a posse dar-se-á perante o presidente
critério do mesmo órgão, por igual período, uma do Tribunal de Apelação, que remeterá o respec-
só vez, e organizado de acordo com as instruções tivo termo ao presidente do Tribunal Regional da
expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. jurisdição do empossado.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, § 2º Nos Territórios a posse dar-se-á perante o
e com redação dada pela Lei nº 6.087, de 16/7/1974) juiz de Direito da capital, que procederá na forma
§ 4º Os candidatos inscritos só serão admitidos prevista no § 1º.
ao concurso após apreciação prévia, pelo Tribu-
Art. 656. O Juiz do Trabalho Substituto, sempre
nal Regional do Trabalho da respectiva Região,
que não estiver substituindo o Juiz-Presidente de
dos seguintes requisitos: (Parágrafo acrescido pelo
Junta, poderá ser designado para atuar nas Juntas
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, e com redação dada
de Conciliação e Julgamento. (Caput do artigo com
a) idade maior de 25 (vinte e cinco) anos e
menor de 45 (quarenta e cinco) anos; (Alínea acres- § 1º Para o fim mencionado no caput deste ar-
cida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) tigo, o território da Região poderá ser dividido
b) idoneidade para o exercício das funções. (Alí- em zonas, compreendendo a jurisdição de uma
nea acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) ou mais Juntas, a juízo do Tribunal Regional do
§ 5º O preenchimento dos cargos de Presidente Trabalho respectivo. (Parágrafo único acrescido pela
de Junta, vagos ou criados por lei, será feito den- Lei nº 5.442, de 24/5/1968, transformado em § 1º e com
tro de cada Região: (Parágrafo acrescido pelo Decreto- redação dada pela Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, e com redação dada pelo De- § 2º A designação referida no caput deste artigo
creto-Lei nº 229, de 28/2/1967) será de atribuição do Juiz-Presidente do Tribunal
a) pela remoção de outro presidente, prevale- Regional do Trabalho ou, não havendo disposição
cendo a antiguidade no cargo, caso haja mais de regimental específica, de quem este indicar. (Pará-
um pedido, desde que a remoção tenha sido re- grafo acrescido pela Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
querida, dentro de quinze dias, contados da aber- § 3º Os Juízes do Trabalho Substitutos, quando
tura da vaga, ao Presidente do Tribunal Regional, designados ou estiverem substituindo os Juízes-
a quem caberá expedir o respectivo ato; (Alínea -Presidentes de Juntas, perceberão os vencimen-
acrescida pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967, e com tos destes. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 8.432, de
redação dada pela Lei nº 6.090, de 16/7/1974) 11/6/1992)
b) pela promoção de substituto, cuja aceitação § 4º O Juiz-Presidente do Tribunal Regional do
será facultativa, obedecido o critério alternado de Trabalho ou, não havendo disposição regimental
antiguidade e merecimento. (Alínea acrescida pelo específica, que este indicar, fará a lotação e a mo-
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) vimentação dos Juízes Substitutos entre as dife-
§ 6º Os juízes do trabalho, presidentes de Junta, rentes zonas da Região na hipótese de terem sido
juízes substitutos e suplentes de juiz tomarão criadas na forma do § 1º deste artigo. (Parágrafo
posse perante o Presidente do Tribunal da res- acrescido pela Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
pectiva Região. Nos Estados que não forem sede
Art. 657. Os Presidentes de Junta e os Presiden-
de Tribunal Regional do Trabalho, a posse dar-se-á
tes Substitutos perceberão os vencimentos fixados
perante o presidente do Tribunal de Justiça, que
em lei. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737,
remeterá o termo ao presidente do Tribunal Regio-
de 19/1/1946)
nal da jurisdição do empossado. Nos Territórios, a
posse dar-se-á perante o presidente do Tribunal Art. 658. São deveres precípuos dos presidentes
Regional do Trabalho da respectiva Região. (Pará- das Juntas, além dos que decorram do exercício
grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, e de sua função: (Caput do artigo com redação dada pelo
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
120
a) manter perfeita conduta pública e privada; selho Regional” substituída por “Tribunal Regional” pelo
(Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
19/1/1946) IX – conceder medida liminar, até decisão final
b) abster-se de atender a solicitações ou reco- do processo, em reclamações trabalhistas que
mendações relativamente aos feitos que hajam visem a tornar sem efeito transferência discipli-
sido ou tenham de ser submetidos à sua aprecia- nada pelos parágrafos do artigo 469 desta Conso-
ção; (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, lidação; (Inciso acrescido pela Lei nº 6.203, de 17/4/1975)
de 19/1/1946) X – conceder medida liminar, até decisão final
c) residir dentro dos limites de sua jurisdição, do processo, em reclamações trabalhistas que
não podendo ausentar-se sem licença do Presi- visem reintegrar no emprego dirigente sindical
dente do Tribunal Regional; (Alínea com redação dada afastado, suspenso ou dispensado pelo empre-
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; expressão “Con- gador. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.270, de 17/4/1996)
selho Regional” substituída por “Tribunal Regional” pelo
Seção IV
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) Dos Vogais das Juntas
d) despachar e praticar todos os atos decorrentes (Vide art. 2º da Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
de suas funções, dentro dos prazos estabelecidos,
Art. 660. Os vogais das Juntas são designados pelo
sujeitando-se ao desconto correspondente a um
Presidente do Tribunal Regional da respectiva ju-
dia de vencimento para cada dia de retardamento.
risdição. (Expressão “Conselho Regional” substituída por
(Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
“Tribunal Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Art. 659. Competem privativamente aos Presiden-
Art. 661. Para o exercício da função de vogal da
tes das Juntas, além das que lhes forem conferidas
Junta ou suplente deste são exigidos os seguintes
neste Título e das decorrentes de seu cargo, as se-
requisitos:
guintes atribuições:
a) ser brasileiro; (Alínea com redação dada pelo
I – presidir às audiências das Juntas;
II – executar as suas próprias decisões, as pro-
b) ter reconhecida idoneidade moral;
feridas pela Junta e aquelas cuja execução lhes
c) ser maior de 25 (vinte e cinco) anos e ter
for deprecada;
menos de 70 (setenta) anos; (Alínea com redação
III – dar posse aos vogais nomeados para a
Junta, ao secretário e aos demais funcionários da
d) estar no gozo dos direitos civis e políticos;
Secretaria;
e) estar quite com o serviço militar;
IV – convocar os suplentes dos vogais, no impe-
f) contar mais de dois anos de efetivo exercício
dimento destes;
na profissão e ser sindicalizado.
V – representar ao Presidente do Tribunal Re-
Parágrafo único. A prova da qualidade profissio-
gional da respectiva jurisdição, no caso de falta
nal a que se refere a alínea f deste artigo, é feita
de qualquer vogal a 3 (três) reuniões consecutivas,
mediante declaração do respectivo sindicato.
sem motivo justificado, para os fins do art. 727;
(Expressão “Conselho Regional” substituída por “Tribunal Art. 662. A escolha dos vogais das Juntas e seus
Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) suplentes far-se-á dentre os nomes constantes das
VI – despachar os recursos interpostos pelas listas que, para esse efeito, forem encaminhadas
partes, fundamentando a decisão recorrida antes pelas associações sindicais de primeiro grau ao
da remessa ao Tribunal Regional, ou submeten- presidente do Tribunal Regional. (Expressão “Con-
do-os à decisão da Junta, no caso do art. 894; (Ex- selho Regional” substituída por “Tribunal Regional” pelo
pressão “Conselho Regional” substituída por “Tribunal Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) § 1º Para esse fim, cada sindicato de emprega-
VII – assinar as folhas de pagamento dos mem- dores e de empregados, com base territorial exten-
bros e funcionários da Junta; siva à área de jurisdição da Junta, no todo ou em
VIII – apresentar ao Presidente do Tribunal Re- parte, procederá na ocasião determinada pelo
gional, até 15 de fevereiro de cada ano, o relató- Presidente do Tribunal Regional, à escolha de três
rio dos trabalhos do ano anterior; (Expressão “Con- nomes que comporão a lista, aplicando-se à eleição
121
o disposto no art. 524 e seus §§ 1º a 3º. (Parágrafo § 2º Na falta do suplente, por impedimento,
com redação dada pela Lei nº 5.657, de 4/6/1971) morte ou renúncia serão designados novo vogal
§ 2º Recebidas as listas pelo presidente do Tri- e o respectivo suplente, dentre os nomes constan-
bunal Regional, designará este, dentro de cinco tes das listas a que se refere o art. 662, servindo os
dias, os nomes dos vogais e dos respectivos su- designados até o fim do período.
plentes, expedindo para cada um deles um título, Art. 664. Os vogais das Juntas e seus suplentes
mediante a apresentação do qual será empos- tomam posse perante o Presidente da Junta em
sado. (Expressão “Conselho Regional” substituída por que têm de funcionar.
§ 3º Dentro de quinze dias, contados da data da Art. 665. Enquanto durar sua investidura, gozam
posse, pode ser contestada a investidura do vogal os vogais das Juntas e seus suplentes das prerro-
ou do suplente, por qualquer interessado, sem gativas asseguradas aos jurados.
efeito suspensivo, por meio de representação es- Art. 666. Por audiência a que comparecerem, até
crita, dirigida ao presidente do Tribunal Regional. o máximo de vinte por mês, os vogais das Juntas
(Expressão “Conselho Regional” substituída por “Tribunal e seus suplentes perceberão a gratificação fixada
Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) em lei.
§ 4º Recebida a contestação, o Presidente do Tri-
Art. 667. São prerrogativas dos vogais das Juntas,
bunal designará imediatamente relator, o qual, se
além das referidas no art. 665:
houver necessidade de ouvir testemunhas ou de
a) tomar parte nas reuniões do Tribunal a que
proceder a quaisquer diligências, providenciará
pertençam;
para que tudo se realize com a maior brevidade,
b) aconselhar às partes a conciliação;
submetendo, por fim, a contestação ao parecer do
c) votar no julgamento dos feitos e nas matérias
Tribunal, na primeira sessão. (Parágrafo com redação
de ordem interna do Tribunal, submetidas às suas
deliberações;
§ 5º Se o Tribunal julgar procedente a contesta-
d) pedir vista dos processos pelo prazo de 24
ção, o presidente providenciará a designação de
(vinte e quatro) horas;
novo vogal ou suplente. (Parágrafo com redação dada
e) formular, por intermédio do Presidente, aos
litigantes, testemunhas e peritos, as perguntas
§ 6º Em falta de indicação, pelos sindicatos, de
que quiserem fazer, para esclarecimento do caso.
nomes para representantes das respectivas cate-
gorias profissionais e econômicas nas Juntas de CAPÍTULO III
DOS JUÍZOS DE DIREITO
Conciliação e Julgamento, ou nas localidades
onde não existirem sindicatos, serão esses repre- Art. 668. Nas localidades não compreendidas
sentantes livremente designados pelo presidente na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julga-
do Tribunal Regional do Trabalho, observados os mento, os Juízos de Direito são os órgãos de admi-
requisitos exigidos para o exercício da função. (Pa- nistração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) que lhes for determinada pela lei de organização
judiciária local.
Art. 663. A investidura dos vogais das Juntas e
seus suplentes é de 3 (três) anos, podendo, en- Art. 669. A competência dos Juízos de Direito,
tretanto, ser dispensado, a pedido, aquele que quando investidos na administração da Justiça do
tiver servido, sem interrupção, durante metade Trabalho, é a mesma das Juntas de Conciliação e
desse período. (Caput do artigo com redação dada pela Julgamento, na forma da Seção II do Capítulo II.
Lei nº 2.244, de 23/6/1954) § 1º Nas localidades onde houver mais de um
§ 1º Na hipótese da dispensa do vogal a que Juízo de Direito a competência é determinada,
alude este artigo, assim como nos casos do im- entre os Juízes do Cível, por distribuição ou pela
pedimento, morte ou renúncia, sua substituição divisão judiciária local, na conformidade da lei de
far-se-á pelo suplente, mediante convocação do organização respectiva.
presidente da Junta. (Parágrafo com redação dada § 2º Quando o critério de competência da lei
pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) de organização judiciária for diverso do previsto
122
no parágrafo anterior, será competente o Juiz do 20ª Região, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) toga-
Cível mais antigo. dos, vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporários;
21ª Região, de 8 (oito) Juízes, sendo 6 (seis) toga-
CAPÍTULO IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO dos, vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporários; 22ª
(Expressão “Conselhos Regionais” substituída por “Tribu- Região, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) togados,
nais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporários; 23ª Re-
gião, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) togados, vita-
Seção I
Da Composição e do Funcionamento lícios, e 2 (dois) classistas, temporários; 24ª Região,
de 8 (oito) Juízes, sendo 6 (seis) togados, vitalí-
Art. 670. Os Tribunais Regionais compor-se-ão: 1ª cios, e 2 (dois) classistas, temporários, todos no-
Região, de 54 (cinquenta e quatro) juízes, sendo
meados pelo Presidente da República. (Caput do
36 (trinta e seis) togados, vitalícios, e 18 (dezoito)
artigo atualizado em conformidade com as seguintes
classistas, temporários; 2ª Região, de 64 (sessenta
leis: Lei nº 6.241, de 22/9/1975, Lei nº 6.635, de 2/5/1979,
e quatro) juízes, sendo 42 (quarenta e dois) toga-
Lei nº 6.904, de 30/4/1981, Lei nº 6.915, de 1º/6/1981,
dos, vitalícios, e 22 (vinte e dois) classistas, tempo-
Lei nº 6.927, de 7/7/1981, Lei nº 6.928, de 7/7/1981, Lei
rários; 3ª Região, de 36 (trinta e seis) juízes, sendo
nº 7.119, de 30/8/1983, Lei nº 7.324, de 18/6/1985, Lei
24 (vinte e quatro) togados, vitalícios, e 12 (doze)
nº 7.325, de 18/6/1985, Lei nº 7.520, de 15/7/1986, Lei
classistas, temporários; 4ª Região, de 36 (trinta e
nº 7.523, de 17/7/1986, Lei nº 7.671, de 21/9/1988, Lei
seis) juízes, sendo 24 (vinte e quatro) togados, vi-
nº 7.842, de 18/10/1989, Lei nº 7.872, de 8/11/1989, Lei
talícios, e 12 (doze) classistas, temporários; 5ª Re-
nº 7.873, de 9/11/1989, Lei nº 7.911, de 7/12/1989, Lei
gião, de 29 (vinte e nove) juízes, sendo 19 (de-
nº 7.962, de 21/12/1989, Lei nº 8.215, de 25/7/1991, Lei
zenove) togados, vitalícios, e 10 (dez) classistas,
nº 8.217, de 27/8/1991, Lei nº 8.219, de 29/8/1991, Lei nº
temporários; 6ª Região, de 18 (dezoito) juízes,
8.221, de 5/9/1991, Lei nº 8.233, de 10/9/1991, Lei nº 8.430,
sendo 12 (doze) togados, vitalícios, e 6 (seis) clas-
de 8/6/1992, Lei nº 8.431, de 9/6/1992, Lei nº 8.471, de
sistas, temporários; 7ª Região, de 8 (oito) juízes,
7/10/1992, Lei nº 8.473, de 19/10/1992, Lei nº 8.474, de
sendo 6 (seis) togados, vitalícios, e 2 (dois) classis-
20/10/1992, Lei nº 8.480, de 7/11/1992, Lei nº 8.491, de
tas, temporários; 8ª Região, de 23 (vinte e três) juí-
20/11/1992, Lei nº 8.492, de 20/11/1992, Lei nº 8.493, de
zes, sendo 15 (quinze) togados, vitalícios, e 8 (oito)
20/11//1992, Lei nº 8.497, de 26/11/1992, Lei nº 8.531, de
classistas, temporários; 9ª Região, de 28 (vinte e
15/12/1992, Lei nº 8.621, de 8/1/1993, Lei nº 8.947, de
oito) juízes, sendo 18 (dezoito) togados, vitalícios,
8/12/1994)
e 10 (dez) classistas, temporários; 10ª Região, de
17 (dezessete) juízes, sendo 11 (onze) togados, vi- § 1º (Vetado na Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
talícios, e 6 (seis) classistas, temporários; 11ª Re- § 2º Nos Tribunais Regionais constituídos de
gião, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) togados, vita- seis ou mais juízes togados, e menos de onze, um
lícios, e 2 (dois) classistas, temporários; 12ª Região, deles será escolhido dentre advogados, um dentre
de 18 (dezoito) juízes, sendo 12 (doze) togados, vi- membros do Ministério Público da União junto à
talícios, e 6 (seis) classistas, temporários; 13ª Re- Justiça do Trabalho e os demais dentre juízes do
gião, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) togados, vita- Trabalho Presidentes de Junta da respectiva Re-
lícios, e 2 (dois) classistas, temporários; 14ª Região, gião, na forma prevista no parágrafo anterior. (Pa-
de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) togados, vitalícios, rágrafo com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
e 2 (dois) classistas, temporários; 15ª Região, de § 3º (Vetado na Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
36 (trinta e seis) juízes, sendo 24 (vinte e quatro) § 4º Os juízes classistas referidos neste artigo
togados, vitalícios, e 12 (doze) classistas, tempo- representarão, paritariamente, empregadores e
rários; 16ª Região, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) empregados. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 5.442, de
togados, vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporá- 24/5/1968)
rios; 17ª Região, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) § 5º Haverá um suplente para cada Juiz classista.
togados, vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporá- (Parágrafo acrescido pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
rios; 18ª Região, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) to- § 6º Os Tribunais Regionais, no respectivo re-
gados, vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporários; gimento interno, disporão sobre a substituição
19ª Região, de 8 (oito) juízes, sendo 6 (seis) toga- de seus juízes, observados, na convocação de
dos, vitalícios, e 2 (dois) classistas, temporários; juízes inferiores, os critérios de livre escolha e
123
antiguidade, alternadamente. (Parágrafo acrescido decisão ou despacho recorrido. (Parágrafo acrescido
pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
§ 7º Dentre os seus juízes togados, os Tribunais Art. 673. A ordem das sessões dos Tribunais Regio-
Regionais elegerão os respectivos Presidente e nais será estabelecida no respectivo Regimento
Vice-Presidente, assim como os Presidentes de Interno. (Expressão “Conselhos Regionais” substituída por
Turmas, onde as houver. (Parágrafo acrescido pela “Tribunais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
§ 8º Os Tribunais Regionais da 1ª e 2ª Regiões Seção II
Da Jurisdição e Competência
dividir-se-ão em Turmas, facultada essa divisão
aos constituídos de pelo menos, doze juízes. Cada Art. 674. Para efeito da jurisdição dos Tribunais
turma se comporá de três juízes togados e dois Regionais, o território nacional é dividido nas 24
classistas, um representante dos empregados e regiões seguintes:
outro dos empregadores. (Parágrafo acrescido pela 1ª Região – Estado do Rio de Janeiro; (Lei nº 5.839,
Lei nº 5.442, de 24/5/1968) de 5/12/1972)
Art. 671. Para os trabalhos dos Tribunais Regio- 2ª Região – Estado de São Paulo; (Lei nº 5.839, de
nais existe a mesma incompatibilidade prevista no 5/12/1972)
art. 648, sendo idêntica a forma de sua resolução.
3ª Região – Estado de Minas Gerais; (Lei nº 5.839, de
(Expressão “Conselhos Regionais” substituída por “Tribu-
5/12/1972)
nais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
4ª Região – Estado do Rio Grande do Sul; (Lei nº 5.839,
Art. 672. Os Tribunais Regionais, em sua composi-
de 5/12/1972)
ção plena, deliberarão com a presença, além do Pre-
sidente, da metade e mais um do número de seus 5ª Região – Estado da Bahia; (Lei nº 5.839, de 5/12/1972)
juízes, dos quais, no mínimo, um representante dos 6ª Região – Estado Pernambuco; (Lei nº 5.839, de
empregados e outro dos empregadores. (Caput do 5/12/1972)
artigo com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
7ª Região – Estado do Ceará; (Lei nº 5.839, de 5/12/1972)
§ 1º As Turmas somente poderão deliberar pre-
sentes, pelo menos, três dos seus juízes, entre 8ª Região – Estados do Pará e Amapá; (Lei nº 5.839,
eles os dois classistas. Para a integração desse de 5/12/1972)
quorum, poderá o Presidente de uma Turma con- 9ª Região – Estado do Paraná; (Lei nº 6.241, de 22/9/1975)
vocar Juízes de outra, da classe a que pertencer o
10ª Região – Estado do Distrito Federal; (Lei nº 6.927,
ausente ou impedido. (Parágrafo com redação dada
de 7/7/1981)
pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
§ 2º Nos Tribunais Regionais, as decisões tomar- 11ª Região – Estados do Amazonas e de Roraima;
-se-ão pelo voto da maioria dos juízes presentes, (Lei nº 6.915, de 1º/6/1981)
ressalvada, no Tribunal Pleno, a hipótese de decla- 12ª Região – Estado de Santa Catarina; (Lei nº 6.928,
ração de inconstitucionalidade de lei ou ato do pode 7/7/1981)
der público (artigo 111 da Constituição). (Parágra-
13ª Região – Estado da Paraíba; (Lei nº 7.324, de
fo com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) (Vide
18/6/1985)
art. 97 da Constituição Federal de 1988)
§ 3º O Presidente do Tribunal Regional, exce- 14ª Região – Estados de Rondônia e Acre; (Lei nº
tuada a hipótese de declaração de inconstitucio- 7.523, de 17/7/1986)
nalidade de lei ou ato do poder público, somente 15ª Região – Estado de São Paulo; (Lei nº 7.520, de
terá voto de desempate. Nas sessões administra- 15/7/1986)
tivas, o Presidente votará como os demais juízes,
16ª Região – Estado do Maranhão; (Lei nº 7.671, de
cabendo-lhe, ainda, o voto de qualidade. (Parágrafo
21/9/1988)
§ 4º No julgamento de recursos contra decisão 17ª Região – Estado do Espírito Santo; (Lei nº 7.872,
de 8/11/1989)
ou despacho do Presidente, do Vice-Presidente
ou do Relator, ocorrendo empate, prevalecerá a 18ª Região – Estado de Goiás; (Lei nº 7.873, de 9/11/1989)
124
19ª Região – Estado de Alagoas; (Lei nº 8.219, de 2. a extensão das decisões proferidas em dissí-
29/8/1991) dios coletivos;
20ª Região – Estado de Sergipe; (Lei nº 8.233, de 3. os mandados de segurança;
10/9/1991) 4. as impugnações à investidura de vogais e
seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Jul-
21ª Região – Estado do Rio Grande do Norte; (Lei nº
gamento; (Vide Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
8.215, de 25/7/1991)
c) processar e julgar em última instância:
22ª Região – Estado do Piauí; (Lei nº 8.221, de 5/9/1991) 1. os recursos das multas impostas pelas Turmas;
23ª Região – Estado do Mato Grosso; (Lei nº 8.430, 2. as ações rescisórias das decisões das Juntas
de 8/6/1992) de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito
24ª Região – Estado do Mato Grosso do Sul; (Lei nº investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e
8.431, de 9/6/1992) (Caput do artigo atualizado em confor- de seus próprios acórdãos;
midade com as leis citadas) 3. os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas,
os juízes de direito investidos na jurisdição traba-
Parágrafo único. Os tribunais têm sede nas cida-
lhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou
des: Rio de Janeiro (1ª Região), São Paulo (2ª Re-
entre aqueles e estas;
gião), Belo Horizonte (3ª Região), Porto Alegre (4ª
d) julgar em única ou última instâncias:
Região), Salvador (5ª Região), Recife (6ª Região),
1. os processos e os recursos de natureza admi-
Fortaleza (7ª Região), Belém (8ª Região), Curitiba
nistrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e
(9ª Região), Brasília (10ª Região), Manaus (11ª Re-
gião), Florianópolis (12ª Região), João Pessoa (13ª respectivos servidores;
Região), Porto Velho (14ª Região), Campinas (15ª 2. as reclamações contra atos administrativos de
Região), São Luís (16ª Região), Vitória (17ª Região), seu presidente ou de qualquer de seus membros,
Goiânia (18ª Região), Maceió (19ª Região), Aracaju assim como dos juízes de primeira instância e de
(20ª Região), Natal (21ª Região), Teresina (22ª Re- seus funcionários. (Inciso acrescido pela Lei nº 5.442,
gião), Cuiabá (23ª Região) e Campo Grande (24ª Re- de 24/5/1968)
gião). (As sedes das Regiões foram estabelecidas nas res- II – às Turmas: (Inciso acrescido pela Lei nº 5.442, de
pectivas leis de criação citadas no caput) 24/5/1968)
a) julgar os recursos ordinários previstos no
art. 895, alínea a;
Art. 676. O número de regiões, a jurisdição e a ca- b) julgar os agravos de petição e de instrumento,
tegoria dos Tribunais Regionais, estabelecidos nos
estes de decisões denegatórias de recursos de sua
artigos anteriores, somente podem ser alterados
alçada;
pelo Presidente da República. (Expressão “Conselhos
c) impor multas e demais penalidades relativas
Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” pelo De-
a atos de sua competência jurisdicional, e julgar
creto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
os recursos interpostos das decisões das Juntas
Art. 677. A competência dos Tribunais Regionais dos juízes de direito que as impuserem.
determina-se pela forma indicada no art. 651 e Parágrafo único. Das decisões das Turmas não
seus parágrafos e, nos casos de dissídio coletivo, caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no
pelo local onde este ocorrer. (Expressão “Conselhos caso do item I, alínea c, inciso 1, deste artigo.
Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” pelo
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) Art. 679. Aos Tribunais Regionais não divididos
em Turmas, compete o julgamento das matérias
Art. 678. Aos Tribunais Regionais, quando dividi-
a que se refere o artigo anterior, exceto a de que
dos em Turmas, compete: (Caput do artigo com reda-
trata o inciso I da alínea c do Item I, como os confli-
tos de jurisdição entre Turmas. (Artigo com redação
I – ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) processar, conciliar e julgar originariamente
os dissídios coletivos; Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais,
b) processar e julgar originariamente: ou suas Turmas: (Artigo restabelecido com nova reda-
1. as revisões de sentenças normativas; ção dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
125
a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a VII – convocar suplentes dos vogais do Conse-
realização dos atos processuais e diligências neces- lho, nos impedimentos destes; (Inciso com redação
sárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação; dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias VIII – representar ao presidente do Tribunal Su-
decisões; perior do Trabalho contra os presidentes e os vo-
c) declarar a nulidade dos atos praticados com gais, nos casos previstos no art. 727 e seu parágrafo
infração de suas decisões; único; (Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737,
d) julgar as suspeições arguidas contra seus de 19/1/1946; expressão “Conselho Nacional” substituída
membros; por “Tribunal Superior” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de
e) julgar as exceções de incompetência que lhes 9/9/1946)
forem opostas; IX – despachar os recursos interpostos pelas par-
f) requisitar às autoridades competentes as dili- tes; (Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737,
gências necessárias ao esclarecimento dos feitos de 19/1/1946)
sob apreciação, representando contra aquelas X – requisitar às autoridades competentes, nos
que não atenderem a tais requisições; casos de dissídio coletivo, a força necessária, sem-
g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do pre que houver ameaça de perturbação da ordem;
(Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
Trabalho, as demais atribuições que decorram de
19/1/1946)
sua Jurisdição.
XI – exercer correição, pelo menos uma vez por
Seção III ano, sobre as Juntas, ou parcialmente, sempre
Dos Presidentes dos Tribunais Regionais que se fizer necessário, e solicitá-la, quando jul-
Art. 681. Os presidentes e vice-presidentes dos gar conveniente, ao Presidente do Tribunal de
Tribunais Regionais do Trabalho tomarão posse Apelação relativamente aos juízes de Direito in-
perante os respectivos Tribunais. (Caput do artigo vestidos na administração da Justiça do Trabalho;
com redação dada pela Lei nº 6.320, de 5/4/1976) (Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 6.320, de 19/1/1946)
5/4/1976) XII – distribuir os feitos, designando os vogais
que os devem relatar; (Inciso com redação dada pelo
Art. 682. Competem privativamente aos presiden-
tes dos Tribunais Regionais, além das que forem
XIII – designar, dentre os funcionários do Tribu-
conferidas neste e no título e das decorrentes do
nal e das Juntas existentes em uma mesma locali-
seu cargo, as seguintes atribuições: (Caput do artigo
dade, o que deve exercer a função de distribuidor;
(Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
I – (Revogado pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
19/1/1946)
II – designar os vogais das Juntas e seus suplen- XIV – assinar as folhas de pagamento dos vogais
tes; (Inciso com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, e servidores do Tribunal. (Inciso com redação dada
de 19/1/1946) pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
III – dar posse aos presidentes de Juntas e § 1º Na falta ou impedimento do presidente
presidentes substitutos, aos vogais e suplentes da Junta e do substituto da mesma localidade,
e funcionários do próprio Tribunal e conceder é facultado ao presidente do Tribunal Regional
férias e licenças aos mesmos e aos vogais e su- designar substituto de outra localidade, obser-
plentes das Juntas; (Inciso com redação dada pelo vada a ordem de antiguidade entre os substitu-
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) tos desimpedidos. (Parágrafo com redação dada pelo
IV – presidir as sessões do Tribunal; (Inciso com Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; expressão “Conse-
redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) lho Regional” substituída por “Tribunal Regional” pelo
V – presidir às audiências de conciliação nos Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
dissídios coletivos; (Inciso com redação dada pelo § 2º Na falta ou impedimento do vogal da Junta
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) e do respectivo suplente, é facultado ao presi-
VI – executar suas próprias decisões e as pro- dente do Tribunal Regional designar suplente de
feridas pelo Tribunal; (Inciso com redação dada pelo outra Junta, respeitada a categoria profissional ou
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) econômica do representante e a ordem de antigui-
126
dade dos suplentes desimpedidos. (Parágrafo com Art. 685. A escolha dos vogais e suplentes dos
redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; Tribunais Regionais, representantes dos empre-
expressão “Conselho Regional” substituída por “Tribunal gadores e empregados, é feita dentre os nomes
Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) constantes das listas para esse fim encaminhadas
§ 3º Na falta ou impedimento de qualquer Juiz ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho
representante classista e seu respectivo Suplente, pelas associações sindicais de grau superior com
é facultado ao Presidente do Tribunal Regional sede nas respectivas regiões. (Expressões “Conselhos
designar um dos Vogais de Junta de Conciliação Regionais” e “Conselho Nacional” substituídas respecti-
e Julgamento para funcionar nas sessões do Tri- vamente por “Tribunais Regionais” e “Tribunal Superior”
bunal, respeitada a categoria profissional ou eco- pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
nômica do representante. (Parágrafo acrescido pela § 1º Para o efeito deste artigo, o Conselho de Re-
Lei nº 3.440, de 27/8/1958) presentantes de cada associação sindical de grau
Art. 683. Na falta ou impedimento dos presiden- superior, na ocasião determinada pelo presidente
tes dos Tribunais Regionais, e como auxiliares do Tribunal Superior do Trabalho, organizará, por
destes, sempre que necessário, funcionarão seus maioria de votos, uma lista de três nomes. (Expres-
substitutos. (Caput do artigo com redação dada pelo são “Conselho Nacional” substituída por “Tribunal Supe-
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; expressão “Conselhos rior” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” pelo § 2º O Presidente do Tribunal Superior do Traba-
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) lho submeterá os nomes constantes das listas ao
§ 1º Nos casos de férias, por trinta dias, licen- Presidente da República, por intermédio do Minis-
ça, morte ou renúncia, a convocação competirá tro da Justiça e Negócios Interiores. (Parágrafo com
diretamente ao presidente do Tribunal Superior redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
do Trabalho. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto- Art. 686. (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 9.797, de
-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; expressão “Conselho Nacio- 9/9/1946)
nal” substituída por “Tribunal Superior” pelo Decreto-Lei
Art. 687. Os juízes representantes classistas dos
nº 9.797, de 9/9/1946)
Tribunais Regionais tomam posse perante o respec-
§ 2º Nos demais casos, mediante convocação do
tivo Presidente. (Expressão “vogais dos Conselhos Regio-
próprio presidente do Tribunal ou comunicação do
nais” substituída por “juízes representantes classistas dos
Secretário deste, o presidente substituto assumirá
Tribunais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
imediatamente o exercício, ciente o presidente do
Tribunal Superior do Trabalho. (Parágrafo com reda- Art. 688. Aos juízes representantes classistas
ção dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; expres- dos Tribunais Regionais aplicam-se as disposi-
são “Conselho Nacional” substituída por “Tribunal Supe- ções do art. 663, sendo a nova escolha feita den-
rior” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) tre os nomes constantes das listas a que se refere
o art. 685, ou na forma indicada no art. 686 e, bem
Seção IV
Dos Juízes Representantes Classistas assim, as dos arts. 665 e 667. (Expressão “vogais dos
dos Tribunais Regionais Conselhos Regionais” substituída por “juízes represen-
(Expressão “Vogais dos Conselhos Regionais” substituída tantes classistas dos Tribunais Regionais” pelo Decreto-
por “Juízes Representantes Classistas dos Tribunais -Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) Art. 689. Por sessão a que comparecerem, até o
Art. 684. Os juízes representantes classistas dos Tri- máximo de quinze por mês, perceberão os Juízes
bunais Regionais são designados pelo Presidente representantes classistas e suplentes dos Tribunais
da República. (Expressão “vogais dos Conselhos Regio- Regionais a gratificação fixada em lei. (Caput do artigo
nais” substituída por “juízes representantes classistas dos com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946,
Tribunais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) adaptada aos termos do Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Parágrafo único. Aos juízes representantes clas- Parágrafo único. Os Juízes representantes clas-
sistas dos empregados e dos empregadores, nos sistas que retiverem processos além dos prazos
Tribunais Regionais, aplicam-se as disposições do estabelecidos no Regimento Interno dos Tribunais
art. 661. (Primitivo § 1º transformado em parágrafo único Regionais, sofrerão, automaticamente, na grati-
e com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) ficação mensal a que teriam direito, desconto
127
equivalente a 1/30 por processo retido. (Parágrafo interno. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.797,
único acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, de 9/9/1946, e com redação dada pela Lei nº 2.244, de
adaptada aos termos do Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) 23/6/1954)
§ 2º Para nomeação trienal dos juízes classis-
CAPÍTULO V
DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO tas, o Presidente do Tribunal Superior do Traba-
lho publicará edital, com antecedência mínima
Seção I
de 15 (quinze) dias, convocando as associações
Disposições Preliminares
sindicais de grau superior, para que cada uma, me-
Art. 690. O Tribunal Superior do Trabalho, com diante maioria de votos do respectivo Conselho de
sede na Capital da República e jurisdição em todo Representantes, organize uma lista de três nomes,
o território nacional, é a instância suprema da Jus- que será encaminhada, por intermédio daquele
tiça do Trabalho. (Caput do artigo com redação dada Tribunal, ao Ministro da Justiça e Negócios Interio-
pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) res dentro do prazo que for fixado no edital. (Pará-
Parágrafo único. O Tribunal funciona na pleni- grafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, e
tude de sua composição ou dividido em turmas, com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
com observância da paridade de representação § 3º Na lista de que trata o parágrafo anterior
de empregados e empregadores. (Parágrafo único figurarão somente brasileiros natos, de reconhe-
com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) cida idoneidade, maiores de 25 anos, quites com
Art. 691. (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de o serviço militar, que estejam no gozo de seus
19/1/1946) direitos civis e políticos e contem mais de dois
anos de efetivo exercício da profissão ou se en-
Art. 692. (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
contrem no desempenho de representação pro-
19/1/1946)
fissional prevista em lei. (Parágrafo acrescido pelo
Seção II Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
Da Composição e Funcionamento § 4º (Vetado na Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
do Tribunal Superior do Trabalho
Art. 694. Os juízes togados escolher-se-ão: sete, den-
Art. 693. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se tre magistrados da Justiça do Trabalho, dois, dentre
de dezessete juízes com a denominação de Minis- advogados no efetivo exercício da profissão, e dois,
tros, sendo: (Caput do artigo com redação dada pela Lei dentre membros do Ministério Público da União
nº 5.442, de 24/5/1968) (Vide art. 111-A da Constituição Fe- junto à Justiça do Trabalho. (Artigo restabelecido com
deral de 1988) redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) (Vide art. 111-A
a) onze togados e vitalícios, nomeados pelo Pre- da Constituição Federal de 1988)
sidente da República, depois de aprovada a esco-
Art. 695. (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
lha pelo Senado Federal, dentre brasileiros natos,
maiores de trinta e cinco anos, de notável saber Art. 696. Importará em renúncia o não compa-
jurídico e reputação ilibada; (Alínea acrescida pelo recimento do membro do Conselho, sem motivo
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, e com redação dada justificado, a mais de três sessões ordinárias con-
pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) secutivas. (Caput do artigo com redação dada pelo De-
b) seis classistas, com mandato de três anos, creto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
em representação paritária dos empregadores § 1º Ocorrendo a hipótese prevista neste artigo, o
e dos empregados, nomeados pelo Presidente Presidente do Tribunal comunicará imediatamente
da República de conformidade com o disposto o fato ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores,
nos §§ 2º e 3º deste artigo. (Alínea acrescida pelo a fim de que seja feita a substituição do juiz renun-
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946, e com redação dada ciante, sem prejuízo das sanções cabíveis. (Parágrafo
pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
§ 1º Dentre os juízes togados do Tribunal Supe- § 2º Para os efeitos do parágrafo anterior, a de-
rior do Trabalho, alheios aos interesses profissio- signação do substituto será feita dentre os no-
nais, serão eleitos o presidente o vice-presidente mes constantes das listas de que trata o § 2º do
e o corregedor, além dos presidentes das tur- art. 693. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 2.244,
mas na forma estabelecida em seu regimento de 23/6/1954)
128
Art. 697. Em caso de licença, superior a trinta I – em única instância: (Inciso acrescido pelo Decreto-
dias, ou de vacância, enquanto não for preen- -Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação dada pela Lei
chido o cargo, os Ministros do Tribunal poderão nº 2.244, de 23/6/1954)
ser substituídos mediante convocação de Juízes, a) decidir sobre matéria constitucional, quando
de igual categoria, de qualquer dos Tribunais arguido, para invalidar lei ou ato do poder público;
Regionais do Trabalho, na forma que dispuser o (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946,
Regimento do Tribunal Superior do Trabalho. (Ar- e com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
tigo com redação dada pela Lei nº 6.289, de 11/12/1975) b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que ex-
Art. 698. (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de cedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Tra-
19/1/1946) balho, bem como estender ou rever suas próprias
decisões normativas, nos casos previstos em lei;
Art. 699. O Tribunal Superior do Trabalho não po-
(Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946,
derá deliberar, na plenitude de sua composição,
e com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
senão com a presença de, pelo menos, nove de
c) homologar os acordos celebrados em dissí-
seus juízes, além do Presidente. (Caput do artigo com
dios de que trata a alínea anterior; (Alínea acrescida
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação
Parágrafo único. As turmas do Tribunal, compos-
tas de 5 (cinco) juízes, só poderão deliberar com a
presença de pelo menos, três de seus membros, d) julgar os agravos dos despachos do presi-
além do respectivo presidente, cabendo também dente, nos casos previstos em lei; (Alínea acrescida
a este funcionar como relator ou revisor nos feitos pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação
que lhe forem distribuídos conforme estabelecer dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
o regimento interno. (Parágrafo único acrescido pela e) julgar as suspeições arguidas contra o pre-
Lei nº 2.244, de 23/6/1954) (Vide Lei nº 7.701, de 21/12/1988) sidente e demais juízes do Tribunal, nos feitos
pendentes de sua decisão; (Alínea acrescida pelo
Art. 700. O Tribunal reunir-se-á em dias previa-
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação dada
mente fixados pelo presidente, o qual poderá,
pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
sempre que for necessário, convocar sessões ex-
f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enun-
traordinárias. (Artigo com redação dada pelo Decreto-
ciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de
-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, adaptada aos termos do De-
pelo menos dois terços de seus membros, caso a
creto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
mesma matéria já tenha sido decidida de forma
Art. 701. As sessões do Tribunal serão públicas idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois
e começarão às 14 (quatorze) horas, terminando terços das turmas em pelo menos dez sessões
às 17 (dezessete) horas; mas poderão ser prorro- diferentes em cada uma delas, podendo, ainda,
gadas pelo presidente, em caso de manifesta ne- por maioria de dois terços de seus membros, res-
cessidade. (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei tringir os efeitos daquela declaração ou decidir
nº 8.737, de 19/1/1946)
que ela só tenha eficácia a partir de sua publica-
§ 1º As sessões extraordinárias do Tribunal só se
ção no Diário Oficial; (Alínea acrescida pelo Decreto-
realizarão quando forem comunicadas aos seus
-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação dada pela Lei
membros com 24 (vinte e quatro) horas, no mí-
nimo, de antecedência.
§ 2º Nas sessões do Tribunal os debates pode-
g) aprovar tabelas de custas emolumentos, nos
rão tornar-se secretos, desde que, por motivo de
termos da lei; (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737,
interesse público, assim resolva a maioria de seus
membros.
23/6/1954)
Seção III h) elaborar o Regimento Interno do Tribunal e
Da Competência do Tribunal Pleno exercer as atribuições administrativas previstas
(Vide art. 4º da Lei nº 7.701, de 21/12/1988) em lei, ou decorrentes da Constituição Federal;
Art. 702. Ao Tribunal Pleno compete: (Caput do artigo (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946,
com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) e com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
129
II – em última instância: (Inciso acrescido pelo § 3º As sessões de julgamento sobre estabele-
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação dada cimento ou alteração de súmulas e outros enun-
pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) ciados de jurisprudência deverão ser públicas,
a) julgar os recursos ordinários das decisões divulgadas com, no mínimo, trinta dias de ante-
proferidas pelos Tribunais Regionais em proces- cedência, e deverão possibilitar a sustentação oral
sos de sua competência originária; (Alínea acrescida pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo
dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) Advogado-Geral da União e por confederações sin-
b) julgar os embargos opostos às decisões de dicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
que tratam as alíneas b e c do inciso I deste artigo; (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
(Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
e com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) publicação)
c) julgar embargos das decisões das Turmas, § 4º O estabelecimento ou a alteração de súmu-
quando estas divirjam entre si ou de decisão pro- las e outros enunciados de jurisprudência pelos
ferida pelo próprio Tribunal Pleno, ou que forem Tribunais Regionais do Trabalho deverão obser-
contrárias à letra de lei federal; (Alínea acrescida pelo var o disposto na alínea f do inciso I e no § 3º deste
Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) artigo, com rol equivalente de legitimados para
d) julgar os agravos de despachos denegatórios sustentação oral, observada a abrangência de
dos presidentes de turmas, em matéria de embar- sua circunscrição judiciária. (Parágrafo acrescido pela
gos, na forma estabelecida no regimento interno; Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
(Alínea acrescida pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) em vigor 120 dias após a publicação)
e) julgar os embargos de declaração opostos aos
Seção IV
seus acórdãos. (Alínea acrescida pela Lei nº 2.244, de
Da Competência da Câmara
23/6/1954)
de Justiça do Trabalho
§ 1º Quando adotada pela maioria de dois ter-
ços dos juízes do Tribunal Pleno, a decisão profe- Arts. 703 a 705. (Suprimidos pelo Decreto-Lei nº 8.737,
rida nos embargos de que trata o inciso II, alínea c, de 19/1/1946)
deste artigo, terá força de prejulgado, nos termos Seção V

dos §§ 2º e 3º, do art. 902. (Parágrafo único acrescido Da Competência da Câmara
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, transformado em de Previdência Social
§ 1º e com redação dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
Art. 706. (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
§ 2º É da competência de cada uma das turmas 19/1/1946)
do Tribunal: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 2.244, de
23/6/1954) Seção VI
Das Atribuições do Presidente do
a) julgar, em única instância, os conflitos de ju-
Tribunal Superior do Trabalho
risdição entre Tribunais Regionais do Trabalho e os
que se suscitarem entre juízes de direito ou Juntas Art. 707. Compete ao Presidente do Tribunal:
de Conciliação e Julgamento de regiões diferentes; (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
b) julgar, em última instância, os recursos de re- 19/1/1946)
vista interpostos de decisões dos Tribunais Regio- a) presidir às sessões do Tribunal, fixando os
nais e das Juntas de Conciliação e Julgamento ou dias para a realização das sessões ordinárias e
juízes de direito, nos casos previstos em lei; convocando as extraordinárias;
c) julgar os agravos de instrumento dos despa- b) superintender todos os serviços do Tribunal;
chos que denegarem a interposição de recursos c) expedir instruções e adotar as providências
ordinários ou de revista; necessárias para o bom funcionamento do Tribu-
d) julgar os embargos de declaração opostos nal e dos demais órgãos da Justiça do Trabalho;
aos seus acórdãos; d) fazer cumprir as decisões originárias do Tribu-
e) julgar as habilitações incidentes e arguições nal, determinando aos Tribunais Regionais e aos
de falsidade, suspeição e outras, nos casos pen- demais órgãos da Justiça do Trabalho a realização
dentes de sua decisão. dos atos processuais e das diligências necessárias;
130
e) submeter ao Tribunal os processos em que presidentes; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de

tenha de deliberar e designar, na forma do regi- 28/2/1967)
mento interno, os respectivos relatores; II – decidir reclamações contra os atos atenta-
f) despachar os recursos interpostos pelas par- tórios da boa ordem processual praticados pelos
tes e os demais papéis em que deva deliberar; Tribunais Regionais e seus presidentes, quando
g) determinar as alterações que se fizerem ne- inexistir recurso específico; (Inciso acrescido pelo
cessárias na lotação do pessoal da Justiça do Tra- Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
balho, fazendo remoções ex officio de servidores III – (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de
entre os Tribunais Regionais, Juntas de Conci- 28/2/1967, e revogado pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
liação e Julgamento e outros órgãos; bem como § 1º Das decisões proferidas pelo Corregedor,
conceder as requeridas que julgar convenientes nos casos do artigo, caberá o agravo regimental,
ao serviço, respeitada a lotação de cada órgão; para o Tribunal Pleno. (Parágrafo com redação dada
h) conceder licenças e férias aos servidores do Tri- pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)
bunal, bem como impor-lhes as penas disciplinares § 2º O Corregedor não integrará as Turmas do Tri-
que excederem da alçada das demais autoridades; bunal, mas participará, com voto, das sessões do
i) dar posse e conceder licença aos membros do Tribunal Pleno, quando não se encontrar em cor-
Tribunal, bem como conceder licenças e férias aos reição ou em férias, embora não relate nem revise
presidentes dos Tribunais Regionais; processos, cabendo-lhe, outrossim, votar em inci-
j) apresentar ao Ministro do Trabalho, Indústria e dente de inconstitucionalidade, nos processos ad-
Comércio, até 31 de março de cada ano, o relatório ministrativos e nos feitos em que estiver vinculado
das atividades do Tribunal e dos demais órgãos da por visto anterior à sua posse na Corregedoria. (Pa-
Justiça do Trabalho. rágrafo com redação dada pela Lei nº 7.121, de 8/9/1983)
Parágrafo único. O Presidente terá um Secretá-
CAPÍTULO VI
rio, por ele designado dentre os funcionários lo-
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA
tados no Tribunal, e será auxiliado por servidores JUSTIÇA DO TRABALHO
designados nas mesmas condições.
Seção I
Seção VII Da Secretaria das Juntas de
Das Atribuições do Vice-Presidente Conciliação e Julgamento
Art. 708. Compete ao Vice-Presidente do Tribu- (Vide Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
nal: (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 2.244, Art. 710. Cada Junta terá 1 (uma) secretaria, sob a
de 23/6/1954) direção de funcionário que o Presidente designar,
a) substituir o Presidente e o Corregedor em para exercer a função de secretário, e que receberá,
suas faltas e impedimentos; (Alínea com redação além dos vencimentos correspondentes ao seu pa-
dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) drão, a gratificação de função fixada em lei. (Artigo
b) (Suprimida pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
Parágrafo único. Na ausência do Presidente
Art. 711. Compete à secretaria das Juntas:
e do Vice-Presidente, será o Tribunal presidido
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a
pelo juiz togado mais antigo, ou pelo mais idoso
guarda e a conservação dos processos e outros
quando igual a antiguidade. (Parágrafo único acres-
papéis que lhe forem encaminhados;
cido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com reda-
b) a manutenção do protocolo de entrada e
saída dos processos e demais papéis;
Seção VIII c) o registro das decisões;
Das Atribuições do Corregedor d) a informação, às partes interessadas e seus
Art. 709. Compete ao Corregedor, eleito dentre os procuradores, do andamento dos respectivos pro-
Ministros togados do Tribunal Superior do Traba- cessos, cuja consulta lhes facilitará;
lho: (Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei e) a abertura de vista dos processos às partes,
nº 229, de 28/2/1967) na própria secretaria;
I – exercer funções de inspeção e correição perma- f) a contagem das custas devidas pelas partes,
nente com relação aos Tribunais Regionais e seus nos respectivos processos;
131
g) o fornecimento de certidões sobre o que cons- vencimentos, em tantos dias quantos os do exces-
tar dos livros ou do arquivamento da secretaria; so. (Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.737,
h) a realização das penhoras e demais diligên- de 19/1/1946)
cias processuais;
Seção II
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe Dos Distribuidores
forem cometidos pelo Presidente da Junta, para
Art. 713. Nas localidades em que existir mais de
melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.
uma Junta de Conciliação e Julgamento haverá
Art. 712. Compete especialmente aos secretários um distribuidor.
das Juntas de Conciliação e Julgamento: (Caput do
Art. 714. Compete ao distribuidor:
artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de en-
19/1/1946)
trada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos
a) superintender os trabalhos da Secretaria, ve-
que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos
lando pela boa ordem do serviço; (Alínea com reda-
interessados;
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas b) o fornecimento, aos interessados, do recibo
do presidente e das autoridades superiores; (Alínea correspondente a cada feito distribuído;
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos
c) submeter a despacho e assinatura do presi- distribuídos, sendo um organizado pelos nomes
dente o expediente e os papéis que devam ser por dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos
ele despachados e assinados; (Alínea com redação por ordem alfabética;
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o soli-
d) abrir a correspondência oficial dirigida à cite, verbalmente ou por certidão, de informações
Junta e ao seu presidente, a cuja deliberação será sobre os feitos distribuídos;
submetida; (Alínea com redação dada pelo Decreto- e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto
-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas,
e) tomar por termo as reclamações verbais nos formando, com as fichas correspondentes, fichá-
casos de dissídios individuais; (Alínea com redação rios à parte, cujos dados poderão ser consultados
pelos interessados, mas não serão mencionados
f) promover o rápido andamento dos processos, em certidões.
especialmente na fase de execução, e a pronta Art. 715. Os distribuidores são designados pelo
realização dos atos e diligências deprecadas pelas Presidente do Tribunal Regional, dentre os funcio-
autoridades superiores; (Alínea com redação dada nários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) na mesma localidade, e ao mesmo Presidente dire-
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando tamente subordinados. (Expressão “Conselho Regional”
as respectivas atas; (Alínea com redação dada pelo substituída por “Tribunal Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797,
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) de 9/9/1946)
h) subscrever as certidões e os termos proces-
Seção III
suais; (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, Do Cartório dos Juízos de Direito
de 19/1/1946)
i) dar aos litigantes ciência das reclamações e Art. 716. Os cartórios dos Juízos de Direito, in-
demais atos processuais de que devam ter conhe- vestidos na administração da Justiça do Trabalho,
cimento, assinando as respectivas notificações; têm, para esse fim, as mesmas atribuições e obri-
(Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
gações conferidas na Seção I às secretarias das
19/1/1946)
Juntas de Conciliação e Julgamento.
j) executar os demais trabalhos que lhe forem Parágrafo único. Nos Juízos em que houver
atribuídos pelo Presidente da Junta. (Alínea com mais de um cartório, far-se-á entre eles a distri-
buição alternada e sucessiva das reclamações.
Parágrafo único. Os serventuários que, sem mo- Art. 717. Aos escrivães dos Juízos de Direito, inves-
tivo justificado, não realizarem os atos, dentro tidos na administração da Justiça do Trabalho, com-
dos prazos fixados, serão descontados em seus petem especialmente as atribuições e obrigações
132
dos secretários das Juntas; e aos demais funcio- Avaliador funcionará perante uma Junta de Con-
nários dos cartórios, as que couberem nas respec- ciliação e Julgamento, salvo quando da existência,
tivas funções, dentre as que competem às secreta- nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão es-
rias das Juntas, enumeradas no art. 711. pecífico, destinado à distribuição de mandados
Seção IV judiciais. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 5.442,
Das Secretarias dos Tribunais Regionais de 24/5/1968)
§ 2º Nas localidades onde houver mais de uma
Art. 718. Cada Tribunal Regional tem uma Secre-
Junta, respeitado o disposto no parágrafo anterior,
taria, sob a direção do funcionário designado para
a atribuição para o cumprimento do ato depre-
exercer a função de Secretário, com a gratificação
cado ao Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Ava-
de função fixada em lei. (Artigo com redação dada
liador será transferida a outro Oficial, sempre que,
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946; expressão “Con-
após o decurso de 9 (nove) dias, sem razões que o
selho Regional” substituída por “Tribunal Regional” pelo
justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujei-
tando-se o serventuário às penalidades da lei. (Pa-
Art. 719. Competem à secretaria dos Tribunais, rágrafo com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
além das atribuições estabelecidas no art. 711,
§ 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Jus-
para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:
tiça Avaliador, para cumprimento do ato, o prazo
(Expressão “Conselhos” substituída por “Tribunais” pelo
previsto no art. 888. (Parágrafo com redação dada pela
Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
a) a conclusão dos processos ao Presidente e
§ 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais
sua remessa, depois de despachados, aos respec-
Regionais do Trabalho cometer a qualquer Oficial
tivos relatores;
de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a reali-
b) a organização e a manutenção de um fichário
zação dos atos de execução das decisões desses
de jurisprudência do Tribunal, para consulta dos
Tribunais. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 5.442,
interessados. (Expressão “Conselho” substituída por
de 24/5/1968)
“Tribunal” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
§ 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justi-
Parágrafo único. No regimento interno dos Tri-
ça ou Oficial de Justiça Avaliador, o Presidente da
bunais Regionais serão estabelecidas as demais
atribuições, o funcionamento e a ordem dos tra- Junta poderá atribuir a realização do ato a qual-
balhos de suas secretarias. (Expressão “Conselhos quer serventuário. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-
Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” pelo -Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação dada pela Lei
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) nº 5.442, de 24/5/1968)
Art. 720. Competem aos secretários dos Tribu- CAPÍTULO VII

nais Regionais as mesmas atribuições conferidas DAS PENALIDADES
no art. 712 aos secretários das Juntas, além das Seção I
que lhes forem fixadas no regimento interno dos Do Lock-out e da Greve
Tribunais. (Expressão “Conselhos Regionais” substituída (Vide Lei nº 7.783, de 28/6/1989)
por “Tribunais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de
Art. 722. Os empregadores que, individual ou co-
9/9/1946) (Vide Lei nº 409, de 25/9/1948)
letivamente, suspenderem os trabalhos dos seus
Seção V estabelecimentos, sem prévia autorização do Tri-
Dos Oficiais de Justiça bunal competente, ou que violarem, ou se recusa-
Art. 721. Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais rem a cumprir decisão proferida em dissídio cole-
de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a rea- tivo, incorrerão nas seguintes penalidades:
lização dos atos decorrentes da execução dos julga- a) multa de cinco mil cruzeiros a cinquenta mil
dos das Juntas de Conciliação e Julgamento e dos cruzeiros; (Vide art. 7º da Lei nº 6.986, de 13/4/1982)
Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem b) perda do cargo de representação profissional
cometidos pelos respectivos Presidentes. (Caput do em cujo desempenho estiverem;
artigo com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) c) suspensão, pelo prazo de dois a cinco anos,
§ 1º Para efeito de distribuição dos referidos do direito de serem eleitos para cargos de repre-
atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça sentação profissional.
133
§ 1º Se o empregador for pessoa jurídica, as Seção III
penas previstas nas alíneas b e c, incidirão sobre De Outras Penalidades
os administradores responsáveis. Art. 729. O empregador que deixar de cumprir
§ 2º Se o empregador for concessionário de ser- decisão passada em julgado sobre a readmissão
viço público, as penas serão aplicadas em dobro. ou reintegração de empregado, além do paga-
Nesse caso, se o concessionário for pessoa jurídica, mento dos salários deste, incorrerá na multa de
o Presidente do Tribunal que houver proferido a Cr$ 10,00 (dez cruzeiros) a Cr$ 50,00 (cinquenta
decisão poderá, sem prejuízo do cumprimento cruzeiros) por dia, até que seja cumprida a deci-
desta e da aplicação das penalidades, cabíveis são. (Vide art. 7º da Lei nº 6.986, de 13/4/1982)
ordenar o afastamento dos administradores res- § 1º O empregador que impedir ou tentar impedir
ponsáveis, sob pena de ser cassada a concessão. que empregado seu sirva como vogal em Tribunal
§ 3º Sem prejuízo das sanções cominadas neste de Trabalho, ou que perante este preste depoimento,
artigo, os empregadores, ficarão obrigados a pagar incorrerá na multa de Cr$ 500,00 (quinhentos cruzei-
os salários devidos aos seus empregados, durante ros) a Cr$ 5.000,00 (cinco mil cruzeiros).
o tempo de suspensão do trabalho. § 2º Na mesma pena do parágrafo anterior in-
correrá o empregador que dispensar seu empre-
gado pelo fato de haver servido como vogal ou
7/10/1999)
prestado depoimento como testemunha, sem
Seção II prejuízo da indenização que a lei estabeleça.
Das Penalidades contra os Membros Art. 730. Aqueles que se recusarem a depor como
da Justiça do Trabalho
testemunhas, sem motivo justificado, incorrerão
Art. 726. Aquele que recusar o exercício da função na multa de Cr$ 50,00 (cinquenta cruzeiros) a
de vogal de Junta de Conciliação e Julgamento Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros).
ou de Tribunal Regional, sem motivo justificado, Art. 731. Aquele que, tendo apresentado ao dis-
incorrerá nas seguintes penas: (Expressão “Conse- tribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no
lho Regional” substituída por “Tribunal Regional” pelo prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786,
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo,
a) sendo representante de empregadores, multa incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis)
de Cr$ 100,00 (cem cruzeiros) a Cr$ 1.000,00 (mil meses, do direito de reclamar perante a Justiça
cruzeiros) e suspensão do direito de representa- do Trabalho.
ção profissional por 2 (dois) a 5 (cinco) anos; Art. 732. Na mesma pena do artigo anterior incor-
b) sendo representante de empregados, multa rerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas,
de Cr$ 100,00 (cem cruzeiros) e suspensão do di- der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
reito de representação profissional por 2 (dois) a
Art. 733. As infrações de disposições deste tí-
5 (cinco) anos.
tulo, para as quais não haja penalidades comi-
Art. 727. Os vogais das Juntas de Conciliação e nadas, serão punidas com a multa de Cr$ 50,00
Julgamento, ou dos Tribunais Regionais, que fal- (cinquenta cruzeiros) a Cr$ 5.000,00 (cinco mil cru-
tarem a 3 (três) reuniões ou sessões consecutivas, zeiros), elevada ao dobro na reincidência.
sem motivo justificado, perderão o cargo, além de
CAPÍTULO VIII
incorrerem nas penas do artigo anterior. DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. Se a falta for de presidente, incor-
rerá ele na pena de perda do cargo, além da perda
mércio poderá rever, ex officio, dentro do prazo
dos vencimentos correspondentes aos dias em que
de 30 dias, contados de sua publicação no órgão
tiver faltado às audiências ou sessões consecutivas.
oficial, ou mediante representação apresentada
Art. 728. Aos presidentes, membros, juízes, vogais dentro de igual prazo:
e funcionários auxiliares da Justiça do Trabalho, a) as decisões da Câmara de Previdência Social,
aplica-se o disposto no Título XI do Código Penal. quando proferidas pelo voto de desempate, ou que
134
violarem disposições expressas de direito ou modi- a percentagem de 8%, por motivo de cobrança da
ficarem jurisprudência até então observada; dívida ativa da União ou de multas impostas pelas
b) as decisões do presidente do Tribunal Supe- autoridades administrativas e judiciárias do traba-
rior do Trabalho em matéria de previdência social. lho e da previdência social.
Parágrafo único. O Ministro do Trabalho, In- Parágrafo único. Essa percentagem será cal-
dústria e Comércio, poderá avocar ao seu conhe- culada sobre as somas efetivamente arrecadadas
cimento os assuntos de natureza administrativa e rateada de acordo com as instruções expedi-
referentes às instituições de previdência social, das pelos respectivos procuradores gerais. (Vide
sempre que houver interesse público. arts. 224 a 230 da Lei Complementar nº 75, de 20/5/1993)
Art. 735. As repartições públicas e as associações Art. 739. Não estão sujeitos a ponto os procuradores-
sindicais são obrigadas a fornecer aos Juízes e Tri- -gerais e os procuradores.
bunais do Trabalho e à Procuradoria da Justiça do
CAPÍTULO II
Trabalho as informações e os dados necessários à
DA PROCURADORIA DA
instrução e ao julgamento dos feitos submetidos JUSTIÇA DO TRABALHO
à sua apreciação.
Parágrafo único. A recusa de informações ou Seção I
Da Organização
dados a que se refere este artigo, por parte de
funcionários públicos, importa na aplicação das Art. 740. A Procuradoria da Justiça do Trabalho
penalidades previstas pelo Estatuto dos Funcio- compreende:
nários Públicos por desobediência. a) 1 (uma) Procuradoria-Geral, que funcionará
junto ao Tribunal Superior do Trabalho;
TÍTULO IX
DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO b) 24 (vinte e quatro) Procuradorias Regio-
(Vide arts. 83 a 115 da Lei Complementar nº 75, de nais, que funcionarão junto aos Tribunais Regio-
20/5/1993) nais do Trabalho. (Alínea com redação adaptada aos
termos das seguintes normas: Lei nº 6.241, de 22/9/1975,
CAPÍTULO I
Lei nº 6.915, de 1º/6/1981, Lei nº 6.927, de 7/7/1981, Lei
DISPOSIÇÕES GERAIS
nº 6.928, de 7/7/1981, Lei nº 7.324, de 18/6/1985, Lei
Art. 736. O Ministério Público do Trabalho é cons- nº 7.520, de 15/7/1986, Lei nº 7.523, de 17/7/1986, Lei
tituído por agentes diretos do Poder Executivo,
nº 7.671, de 21/9/1988, Lei nº 7.872, de 8/11/1989, Lei
tendo por função zelar pela exata observância da
nº 7.873, de 9/11/1989, Lei nº 8.215, de 25/7/1991, Lei nº
Constituição Federal, das leis e demais atos ema-
8.219, de 29/8/1991, Lei nº 8.221, de 5/9/1991, Lei nº 8.233,
nados dos poderes públicos, na esfera de suas
de 10/9/1991, Lei nº 8.466, de 23/9/1992, Lei nº 8.469, de
atribuições.
5/10/1992, e Lei nº 8.470, de 5/10/1992)
Parágrafo único. Para o exercício de suas fun-
ções, o Ministério Público do Trabalho reger-se-á Art. 741. As Procuradorias Regionais são subordi-
pelo que estatui esta Consolidação e, na falta de nadas diretamente ao procurador-geral.
disposição expressa, pelas normas que regem o Art. 742. A Procuradoria-Geral é constituída de
Ministério Público Federal. 1 (um) procurador-geral e de procuradores.
Art. 737. O Ministério Público do Trabalho Parágrafo único. As Procuradorias Regionais
compõe-se da Procuradoria da Justiça do Traba- compõem-se de 1 (um) procurador regional, au-
lho e da Procuradoria da Previdência Social, aque- xiliado, quando necessário, por procuradores ad-
la funcionando como órgão de coordenação entre juntos.
a Justiça do Trabalho e o Ministério do Trabalho, In- Art. 743. Haverá, nas Procuradorias Regionais,
dústria e Comércio, ambas diretamente subordina- substitutos de procurador adjunto ou, quando
das ao Ministro de Estado. (Artigo com redação dada não houver este cargo, de procurador regional, de-
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) (Vide art. 85 da Lei signados previamente por decreto do Presidente
Complementar nº 75, de 20/5/1993) da República, sem ônus para os cofres públicos.
Art. 738. Os procuradores, além dos vencimentos § 1º O substituto tomará posse perante o res-
fixados na tabela constante do Decreto-Lei nº 2.874, pectivo procurador regional, que será a autori-
de 16 de dezembro de 1940, continuarão a perceber dade competente para convocá-lo.
135
§ 2º O procurador regional será substituído f) recorrer das decisões do Tribunal, nos casos
em suas faltas e impedimentos pelo procurador previstos em lei; (Alínea com redação dada pelo Decreto-
adjunto, quando houver, e havendo mais de um, -Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
pelo que for por ele designado. g) promover, perante o Juízo competente, a co-
§ 3º O procurador adjunto será substituído, em brança executiva das multas impostas pelas auto-
suas faltas e impedimentos, pelo respectivo pro- ridades administrativas e judiciárias do trabalho;
curador substituto. (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
§ 4º Será dispensado, automaticamente, o subs- 19/1/1946)
tituto que não atender à convocação, salvo mo- h) representar às autoridades competentes con-
tivo de doença, devidamente comprovada. tra os que não cumprirem as decisões do Tribunal;
§ 5º Nenhum direito ou vantagem terá o substi- (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
tuto além do vencimento do cargo do substituído 19/1/1946)
e somente durante o seu impedimento legal. i) prestar às autoridades do Ministério do Traba-
Art. 744. A nomeação do procurador-geral deverá lho, Indústria e Comércio as informações que lhe
recair em bacharel em ciências jurídicas e sociais, forem solicitadas sobre os dissídios submetidos à
que tenha exercido, por 5 (cinco) ou mais anos, apreciação do Tribunal e encaminhar aos órgãos
cargo de magistratura ou de Ministério Público, competentes cópia autenticada das decisões que
ou a advocacia. por eles devam ser atendidas ou cumpridas; (Alínea
Art. 745. Para a nomeação dos demais procura- j) requisitar de quaisquer autoridades, inquéri-
dores, atender-se-á aos mesmos requisitos esta- tos, exames periciais, diligências, certidões e es-
belecidos no artigo anterior, reduzido a 2 (dois) clarecimentos que se tornem necessários no de-
anos, no mínimo, o tempo de exercício. sempenho de suas atribuições; (Alínea com redação
Seção II dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
Da Competência da Procuradoria-Geral l) defender a jurisdição dos órgãos da Justiça
Art. 746. Compete à Procuradoria-Geral da Jus- do Trabalho; (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737,
tiça do Trabalho: (Caput do artigo com redação dada de 19/1/1946)
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) m) suscitar conflitos de jurisdição. (Alínea acres-

a) oficiar, por escrito, em todos os processos e cida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
questões de trabalho de competência do Tribunal Seção III

Superior do Trabalho; (Alínea com redação dada pelo Da Competência das Procuradorias Regionais
Art. 747. Compete às Procuradorias Regionais
b) funcionar nas sessões do mesmo Tribunal,
exercer, dentro da jurisdição do Tribunal Regio-
opinando verbalmente sobre a matéria em debate
nal respectivo, as atribuições indicadas na Seção
e solicitando as requisições e diligências que jul-
anterior. (Expressão “Conselho Regional” substituída por
gar convenientes, sendo-lhe assegurado o direito
de vista do processo em julgamento sempre que
for suscitada questão nova, não examinada no pa- Seção IV
recer exarado; (Alínea com redação dada pelo Decreto- Das Atribuições do Procurador-Geral
-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) Art. 748. Como chefe da Procuradoria-Geral da
c) requerer prorrogação das sessões do Tribu- Justiça do Trabalho, incumbe ao Procurador-Geral:
nal, quando essa medida for necessária para que (Artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
se ultime o julgamento; (Alínea com redação dada 19/1/1946)
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) a) dirigir os serviços da Procuradoria-Geral,
d) exarar, por intermédio do Procurador-Geral, o orientar e fiscalizar as Procuradorias Regionais, ex-
seu “ciente” nos acórdãos do Tribunal; (Alínea com pedindo as necessárias instruções;
redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) b) funcionar nas sessões do Tribunal Superior
e) proceder às diligências e inquéritos solici- do Trabalho, pessoalmente ou por intermédio do
tados pelo Tribunal; (Alínea com redação dada pelo procurador que designar;
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) c) exarar o seu ciente nos acórdãos do Tribunal;
136
d) designar o procurador que o substitua nas d) requerer e acompanhar perante as autorida-

faltas e impedimentos e o chefe da secretaria da des administrativas ou judiciárias as diligências
Procuradoria; necessárias à execução das medidas e providên-
e) apresentar, até o dia 31 de março, ao Ministro cias ordenadas pelo procurador-geral; (Alínea com
do Trabalho, Indústria e Comércio, relatório dos redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
trabalhos da Procuradoria-Geral no ano anterior, e) prestar ao procurador-geral as informações
com as observações e sugestões que julgar con- necessárias sobre os feitos em andamento e con-
venientes; sultá-lo nos casos de dúvidas; (Alínea com redação
f) conceder férias aos procuradores e demais dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
funcionários que sirvam na Procuradoria e impor- f) funcionar em Juízo, na sede do respectivo
-lhes penas disciplinares, observada, quanto aos Tribunal Regional; (Alínea com redação dada pelo
procuradores, a legislação em vigor para o Minis- Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
tério Público Federal; g) exarar o seu ciente nos acórdãos do Tribunal;
g) funcionar em Juízo, em primeira instância, (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
ou designar os procuradores que o devam fazer; 19/1/1946)
h) admitir e dispensar o pessoal extranumerário h) designar o procurador que o substitua nas fal-
da Secretaria e prorrogar o expediente remune- tas e impedimentos e o Secretário da Procuradoria.
rado dos funcionários e extranumerários. (Alínea acrescida pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
Seção V Art. 751. Incumbe aos procuradores adjuntos das
Das Atribuições dos Procuradores Procuradorias Regionais: (Artigo com redação dada
Art. 749. Incumbe aos procuradores com exercí- pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
cio na Procuradoria-Geral: (Artigo com redação dada a) funcionar, por designação do procurador re-
pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) gional, nas sessões do Tribunal Regional;
a) funcionar, por designação do procurador-geral, b) desempenhar os demais encargos que lhes
nas sessões do Tribunal Superior do Trabalho; forem atribuídos pelo procurador regional.
b) desempenhar os demais encargos que lhes
Seção VII
forem atribuídos pelo Procurador-Geral. Da Secretaria
Parágrafo único. Aos procuradores é facultado,
nos processos em que oficiarem, requerer ao Art. 752. A Secretaria da Procuradoria-Geral fun-
procurador-geral as diligências e investigações cionará sob a direção de um chefe designado pelo
necessárias. procurador-geral e terá o pessoal designado pelo
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio. (Artigo
Seção VI
Das Atribuições dos Procuradores Regionais
Art. 753. Compete à Secretaria:
Art. 750. Incumbe aos procuradores regionais:
a) receber, registrar e encaminhar os processos
(Caput do artigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737,
ou papéis entrados;
de 19/1/1946)
b) classificar e arquivar os pareceres e outros
a) dirigir os serviços da respectiva Procuradoria;
papéis;
(Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de
c) prestar informações sobre os processos ou
19/1/1946)
papéis sujeitos à apreciação da Procuradoria;
b) funcionar nas sessões do Tribunal Regional,
d) executar o expediente da Procuradoria;
pessoalmente ou por intermédio do procurador
e) providenciar sobre o suprimento do material
adjunto que designar; (Alínea com redação dada pelo
necessário;
f) desempenhar os demais trabalhos que lhes
c) apresentar, semestralmente, ao procurador-
forem cometidos pelo procurador-geral, para me-
-geral um relatório das atividades da respectiva
lhor execução dos serviços a seu cargo.
Procuradoria, bem como dados e informações
sobre a administração da Justiça do Trabalho Art. 754. Nas Procuradorias Regionais, os trabalhos
na respectiva região; (Alínea com redação dada pelo a que se refere o artigo anterior serão executados
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) pelos funcionários para esse fim designados.
137
CAPÍTULO III dade a que se refere a alínea anterior; (Alínea com
DA PROCURADORIA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
(Vide Decreto-Lei nº 72, de 21/11/1966)
g) promover em juízo, no Distrito Federal, qual-
Seção I quer procedimento necessário ao cumprimento
Da Organização das decisões do Conselho Superior de Previdência
Art. 755. A Procuradoria de Previdência Social Social e do Departamento Nacional de Previdên-
compõe-se de um procurador-geral e de procura- cia Social, bem como do Ministro do Trabalho, In-
dores. dústria e Comércio, em matéria de previdência so-
Art. 756. Para a nomeação do Procurador-Geral cial; (Alínea com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737,
e dos demais procuradores atender-se-á ao dis- de 19/1/1946)
posto nos arts. 744 e 745. h) recorrer das decisões dos órgãos e autori-
Seção II dades competentes em matéria de previdência
Da Competência de Procuradoria social e requerer revisão das decisões do Con-
Art. 757. Compete à Procuradoria da Previdên- selho Superior de Previdência Social, que lhe
cia Social: (Caput do artigo com redação dada pelo pareçam contrárias à lei. (Alínea acrescida pelo
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
a) oficiar, por escrito, nos processos que te-
nham de ser sujeitos à decisão do Conselho Su- Seção III
perior de Previdência Social; (Alínea com redação Das Atribuições do Procurador-Geral
dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) Art. 758. Como chefe da Procuradoria da Pre-
b) oficiar, por escrito, nos pedidos de revisão vidência Social, incumbe ao Procurador-Geral:
das decisões do mesmo Conselho; (Alínea com reda-
19/1/1946)
c) funcionar nas sessões do mesmo Conselho,
a) dirigir os serviços da Procuradoria, expedin-
opinando verbalmente sobre a matéria em debate
e solicitando as requisições e diligências que jul- do as necessárias instruções;
gar convenientes, sendo-lhe assegurado o direito b) funcionar nas sessões do Conselho Superior
de vista do processo em julgamento, sempre que de Previdência Social, pessoalmente ou por inter-
for suscitada questão nova, não examinada no pa- médio do procurador que designar;
recer exarado; (Alínea com redação dada pelo Decreto- c) designar o procurador que o substitua nas
-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) faltas e impedimentos e o chefe da Secretaria da
d) opinar, quando solicitada, nos processos sujei-
Procuradoria;
tos à deliberação do Ministro de Estado, do Conse-
d) conceder férias aos procuradores e demais
lho Técnico do Departamento Nacional de Previdên-
funcionários lotados na Procuradoria e impor-
cia Social ou do Diretor do mesmo Departamento,
em que houver matéria jurídica a examinar; (Alínea -lhes penas disciplinares, observada, quanto aos
com redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) procuradores, a legislação em vigor para o Minis-
e) funcionar, em primeira instância, nas ações tério Público Federal;
propostas contra a União, no Distrito Federal, para e) funcionar em juízo, em primeira instância, ou
anulação de atos e decisões do Conselho Superior designar os procuradores que devam fazê-lo;
de Previdência Social ou do Departamento Nacio- f) admitir e dispensar o pessoal extranumerário
nal de Previdência Social, bem como do Ministro da Secretaria e prorrogar o expediente remune-
do Trabalho, Indústria e Comércio, em matéria
rado dos funcionários e extranumerários;
de previdência social; (Alínea com redação dada pelo
g) apresentar, até 31 de março de cada ano, ao
f) fornecer ao Ministério Público as informações Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, o re-
por este solicitadas em virtude de ações propostas latório dos trabalhos da Procuradoria no ano an-
nos Estados e Territórios para execução ou anula- terior, com as observações e sugestões que julgar
ção de atos e decisões dos órgãos ou da autori- convenientes.
138
Seção IV determinar qualquer diligência necessária ao es-

Das Atribuições dos Procuradores clarecimento delas.
Art. 759. Aos procuradores e demais funcioná- Art. 766. Nos dissídios sobre estipulação de salá-
rios incumbe desempenhar os encargos que lhes rios, serão estabelecidas condições que, assegu-
forem cometidos pelo procurador-geral. rando justos salários aos trabalhadores, permitam
Parágrafo único. Aos procuradores é faculta- também justa retribuição às empresas interessadas.
do, nos processos em que oficiarem, requerer ao
Art. 767. A compensação, ou retenção, só poderá
procurador-geral as diligências e investigações ne-
ser arguida como matéria de defesa. (Artigo retificado
cessárias.
Seção V
Art. 768. Terá preferência em todas as fases pro-
Da Secretaria
cessuais o dissídio cuja decisão tiver de ser exe-
Art. 760. A Procuradoria da Previdência Social cutada perante o Juízo da falência.
terá uma Secretaria dirigida por um chefe desig-
Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual
nado pelo Procurador-Geral. (Artigo com redação
comum será fonte subsidiária do direito proces-
sual do trabalho, exceto naquilo em que for in-
Art. 761. A Secretaria terá o pessoal designado compatível com as normas deste Título.
pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.
CAPÍTULO II
DO PROCESSO EM GERAL
19/1/1946)
Seção I
Art. 762. À Secretaria da Procuradoria de Previ-
Dos Atos, Termos e Prazos Processuais
dência Social compete executar serviços idênticos
aos referidos no art. 753. Art. 770. Os atos processuais serão públicos salvo
quando o contrário determinar o interesse social,
TÍTULO X
e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20
DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO
(vinte) horas.
CAPÍTULO I Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
em domingo ou dia feriado, mediante autorização
Art. 763. O processo da Justiça do Trabalho, no expressa do juiz ou presidente.
que concerne aos dissídios individuais e coletivos
Art. 771. Os atos e termos processuais poderão
e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo
ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
o território nacional, pelas normas estabelecidas
neste Título. Art. 772. Os atos e termos processuais, que devam
ser assinados pelas partes interessadas, quando
Art. 764. Os dissídios individuais ou coletivos sub-
estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo,
metidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão
serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) tes-
sempre sujeitos à conciliação.
temunhas, sempre que não houver procurador le-
§ 1º Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tri-
galmente constituído.
bunais do Trabalho empregarão sempre os seus
bons ofícios e persuasão no sentido de uma solu- Art. 773. Os termos relativos ao movimento dos
ção conciliatória dos conflitos. processos constarão de simples notas, datadas
§ 2º Não havendo acordo, o juízo conciliatório e rubricadas pelos secretários ou escrivães. (Vide
converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, pro- Lei nº 409, de 25/9/1948)
ferindo decisão na forma prescrita neste Título. Art. 774. Salvo disposição em contrário, os prazos
§ 3º É lícito às partes celebrar acordo que ponha previstos neste Título contam-se, conforme o caso,
termo ao processo, ainda mesmo depois de encer- a partir da data em que for feita pessoalmente, ou
rado o juízo conciliatório. recebida a notificação, daquela em que for publi-
Art. 765. Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão cado o edital no jornal oficial ou no que publicar
ampla liberdade na direção do processo e vela- o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda,
rão pelo andamento rápido das causas, podendo daquela em que for afixado o edital, na sede da
139
Junta, Juízo ou Tribunal. (Caput do artigo com reda- Art. 777. Os requerimentos e documentos apre-
ção dada pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954) sentados, os atos e termos processuais, as petições
Parágrafo único. Tratando-se de notificação pos- ou razões de recursos e quaisquer outros papéis re-
tal, no caso de não ser encontrado o destinatário, ferentes aos feitos formarão os autos dos proces-
ou no de recusa de recebimento, o Correio fica- sos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos
rá obrigado, pena de responsabilidade do servi- escrivães ou secretários. (Vide Lei nº 409, de 25/9/1948)
dor, a devolvê-la, no prazo de 48 horas, ao tribunal
Art. 778. Os autos dos processos da Justiça do
de origem. (Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei
Trabalho não poderão sair dos cartórios ou se-
nº 8.737, de 19/1/1946)
cretarias, salvo se solicitados por advogados re-
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título gularmente constituído por qualquer das partes,
serão contados em dias úteis, com exclusão do ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos
dia do começo e inclusão do dia do vencimento. competentes, em caso de recurso ou requisição.
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 13.467, (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.598, de 1º/12/1978)
Art. 779. As partes, ou seus procuradores, pode-
rão consultar, com ampla liberdade, os processos
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo
nos cartórios ou secretarias.
tempo estritamente necessário, nas seguintes hi-
póteses: (Parágrafo único transformado em § 1º e com Art. 780. Os documentos juntos aos autos pode-
redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada rão ser desentranhados somente depois de findo
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) o processo, ficando traslado.
I – quando o juízo entender necessário; (Inciso Art. 781. As partes poderão requerer certidões
dos processos em curso ou arquivados, as quais
serão lavradas pelos escrivães ou secretários.
II – em virtude de força maior, devidamente Parágrafo único. As certidões dos processos
comprovada. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
que correrem em segredo de justiça dependerão
de despacho do juiz ou presidente. (Vide Lei nº 409,
de 25/9/1948)
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos proces-
suais e alterar a ordem de produção dos meios Art. 782. São isentos de selo as reclamações, re-
de prova, adequando-os às necessidades do con- presentações, requerimentos, atos e processos
flito de modo a conferir maior efetividade à tu- relativos à Justiça do Trabalho.
tela do direito. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, Seção II
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor Da Distribuição
Art. 783. A distribuição das reclamações será feita
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo proces- entre as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou
sual nos dias compreendidos entre 20 de dezem- os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos
bro e 20 de janeiro, inclusive. (Artigo acrescido pela no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua apre-
Lei nº 13.545, de 19/12/2017) sentação ao distribuidor, quando o houver.
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os fe-
Art. 784. As reclamações serão registradas em
riados instituídos por lei, os juízes, os membros
livro próprio, rubricado em todas as folhas pela au-
do Ministério Público, da Defensoria Pública e da
toridade a que estiver subordinado o distribuidor.
Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exer-
cerão suas atribuições durante o período previsto Art. 785. O distribuidor fornecerá ao interessado
no caput deste artigo. um recibo do qual constarão, essencialmente, o
§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se reali- nome do reclamante e do reclamado, a data da
zarão audiências nem sessões de julgamento. distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou
o Juízo a que coube a distribuição.
Art. 776. O vencimento dos prazos será certifi-
cado nos processos pelos escrivães ou secretários. Art. 786. A reclamação verbal será distribuída
(Vide Lei nº 409, de 25/9/1948) antes de sua redução a termo.
140
Parágrafo único. Distribuída a reclamação ver- § 1º As custas serão pagas pelo vencido, após
bal, o reclamante deverá, salvo motivo de força o trânsito em julgado da decisão. No caso de re-
maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, curso, as custas serão pagas e comprovado o reco-
ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, lhimento dentro do prazo recursal. (Parágrafo com
sob a pena estabelecida no art. 731. redação dada pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada
Art. 787. A reclamação escrita deverá ser formu-
§ 2º Não sendo líquida a condenação, o juízo arbi-
lada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada
trar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas pro-
dos documentos em que se fundar.
cessuais. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 10.537,
Art. 788. Feita a distribuição, a reclamação será de 27/8/2002, publicada no DOU de 28/8/2002, em vigor
remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo com- 30 dias após a publicação)
petente, acompanhada do bilhete de distribuição. § 3º Sempre que houver acordo, se de outra forma
Seção III não for convencionado, o pagamento das custas
Das Custas e Emolumentos caberá em partes iguais aos litigantes. (Parágrafo com
(Denominação da seção com redação dada pela redação dada pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada
Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada no DOU de no DOU de 28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação)
28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação) § 4º Nos dissídios coletivos, as partes vencidas
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios responderão solidariamente pelo pagamento das
coletivos do trabalho, nas ações e procedimen- custas, calculadas sobre o valor arbitrado na deci-
tos de competência da Justiça do Trabalho, bem são, ou pelo Presidente do Tribunal. (Parágrafo com
como nas demandas propostas perante a Justiça redação dada pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as no DOU de 28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação)
custas relativas ao processo de conhecimento inci- Art. 789-A. No processo de execução são devidas
dirão à base de 2% (dois por cento), observado o custas, sempre de responsabilidade do executado e
mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro pagas ao final, de conformidade com a seguinte ta-
centavos) e o máximo de quatro vezes o limite má- bela: (Artigo acrescido pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publi-
ximo dos benefícios do Regime Geral de Previdên- cada no DOU de 28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação)
cia Social, e serão calculadas: (Caput do artigo com I – autos de arrematação, de adjudicação e de
redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada remição: 5% (cinco por cento) sobre o respectivo
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) valor, até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil, no-
I – quando houver acordo ou condenação, sobre vecentos e quinze reais e trinta e oito centavos);
o respectivo valor; (Inciso com redação dada pela Lei II – atos dos oficiais de justiça, por diligência
nº 10.537, de 27/8/2002, publicada no DOU de 28/8/2002, certificada:
em vigor 30 dias após a publicação) a) em zona urbana: R$ 11,06 (onze reais e seis
II – quando houver extinção do processo, sem centavos);
julgamento do mérito, ou julgado totalmente b) em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e
improcedente o pedido, sobre o valor da causa; treze centavos);
(Inciso com redação dada pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, III – agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta
publicada no DOU de 28/8/2002, em vigor 30 dias após a e quatro reais e vinte e seis centavos);
publicação) IV – agravo de petição: R$ 44,26 (quarenta e qua-
III – no caso de procedência do pedido formu- tro reais e vinte e seis centavos);
lado em ação declaratória e em ação constitutiva, V – embargos à execução, embargos de terceiro
sobre o valor da causa; (Inciso com redação dada e embargos à arrematação: R$ 44,26 (quarenta e
pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada no DOU de quatro reais e vinte e seis centavos);
28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação) VI – recurso de revista: R$ 55,35 (cinquenta e
IV – quando o valor for indeterminado, sobre cinco reais e trinta e cinco centavos);
o que o juiz fixar. (Inciso com redação dada pela Lei VII – impugnação à sentença de liquidação:
nº 10.537, de 27/8/2002, publicada no DOU de 28/8/2002, R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais e trinta e cinco
em vigor 30 dias após a publicação) centavos);
141
VIII – despesa de armazenagem em depósito perceberem salário igual ou inferior a 40% (qua-
judicial – por dia: 0,1% (um décimo por cento) do renta por cento) do limite máximo dos benefícios
valor da avaliação; do Regime Geral de Previdência Social. (Parágrafo
IX – cálculos de liquidação realizados pelo con- acrescido pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, e com redação
tador do juízo – sobre o valor liquidado: 0,5% (cin- dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU
co décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
(seiscentos e trinta e oito reais e quarenta e seis § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido
centavos). à parte que comprovar insuficiência de recursos
Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo para o pagamento das custas do processo. (Pará-
grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
Requerente, nos valores fixados na seguinte tabela:
(Artigo acrescido pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada
no DOU de 28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação) Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas,
I – autenticação de traslado de peças mediante além dos beneficiários de justiça gratuita: (Artigo
cópia reprográfica apresentada pelas partes – por acrescido pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada no
folha: R$ 0,55 (cinquenta e cinco centavos de real); DOU de 28/8/2002, em vigor 30 dias após a publicação)
II – fotocópia de peças – por folha: R$ 0,28 (vinte I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Mu-
e oito centavos de real); nicípios e respectivas autarquias e fundações pú-
III – autenticação de peças – por folha: R$ 0,55 (cin- blicas federais, estaduais ou municipais que não
quenta e cinco centavos de real); explorem atividade econômica;
IV – cartas de sentença, de adjudicação, de re- II – o Ministério Público do Trabalho.
mição e de arrematação – por folha: R$ 0,55 (cin- Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo
quenta e cinco centavos de real); não alcança as entidades fiscalizadoras do exercí-
V – certidões – por folha: R$ 5,53 (cinco reais e cio profissional, nem exime as pessoas jurídicas
cinquenta e três centavos). referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de despesas judiciais realizadas pela parte vencedora.
Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento
Trabalho, a forma de pagamento das custas e dos honorários periciais é da parte sucumbente
emolumentos obedecerá às instruções que serão na pretensão objeto da perícia, ainda que bene-
expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. ficiária da justiça gratuita. (Caput do artigo acrescido
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 10.537, pela Lei nº 10.537, de 27/8/2002, e com redação dada
de 27/8/2002, publicada no DOU de 28/8/2002, em vigor pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
30 dias após a publicação) 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
§ 1º Tratando-se de empregado que não tenha § 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o
obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção juízo deverá respeitar o limite máximo estabele-
de custas, o sindicato que houver intervindo no cido pelo Conselho Superior da Justiça do Traba-
processo responderá solidariamente pelo paga- lho. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
mento das custas devidas. (Parágrafo acrescido pela publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
Lei nº 10.537, de 27/8/2002, publicada no DOU de 28/8/2002, a publicação)
em vigor 30 dias após a publicação) § 2º O juízo poderá deferir parcelamento dos ho-
§ 2º No caso de não pagamento das custas, norários periciais. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
far-se-á execução da respectiva importância, sede 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
gundo o procedimento estabelecido no Capítulo V 120 dias após a publicação)
deste Título. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.537, de § 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de
27/8/2002, publicada no DOU de 28/8/2002, em vigor 30 valores para realização de perícias. (Parágrafo acres-
dias após a publicação) cido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
e presidentes dos tribunais do trabalho de qual- § 4º Somente no caso em que o beneficiário da
quer instância conceder, a requerimento ou de justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos
ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive capazes de suportar a despesa referida no caput,
quanto a traslados e instrumentos, àqueles que ainda que em outro processo, a União responderá
142
pelo encargo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, exigibilidade e somente poderão ser executadas
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em
120 dias após a publicação) julgado da decisão que as certificou, o credor de-
monstrar que deixou de existir a situação de insu-
Seção IV
Das Partes e dos Procuradores ficiência de recursos que justificou a concessão de
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo,
Art. 791. Os empregados e os empregadores po-
tais obrigações do beneficiário.
derão reclamar pessoalmente perante a Justiça
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na
do Trabalho e acompanhar as suas reclamações
reconvenção.
até o final.
§ 1º Nos dissídios individuais os empregados e Art. 792. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
empregadores poderão fazer-se representar por publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou a publicação)
provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de
do Brasil. 18 anos será feita por seus representantes legais
§ 2º Nos dissídios coletivos é facultada aos inte- e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
ressados a assistência por advogado. Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público
§ 3º A constituição de procurador com poderes estadual ou curador nomeado em juízo. (Artigo com
para o foro em geral poderá ser efetivada, me- redação dada pela Lei nº 10.288, de 20/9/2001)
diante simples registro em ata de audiência, a re-
Seção IV-A
querimento verbal do advogado interessado, com
Da Responsabilidade por Dano Processual
anuência da parte representada. (Parágrafo acres- (Seção acrescida pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
cido pela Lei nº 12.437, de 6/7/2011) publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em cau- a publicação)
sa própria, serão devidos honorários de sucum- Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele
bência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por que litigar de má-fé como reclamante, reclamado
cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) so- ou interveniente. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467,
bre o valor que resultar da liquidação da senten- de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
ça, do proveito econômico obtido ou, não sendo 120 dias após a publicação)
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele
causa. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
que: (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
a publicação)
a publicação)
§ 1º Os honorários são devidos também nas
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto ex-
ações contra a Fazenda Pública e nas ações em
presso de lei ou fato incontroverso;
que a parte estiver assistida ou substituída pelo
II – alterar a verdade dos fatos;
sindicato de sua categoria.
III – usar do processo para conseguir objetivo
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará:
ilegal;
I – o grau de zelo do profissional;
IV – opuser resistência injustificada ao anda-
II – o lugar de prestação do serviço;
mento do processo;
III – a natureza e a importância da causa;
IV – o trabalho realizado pelo advogado e o V – proceder de modo temerário em qualquer
tempo exigido para o seu serviço. incidente ou ato do processo;
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo VI – provocar incidente manifestamente infun-
arbitrará honorários de sucumbência recíproca, dado;
vedada a compensação entre os honorários. VII – interpuser recurso com intuito manifesta-
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, mente protelatório.
desde que não tenha obtido em juízo, ainda que Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo
em outro processo, créditos capazes de suportar condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que
a despesa, as obrigações decorrentes de sua su- deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior
cumbência ficarão sob condição suspensiva de a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a
143
indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta Art. 797. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nuli-
sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e dade declarará os atos a que ela se estende.
com todas as despesas que efetuou. (Artigo acres- Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão
os posteriores que dele dependam ou sejam con-
sequência.
§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de
má-fé, o juízo condenará cada um na proporção Seção VI
de seu respectivo interesse na causa ou solidaria- Das Exceções
mente aqueles que se coligaram para lesar a parte Art. 799. Nas causas de jurisdição da Justiça
contrária. do Trabalho, somente podem ser opostas, com
§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou suspensão do feito, as exceções de suspeição
inestimável, a multa poderá ser fixada em até ou incompetência. (Artigo com redação dada pelo
duas vezes o limite máximo dos benefícios do Re- Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
gime Geral de Previdência Social. § 1º As demais exceções serão alegadas como
§ 3º O valor da indenização será fixado pelo matéria de defesa.
juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo, li- § 2º Das decisões sobre exceções de suspeição e
quidado por arbitramento ou pelo procedimento incompetência, salvo, quanto a estas, se termina-
comum, nos próprios autos. tivas do feito, não caberá recurso, podendo, no en-
Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C tanto, as partes alegá-las novamente no recurso
desta Consolidação à testemunha que intencio- que couber da decisão final.
nalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir Art. 800. Apresentada exceção de incompetência
fatos essenciais ao julgamento da causa. (Artigo territorial no prazo de cinco dias a contar da noti-
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no ficação, antes da audiência e em peça que sinalize
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) a existência desta exceção, seguir-se-á o procedi-
Parágrafo único. A execução da multa prevista mento estabelecido neste artigo. (Caput do artigo com
neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
Seção V no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
Das Nulidades § 1º Protocolada a petição, será suspenso o
processo e não se realizará a audiência a que se
Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da
refere o art. 843 desta Consolidação até que se de-
Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando
cida a exceção. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo
às partes litigantes.
Art. 795. As nulidades não serão declaradas se- § 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao
não mediante provocação das partes, as quais de- juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os
verão argui-las à primeira vez em que tiverem de litisconsortes, para manifestação no prazo comum
falar em audiência ou nos autos. de cinco dias. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120
a nulidade fundada em incompetência de foro. dias após a publicação)
Nesse caso, serão considerados nulos os atos de- § 3º Se entender necessária a produção de pro-
cisórios. va oral, o juízo designará audiência, garantindo o
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompe- direito de o excipiente e de suas testemunhas se-
tente determinará, na mesma ocasião, que se faça rem ouvidos, por carta precatória, no juízo que
remessa do processo, com urgência, à autoridade este houver indicado como competente. (Parágra-
competente, fundamentando sua decisão. fo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
Art. 796. A nulidade não será pronunciada: DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
a) quando for possível suprir-se a falta ou re- § 4º Decidida a exceção de incompetência terri-
petir-se o ato; torial, o processo retomará seu curso, com a desig-
b) quando arguida por quem lhe tiver dado nação de audiência, a apresentação de defesa e a
causa. instrução processual perante o juízo competente.
144
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu- c) Juízos e Tribunais de Trabalho e órgãos da
blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a Justiça Ordinária;
publicação) d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho.
(Vide Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
Art. 801. O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a
dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum Art. 804. Dar-se-á conflito de jurisdição:
dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos a) quando ambas as autoridades se considera-
litigantes: rem competentes;
a) inimizade pessoal; b) quando ambas as autoridades se considera-
b) amizade íntima; rem incompetentes.
c) parentesco por consanguinidade ou afini-
Art. 805. Os conflitos de jurisdição podem ser
dade até o terceiro grau civil;
suscitados:
d) interesse particular na causa.
a) pelos juízes e Tribunais do Trabalho;
Parágrafo único. Se o recusante houver prati-
b) pelo procurador-geral e pelos procuradores
cado algum ato pelo qual haja consentido na pes-
regionais da Justiça do Trabalho;
soa do juiz, não mais poderá alegar exceção de
c) pela parte interessada, ou o seu represen-
suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A sus-
tante.
peição não será também admitida, se do processo
constar que o recusante deixou de alegá-la ante- Art. 806. É vedado à parte interessada suscitar
riormente, quando já a conhecia, ou que, depois conflitos de jurisdição quando já houver oposto
de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, final- na causa exceção de incompetência.
mente, se procurou de propósito o motivo de que Art. 807. No ato de suscitar o conflito deverá a
ela se originou. parte interessada produzir a prova de existência
Art. 802. Apresentada a exceção de suspeição, o dele.
juiz ou Tribunal designará audiência dentro de Art. 808. Os conflitos de jurisdição de que trata o
48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julga- art. 803 serão resolvidos: (Caput do artigo retificado
mento da exceção. pelo Decreto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944)
§ 1º Nas Juntas de Conciliação e Julgamento a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados en-
e nos Tribunais Regionais, julgada procedente a tre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma
exceção de suspeição, será logo convocado para a e outras, nas respectivas regiões; (Expressão “Conse-
mesma audiência ou sessão, ou para a seguinte, o lhos Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” pelo
suplente do membro suspeito, o qual continuará a Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
funcionar no feito até decisão final. Proceder-se-á b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os susci-
da mesma maneira quando algum dos membros tados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e
se declarar suspeito. (Expressão “Conselhos Regionais” Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais
substituída por “Tribunais Regionais” pelo Decreto-Lei Regionais diferentes; (Expressões “Conselho Nacional”
nº 9.797, de 9/9/1946) e “Conselhos Regionais” substituídas respectivamente por
§ 2º Se se tratar de suspeição de Juiz de Direito, “Tribunal Superior” e “Tribunais Regionais” pelo Decreto-
será este substituído na forma da organização ju- -Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
diciária local. c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as
Seção VII Câmaras de Justiça do Trabalho e de Previdência
Dos Conflitos de Jurisdição Social; (Vide Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados
Art. 803. Os conflitos de jurisdição podem ocor-
entre as autoridades da Justiça do Trabalho e as
rer entre:
da Justiça Ordinária.
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes
de Direito investidos na administração da Justiça Art. 809. Nos conflitos de jurisdição entre as Jun-
do Trabalho; tas e os Juízos de Direito observar-se-á o seguinte:
b) Tribunais Regionais do Trabalho; (Expressão I – o juiz ou presidente mandará extrair dos
“Conselhos Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” autos as provas do conflito e, com a sua informa-
pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) ção, remeterá o processo assim formado, no mais
145
breve prazo possível, ao Presidente do Tribunal Art. 814. Às audiências deverão estar presentes,
Regional competente; comparecendo com a necessária antecedência, os
II – no Tribunal Regional, logo que der entrada escrivães ou secretários. (Vide Lei nº 409, de 25/9/1948)
o processo, o presidente determinará a distribui- Art. 815. À hora marcada, o juiz ou presidente
ção do feito, podendo o relator ordenar imediata- declarará aberta a audiência, sendo feita pelo se-
mente às Juntas e aos Juízos, nos casos de conflito cretário ou escrivão a chamada das partes, teste-
positivo, que sobrestejam o andamento dos res- munhas e demais pessoas que devam comparecer.
pectivos processos, e solicitar, ao mesmo tempo, Parágrafo único. Se, até 15 (quinze) minutos
quaisquer informações que julgue convenientes. após a hora marcada, o juiz ou presidente não
Seguidamente, será ouvida a Procuradoria, após houver comparecido, os presentes poderão re-
o que o relator submeterá o feito a julgamento na tirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de
primeira sessão; (Expressão “Conselho Regional” subs- registro das audiências.
tituída por “Tribunal Regional” pelo Decreto-Lei nº 9.797, Art. 816. O juiz ou presidente manterá a ordem
de 9/9/1946) nas audiências, podendo mandar retirar do re-
III – proferida a decisão, será a mesma comuni- cinto os assistentes que a perturbarem.
cada, imediatamente, às autoridades em conflito,
Art. 817. O registro das audiências será feito em
prosseguindo no foro julgado competente. livro próprio, constando de cada registro os pro-
Art. 810. Aos conflitos de jurisdição entre os Tri- cessos apreciados e a respectiva solução, bem
bunais Regionais aplicar-se-ão as normas esta- como as ocorrências eventuais.
belecidas no artigo anterior. (Expressão “Conselhos Parágrafo único. Do registro das audiências po-
Regionais” substituída por “Tribunais Regionais” pelo derão ser fornecidas certidões às pessoas que o
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) requererem.
Art. 811. Nos conflitos suscitados na Justiça do Seção IX

Trabalho entre as autoridades desta e os órgãos
Das Provas
da Justiça Ordinária, o processo do conflito, for- Art. 818. O ônus da prova incumbe: (Caput do ar-
mado de acordo com o inciso I do art. 809, será tigo com redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
remetido diretamente ao presidente do Supremo publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
Tribunal Federal. a publicação)
I – ao reclamante, quanto ao fato constitutivo
Art. 812. A ordem processual dos conflitos de ju-
de seu direito; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
risdição entre as Câmaras do Tribunal Superior do
Trabalho será a estabelecida no seu regimento in- 120 dias após a publicação)
terno. (Vide Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) II – ao reclamado, quanto à existência de fato
Seção VIII impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
Das Audiências do reclamante. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467,
Art. 813. As audiências dos órgãos da Justiça do
Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de
do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fi-
peculiaridades da causa relacionadas à impos-
xados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não po-
sibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir
dendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo o encargo nos termos deste artigo ou à maior fa-
quando houver matéria urgente. cilidade de obtenção da prova do fato contrário,
§ 1º Em casos especiais, poderá ser designado ou- poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo
tro local para a realização das audiências, median- diverso, desde que o faça por decisão fundamen-
te edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com tada, caso em que deverá dar à parte a oportu-
a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas. nidade de se desincumbir do ônus que lhe foi
§ 2º Sempre que for necessário, poderão ser atribuído. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de
convocadas audiências extraordinárias, obser- 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
vado o prazo do parágrafo anterior. 120 dias após a publicação)
146
§ 2º A decisão referida no § 1º deste artigo deve- Parágrafo único. As que não comparecerem se-
rá ser proferida antes da abertura da instrução e, a rão intimadas, ex officio ou a requerimento da par-
requerimento da parte, implicará o adiamento da te, ficando sujeitas a condução coercitiva, além
audiência e possibilitará provar os fatos por qual- das penalidades do art. 730, caso, sem motivo jus-
quer meio em direito admitido. (Parágrafo acrescido tificado, não atendam à intimação.
Art. 826. É facultado a cada uma das partes apre-
sentar um perito ou técnico. (Vide art. 3º da Lei
§ 3º A decisão referida no § 1º deste artigo não nº 5.584, de 26/6/1970)
pode gerar situação em que a desincumbência
do encargo pela parte seja impossível ou excessi- Art. 827. O juiz ou presidente poderá arguir os
vamente difícil. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, peritos compromissados ou os técnicos, e rubri-
cará, para ser junto ao processo, o laudo que os
primeiros tiverem apresentado.
Art. 819. O depoimento das partes e testemu- Art. 828. Toda testemunha, antes de prestar o
nhas que não souberem falar a língua nacional compromisso legal, será qualificada, indicando o
será feito por meio de intérprete nomeado pelo nome, nacionalidade, profissão, idade, residência,
juiz ou presidente. e, quando empregada, o tempo de serviço pres-
§ 1º Proceder-se-á da forma indicada neste ar- tado ao empregador, ficando sujeita, em caso de
tigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo falsidade, às leis penais.
que não saiba escrever. Parágrafo único. Os depoimentos das testemu-
§ 2º As despesas decorrentes do disposto neste nhas serão resumidos, por ocasião da audiência,
artigo correrão por conta da parte sucumbente, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse
salvo se beneficiária de justiça gratuita. (Parágrafo fim designado, devendo a súmula ser assinada
com redação dada pela Lei nº 13.660, de 8/5/2018) pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
Art. 820. As partes e testemunhas serão inquiridas Art. 829. A testemunha que for parente até o ter-
pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, ceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qual-
por seu intermédio, a requerimento dos vogais, quer das partes, não prestará compromisso, e seu
das partes, seus representantes ou advogados. depoimento valerá como simples informação.
Art. 821. Cada uma das partes não poderá indi- Art. 830. O documento em cópia oferecido para
car mais de três testemunhas, salvo quando se prova poderá ser declarado autêntico pelo pró-
tratar de inquérito, caso em que esse número po- prio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
derá ser elevado a seis. (Artigo com redação dada pelo (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 11.925,
Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946) de 17/4/2009, publicada no DOU de 17/4/2009, em vigor

Art. 822. As testemunhas não poderão sofrer
Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da
qualquer desconto pelas faltas ao serviço, oca-
cópia, a parte que a produziu será intimada para
sionadas pelo seu comparecimento para depor,
apresentar cópias devidamente autenticadas ou
quando devidamente arroladas ou convocadas.
o original, cabendo ao serventuário competente
Art. 823. Se a testemunha for funcionário civil ou proceder à conferência e certificar a conformi-
militar, e tiver de depor em hora de serviço, será dade entre esses documentos. (Parágrafo único
requisitada ao chefe da repartição para compare- acrescido pela Lei nº 11.925, de 17/4/2009, publicada no
cer à audiência marcada. DOU de 17/4/2009, em vigor 90 dias após a publicação)
Art. 824. O juiz ou presidente providenciará para Seção X

que o depoimento de uma testemunha não seja Da Decisão e sua Eficácia
ouvido pelas demais que tenham de depor no Art. 831. A decisão será proferida depois de rejei-
processo. tada pelas partes a proposta de conciliação.
Art. 825. As testemunhas comparecerão à au- Parágrafo único. No caso de conciliação, o ter-
diência independentemente de notificação ou mo que for lavrado valerá como decisão irrecor-
intimação. rível, salvo para a Previdência Social quanto às
147
contribuições que lhe forem devidas. (Parágrafo úni- aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se
co com redação dada pela Lei nº 10.035, de 25/10/2000) realizadas nas próprias audiências em que forem
Art. 832. Da decisão deverão constar o nome das as mesmas proferidas.
partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação Art. 835. O cumprimento do acordo ou da decisão
das provas, os fundamentos da decisão e a respec- far-se-á no prazo e condições estabelecidas.
tiva conclusão.
Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Traba-
§ 1º Quando a decisão concluir pela procedên-
lho conhecer de questões já decididas, excetuados
cia do pedido, determinará o prazo e as condições
os casos expressamente previstos neste Título e
para o seu cumprimento.
a ação rescisória, que será admitida na forma do
§ 2º A decisão mencionará sempre as custas que
disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei nº 5.869,
devam ser pagas pela parte vencida.
de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil),
§ 3º As decisões cognitivas ou homologatórias
sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento)
deverão sempre indicar a natureza jurídica das
do valor da causa, salvo prova de miserabilidade
parcelas constantes da condenação ou do acordo
jurídica do autor. (Caput do artigo com redação dada
homologado, inclusive o limite de responsabi-
lidade de cada parte pelo recolhimento da con-
tribuição previdenciária, se for o caso. (Parágrafo
Parágrafo único. A execução da decisão profe-
rida em ação rescisória far-se-á nos próprios autos
§ 4º A União será intimada das decisões homo-
da ação que lhe deu origem, e será instruída com
logatórias de acordos que contenham parcela in-
o acórdão da rescisória e a respectiva certidão de
denizatória, na forma do art. 20 da Lei nº 11.033,
trânsito em julgado. (Parágrafo único acrescido pela
de 21 de dezembro de 2004, facultada a inter-
Medida Provisória nº 2.180-35, de 24/8/2001)
posição de recurso relativo aos tributos que lhe
forem devidos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.035, CAPÍTULO III
de 25/10/2000, e com redação dada pela Lei nº 11.457, de DOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
16/3/2007, em vigor a partir de 2/5/2007) Seção I
§ 5º Intimada da sentença, a União poderá inter- Da Forma de Reclamação e da Notificação
por recurso relativo à discriminação de que trata o
Art. 837. Nas localidades em que houver apenas
§ 3º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.457,
1 (uma) Junta de Conciliação e Julgamento, ou
de 16/3/2007, em vigor a partir de 2/5/2007)
1 (um) escrivão do cível, a reclamação será apre-
§ 6º O acordo celebrado após o trânsito em
sentada diretamente à secretaria da Junta, ou ao
julgado da sentença ou após a elaboração dos
cartório do Juízo.
cálculos de liquidação de sentença não prejudi-
cará os créditos da União. (Parágrafo acrescido pela Art. 838. Nas localidades em que houver mais de
Lei nº 11.457, de 16/3/2007, em vigor a partir de 2/5/2007) 1 (uma) Junta ou mais de 1 (um) Juízo, ou escrivão
§ 7º O Ministro de Estado da Fazenda poderá, do cível, a reclamação será, preliminarmente, su-
mediante ato fundamentado, dispensar a mani- jeita a distribuição, na forma do disposto no Capí-
festação da União nas decisões homologatórias tulo II, Seção II, deste Título.
de acordos em que o montante da parcela inde- Art. 839. A reclamação poderá ser apresentada:
nizatória envolvida ocasionar perda de escala de- a) pelos empregados e empregadores, pessoal-
corrente da atuação do órgão jurídico. (Parágrafo mente, ou por seus representantes, e pelos sindi-
acrescido pela Lei nº 11.457, de 16/3/2007, em vigor a catos de classe;
partir de 2/5/2007) b) por intermédio das Procuradorias Regionais
Art. 833. Existindo na decisão evidentes erros ou da Justiça do Trabalho.
enganos de escrita, de datilografia ou de cálculo, Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
poderão os mesmos, antes da execução, ser cor- § 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter
rigidos, ex officio, ou a requerimento dos interes- a designação do juízo, a qualificação das partes, a
sados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho. breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio,
Art. 834. Salvo nos casos previstos nesta Consoli- o pedido, que deverá ser certo, determinado e com
dação, a publicação das decisões e sua notificação indicação de seu valor, a data e a assinatura do
148
reclamante ou de seu representante. (Parágrafo com § 1º É facultado ao empregador fazer-se substi-
redação dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada tuir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) tenha conhecimento do fato, e cujas declarações
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a obrigarão o proponente.
termo, em duas vias datadas e assinadas pelo es- § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo po-
crivão ou secretário, observado, no que couber, o deroso, devidamente comprovado, não for possível
disposto no § 1º deste artigo. (Parágrafo com redação ao empregado comparecer pessoalmente, poderá
dada pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU fazer-se representar por outro empregado que per-
de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) tença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo
§ 1º deste artigo serão julgados extintos sem reso- não precisa ser empregado da parte reclamada.
lução do mérito. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a
120 dias após a publicação) publicação)
Art. 841. Recebida e protocolada a reclamação, Art. 844. O não comparecimento do reclamante à
o escrivão ou secretário, dentro de 48 horas, re- audiência importa o arquivamento da reclamação,
meterá a segunda via da petição, ou do termo, ao e o não comparecimento do reclamado importa
reclamado, notificando-o, ao mesmo tempo, para revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
comparecer à audiência do julgamento, que será a § 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz
primeira desimpedida, depois de cinco dias. suspender o julgamento, designando nova au-
§ 1º A notificação será feita em registro postal diência. (Parágrafo único transformado em § 1º pela Lei
com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
seu recebimento, ou não for encontrado, far-se-á a em vigor 120 dias após a publicação)
notificação por edital, inserto no jornal oficial ou § 2º Na hipótese de ausência do reclamante,
no que publicar o expediente forense, ou, na falta, este será condenado ao pagamento das custas cal-
afixado na sede da Junta ou Juízo. culadas na forma do art. 789 desta Consolidação,
§ 2º O reclamante será notificado no ato da ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se
apresentação da reclamação ou na forma do pa- comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausên-
rágrafo anterior. cia ocorreu por motivo legalmente justificável. (Pará-
§ 3º Oferecida a contestação, ainda que eletroni- grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada
camente, o reclamante não poderá, sem o consen- no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
timento do reclamado, desistir da ação. (Parágrafo § 3º O pagamento das custas a que se refere
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no o § 2º é condição para a propositura de nova
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) demanda. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de
Art. 842. Sendo várias as reclamações e havendo
identidade de matéria, poderão ser acumuladas
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado
num só processo, se se tratar de empregados da
no caput deste artigo se: (Parágrafo acrescido pela Lei
mesma empresa ou estabelecimento.
Seção II em vigor 120 dias após a publicação)
Da Audiência de Julgamento I – havendo pluralidade de reclamados, algum
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão deles contestar a ação;
estar presentes o reclamante e o reclamado, in- II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
dependentemente do comparecimento de seus III – a petição inicial não estiver acompanhada
representantes, salvo nos casos de Reclamató- de instrumento que a lei considere indispensável
rias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando à prova do ato;
os empregados poderão fazer-se representar pelo IV – as alegações de fato formuladas pelo recla-
Sindicato de sua categoria. (Caput do artigo com re- mante forem inverossímeis ou estiverem em con-
dação dada pela Lei nº 6.667, de 3/7/1979) tradição com prova constante dos autos.
149
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente desimpedida, independentemente de nova noti-
o advogado na audiência, serão aceitos a contes- ficação.
tação e os documentos eventualmente apresenta-
Art. 850. Terminada a instrução, poderão as par-
dos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
tes aduzir razões finais, em prazo não excedente
de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida,
a publicação)
o juiz ou presidente renovará a proposta de con-
Art. 845. O reclamante e o reclamado compare- ciliação, e não se realizando esta, será proferida
cerão à audiência acompanhados das suas teste- a decisão.
munhas, apresentando, nessa ocasião, as demais Parágrafo único. O Presidente da Junta, após
provas. propor a solução do dissídio, tomará os votos
Art. 846. Aberta a audiência, o juiz ou presidente dos vogais e, havendo divergência entre estes, po-
proporá a conciliação. (Caput do artigo com redação derá desempatar ou proferir decisão que melhor
dada pela Lei nº 9.022, de 5/4/1995) atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio
§ 1º Se houver acordo lavrar-se-á termo, as- entre os votos divergentes e ao interesse social.
sinado pelo presidente e pelos litigantes, con- Art. 851. Os trâmites de instrução e julgamento
signando-se o prazo e demais condições para seu
da reclamação serão resumidos em ata, de que
cumprimento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.022, de
constará, na íntegra, a decisão. (Caput do artigo com
5/4/1995)
§ 2º Entre as condições a que se refere o pará-
§ 1º Nos processos de exclusiva alçada das Jun-
grafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a
tas, será dispensável, a juízo do presidente, o re-
parte que não cumprir o acordo obrigada a satis-
sumo dos depoimentos, devendo constar da ata a
fazer integralmente o pedido ou pagar uma inde-
conclusão do Tribunal quanto à matéria de fato. (Pa-
nização convencionada, sem prejuízo do cumpri-
rágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
mento do acordo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.022,
§ 2º A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao
de 5/4/1995)
processo, devidamente assinada, no prazo impror-
Art. 847. Não havendo acordo, o reclamado terá rogável de 48 horas, contado da audiência de julga-
vinte minutos para aduzir sua defesa, após a lei- mento, e assinada pelos vogais presentes à mesma
tura da reclamação, quando esta não for dispen- audiência. (Parágrafo único transformado em § 2º e com
sada por ambas as partes. (Caput do artigo com reda- redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
Parágrafo único. A parte poderá apresentar de- Art. 852. Da decisão serão os litigantes notifica-
fesa escrita pelo sistema de processo judicial ele- dos, pessoalmente, ou por seu representante, na
trônico até a audiência. (Parágrafo único acrescido própria audiência. No caso de revelia, a notificação
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) Seção II-A
Art. 848. Terminada a defesa, seguir-se-á a instru- Do Procedimento Sumariíssimo
ção do processo, podendo o presidente, ex officio (Seção acrescida pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, pu-
ou a requerimento de qualquer juiz temporário, blicada no DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a
interrogar os litigantes. (Caput do artigo com redação publicação)
dada pela Lei nº 9.022, de 5/4/1995) Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não
§ 1º Findo o interrogatório, poderá qualquer dos exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente
litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com na data do ajuizamento da reclamação ficam sub-
o seu representante. metidos ao procedimento sumariíssimo. (Artigo
§ 2º Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no
peritos e os técnicos, se houver. DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação)
Art. 849. A audiência de julgamento será contí- Parágrafo único. Estão excluídas do procedi-
nua; mas, se não for possível, por motivo de for- mento sumariíssimo as demandas em que é parte
ça maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presi- a Administração Pública direta, autárquica e fun-
dente marcará a sua continuação para a primeira dacional.
150
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 852-B
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no solução da causa trazidas pela prova testemunhal.
procedimento sumariíssimo: (Artigo acrescido pela (Artigo acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada
Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, no DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação)
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os
I – o pedido deverá ser certo ou determinado e
incidentes e exceções que possam interferir no
indicará o valor correspondente;
prosseguimento da audiência e do processo. As
II – não se fará citação por edital, incumbindo
demais questões serão decididas na sentença. (Ar-
ao autor a correta indicação do nome e endereço
tigo acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada
do reclamado;
III – a apreciação da reclamação deverá ocor-
rer no prazo máximo de quinze dias do seu ajui- Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na
zamento, podendo constar de pauta especial, se audiência de instrução e julgamento, ainda que
necessário, de acordo com o movimento judiciá- não requeridas previamente. (Caput do artigo acres-
rio da Junta de Conciliação e Julgamento. cido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DOU de
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação)
disposto nos incisos I e II deste artigo importará § 1º Sobre os documentos apresentados por uma
no arquivamento da reclamação e condenação das partes manifestar-se-á imediatamente a parte
ao pagamento de custas sobre o valor da causa. contrária, sem interrupção da audiência, salvo ab-
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao soluta impossibilidade, a critério do juiz. (Parágrafo
juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DOU
do processo, reputando-se eficazes as intimações de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação)
enviadas ao local anteriormente indicado, na au- § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para
sência de comunicação. cada parte, comparecerão à audiência de instru-
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumariís- ção e julgamento independentemente de intima-
simo serão instruídas e julgadas em audiência ção. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000,
única, sob a direção de juiz presidente ou subs-
tituto, que poderá ser convocado para atuar si- publicação)
multaneamente com o titular. (Artigo acrescido pela § 3º Só será deferida intimação de testemu-
Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, nha que, comprovadamente convidada, deixar
em vigor 60 dias após a publicação) de comparecer. Não comparecendo a testemu-
nha intimada, o juiz poderá determinar sua ime-
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liber-
diata condução coercitiva. (Parágrafo acrescido pela
dade para determinar as provas a serem produ-
zidas, considerado o ônus probatório de cada
litigante, podendo limitar ou excluir as que con-
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou
siderar excessivas, impertinentes ou protelatórias,
for legalmente imposta, será deferida prova téc-
bem como para apreciá-las e dar especial valor às
nica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo,
regras de experiência comum ou técnica. (Artigo
o objeto da perícia e nomear perito. (Parágrafo acres-
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as § 5º (Vetado na Lei nº 9.957, de 12/1/2000)
partes presentes sobre as vantagens da concilia- § 6º As partes serão intimadas a manifestar-se
ção e usará os meios adequados de persuasão sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. (Pa-
para a solução conciliatória do litígio, em qualquer rágrafo acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publi-
fase da audiência. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.957, cada no DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a pu-
de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, em vigor blicação)
60 dias após a publicação) § 7º Interrompida a audiência, o seu prossegui-
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados mento e a solução do processo dar-se-ão no prazo
resumidamente os atos essenciais, as afirmações máximo de trinta dias, salvo motivo relevante
fundamentais das partes e as informações úteis à justificado nos autos pelo juiz da causa. (Parágrafo
151
acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no § 1º Da decisão interlocutória que acolher ou
DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação) rejeitar o incidente:
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos I – na fase de cognição, não cabe recurso de
de convicção do juízo, com resumo dos fatos re- imediato, na forma do § 1º do art. 893 desta Con-
levantes ocorridos em audiência, dispensado o solidação;
relatório. (Caput do artigo acrescido pela Lei nº 9.957, II – na fase de execução, cabe agravo de petição,
de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, em vigor independentemente de garantia do juízo;
60 dias após a publicação) III – cabe agravo interno se proferida pelo rela-
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que tor em incidente instaurado originariamente no
reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins tribunal.
sociais da lei e as exigências do bem comum. (Pará- § 2º A instauração do incidente suspenderá o
grafo acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada processo, sem prejuízo de concessão da tutela
no DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação) de urgência de natureza cautelar de que trata
§ 2º (Vetado na Lei nº 9.957, de 12/1/2000) o art. 301 da Lei nº 13.105, de 16 de março de
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na 2015 (Código de Processo Civil).
própria audiência em que prolatada. (Parágrafo CAPÍTULO III-A
acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO
DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação) VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO
DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
Seção III (Capítulo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017,
Do Inquérito para Apuração de Falta Grave publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após
Art. 853. Para a instauração do inquérito para a publicação)
apuração de falta grave contra empregado garan- Art. 855-B. O processo de homologação de acor-
tido com estabilidade, o empregador apresentará do extrajudicial terá início por petição conjun-
reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, ta, sendo obrigatória a representação das partes
dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da sus- por advogado. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de
pensão do empregado. 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120
Art. 854. O processo do inquérito perante a Junta dias após a publicação)
ou Juízo obedecerá às normas estabelecidas no § 1º As partes não poderão ser representadas
presente Capítulo, observadas as disposições por advogado comum.
desta Seção. § 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo
advogado do sindicato de sua categoria.
Art. 855. Se tiver havido prévio reconhecimento
da estabilidade do empregado, o julgamento do Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não preju-
inquérito pela Junta ou Juízo não prejudicará a dica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 desta
execução para pagamento dos salários devidos ao Consolidação e não afasta a aplicação da multa
empregado, até a data da instauração do mesmo prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação. (Artigo
inquérito. acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
Seção IV
Do Incidente de Desconsideração Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da
da Personalidade Jurídica distribuição da petição, o juiz analisará o acordo,
(Seção acrescida pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, designará audiência se entender necessário e pro-
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após ferirá sentença. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.467, de
a publicação) 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor
Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o in-
cidente de desconsideração da personalidade jurí- Art. 855-E. A petição de homologação de acordo
dica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei nº 13.105, de extrajudicial suspende o prazo prescricional da
16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Ar- ação quanto aos direitos nela especificados. (Artigo
tigo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
152
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a Seção II

fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado Da Conciliação e do Julgamento
da decisão que negar a homologação do acordo. Art. 860. Recebida e protocolada a representação,
e estando na devida forma, o Presidente do Tribu-
CAPÍTULO IV
DOS DISSÍDIOS COLETIVOS nal designará a audiência de conciliação, dentro
do prazo de 10 (dez) dias, determinando a noti-
Seção I ficação dos dissidentes, com observância do dis-
Da Instauração da Instância posto no art. 841.
Art. 856. A instância será instaurada mediante Parágrafo único. Quando a instância for instau-
representação escrita ao Presidente do Tribunal. rada ex officio, a audiência deverá ser realizada
dentro do prazo mais breve possível, após o reco-
Poderá ser também instaurada por iniciativa do
nhecimento do dissídio.
presidente, ou ainda, a requerimento da Procura-
doria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer Art. 861. É facultado ao empregador fazer-se re-
suspensão do trabalho. presentar na audiência pelo gerente, ou por qual-
quer outro preposto que tenha conhecimento do
Art. 857. A representação para instaurar a ins- dissídio, e por cujas declarações será sempre res-
tância em dissídio coletivo constitui prerrogativa ponsável.
das associações sindicais, excluídas as hipóteses
Art. 862. Na audiência designada, comparecendo
aludidas no art. 856, quando ocorrer suspensão
ambas as partes ou seus representantes, o Presi-
do trabalho. (Caput do artigo com redação dada pelo dente do Tribunal as convidará para se pronun-
Decreto-Lei nº 7.321, de 14/2/1945) ciarem sobre as bases da conciliação. Caso não
Parágrafo único. Quando não houver sindicato sejam aceitas as bases propostas, o Presidente
representativo da categoria econômica ou pro- submeterá aos interessados a solução que lhe
fissional, poderá a representação ser instaurada pareça capaz de resolver o dissídio.
pelas federações correspondentes e, na falta des- Art. 863. Havendo acordo, o Presidente o sub-
tas, pelas confederações respectivas, no âmbito meterá à homologação do Tribunal na primeira
de sua representação. (Parágrafo único com redação sessão.
dada pela Lei nº 2.693, de 23/12/1955) Art. 864. Não havendo acordo, ou não compare-
Art. 858. A representação será apresentada em cendo ambas as partes ou uma delas, o presidente
tantas vias quantos forem os reclamados e deverá submeterá o processo a julgamento, depois de
conter: realizadas as diligências que entender necessárias
e ouvida a Procuradoria. (Artigo com redação dada
a) designação e qualificação dos reclamantes e
dos reclamados e a natureza do estabelecimento
ou do serviço; Art. 865. Sempre que, no decorrer do dissídio,
b) os motivos do dissídio e as bases da conci- houver ameaça de perturbação da ordem, o pre-
sidente requisitará à autoridade competente as
liação.
providências que se tornarem necessárias.
Art. 859. A representação dos sindicatos para ins-
Art. 866. Quando o dissídio ocorrer fora da sede
tauração da instância fica subordinada à aprova-
do Tribunal, poderá o presidente, se julgar conve-
ção de assembleia, da qual participem os associa- niente, delegar à autoridade local as atribuições
dos interessados na solução do dissídio coletivo, de que tratam os arts. 860 e 862. Nesse caso, não
em primeira convocação, por maioria de 2/3 (dois havendo conciliação, a autoridade delegada en-
terços) dos mesmos, ou, em segunda convocação, caminhará o processo ao Tribunal, fazendo ex-
por 2/3 (dois terços) dos presentes. (Caput do ar- posição circunstanciada dos fatos e indicando a
tigo com redação dada pelo Decreto-Lei nº 7.321, de solução que lhe parecer conveniente.
14/2/1945) Art. 867. Da decisão do Tribunal serão notificadas
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 7.321, as partes, ou seus representantes, em registrado
de 14/2/1945) postal, com franquia, fazendo-se, outrossim, a sua
153
publicação no jornal oficial, para ciência dos de- § 2º Ouvidos os interessados e a Procuradoria
mais interessados. da Justiça do Trabalho, será o processo subme-
Parágrafo único. A sentença normativa vigo- tido ao julgamento do Tribunal.
rará: (Parágrafo único acrescido pelo Decreto-Lei nº 424, Art. 871. Sempre que o Tribunal estender a deci-
de 21/1/1969)
são, marcará a data em que a extensão deva entrar
a) a partir da data de sua publicação, quando em vigor.
ajuizado o dissídio após o prazo do art. 616, § 3º,
ou quando não existir acordo, convenção ou sen- Seção IV
Do Cumprimento das Decisões
tença normativa em vigor, da data do ajuizamento;
b) a partir do dia imediato ao termo final de Art. 872. Celebrado o acordo, ou transitada em
vigência do acordo, convenção ou sentença nor- julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento,
mativa, quando ajuizado o dissídio no prazo do sob as penas estabelecidas neste Título.
art. 616, § 3º. Parágrafo único. Quando os empregadores dei-
xarem de satisfazer o pagamento de salários, na
Seção III
Da Extensão das Decisões conformidade da decisão proferida, poderão os
empregados ou seus sindicatos, independentes
Art. 868. Em caso de dissídio coletivo que tenha
de outorga de poderes de seus associados, jun-
por motivo novas condições de trabalho e no qual
tando certidão de tal decisão, apresentar recla-
figure como parte apenas uma fração de empre-
mação à Junta ou Juízo competente, observado
gados de uma empresa, poderá o Tribunal com-
o processo previsto no Capítulo II deste Título,
petente, na própria decisão, estender tais con-
sendo vedado, porém, questionar sobre a maté-
dições de trabalho, se julgar justo e conveniente,
ria de fato e de direito já apreciada na decisão.
aos demais empregados da empresa que forem da
(Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 2.275, de
mesma profissão dos dissidentes.
30/7/1954)
Parágrafo único. O Tribunal fixará a data em que
a decisão deve entrar em execução, bem como o Seção V
Da Revisão
prazo de sua vigência, o qual não poderá ser su-
perior a 4 (quatro) anos. Art. 873. Decorrido mais de um ano de sua vi-
gência, caberá revisão das decisões que fixarem
Art. 869. A decisão sobre novas condições de
condições de trabalho, quando se tiverem modi-
trabalho poderá também ser estendida a todos
ficado as circunstâncias que as ditaram, de modo
os empregados da mesma categoria profissional
que tais condições se hajam tornado injustas ou
compreendida na jurisdição do Tribunal:
inaplicáveis.
a) por solicitação de 1 (um) ou mais empregado-
res, ou de qualquer sindicato destes; Art. 874. A revisão poderá ser promovida por ini-
b) por solicitação de 1 (um) ou mais sindicatos ciativa do Tribunal prolator, da Procuradoria da
de empregados; Justiça do Trabalho, das associações sindicais ou
c) ex officio, pelo Tribunal que houver proferido de empregador ou empregadores interessados no
a decisão; cumprimento da decisão.
d) por solicitação da Procuradoria da Justiça do Parágrafo único. Quando a revisão for promo-
Trabalho. vida por iniciativa do Tribunal prolator ou da Pro-
Art. 870. Para que a decisão possa ser estendida, curadoria, as associações sindicais e o emprega-
na forma do artigo anterior, torna-se preciso que dor ou empregadores interessados serão ouvidos
3/4 (três quartos) dos empregadores e 3/4 (três no prazo de 30 (trinta) dias. Quando promovida
quartos) dos empregados, ou os respectivos sin- por uma das partes interessadas, serão as outras
dicatos, concordem com a extensão da decisão. ouvidas também por igual prazo.
§ 1º O Tribunal competente marcará prazo, não Art. 875. A revisão será julgada pelo Tribunal
inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) que tiver proferido a decisão, depois de ouvida a
dias, a fim de que se manifestem os interessados. Procuradoria da Justiça do Trabalho.
154
CAPÍTULO V Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exequenda,

DA EXECUÇÃO ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que
Seção I poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou
Das Disposições Preliminares por artigos. (Caput do artigo com redação dada pela
Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das
§ 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou
quais não tenha havido recurso com efeito sus-
inovar, a sentença liquidanda, nem discutir ma-
pensivo; os acordos, quando não cumpridos; os
téria pertinente à causa principal. (Parágrafo único
termos de ajuste de conduta firmados perante o
transformado em § 1º pela Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
Ministério Público do Trabalho e os termos de con-
§ 1º-A. A liquidação abrangerá, também, o cál-
ciliação firmados perante as Comissões de Conci-
culo das contribuições previdenciárias devidas.
liação Prévia serão executados pela forma estabe-
lecida neste Capítulo. (Caput do artigo com redação
§ 1º-B. As partes deverão ser previamente intima-
das para a apresentação do cálculo de liquidação,
inclusive da contribuição previdenciária incidente.
Parágrafo único. A Justiça do Trabalho execu-
tará, de ofício, as contribuições sociais previstas
§ 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o
na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do
juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito
art. 195 da Constituição Federal, e seus acrésci-
dias para impugnação fundamentada com a in-
mos legais, relativas ao objeto da condenação
dicação dos itens e valores objeto da discordân-
constante das sentenças que proferir e dos acor-
cia, sob pena de preclusão. (Parágrafo acrescido pela
dos que homologar. (Parágrafo único acrescido pela
Lei nº 8.432, de 11/6/1992, e com redação dada pela Lei
Lei nº 10.035, de 25/10/2000, e com redação dada pela Lei
§ 3º Elaborada a conta pela parte ou pelos ór-
Art. 877. É competente para a execução das de- gãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz pro-
cisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver cederá à intimação da União para manifestação,
conciliado ou julgado originariamente o dissídio. no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão.
Art. 877-A. É competente para a execução de tí- (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.035, de 25/10/2000, e
tulo executivo extrajudicial o juiz que teria compe- com redação dada pela Lei nº 11.457, de 16/3/2007, em
tência para o processo de conhecimento relativo à vigor a partir de 2/5/2007)
matéria. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.958, de 12/1/2000, § 4º A atualização do crédito devido à Previdên-
publicada no DOU de 13/1/2000, em vigor 90 dias após a cia Social observará os critérios estabelecidos na
publicação) legislação previdenciária. (Parágrafo acrescido pela
Lei nº 10.035, de 25/10/2000)
Art. 878. A execução será promovida pelas par-
§ 5º O Ministro de Estado da Fazenda poderá,
tes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou
mediante ato fundamentado, dispensar a mani-
pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos
festação da União quando o valor total das ver-
em que as partes não estiverem representadas
bas que integram o salário-de-contribuição, na
por advogado. (Caput do artigo com redação dada
forma do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho
de 1991, ocasionar perda de escala decorrente da
atuação do órgão jurídico. (Parágrafo acrescido pela
Lei nº 11.457, de 16/3/2007, em vigor a partir de 2/5/2007)
§ 6º Tratando-se de cálculos de liquidação com-
plexos, o juiz poderá nomear perito para a elabo-
Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento ração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o
imediato da parte que entender devida à Previdên- valor dos respectivos honorários com observância,
cia Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais entre outros, dos critérios de razoabilidade e pro-
diferenças encontradas na execução ex officio. (Ar- porcionalidade. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.405,
tigo acrescido pela Lei nº 10.035, de 25/10/2000) de 16/5/2011)
155
§ 7º A atualização dos créditos decorrentes de nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
condenação judicial será feita pela Taxa Referencial em vigor 120 dias após a publicação)
(TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, con- Art. 883. Não pagando o executado, nem garan-
forme a Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991. (Pará- tindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens,
grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada tantos quantos bastem ao pagamento da importân-
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) cia da condenação, acrescida de custas e juros de
Seção II mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a par-
Do Mandado e da Penhora tir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presi-
dente do tribunal mandará expedir mandado de Art. 883-A. A decisão judicial transitada em jul-
citação do executado, a fim de que cumpra a de- gado somente poderá ser levada a protesto, gerar
cisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as inscrição do nome do executado em órgãos de
cominações estabelecidas ou, quando se tratar proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Deve-
de pagamento em dinheiro, inclusive de contri- dores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, de-
buições sociais devidas à União, para que o faça pois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco
em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a exe- dias a contar da citação do executado, se não
cução, sob pena de penhora. (Caput do artigo com houver garantia do juízo. (Artigo acrescido pela Lei
redação dada pela Lei nº 11.457, de 16/3/2007, em vigor nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017,
a partir de 2/5/2007) em vigor 120 dias após a publicação)
§ 1º O mandado de citação deverá conter a deci-
Seção III
são exequenda ou o termo de acordo não cumprido. Dos Embargos à Execução e
§ 2º A citação será feita pelos oficiais de diligência. da sua Impugnação
§ 3º Se o executado, procurado por 2 (duas)
Art. 884. Garantida a execução ou penhorados os
vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não
bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar
for encontrado, far-se-á citação por edital, publi-
embargos, cabendo igual prazo ao exequente para
cado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado
impugnação. (Vide art. 1º-B da Lei nº 9.494, de 10/9/1997)
na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias.
§ 1º A matéria de defesa será restrita às alega-
Art. 881. No caso de pagamento da importân- ções de cumprimento da decisão ou do acordo,
cia reclamada, será este feito perante o escrivão quitação ou prescrição da dívida.
ou secretário, lavrando-se termo de quitação, em § 2º Se na defesa tiverem sido arroladas teste-
2 (duas) vias, assinadas pelo exequente, pelo exe- munhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribu-
cutado e pelo mesmo escrivão ou secretário, entre- nal, caso julgue necessários seus depoimentos,
gando-se a segunda via ao executado e juntando- marcar audiência para a produção das provas, a
-se a outra ao processo. qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Não estando presente o exe- § 3º Somente nos embargos à penhora poderá o
quente, será depositada a importância, mediante executado impugnar a sentença de liquidação, ca-
guia, em estabelecimento oficial de crédito ou, em bendo ao exequente igual direito e no mesmo pra-
falta deste, em estabelecimento bancário idôneo. zo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954)
(Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 7.305, de § 4º Julgar-se-ão na mesma sentença os embar-
2/4/1985) gos e as impugnações à liquidação apresentadas
Art. 882. O executado que não pagar a impor- pelos credores trabalhista e previdenciário. (Pará-
tância reclamada poderá garantir a execução grafo acrescido pela Lei nº 2.244, de 23/6/1954, e com re-
mediante depósito da quantia correspondente, dação dada pela Lei nº 10.035, de 25/10/2000)
atualizada e acrescida das despesas proces- § 5º Considera-se inexigível o título judicial fun-
suais, apresentação de seguro-garantia judicial dado em lei ou ato normativo declarados incons-
ou nomeação de bens à penhora, observada a titucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em
ordem preferencial estabelecida no art. 835 da aplicação ou interpretação tidas por incompatí-
Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código veis com a Constituição Federal. (Parágrafo acrescido
de Processo Civil). (Artigo com redação dada pela Lei pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24/8/2001)
156
§ 6º A exigência da garantia ou penhora não lance, tendo o exequente preferência para a ad-
se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles judicação.
que compõem ou compuseram a diretoria dessas § 2º O arrematante deverá garantir o lance com
instituições. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) do
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor seu valor.
120 dias após a publicação) § 3º Não havendo licitante, e não requerendo
Seção IV o exequente a adjudicação dos bens penhorados,
Do Julgamento e dos Trâmites poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro no-
Finais da Execução meado pelo juiz ou presidente.
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar
Art. 885. Não tendo sido arroladas testemunhas
dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da ar-
na defesa, o juiz ou presidente, conclusos os autos,
rematação, perderá, em benefício da execução, o
proferirá sua decisão, dentro de 5 (cinco) dias, jul-
sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à
gando subsistente ou insubsistente a penhora.
praça os bens executados.
Art. 886. Se tiverem sido arroladas testemunhas,
Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo
finda a sua inquirição em audiência, o escrivão
da execução são aplicáveis, naquilo em que não
ou secretário fará, dentro de 48 (quarenta e oito)
contravierem ao presente Título, os preceitos que
horas, conclusos os autos ao juiz ou presidente,
regem o processo dos executivos fiscais para a co-
que proferirá sua decisão, na forma prevista no
brança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública
artigo anterior.
Federal.
§ 1º Proferida a decisão, serão da mesma notifi-
cadas as partes interessadas, em registrado postal, Art. 889-A. Os recolhimentos das importâncias
com franquia. devidas, referentes às contribuições sociais, serão
§ 2º Julgada subsistente a penhora, o juiz, ou efetuados nas agências locais da Caixa Econômica
presidente, mandará proceder logo à avaliação Federal ou do Banco do Brasil S. A., por intermé-
dos bens penhorados. dio de documento de arrecadação da Previdên-
cia Social, dele se fazendo constar o número do
Art. 887. A avaliação dos bens penhorados em vir-
processo. (Caput do artigo acrescido pela Lei nº 10.035,
tude da execução de decisão condenatória, será
de 25/10/2000)
feita por avaliador escolhido de comum acordo
§ 1º Concedido parcelamento pela Secretaria
pelas partes, que perceberá as custas arbitradas
da Receita Federal do Brasil, o devedor juntará
pelo juiz, ou presidente do tribunal trabalhista, de
aos autos a comprovação do ajuste, ficando a
conformidade com a tabela a ser expedida pelo
execução da contribuição social correspondente
Tribunal Superior do Trabalho.
suspensa até a quitação de todas as parcelas.
§ 1º Não acordando as partes quanto à designa-
ção de avaliador, dentro de cinco dias após o des-
com redação dada pela Lei nº 11.457, de 16/3/2007, em
pacho que o determinou a avaliação, será o avalia-
vigor a partir de 2/5/2007)
dor designado livremente pelo juiz ou presidente
do tribunal. § 2º As Varas do Trabalho encaminharão mensal-
§ 2º Os servidores da Justiça do Trabalho não mente à Secretaria da Receita Federal do Brasil in-
poderão ser escolhidos ou designados para servir formações sobre os recolhimentos efetivados nos
de avaliador. autos, salvo se outro prazo for estabelecido em re-
gulamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.035, de
Art. 888. Concluída a avaliação, dentro de dez 25/10/2000, e com redação dada pela Lei nº 11.457, de
dias, contados da data da nomeação do avalia- 16/3/2007, em vigor a partir de 2/5/2007)
dor, seguir-se-á a arrematação, que será anun-
ciada por edital afixado na sede do Juízo ou Tri- Seção V
bunal e publicado no jornal local, se houver, com
Da Execução por Prestações Sucessivas
a antecedência de vinte (20) dias. (Artigo com reda- Art. 890. A execução para pagamento de presta-
ção dada pela Lei nº 5.584, de 26/6/1970) ções sucessivas far-se-á com observância das nor-
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar mas constantes desta Seção, sem prejuízo das de-
anunciados e os bens serão vendidos pelo maior mais estabelecidas neste Capítulo.
157
Art. 891. Nas prestações sucessivas por tempo Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou
determinado, a execução pelo não pagamento orientação jurisprudencial do Tribunal Superior
de uma prestação compreenderá as que lhe su- do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo
cederem. Tribunal Federal. (Inciso acrescido pela Lei nº 11.496,
Art. 892. Tratando-se de prestações sucessivas de 22/6/2007, e com redação dada pela Lei nº 13.015,
por tempo indeterminado, a execução compreende 21/7/2014, publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor
derá inicialmente as prestações devidas até a data 60 dias após a publicação)
do ingresso na execução. Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.496, de
CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS
§ 2º A divergência apta a ensejar os embar-
Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguin- gos deve ser atual, não se considerando tal a ul-
tes recursos: (Caput do artigo com redação dada pela trapassada por súmula do Tribunal Superior do
Lei nº 861, de 13/10/1949)
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou su-
I – embargos; (Inciso com redação dada pela Lei perada por iterativa e notória jurisprudência do
nº 861, de 13/10/1949)
Tribunal Superior do Trabalho. (Parágrafo acrescido
II – recurso ordinário; (Inciso com redação dada
pela Lei nº 861, de 13/10/1949)
III – recurso de revista; (Inciso com redação dada
§ 3º O Ministro Relator denegará seguimento
pela Lei nº 861, de 13/10/1949)
aos embargos: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.015,
IV – agravo. (Inciso com redação dada pela Lei nº 861,
de 13/10/1949)
§ 1º Os incidentes do processo são resolvidos
I – se a decisão recorrida estiver em consonân-
pelo próprio juízo ou tribunal, admitindo-se a
cia com súmula da jurisprudência do Tribunal Su-
apreciação do merecimento das decisões inter-
perior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Fede-
locutórias somente em recursos da decisão de-
ral, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência
finitiva. (Parágrafo único transformado em § 1º pelo
do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe
indicá-la;
§ 2º A interposição de recurso para o Supremo
II – nas hipóteses de intempestividade, deser-
Tribunal Federal não prejudicará a execução do
ção, irregularidade de representação ou de ausên-
julgado. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 8.737,
de 19/1/1946)
cia de qualquer outro pressuposto extrínseco de
admissibilidade.
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem
§ 4º Da decisão denegatória dos embargos ca-
embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (Caput do ar-
berá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. (Parágrafo
tigo com redação dada pela Lei nº 11.496, de 22/6/2007,
publicação) (Vide Lei nº 7.701, de 21/12/1988)
I – de decisão não unânime de julgamento que: Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância
(Inciso acrescido pela Lei nº 11.496, de 22/6/2007, publicada superior:
no DOU de 25/6/2007, em vigor 90 dias após a publicação) I – das decisões definitivas ou terminativas das
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e (Inciso
dissídios coletivos que excedam a competência ter- acrescido pela Lei nº 11.925, de 17/4/2009, publicada no
ritorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e esten- DOU de 17/4/2009, em vigor 90 dias após a publicação)
der ou rever as sentenças normativas do Tribunal II – das decisões definitivas ou terminativas dos
Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e Tribunais Regionais, em processos de sua compe-
(Alínea acrescida pela Lei nº 11.496, de 22/6/2007, publicada tência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer
no DOU de 25/6/2007, em vigor 90 dias após a publicação) nos dissídios individuais, quer nos dissídios cole-
b) (Vetada na Lei nº 11.496, de 22/6/2007) tivos. (Inciso acrescido pela Lei nº 11.925, de 17/4/2009,
II – das decisões das Turmas que divergirem publicada no DOU de 17/4/2009, em vigor 90 dias após a
entre si ou das decisões proferidas pela Seção de publicação)
158
§ 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual,
sumariíssimo, o recurso ordinário: (Parágrafo acres- Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo,
cido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DOU de sentença normativa ou regulamento empresarial
13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação) de observância obrigatória em área territorial que
I – (Vetado na Lei nº 9.957, de 12/1/2000) exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator
II – será imediatamente distribuído, uma vez reda decisão recorrida, interpretação divergente,
cebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no na forma da alínea a; (Alínea com redação dada pela
prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribu- Lei nº 9.756, de 17/12/1998)
nal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta c) proferidas com violação literal de disposição
para julgamento, sem revisor; (Inciso acrescido pela de lei federal ou afronta direta e literal à Constitui-
Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, ção Federal. (Alínea com redação dada pela Lei nº 9.756,
em vigor 60 dias após a publicação) de 17/12/1998)
III – terá parecer oral do representante do Mi- § 1º O recurso de revista, dotado de efeito ape-
nistério Público presente à sessão de julgamento, nas devolutivo, será interposto perante o Presi-
se este entender necessário o parecer, com re- dente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por
gistro na certidão; (Inciso acrescido pela Lei nº 9.957, decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou de-
de 12/1/2000, publicada no DOU de 13/1/2000, em vigor negá-lo. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.015,
60 dias após a publicação) de 21/7/2014, publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor
IV – terá acórdão consistente unicamente na cer- 60 dias após a publicação)
tidão de julgamento, com a indicação suficiente do § 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus
processo e parte dispositiva, e das razões de deci- da parte: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.015, de
dir do voto prevalente. Se a sentença for confirma- 21/7/2014, publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor
da pelos próprios fundamentos, a certidão de jul- 60 dias após a publicação)
gamento, registrando tal circunstância, servirá de I – indicar o trecho da decisão recorrida que
acórdão. (Inciso acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, consubstancia o prequestionamento da contro-
vérsia objeto do recurso de revista; (Inciso acres-
cido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada no DOU
publicação)
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Tur-
II – indicar, de forma explícita e fundamentada,
mas, poderão designar Turma para o julgamento
contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou
dos recursos ordinários interpostos das senten-
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do
ças prolatadas nas demandas sujeitas ao proce-
Trabalho que conflite com a decisão regional; (In-
dimento sumariíssimo. (Parágrafo acrescido pela
ciso acrescido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada
III – expor as razões do pedido de reforma, im-
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do pugnando todos os fundamentos jurídicos da de-
Tribunal Superior do Trabalho das decisões pro- cisão recorrida, inclusive mediante demonstração
feridas em grau de recurso ordinário, em dissídio analítica de cada dispositivo de lei, da Constitui-
individual, pelos Tribunais Regionais do Traba- ção Federal, de súmula ou orientação jurispru-
lho, quando: (Caput do artigo com redação dada pela dencial cuja contrariedade aponte; (Inciso acres-
Lei nº 9.756, de 17/12/1998) cido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada no DOU
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal de 22/7/2014, em vigor 60 dias após a publicação)
interpretação diversa da que lhe houver dado ou- IV – transcrever na peça recursal, no caso de
tro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou suscitar preliminar de nulidade de julgado por
Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tri- negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos
bunal Superior do Trabalho, ou contrariarem sú- embargos declaratórios em que foi pedido o pro-
mula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou nunciamento do tribunal sobre questão veiculada
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; no recurso ordinário e o trecho da decisão regio-
(Alínea com redação dada pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, nal que rejeitou os embargos quanto ao pedido,
publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor 60 dias após a para cotejo e verificação, de plano, da ocorrên-
publicação) cia da omissão. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.467, de
159
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 § 10. Cabe recurso de revista por violação a
dias após a publicação) lei federal, por divergência jurisprudencial e por
§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Re- ofensa à Constituição Federal nas execuções
gionais do Trabalho ou por suas Turmas, em exe- fiscais e nas controvérsias da fase de execução
cução de sentença, inclusive em processo inciden- que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Tra-
te de embargos de terceiro, não caberá Recurso de balhistas (CNDT), criada pela Lei nº 12.440, de 7 de
Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal julho de 2011. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.015,
de norma da Constituição Federal. (Parágrafo com rede 21/7/2014, publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor
dação dada pela Lei nº 9.756, de 17/12/1998)
§ 3º (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver
defeito formal que não se repute grave, o Tribu-
publicação)
nal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o
§ 4º (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu-
vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito. (Pará-
grafo acrescido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada
publicação)
§ 5º (Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.701, de
§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no
prazo de 8 (oito) dias. (Parágrafo acrescido pela Lei
a publicação)
e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no § 13. Dada a relevância da matéria, por inicia-
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) tiva de um dos membros da Seção Especializada
§ 7º A divergência apta a ensejar o recurso de em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
revista deve ser atual, não se considerando como Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes
tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Supe- da Seção, o julgamento a que se refere o § 3º po-
rior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, derá ser afeto ao Tribunal Pleno. (Parágrafo acres-
ou superada por iterativa e notória jurisprudência cido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada no DOU de
do Tribunal Superior do Trabalho. (Parágrafo acres- 22/7/2014, em vigor 60 dias após a publicação)
cido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada no DOU de § 14. O relator do recurso de revista poderá
22/7/2014, em vigor 60 dias após a publicação) denegar-lhe seguimento, em decisão monocrá-
§ 8º Quando o recurso fundar-se em dissenso de tica, nas hipóteses de intempestividade, deserção,
julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produ- irregularidade de representação ou de ausência
zir prova da divergência jurisprudencial, mediante de qualquer outro pressuposto extrínseco ou in-
certidão, cópia ou citação do repositório de juris- trínseco de admissibilidade. (Parágrafo acrescido
prudência, oficial ou credenciado, inclusive em pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de
mídia eletrônica, em que houver sido publicada 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)
a decisão divergente, ou ainda pela reprodução
Art. 896-A. O Tribunal Superior do Trabalho, no
de julgado disponível na internet, com indicação
recurso de revista, examinará previamente se a
da respectiva fonte, mencionando, em qualquer
causa oferece transcendência com relação aos re-
caso, as circunstâncias que identifiquem ou as-
semelhem os casos confrontados. (Parágrafo acres- flexos gerais de natureza econômica, política, so-
cido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada no DOU de cial ou jurídica. (Caput do artigo acrescido pela Medida
22/7/2014, em vigor 60 dias após a publicação) Provisória nº 2.226, de 4/9/2001)
§ 9º Nas causas sujeitas ao procedimento suma- § 1º São indicadores de transcendência, entre
riíssimo, somente será admitido recurso de revista outros: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de
por contrariedade a súmula de jurisprudência 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120
uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a dias após a publicação)
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e I – econômica, o elevado valor da causa;
por violação direta da Constituição Federal. (Pará- II – política, o desrespeito da instância recorrida
grafo acrescido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior
no DOU de 22/7/2014, em vigor 60 dias após a publicação) do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;
160
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO | Art. 896-B
III – social, a postulação, por reclamante-recor- nistros que compõem a Seção Especializada, con-
rente, de direito social constitucionalmente asse- siderando a relevância da matéria ou a existência
gurado; de entendimentos divergentes entre os Ministros
IV – jurídica, a existência de questão nova em dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. (Artigo
torno da interpretação da legislação trabalhista. acrescido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, publicada no
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, dene- DOU de 22/7/2014, em vigor 60 dias após a publicação)
gar seguimento ao recurso de revista que não de- § 1º O Presidente da Turma ou da Seção Espe-
monstrar transcendência, cabendo agravo des- cializada, por indicação dos relatores, afetará um
ta decisão para o colegiado. (Parágrafo acrescido ou mais recursos representativos da controvérsia
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de para julgamento pela Seção Especializada em Dis-
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) sídios Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o
§ 3º Em relação ao recurso que o relator consi- rito dos recursos repetitivos.
derou não ter transcendência, o recorrente poderá § 2º O Presidente da Turma ou da Seção Espe-
realizar sustentação oral sobre a questão da trans- cializada que afetar processo para julgamento sob
cendência, durante cinco minutos em sessão. (Pará- o rito dos recursos repetitivos deverá expedir co-
grafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada municação aos demais Presidentes de Turma ou
no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) de Seção Especializada, que poderão afetar ou-
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não tros processos sobre a questão para julgamento
transcendência do recurso, será lavrado acórdão conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão
com fundamentação sucinta, que constituirá de- global da questão.
cisão irrecorrível no âmbito do tribunal. (Parágrafo § 3º O Presidente do Tribunal Superior do Tra-
acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no balho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regio-
DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) nais do Trabalho para que suspendam os recursos
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do re- interpostos em casos idênticos aos afetados como
lator que, em agravo de instrumento em recurso recursos repetitivos, até o pronunciamento defini-
de revista, considerar ausente a transcendência tivo do Tribunal Superior do Trabalho.
da matéria. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, § 4º Caberá ao Presidente do Tribunal de origem
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor admitir um ou mais recursos representativos da
120 dias após a publicação) controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tri-
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de bunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os
revista exercido pela Presidência dos Tribunais demais recursos de revista até o pronunciamento
Regionais do Trabalho limita-se à análise dos definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.
pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, § 5º O relator no Tribunal Superior do Trabalho
não abrangendo o critério da transcendência poderá determinar a suspensão dos recursos de
das questões nele veiculadas. (Parágrafo acrescido revista ou de embargos que tenham como objeto
pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de controvérsia idêntica à do recurso afetado como
14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação) repetitivo.
§ 6º O recurso repetitivo será distribuído a um
Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no
dos Ministros membros da Seção Especializada ou
que couber, as normas da Lei nº 5.869, de 11 de ja-
do Tribunal Pleno e a um Ministro revisor.
neiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas
§ 7º O relator poderá solicitar, aos Tribunais
ao julgamento dos recursos extraordinário e es-
Regionais do Trabalho, informações a respeito
pecial repetitivos. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.015,
da controvérsia, a serem prestadas no prazo de
15 (quinze) dias.
§ 8º O relator poderá admitir manifestação
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de rede pessoa, órgão ou entidade com interesse na
cursos de revista fundados em idêntica questão controvérsia, inclusive como assistente simples,
de direito, a questão poderá ser afetada à Seção na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de
Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribu- 1973 (Código de Processo Civil).
nal Pleno, por decisão da maioria simples de seus § 9º Recebidas as informações e, se for o caso,
membros, mediante requerimento de um dos Mi- após cumprido o disposto no § 7º deste artigo,
161
terá vista o Ministério Público pelo prazo de das presentes no processo julgado sob o rito dos
15 (quinze) dias. recursos repetitivos.
§ 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Pú- § 17. Caberá revisão da decisão firmada em jul-
blico e remetida cópia do relatório aos demais gamento de recursos repetitivos quando se alterar
Ministros, o processo será incluído em pauta na a situação econômica, social ou jurídica, caso em
Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, de- que será respeitada a segurança jurídica das rela-
vendo ser julgado com preferência sobre os de- ções firmadas sob a égide da decisão anterior, po-
mais feitos. dendo o Tribunal Superior do Trabalho modular
§ 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior os efeitos da decisão que a tenha alterado.
do Trabalho, os recursos de revista sobrestados
Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
na origem:
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 8.432, de
I – terão seguimento denegado na hipótese de
11/6/1992)
o acórdão recorrido coincidir com a orientação a
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presi-
respeito da matéria no Tribunal Superior do Tra-
dente, nas execuções; (Alínea com redação dada pela
balho; ou
Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
II – serão novamente examinados pelo Tribunal
b) de instrumento, dos despachos que denega-
de origem na hipótese de o acórdão recorrido di-
rem a interposição de recursos. (Alínea com redação
vergir da orientação do Tribunal Superior do Tra-
balho a respeito da matéria.
§ 1º O agravo de petição só será recebido quan-
§ 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11
do o agravante delimitar, justificadamente, as ma-
deste artigo, mantida a decisão divergente pelo
térias e os valores impugnados, permitida a exe-
Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissi-
cução imediata da parte remanescente até o final,
bilidade do recurso de revista.
nos próprios autos ou por carta de sentença. (Pa-
§ 13. Caso a questão afetada e julgada sob o
rágrafo com redação dada pela Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
rito dos recursos repetitivos também contenha
questão constitucional, a decisão proferida pelo § 2º O agravo de instrumento interposto contra
Tribunal Pleno não obstará o conhecimento de o despacho que não receber agravo de petição
eventuais recursos extraordinários sobre a ques- não suspende a execução da sentença. (Parágrafo
tão constitucional. com redação dada pela Lei nº 8.432, de 11/6/1992)
§ 14. Aos recursos extraordinários interpostos § 3º Na hipótese da alínea a deste artigo, o
perante o Tribunal Superior do Trabalho será apli- agravo será julgado pelo próprio tribunal, presi-
cado o procedimento previsto no art. 543-B da dido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância
Processo Civil), cabendo ao Presidente do Tribunal ou de Juiz de Direito, quando o julgamento com-
Superior do Trabalho selecionar um ou mais recur- petirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a
sos representativos da controvérsia e encaminhá- que estiver subordinado o prolator da sentença,
-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os observado o disposto no art. 679, a quem este
demais até o pronunciamento definitivo da Corte, remeterá as peças necessárias para o exame da
na forma do § 1º do art. 543-B da Lei nº 5.869, de matéria controvertida, em autos apartados, ou
11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). nos próprios autos, se tiver sido determinada a
§ 15. O Presidente do Tribunal Superior do Tra- extração de carta de sentença. (Parágrafo acrescido
balho poderá oficiar os Tribunais Regionais do pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946, e com redação
Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção dada pela Lei nº 10.035, de 25/10/2000)
Especializada do Tribunal para que suspendam § 4º Na hipótese da alínea b deste artigo, o
os processos idênticos aos selecionados como agravo será julgado pelo Tribunal que seria com-
recursos representativos da controvérsia e enca- petente para conhecer o recurso cuja interposição
minhados ao Supremo Tribunal Federal, até o seu foi denegada. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 8.432, de
pronunciamento definitivo. 11/6/1992)
§ 16. A decisão firmada em recurso repetitivo § 5º Sob pena de não conhecimento, as par-
não será aplicada aos casos em que se demons- tes promoverão a formação do instrumento do
trar que a situação de fato ou de direito é distinta agravo de modo a possibilitar, caso provido, o
162
imediato julgamento do recurso denegado, ins- publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor 60 dias após a
truindo a petição de interposição: (Parágrafo acres- publicação)
cido pela Lei nº 9.756, de 17/12/1998) § 2º Eventual efeito modificativo dos embargos
I – obrigatoriamente, com cópias da decisão de declaração somente poderá ocorrer em vir-
agravada, da certidão da respectiva intimação, tude da correção de vício na decisão embargada
das procurações outorgadas aos advogados do e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de
agravante e do agravado, da petição inicial, da 5 (cinco) dias. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.015,
contestação, da decisão originária, do depósito de 21/7/2014, publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor
recursal referente ao recurso que se pretende 60 dias após a publicação)
destrancar, da comprovação do recolhimento § 3º Os embargos de declaração interrompem
das custas e do depósito recursal a que se refere o prazo para interposição de outros recursos, por
o § 7º do art. 899 desta Consolidação; (Inciso acres- qualquer das partes, salvo quando intempestivos,
cido pela Lei nº 9.756, de 17/12/1998, e com redação dada irregular a representação da parte ou ausente a
pela Lei nº 12.275, de 29/6/2010) sua assinatura. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.015,
II – facultativamente, com outras peças que de 21/7/2014, publicada no DOU de 22/7/2014, em vigor
o agravante reputar úteis ao deslinde da maté- 60 dias após a publicação)
ria de mérito controvertida. (Inciso acrescido pela Art. 898. Das decisões proferidas em dissídio cole-
Lei nº 9.756, de 17/12/1998) tivo que afete empresa de serviço público, ou, em
§ 6º O agravado será intimado para oferecer qualquer caso, das proferidas em revisão, poderão
resposta ao agravo e ao recurso principal, ins- recorrer, além dos interessados, o Presidente do
truindo-a com as peças que considerar necessá- Tribunal e a Procuradoria da Justiça do Trabalho.
rias ao julgamento de ambos os recursos. (Pará-
Art. 899. Os recursos serão interpostos por sim-
ples petição e terão efeito meramente devolutivo,
§ 7º Provido o agravo, a Turma deliberará sobre
salvo as exceções previstas neste Título, permitida
o julgamento do recurso principal, observando-se,
a execução provisória até a penhora. (Caput do ar-
se for o caso, daí em diante, o procedimento relati-
tigo com redação dada pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
vo a esse recurso. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.756,
(Vide Lei nº 7.701, de 21/12/1988, e art. 40 da Lei nº 8.177,
de 17/12/1998)
de 1º/3/1991)
§ 8º Quando o agravo de petição versar ape-
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez)
nas sobre as contribuições sociais, o juiz da exe-
vezes o salário mínimo regional, nos dissídios indi-
cução determinará a extração de cópias das peças
viduais, só será admitido o recurso, inclusive o ex-
necessárias, que serão autuadas em apartado,
traordinário, mediante prévio depósito da respec-
conforme dispõe o § 3º, parte final, e remetidas
tiva importância. Transitada em julgado a decisão
à instância superior para apreciação, após con-
recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato
traminuta. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 10.035, de
da importância de depósito, em favor da parte
25/10/2000)
vencedora, por simples despacho do juiz. (Pará-
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da grafo único transformado em § 1º pelo Decreto-Lei nº 75,
sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, de- de 21/11/1966, e com redação dada pela Lei nº 5.442, de
vendo seu julgamento ocorrer na primeira audiên- 24/5/1968)
cia ou sessão subsequente a sua apresentação, re- § 2º Tratando-se de condenação de valor inde-
gistrado na certidão, admitido efeito modificativo terminado, o depósito corresponderá ao que for
da decisão nos casos de omissão e contradição arbitrado, para efeito de custas, pela Junta ou
no julgado e manifesto equívoco no exame dos Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vezes o
pressupostos extrínsecos do recurso. (Caput do ar- salário mínimo da região. (Parágrafo acrescido pelo
tigo acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, publicada Decreto-Lei nº 75, de 21/11/1966, e com redação dada
no DOU de 13/1/2000, em vigor 60 dias após a publicação) pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968)
§ 1º Os erros materiais poderão ser corrigidos de § 3º (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 75, de
ofício ou a requerimento de qualquer das partes. 21/11/1966, e revogado pela Lei nº 7.033, de 5/10/1982)
(Parágrafo único acrescido pela Lei nº 9.957, de 12/1/2000, § 4º O depósito recursal será feito em conta vin-
e transformado em § 1º pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014, culada ao juízo e corrigido com os mesmos índices
163
da poupança. (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 75, Art. 901. Sem prejuízo dos prazos previstos neste
de 21/11/1966, e com redação dada pela Lei nº 13.467, de Capítulo, terão as partes vistas dos autos em car-
13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 tório ou na secretaria.
dias após a publicação) Parágrafo único. Salvo quando estiver correndo
§ 5º (Parágrafo acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de prazo comum, aos procuradores das partes será
28/2/1967, e revogado pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, permitido ter vista dos autos fora do cartório ou
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após secretaria. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 8.638,
a publicação) de 31/3/1993)
§ 6º Quando o valor da condenação, ou o ar-
bitrado para fins de custas, exceder o limite de
10 (dez) vezes o salário mínimo da região, o depó- CAPÍTULO VII
sito para fins de recursos será limitado a este valor. DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 5.442, de 24/5/1968) Art. 903. As penalidades estabelecidas no Título
§ 7º No ato de interposição do agravo de instru- anterior serão aplicadas pelo Juiz, ou Tribunal,
mento, o depósito recursal corresponderá a 50% que tiver de conhecer da desobediência, violação,
(cinquenta por cento) do valor do depósito do recusa, falta, ou coação, ex officio, ou mediante
recurso ao qual se pretende destrancar. (Parágrafo representação de qualquer interessado ou da
acrescido pela Lei nº 12.275, de 29/6/2010) Procuradoria da Justiça do Trabalho. (Artigo com
§ 8º Quando o agravo de instrumento tem a fi- redação dada pelo Decreto-Lei nº 8.737, de 19/1/1946)
nalidade de destrancar recurso de revista que se
Art. 904. As sanções em que incorrerem as auto-
insurge contra decisão que contraria a jurispru-
ridades da Justiça do Trabalho serão aplicadas
dência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho,
pela autoridade ou Tribunal imediatamente su-
consubstanciada nas suas súmulas ou em orien-
perior, conforme o caso, ex officio, ou mediante
tação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade
representação de qualquer interessado ou da
de se efetuar o depósito referido no § 7º deste ar-
Procuradoria. (Caput do artigo com redação dada pelo
tigo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.015, de 21/7/2014,
Parágrafo único. Tratando-se de membro do
publicação)
Tribunal Superior do Trabalho será competente
§ 9º O valor do depósito recursal será reduzido
para a imposição de execuções o Conselho Fe-
pela metade para entidades sem fins lucrativos,
deral. (Primitivo § 1º renumerado pelo Decreto-Lei nº 229,
empregadores domésticos, microempreendedo-
de 28/2/1967)
res individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467,
de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor Art. 905. Tomando conhecimento do fato impu-
120 dias após a publicação) tado, o juiz, ou Tribunal, competente mandará
§ 10. São isentos do depósito recursal os be- notificar o acusado, para apresentar, no prazo de
neficiários da justiça gratuita, as entidades filan- quinze dias, defesa por escrito.
trópicas e as empresas em recuperação judicial. § 1º É facultado ao acusado, dentro do prazo
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, pu- estabelecido neste artigo, requerer a produção de
blicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a testemunhas, até ao máximo de cinco. Nesse caso,
publicação) será marcada audiência para a inquirição.
§ 11. O depósito recursal poderá ser substituído § 2º Findo o prazo de defesa, o processo será
por fiança bancária ou seguro garantia judicial. imediatamente concluso para julgamento, que
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.467, de 13/7/2017, deverá ser proferido no prazo de dez dias.
publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após Art. 906. Da imposição das penalidades a que se
a publicação) refere este Capítulo, caberá recurso ordinário para
Art. 900. Interposto o recurso, será notificado o o Tribunal Superior, no prazo de dez dias, salvo se
recorrido para oferecer as suas razões, em prazo a imposição resultar de dissídio coletivo, caso em
igual ao que tiver tido o recorrente. que o prazo será de vinte dias.
164
Art. 907. Sempre que o infrator incorrer em pena Art. 914. Continuarão em vigor os quadros, tabe-
criminal far-se-á remessa das peças necessárias à las e modelos, aprovados em virtude de disposi-
autoridade competente. tivos não alterados pela presente Consolidação.
Art. 908. A cobrança das multas estabelecidas Art. 915. Não serão prejudicados os recursos in-
neste Título será feita, mediante executivo fiscal, terpostos com apoio em dispositivos alterados
perante o juiz competente para a cobrança de dí- ou cujo prazo para interposição esteja em curso
vida ativa da Fazenda Pública Federal. à data da vigência desta Consolidação.
Parágrafo único. A cobrança das multas será Art. 916. Os prazos de prescrição fixados pela pre-
promovida, no Distrito Federal e nos Estados em sente Consolidação começarão a correr da data da
que funcionarem os Tribunais Regionais, pela vigência desta, quando menores do que os previs-
Procuradoria da Justiça do Trabalho, e, nos de- tos pela legislação anterior.
mais Estados, de acordo com o disposto no
Decreto-Lei nº 960, de 17 de dezembro de 1938.
mércio marcará prazo para adaptação dos atuais
(Expressão “Conselhos Regionais” substituída por “Tribu-
estabelecimentos às exigências contidas no capí-
nais Regionais” pelo Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946)
tulo “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”.
CAPÍTULO VIII Compete ainda àquela autoridade fixar os pra-
DISPOSIÇÕES FINAIS zos dentro dos quais, em cada Estado, entrará
Art. 909. A ordem dos processos no Tribunal em vigor a obrigatoriedade do uso da Carteira de
Superior do Trabalho será regulada em seu regi- Trabalho e Previdência social, para os atuais em-
mento interno. pregados. (Expressão “Higiene e Segurança do Trabalho”
substituída por “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”
Art. 910. Para os efeitos deste Título, equiparam-
pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977; expressão “carteira profis-
-se aos serviços públicos os de utilidade pública,
sional” substituída por “Carteira de Trabalho e Previdência
bem como os que forem prestados em armazéns Social” pelo Decreto-Lei nº 926, de 10/10/1969)
de gêneros alimentícios, açougues, padarias, lei- Parágrafo único. O Ministro do Trabalho, Indús-
terias, farmácias, hospitais, minas, empresas de tria e Comércio fixará, para cada Estado e quando
transportes e comunicações, bancos e estabele- julgar conveniente, o início da vigência de parte
cimentos que interessem à segurança nacional. ou de todos os dispositivos contidos no capítulo
TÍTULO XI “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”. (Expres-
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS são “Higiene e Segurança do Trabalho” substituída por “Da
Segurança e da Medicina do Trabalho” pela Lei nº 6.514,
Art. 911. Esta Consolidação entrará em vigor em
de 22/12/1977)
10 de novembro de 1943.
Art. 918. Enquanto não for expedida a Lei Orgâ-
Art. 912. Os dispositivos de caráter imperativo
nica da Previdência Social, competirá ao presi-
terão aplicação imediata às relações iniciadas,
dente do Tribunal Superior do Trabalho julgar os
mas não consumadas, antes da vigência desta
recursos interpostos com apoio no art. 1º, alínea
Consolidação.
c, do Decreto-Lei nº 3.710, de 14 de outubro de
Art. 913. O Ministro do Trabalho, Indústria e Co- 1941, cabendo recurso de suas decisões, nos ter-
mércio expedirá instruções, quadros, tabelas e mos do disposto no art. 734, alínea b, desta Con-
modelos que se tornarem necessários à execução solidação. (Caput do artigo com redação dada pelo De-
desta Consolidação. creto-Lei nº 6.353, de 20/3/1944)
Parágrafo único. O Tribunal Superior do Traba- Parágrafo único. Ao diretor do Departamento
lho adaptará o seu regimento interno e o dos Tri- de Previdência Social incumbirá presidir as elei-
bunais Regionais do Trabalho às normas contidas ções para a constituição dos Conselhos Fiscais dos
nesta Consolidação. (Expressões “Conselho Nacional” Institutos e Caixas de Aposentadoria e Pensões e
e “Conselhos Regionais” substituídas respectivamente julgar, com recurso para a instância superior, os
por “Tribunal Superior” e “Tribunais Regionais” pelo recursos sobre matéria técnico-administrativa
Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) dessas instituições.
165
Art. 919. Ao empregado bancário, admitido até a 1966; 17, de 22 de agosto de 1966 e 368, de 19 de
data da vigência da presente Lei, fica assegurado o dezembro de 1968.
direito à aquisição da estabilidade nos termos do Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que,
art. 15 do Decreto nº 24.615, de 9 de julho de 1934. em propriedade rural ou prédio rústico, presta
Art. 920. Enquanto não forem constituídas as serviços de natureza não eventual a empregador
confederações ou na falta destas, a representação rural, sob a dependência deste e mediante salário.
de classes, econômicas ou profissionais, que deri- Art. 3º Considera-se empregador rural, para os
var da indicação desses órgãos ou dos respectivos efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, pro-
presidentes, será suprida por equivalente desig- prietário ou não, que explore atividade agroeco-
nação ou eleição realizada pelas correspondentes nômica, em caráter permanente ou temporário,
federações. diretamente ou através de prepostos e com auxí-
Art. 921. As empresas que não estiverem incluí- lio de empregados.
das no enquadramento sindical de que trata o § 1º Inclui-se na atividade econômica referida
art. 577 poderão firmar contratos coletivos de no caput deste artigo, além da exploração indus-
trabalho com os sindicatos representativos da trial em estabelecimento agrário não compreen-
respectiva categoria profissional. dido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
Art. 922. O disposto no art. 301 regerá somente aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
as relações de emprego iniciadas depois da vide 1943, a exploração do turismo rural ancilar à
gência desta Consolidação. (Artigo acrescido pelo exploração agroeconômica. (Parágrafo com redação
dada pela Lei nº 13.171, de 21/10/2015).
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, em-
Rio de Janeiro, 1º de maio de 1943; 122º da
bora tendo cada uma delas personalidade jurídica
Independência e 55º da República.
própria, estiverem sob direção, controle ou admi-
GETÚLIO VARGAS
Alexandre Marcondes Filho nistração de outra, ou ainda quando, mesmo guar-
dando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico ou financeiro rural, serão responsáveis
solidariamente nas obrigações decorrentes da re-
LEGISLAÇÃO CORRELATA
lação de emprego.
Art. 4º Equipara-se ao empregador rural, a pessoa
LEI Nº 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973
física ou jurídica que, habitualmente, em caráter
(LEI DO TRABALHO RURAL)
profissional, e por conta de terceiros, execute ser-
(Publicada no DOU de 11/6/1973 e retificada no DOU de
30/10/1973)
viços de natureza agrária, mediante utilização do
trabalho de outrem.
Estatui normas reguladoras do trabalho rural
e dá outras providências. Art. 5º Em qualquer trabalho contínuo de duração
O presidente da República superior a seis horas, será obrigatória a conces-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu são de um intervalo para repouso ou alimentação,
sanciono a seguinte Lei: observados os usos e costumes da região, não se
computando este intervalo na duração do trabalho.
Art. 1º As relações de trabalho rural serão regula- Entre duas jornadas de trabalho haverá um período
das por esta Lei e, no que com ela não colidirem, mínimo de onze horas consecutivas para descanso.
pelas normas da Consolidação das Leis do Traba-
lho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de Art. 6º Nos serviços, caracteristicamente intermi-
maio de 1943. tentes, não serão computados, como de efetivo
Parágrafo único. Observadas as peculiaridades exercício, os intervalos entre uma e outra parte da
do trabalho rural, a ele também se aplicam as Leis: execução da tarefa diária, desde que tal hipótese
605, de 5 de janeiro de 1949; 4.090, de 13 de julho seja expressamente ressalvada na Carteira de Tra-
de 1962; 4.725, de 13 de julho de 1965, com as al- balho e Previdência Social.
terações da Lei 4.903, de 16 de dezembro de 1965 Art. 7º Para os efeitos desta Lei, considera-se traba-
e os Decretos-leis números 15, de 29 de julho de lho noturno o executado entre as vinte e uma horas
166
de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na la- Parágrafo único. Ao empregado menor de dezes-
voura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro seis anos é assegurado salário mínimo fixado em
horas do dia seguinte, na atividade pecuária. valor correspondente à metade do salário mínimo
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será estabelecido para o adulto.
acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre Art. 12. Nas regiões em que se adota a plantação
a remuneração normal. subsidiária ou intercalar (cultura secundária), a
Art. 8º Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho cargo do empregado rural, quando autorizada ou
noturno. permitida, será objeto de contrato em separado.
Art. 9º Salvo as hipóteses de autorização legal ou Parágrafo único. Embora devendo integrar o
decisão judiciária, só poderão ser descontadas do resultado anual a que tiver direito o empregado
empregado rural as seguintes parcelas, calculadas rural, a plantação subsidiária ou intercalar não
sobre o salário mínimo: poderá compor a parte correspondente ao salá-
a) até o limite de 20% (vinte por cento) pela rio mínimo na remuneração geral do empregado,
ocupação da morada; durante o ano agrícola.
b) até 25% (vinte e cinco por cento) pelo forne- Art. 13. Nos locais de trabalho rural serão obser-
cimento de alimentação sadia e farta, atendidos vadas as normas de segurança e higiene estabele-
os preços vigentes na região; cidas em portaria do Ministro do Trabalho e Pre-
c) adiantamentos em dinheiro. vidência Social.
§ 1º As deduções acima especificadas deverão Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a em-
ser previamente autorizadas, sem o que serão presa pagará ao safrista, a título de indenização do
nulas de pleno direito. tempo de serviço, importância correspondente a
§ 2º Sempre que mais de um empregado residir 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês
na mesma morada, o desconto, previsto na letra de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
a deste artigo, será dividido proporcionalmente Parágrafo único. Considera-se contrato de safra
ao número de empregados, vedada, em qualquer o que tenha sua duração dependente de variações
hipótese, a moradia coletiva de famílias. estacionais da atividade agrária.
§ 3º Rescindido ou findo o contrato de trabalho,
o empregado será obrigado a desocupar a casa Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá
dentro de trinta dias. realizar contratação de trabalhador rural por pe-
§ 4º O Regulamento desta Lei especificará os queno prazo para o exercício de atividades de na-
tipos de morada para fins de dedução. tureza temporária. (Artigo acrescido pela Lei nº 11.718,
de 20/6/2008)
§ 5º A cessão pelo empregador, de moradia e
de sua infraestrutura básica, assim como, bens § 1º A contratação de trabalhador rural por pe-
destinados à produção para sua subsistência e de queno prazo que, dentro do período de 1 (um)
sua família, não integram o salário do trabalha- ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em
dor rural, desde que caracterizados como tais, em contrato de trabalho por prazo indeterminado,
contrato escrito celebrado entre as partes, com observando-se os termos da legislação aplicável.
testemunhas e notificação obrigatória ao respec- § 2º A filiação e a inscrição do trabalhador de
tivo sindicato de trabalhadores rurais. (Parágrafo que trata este artigo na Previdência Social de-
correm, automaticamente, da sua inclusão pelo
empregador na Guia de Recolhimento do Fundo
Art. 10. A prescrição dos direitos assegurados por de Garantia do Tempo de Serviço e Informações
esta Lei aos trabalhadores rurais só ocorrerá após à Previdência Social (GFIP), cabendo à Previdên-
dois anos de cessação do contrato de trabalho. cia Social instituir mecanismo que permita a sua
Parágrafo único. Contra o menor de dezoito identificação.
anos não corre qualquer prescrição. § 3º O contrato de trabalho por pequeno prazo
Art. 11. Ao empregado rural maior de dezesseis deverá ser formalizado mediante a inclusão do
anos é assegurado salário mínimo igual ao do em- trabalhador na GFIP, na forma do disposto no § 2º
pregado adulto. deste artigo, e:
167
I – mediante a anotação na Carteira de Trabalho sem prejuízo do salário integral, para procurar
e Previdência Social e em Livro ou Ficha de Regis- outro trabalho.
tro de Empregados; ou
Art. 16. Toda propriedade rural, que mantenha a
II – mediante contrato escrito, em 2 (duas) vias,
seu serviço ou trabalhando em seus limites mais
uma para cada parte, onde conste, no mínimo:
de cinquenta famílias de trabalhadores de qual-
a) expressa autorização em acordo coletivo ou
quer natureza, é obrigada a possuir e conservar
convenção coletiva;
b) identificação do produtor rural e do imóvel em funcionamento escola primária, inteiramente
rural onde o trabalho será realizado e indicação gratuita, para os filhos destes, com tantas classes
da respectiva matrícula; quantos sejam os grupos de quarenta crianças em
c) identificação do trabalhador, com indicação idade escolar.
do respectivo Número de Inscrição do Trabalha- Parágrafo único. A matrícula da população em
dor (NIT). idade escolar será obrigatória sem qualquer outra
§ 4º A contratação de trabalhador rural por pe- exigência, além da certidão de nascimento, para
queno prazo só poderá ser realizada por produtor cuja obtenção o empregador proporcionará todas
rural pessoa física, proprietário ou não, que ex- as facilidades aos responsáveis pelas crianças.
plore diretamente atividade agroeconômica.
Art. 17. As normas da presente Lei são aplicáveis,
§ 5º A contribuição do segurado trabalhador
no que couber, aos trabalhadores rurais não com-
rural contratado para prestar serviço na forma
deste artigo é de 8% (oito por cento) sobre o res- preendidos na definição do artigo 2º, que prestem
pectivo salário de-contribuição definido no in- serviços a empregador rural.
ciso I do caput do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de Art. 18. As infrações aos dispositivos desta Lei
julho de 1991. serão punidas com multa de R$ 380,00 (trezen-
§ 6º A não inclusão do trabalhador na GFIP tos e oitenta reais) por empregado em situação
pressupõe a inexistência de contratação na forma irregular. (Artigo com redação dada pela Medida Provi-
deste artigo, sem prejuízo de comprovação, por
sória nº 2.164-41, de 24/8/2001)
qualquer meio admitido em direito, da existência
de relação jurídica diversa. § 1º As infrações aos dispositivos da Consolidação
§ 7º Compete ao empregador fazer o recolhidas Leis do Trabalho (CLT) e legislação esparsa, co-
mento das contribuições previdenciárias nos ter- metidas contra o trabalhador rural, serão punidas
mos da legislação vigente, cabendo à Previdência com as multas nelas previstas.
Social e à Receita Federal do Brasil instituir meca-
§ 2º As penalidades serão aplicadas pela autori-
nismos que facilitem o acesso do trabalhador e da
dade competente do Ministério do Trabalho e Em-
entidade sindical que o representa às informações
prego, de acordo com o disposto no Título VII da CLT.
sobre as contribuições recolhidas.
§ 8º São assegurados ao trabalhador rural con- § 3º A fiscalização do Ministério do Trabalho e
tratado por pequeno prazo, além de remuneração Emprego exigirá dos empregadores rurais ou pro-
equivalente à do trabalhador rural permanente, dutores equiparados a comprovação do recolhi-
os demais direitos de natureza trabalhista. mento da Contribuição Sindical Rural das catego-
§ 9º Todas as parcelas devidas ao trabalhador rias econômica e profissional.
de que trata este artigo serão calculadas dia a dia
Art. 19. O enquadramento e a contribuição sindi-
e pagas diretamente a ele mediante recibo.
cal rurais continuam regidos pela legislação ora em
§ 10. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
vigor; o seguro social e o seguro contra acidente
(FGTS) deverá ser recolhido e poderá ser levantado
nos termos da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. do trabalho rurais serão regulados por lei especial.
Art. 14-B. (Vetado na Lei Complementar nº 147, de Art. 20. Lei especial disporá sobre a aplicação ao
7/8/2014) trabalhador rural, no que couber, do regime do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Art. 15. Durante o prazo do aviso prévio, se a res-
cisão tiver sido promovida pelo empregador, o Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
empregado rural terá direito a um dia por semana, blicação, revogadas as disposições em contrário,
168
LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015
em especial a Lei nº 4.214, de 2 de março de 1963, § 3º O salário-dia normal, em caso de empre-

e o Decreto-lei nº 761, de 14 de agosto de 1969. gado mensalista, será obtido dividindo-se o salá-
Brasília, 8 de junho de 1973; 152º da rio mensal por 30 (trinta) e servirá de base para
Independência e 85º da República. pagamento do repouso remunerado e dos feria-
dos trabalhados.
EMÍLIO G. MÉDICI
§ 4º Poderá ser dispensado o acréscimo de salá-
Júlio Barata
rio e instituído regime de compensação de horas,
mediante acordo escrito entre empregador e em-
LEI COMPLEMENTAR Nº 150,
pregado, se o excesso de horas de um dia for com-
DE 1º DE JUNHO DE 2015
pensado em outro dia.
(LEI DO TRABALHO DOMÉSTICO)
§ 5º No regime de compensação previsto no § 4º:
(Publicada no DOU de 2/6/2015)
I – será devido o pagamento, como horas ex-
Dispõe sobre o contrato de trabalho domés- traordinárias, na forma do § 1º, das primeiras
tico; altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho
40 (quarenta) horas mensais excedentes ao horá-
de 1991, nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e
nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga
rio normal de trabalho;
o inciso I do art. 3º da Lei nº 8.009, de 29 de II – das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I,
março de 1990, o art. 36 da Lei nº 8.213, de poderão ser deduzidas, sem o correspondente pa-
24 de julho de 1991, a Lei nº 5.859, de 11 de gamento, as horas não trabalhadas, em função de
dezembro de 1972, e o inciso VII do art. 12 da redução do horário normal de trabalho ou de dia
Lei nº 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá ou-
útil não trabalhado, durante o mês;
tras providências.
III – o saldo de horas que excederem as 40 (qua-
A presidenta da República renta) primeiras horas mensais de que trata o in-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu ciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando
sanciono a seguinte Lei Complementar: for o caso, será compensado no período máximo
CAPÍTULO I de 1 (um) ano.
DO CONTRATO DE TRABALHO DOMÉSTICO § 6º Na hipótese de rescisão do contrato de tra-
balho sem que tenha havido a compensação in-
Art. 1º Ao empregado doméstico, assim consi-
tegral da jornada extraordinária, na forma do § 5º,
derado aquele que presta serviços de forma con-
o empregado fará jus ao pagamento das horas ex-
tínua, subordinada, onerosa e pessoal e de fi-
tras não compensadas, calculadas sobre o valor
nalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no
da remuneração na data de rescisão.
âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois)
§ 7º Os intervalos previstos nesta Lei, o tempo
dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
de repouso, as horas não trabalhadas, os feriados
Parágrafo único. É vedada a contratação de
e os domingos livres em que o empregado que
menor de 18 (dezoito) anos para desempenho mora no local de trabalho nele permaneça não
de trabalho doméstico, de acordo com a Conven- serão computados como horário de trabalho.
ção nº 182, de 1999, da Organização Internacional § 8º O trabalho não compensado prestado em do-
do Trabalho (OIT) e com o Decreto nº 6.481, de 12 mingos e feriados deve ser pago em dobro, sem pre-
de junho de 2008. juízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
Art. 2º A duração normal do trabalho doméstico Art. 3º Considera-se trabalho em regime de tempo
não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e
quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei. cinco) horas semanais.
§ 1º A remuneração da hora extraordinária será, § 1º O salário a ser pago ao empregado sob re-
no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao gime de tempo parcial será proporcional a sua jor-
valor da hora normal. nada, em relação ao empregado que cumpre, nas
§ 2º O salário-hora normal, em caso de empre- mesmas funções, tempo integral.
gado mensalista, será obtido dividindo-se o salá- § 2º A duração normal do trabalho do emprega-
rio mensal por 220 (duzentas e vinte) horas, salvo do em regime de tempo parcial poderá ser acres-
se o contrato estipular jornada mensal inferior cida de horas suplementares, em número não ex-
que resulte em divisor diverso. cedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo
169
escrito entre empregador e empregado, aplicando- pagar-lhe, a título de indenização, metade da remu-
-se-lhe, ainda, o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 2º, neração a que teria direito até o termo do contrato.
com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias. Art. 7º Durante a vigência dos contratos previstos
§ 3º Na modalidade do regime de tempo parcial, nos incisos I e II do art. 4º, o empregado não po-
após cada período de 12 (doze) meses de vigência derá se desligar do contrato sem justa causa, sob
do contrato de trabalho, o empregado terá direito pena de ser obrigado a indenizar o empregador
a férias, na seguinte proporção: dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.
I – 18 (dezoito) dias, para a duração do traba- Parágrafo único. A indenização não poderá ex-
lho semanal superior a 22 (vinte e duas) horas, até ceder aquela a que teria direito o empregado em
25 (vinte e cinco) horas; idênticas condições.
II – 16 (dezesseis) dias, para a duração do tra-
Art. 8º Durante a vigência dos contratos previstos
balho semanal superior a 20 (vinte) horas, até
nos incisos I e II do art. 4º, não será exigido aviso
22 (vinte e duas) horas;
prévio.
III – 14 (quatorze) dias, para a duração do tra-
balho semanal superior a 15 (quinze) horas, até Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência Social
20 (vinte) horas; será obrigatoriamente apresentada, contra recibo,
IV – 12 (doze) dias, para a duração do trabalho pelo empregado ao empregador que o admitir, o
semanal superior a 10 (dez) horas, até 15 (quinze) qual terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas
horas; para nela anotar, especificamente, a data de ad-
V – 10 (dez) dias, para a duração do trabalho missão, a remuneração e, quando for o caso, os
semanal superior a 5 (cinco) horas, até 10 (dez) contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º.
horas; Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo
VI – 8 (oito) dias, para a duração do trabalho se- escrito entre essas, estabelecer horário de traba-
manal igual ou inferior a 5 (cinco) horas. lho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e
Art. 4º É facultada a contratação, por prazo deter- seis) horas ininterruptas de descanso, observados
minado, do empregado doméstico: ou indenizados os intervalos para repouso e ali-
I – mediante contrato de experiência; mentação.
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo ho-
II – para atender necessidades familiares de na-
rário previsto no caput deste artigo abrange os
tureza transitória e para substituição temporária
pagamentos devidos pelo descanso semanal re-
de empregado doméstico com contrato de traba-
munerado e pelo descanso em feriados, e serão
lho interrompido ou suspenso.
considerados compensados os feriados e as pror-
Parágrafo único. No caso do inciso II deste ar-
rogações de trabalho noturno, quando houver, de
tigo, a duração do contrato de trabalho é limitada
que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da Consoli-
ao término do evento que motivou a contratação,
dação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
obedecido o limite máximo de 2 (dois) anos.
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o
Art. 5º O contrato de experiência não poderá ex- art. 9º da Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949.
ceder 90 (noventa) dias. § 2º (Vetado)
§ 1º O contrato de experiência poderá ser pror-
Art. 11. Em relação ao empregado responsável
rogado 1 (uma) vez, desde que a soma dos 2 (dois)
por acompanhar o empregador prestando ser-
períodos não ultrapasse 90 (noventa) dias.
viços em viagem, serão consideradas apenas as
§ 2º O contrato de experiência que, havendo
horas efetivamente trabalhadas no período, po-
continuidade do serviço, não for prorrogado após
dendo ser compensadas as horas extraordinárias
o decurso de seu prazo previamente estabelecido
em outro dia, observado o art. 2º.
ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias
§ 1º O acompanhamento do empregador pelo
passará a vigorar como contrato de trabalho por
empregado em viagem será condicionado à prévia
prazo indeterminado.
existência de acordo escrito entre as partes.
Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos § 2º A remuneração-hora do serviço em viagem
nos incisos I e II do art. 4º, o empregador que, sem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) su-
justa causa, despedir o empregado é obrigado a perior ao valor do salário-hora normal.
170
§ 3º O disposto no § 2º deste artigo poderá ser, me- pelo menos, um terço do salário normal, após
diante acordo, convertido em acréscimo no banco cada período de 12 (doze) meses de trabalho pres-
de horas, a ser utilizado a critério do empregado. tado à mesma pessoa ou família.
§ 1º Na cessação do contrato de trabalho, o em-
Art. 12. É obrigatório o registro do horário de tra-
pregado, desde que não tenha sido demitido por
balho do empregado doméstico por qualquer meio
justa causa, terá direito à remuneração relativa ao
manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo.
período incompleto de férias, na proporção de um
Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo doze avos por mês de serviço ou fração superior a
para repouso ou alimentação pelo período de, 14 (quatorze) dias.
no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) § 2º O período de férias poderá, a critério do em-
horas, admitindo-se, mediante prévio acordo es- pregador, ser fracionado em até 2 (dois) períodos,
crito entre empregador e empregado, sua redução sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14 (quatorze)
a 30 (trinta) minutos. dias corridos.
§ 1º Caso o empregado resida no local de traba- § 3º É facultado ao empregado doméstico con-
lho, o período de intervalo poderá ser desmem- verter um terço do período de férias a que tiver di-
brado em 2 (dois) períodos, desde que cada um reito em abono pecuniário, no valor da remunera-
deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora, até o limite ção que lhe seria devida nos dias correspondentes.
de 4 (quatro) horas ao dia. § 4º O abono de férias deverá ser requerido até
§ 2º Em caso de modificação do intervalo, na 30 (trinta) dias antes do término do período aqui-
forma do § 1º, é obrigatória a sua anotação no re- sitivo.
gistro diário de horário, vedada sua prenotação. § 5º É lícito ao empregado que reside no local de
Art. 14. Considera-se noturno, para os efeitos trabalho nele permanecer durante as férias.
desta Lei, o trabalho executado entre as 22 horas § 6º As férias serão concedidas pelo empregador
de um dia e as 5 horas do dia seguinte. nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que
§ 1º A hora de trabalho noturno terá duração de o empregado tiver adquirido o direito.
52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efe-
§ 2º A remuneração do trabalho noturno deve tuar descontos no salário do empregado por for-
ter acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por necimento de alimentação, vestuário, higiene ou
cento) sobre o valor da hora diurna. moradia, bem como por despesas com transporte,
§ 3º Em caso de contratação, pelo empregador, hospedagem e alimentação em caso de acompa-
de empregado exclusivamente para desempenhar nhamento em viagem.
trabalho noturno, o acréscimo será calculado § 1º É facultado ao empregador efetuar descon-
sobre o salário anotado na Carteira de Trabalho tos no salário do empregado em caso de adianta-
e Previdência Social. mento salarial e, mediante acordo escrito entre as
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos partes, para a inclusão do empregado em planos de
os que abrangem períodos diurnos e noturnos, assistência médico-hospitalar e odontológica, de
aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto seguro e de previdência privada, não podendo a de-
neste artigo e seus parágrafos. dução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.
Art. 15. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho deve § 2º Poderão ser descontadas as despesas com
haver período mínimo de 11 (onze) horas conse- moradia de que trata o caput deste artigo quando
cutivas para descanso. essa se referir a local diverso da residência em que
ocorrer a prestação de serviço, desde que essa
Art. 16. É devido ao empregado doméstico des-
possibilidade tenha sido expressamente acor-
canso semanal remunerado de, no mínimo, 24
dada entre as partes.
(vinte e quatro) horas consecutivas, preferencial-
§ 3º As despesas referidas no caput deste artigo
mente aos domingos, além de descanso remune-
não têm natureza salarial nem se incorporam à
rado em feriados. remuneração para quaisquer efeitos.
Art. 17. O empregado doméstico terá direito a fé- § 4º O fornecimento de moradia ao empre-
rias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, salvo gado doméstico na própria residência ou em mo-
o disposto no § 3º do art. 3º, com acréscimo de, rada anexa, de qualquer natureza, não gera ao
171
empregado qualquer direito de posse ou de propor prazo determinado, de aposentadoria e de
priedade sobre a referida moradia. falecimento do empregado doméstico, os valores
Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho previstos no caput serão movimentados pelo em-
pregador.
doméstico, a ele também se aplicam as Leis nº 605,
§ 2º Na hipótese de culpa recíproca, metade dos
de 5 de janeiro de 1949, nº 4.090, de 13 de julho de
valores previstos no caput será movimentada pelo
1962, nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, e nº 7.418,
empregado, enquanto a outra metade será movi-
de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente,
mentada pelo empregador.
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), apro-
§ 3º Os valores previstos no caput serão depo-
vada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
sitados na conta vinculada do empregado, em va-
1943.
riação distinta daquela em que se encontrarem os
Parágrafo único. A obrigação prevista no art. 4º
valores oriundos dos depósitos de que trata o in-
da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, po-
ciso IV do art. 34 desta Lei, e somente poderão ser
derá ser substituída, a critério do empregador,
movimentados por ocasião da rescisão contratual.
pela concessão, mediante recibo, dos valores para
§ 4º À importância monetária de que trata o
a aquisição das passagens necessárias ao cus-
caput, aplicam-se as disposições da Lei nº 8.036, de
teio das despesas decorrentes do deslocamento
11 de maio de 1990, e da Lei nº 8.844, de 20 de ja-
residência-trabalho e vice-versa.
neiro de 1994, inclusive quanto a sujeição passiva e
Art. 20. O empregado doméstico é segurado obri- equiparações, prazo de recolhimento, administra-
gatório da Previdência Social, sendo-lhe devidas, ção, fiscalização, lançamento, consulta, cobrança,
na forma da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, garantias, processo administrativo de determina-
as prestações nela arroladas, atendido o disposto ção e exigência de créditos tributários federais.
nesta Lei e observadas as características especiais
Art. 23. Não havendo prazo estipulado no con-
do trabalho doméstico.
trato, a parte que, sem justo motivo, quiser res-
Art. 21. É devida a inclusão do empregado domés- cindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção.
tico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço § 1º O aviso prévio será concedido na proporção
(FGTS), na forma do regulamento a ser editado de 30 (trinta) dias ao empregado que conte com até
pelo Conselho Curador e pelo agente operador do 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador.
FGTS, no âmbito de suas competências, conforme § 2º Ao aviso prévio previsto neste artigo, de-
disposto nos arts. 5º e 7º da Lei nº 8.036, de 11 de vido ao empregado, serão acrescidos 3 (três) dias
maio de 1990, inclusive no que tange aos aspec- por ano de serviço prestado para o mesmo empre-
tos técnicos de depósitos, saques, devolução de gador, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfa-
valores e emissão de extratos, entre outros deter- zendo um total de até 90 (noventa) dias.
minados na forma da lei. § 3º A falta de aviso prévio por parte do emprega-
Parágrafo único. O empregador doméstico so- dor dá ao empregado o direito aos salários corres-
mente passará a ter obrigação de promover a ins- pondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a
crição e de efetuar os recolhimentos referentes a integração desse período ao seu tempo de serviço.
seu empregado após a entrada em vigor do regu- § 4º A falta de aviso prévio por parte do empre-
lamento referido no caput. gado dá ao empregador o direito de descontar os
Art. 22. O empregador doméstico depositará a salários correspondentes ao prazo respectivo.
importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos § 5º O valor das horas extraordinárias habituais
por cento) sobre a remuneração devida, no mês integra o aviso prévio indenizado.
anterior, a cada empregado, destinada ao paga- Art. 24. O horário normal de trabalho do emprega-
mento da indenização compensatória da perda do do durante o aviso prévio, quando a rescisão tiver
emprego, sem justa causa ou por culpa do empre- sido promovida pelo empregador, será reduzido
gador, não se aplicando ao empregado doméstico de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário
o disposto nos §§ 1º a 3º do art. 18 da Lei nº 8.036, integral.
de 11 de maio de 1990. Parágrafo único. É facultado ao empregado
§ 1º Nas hipóteses de dispensa por justa causa trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diá-
ou a pedido, de término do contrato de trabalho rias previstas no caput deste artigo, caso em que
172
poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário V – desídia no desempenho das respectivas fun-
integral, por 7 (sete) dias corridos, na hipótese dos ções;
§§ 1º e 2º do art. 23. VI – embriaguez habitual ou em serviço;
Art. 25. A empregada doméstica gestante tem di- VII – (Vetado);
reito a licença-maternidade de 120 (cento e vinte) VIII – ato de indisciplina ou de insubordinação;
dias, sem prejuízo do emprego e do salário, nos IX – abandono de emprego, assim considera-
termos da Seção V do Capítulo III do Título III da da a ausência injustificada ao serviço por, pelo
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada menos, 30 (trinta) dias corridos;
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. X – ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofen-
Parágrafo único. A confirmação do estado de sas físicas praticadas em serviço contra qualquer
gravidez durante o curso do contrato de trabalho, pessoa, salvo em caso de legítima defesa, própria
ainda que durante o prazo do aviso prévio traba- ou de outrem;
lhado ou indenizado, garante à empregada ges- XI – ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas
tante a estabilidade provisória prevista na alínea b físicas praticadas contra o empregador doméstico
do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Cons- ou sua família, salvo em caso de legítima defesa,
titucionais Transitórias. própria ou de outrem;
Art. 26. O empregado doméstico que for dispen- XII – prática constante de jogos de azar.
sado sem justa causa fará jus ao benefício do Parágrafo único. O contrato de trabalho poderá
seguro-desemprego, na forma da Lei nº 7.998, de ser rescindido por culpa do empregador quando:
11 de janeiro de 1990, no valor de 1 (um) salário I – o empregador exigir serviços superiores às
mínimo, por período máximo de 3 (três) meses, de forças do empregado doméstico, defesos por lei,
forma contínua ou alternada. contrários aos bons costumes ou alheios ao con-
§ 1º O benefício de que trata o caput será contrato;
cedido ao empregado nos termos do regulamento II – o empregado doméstico for tratado pelo em-
do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao pregador ou por sua família com rigor excessivo
Trabalhador (Codefat). ou de forma degradante;
§ 2º O benefício do seguro-desemprego será III – o empregado doméstico correr perigo ma-
cancelado, sem prejuízo das demais sanções cí- nifesto de mal considerável;
veis e penais cabíveis: IV – o empregador não cumprir as obrigações
I – pela recusa, por parte do trabalhador desem- do contrato;
pregado, de outro emprego condizente com sua
V – o empregador ou sua família praticar, contra
qualificação registrada ou declarada e com sua re-
o empregado doméstico ou pessoas de sua família,
muneração anterior;
ato lesivo à honra e à boa fama;
II – por comprovação de falsidade na prestação
VI – o empregador ou sua família ofender o em-
das informações necessárias à habilitação;
pregado doméstico ou sua família fisicamente,
III – por comprovação de fraude visando à percep-
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de
ção indevida do benefício do seguro-desemprego;
outrem;
ou
VII – o empregador praticar qualquer das for-
IV – por morte do segurado.
mas de violência doméstica ou familiar contra mu-
Art. 27. Considera-se justa causa para os efeitos lheres de que trata o art. 5º da Lei nº 11.340, de 7
desta Lei:
de agosto de 2006.
I – submissão a maus tratos de idoso, de en-
fermo, de pessoa com deficiência ou de criança Art. 28. Para se habilitar ao benefício do seguro-
sob cuidado direto ou indireto do empregado; -desemprego, o trabalhador doméstico deverá
II – prática de ato de improbidade; apresentar ao órgão competente do Ministério
III – incontinência de conduta ou mau procedi- do Trabalho e Emprego:
mento; I – Carteira de Trabalho e Previdência Social,
IV – condenação criminal do empregado transi- na qual deverão constar a anotação do contrato
tada em julgado, caso não tenha havido suspende trabalho doméstico e a data de dispensa, de
são da execução da pena; modo a comprovar o vínculo empregatício, como
173
empregado doméstico, durante pelo menos 15 I – têm caráter declaratório, constituindo ins-
(quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) trumento hábil e suficiente para a exigência dos
meses; tributos e encargos trabalhistas delas resultantes
II – termo de rescisão do contrato de trabalho; e que não tenham sido recolhidos no prazo con-
III – declaração de que não está em gozo de be- signado para pagamento; e
nefício de prestação continuada da Previdência So- II – deverão ser fornecidas até o vencimento do
cial, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e prazo para pagamento dos tributos e encargos tra-
IV – declaração de que não possui renda própria balhistas devidos no Simples Doméstico em cada
de qualquer natureza suficiente à sua manuten- mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos
ção e de sua família. no mês anterior.
Art. 29. O seguro-desemprego deverá ser reque- § 3º O sistema eletrônico de que trata o § 1º
rido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias contados da deste artigo e o sistema de que trata o caput do
data de dispensa. art. 32 substituirão, na forma regulamentada pelo
Art. 30. Novo seguro-desemprego só poderá ser ato conjunto previsto no caput, a obrigatoriedade
requerido após o cumprimento de novo período de entrega de todas as informações, formulários e
aquisitivo, cuja duração será definida pelo Codefat. declarações a que estão sujeitos os empregadores
domésticos, inclusive os relativos ao recolhimento
CAPÍTULO II
DO SIMPLES DOMÉSTICO do FGTS.
Art. 31. É instituído o regime unificado de paga- Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o reco-
mento de tributos, de contribuições e dos demais lhimento mensal, mediante documento único de
encargos do empregador doméstico (Simples Do- arrecadação, dos seguintes valores:
méstico), que deverá ser regulamentado no prazo I – 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de
de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de en- contribuição previdenciária, a cargo do segurado
trada em vigor desta Lei. empregado doméstico, nos termos do art. 20 da
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
Art. 32. A inscrição do empregador e a entrada
II – 8% (oito por cento) de contribuição patronal
única de dados cadastrais e de informações tra-
previdenciária para a seguridade social, a cargo
balhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do
Simples Doméstico dar-se-ão mediante registro do empregador doméstico, nos termos do art. 24
em sistema eletrônico a ser disponibilizado em da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
portal na internet, conforme regulamento. III – 0,8% (oito décimos por cento) de contribui-
Parágrafo único. A impossibilidade de utilização ção social para financiamento do seguro contra
do sistema eletrônico será objeto de regulamento, acidentes do trabalho;
a ser editado pelo Ministério da Fazenda e pelo IV – 8% (oito por cento) de recolhimento para
agente operador do FGTS. o FGTS;
V – 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento),
Art. 33. O Simples Doméstico será disciplinado
na forma do art. 22 desta Lei; e
por ato conjunto dos Ministros de Estado da Fa-
VI – imposto sobre a renda retido na fonte de
zenda, da Previdência Social e do Trabalho e
que trata o inciso I do art. 7º da Lei nº 7.713, de 22
Emprego que disporá sobre a apuração, o reco-
lhimento e a distribuição dos recursos recolhidos de dezembro de 1988, se incidente.
por meio do Simples Doméstico, observadas as § 1º As contribuições, os depósitos e o imposto
disposições do art. 21 desta Lei. arrolados nos incisos I a VI incidem sobre a remu-
§ 1º O ato conjunto a que se refere o caput de- neração paga ou devida no mês anterior, a cada em-
verá dispor também sobre o sistema eletrônico de pregado, incluída na remuneração a gratificação de
registro das obrigações trabalhistas, previdenciá- Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho
rias e fiscais e sobre o cálculo e o recolhimento de 1962, e a Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
dos tributos e encargos trabalhistas vinculados ao § 2º A contribuição e o imposto previstos nos
Simples Doméstico. incisos I e VI do caput deste artigo serão descon-
§ 2º As informações prestadas no sistema ele- tados da remuneração do empregado pelo empre-
trônico de que trata o § 1º: gador, que é responsável por seu recolhimento.
174
§ 3º O produto da arrecadação das contribuições, seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da com-
dos depósitos e do imposto de que trata o caput petência;
será centralizado na Caixa Econômica Federal. [...]
§ 4º A Caixa Econômica Federal, com base nos Art. 37. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991,
elementos identificadores do recolhimento, dispo- passa a vigorar com as seguintes alterações:
níveis no sistema de que trata o § 1º do art. 33, trans- Art. 18. [...]
ferirá para a Conta Única do Tesouro Nacional o § 1º Somente poderão beneficiar-se do auxílio-
valor arrecadado das contribuições e do imposto -acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI
e VII do art. 11 desta Lei.
previstos nos incisos I, II, III e VI do caput.
[...]
§ 5º O recolhimento de que trata o caput será
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo
efetuado em instituições financeiras integrantes
exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
da rede arrecadadora de receitas federais. empregador doméstico ou pelo exercício do traba-
§ 6º O empregador fornecerá, mensalmente, ao lho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
empregado doméstico cópia do documento pre- desta Lei, provocando lesão corporal ou perturba-
visto no caput. ção funcional que cause a morte ou a perda ou re-
§ 7º O recolhimento mensal, mediante do- dução, permanente ou temporária, da capacidade
cumento único de arrecadação, e a exigência das para o trabalho.
contribuições, dos depósitos e do imposto, nos va- [...]
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional
lores definidos nos incisos I a VI do caput, somente
do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada
serão devidos após 120 (cento e vinte) dias da data
a natureza acidentária da incapacidade quando
de publicação desta Lei.
constatar ocorrência de nexo técnico epidemio-
Art. 35. O empregador doméstico é obrigado a lógico entre o trabalho e o agravo, decorrente da
pagar a remuneração devida ao empregado do- relação entre a atividade da empresa ou do empre-
méstico e a arrecadar e a recolher a contribuição gado doméstico e a entidade mórbida motivadora
da incapacidade elencada na Classificação Interna-
prevista no inciso I do art. 34, assim como a arre-
cional de Doenças (CID), em conformidade com o
cadar e a recolher as contribuições, os depósitos e
que dispuser o regulamento. [...]
o imposto a seu cargo discriminados nos incisos II,
§ 2º A empresa ou o empregador doméstico po-
III, IV, V e VI do caput do art. 34, até o dia 7 do mês derão requerer a não aplicação do nexo técnico epi-
seguinte ao da competência. demiológico, de cuja decisão caberá recurso, com
§ 1º Os valores previstos nos incisos I, II, III e VI efeito suspensivo, da empresa, do empregador do-
do caput do art. 34 não recolhidos até a data de méstico ou do segurado ao Conselho de Recursos
vencimento sujeitar-se-ão à incidência de encar- da Previdência Social.
gos legais na forma prevista na legislação do im- Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico
posto sobre a renda. deverão comunicar o acidente do trabalho à Previ-
dência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da
§ 2º Os valores previstos nos incisos IV e V, refe-
ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à au-
rentes ao FGTS, não recolhidos até a data de ven-
toridade competente, sob pena de multa variável
cimento serão corrigidos e terão a incidência da entre o limite mínimo e o limite máximo do salário
respectiva multa, conforme a Lei nº 8.036, de 11 de contribuição, sucessivamente aumentada nas
de maio de 1990. reincidências, aplicada e cobrada pela Previdên-
cia Social.
CAPÍTULO III
DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA [...]
E TRIBUTÁRIA Art. 27. Para cômputo do período de carência,
serão consideradas as contribuições:
Art. 36. O inciso V do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 I – referentes ao período a partir da data de filia-
de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte ção ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
redação: no caso dos segurados empregados, inclusive os
Art. 30. [...] domésticos, e dos trabalhadores avulsos;
V – o empregador doméstico é obrigado a ar- II – realizadas a contar da data de efetivo paga-
recadar e a recolher a contribuição do segurado mento da primeira contribuição sem atraso, não
empregado a seu serviço, assim como a parcela a sendo consideradas para este fim as contribuições
175
recolhidas com atraso referentes a competências Parágrafo único. O empregado doméstico deve
anteriores, no caso dos segurados contribuinte in- apresentar apenas a certidão de nascimento refe-
dividual, especial e facultativo, referidos, respecti- rida no caput.
vamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas
[...] pela empresa ou pelo empregador doméstico,
Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do mensalmente, junto com o salário, efetivando-se
benefício, inclusive o decorrente de acidente do a compensação quando do recolhimento das con-
trabalho, serão computados: tribuições, conforme dispuser o Regulamento.
I – para o segurado empregado, inclusive o do- § 1º A empresa ou o empregador doméstico con-
méstico, e o trabalhador avulso, os salários de con- servarão durante 10 (dez) anos os comprovantes
tribuição referentes aos meses de contribuições de- de pagamento e as cópias das certidões correspon-
vidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou dentes, para fiscalização da Previdência Social. [...]
pelo empregador doméstico, sem prejuízo da res-
Art. 38. O art. 70 da Lei nº 11.196, de 21 de no-
pectiva cobrança e da aplicação das penalidades
cabíveis, observado o disposto no § 5º do art. 29-A;
vembro de 2005, passa a vigorar com a seguinte
II – para o segurado empregado, inclusive o redação:
doméstico, o trabalhador avulso e o segurado es- Art. 70. [...]
pecial, o valor mensal do auxílio-acidente, consi- I – [...]
derado como salário de contribuição para fins de d) até o dia 7 do mês subsequente ao mês de
concessão de qualquer aposentadoria, nos termos ocorrência dos fatos geradores, no caso de paga-
do art. 31; [...] mento de rendimentos provenientes do trabalho
[...] assalariado a empregado doméstico; e
Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o do- e) até o último dia útil do segundo decêndio do
méstico, e ao trabalhador avulso que tenham cum- mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
prido todas as condições para a concessão do benefí- geradores, nos demais casos; [...]
cio pleiteado, mas não possam comprovar o valor de CAPÍTULO IV
seus salários de contribuição no período básico de DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO
cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, PREVIDENCIÁRIA DOS EMPREGADORES
devendo esta renda ser recalculada quando da apre- DOMÉSTICOS (REDOM)
sentação de prova dos salários de contribuição.
Art. 39. É instituído o Programa de Recuperação
[...]
Art. 37. A renda mensal inicial, recalculada de Previdenciária dos Empregadores Domésticos
acordo com o disposto no art. 35, deve ser reajus- (Redom), nos termos desta Lei.
tada como a dos benefícios correspondentes com Art. 40. Será concedido ao empregador doméstico
igual data de início e substituirá, a partir da data o parcelamento dos débitos com o Instituto Nacio-
do requerimento de revisão do valor do benefício,
nal do Seguro Social (INSS) relativos à contribui-
a renda mensal que prevalecia até então.
ção de que tratam os arts. 20 e 24 da Lei nº 8.212,
Art. 38. Sem prejuízo do disposto no art. 35, cabe
de 24 de julho de 1991, com vencimento até 30 de
à Previdência Social manter cadastro dos segura-
dos com todos os informes necessários para o cál- abril de 2013.
culo da renda mensal dos benefícios. § 1º O parcelamento abrangerá todos os débitos
[...] existentes em nome do empregado e do emprega-
Art. 63. O segurado empregado, inclusive o do- dor, na condição de contribuinte, inclusive débitos
méstico, em gozo de auxílio-doença será conside- inscritos em dívida ativa, que poderão ser:
rado pela empresa e pelo empregador doméstico I – pagos com redução de 100% (cem por cento)
como licenciado. das multas aplicáveis, de 60% (sessenta por cento)
[...]
dos juros de mora e de 100% (cem por cento) sobre
Art. 65. O salário-família será devido, mensal-
os valores dos encargos legais e advocatícios;
mente, ao segurado empregado, inclusive o do-
II – parcelados em até 120 (cento e vinte) vezes,
méstico, e ao segurado trabalhador avulso, na
proporção do respectivo número de filhos ou
com prestação mínima no valor de R$ 100,00 (cem
equiparados nos termos do § 2º do art. 16 desta reais).
Lei, observado o disposto no art. 66. § 2º O parcelamento deverá ser requerido no
[...] prazo de 120 (cento e vinte) dias após a entrada
Art. 67. [...] em vigor desta Lei.
176
§ 3º A manutenção injustificada em aberto de na ocorrência de reincidência, fraude, resistência

3 (três) parcelas implicará, após comunicação ao su- ou embaraço à fiscalização.
jeito passivo, a imediata rescisão do parcelamento § 3º Durante a inspeção do trabalho referida no
e, conforme o caso, o prosseguimento da cobrança. caput, o Auditor-Fiscal do Trabalho far-se-á acom-
panhar pelo empregador ou por alguém de sua fa-
§ 4º Na hipótese de rescisão do parcelamento
mília por este designado.
com o cancelamento dos benefícios concedidos:
I – será efetuada a apuração do valor original Art. 45. As matérias tratadas nesta Lei Comple-
do débito, com a incidência dos acréscimos legais, mentar que não sejam reservadas constitucional-
até a data de rescisão; mente a lei complementar poderão ser objeto de
II – serão deduzidas do valor referido no inciso I alteração por lei ordinária.
deste parágrafo as parcelas pagas, com a incidên- Art. 46. Revogam-se o inciso I do art. 3º da
cia dos acréscimos legais, até a data de rescisão. Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, e a Lei nº 5.859,
Art. 41. A opção pelo Redom sujeita o contri- de 11 de dezembro de 1972.
buinte a: Art. 47. Esta Lei entra em vigor na data de sua
I – confissão irrevogável e irretratável dos débi- publicação.
tos referidos no art. 40;
Brasília, 1º de junho de 2015; 194º da
II – aceitação plena e irretratável de todas as Independência e 127º da República.
condições estabelecidas;
III – pagamento regular das parcelas do débito DILMA ROUSSEFF
Marivaldo de Castro Pereira
consolidado, assim como das contribuições com Tarcísio José Massote de Godoy
vencimento posterior a 30 de abril de 2013. Manoel Dias
Carlos Eduardo Gabas
CAPÍTULO V Miguel Rossetto
DISPOSIÇÕES GERAIS Giovanni Benigno Pierre da Conceição Harvey
Art. 42. É de responsabilidade do empregador o Eleonora Menicucci de Oliveira
arquivamento de documentos comprobatórios do
cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e
previdenciárias, enquanto essas não prescreverem. LISTA DE OUTRAS NORMAS
Art. 43. O direito de ação quanto a créditos re- DE INTERESSE
sultantes das relações de trabalho prescreve em
5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após a
Dispõe sobre normas de Direito Processual do
extinção do contrato de trabalho.
Trabalho, altera dispositivos da Consolidação das
Art. 44. A Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002, Leis do Trabalho, disciplina a concessão e presta-
passa a vigorar acrescida do seguinte art. 11-A: ção de assistência judiciária na Justiça do Traba-
Art. 11-A. A verificação, pelo Auditor-Fiscal do lho e dá outras providências.
Trabalho, do cumprimento das normas que regem Publicada no DOU de 29/6/1970.
o trabalho do empregado doméstico, no âmbito do
domicílio do empregador, dependerá de agenda- LEI Nº 6.195, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1974
mento e de entendimento prévios entre a fiscali- Atribui ao Funrural a concessão de prestações por
zação e o empregador. acidente do trabalho.
§ 1º A fiscalização deverá ter natureza priorita- Publicada no DOU de 20/12/1974.
riamente orientadora.
§ 2º Será observado o critério de dupla visita DECRETO Nº 73.626, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1974
para lavratura de auto de infração, salvo quando Aprova regulamento da Lei nº 5.889, de 8 de junho
for constatada infração por falta de anotação na de 1973.
Carteira de Trabalho e Previdência Social ou, ainda, Publicado no DOU de 13/2/1974.
177
edições câmara
L E G I S L AT I V O

CLT consolidada

Încărcat de

Informații document

Descriere originală:

Titlu original

Drepturi de autor

Formate disponibile

Partajați acest document

Partajați sau inserați document

Opțiuni de partajare

Vi se pare util acest document?

Este necorespunzător acest conținut?

Drepturi de autor:

Formate disponibile

CLT consolidada

Încărcat de

Drepturi de autor:

Formate disponibile

Câmara dos

Presidente Secretaria-Geral da Mesa

2º Vice-Presidente Diretoria Legislativa

1ª Secretária Consultoria Legislativa

2º Secretário Centro de Documentação e Informação

3º Secretário Coordenação Edições Câmara dos Deputados

4º Secretário Coordenação de Organização da Informação

Edição atualizada até 21/3/2019

Brasil. [Consolidação das leis do trabalho (CLT) (1943)].

ISBN 978-85-402-0694-6 (papel) ISBN 978-85-402-0695-3 (e-book)

Direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998.

Câmara dos Deputados

CLT E A REFORMA TRABALHISTA: EVOLUÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO���������������������������������������������7

Consolidação das Leis do Trabalho

LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015����������������������������������������������������������������������������169

LISTA DE OUTRAS NORMAS DE INTERESSE���������������������������������������������������������������������������� 177

Eliezer de Queiroz Noleto1

Ao falarmos sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), somos reme-

Devemos ter em mente o contexto da época que antecedeu a edição da

majoritário dos legisladores, o Parlamento aprovou a chamada Reforma Tra-

yy o art. 47 atualiza o valor da multa pela manutenção de empregado

Deste ponto em diante, promoveram-se inúmeras modificações no processo

A aprovação da lei, contudo, não foi unânime, em virtude da significativa

Quando falamos em legislação do trabalho, podemos dizer que temos

Em relação aos empregados domésticos, pode-se dizer que a Lei Com-

DECRETO-LEI Nº 5.452, DE de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120

Parágrafo único. O sócio retirante responderá TÍTULO II

DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após a publicação)

derá ser admitido convênio com sindicatos para 10/10/1969)

Seção III b) a qualquer tempo, por solicitação do traba-

em vigor 120 dias após a publicação) IV – falsificar, fabricando ou alterando, ou ven-

de confiança, compreendendo a gratificação de com discriminação do período autorizado, o qual,

CAPÍTULO II-A Parágrafo único. As utilidades mencionadas no

gistro em aditivo contratual. Art. 79. (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11/12/1964)

Seção III Art. 126. O Ministro do Trabalho, Indústria e Co-

CAPÍTULO IV -maternidade custeado pela Previdência Social.

de determinados estabelecimentos ou setores Seção IV

porto de registro ou armação. (Parágrafo acrescido CAPÍTULO V

II – com a utilização de equipamentos de pro- Art. 194. O direito do empregado ao adicional

Art. 195. A caracterização e a classificação da Seção XIV

trânsito e permanência nas áreas respectivas; (In- Seção XVI

e de descanso controlado e registrado na forma Lei nº 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015,

Art. 250. As horas de trabalho extraordinário serão Seção IX

Art. 394. Mediante atestado médico, à mulher dias após a publicação)

Seção III Art. 418. (Revogado pela Lei nº 7.855, de 24/10/1989)

TÍTULO IV subordinação, não é contínua, ocorrendo com al-

Art. 500. O pedido de demissão do empregado es- CAPÍTULO IX

Seção VI § 1º O empregado perderá o mandato se a

II – a mensalidade sindical; e dada pela Lei nº 6.386, de 9/12/1976)

§ 4º Os agentes ou trabalhadores autônomos clusivamente por meio de boleto bancário ou

j) colônias de férias e centros de recreação; (Alí- Seção IV

centrais sindicais deverão ser utilizados no cus- Lei nº 6.181, de 11/12/1974)

Art. 603. Os empregadores são obrigados a prestar pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967)

aos encarregados da fiscalização os esclarecimen- Art. 608. As repartições federais, estaduais ou

TÍTULO VI publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias após

ciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de 28/2/1967) publicação)

consulta e colaboração, no plano da empresa e so- TÍTULO VI-A

e oitenta) dias, contado da data de sua emissão. Seção I

deste artigo, terá força de prejulgado, nos termos Seção V

e) submeter ao Tribunal os processos em que presidentes; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei nº 229, de

Decreto-Lei nº 9.797, de 9/9/1946) nº 5.442, de 24/5/1968)

Art. 720. Competem aos secretários dos Tribu- CAPÍTULO VII

ISBN 978-85-402-0694-6 (papel) ISBN 978-85-402-0695-3 (e-book)

CLT E A REFORMA TRABALHISTA: EVOLUÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO��7

LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015��169

LISTA DE OUTRAS NORMAS DE INTERESSE�� 177