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Universidade Federal de São João Del Rei

Departamento de Engenharia Química e Estatística


Laboratório de Engenharia Química I

VISCOSÍMETRO DE STOKES

Ana Paula Silva Artur

Júlia Alves Moreira

Kayo Oliveira

Samara Magalhães

Ouro Branco, Outubro/2015


SUMÁRIO

1.2 INTRODUÇÃO
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
1.5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
1.6 CONCLUSÕES
1.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.8 ANEXOS
1.2 INTRODUÇÃO

A viscosidade define-se como a resistência que um fluido oferece ao escoamento, sendo


que essa oposição ao movimento se deve ao atrito interno das camadas (ou placas)
adjacentes do fluido. Um fluido pode ser entendido como um conjunto de placas ou
camadas justapostas. Medidores de viscosidade, chamados viscosímetros, são
idealizados de diversas formas. Pelo viscosímetro de Stokes a viscosidade é medida
indiretamente, através da determinação do tempo de queda livre de uma esfera. O
viscosímetro de Stokes, também conhecido como viscosímetro de esfera, é constituído
de um tubo de vidro, cheio do líquido que deseja-se estudar a viscosidade. Nesse tubo
deixa-se cair uma esfera, medindo o tempo para ela percorrer uma distância conhecida
dentro do tubo. A prática, tem por objetivo determinar a viscosidade do fluido fornecido
através do experimento do viscosímetro de Stokes.

1.3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A viscosidade dinâmica ou simplesmente viscosidade é o coeficiente de atrito interno


entre as várias camadas de um fluído em movimento relativo. O movimento de um
corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força viscosa, Fv,
proporcional à velocidade, v, e definida pela relação Fv = bv, conhecida como lei de
Stokes. No caso de esferas em velocidades baixas, Fv = 6πηrv, sendo r o raio da esfera e
η o coeficiente de viscosidade do meio. Se uma esfera de densidade maior que a de um
líquido for solta na superfície do mesmo, no instante inicial a velocidade é zero, mas a
força resultante acelera a esfera de forma que sua velocidade vai aumentando, mas de
forma não uniforme. Entretanto, atinge um valor limite que ocorre quando a força
resultante for nula. A partir desse instante a esfera descreve um movimento retilíneo a
velocidade constante.
As forças atuantes sobre a esfera são, além da força viscosa, o peso da esfera, P, e o
empuxo, E (Figura 1).
FP = FA + FE (1)
FA = FP – FE (2)
6.π.η.r.v = ρc.VE.g - ρl.VF.g mas: VE = VF (3)
6.π.η.r.v = (4/3)π.r³.ρE.g - (4/3)πr³.ρF.g (4)
v = (2/9).[(ρE - ρF) / η]. r².g (5)
ARRASTO
EMPUXO

PESO

Figura 1. Balanço de forças e linhas de corrente em uma esfera em queda livre.

Onde v é a velocidade limite, ρE é a densidade da esfera e ρF a densidade do fluido.


Como as dimensões transversais do tubo que contém o fluido não são infinitas, a esfera
ao deslocar-se pelo fluido causa um movimento que afeta a força viscosa. Devido a este
efeito, é necessário introduzir um fator de correção na expressão anterior, chamada de
correção de Ladenburg. Assim, a velocidade limite corrigida (vcorr) é expressa por
vcorr = [1 +2,4(r/R)]v (6)
Onde R é o raio do tubo, e v = L / t, sendo L a distância entre dois pontos no tubo e t o
tempo de queda da esfera entre esses pontos. Rearrajando:
vcorr = [1 +2,4.(r/R)](L / t) (7)
A unidade de viscosidade no sistema C.G.S. é o Poise (1 P = 1.g.s-1.cm-1). Os
submúltiplos são o centipoise (1cP = 10-2.P) e o micropoise (1mP=10-6.P). A relação
com o sistema internacional é 10.P = 1 Kg.s-1.m-1 (ou 10.P = 1Pa.s). Na indústria utiliza-
se com frequência a viscosidade cinemática, que é a razão entre a viscosidade dinâmica
η e a densidade ρ, isto é: v = η / ρ. A unidade da viscosidade cinemática no sistema
C.G.S. é o stokes, sendo 1 stokes (St) = 1 cm2/s.
1.4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
1.4.1. Materiais e equipamentos

Os materiais e equipamentos empregados no desenvolvimento do experimento estão


listados a seguir:

 Tubo de Acrílico
 Cronômetro
 Pinça
 6 Esferas de Aço
 Imã
 Picnômetro
 Balança
 Paquímetro
 Proveta Graduada
 Glicerina
 Água Destilada

1.4.2. Método

O experimento para cálculo da viscosidade da glicerina consistiu primeiramente


no cálculo da velocidade das esferas no tubo com glicerina, e depois determinando as
densidades da glicerina e da esfera. Inicialmente, separou-se 6 esferas de aço, que foram
pesadas e os seus diâmetros medidos com o paquímetro. Em seguida, com o auxílio da
pinça, soltou-se as esferas, uma por uma, no tubo de acrílico cheio com glicerina, e foi
cronometrado o tempo de queda das esferas, observando a marcação inicial e final feita
no tubo antes de começar o experimento. Após anotar o tempo, as esferas foram
retiradas do tubo com o auxílio de um imã. Para cada esfera esse procedimento foi
repetido três vezes.
Para determinar a densidade da glicerina, primeiramente calibrou-se o
picnômetro com água destilada, em seguida retirou-se água destilada e depois de bem
seco, encheu-se o picnômetro com glicerina e pesou-se. Os pesos com água e a glicerina
foram anotados para posterior cálculo da densidade da glicerina.
Por último foi calculado a densidade das esferas. Colocou-se água na proveta e
anotou-se o volume, em seguida colocou-se uma esfera e anotou-se a diferença do
volume. Esse procedimento foi feito com todas as esferas e os valores anotados da
diferença do volume de água com esfera e sem a esfera foram usados posteriormente
para o cálculo das densidades das esferas. Os resultados obtidos foram anotados na
tabela A3-1 e entregues ao professor.

1.5 RESULTADOS E DISCUSSÕES


Tendo em mãos as massas aferidas para cada esfera, seus respectivos diâmetros e o
tempo cronometrado para que cada uma delas percorresse a altura de 0,64 m, montou-se
a Tabela 1.

Tabela 1: Dados experimentais do Viscosímetro de Stokes:

Esfera Repetição Massa (Kg) Diâmetro (m) Tempo (s)


1 1,165
1 2 8,27 x 10-3 0,0123 1,205
3 1,170
1 1,205
2 2 8,25 x 10-3 0,0123 1,250
3 1,250
1 1,420
3 2 4,46 x 10-3 0,0102 1,420
3 1,455
1 1,395
4 2 4,45 x 10-3 0,0102 1,395
3 1,360
1 1,830
5 2 1,95 x 10-3 0,0080 1,855
3 1,777
1 1,690
6 2 1,98 x 10-3 0,0080 1,780
3 1,750
Utilizando os valores da Tabela 1, calculou-se a velocidade terminal para cada uma
das esferas. Esse cálculo foi feito dividindo-se a altura percorrida por cada esfera pelo
tempo gasto. Além disso, foram calculadas as velocidades médias para cada esfera.
Com os resultados desses cálculos, montou-se a Tabela 2.

Tabela 2: Velocidades terminais das esferas:

Esfera Repetição Velocidade (m s-1) Vmédia (m s-1)


1 0,549
1 2 0,531 0,542
3 0,547
1 0,531
2 2 0,512 0,518
3 0,512
1 0,451
3 2 0,451 0,447
3 0,440
1 0,459
4 2 0,459 0,463
3 0,471
1 0,350
5 2 0,345 0,352
3 0,360
1 0,379
6 2 0,360 0,368
3 0,366

Ao analisar as Tabelas 1 e 2 percebe-se que as esferas maiores demoraram um tempo


menor para atravessar o tubo de acrílico quando comparado ao tempo gasto pelas
esferas menores. Portanto, como uma mesma distância está sendo percorrida, quanto
maior a esfera, maior será sua velocidade terminal.

Em posse dos diâmetros medidos, calculou-se a área frontal de cada uma das esferas
utilizando-se a seguinte equação:
𝜋 𝐷2
𝐴= (8)
4

Sendo: A = área frontal da esfera


D = diâmetro da esfera

A Tabela 3 contém os resultados dos cálculos de área frontal para cada esfera:

Tabela 3: Área frontal de impacto das esferas:

Esfera Diâmetro (m) Área frontal (m2)


Grandes 0,0123 1,19 x 10-4
Médias 0,0102 8,17 x 10-5
Pequenas 0,0080 5,03 x 10-5

Com a finalidade de determinar a densidade das esferas, preencheu-se uma proveta com
15,0 mL de água e em seguida adicionou-se cada uma das esferas separadamente para
que fossem aferidos seus volumes deslocados. Os dados encontrados e os resultados dos
cálculos encontram-se na Tabela 3.

Tabela 4: Dados experimentais para cálculo da densidade:

Esferas Volume inicial Volume deslocado Volume da esfera


(mL) (mL) (m3)
Grande 15,0 mL 15,20 2,0 x 10-7
Média 15,0 mL 15,10 1,0 x 10-7
Pequena 15,0 mL 15,03 3,0 x 10-8

Com o volume e a massa das esferas em mãos, foi possível fazer o cálculo da densidade
e posteriormente, utilizando a equação (9), foram calculadas as forças peso para cada
esfera.
𝐹𝑃 = 𝜌𝑒𝑠𝑓 𝑉𝑔 (9)
V = volume da esfera;
g = aceleração da gravidade;
𝜌𝑒𝑠𝑓 = densidade da esfera;
Tabela 5: Densidade e Força peso para cada esfera:

Esferas Densidade (Kg m-3) FP (N)


Grandes 4130 0,081
Médias 4450 0,044
Pequenas 6530 0,019

Para que fosse possível calcular a força de empuxo, determinou-se a densidade da


glicerina pela divisão da sua massa no picnômetro (0,03586 Kg) pelo volume do
recipiente (2,92 x 10-5 m3). O valor encontrado foi de 1228 Kg m-3. Em seguida
calculou-se os valores de força de empuxo utilizando a Equação (10). Os resultados
obtidos estão dispostos na Tabela 4.
𝐹𝐸 = 𝜌𝑓 𝑉𝑔 (10)

Tabela 6: Volume e Força de empuxo para cada esfera:

Esferas Volume ( m3) FE (N)


Grandes 2,0 x 10-7 0,0024
Médias 1,0 x 10-7 0,0012
Pequenas 3,0 x 10-8 0,0004

Utilizando os dados de área frontal de impacto da Tabela 3, os dados de velocidade


média da Tabela 2 e o valor encontrado para a densidade do fluido, calculou-se o valor
da força de arrasto em função do coeficiente de arrasto, CD, utilizando a Equação (11).
Os valores encontrados estão na Tabela 7.

𝑢2
𝐹𝐴 = 𝐶𝐷 𝜌𝑓 𝐴 2
(11)

u = velocidade da esfera;

Tabela 7: Força de arrasto para cada esfera:

Esferas Área frontal (m2) Vmédia (m s-1) FA (N)


Grandes 1,19 x 10-4 0,530 0,020CD
Médias 8,17 x 10-5 0,455 0,010CD
Pequenas 5,03 x 10-5 0,360 0,004CD
Os resultados encontrados para a força peso na Tabela 5, para a força de empuxo na
Tabela 6 e para a força de arrasto na Tabela 7 podem ser relacionados pela Equação (1),
possibilitando o cálculo de CD. A Tabela 8 apresenta os valores dessas forças e os
respectivos valores de CD.

Tabela 8: Valores de CD para cada esfera:

Esferas FP (N) FE (N) FA (N) CD


Grandes 0,081 0,0024 0,020CD 3,93
Médias 0,044 0,0012 0,010CD 4,28
Pequenas 0,019 0,0004 0,004CD 4,65

A partir dos valores encontrados para o coeficiente de arrasto, utilizou-se a Equação


(12) para calcular os valores de viscosidade da glicerina para cada tamanho de esfera.
Os valores encontrados estão listados na Tabela 10.
𝐶𝐷 𝜌𝑒𝑠𝑓 𝑢𝐷
𝜇= (12)
24

Tabela 8: Valores de viscosidade da glicerina:

Esferas CD Densidade Vmédia (m s-1) Diâmetro Viscosidade


(Kg m-3) (m) (Kg m-1 s-1)
Grandes 3,93 4130 0,530 0,0123 4,409
Médias 4,28 4450 0,455 0,0102 3,683
Pequenas 4,65 6530 0,360 0,0080 3,644

A média das viscosidades encontradas foi de 3,912 Kg m-1 s-1. Os valores encontrados
na literatura para a viscosidade de glicerina são de 1,485 Kg m-1 s-1 a 20 ºC. O valor
encontrado foi maior do que o fornecido pela literatura.
Utilizando a equação abaixo, em que D é o diâmetro do tubo igual à 0,0340 m, foi
calculado o número de Reynolds relativo a cada coeficiente de arrasto. Os valores
encontrados estão não Tabela 9.
𝜌𝑒𝑠𝑓 𝑢 𝐷
𝑅𝑒 = (13)
𝜇
Tabela 9: Valores Reynolds para cada esfera:
Esferas Re
Grandes 16,87
Médias 18,69
Pequenas 21,93

Em posse desses valores, plotou-se um gráfico do número de Reynolds em função do


coeficiente de arrasto, como pode ser visto na Figura 2.

Re versus CD
25

20

15

Re
10

0
3.8 4 4.2 4.4 4.6 4.8

Figura 2: Gráfico de Re versus CD

Além disso foi plotado o gráfico de Velocidade terminal versus raio da esfera, como
mostrado a seguir.
Diâmetro versus Vterminal
0.007

0.006

0.005

0.004

0.003 Diâmetro

0.002

0.001

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6

Figura 3: Gráfico do diâmetro em função da velocidade terminal

1.6 CONCLUSÕES
A partir do experimento realizado, percebeu-se que os objetivos foram alcançados, visto
que a viscosidade da glicerina foi determinada, utilizando a Lei de Stokes. Fazendo
relação da análise do tempo de queda de cada esfera no tubo, das massas das mesmas,
da velocidade terminal que cada uma apresenta em queda livre no tubo contendo
glicerina, da área frontal de impacto. Pode-se notar que quanto maior a massa da esfera
e maior o seu diâmetro, menor será o seu tempo para percorrer a altura demarcada no
tubo, comparado a de menor massa e diâmetro.

A partir dos dados obtidos calculou-se a viscosidade média da glicerina, na qual foi de
3,912 Kg m-1 s-1. Comprando esse valor de µ com o da literatura que é de 1,485 Kg m-1
s-1 a 20 ºC, observou-se que o desvio e o erro relativo foram altos, isso é resultado de
falhas cometidas pelo operador no momento da realização da prática, como cometer
erro na hora de cronometrar o tempo de queda das esferas, a inexatidão da leitura do
paquímetro ao medir o diâmetro, assim como a das suas massas. Para se obter um
resultado satisfatório, uma opção é aumentar a altura da queda das esferas para que a
velocidade terminal possa ser atingida com mais precisão e também com isso a queda
seria cronometrada num intervalo de tempo maior, facilitando a visualização e
diminuindo o erro no momento da coleta.
1.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NETZ, Paulo A. Fundamentos de Físico-Química. 2 ed. Editora Artmed. Porto Alegre-
RS. 2006.

POTTER, Merle C.; WIGGERT, David C. Mecânica dos Fluídos. 3. ed. São Paulo:
Thomson, 1998.

FOX, ROBERT W .Introdução a mecânica dos fluidos , 5ª edição, LTC,.

SEARS E ZEMANSKI,Fisíca II Termodinâmica e ondas, Young & Freedman,Editora


Pearson adison wesley, 10º Edição , São Paulo 2006.SHAMES,IRVING H,Mecânica
dos fluidos,Editora Edgard Blucher Ltda, Volume 1, São Paulo 1973.

1.8 ANEXOS

1.8.1. Memorial de Cálculo

Cálculo da Velocidade terminal das esferas:

h
V= (14)
t

V = velocidade terminal; h = altura percorrida pela esfera; t = tempo gasto;

Cálculo da velocidade média:

𝑉1 + 𝑉2 +𝑉3
𝑉𝑚é𝑑 = (15)
3

Cálculo do volume da esfera:

Volume = Volume deslocado − Volume inicial (16)

Cálculo de densidade:
massa
ρ = volume (17)

Cálculo do volume do picnômetro:

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑃𝑖𝑐 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 (18)

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