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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Constituição: Direitos e Deveres Individuais e Coletivos������������������������������������������������������������������������������2
Direitos à Privacidade�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Inviolabilidade Domiciliar������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Sigilo de Correspondência e das Comunicações�������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Constituição: Direitos e Deveres Individuais e Coletivos


Direitos à Privacidade
Alguns direitos elencados no art. 5º da Constituição Federal visam proteger diretamente a priva-
cidade, a intimidade das pessoas, podemos destacar: a inviolabilidade da intimidade, vida privada,
honra e imagem das pessoas; a inviolabilidade domiciliar; a inviolabilidade das correspondências e o
sigilo das comunicações.
Inviolabilidade Domiciliar
Por meio dessa garantia, a CF visa proteger o indivíduo em seu domicilio, na sua casa.
Vejamos o que a Constituição dispõe:
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial;
Como regra, só se pode entrar na casa de uma pessoa com o seu consentimento. Excepcional-
mente, a Constituição Federal admite a entrada sem consentimento do morador nos casos de:
→→ Flagrante delito
→→ Desastre
→→ Prestar socorro
→→ Determinação judicial, apenas durante o dia, trata-se de cláusula de reserva jurisdicional, ou
seja, apenas um juiz pode determinar a invasão domiciliar. Esse direito não se estende, portanto,
aos membros do Ministério Público e as CPI’s.
Contudo, no caso de determinação judicial, a entrada é autorizada apenas durante o dia, nos
demais casos a entrada é permitida a qualquer momento do dia ou da noite.
Quando a Constituição foi feita em 1988, a ideia originária era a proteção apenas da casa, do do-
micílio, do indivíduo. Contudo, a jurisprudência tem dado um sentido mais amplo ao CONCEITO
DE CASA, que deve ser entendido como sendo:
a) Qualquer compartimento privado, não aberto ao público, em que alguém exerce suas ativida-
des pessoais ou profissionais.
b) Qualquer compartimento habitado
c) Aposento de habitação coletiva.
Assim, o conceito de casa abrange não apenas a residência do indivíduo, mas também escritórios
profissionais, consultórios médicos, trailers, barcos, quarto de hotel.
Essa amplitude logicamente não abrange bares, restaurantes, uma vez que são locais abertos
ao público.
Outra questão relevante é saber: O QUE É DIA?
A doutrina é bastante controversa nesse ponto, para alguns, dia deve ser considerado o período
das 6h00h às 18h00. Para outros, dia é o período entre o alvorecer e o anoitecer. E para Alexandre
de Moraes, por exemplo, seria possível a invasão domiciliar com autorização judicial, após as 18:00
horas, desde que, ainda, não seja noite, como, por exemplo, nos estados em que é adotado o horário
de verão.
Para as provas, as bancas costumam usar as expressões dia e noite facilitando a vida do candida-
to, quando muito a banca informa o período em que se deve considerar como dia e noite.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Ressalta-se, ainda, a interpretação do STF a respeito da entrada forçada em domicílio, sem


mandado judicial, no caso de flagrante em decorrência de crime permanente, proferida no recurso
extraordinário 603616, que entende ser possível essa entrada a qualquer hora, inclusive à noite, desde
que haja fundadas razões que indiquem que dentro da casa existe uma situação de flagrante:
“A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em períodos noturno,
quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que
dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados”
De forma excepcional, o STF entendeu válida a entrada em escritório profissional, por meio de
determinação judicial, durante a noite, para instalar escuta ambiental e exploração do local.
EMENTAS: (...) 8. PROVA. Criminal. ESCUTA AMBIENTAL E EXPLORAÇÃO DE LOCAL. Captação
de sinais óticos e acústicos. Escritório de advocacia. Ingresso da autoridade policial, no período noturno,
para instalação de equipamento. Medidas autorizadas por decisão judicial. Invasão de domicílio. Não
caracterização. Suspeita grave da prática de crime por advogado, no escritório, sob pretexto de exercício
da profissão. Situação não acobertada pela inviolabilidade constitucional. Inteligência do art. 5º, X e XI,
da CF, art. 150, § 4º, III, do CP, e art. 7º, II, da Lei nº 8.906/94. Preliminar rejeitada. Votos vencidos. Não
opera a inviolabilidade do escritório de advocacia, quando o próprio advogado seja suspeito da prática de
crime, sobretudo concebido e consumado no âmbito desse local de trabalho, sob pretexto de exercício da
profissão. (...)(Inq 2424 ED, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 19/08/2010,
DJe-203 DIVULG 20-10-2011 PUBLIC 21-10-2011 EMENT VOL-02612-01 PP-00014)
Lei do mosquito:
A lei federal 13.301/2016 – conhecida como lei do mosquito – dispõe sobre a adoção de medidas
de vigilância em saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença
do mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika.
Dentre as medidas previstas nessa lei, está a possibilidade de entrada forçada em imóveis públicos
e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o
acesso de agente público, regularmente designado e identificado, quando se mostre essencial para a
contenção das doenças (art. 1º § 1º, IV da lei), veja o dispositivo:
Art. 1º Na situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da
dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika, a autoridade máxima do Sistema Único de Saúde – SUS
de âmbito federal, estadual, distrital e municipal fica autorizada a determinar e executar as medidas
necessárias ao controle das doenças causadas pelos referidos vírus, nos termos da Lei no 8.080, de 19 de
setembro de 1990, e demais normas aplicáveis, enquanto perdurar a Emergência em Saúde Pública de Im-
portância Nacional – ESPIN.
§ 1º Entre as medidas que podem ser determinadas e executadas para a contenção das doenças causadas
pelos vírus de que trata o caput, destacam-se:
IV – ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou
recusa de pessoa que possa permitir o acesso de agente público, regularmente designado e identificado,
quando se mostre essencial para a contenção das doenças.
De acordo com a doutrina, a referida lei não se mostra inconstitucional diante da relativização do
direito à inviolabilidade domiciliar em ponderação com o direito à vida e saúde.
Sigilo de Correspondência e das Comunicações
A CF protege dentro dos direitos à privacidade as correspondências e as comunicações dos indi-
víduos, nos seguintes termos:
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comuni-
cações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabele-
cer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Este dispositivo prevê quatro formas de comunicação, que possuem proteção constitucional:
Correspondência; Comunicação telegráfica; Comunicação de dados; Comunicações telefônicas.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Destas quatro formas de comunicação, apenas uma obteve autorização constitucional para
sua restrição: AS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS. Por comunicações telefônicas entende-se o
conteúdo da conversa feita ao telefone durante o momento da sua realização. A violação dessa comu-
nicação se dá por meio da interceptação telefônica (grampos telefônicos).
Contudo, a autorização constitucional não é ampla, pois a própria CF estabelece como requisito
que a restrição dessa comunicação seja determinada apenas por meio de uma decisão judicial fun-
damentada, ou seja, apenas um juiz, poderá determinar a violação dessa forma de comunicação,
tratando-se de cláusula de reserva jurisdicional.
Ademais, o juiz só poderá determinar a quebra das comunicações telefônicas para fins de inves-
tigação criminal ou instrução processual penal e nos estritos termos da lei (lei. 9296/96) – (reserva
legal qualificada), é dizer quenão pode ser determinada a quebra das comunicações telefônicas para
investigação administrativa, em uma ação de natureza civil, ou mesmo em um processo de extradição1.
Contudo, tal fato não impede que as provas obtidas, por meio da interceptação telefônica, devi-
damente autorizadas em investigação criminal ou em instrução processual penal, sejam posterior-
mente emprestadas para instruir processo administrativo.
Entretanto, entende-se que nenhuma liberdade individual é absoluta, sendo possível, respeita-
dos certos parâmetros, a interceptação das correspondências e comunicações telegráficas e de dados
sempre que as liberdades públicas estiverem sendo utilizadas como instrumentos para práticas
ilícitas, ou seja, quando o exercício desse direito estiver em conflito com outros direitos fundamen-
tais, como, por exemplo, o direito à vida.
Assim, vamos analisar os principais pontos a respeito dessas formas de comunicação.
CORRESPONDÊNCIA: em regra inviolável, contudo, como já ressaltado, não existe direito
absoluto, nem mesmo a correspondência de um indivíduo, dessa forma, se a carta de um seques-
trador for interceptada pela família da vítima, por exemplo, o sequestrador não vai poder alegar que
houve a violação ao sigilo de suas correspondências, pois o direito não pode ser utilizado para asse-
gurar o exercício de prática ilícitas.
Ademais, de acordo com a Lei de Execução Penal em seu art. 41, parágrafo único2o diretor do
estabelecimento prisional pode interceptar a correspondência de preso, em decisão motivada. Tal
possibilidade portanto é medida excepcional e já foi acolhida pelo STF.3
Tem se entendido também pela possibilidade de quebra do sigilo de correspondência por deter-
minação judicial, sempre que em conflito com outros direitos fundamentais, ponderando-se a sua
necessidade no caso concreto.
Ademais, a CF permite a restrição do sigilo de correspondência nas hipóteses de decretação de
estado de defesa e estado de sítio (art. 136 § 1º, I, b e art. 139, III da CF/88).
Outrossim, a correspondência é considerada sigilosa enquanto estiver fechada, assim, na hipótese
de apreensão de uma carta aberta pela polícia em cumprimento a determinado mandado judicial,
não haverá quebra de sigilo de correspondência.
COMUNICAÇÕES TELEGRÁFICAS: em regra inviolável, podendo ser restringida no Estado
de defesa e estado de sítio, ou por ordem judicial em um caso concreto.
1 EEXT 1.021. Min. Celso de Mello, 06.03.2007
2 LEP – Art. 41 – Constituem direitos do preso: XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de
outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV
poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
3 STF – HC 70.814-5 – Min. Celso de Mello.
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COMUNICAÇÃO DE DADOS 4: por comunicação de dados, entende-se os dados bancários,


fiscais, informáticos e telefônicos. De acordo com o STF, a proteção constitucional refere-se a co-
municação desses dados e não dos dados em si, por esse motivo entendeu que a apreensão do disco
rígido (HD) de um computador não configura quebra de sigilo da comunicação de dados, pois o que
fora apreendido são os dados em si e não a sua comunicação5.
A jurisprudência tem permitido sua quebra por determinação judicial e por determinação de
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO.
→→ Dados bancários:
O STF, ao julgar cinco processos que questionavam a constitucionalidade da LC 105/2001, garantiu
ao Fisco – autoridade tributária – acesso aos dados bancários dos contribuintes sem necessidade de
autorização judicial, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em
curso, entendendo não se tratar de quebra de sigilo, mas de transferência de informações sigilosas.
Merece destaque a seguinte jurisprudência:
Não é cabível, em sede de inquérito, encaminhar à Receita Federal informações bancárias obtidas
por meio de requisição judicial quando o delito investigado for de natureza diversa daquele apurado pelo
fisco. Ademais, a autoridade fiscal, em sede de procedimento administrativo, pode utilizar-se da faculda-
de insculpida no art. 6º da LC 105/2001, do que resulta desnecessário o compartilhamento in casu.
[Inq 2.593 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 9-12-2010, P, DJE de 15-2-2011.]
Dessa forma, o Ministério Público não tem competência (legitimidade) para determinar a
quebra de sigilo de dados bancários de entes privados. Em um único caso, o STF entendeu pela
legitimidade do MP para determinar a quebra dos dados bancários de entidade pública, em procedi-
mento investigativo que visava à defesa do patrimônio público – emprego indevido de verba pública.
→→ Dados telefônicos ou sigilo telefônico
Importante ainda é diferenciar o sigilo das comunicações telefônicas, com o sigilo de dados/registros
telefônicos. As comunicações telefônicas referem-se ao conteúdo da conversa feita ao telefone durante o
momento da sua realização, enquanto que os dados telefônicos se referem aos registros das chamadas,
duração de chamada e números discados constantes dos registros das operadoras de telefone.
COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS, importante diferenciarmos as interceptações telefônicas,
das escutas telefônicas, da gravação telefônica.
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: é a captação e gravação da conversa telefônica, no mesmo
momento em que ela se realiza, por terceira pessoa sem o conhecimento de qualquer dos interlocuto-
res, é a forma de comunicação protegida pela CF e depende de 3 requisitos:
→→ Ordem Judicial;
→→ Para fins de Investigação criminal ou instrução processual penal;
→→ Nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer.
ESCUTA TELEFÔNICA: A escuta telefônica é a captação de conversas feitas por um terceiro,
com o conhecimento de apenas um dos interlocutores.
A GRAVAÇÃO TELEFÔNICA: A gravação é a captação da conversa por um dos interlocutores,
sem consentimento ou ciência do outro.
4 Quanto ao TCU – MS 22801; AUTORIDADE FAZENDÁRIA: RE 389808; MINISTÉRIO PÚBLICO: MS 160646
5 (RE 418416, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 10/05/2006, DJ 19-12-2006 PP-00037
EMENT VOL-02261-06 PP-01233)
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Para a doutrina de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, a escuta e a gravação telefônica, por
não serem formas de interceptação, não precisam de autorização judicial e podem, a depender do
caso concreto, serem utilizadas de forma lícita em um processo:
“A relevância de tal distinção é que a escuta e a gravação telefônicas – por não constituírem intercepta-
ção telefônica em sentido estrito – não se sujeitam a inarredável necessidade de ordem judicial prévia
(…)”(Direito Constitucional Descomplicado, pg. 139)
Contudo, a doutrina processual penal defende que há necessidade de autorização judicial apenas
para a escuta telefônica, uma vez que a gravação telefônica, aquela realizada por um dos interlocu-
tores, de acordo com o STF6, quando AUSENTE CAUSA LEGAL DE SIGILO ou de RESERVA DA
CONVERSAÇÃO, não depende de autorização judicial.
EMENTA: AÇÃO PENAL. Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem co-
nhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral reconhecida. Recurso ex-
traordinário provido. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC. É lícita a prova consistente em gravação
ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.
(RE-QO-RG 583937, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, julgado em 19/11/2009, publicado em 18/12/2009)
CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMEN-
TO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. GRAVAÇÃO. CONVERSA TE-
LEFÔNICA FEITA POR UM DOS INTERLOCUTORES, SEM CONHECIMENTO DO OUTRO. INE-
XISTÊNCIA DE CAUSA LEGAL DE SIGILO OU DE RESERVA DE CONVERSAÇÃO. LICITUDE DA
PROVA. ART. 5º, XII e LVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A gravação de conversa telefônica feita
por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva
da conversação não é considerada prova ilícita. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido.
(AI 578858 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 04/08/2009, DJe-162
DIVULG 27-08-2009 PUBLIC 28-08-2009 EMENT VOL-02371-08 PP-01674 RTJ VOL-00211-01
PP-00561 RDDP n. 80, 2009, p. 150-151)
Essa regra, entretanto, não se aplica quando se tratar de gravação de conversa informal entre os
policiais e o réu ou investigado, em respeito ao direito do preso de permanecer em silêncio.
DIREITO PROCESSUAL PENAL. ILICITUDE DE PROVA. GRAVAÇÃO SEM O CONHECIMENTO
DO ACUSADO. VIOLAÇÃO DO DIREITO AO SILÊNCIO.
É ilícita a gravação de conversa informal entre os policiais e o conduzido ocorrida quando da lavratura
do auto de prisão em flagrante, se não houver prévia comunicação do direito de permanecer em silêncio.
O direito de o indiciado permanecer em silêncio, na fase policial, não pode ser relativizado em função do
dever-poder do Estado de exercer a investigação criminal. Ainda que formalmente seja consignado, no
auto de prisão em flagrante, que o indiciado exerceu o direito de permanecer calado, evidencia ofensa ao
direito constitucionalmente assegurado (art. 5º, LXIII) se não lhe foi avisada previamente, por ocasião
de diálogo gravado com os policiais, a existência desse direito. HC 244.977-SC, Rel. Min. Sebastião Reis
Júnior, julgado em 25/9/2012.
É ainda possível se falar na restrição das comunicações no estado de defesa e no estado de sítio:
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e de-
terminados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as
áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem,
dentre as seguintes:
I – restrições aos direitos de:
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

6 RE-QO-RG 583937, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, julgado em 19/11/2009, publicado em 18/12/2009
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Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas
contra as pessoas as seguintes medidas:
III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à presta-
ção de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
Exercício
01. A proteção constitucional à inviolabilidade domiciliar há que ser entendida restritivamen-
te aos conceitos de residência e domicílio, não devendo, portanto, ser estendido a locais não
abertos ao público no qual a pessoa exerça sua profissão ou atividade.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado

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