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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Lei de Organização Criminosa – Introdução, Atualização e Conceitos�������������������������������������������������������2
Da Organização Criminosa����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Introdução����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Lei de Organização Criminosa – Introdu-


ção, Atualização e Conceitos
Da Organização Criminosa
Introdução
MODIFICAÇÃO DO ART. 288 DO CP
Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com
a seguinte redação:
“Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de
criança ou adolescente.”
REVOGAÇÃO DA ANTGA LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA –
Art. 26. Revoga-se a Lei no 9.034, de 3 de maio de 1995.
OBJETO DA LEI
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção
da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA –
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta
ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas
máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
REQUISITOS CUMULATIVOS – O conceito é amplo e para que fique caracterizado o crime de
organização criminosa é necessário o preenchimento de todos os requisitos que constituem organi-
zação criminosa, ou seja, os requisitos citados no artigo, de modo que a falta de um deles desqualifica
o tipo penal. Vejamos:
1) Associação de 4 (quatro) ou mais pessoas – A lei exige um número mínimo pessoas – 04 pessoas.
→→ Crime de concurso necessário – Assim, trata-se de um crime de concurso necessário, também
chamado de crime plurissubjetivo. De modo que, não alcançando esse número mínimo, afastará
a figura típica do crime de Organização Criminosa.
→→ Participação de inimputável – Dentre o número mínimo de pessoas, poderão sim ser contabi-
lizados os inimputáveis. Nesse caso, a pena será aumentada (majorada) de 1/6 a 2/3, conforme
previsão no art. 2°, §3º.
2) Estruturalmente ordenada – Por estrutura ordenada, podemos entender como um conjunto de
pessoas, com divisão hierárquica, de modo a desenvolver estratégias criminosas. Dentro desse
contexto, temos ainda a formação de hierarquia, contendo cada integrante uma posição (seja
de superior, ou de subordinado) bem definida. Em outras palavras, há uma escala hierárquica
dentro da organização.
3) Caracterizada pela divisão de tarefas – A organização criminosa funciona como uma empresa
(obviamente, sem formalidade). Assim, cada membro é responsável por uma atribuição de
acordo com a posição hierárquica na estrutura da organização. Desse modo, temos a efetivação
do alcance do objetivo do grupo.

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4) Sem constituição formal – Por razões óbvias, a organização criminosa não irá (pelo menos em
tese) registrar formalmente as atividades daquele grupo criminoso.
5) Objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza – Como podemos
observar o grupo criminoso tem uma finalidade específica, qual seja, obtenção de vantagem de
qualquer natureza. Perceba que o dispositivo não se restringiu à natureza financeira ou econômi-
ca. Desta forma, tem-se como finalidade também a obtenção de vantagem comercial, empresa-
rial, sexual, política, ou até mesmo com o objetivo de obter poder, influência.
6) Mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro)
anos – Outra vez, por razões de política criminal, o legislador escolheu uma pena para ter como
referência e poder caracterizar a organização criminosa. Desse modo, se a pena máxima do
crime ou infração penal praticada pela organização criminosa for inferior a 4 anos, não configu-
ra o crime nessa hipótese, salvo se for de caráter transnacional.
7) Infrações penais de caráter transnacional – Nesse item, o legislador não exigiu que as de in-
frações penais (crimes ou contravenções) sejam púnicas penas máximas superiores a 4 (quatro)
anos. Desta forma, se tiver caráter transnacional, independentemente da quantidade pena, estará
preenchido um dos requisitos.
LEI 12.694 DE 2012 – CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – REVOGAÇÃO
TÁCITA –
Lei 12. 694 de 2012 Lei 12. 850 de 2013
Art. 2º, caput Art. 1º, §2º
Revogado implicitamente Em vigor
Conceito de organização criminosa Conceito de organização criminosa
Associação, de 3 (três) ou mais pessoas Associação, de 4 (quatro) ou mais
(...) pessoas (...)
estruturalmente ordenada e caracteri- estruturalmente ordenada e caracteri-
zada pela divisão de tarefas, ainda que zada pela divisão de tarefas, ainda que
informalmente (...) informalmente (...)
com objetivo de obter, direta ou in- com objetivo de obter, direta ou in-
diretamente, vantagem de qualquer diretamente, vantagem de qualquer
natureza (...) natureza (...)
mediante a prática de crimes (...) mediante a prática de infrações penais
(...)
cuja pena máxima seja igual ou cuja pena máxima seja superior a 4
superior a 4 (quatro) anos ou que sejam (quatro) anos ou que sejam de caráter
de caráter transnacional. transnacional.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINO- ASSOCIAÇÃO PARA O
– SA LEI 12.850/2013 TRÁFICO DE DROGAS (LEI
11.343/06)
(Art. 288 do CP)
Associarem-se três ou Associarem-se quatro Associarem-se duas ou
mais pessoas; ou mais pessoas; mais pessoas;
Dispensa estrutura Exige a estrutura
ordenada e divisão de ordenada e divisão ---
tarefas; de tarefas, ainda que
informalmente;
Para o fim específico de Para fins de praticar in- Para o fim de praticar,
cometer crimes, inde- frações penais (crimes reiteradamente ou não,
pendente do tipo ou da e contravenções) cujas qualquer dos crimes
sua pena. penas máximas sejam previstos nos arts. 33,
Obs.: A prática de
superiores a quatro caput e § 1º e 34 da Lei
apenas um crime não anos, ou que seja de de Drogas.
configura o crime. caráter transnacional.

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CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA POR EXTENSÃO – ART. 1º, §2º –


2º Esta Lei se aplica também:
I – às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II – às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos. (Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016)
CONDUTA CRIMINOSA
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais in-
frações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
NOVO TIPO PENAL – Esse tipo penal é novo, sendo instituído pela atual lei. Ressalta-se que não
havia essa conduta típica nas legislações anteriores, como nas Leis N° 9.034/95 e LEI 12.694 DE 2012.
NOVATIO LEGIS IN PEJUS – Trata-se, portanto de uma nova norma penal incriminadora mais
gravosa. Desta forma, ela não retroagirá, sob pena de ferir o preceito constitucional previsto no art.
5º, XL a CF/88.
Tipo misto alternativo – Temos, portanto, um tipo penal misto alternativo. Dessa forma, em obe-
diência ao princípio da alternatividade, se no mesmo contexto fático, o sujeito praticar várias condutas
previstas, incorrerá em um único crime. Nesse caso, não há que se falarem concurso de crimes.
Obs. O “tipo misto alternativo” é também chamado de plurinucleares, crime de ação múltipla ou de
conteúdo variado.
ESTABILIDADE E PERMANÊNCIA – Para que se configure o crime de organização crimino-
sa, é necessário que haja estabilidade e durabilidade. Desse modo, se não existirem esses elementos,
não há que se falar no crime de organização criminosa, podendo configurar outro crime, como a
associação criminosa (art. 288, CP).
SUJEITO ATIVO – Comum, pois não exige qualidade especial para a prática do crime.
SUJEITO PASSIVO – Coletividade; portanto é crime vago.
OBJETO JURÍDICO – O bem jurídico tutelado é a paz pública, segurança pública.
CONSUMAÇÃO – O crime se consuma com a prática dos núcleos do tipo conjugado, desde que
detectada a estabilidade e durabilidade, por meio da estrutura ordenada e divisão de tarefas. Além
disso, a prática dos núcleos do tipo devem estar interligados a conceito e elementos que definem or-
ganização criminosa.
TENTATIVA – Não admite tentativa, pois o delito é condicionado à existência de estabilidade e
durabilidade para se configurar. Portanto, enquanto não se vislumbrar tais elementos, cuida-se de
irrelevante penal ou pode configurar outro crime, como a associação criminosa (art. 288, CP).
ELEMENTO SUBJETIVO ESPECIAL – Dolo, vontade livre e consciente direcionado à pratica
criminosa. Além disso, é um dolo específico ou especial, pois deverá visar à obtenção de uma
vantagem.
FORMA CULPOSA – Não admite a forma culposa; somente a dolosa.
CRIME DE PERIGO ABSTRATO – ou seja, consuma-se independentemente da ocorrência de
efetivo prejuízo para a sociedade, e a probabilidade de vir a ocorrer algum dano é presumida pelo
tipo penal. Além disso, o objeto jurídico tutelado é a segurança pública e a paz social. Desta forma, é
dispensável a demonstração de que o bem jurídico foi exposto a situação de risco
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Sistema de acúmulo material – Foi adotado pela Lei o sistema de acúmulo material, de modo
que os criminosos responderão pelo crime de organização criminosa e pelos demais crimes pratica-
dos em concurso material.
AUMENTO DE PENA –
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de
arma de fogo.
AGRAVANTE –
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa,
ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
AUMENTO DE PENA –
§ 4 º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
I – se há participação de criança ou adolescente;
II – se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a
prática de infração penal;
III – se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV – se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V – se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
AUMENTO DE PENA E CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE –
AUMENTAM-SE A PENA PENA É AGRAVADA PENA É AUMENTADA DE 1/6 A 2/3
ATÉ A METADE (ART. 2º, §3º) (ART. 2º, §3º)
(ART. 2º, §2º)
se na atuação da organi- para quem exerce o I – se há participação de criança ou
zação criminosa houver comando, individual ou adolescente;
emprego de arma de fogo. coletivo, da organização II – se há concurso de funcionário
criminosa, ainda que não público, valendo-se a organização
pratique pessoalmente criminosa dessa condição para a
atos de execução. prática de infração penal;
III – se o produto ou proveito da
infração penal destinar-se, no todo
ou em parte, ao exterior;
IV – se a organização criminosa
mantém conexão com outras organi-
zações criminosas independentes;
V – se as circunstâncias do fato
evidenciarem a transnacionalidade
da organização.

ART. 2º, §3º – CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE –


TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO –
De acordo com essa teoria, desenvolvida por Claus Roxin, o Autor intelectual é aquele que não
pratica as condutas típicas do crime (ou seja, não executa o núcleo do tipo), no entanto detém o poder
de decisão sobre a realização do fato criminoso. Ou seja, o autor intelectual é quem comanda as
práticas criminosas sem executar as ações delituosas diretamente.
Desta forma, na organização criminosa, na qual há uma divisão de tarefas, hierarquia, estrutura
ordenada, há um autor intelectual que comanda, no entanto, seus subordinados executam as ativida-
des criminosas, cada qual com uma função específica
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o
juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração,
quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6 º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função,
emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8
(oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.
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§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de
Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para
acompanhar o feito até a sua conclusão.
Exercícios
01. A Lei de organização criminosa traz procedimentos investigatórios, no entanto não traz
condutas criminosas.
Certo ( ) Errado ( )
02. Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutu-
ralmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
de infrações penais cujas penas máximas sejam iguais ou superiores a 4 (quatro) anos, ou que
sejam de caráter transnacional.
Certo ( ) Errado ( )
03. Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmen-
te ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de
obter, direta ou indiretamente, vantagem patrimonial, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Certo ( ) Errado ( )
04. As penas aumentam-se de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços) se na atuação da organização cri-
minosa houver emprego de arma de fogo.
Certo ( ) Errado ( )
05. Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização crimino-
sa, poderá o delegado de polícia determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou
instrução processual.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - Errado
04 - Errado
05 - Errado

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