1. ANATOMIA DA CIRCULAÇÃO VENOSA DOS MEMBROS INFERIORES
1.1. TVP resulta da oclusão do fluxo venoso por coágulo sanguíneo, da circulação profunda; 1.1.1. Na maioria das vezes nos membros inferiores; 1.1.2. Maior incidência nas veias profundas da região do tornozelo; 1.1.3. Junto às válvulas; 1.1.4. Regiões de confluência de vasos; 1.1.5. Menos frequentemente no sistema ileofemoral (lesão direta do vaso), nos casos de cirurgias ortopédicas, introdução de cateteres e outros procedimentos invasivos. 1.2. A ativação do sistema de coagulação ocorre em zonas de menor fluxo: 1.2.1. Cúspides valvares ou confluências venosas. 1.3. Sistema venoso periférico: 1.3.1. Reservatório para o sangue excedente; 1.3.2. Condutor periférico que leva o sangue de volta para o coração e pulmões; 1.4. Veias periféricas: 1.4.1. Estruturas passivas; 1.4.2. Paredes finas; 1.4.3. Extremamente distensíveis; 1.4.4. A maioria supra-fasciais: podem acumular grande quantidade de sangue sem interferência na função venosa normal; 1.4.5. O sistema venoso superficial drena para as veias mais profundas. 1.5. Veias profundas: 1.5.1. Paredes espessas; 1.5.2. Menos distensíveis; 1.5.3. Subfasciais; 1.5.4. Rodeadas por tecidos densos de estrutura compacta; 1.5.5. Tornozelo: tibiais anteriores (região dorsal do pé), tibiais posteriores (região plantar) e peroneais (região lateral do pé); 1.5.6. Joelho: sinusóides venosos (plexo solhar) → veia poplítea (passa através do canal dos aductores, região posterior do joelho) →veia femoral; 1.5.7. Região proximal da coxa: veia femoral + veia femoral profunda (região lateral da coxa) →veia femoral comum (passa na virilha) →veia ilíaca externa + veia hipogástrica (na região da articulação sacro-ilíaca) = veia ilíaca comum; 1.5.8. Veia ilíaca comum esquerda: mais longa e mais oblíqua, passa atrás da artéria ilíaca comum direita;
1.5.9. Síndrome de May-Turner (associada a TVP): compressão, por parte da artéria
sobre a veia, com fibrose e proliferação da íntima; 1.5.10. A nível da 5ª artéria lombar: veia ilíaca comum esquerda + veia ilíaca comum direita = veia cava inferior. 2. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA 2.1. Tríade de Virchow para o desenvolvimento de TVP: Estase venosa, lesão endotelial e ativação do sistema de coagulação; 2.1.1. Estase por si só não causa TVP. 2.2. Fatores de risco gerais: 2.2.1. Idade (30-80a); 2.2.2. Imobilização superior a três dias; 2.2.3. Gravidez e pós-parto; 2.2.4. Grande cirurgia nas quatro semanas prévias; 2.2.5. Longas viagens (maior que 4 horas) nas quatro semanas prévias; 2.3. Fatores de risco associados a doença prévia: 2.3.1. Noplasia; 2.3.2. TVP prévia (fator de risco independente mais importante); 2.3.3. Acidente vascular cerebral; 2.3.4. Enfarte agudo do miocárdio; 2.3.5. Insuficiência cardíaca congestiva; 2.3.6. Sepses; 2.3.7. Síndrome nefrítica; 2.3.8. Colite ulcerosa. 2.4. Fatores de risco associados a traumatismo prévio: 2.4.1. Politraumatizados; 2.4.2. Lesão do sistema nervoso central ou medular; 2.4.3. Queimaduras; 2.4.4. Fratura em membros inferiores. 2.5. Fatores de risco associados a vasculites: 2.5.1. Síndrome de Behçet; 2.5.2. Homocistinúria; 2.5.3. Lúpus eritematoso sistêmico; 2.5.4. Síndrome do anticorpo lúpico. 2.6. Fatores de risco associados a doenças da coagulação: 2.6.1. Policitemia vera; 2.6.2. Trombocitose; 2.6.3. Alterações genéticas da coagulação/fibrinólise (deficiência de antitrombina III, deficiência de proteína C e/ou S [5-10%], mutação do gene da protrombina, alteração no fator V de Leiden [10-65%], alterações do ativador do plasminogênio). 2.7. Fatores de risco associados a medicamentos/drogas: 2.7.1. Toxicodependência; 2.7.2. Contraceptivos orais; 2.7.3. Estrogênios; 2.7.4. Trombocitopenia induzida pela heparina. 2.8. História prévia de TVP: 2.8.1. Fator de risco independente mais importante; 2.8.2. Aumento de 25% no risco; 2.8.3. Ocasionado pela presença de restos de coágulos antigos, detectados nos trombos agudos. 2.9. Idade: 2.9.1. 30 aos 80 anos; 2.9.2. Fator de risco independente que mais aumenta a possibilidade de TVP (30%). 2.10. Principais neoplasias associadas à TVP: mama, pulmão próstata, cerebrais e síndromes mieloproliferativas; 2.10.1. Fisiopatologia multifatorial; 2.10.2. Doença de base; 2.10.3. Imobilização prolongada; 2.10.4. Uso de cateteres; 2.10.5. Tratamento com agentes citostáticos; 2.10.6. Pode ser a primeira manifestação de uma neoplasia oculta. 2.11. Cirurgia: 2.11.1. A incidência depende do tipo de cirurgia realizada (ortopédica, ginecológica, oncológica) e do estado de saúde prévio do paciente; 2.12. Gravidez e puerpério: 2.12.1. Variações hormonais induzem a um estado de hipercoagulabilidade; 2.12.2. Aumento de fibrinogênio e de fator VIII; 2.12.3. Diminuição dos níveis de fibrinólise e das proteínas Ce S; 2.12.4. Esse mecanismo fisiológico visa diminuir o risco de grandes hemorragias durante o parto. 3. TROMBOFILIA 3.1. Predisposição aumentada para a ocorrência de fenômenos trombóticos; 3.2. Origem genética: substituição de aminoácidos nas cadeias proteicas, resultando em proteínas de estrutura anômalas; 3.3. Fatores não genéticos: 3.3.1. Insuficiência renal; 3.3.2. Tratamento com metrotrexato e com antagonistas do ácido fólico; 3.4. Fatores de suspeita para trombofilia: 3.4.1. TVP em idade inferior a 45 anos; 3.4.2. História família de TVP; 3.4.3. TVP em locais pouco habituais (artérias mesentéricas, cerebral e hepática); 3.4.4. TVP mesmo com correta terapia anticoagulante; 3.4.5. Púrpura fulminante do recém-nascido; 3.4.6. História de abortos de repetição; 3.5. Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo: 3.5.1. Estado trombofílico adquirido (arterial e/ou venoso); 3.5.2. Abortos de repetição; 3.5.3. Ac antifosfolipídeo circulante (anticoagulante lúpico ou anticardiolipina); 3.5.4. Trombocitopenia. 4. HITÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO 4.1. Sinais e sintomas correlacionam-se com o grau de obstrução ao retorno venoso e a inflamação do vaso; 4.2. Diagnóstico clínico pouco preciso e confiável: a maioria dos trombos não provoca obstrução significativa e inflamação mínima; 4.3. Edema: 4.3.1. Unilateral, geralmente; 4.3.2. Bilateral, se o trombo localizar-se na bifurcação ilíaca, vaias pélvicas ou veia cava; 4.4. Dor no membro atingido (50%): 4.4.1. Não há correlação com o tamanho, local ou extensão do coágulo. 4.5. Desconforto e dor à palpação: 4.5.1. Sinal de Hommans – dor na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé (pouco sensível e pouco específico); 4.6. Calor ou eritema cutâneo na área da trombose; 4.7. Sinais de tromboflebite (40%): 4.7.1. Cordão venoso, endurecido, quente e palpável; 4.7.2. Resultado de lesão do sistema superficial. 4.8. Phlegmasia cerúlea dolens: 4.8.1. Edema marcado, petequeias e cianose do membro; 4.8.2. Obstrução maciça do sistema venoso ileofemoral. 4.9. Phlegmasia alba dolens: 4.9.1. Obstrução maciça do sistema ileofemoral com vasoespasmo da artéria; 4.9.2. Palidez cutânea, petequeias, edema e ausência de pulsos distais. 5. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE WELLS Parâmetros Clínicos Pontuação Cancro ativo (com tratamento ativo, nos últimos seis meses ou em cuidados +1 paliativos) Paralisia ou imobilização recente das extremidades inferiores +1 Imobilização no leito (> 3 d) ou cirurgia nas últimas 4 semanas +1 Dor localizada ao longo da distribuição do sistema venoso profundo +1 Edema de todo o membro +1 Edema de tornozelo superior a 3cm em comparação com o membro +1 contralateral assintomático Edema com sinal de Godet (cacifo, 5 seg.) no membro sintomático +1 TVP prévia documentada +1 Presença de veias contralaterais visíveis (não varicosas) +1 Presença de diagnóstico alternativo plausível -2 Total Elevada probabilidade >3 Probabilidade moderada 1-2 Baixa probabilidade 0 6. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 6.1. Celulite; 6.2. Tendinite aquiliana; 6.3. Insuficiência arterial; 6.4. Atrite; 6.5. Edema periférico associado a insuficiência cardíaca congestiva, doença hepática, insuficiência renal ou síndrome nefrítica; 6.6. Hematoma; 6.7. Linfedema; 6.8. Lesão muscular ou dos tecidos moles; 6.9. Dor neuropática; 6.10. Rotura de quisto de Baker; 6.11. Veias varicosas; 6.12. Fratura de stress ou outras lesões ósseas. 7. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E IMAGIOLÓGICO 7.1. D-dímeros: produto da degradação de fibrina; 7.1.1. Elevados em todas as situações em que existe formação de coágulos; 7.1.2. Traumatismo, cirurgia recente, hemorragia, cancro, sepse, elevação crônica da proteína C (idosos doentes); 7.1.3. Deve ser utilizada para excluir TVP e não para sua confirmação; 7.1.4. Níveis permanecem elevados durante sete dias; 7.1.5. Doseamento negativo → baixa probabilidade → diagnóstico excluído; 7.1.6. Doseamento positivo → alta probabilidade → exame de imagem; 7.1.7. Doseamento por meio de ELISA; 7.1.8. TVP pequena da região gemelar (panturrilha): doseamento com menor sensibilidade, especificidade e valor preditivo negativo; 7.1.9. TVP dos setores proximais: doseamentos mais elevados; 7.1.10. Teste positivo > 500 ng/ml (> 70 anos = > 750 ng/ml). 7.2. Venografia de contraste: 7.2.1. Gold-standard; 7.2.2. Complicações/dificuldades do procedimento – reações alérgicas, TVP induzida pelo próprio contraste, dificuldades técnicas, variabilidade entre observadores e custo; 7.2.3. Maior especificidade na região infragenicular que a ultrassonografia. 7.3. Ultrassonografia venosa: 7.3.1. Estudo não invasivo; 7.3.2. Menor especificidade na região infragenicular que a venografia de contraste; 7.3.3. Permite o diagnóstico diferencial – hematoma, ruptura de quisto de Baker, abcesso; 7.4. Ressonância magnética nuclear: 7.4.1. Método de escolha nos casos de trombose da veia ilíaca ou da cava inferior; 7.4.2. 2º e 3º trimestres da gestação – maior precisão que a ultrassonografia, devido alterações provocadas pelo útero no fluxo venoso. 7.5. Suspeita de trombofilia: 7.5.1. Doentes jovens, recorrência episódica, trombose em locais pouco comuns; 7.5.2. Doseamento – Proteína C, proteína S, fator V de Leiden, homocisteína, antitrombina III, fator VIII, fator IX, anticoagulante lúpico e Ac anti-cardiolipina; 7.5.3. Rotina diagnóstica aplicável após 3-6 meses do episódio de TVP dada possibilidade de alteração dos resultados por reações da fase aguda; 7.5.4. Terapêutica com dicumarínicos – alteram os fatores de coagulação dependentes da vitamina K e as proteínas anticoagulantes supra referidas. 8. ALGORÍTIMO DIAGNÓSTICO 8.1. Calcular escala de Wells; 8.2. Risco baixo: 8.2.1. D-dímero → neg. → exclui TVP; 8.2.2. D-dímero → pos. → ultrassonografia → sugestiva → tratar; 8.2.3. D-dímero → pos. → ultrassonografia → excluir/reavaliar em 1 semana. 8.3. Risco moderado: 8.3.1. D-dímero → neg. → exclui TVP; 8.3.2. D-dímero → pos. → ultrassonografia → sugestiva → tratar; 8.3.3. D-dímero → pos. → ultrassonografia → reavaliar em 1 semana. 8.4. Risco elevado: 8.4.1. Ultrassonografia → pos. → tratar; 8.4.2. Ultrassonografia → neg. → excluir/reavaliação precoce; 8.4.3. D-dímero → pos. → venografia de contraste/vigilância clínica e imagem semanal; 8.4.4. Venografia sugestiva → tratar. 9. TRATAMENTO 9.1. Objetivos: 9.1.1. Prevenção do tromboembolismo pulmonar (principal complicação); 9.1.2. Diminuir a morbidade e a mortalidade; 9.1.3. Prevenção do desenvolvimento da síndrome pós-trombótica. 9.2. Síndrome pós-trombótica: 9.2.1. Sinais e sintomas que resultam da obstrução crônica do fluxo venoso e da lesão valvular; 9.2.2. Alterações da microcirculação a nível local; 9.2.3. Dor crônica, eritema, edema e úlceras cutâneas. 9.3. Tratamento inicial: 9.3.1. Heparina não fracionada, EV/Heparina não fracionada de baixo peso molecular (pelos menos 5 dias) → anticoagulantes orais (dicumarínicos) para prevenir a recorrência; 9.3.2. Primeiros dias do tratamento com dicumarínicos – uso concomitante de heparina + INR > 2 (risco de hipercoagulabilidade inicial induzida por varfarina); 9.3.3. Após 48 horas de INR mantido suspende-se a heparina, mantendo-se a varfarina. 9.4. Heparina não fracionada: 9.4.1. Atividade de união de um pentassacarídeo à antitrombina III = Inibição da trombina e do fator X ativado (Xa); 9.4.2. Forte afinidade por proteínas plasmáticas (fator de Von Willebrand, plaquetas, macrófagos, células endoteliais) dificulta seu manejo; 9.4.3. Uso induz ao internamento obrigatório; 9.4.4. Monitorização por doseamento do PTTa (Tempo de Tromboplastina Parcial ativado) ≥ 1,875 seg. (normal = 1,25 seg.); 9.4.5. Tratamento de escolha para os doentes com insuficiência renal crônica; 9.4.6. Complicações – hemorragias, trombocitopenia e osteoporose; 9.4.7. Trombocitopenia – entre o 5-10º dia, autoimunidade relacionada a IgG → trombose arterial ou venosa → amputação ou morte; 9.4.8. Trombocitopenia induz à suspensão imediata da terapia com heparina, substituindo-a por agentes heparinóides específicos (ex.: argatroban). 9.5. Heparinas de baixo peso molecular: 9.5.1. Administradas por via subcutânea; 9.5.2. Menor afinidade por proteínas plasmática facilitam seu manejo; 9.5.3. Doses ajustadas ao peso; 9.5.4. Não necessitam de controle laboratorial (intervalo terapêutico do valor anti Xa 4 horas após adm. HBPM, 12/12h: 0,6-1 UI/ml); 9.5.5. Maior biodisponibilidade, com meia-vida mais longa; 9.5.6. Eliminação por via renal exclusivamente; 9.5.7. Máximo efeito anti Xa em 3-4 horas da aplicação; 9.5.8. Efeito mediado por ligação à antitrombina III e inativação do fator Xa; 9.5.9. Adm. 12/12h, sobretudo em doentes com maior risco de recidiva ou hemorragias (idosos, grávidas, pacientes oncológicos ou com TVP recorrente); 9.5.10. Uso exclusivo para as gestantes; 9.5.11. Monitorização dos níveis de Ac anti fator Xa obrigatória nos pacientes com obesidade mórbida. 9.6. Terapêutica trombolítica: 9.6.1. Menor risco de recorrência; 9.6.2. Menor risco de síndrome pós-flebítico; 9.6.3. Indicações restritas (tipo e extensão do trombo); 9.6.4. Risco relativo de hemorragia aumentado; 9.6.5. Reservadas para situações agudas de trombose íleo-femoral. 9.7. Filtro de veia cava: 9.7.1. Indicado em situações de complicações graves hemorrágicas; 9.7.2. TVP ou TEP recorrentes. 9.8. Trombectomia (cirurgia): 9.8.1. Reservada para os casos graves de obstrução maciça íleo-femoral com comprometimento vascular (phlegmasia cerúlea dolens), quando a trombólise for contraindicada. 9.9. Meias de compressão elástica: 9.9.1. Uso diário por, no mínimo, dois anos; 9.9.2. Compressão mínima de 30-40 mmHg; 9.9.3. Recomendada a todos os doentes na data da alta. 9.10. Tratamento a longo prazo e prevenção de recidivas: 9.10.1. Manter tratamento anticoagulante (HBPM ou dicumarínicos); 9.10.2. Dose inicial – dicumarínicos, 5-10 mg/dia (ajustar conforme INR); 9.10.3. Pacientes idosos ou com alto risco hemorrágico, dose inicial - < 5 mg/dia; 9.10.4. Monitorização – INR diário → dias alternados → semanal, até que estabilize-se → mensal; 10. DURAÇÃO DO TRATAMENTO ANTICOAGULANTE 10.1. Primeiro episódio + fator de risco transitório: 10.1.1. 3 meses de anticoagulação; 10.1.2. Aplicável apenas aos casos de trombose venosa proximal e TVP confinada às veias da região da perna. 10.2. Primeiro episódio, idiopática: 10.2.1. 6-12 meses de anticoagulação. 10.3. Primeiro episódio + trombofilia: 10.3.1. 6-12 meses de anticoagulação; 10.3.2. Mínimo de 12 meses nos casos de dois ou mais fatores de trombofilia e Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo; 10.3.3. Sempre ponderar manutenção da terapêutica indefinidamente. 10.4. Episódios recorrentes: 10.4.1. Manutenção da terapêutica indefinidamente (HBPM/Dicumarínicos); 10.4.2. Pacientes oncológicos percebem maior benefício com o uso de HBPM. 10.5. Contraindicações para a anticoagulação: 10.5.1. AVC hemorrágico nos últimos 3 meses; 10.5.2. Grande cirurgia recente; 10.5.3. Traumatismo significativo recente; 10.5.4. Hemorragia ativa (contraindicação absoluta); 10.5.5. Predisposição a hemorragia; 10.5.6. Neoplasia intracraniana; 10.5.7. Gravidez. 10.6. Dicumarínicos: 10.6.1. Interações farmacológicas: evitar o elevado consumo de produtos agrícolas verdes. 11. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO 11.1. Suspeita de TEP concomitante; 11.2. Comorbidade cardiovascular ou pulmonar significativa; 11.3. TVP ileofemoral; 11.4. Contraindicação à anticoagulação; 11.5. Gravidez; 11.6. Obesidade mórbida; 11.7. Insuficiência renal (creatinina sérica > 2 mg/dL); 11.8. Impossibilidade de prestar cuidados no ambulatório; 11.9. Impossibilidade de seguimento das indicações clínicas; 11.10. Sem abrigo ou residentes em áreas geográficas afastadas dos serviços de saúde; 11.11. Paciente ou seus cuidadores recusarem o tratamento ambulatorial.