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DIREITO PENAL Ð 300 QUESTÍES COMENTADAS DA FGV
Curso de quest›es comentadas
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
AULA DEMONSTRATIVA
PARTE GERAL DO CP: PRINCêPIOS DO DIREITO PENAL.
CONCEITO E FONTES. DISPOSI‚ÍES CONSTITUCIONAIS
APLICçVEIS. FATO TêPICO. ILICITUDE.
SUMçRIO
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATƒGIA
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir na prepara•‹o de voc•s
nessa ‡rdua caminhada em busca da vaga no servi•o pœblico. Aqui n—s
vamos comentar exerc’cios sobre DIREITO PENAL, exclusivos da FGV. Ser‹o
300 quest›es de Direito Penal da FGV!
E a’, povo, preparados para a maratona?
Vai dar in’cio ˆ sua prepara•‹o ou vai deixar a concorr•ncia sair na
frente?
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de Janeiro,
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes,
porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de
TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e p—s-
graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos Pœblicos.
Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas pessoas me perguntam
como consegui sucesso nos concursos em t‹o pouco tempo. Simples: Foco +
For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡ f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente
secreto! Basta querer e correr atr‡s do seu sonho! Acreditem em mim, isso
funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro,
poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos concurseiros, como um dia eu
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fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas
por falar. O EstratŽgia Concursos possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o
em todos os concursos!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc• ainda
n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos Ž a melhor
escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador. Ës vezes Ž dif’cil
escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo, alguns colegas de
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:
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ATEN‚ÌO! Este curso ser‡ ministrado apenas em formato PDF. N‹o possui
videoaulas!
E-mail: profrenanaraujo@gmail.com
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1! EXERCêCIOS DA AULA
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d) n‹o pode ser adotado, por n‹o ser previsto em nosso ordenamento jur’dico;
e) funciona como causa legal de exclus‹o da culpabilidade.
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disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e a nulidade da pris‹o ou do
ato processual a que se refere, sem preju’zo da responsabilidade civil do estado.
III. Milita em favor do indiv’duo o benef’cio da dœvida no momento da prola•‹o
da senten•a criminal: in dubio pro rŽu.
IV. A presun•‹o de inoc•ncia Ž incompat’vel com as pris›es cautelares antes de
transitada em julgado a senten•a penal condenat—ria.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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(B) Todos aqueles que praticaram o crime durante a vig•ncia da lei tempor‡ria
poder‹o ser processados, mesmo depois de expirado seu prazo de vig•ncia.
(C) Cessada a vig•ncia da lei tempor‡ria, consideram-se prescritos os crimes
praticados durante sua vig•ncia.
(D) O princ’pio da ultra atividade da lei penal permite que todos aqueles que
pratiquem o crime no intervalo de tr•s anos a partir do fim do prazo de vig•ncia
da lei tempor‡ria sejam processados criminalmente.
(E) Terminado o prazo de vig•ncia da lei tempor‡ria, ocorrer‡ a abolitio criminis,
libertando-se os que estiverem presos em raz‹o da pr‡tica do crime previsto
nessa lei.
10.! (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)
A respeito do tema da retroatividade da lei penal, assinale a afirmativa correta.
(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente n‹o se aplica
aos fatos praticados durante a vig•ncia de uma lei tempor‡ria.
(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-se aos
fatos anteriores, com exce•‹o daqueles que j‡ tiverem sido objeto de senten•a
condenat—ria transitada em julgado.
(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos praticados
anteriormente ˆ sua vig•ncia, desde que trate de crimes hediondos, tortura ou
tr‡fico de drogas, como expressamente ressalvado na Constitui•‹o.
(D) Quando um fato Ž praticado na vig•ncia de uma determinada lei e ocorre
uma mudan•a que gera uma situa•‹o mais gravosa para o agente, ocorrer‡ a
ultratividade da lei penal mais favor‡vel, salvo se houver a edi•‹o de uma outra
lei ainda mais gravosa, situa•‹o em que prevalecer‡ a lei intermedi‡ria.
(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente n‹o se aplica
aos fatos praticados anteriormente, salvo se houver previs‹o expressa na pr—pria
lei nova.
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para definir o lugar; (D) n‹o poder‡ ser responsabilizada criminalmente, j‡ que
o C—digo Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e
apenas a Teoria do Resultado para definir o lugar;
(E) poder‡ ser responsabilizada criminalmente, j‡ que o C—digo Penal adota a
Teoria do Resultado para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade
para definir o lugar.
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Diante desse quadro, Ž correto afirmar que Paulo:
A) n‹o poder‡ ser julgado de acordo com a lei penal brasileira por j‡ ter sido
absolvido no estrangeiro;
B) somente poder‡ ser julgado de acordo com a legisla•‹o penal brasileira se
entrar no territ—rio nacional;
C) n‹o poder‡ ter contra si aplicada a lei penal brasileira porque o fato n‹o
ocorreu no territ—rio nacional;
D) poder‡, por for•a do princ’pio da defesa real ou prote•‹o, ser julgado de
acordo com a lei penal brasileira;
E) poder‡, com fundamento no princ’pio da representa•‹o, ser julgado de
acordo com a lei penal brasileira.
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em 8 de janeiro de 2016, como incurso nas sanç›es do Art. 163, par‡grafo œnico,
inciso III, do C—digo Penal.
Considerando a hip—tese narrada, no momento do julgamento, em março de
2016, dever‡ ser considerada, em caso de condenaç‹o, a pena de
A) 6 meses a 3 anos de detenç‹o, pois a Constituiç‹o prevê o princ’pio da
retroatividade da lei penal mais benŽfica ao rŽu.
B) 2 a 5 anos de detenç‹o, pois a lei tempor‡ria tem ultratividade gravosa.
C) 6 meses a 3 anos de detenç‹o, pois aplica-se o princ’pio do tempus regit actum
(tempo rege o ato).
D) 2 a 5 anos de detenç‹o, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa.
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a) inimput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Atividade para definir o
tempo do crime, enquanto que o lugar do crime Ž definido pela Teoria da
Ubiquidade;
b) inimput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Atividade para definir o
tempo do crime, enquanto que o lugar Ž definido pela Teoria do Resultado;
c) imput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria do Resultado para definir tanto
o tempo quanto o lugar do crime;
d) imput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o
momento do crime, enquanto que a Teoria da Atividade determina o lugar;
e) inimput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Atividade para definir tanto
o tempo quanto o local do crime.
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D) N‹o Ž aplic‡vel a lei penal brasileira, pois como o agente Ž estrangeiro e a
conduta foi praticada em territ—rio tambŽm estrangeiro, as exig•ncias relativas ˆ
extraterritorialidade condicionada n‹o foram satisfeitas.
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John, cidad‹o ingl•s, capit‹o de uma embarca•‹o particular de bandeira
americana, Ž assassinado por JosŽ, cidad‹o brasileiro, dentro do aludido barco,
que se encontrava atracado no Porto de Santos, no Estado de S‹o Paulo.
Nesse contexto, Ž correto afirmar que a lei brasileira
a) n‹o Ž aplic‡vel, uma vez que a embarca•‹o Ž americana, devendo JosŽ ser
processado de acordo com a lei estadunidense.
b) Ž aplic‡vel, uma vez que a embarca•‹o estrangeira de propriedade privada
estava atracada em territ—rio nacional.
c) Ž aplic‡vel, uma vez que o crime, apesar de haver sido cometido em territ—rio
estrangeiro, foi praticado por brasileiro.
d) n‹o Ž aplic‡vel, uma vez que, de acordo com a Conven•‹o de Viena,
Ž compet•ncia do Tribunal Penal Internacional processar e julgar os crimes
praticados em embarca•‹o estrangeira atracada em territ—rio de pa’s diverso.
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c) as embarca•›es e aeronaves brasileiras, de natureza pœblica, onde quer que
se encontrem.
d) aeronaves ou embarca•›es estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no territ—rio nacional ou em v™o no espa•o aŽreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
e) as embarca•›es e aeronaves brasileiras, a servi•o do governo brasileiro, onde
quer que se encontrem.
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a) Lei penal extrativa Ž aquela que produz efeitos fora de seu per’odo de vig•ncia,
podendo ser ultrativa ou retroativa.
b) A abolitio criminis Ž causa de extin•‹o da punibilidade
c) A novativo legis in mellius Ž retroativa, salvo quando j‡ houve o tr‰nsito em
julgado da decis‹o condenat—ria respectiva.
d) Em se tratado de crime permanente, aplica-se a lei vigente no momento em
que cessou a perman•ncia, ainda que se trate de lei penal mais gravosa.
e) No caso de abolitio criminis, cessam os efeitos penais do fato praticado,
persistindo os civis.
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31.! (FGV Ð 2017 Ð OAB Ð XXII EXAME DE ORDEM)
Acreditando estar gr‡vida, P‰mela, 18 anos, desesperada porque ainda morava
com os pais e eles sequer a deixavam namorar, utilizando um instrumento
pr—prio, procura eliminar o feto sozinha no banheiro de sua casa, vindo a sofrer,
em raz‹o de tal comportamento, les‹o corporal de natureza grave.
Encaminhada ao hospital para atendimento mŽdico, fica constatado que, na
verdade, ela n‹o se achava e nunca esteve gr‡vida. O Hospital, todavia, Ž
obrigado a noticiar o fato ˆ autoridade policial, tendo em vista que a jovem de 18
anos chegou ao local em situa•‹o suspeita, lesionada.
Diante disso, foi instaurado procedimento administrativo investigat—rio pr—prio e,
com o recebimento dos autos, o MinistŽrio Pœblico ofereceu denœncia em face de
P‰mela pela pr‡tica do crime de Òaborto provocado pela gestanteÓ, qualificado
pelo resultado de les‹o corporal grave, nos termos dos Art. 124 c/c o Art. 127,
ambos do C—digo Penal.
Diante da situa•‹o narrada, assinale a op•‹o que apresenta a alega•‹o do
advogado de P‰mela.
A) A atipicidade de sua conduta.
B) O afastamento da qualificadora, tendo em vista que esta somente pode ser
aplicada aos crimes de aborto provocado por terceiro, com ou sem consentimento
da gestante, mas n‹o para o delito de autoaborto de P‰mela.
C) A desclassificaç‹o para o crime de les‹o corporal grave, afastando a
condena•‹o pelo aborto.
D) O reconhecimento da tentativa do crime de aborto qualificado pelo resultado.
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incorreç‹o de seus atos e optou por n‹o mais continuar golpeando Valentim,
apesar de saber que aquela œnica facada n‹o seria suficiente para mat‡-lo.
Neste caso, Theodoro
A) n‹o responder‡ por crime algum, diante de seu arrependimento.
B) responder‡ pelo crime de les‹o corporal, em virtude de sua desistência
volunt‡ria.
C) responder‡ pelo crime de les‹o corporal, em virtude de seu arrependimento
eficaz.
D) responder‡ por tentativa de homic’dio.
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a) estado de necessidade.
b) estrito cumprimento de dever legal.
c) erro inevit‡vel sobre a ilicitude do fato.
d) exerc’cio regular de direito.
e) leg’tima defesa.
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b) estado de necessidade, leg’tima defesa, coa•‹o moral resist’vel e obedi•ncia
hier‡rquica de ordem n‹o manifestamente ilegal.
c) estado de necessidade, leg’tima defesa, coa•‹o moral irresist’vel e obedi•ncia
hier‡rquica de ordem n‹o manifestamente ilegal.
d) coa•‹o f’sica irresist’vel, obedi•ncia hier‡rquica de ordem n‹o manifestamente
ilegal, estado de necessidade, leg’tima defesa, exerc’cio regular do direito, estrito
cumprimento do dever legal e embriaguez volunt‡ria.
e) estado de necessidade, leg’tima defesa, exerc’cio regular do direito e estrito
cumprimento do dever legal.
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d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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B) JosŽ praticou les‹o corporal dolosa.
C) O resultado n‹o pode ser imputado a JosŽ, ainda que entre a les‹o e sua
conduta exista nexo de causalidade.
D) O resultado pode ser imputado a JosŽ, que agiu com excesso e sem a
observ‰ncia de devido cuidado.
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a) a rela•‹o de contrariedade formal entre uma conduta t’pica e o ordenamento
jur’dico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consci•ncia da
ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa;
b) a rela•‹o de contrariedade formal e material entre uma conduta t’pica e o
ordenamento jur’dico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial
consci•ncia da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa;
c) a adequa•‹o formal e material entre uma conduta dolosa e/ou culposa frente
a uma norma legal incriminadora, pressupondo-se ainda a sua prŽvia
antijuridicidade;
d) o ju’zo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada pessoa que
pratica um fato t’pico e antijur’dico, tendo como requisitos a imputabilidade, a
potencial consci•ncia da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa;
e) o ju’zo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada pessoa que
pratica um fato t’pico e il’cito, tendo como requisitos a imputabilidade, a
consci•ncia plena da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa.
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a) responder‡ por estupro tentado, em virtude da ocorr•ncia de tentativa
imperfeita;
b) n‹o responder‡ por estupro, em virtude da desist•ncia volunt‡ria;
c) n‹o responder‡ por estupro, em virtude de arrependimento eficaz;
d) n‹o responder‡ por estupro, em virtude de arrependimento posterior;
e) responder‡ por estupro consumado, pois atualmente a lei n‹o exige a pr‡tica
de conjun•‹o carnal para a configura•‹o desse delito.
2! EXERCêCIOS COMENTADOS
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e) extin•‹o da punibilidade.
COMENTçRIOS: Como foi aplicado o princ’pio da insignific‰ncia, houve
absolvi•‹o por atipicidade da conduta, j‡ que o princ’pio da insignific‰ncia afasta
a tipicidade material da conduta, por aus•ncia de ofensa significativa ao bem
jur’dico protegido pela norma.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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pela norma penal. Assim, o princ’pio da insignific‰ncia afasta a tipicidade
(material) da conduta.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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tipos penais, n‹o podendo haver a cria•‹o de tipo penal por meio de decretos,
medidas provis—rias, etc.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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somente prova cabal dessa autoria Ž que pode ilidir a presun•‹o de n‹o-
culpabilidade do rŽu.
IV. A presun•‹o de inoc•ncia Ž incompat’vel com as pris›es cautelares
antes de transitada em julgado a senten•a penal condenat—ria.
ERRADA: Conforme passado durante a aula, a exist•ncia de pris›es de natureza
cautelar n‹o ofende, de maneira nenhuma, o princ’pio da presun•‹o de inoc•ncia,
por n‹o se basearem em uma suposta culpa do acusado, mas na necessidade de
mant•-lo custodiado em raz‹o da possibilidade de restar frustrada a instru•‹o
processual, a aplica•‹o da lei penal, etc.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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10.! (FGV-2008-TCM-PROCURADOR)
A respeito do tema da retroatividade da lei penal, assinale a afirmativa
correta.
(A) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente n‹o
se aplica aos fatos praticados durante a vig•ncia de uma lei tempor‡ria.
(B) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente
aplica-se aos fatos anteriores, com exce•‹o daqueles que j‡ tiverem sido
objeto de senten•a condenat—ria transitada em julgado.
(C) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos
praticados anteriormente ˆ sua vig•ncia, desde que trate de crimes
hediondos, tortura ou tr‡fico de drogas, como expressamente ressalvado
na Constitui•‹o.
(D) Quando um fato Ž praticado na vig•ncia de uma determinada lei e
ocorre uma mudan•a que gera uma situa•‹o mais gravosa para o agente,
ocorrer‡ a ultratividade da lei penal mais favor‡vel, salvo se houver a
edi•‹o de uma outra lei ainda mais gravosa, situa•‹o em que prevalecer‡
a lei intermedi‡ria.
(E) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente n‹o
se aplica aos fatos praticados anteriormente, salvo se houver previs‹o
expressa na pr—pria lei nova.
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COMENTçRIOS: Conforme estudamos, o princ’pio da anterioridade determina
que a lei incriminadora deva ser, necessariamente, anterior ao crime. AlŽm disso,
a lei penal que agrava a situa•‹o do rŽu, de qualquer forma, tambŽm deve ser
anterior ao crime. Disto resulta o princ’pio da irretroatividade da lei penal,
previsto no art. 5¡, XL da Constitui•‹o Federal.
Essa regra s— Ž excepcionada pela possibilidade de retroatividade da lei penal
caso esta seja mais benŽfica ao rŽu, seja porque n‹o mais considera o fato como
crime, seja porque prev• consequ•ncias menos gravosas para estes fatos. Os
crimes hediondos (principalmente, ali‡s) tambŽm devem respeitar o princ’pio da
anterioridade da lei penal.
No entanto, a lei penal nova mais benŽfica n‹o retroage para alcan•ar fatos
praticados quando da vig•ncia de uma lei tempor‡ria, pois esta continua a
produzir efeitos mesmo ap—s sua revoga•‹o, pois, por sua pr—pria natureza, a
sua revoga•‹o n‹o Ž sin™nimo de altera•‹o do pensamento do legislador acerca
da necessidade de se criminalizar ou n‹o a conduta, mas decorr•ncia natural da
cessa•‹o de uma determinada situa•‹o tempor‡ria, nos termos do art. 3¡ do CP.
Assim, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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para definir o momento do crime, nos termos do art. 4¼ do CP, JŽssica Ž
considerada inimput‡vel, pois a conduta se deu quando ainda era menor de 18
anos. Importante frisar que em rela•‹o ao LUGAR do crime o CP adotou a Teoria
da Ubiquidade (considera-se praticado o crime tanto no lugar da conduta quanto
no lugar em ocorreu ou deveria ocorrer o resultado), art. 6¼ do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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e) ERRADA: Item errado, pois o STJ adota a teoria da pondera•‹o unit‡ria ou
global, ou seja, n‹o Ž cab’vel a combina•‹o de leis penais. No caso de existirem
duas ou mais leis, que ao mesmo tempo trazem benef’cios e preju’zo ao rŽu,
dever‡ ser aplicada aquela que, em sua integralidade, seja mais benŽfica.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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C) n‹o poder‡ ter contra si aplicada a lei penal brasileira porque o fato
n‹o ocorreu no territ—rio nacional;
D) poder‡, por for•a do princ’pio da defesa real ou prote•‹o, ser julgado
de acordo com a lei penal brasileira;
E) poder‡, com fundamento no princ’pio da representa•‹o, ser julgado
de acordo com a lei penal brasileira.
COMENTçRIOS: Neste caso, temos um crime praticado no estrangeiro, contra
a administra•‹o pœblica brasileira, por quem est‡ a seu servi•o. Trata-se de
aplica•‹o do princ’pio da defesa ou prote•‹o. Temos, portanto, uma hip—tese de
extraterritorialidade incondicionada, prevista no art. 7¼, I do CP:
Art. 7¼ - Ficam sujeitos ˆ lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Reda•‹o dada
pela Lei n¼ 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
(...)
c) contra a administra•‹o pœblica, por quem est‡ a seu servi•o; (Inclu’do pela Lei n¼ 7.209,
de 1984)
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(D) 03 a 15 anos, diante da natureza de lei excepcional da norma que
vigia na data dos fatos;
(E) 02 a 12 anos, aplicando-se, por analogia, a lei penal mais favor‡vel
ao rŽu.
COMENTçRIOS: Neste caso, deve ser aplicada a lei vigente no momento da
pr‡tica do delito, eis que se tratava de lei tempor‡ria, de maneira que a expira•‹o
do prazo de validade da lei tempor‡ria n‹o traz reflexos penais benŽficos ao
agente, na forma do art. 3¼ do CP. O fato de a pena relativa ao delito ter voltado
a ser mais branda n‹o aproveita ao agente, caso contr‡rio, todos os que
praticaram o crime no referido per’odo deveriam ser processados, condenados e
deveriam cumprir a pena dentro do per’odo de validade da lei, o que Ž um
absurdo. N‹o h‡, portanto, aplica•‹o da "lei nova mais benŽfica".
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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Em uma embarca•‹o pœblica estrangeira, em mar localizado no territ—rio
do Uruguai, o presidente do Brasil sofre um atentado contra sua vida pela
conduta de Jo‹o, argentino residente no Brasil, que conseguiu se infiltrar
no navio passando-se por funcion‡rio da cozinha, j‡ planejando o
cometimento do delito. O presidente do Brasil, porŽm, Ž socorrido e se
recupera, enquanto Jo‹o Ž identificado e preso na Bahia, um m•s ap—s
os fatos.
Considerando a situa•‹o narrada, sobre a aplica•‹o da lei penal no
espa•o, Ž correto afirmar que a Jo‹o
a) n‹o pode ser aplicada a lei brasileira, j‡ que o crime foi cometido no
estrangeiro.
b) poder‡ ser aplicada a lei brasileira, com base no princ’pio da
territorialidade.
c) poder‡ ser aplicada a lei brasileira, ainda que o autor do crime tenha
sido absolvido ou condenado no estrangeiro.
d) poder‡ ser aplicada a lei brasileira, desde que o autor do crime n‹o
seja julgado no estrangeiro.
e) n‹o poder‡ ser aplicada a lei brasileira, j‡ que o autor do crime Ž
estrangeiro.
COMENTçRIOS: Neste caso, ser‡ aplic‡vel a lei penal brasileira, por for•a do
art. 7¼, I, ÒaÓ do CP, que traz uma hip—tese de extraterritorialidade
incondicionada, pelo princ’pio da defesa ou prote•‹o.
Neste caso, por se tratar de extraterritorialidade INCONDICIONADA, o agente
poder‡ ser punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no
estrangeiro, na forma do art. 7¼, ¤1¼ do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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b) inimput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Atividade para
definir o tempo do crime, enquanto que o lugar Ž definido pela Teoria do
Resultado;
c) imput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria do Resultado para
definir tanto o tempo quanto o lugar do crime;
d) imput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Ubiquidade para
definir o momento do crime, enquanto que a Teoria da Atividade
determina o lugar;
e) inimput‡vel, pois o C—digo Penal adota a Teoria da Atividade para
definir tanto o tempo quanto o local do crime.
COMENTçRIOS: O CP brasileiro adotou, para o lugar do crime, a teoria da
ubiquidade (art. 6¼ do CP), e para o tempo do crime a teoria da atividade (art.
4¼ do CP). No caso da quest‹o, era necess‡rio saber que a teoria da atividade,
adotada para o tempo do crime, prega que considera-se praticado o crime no
momento da CONDUTA (da a•‹o ou omiss‹o), ainda que outro seja o momento
do resultado.
Dito isto, podemos afirmar que o crime foi praticado no dia 25.02.2014, data da
conduta praticada. Neste momento, portanto, Felipe ainda era considerado
INIMPUTçVEL, pois n‹o tinha 18 anos. Felipe, portanto, deve ser considerado
inimput‡vel pois tinha menos de 18 anos quando a conduta foi praticada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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Art. 7¼ - Ficam sujeitos ˆ lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Reda•‹o
dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984)
I - os crimes: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
(...)
c) contra a administra•‹o pœblica, por quem est‡ a seu servi•o; (Inclu’do pela Lei n¼
7.209, de 1984)
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a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repœblica; (Inclu’do pela Lei n¼ 7.209,
de 1984)
Nesse caso, a lei penal brasileira Ž aplic‡vel AINDA que o agente tenha sido
absolvido ou condenado no exterior. Vejamos:
Art. 7¼ (...)
¤ 1¼ - Nos casos do inciso I, o agente Ž punido segundo a lei brasileira, ainda que
absolvido ou condenado no estrangeiro.(Inclu’do pela Lei n¼ 7.209, de 1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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I. O tempo do crime, de acordo com o C—digo Penal, Ž definido pelo
momento em que o resultado ocorre. Tanto Ž assim, que a compet•ncia
territorial do magistrado leva em considera•‹o esse mesmo critŽrio.
II. A Teoria da Atividade foi utilizada pelo C—digo Penal para definir
o local do crime, tendo em vista que se considera local do crime apenas
aquele em que ocorreu a a•‹o ou omiss‹o.
III. Para efeitos penais, consideram-se como extens‹o do territ—rio
nacional as embarca•›es e aeronaves brasileiras de natureza pœblica ou
a servi•o do governo brasileiro onde quer que se encontrem.
Assinale:
a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente a afirmativa II estiver correta.
e) se somente a afirmativa III estiver correta.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: O tempo do crime se define pelo momento da conduta, ou seja,
teoria da atividade, nos termos do art. 4¼ do CP.
II Ð ERRADA: A teoria que define o local do crime Ž a teoria da UBIQUIDADE, nos
termos do art. 6¼ do CP.
III Ð CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 5¼, ¤1¼ do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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COMENTçRIOS: No caso, a lei brasileira Ž aplic‡vel, por se tratar de crime
praticado em embarca•‹o atracada em porto brasileiro. Vejamos:
Territorialidade
Art. 5¼ - Aplica-se a lei brasileira, sem preju’zo de conven•›es, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no territ—rio nacional. (Reda•‹o dada pela Lei
n¼ 7.209, de 1984)
(...)
¤ 2¼ - ƒ tambŽm aplic‡vel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves
ou embarca•›es estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso
no territ—rio nacional ou em v™o no espa•o aŽreo correspondente, e estas em porto
ou mar territorial do Brasil.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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Assinale a alternativa que apresente local que n‹o Ž considerado como
extens‹o do territ—rio nacional para os efeitos penais.
a) aeronaves ou embarca•›es brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em territ—rio estrangeiro, desde que o crime figure entre
aqueles que, por tratado ou conven•‹o, o Brasil se obrigou a reprimir.
b) as aeronaves e as embarca•›es brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espa•o aŽreo
correspondente ou em alto-mar.
c) as embarca•›es e aeronaves brasileiras, de natureza pœblica, onde
quer que se encontrem.
d) aeronaves ou embarca•›es estrangeiras de propriedade privada,
achando-se aquelas em pouso no territ—rio nacional ou em v™o no espa•o
aŽreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
e) as embarca•›es e aeronaves brasileiras, a servi•o do governo
brasileiro, onde quer que se encontrem.
COMENTçRIOS: O territ—rio nacional, real e por extens‹o, est‡ previsto no art.
5¼ do CP:
Territorialidade
Art. 5¼ - Aplica-se a lei brasileira, sem preju’zo de conven•›es, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no territ—rio nacional. (Reda•‹o dada pela Lei
n¼ 7.209, de 1984)
¤ 1¼ - Para os efeitos penais, consideram-se como extens‹o do territ—rio nacional as
embarca•›es e aeronaves brasileiras, de natureza pœblica ou a servi•o do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarca•›es
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espa•o aŽreo correspondente ou em alto-mar. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
1984)
¤ 2¼ - ƒ tambŽm aplic‡vel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves
ou embarca•›es estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso
no territ—rio nacional ou em v™o no espa•o aŽreo correspondente, e estas em porto
ou mar territorial do Brasil.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 1984)
Vemos, assim, que as aeronaves ou embarca•›es brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em territ—rio estrangeiro, n‹o s‹o consideradas
territ—rio brasileiro por extens‹o. A depender do crime, pode ser que seja aplicada
a lei brasileira, mas isso n‹o se dar‡ pelo princ’pio da territorialidade, e sim pelo
princ’pio da BANDEIRA.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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b) A lei penal posterior que de qualquer forma favorecer o agente aplica-
se aos fatos anteriores, com exce•‹o daqueles que j‡ tiverem sido objeto
de senten•a condenat—ria transitada em julgado.
c) A lei penal mais gravosa pode retroagir, aplicando-se a fatos
praticados anteriormente ˆ sua vig•ncia, desde que trate de crimes
hediondos, tortura ou tr‡fico de drogas, como expressamente ressalvado
na Constitui•‹o.
d) Quando um fato Ž praticado na vig•ncia de uma determinada lei e
ocorre uma mudan•a que gera uma situa•‹o mais gravosa para o agente,
ocorrer‡ a ultratividade da lei penal mais favor‡vel, salvo se houver a
edi•‹o de uma outra lei ainda mais gravosa, situa•‹o em que prevalecer‡
a lei intermedi‡ria.
e) A lei penal posterior que de qualquer forma prejudicar o agente n‹o
se aplica aos fatos praticados anteriormente, salvo se houver previs‹o
expressa na pr—pria lei nova.
COMENTçRIOS: A Lei penal, em regra, n‹o retroage, ou seja, n‹o pode ser
aplicada a fatos praticados antes de sua vig•ncia.
Contudo, se a lei penal for mais favor‡vel ao agente, ela poder‡ retroagir, ou
seja, ser aplicada a fatos praticados antes de sua entrada em vigor.
Contudo, se os fatos foram praticados durante a vig•ncia de lei tempor‡ria, a
simples expira•‹o do prazo desta lei n‹o faz com que a nova regulamenta•‹o
penal (mais benŽfica, por natureza) seja aplic‡vel, pois temos aqui uma espŽcie
de lei penal excepcional.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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e) Para fins de Direito Penal, o conceito de territ—rio n‹o se restringe ˆ
‡rea limitada pelas fronteiras brasileiras.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A lei penal brasileira adota o princ’pio da territorialidade MITIGADA
ou temperada (pois admite exce•›es0, conforme entendimento doutrin‡rio.
B) CORRETA: Correta, trata-se de extens‹o do territ—rio nacional, nos termos do
art. 5¼, ¤1¼ do CP.
C) CORRETA: As embaixadas s‹o consideradas territ—rio do pa’s em que estejam
localizadas. As embaixadas de outros pa’ses que estejam sediadas no Brasil s‹o
consideradas como territ—rio BRASILEIRO. O que ocorre Ž que alguns delitos
praticados nestes locais podem n‹o estar sujeitos ˆ aplica•‹o da lei brasileira, em
raz‹o de tratados internacionais, como ocorre em rela•‹o aos crimes praticados
por agentes diplom‡ticos.
D) CORRETA: Item correto, conforme vimos na aula, segundo entendimento
doutrin‡rio.
E) CORRETA: Item correto, pois o territ—rio abrange ainda o mar territorial, o
espa•o aŽreo e o subsolo, alŽm do territ—rio por equipara•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA A.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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da jovem estava em risco e n‹o havendo outra forma de proteg•-la, pega
um outro peda•o de pau que estava no ch‹o e desfere golpe no
inimput‡vel, causando les‹o corporal de natureza grave.
Com base apenas nas informa•›es narradas, Ž correto afirmar que, de
acordo com a doutrina majorit‡ria, a conduta do Oficial de Justi•a:
a) n‹o configura crime, em raz‹o da atipicidade;
b) n‹o configura crime, em raz‹o do estado de necessidade;
c) configura crime, mas o resultado somente poder‡ ser imputado a t’tulo
de culpa, em raz‹o do estado de necessidade;
d) n‹o configura crime, em raz‹o da leg’tima defesa;
e) configura crime, tendo em vista que n‹o havia direito pr—prio do
Oficial de Justi•a em risco para ser protegido.
COMENTçRIOS: Neste caso, a conduta do agente n‹o configura crime, pois est‡
amparada pelo instituto da leg’tima defesa, j‡ que ele agiu para repelir injusta
agress‹o que estava ocorrendo contra a jovem, na forma do art. 25 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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d) ERRADA: Item errado, pois, como regra, o crime culposo n‹o admite forma
tentada, j‡ que para que haja tentativa o agente deve querer o resultado, mas
n‹o o alcan•a por circunst‰ncias alheias ˆ sua vontade. No crime culposo o agente
n‹o quer o resultado. A œnica hip—tese de crime culposo na forma tentada fica
por conta da chamada Òculpa impr—priaÓ, como ocorre, por exemplo, no caso do
art. 20, ¤1¼ do CP (descriminante putativa por erro evit‡vel), em que o agente
pratica uma conduta dolosa, mas, por quest‹o de pol’tica criminal, responde a
t’tulo de culpa.
e) ERRADA: Item errado, pois isso ocorre no dolo eventual. Na culpa consciente
o agente prev• a possibilidade de ocorr•ncia do resultado mas acredita que, com
suas habilidades, conseguir‡ evita-lo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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35.! (FGV - 2016 - OAB - XIX EXAME DE ORDEM)
Durante uma discuss‹o, Theodoro, inimigo declarado de Valentim, seu
cunhado, golpeou a barriga de seu rival com uma faca, com intenç‹o de
mat‡-lo. Ocorre que, ap—s o primeiro golpe, pensando em seus
sobrinhos, Theodoro percebeu a incorreç‹o de seus atos e optou por n‹o
mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela œnica
facada n‹o seria suficiente para mat‡-lo.
Neste caso, Theodoro
A) n‹o responder‡ por crime algum, diante de seu arrependimento.
B) responder‡ pelo crime de les‹o corporal, em virtude de sua
desistência volunt‡ria.
C) responder‡ pelo crime de les‹o corporal, em virtude de seu
arrependimento eficaz.
D) responder‡ por tentativa de homic’dio.
COMENTçRIOS: Neste caso ocorreu o que se chama de Òdesist•ncia volunt‡riaÓ,
pois o agente, mesmo podendo prosseguir na execu•‹o do delito,
voluntariamente desiste de dar continuidade. Neste caso, nos termos do art. 15
do CP, o agente responde apenas pelos atos atŽ ent‹o praticados, ou seja, pelos
resultados atŽ ent‹o efetivamente obtidos, que s‹o as les›es corporais
provocadas na v’tima, desprezando-se o dolo inicial (que era de matar).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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adotou a teoria objetiva da punibilidade do crime imposs’vel, prevendo a aus•ncia
de puni•‹o, j‡ que o resultado Ž imposs’vel, nos termos do art. 17 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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Coa•‹o irresist’vel e obedi•ncia hier‡rquica (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Assim, a alternativa que traz uma causa de exclus‹o da culpabilidade Ž a letra C,
que trata do erro de proibi•‹o inevit‡vel.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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acometido por um conflito moral, arrepende-se e, antes do recebimento
da denœncia, por ato volunt‡rio, restitui os valores indevidamente
apropriados e repara totalmente os danos decorrentes de sua conduta.
De acordo com o C—digo Penal, a hip—tese ser‡ de:
a) causa de inadequa•‹o t’pica pelo arrependimento eficaz.
b) desist•ncia volunt‡ria com exclus‹o da tipicidade.
c) arrependimento posterior que extingue a punibilidade.
d) circunst‰ncia atenuante genŽrica pela repara•‹o eficaz do dano.
e) causa de diminui•‹o de pena pelo arrependimento posterior.
COMENTçRIOS: O funcion‡rio, aqui, praticou o delito de peculato (art. 312 do
CP). Como se trata de peculato doloso, a repara•‹o do dano n‹o gera a extin•‹o
da punibilidade (isso s— ocorre no peculato culposo, nos termos dos ¤¤2¼ e 3¼ do
CP).
Contudo, tal repara•‹o do dano se evidencia como ARREPENDIMENTO
POSTERIOR, nos termos do art. 16 do CP:
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, reparado o
dano ou restitu’da a coisa, atŽ o recebimento da denœncia ou da queixa, por ato
volunt‡rio do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os. (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Logo, o agente ter‡ sua pena reduzida de um a dois ter•os.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: Item errado, pois os crimes COMISSIVOS (aqueles praticados
mediante a•‹o, ou seja, uma conduta positiva) admitem tentativa, em regra,
desde que o fracionamento do iter criminis seja poss’vel (fracionamento da
conduta).
II Ð ERRADA: Item absolutamente errado. Na desist•ncia volunt‡ria o crime n‹o
se consuma (art. 15 do CP). No arrependimento posterior, de fato, o crime se
consuma e h‡ repara•‹o do dano, mas neste caso o agente tem apenas uma
redu•‹o de pena (art. 16). Portanto, absolutamente errado.
III Ð ERRADA: O meio, neste caso, deve ser ABSOLUTAMENTE incapaz de produzir
o resultado, nos termos do art. 17 do CP.
IV Ð ERRADA: Item errado. Embora no caso de crime tentado a pena, de fato,
seja reduzida de 1/3 a 2/3, em se tratando de arrependimento eficaz, n‹o se
aplica a pena do crime consumado. Neste caso, o agente responder‡ apenas pelos
atos j‡ praticados, expurgando-se o dolo pelo resultado anteriormente
pretendido.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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precipita-se e, objetivando impedir o ataque que imaginava iminente,
esfaqueia Hades, provocando-lhe as les›es corporais que desejava.
Todavia, ap—s o ocorrido, o pr—prio Hades contou a Apolo que n‹o ia
mat‡-lo, pois havia desistido de seu intento e, naquela noite, foi ao seu
encontro justamente para dar-lhe a not’cia. Nesse sentido, Ž correto
afirmar que
A) havia dolo na conduta de Apolo.
B) mesmo sendo o erro escus‡vel, Apolo n‹o Ž isento de pena.
C) Apolo n‹o agiu em leg’tima defesa putativa.
D) mesmo sendo o erro inescus‡vel, Apolo responde a t’tulo de dolo.
COMENTçRIOS: Nesse caso Apolo agiu no que se chama de leg’tima defesa
putativa, pois agiu acreditando estar acobertando pela excludente de ilicitude da
leg’tima defesa, o que n‹o era o caso, estando, pois, errada a letra C. No entanto,
devemos analisar se o erro de Apolo Ž desculp‡vel (invenc’vel). Como Apolo j‡
havia sido amea•ado de morte por Hades e Hades ainda fez men•‹o a colocar a
m‹o no bolso (denotando sacar uma arma), n‹o se podia exigir de Apolo que
pensasse o contr‡rio, motivo pelo qual entendo que se trata de erro venc’vel
(desculp‡vel).
No caso de ser escus‡vel o erro, Apolo estaria isento de pena, e caso inescus‡vel,
responderia a t’tulo culposo, e n‹o doloso, nos termos do art. 20, ¤1¼ do CP,
motivo pelo qual as alternativas B e D est‹o incorretas.
No entanto, mesmo tendo agido em leg’tima defesa e podendo ser punido a t’tulo
culposo ou ser isento de pena (a depender do tipo de erro), o certo Ž que a
conduta de APOLO Ž DOLOSA, eis que ele teve vontade de atirar contra Hades,
com dolo de matar (animus necandi). Independentemente da circunst‰ncia de
agir em leg’tima defesa putativa (o que influenciar‡ nos reflexos penais), a
conduta Ž considerada dolosa, motivo pelo qual est‡ correta a letra A.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
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D) O resultado pode ser imputado a JosŽ, que agiu com excesso e sem a
observ‰ncia de devido cuidado.
COMENTçRIOS: A quest‹o retrata o exemplo mais cl‡ssico sobre a Teoria da
Imputa•‹o Objetiva. Embora JosŽ tenha empurrado Jo‹o, e esta conduta tenha
sido a causa das les›es sofridas por Jo‹o em seu bra•o, certo Ž que JosŽ n‹o agiu
com dolo de ferir Jo‹o, tendo agido assim para evitar a ocorr•ncia de um evento
ainda mais danoso para este, qual seja, a sua eventual morte em raz‹o do
impacto que seria provocado pelo vaso jogado do alto do prŽdio por Ant™nio.
Assim, como JosŽ evitou a ocorr•ncia de um resultado lesivo ainda maior, tendo
sido movido por essa inten•‹o, pela Teoria da Imputa•‹o Objetiva, n‹o pode
responder pelo delito de les›es corporais.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Determinado agente, insatisfeito com as diversas brigas que tinha com
seu vizinho, resolve mat‡-lo. Ao ver seu desafeto passando pela rua,
pega sua arma, que estava em situa•‹o regular e contava com apenas
uma bala, e atira, vindo a atingi-lo na barriga. Lembrando-se que o
vizinho era pai de duas crian•as, arrepende-se de seu ato e leva a v’tima
ao hospital. O mŽdico, diante do pronto atendimento e r‡pida cirurgia,
salva a vida da v’tima.
Diante da situa•‹o acima, o membro do MinistŽrio Pœblico deve
a) denunciar o agente pelo crime de les‹o corporal, pois o
arrependimento posterior no caso impede que o agente responda pelo
resultado pretendido inicialmente.
b) denunciar o agente pelo crime de les‹o corporal, pois houve
arrependimento eficaz.
c) denunciar o agente pelo crime de les‹o corporal, pois houve
desist•ncia volunt‡ria.
d) denunciar o agente pelo crime de tentativa de homic’dio, tendo em
vista que o resultado pretendido inicialmente n‹o foi obtido.
e) requerer o arquivamento, diante da atipicidade da conduta.
COMENTçRIOS: Quest‹o interessante. No caso em tela, temos o que se chama
de arrependimento eficaz, pois o agente j‡ havia terminado a execu•‹o do delito
(a quest‹o deixa claro que s— havia uma bala na arma), logo, n‹o h‡ que se falar
em DESISTæNCIA VOLUNTçRIA (pois esta pressup›e que o agente deixe de
prosseguir na execu•‹o, quando podia prosseguir). O arrependimento, neste
caso, Ž ÒeficazÓ e n‹o ÒposteriorÓ porque o resultado n‹o ocorreu. Vejamos:
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execu•‹o ou impede
que o resultado se produza, s— responde pelos atos j‡ praticados. (Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
No caso em tela temos a segunda parte do artigo, ou seja, Òimpede que o
resultado se produzaÓ.
Desta forma, o agente responde apenas pelos atos j‡ praticados, ou seja, les‹o
corporal, em raz‹o do arrependimento eficaz.
O aluno poderia questionar se n‹o deveria ser homic’dio tentado, mas a resposta
Ž simples: N‹o. Por uma raz‹o simples. A tentativa pressup›e que o resultado
n‹o ocorra por circunst‰ncias ALHEIAS Ë VONTADE DO INFRATOR, ou seja, por
fatores externos. Neste caso o resultado n‹o ocorre em raz‹o da pr—pria conduta
do infrator, que se arrepende e evita o resultado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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b) a rela•‹o de contrariedade formal e material entre uma conduta t’pica
e o ordenamento jur’dico, tendo como requisitos a imputabilidade, a
potencial consci•ncia da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa;
c) a adequa•‹o formal e material entre uma conduta dolosa e/ou culposa
frente a uma norma legal incriminadora, pressupondo-se ainda a sua
prŽvia antijuridicidade;
d) o ju’zo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada
pessoa que pratica um fato t’pico e antijur’dico, tendo como requisitos a
imputabilidade, a potencial consci•ncia da ilicitude e a exigibilidade de
conduta diversa;
e) o ju’zo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada
pessoa que pratica um fato t’pico e il’cito, tendo como requisitos a
imputabilidade, a consci•ncia plena da ilicitude e a inexigibilidade de
conduta diversa.
COMENTçRIOS: O conceito doutrin‡rio de culpabilidade pode ser melhor
extra’do do que disp›e a alternativa D, ou seja, o Òju’zo de reprovabilidade que
se exerce sobre uma determinada pessoa que pratica um fato t’pico e antijur’dico,
tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consci•ncia da ilicitude e a
exigibilidade de conduta diversaÓ.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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51.! (FGV Ð 2014 Ð MPE-RJ Ð ESTçGIO FORENSE)
Carlos, imbu’do de perniciosa lasc’via concupiscente em face de sua
colega de trabalho, Joana, resolve estupr‡-la ap—s o fim do expediente.
Para tanto, fica escondido no corredor de sa’da do escrit—rio e, quando a
v’tima surge diante de si, desfere-lhe um violento soco no rosto, que a
leva ao ch‹o. Aproveitando-se da debilidade da mo•a, Carlos deita-se
sobre a mesma, j‡ se preparando para despi-la, porŽm, antes da pr‡tica
de qualquer ato libidinoso, repentinamente, imbu’do de sœbito remorso
por ver uma enorme quantidade de sangue jorrando do nariz de sua
colega, faz cessar sua inten•‹o e a conduz ao departamento mŽdico, para
que receba o atendimento adequado.
Em rela•‹o a sua conduta, Carlos:
a) responder‡ por estupro tentado, em virtude da ocorr•ncia de tentativa
imperfeita;
b) n‹o responder‡ por estupro, em virtude da desist•ncia volunt‡ria;
c) n‹o responder‡ por estupro, em virtude de arrependimento eficaz;
d) n‹o responder‡ por estupro, em virtude de arrependimento posterior;
e) responder‡ por estupro consumado, pois atualmente a lei n‹o exige a
pr‡tica de conjun•‹o carnal para a configura•‹o desse delito.
COMENTçRIOS: Carlos, neste caso, n‹o responder‡ por estupro. Carlos deu
in’cio ˆ execu•‹o da conduta de estupro, mas podendo continuar, n‹o o fez, por
ter se arrependido. Neste caso, ocorreu a DESISTæNCIA VOLUNTçRIA. Assim, o
agente responder‡, apenas, pelos atos j‡ praticados (no caso, les›es corporais).
Vejamos o que diz o CP sobre a desist•ncia volunt‡ria:
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execu•‹o ou impede
que o resultado se produza, s— responde pelos atos j‡ praticados.(Reda•‹o dada pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
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c) comissivo.
d) omissivo por comiss‹o.
COMENTçRIOS: No caso em tela, Frederico est‡ praticando o delito de estupro
de vulner‡vel, previsto no art. 217-A do CP. A m‹e da v’tima, Isadora, n‹o est‡
cometendo omiss‹o de socorro, pois ela tem O DEVER LEGAL de evitar o
resultado, j‡ que a v’tima Ž sua filha (tendo o dever de prote•‹o, cuidado e
vigil‰ncia). Assim, Isadora responder‡ pelo mesmo delito praticado por Frederico
(e que ela deveria evitar), ou seja, estupro de vulner‡vel.
Tal imputa•‹o se d‡ por for•a da causalidade NORMATIVA imposta ˆ conduta de
Isadora (j‡ que do ponto de vista ÒnaturalÓ ela n‹o praticou qualquer ato relativo
ao estupro).
Temos, aqui, o que se chama de crime COMISSIVO POR OMISSÌO, ou OMISSIVO
IMPRîPRIO, nos termos do art. 13, ¤2¼ do CP:
Art. 13 - O resultado, de que depende a exist•ncia do crime, somente Ž imput‡vel a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a a•‹o ou omiss‹o sem a qual o resultado
n‹o teria ocorrido. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Relev‰ncia da omiss‹o(Inclu’do pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
¤ 2¼ - A omiss‹o Ž penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:(Inclu’do pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
a) tenha por lei obriga•‹o de cuidado, prote•‹o ou vigil‰ncia; (Inclu’do pela Lei n¼
7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Inclu’do pela
Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorr•ncia do resultado. (Inclu’do
pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
3! GABARITO
01.! ALTERNATIVA A
02.! ALTERNATIVA E
03.! ALTERNATIVA B
04.! ALTERNATIVA D
05.! ALTERNATIVA C
06.! ALTERNATIVA B
07.! ALTERNATIVA C
08.! ALTERNATIVA D
09.! ALTERNATIVA B
10.! ALTERNATIVA A
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11.! ALTERNATIVA A
12.! ALTERNATIVA C
13.! ALTERNATIVA E
14.! ALTERNATIVA D
15.! ALTERNATIVA B
16.! ALTERNATIVA B
17.! ALTERNATIVA C
18.! ALTERNATIVA A
19.! CORRETA
20.! CORRETA
21.! CORRETA
22.! ERRADA
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! ALTERNATIVA A
26.! ERRADA
27.! ERRADA
28.! ERRADA
29.! ERRADA
30.! ALTERNATIVA D
31.! ALTERNATIVA A
32.! ALTERNATIVA D
33.! ALTERNATIVA A
34.! ALTERNATIVA D
35.! ALTERNATIVA B
36.! ALTERNATIVA A
37.! ALTERNATIVA C
38.! ALTERNATIVA C
39.! ALTERNATIVA B
40.! ALTERNATIVA E
41.! ALTERNATIVA E
42.! ALTERNATIVA E
43.! ALTERNATIVA D
44.! ALTERNATIVA B
45.! ALTERNATIVA A
46.! ALTERNATIVA C
47.! ALTERNATIVA B
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48.! ALTERNATIVA B
49.! ALTERNATIVA D
50.! ALTERNATIVA E
51.! ALTERNATIVA B
52.! ALTERNATIVA A
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