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Capacidade de Carga em Fundações Superficiais

CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS

Conceito
As fundações superficiais (também chamadas de rasas ou diretas) são aquelas em que
a carga é transmitida ao solo predominantemente pelas pressões sob a base da
fundação.

Visão técnica

Figura 1 - Fundação Superficial (B ≥ D)

Quando B < D → considerar efeito de profundidade

Tipos
a) BLOCO: dimensionado de forma que as tensões nele produzidas possam ser
resistidas pelo concreto, sem armadura.
b) SAPATA: concreto armado, dimensionada de modo que as tensões de tração nela
produzidas requeiram o emprego de armadura. Pode ser: isolada, contínua,
combinada, especial.
c) RADIER: sapata associada que abrange todos os pilares da obra ou carregamentos
distribuídos. Pode ser: simples (rígidos, flexíveis), especiais.

Vantagens e desvantagens
a) Vantagens: - execução sem equipamento especial;
- acesso à camada de solo que vai suportar a carga.

b) Desvantagens: - dificuldades de execução de escavações abaixo do NA;


- problemas de escoramento;
- elementos na divisa do terreno podem provocar a instabilidade das
fundações vizinhas;
- totalmente inadequadas para solos compressíveis (exceto as
especiais).

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Considerações sobre tipos de ruptura


Solos reais apresentam ruptura diferente da estimada teoricamente (forma e tipo de
superfície de ruptura).

O tipo de ruptura depende da: - compressibilidade do solo;


- geometria da fundação;
- condição de carregamento.

Figura 2 – Diagrama tensão x recalque para fundação direta

Onde:
Curva 1 – Argilas rijas ou areias compactas. Ocorre ruptura generalizada

Figura 3 – Ruptura generalizada

Curva 2 – Argilas medianamente rijas e areias medianamente compactas. Ocorre


ruptura localizada

Figura 4 – Ruptura localizada

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Curva 3 – Argilas moles e areias fofas. Ocorre ruptura por puncionamento

Figura 5 – Ruptura por puncionamento

Teoria clássica de capacidade de carga de Terzaghi


Esta teoria foi desenvolvida para sapatas contínuas (L ≥ 10 B). A expressão a seguir é
denominada de equação 1.

1
σ r = c.N c + q.N q + .γ.B.N γ
2

Onde: c = coesão do solo;


q = sobrecarga (q = γ.D);
γ = peso específico aparente do solo;
B = menor dimensão da sapata;
L = comprimento da sapata;
D = profundidade da sapata;
Nc, Nq e Nγ = fatores de capacidade de carga, f(φ).

Figura 6 – Fatores de capacidade de carga obtidos pela teoria de Terzaghi para


fundação contínua com ruptura generalizada e localizada

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Equação generalizada de capacidade de carga → enfoque moderno


A equação generalizada considera mais fatores que influem no problema de carga
limite do solo sob ação de fundação superficial.

⎛ n ⎞ 1
σ r = s c .i c .d c .b c .g c .c.N c + s q .i q .d q .b q .g q .⎜ ∑ γ i .D i ⎟.N q + s γ .i γ .d γ .b γ .g γ . .γ.B.N γ
⎝ i =1 ⎠ 2

Onde:
Nc, Nq e Nγ = fatores de capacidade de carga, f(φ);
s = fatores de forma da fundação;
d = fatores de profundidade de fundação;
i = fatores de inclinação de carregamento;
b = fatores de inclinação da base de fundação;
g = fatores de inclinação do terreno superficial.

a) Fatores de capacidade de carga


Os fatores de capacidade de carga são obtidos através das seguintes equações.

φ
N q = e π.tgφ .tg 2 (45 o + )
2

N c = ( N q − 1). cot φ

N γ = 2( N q + 1).tgφ

b) Fatores de forma da fundação


Um fator de correção para considerar a forma da fundação foi introduzido na equação
do enfoque moderno. Os fatores de forma determinados por Terzaghi são mostrados
na tabela 1. Novos valores dos fatores de forma foram propostos por De Beer e são
apresentados na tabela 2.

Tabela 1 – Fatores de forma (Terzaghi)


Fundação sc sq sγ

Contínua (B, L) 1,0 1,0 1,0

Quadrada (B = L) 1,3 1,0 0,8

Circular (B = diâmetro) 1,3 1,0 0,6

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Tabela 2 – Fatores de forma (De Beer)


Fundação sc sq sγ

Contínua 1,0 1,0 1,0

Retangular 1 + (B/L) (Nq/Nc) 1 + (B/L) tgφ 1 - 0,4 (B/L)

Circular e Quadrada 1 + (Nq/Nc) 1 + tgφ 0,6

c) Fatores de profundidade de fundação


A sua eficiência é discutível, a escavação pode alterar as condições do solo acima da
cota de assentamento da fundação.

Para o ensaio UU (rápido, não drenado):


D
φu = 0o D≤B d c = 1 + 0,4.
B
⎛D⎞
D>B d c = 1 + 0,4.arctg⎜ ⎟
⎝B⎠

Condições gerais:
1− dq
D≤B dc = dq −
N c ⋅ tgφ

d q = 1 + 2 ⋅ tgφ(1 − senφ)
2 D
B
dγ = 1

1− dq
D>B dc = dq −
N c ⋅ tgφ
⎛D⎞
d q = 1 + 2 ⋅ tgφ(1 − senφ) ⋅ arctg⎜ ⎟
2

⎝B⎠
dγ = 1

d) Fatores de inclinação e excentricidade de carregamento


Quando o carregamento é excêntrico, as dimensões iniciais da base da sapata (B, L)
são substituídas nos cálculos, por valores fictícios (B’, L’), dados pelas expressões a
seguir.
B' = B − 2 ⋅ e B

L' = L − 2 ⋅ e L

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Onde eB e eL são as excentricidades da carga nas direções dos lados B e L da fundação


respectivamente, figura 7.
Essa simplificação, a favor da segurança, significa considerar uma área efetiva de
apoio (A’= B’ x L’). A análise é realizada para esta área efetiva, carregada
centralmente.

Figura 7 – Carga inclinada e excêntrica

V ⋅ tgφ B + A'⋅c B
Segurança ao deslizamento H max ≤
FS
Onde: φB = ângulo de atrito solo x fundação;
tgφB ≅ (2/3) tgφ (sapatas moldadas in loco);
cB = adesão solo x concreto (valores experimentais);
cB < c, sendo cB = 0,45 . c;
A’ = B’ x L’ Æ área nominal da fundação;
FS = área nominal da fundação, sendo FS = 2.

Fatores de inclinação do carregamento


Para o ensaio UU (rápido, não drenado):
m⋅H
φu = 0o ic = 1 −
A'⋅c ⋅ N c

m
⎛ H ⎞
Caso geral: i q = ⎜⎜1 − ⎟⎟
⎝ V + A'⋅c ⋅ cot φ ⎠
⎡ (1 − i q ) ⎤
ic = iq − ⎢ ⎥
⎣ N c ⋅ tgφ ⎦
m +1
⎛ H ⎞
i γ = ⎜⎜1 − ⎟⎟
⎝ V + A'⋅c ⋅ cot φ ⎠

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Onde
Æ para fundações contínuas A ' = B' ⋅1

Æ para fundações retangulares e fundações de forma qualquer (usa-se retângulo de


mesma área) A ' = B ' ⋅ L'

m = m L ⋅ cos 2 θ n + m B ⋅ sen 2 θ n

L B
2+ 2+
onde mL = B e mB = L
L B
1+ 1+
B L

Figura 8 – Ângulo de inclinação da carga horizontal em relação à reta paralela a L

e) Fatores de inclinação da base da fundação (b) e do terreno superficial (g)


Válidos para 0º < α < 45º e 0º < ω < 45º

Figura 9 – Fatores de inclinação da base e do terreno superficial

Fatores de inclinação da base da fundação


Para o ensaio UU (rápido, não drenado):
2⋅α
φu = 0o bc = 1 −
(π + 2)

Caso geral: b q = b γ = (1 − α ⋅ tgφ)


2

⎛ 1 − bq ⎞
b c = b q − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ N c ⋅ tgφ ⎠

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Fatores de inclinação do terreno superficial


Para o ensaio UU (rápido, não drenado):
2⋅ω
φu = 0o gc = 1−
(π + 2)

Caso geral: g q = g γ = (1 − tgω)


2

⎛ 1− gq ⎞
g c = g q − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ c
N ⋅ tg φ ⎠

Coeficientes de segurança → indicadores preliminares


A tabela 3 indica os coeficientes de segurança globais.

Tabela 3 – Fatores de segurança globais


σr FS
σadm =
FS

Estruturas Características Investigação


subsolo

Ampla Limitada

Pontes ferroviárias, Carga máxima, pode ocorrer com 3,0 4,0


depósitos, obras hidráulicas, freqüência ruptura com
muros de arrimo, silos consequências desastrosas

Pontes rodoviárias, prédios Carga máxima, ocorre 2,5 3,5


industriais e públicos de ocasionalmente rupturas de
pequeno porte consequências sérias

Edifícios de apartamentos e Carga máxima, com pouca 2,0 3,0


de escritórios possibilidade de ocorrer

Observações:
1. Para estruturas temporárias pode-se adotar FS = 0,75 dos sugeridos, desde que
FS ≥ 2;
2. Para estruturas muito altas (chaminés e torres) adota-se FS = 1,2 a 1,5 dos
sugeridos;
3. Deve-se analisar as resistências a curto e a longo prazo, no caso de situações
desfavoráveis não serem claramente identificáveis;
4. Em estruturas excepcionalmente sensíveis aos recalques devem ser adotados
coeficientes maiores.

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A tabela 4 indica os coeficientes parciais de segurança.

Tabela 4 – Fatores de segurança parciais


Características FS

Para o carregamento

carga permanente 1,00

percolação d’água 1,00

carga acidental 1,50 (1,25)

vento 1,50 (1,25)

empuxo do solo ou grãos (silos) 1,20 (1,10)

Para as características da resistência

coesão 2,00 (1,80)

tgφ 1,20 (1,10)

Observação:
1. Os valores entre parênteses valem para estruturas provisórias.

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