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Áurea Altenhofen, brasileira, advogada, neta de Kurt Krieger, quer o esclarecimento da morte
de seu avô, segundo ela assassinado pelo “terrorismo no Rio Grande do Sul” em 22 de setembro
de 1968.
Diz que:
- o nome de seu avô figura na lista divulgada pelo Comando do 3º Exército em “solenidade de
aniversário da Revolução que foi realizada no parque da Redenção, junto ao Monumento do
Expedicionário”;
- o nome do seu avô consta do livro “Brasil Sempre” com o registro: “Assassinado por grupo
terrorista quando assaltava o bar de sua propriedade”;
A pretensão não cabe tenha conhecimento por esta Comissão Nacional da Verdade porque,
claramente, não se insere no âmbito das atribuições normativas estabelecidas para essa
Comissão Nacional da Verdade.
Com efeito, lê-se na Exposição de Motivos, que justificou e embasou a edição da Lei nº
12.528/2011, que criou a Comissão Nacional da Verdade e normativamente marcou o espaço de
suas atribuições, verbis:
“6. No Brasil, transcorridos mais de vinte anos desde a promulgação da
Constituição Federal de 1988, a democracia encontra-se consolidada e
importantes passos foram dados no sentido de identificar e reparar
vítimas e familiares das graves violações ocorridas durante a ditadura
militar.
Kurt Krieger, pela narração apresentada pela peticionária, sua própria neta, não foi vítima de
agentes públicos do Estado brasileiro, por suas convicções políticas.
Claudio Fonteles