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Matemática Descomplicada - O guia definitivo

Sobre o autor
PROF. VINÍCIUS FLORIANO

Salve, salve, moçada!

Prazer, sou o Vinícius Floriano, mas pode me chamar de Vini.

Tenho XXXVII anos, sou casado e tenho 1 filha linda que é a minha razão de
tudo.

E o que eu faço?

Tenho orgulho de ser professor de Matemática.

Nasci em Belo Horizonte e desde cedo sou apaixonado por números. Aos 10
anos de idade já participava de monitoria na escola, ajudando meus colegas a
compreender a Matemática.

Meus pais sempre exigiram que estudasse, porém tínhamos muitas


dificuldades financeiras. Apesar disso, nunca me faltaram o amor e os
ensinamentos!

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Desde cedo sabia que tinha que lutar um pouco mais para ter conquistas.

Comecei a lecionar em 1998, para alunos particulares e aulas de informática no


Bairro Eldorado na cidade de Contagem. Velho, foi amor à primeira vista, tive
uma enorme paixão pelo o Ensino. Era demais!

Ensinar as pessoas a compreenderem algo que fugia de suas limitações e ver


que tinham resultados com o fruto deste aprendizado foi algo incrível. Decidi
naquele exato momento que nunca mais sairia deste universo da Educação.

Em 2002 realizei o vestibular e fui aprovado em 3 universidades. Graduei em


Licenciatura Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
– PUC MINAS. Desde o 3º período do curso já trabalhava como professor
designado em escolas públicas da região metropolitana de Belo Horizonte.

Após me formar, recebi o convite para montar uma escola de cursos


profissionalizantes, no qual atuei por 9 anos na gestão pedagógica e
desenvolvimento de cursos presenciais e à distância.

Foi um período de muito aprendizado e conquistas, porém estar fora da sala de


aula era algo que me incomodava muito.

Nos dias atuais, de volta às aulas da minha queridinha, estou certo que
encontrei novamente a felicidade, aquilo que me completa, que me dá tesão e
sangue nos olhos.

Sou uma pessoa de ação. Sou determinado. Errando e aprendendo, sempre


buscando novas alternativas. Cristão, temente a Deus, quero ser orgulho aos
que me trouxeram aqui, sobretudo dos meus pais, minha irmã, minha esposa
Patrícia e a razão da minha existência, minha princesa Sophia.

Do que posso te dizer:

O sacrifício é o intervalo entre o seu objetivo e a sua glória. Vai pra cima!
P@#$%

Um forte abraço!

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Prof. Vinicius Floriano. Graduado em Matemática – PUC/MG. Professor,


empresário, escritor e apaixonado pela a Matemática.

Instagram:

https://www.instagram.com/prof.viniciusfloriano

Canal no Youtube: Matemática Descomplicada:

(http://bit.ly/prof_vinicius_floriano)

Facebook:

https://www.facebook.com/prof.viniciusfloriano

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Índice

O seu papel na desafiante jornada dos estudos .................................... 10

Seja muito bem-vindo! ........................................................................ 11

Capítulo 1 - A preparação da sua jornada ............................................. 13


TOP FIVE DOS SEGREDOS PARA SER APROVADO NAS PROVAS DE
MATEMÁTICA ........................................................................................... 14
TOP 1: Estudar, estudar e estudar. Este é o seu ideal! ............................. 14
TOP 2: Sangue no olho .......................................................................... 15
TOP 3: Conhecer bem a estrutura de uma prova ou exame ..................... 17
TOP 4: Fazer os exercícios corretos ........................................................ 19
TOP 5 - A estratégia na hora da prova .................................................... 21
Não erre! Dicas gerais para sua aprovação .............................................25

Capítulo 2 - Matemática básica para concursos: veja como acertar nas


contas .......................................................................................................... 29
TÓPICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL .................................................... 30
TÓPICOS DO ENSINO MÉDIO ................................................................... 31
OS TÓPICOS NEM SEMPRE ESTÃO SEPARADOS..................................... 33

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RACIOCÍNIO LÓGICO VAI ALÉM DOS TÓPICOS ....................................... 34


Não erre! Dicas gerais para aprovação.................................................... 35

Capítulo 3 - Raciocínio Lógico .............................................................. 37


PROPOSIÇÕES.......................................................................................... 37
CONECTIVOS ............................................................................................ 38
Conectivo e ............................................................................................ 38
Conectivo ou.......................................................................................... 39
Implicação ............................................................................................ 40
Equivalência ......................................................................................... 42
QUANTIFICADORES ................................................................................ 42
Quantificador universal ......................................................................... 42
Quantificador existencial ....................................................................... 43
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES ................................................................. 44
Negação de proposições simples .......................................................... 44
Negação de proposições compostas ..................................................... 44
CONTRAPOSITIVA DE UMA IMPLICAÇÃO ............................................... 46
Definição .............................................................................................. 46

Capítulo 4 - Potenciação e radiciação .................................................. 48


POTÊNCIA DE EXPOENTE NATURAL ...................................................... 48
Definição .............................................................................................. 48
Propriedades ........................................................................................ 49
RAIZ ENÉSIMA ARITMÉTICA .................................................................... 49
Definição .............................................................................................. 49
Propriedades ......................................................................................... 51
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POTÊNCIA DE EXPOENTE RACIONAL ......................................................52


Definição ...............................................................................................52
Propriedades .........................................................................................52
RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES............................................... 53

Capítulo 5 – Produto Notável e Fatoração ............................................56


PRODUTOS NOTÁVEIS .............................................................................56
FATORAÇÃO............................................................................................. 57
Fator comum ......................................................................................... 57
Agrupamento ........................................................................................ 57
Soma e diferença de cubos .................................................................... 57
Identificação de um produto notável ......................................................58
Fatoração do trinômio da forma ax2 + bx + c ...........................................58

Capítulo 6 - Divisibilidade, MDC e MMC .............................................. 60


DIVISÃO EUCLIDIANA ............................................................................. 60
MÚLTIPLOS E DIVISORES DE UM NÚMERO NATURAL ........................... 60
Número par ........................................................................................... 61
Número ímpar ....................................................................................... 61
CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE ................................................................. 61
NÚMEROS PRIMOS ................................................................................. 62
Reconhecimento de um número primo .................................................. 63
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS.................................................. 63
CÁLCULO DA QUANTIDADE DE DIVISORES DE UM NÚMERO NATURAL 64
MÁXIMO DIVISOR COMUM (MDC) ...........................................................65
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (MMC) ........................................................65
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RELAÇÃO ENTRE O MMC E O MDC .......................................................... 67

Capítulo 7 - Teoria dos Conjuntos ........................................................ 68


SUBCONJUNTOS ..................................................................................... 69
CONJUNTO DAS PARTES ......................................................................... 70
UNIÃO ...................................................................................................... 71
Propriedades ......................................................................................... 71
INTERSEÇÃO ............................................................................................ 71
Propriedades ......................................................................................... 72
DIFERENÇA ............................................................................................... 72
Propriedades ......................................................................................... 73
COMPLEMENTAR ..................................................................................... 73
LEIS DE MORGAN ..................................................................................... 74

Capítulo 8 - Conjuntos numéricos ........................................................ 75


CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS .................................................. 75
CONJUNTO DOS NÚMEROSINTEIROS ..................................................... 75
Divisibilidade ......................................................................................... 76
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS ................................................. 77
Números decimais ................................................................................. 78
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS ......................................................... 80
Números irracionais .............................................................................. 80
Números reais ....................................................................................... 81
Intervalos reais ..................................................................................... 82
CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS .............................................. 83
Resumo .................................................................................................... 84
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O seu papel na desafiante jornada dos


estudos

Antes de qualquer coisa, leve a sério este livro. Ele foi desenvolvido
criteriosamente com base em pesquisas atualizadas.

Seguindo à risca este material, você será capaz de aprender a Matemática e ter
grandes resultados! Para isso, compreenda todos os capítulos a seguir. Leia e
releia tudo o que for apresentado.

Fazer uma boa prova de matemática e ser aprovado é um processo, uma


jornada desafiadora! Há um caminho a ser percorrido, que deverá ser realizado
com rotina todos os dias. Abuse de sua dedicação e esteja sempre bem focado.

Tenha sempre em mente que a aprendizagem não será um acaso, mas o fruto da
sua atenção ao que é proposto aqui.

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Seja muito bem-vindo!

Seja muito bem-vindo(a) e obrigado por fazer o download do Matemática


Descomplicada - O guia definitivo!
Na sua frente encontra-se o melhor guia de orientação do aprendizado de
Matemática para Enem, Vestibulares e Concursos.

Eu digo isso não somente por acreditar no conteúdo deste guia, mas também
por acreditar em você, acreditar que, seguindo todos os métodos e técnicas do
guia, você pode e vai aprender Matemática.

Por mais incrível que pareça, em várias escolas os professores não acreditam
que os alunos, algum dia, realmente aprenderão e aplicarão os conceitos
matemáticos.

Eu ministro aulas de Matemática há muitos anos e já cansei de ouvir colegas


professores dizendo coisas do tipo “é impossível ensinar Matemática na sala
de aula”, ou “nossos alunos são muito fracos”, ou ainda “já ensinei mil vezes e
eles não aprendem”, etc.

Infelizmente a grande maioria deles utiliza de métodos e recursos


ultrapassados para a aprendizagem do aluno, ou ainda, - cá entre nós -
carregam muita má vontade na hora de ensinar...

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Com tudo isso, a defasagem dos conceitos matemáticos no ensino regular é


algo que acompanha uma enorme fatia dos alunos de todo o país e em toda a
sua vida.

Este material foi desenvolvido para que você quebre estes paradigmas e pare
de acusar a matemática de ser a grande vilã da sua vida estudantil/acadêmica.

Ao concluir o guia, você estará usando os métodos, técnicas e segredos que


aprendeu ao longo de todos os capítulos, tudo ao mesmo tempo, sem
estresse! Mas para isso, é essencial que você entenda e coloque em prática
cada um dos capítulos corretamente.

Leve o tempo que precisar para por cada capítulo em prática, sejam horas ou
dias. Lembre-se de que seu objetivo é passar em um exame e o bom resultado
na prova de Matemática será fundamental para alcançar o resultado que
espera.

Se você tiver alguma dúvida ou dificuldade ao longo dos capítulos, entre em


contato comigo pelo e-mail vini@geraeducacional.com.br, que eu terei o
maior prazer em ajudá-lo!

Vamos juntos mudar esse quadro!

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Capítulo 1 - A preparação da sua


jornada

Neste capítulo você aprenderá tudo o que precisa saber antes de colocar a mão
na massa e começar de fato seus estudos de Matemática.

A arte de interpretar um problema é mais importante que a arte de fazer


cálculos. É fato que com o avanço das tecnologias, os profissionais de hoje e do
futuro terão menos trabalho com os cálculos.

Então o que se exige dos estudantes?

A capacidade de interpretar uma situação problema e propor soluções para


ela. Situações essas que podem representar o seu cotidiano. É essa a
Matemática dos dias de hoje!

Analisar, interpretar, relacionar, deduzir, propor soluções, aplicar


conhecimentos, dentre outras, são as habilidades que um estudante tem que
mobilizar para resolver os problemas.

Dessa forma, a Matemática se torna mais útil: uma verdadeira ferramenta para
compreensão e intervenção na realidade!

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Mentalize: saber matemática não se resume a fazer cálculos, sobretudo nos


dias de hoje! O mundo mudou e requer pessoas que sejam mais criativas e que
saibam sobressair de situações diferentes, de níveis simples a complexos.

TOP FIVE DOS SEGREDOS PARA SER APROVADO NAS


PROVAS DE MATEMÁTICA

TOP 1: Estudar, estudar e estudar. Este é o seu ideal!

O segredo para passar é estudar!

Você não será aprovado se não dedicar e realmente colar o traseiro na


cadeira, por horas! Tome ciência da teoria e resolva muitos exercícios. Você
não será aprovado assistindo uma única aula sobre determinado conteúdo. É
necessário ter dedicação e disciplina para passar.

Através da tecnologia, você poderá assistir e rever inúmeras vezes


determinado conteúdo, apurando a teoria de um determinado conceito e
facilitando a resolução de uma questão que aborde este conteúdo.

O segredo é que você realize muitos exercícios até dominar determinado


conteúdo, para somente assim avançar para o próximo.

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Você é candidato a uma vaga de concurso ou vestibular ? Se a resposta for


“Sim”, então deverá:

 Ter em mãos um excelente material de estudo (digital ou impresso);


 Acompanhar bem as aulas (vídeo-aula ou presencial);
 Interagir em fóruns e ter disciplina;
 Ser determinado!

Utilize materiais desenvolvidos por especialistas, que conhecem bem a


estrutura da prova que você vai realizar. E nada de “resuminho” ou esquemas
mirabolantes. Busque sempre conhecer os conceitos matemáticos que a
resolução de questões ocorrerá naturalmente.

Tudo pode ser difícil até você aprender. A Matemática não é um bicho de sete
cabeças, como muitos a tornam!

Passar no Enem, vestibular ou concurso é uma verdadeira maratona! E como


tal, precisa de treinamento, constância, sacrifício, foco e estratégias.

TOP 2: Sangue no olho

Frequentemente vejo comentários que o êxito no resultado no Enem,


vestibular ou concurso, depende de diversos fatores, como governo, pais,
escolas, professores, recursos financeiros, tempo, questões sociais, cognitivas
e etc.
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Isso é balela! Porra nenhuma!

Ao longo de vários anos como professor e mais alguns como estudante, posso
afirmar que o sucesso sempre está nas mãos dos estudantes. Já trabalhei para
alunos em escolas públicas e particulares, alunos com muito ou pouco tempo
para estudar, ricos e pobres, pretos e brancos.

Essas condições só interferem se você permitir. Se você lamentar e viver


justificando seus insucessos por sua condição natural.

Não está bom? Vai e muda, porra!

Já tive alunos de escola pública com bons resultados em avaliações em


vestibulares e concursos. Já tive alunos de escola particular com bons
resultados medíocres.

O que difere uns dos outros é o sangue no olho! A determinação, persistência,


e principalmente, a coragem de aprender coisas difíceis.

Então professor, você está me dizendo que a matemática é difícil?

Sim! Assim como o português, a geografia, a química, a história...

O que eu posso ter dizer é que você tem que ter coragem, tem que ter culhão,
tem que ter vontade para aprender algo difícil. Tem que buscar e depois ter
orgulho de tal compreensão. Você é capaz. Tenha sempre Sangue no olho e vá à
luta!

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TOP 3: Conhecer bem a estrutura de uma prova ou exame

Conheça bem a estrutura de uma prova ou exame (o edital, por exemplo): está
sem dúvida é a ação mais assertiva para ir bem em qualquer prova.

Para isso, se apegue às informações e orientações sobre os modelos de


questões que foram mais recorrentes em provas passadas, e você irá se
preparar para o programa de matemática focado na aprovação.

Para exemplificar vamos ao ENEM. Como se preparar ?

Primeiro determine uma ordem de estudo para a resolução de questões. No


ENEM, a Matriz de Referência do MEC apresenta 7 Competências que serão
avaliadas em Matemática. Essas 7 Competências estão alinhadas às 7 unidades
temáticas.

Sugiro que pratique esta ordem tanto na hora dos estudos, quanto na hora de
realizar a prova:

ESTATÍSTICA

Em média são 8 questões do total de 45. São questões que envolvem gráficos,
tabelas e medidas de tendência central. São simples, com nível de Ensino

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Fundamental. E mais, não cansam a mente. Você garante os pontos e ainda


fica livre para resolver as demais!

NÚMEROS

Em média são 7 questões, de 45. Envolvem situação-problema com números


reais, sobretudo decimais. Normalmente não envolvem mais interpretação do
que fórmulas.

GEOMETRIA

São previstas 6 questões (uma difícil e 5 de nível fácil ou médio). As que são
fáceis vão te avaliar na capacidade de reconhecer figuras geométricas,
determinar perímetro, área e volume, aplicar Teorema de Tales e Teorema de
Pitágoras.

Fazendo estas três unidades temáticas você já terá resolvido praticamente


metade da prova! Como são simples, terá gasto pouco tempo e garantido mais
de 60% dos pontos. Então, foque nas questões mais simples, que te trarão
mais resultados!

As outras Unidades Temáticas devem ser resolvidas também, sugiro que dê a


seguinte continuidade:

 SISTEMAS DE MEDIDAS;

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 RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS;


 PROBABILIDADE;
 ÁLGEBRA.

Isso não te impede de alternar entre essas unidades, já que há questões


fundamentais em todas elas.

Vale ressaltar que há outros assuntos, como questões de Análise


Combinatória, Juros Compostos, Logaritmo, Exponencial, Progressão
Aritmética e Geométrica, entre outros. Contudo, são mais raros e por questão
pedagógica do sistema de avaliação (TRI), valem menos.

TOP 4: Fazer os exercícios corretos

Nos vestibulares e concursos, você pode (e deve) tentar fazer a prova toda.
Contudo o grande arremate é fazer os problemas que lhe darão duas
vantagens:

 Gastar menos tempo;


 Ter maior pontuação.

E isso é totalmente possível!

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Cada um de nós temos capacidades variadas em realizar questões, por mais


simples ou complexas que sejam. E sim, é possível que você solucione uma
questão difícil. Mas se esta resolução tomar muito tempo, te estressará e
desanimará em relação à prova. Leve em conta o tempo para realizar a prova,
que lhe dá cerca de 3 minutos em cada questão.

Então o que você deve fazer, é realizar as questões nas quais você sinta
confiança e que domine o conteúdo. Esta é uma análise pessoal! Porém,
quando essas avaliações são elaboradas, a banca pré-determina a dificuldade
dessas questões, baseado na sequência natural dos conteúdos na grade
curricular de Matemática.

Por exemplo, uma questão em que você deve reconhecer o nome de uma
figura geométrica é mais simples que outra na qual deve aplicar
conhecimentos sobre áreas sombreadas de figuras sobrepostas.

Por isso, leia bem a questão, caso veja que pode perder muito tempo nela,
deixe-a para depois.

A seguir temos uma sugestão de roteiro para a resolução de sua prova, seja no
ENEM, vestibular ou em concursos, com questões de Matemática do ensino
fundamental.

Passo 1 - Resolver situações que envolvem aritmética básica, com operações


fundamentais dos conjuntos numéricos;

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Passo 2 - Situações que envolvem modelagem matemática, que podem ser


resolvidas através de equações ou sistemas de primeiro grau;

Passo 3 - Geometria plana ou espacial básica (áreas, perímetros e volumes);

Passo 4 - Gráficos de dados e tabelas (os que requerem apenas análise dos
dados e tomada de decisão);

Passo 5 - Razão simples, regra de três e porcentagem simples;

Passo 6 - Média aritmética simples, moda e mediana;

Em outras palavras, não resolva as questões na ordem em que aparecem na


prova! O segredo é pontuar e quanto mais questões você acertar em menos
tempo, melhor para você.

TOP 5 - A estratégia na hora da prova

Outro fato a se levar em consideração é que em alguns vestibulares as


questões mais simples valem mais pontos, como no caso do ENEM.

O INEP, órgão do MEC responsável pelo ENEM, adota um sistema chamado de


Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esse sistema adota parâmetros que
pontuam com mais pontos as questões mais simples.

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Conhecer os critérios de pontuação utilizados nos exames irá facilitar o seu


estudo e sua preparação. Afinal, entender como ela funciona, de fato, é
fundamental para traçarmos uma estratégia realmente eficiente para a
aprovação.

Vamos ilustrar o sistema utilizado no ENEM: O que é a Teoria de Resposta


ao Item (TRI)?

A TRI é bem diferente das formas de correções tradicionais, nas quais apenas o
total dos acertos é levado em conta. Ela releva também as habilidades exigidas
do aluno e o nível de dificuldade de cada teste.

A TRI utiliza funções e modelos matemáticos complexos, e estima a


probabilidade de cada participante responder corretamente a determinada
questão. Em outras palavras, por mais incrível que pareça, ela consegue
identificar os “chutes” de uma forma bem precisa.

No caso do ENEM, o modelo utilizado foi desenvolvido em 1968 pelo


matemático Birbaum. Nele, são avaliados três parâmetros:

a. Poder de discriminação, no que diz respeito às habilidades dos alunos;


b. A dificuldade de cada item (questão);
c. A probabilidade de acerto ao acaso, popularmente chamado de “chute”.

Como a TRI consegue descriminar um chute?

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Todas as questões da prova são previamente testadas, com a finalidade de


conhecer a dificuldade de cada uma delas. Então, com os dados coletados e o
modelo matemático de Birbaum, são construídas as curvas características de
cada questão.

Mas como a TRI define a competência de cada candidato?

Através do padrão de resposta de cada participante. Por exemplo, imagine


uma prova com cinco questões com os seguintes enunciados:

Questão 1 (Competência 300): Identifique, entre as figuras abaixo, qual delas é


um cilindro.

Questão 2 (Competência 400): Assinale a alternativa que representa


corretamente a fórmula para calcular o volume de um cilindro.

Questão 3 (Competência 500): Calcule o volume de combustível do cilindro ao


lado.

Questão 4 (Competência 600): O volume de um cilindro é de 60 dm³. Se o raio


da base mede o dobro da altura, determine a altura do cilindro.

Questão 5 (Competência 700): Considere um cilindro de raio r e altura h , cuja


capacidade é V. Triplicando-se a altura e dobrando o raio, qual será seu novo
volume?

Antes de explicar como o modelo consegue estimar a competência de cada


participante, vale ressaltar que nos exemplos acima não colocamos as
alternativas, pois, neste momento, as mesmas são irrelevantes. Certamente

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você percebeu que as questões apresentam dificuldades (Competência)


diferentes e crescentes. Ou seja, a primeira é a mais fácil de todas e a última a
mais difícil.

Com isso em mente, considere três alunos (A, B e C) e seus respectivos acertos
descritos abaixo:

 A – Acertou 1, 2 e 3;
 B – Acertou 1, 2 e 4;
 C – Acertou 3, 4 e 5.

Note que os três supostos participantes obtiveram três acertos cada. Ou seja,
numa prova convencional, todos eles teriam a mesma nota. Entretanto, seja
sincero! Qual dos três você gostaria de ter na sua universidade?

Antes de responder, vamos analisar o padrão de acertos de cada um.

O aluno A teve um padrão de resposta bem coerente, quando se deparou com


cinco questões sobre cilindro, ele acertou as três mais fáceis e errou as duas
mais difíceis.

Já o padrão de resposta do aluno B demonstra certa incoerência, afinal acertou


a questão 4 e errou a questão 3, que é mais fácil.

Quando analisamos as respostas do aluno C, a falta de coerência fica bem mais


evidente, pois das cinco questões sobre o mesmo assunto, ele acertou as três
mais difíceis, errando as duas mais fáceis.
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Dessa forma, podemos supor que o modelo matemático designará as


seguintes competências para cada aluno:

Aluno A: 520

Aluno B: 480

Aluno C: 340

Agora voltamos à pergunta: qual deles você gostaria de ter na sua


universidade? Tenho certeza que sua preferência será pelo aluno A. Certo?

Ressalto que este exemplo é apenas uma simplificação ilustrativa da lógica que
o modelo matemático utiliza na classificação da proficiência de cada
participante.

Então meu velho, com a curva característica de cada questão e com o padrão
de resposta de cada participante, é possível prever a chance de acerto ao acaso
de todos participantes em todas as questões!

Fantástico, não é? Por isso a Matemática é minha queridinha!

Fonte: InfoENEM.

Não erre! Dicas gerais para sua aprovação

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DICA 1 - Veja os padrões envolvidos no problema – Muitos problemas de lógica


envolvem o reconhecimento dos padrões para se encontrar a solução. Se o
problema possui dois ou três padrões envolvidos em sua formulação e você só
conseguiu identificar um deles, provavelmente irá errar a questão. Por isso,
tenha faro!

DICA 2 - Comece estudando por assuntos mais básicos – Para que você consiga
entender os assuntos mais complexos de matemática, precisa antes ter um
bom domínio dos assuntos básicos. Nesses casos, portanto, comece sempre
estudando os assuntos básicos e mais fáceis. Nada de querer poupar tempo
pulando aquele assunto básico que você acha que já sabe ou que não considera
importante. Por isso, não subestime os básicos!

DICA 3 - Conheça a Linguagem – Sem dúvida a compreensão da linguagem


facilita o entendimento das ideias. Esse é um dos principais motivos da
dificuldade dos alunos com a matemática e outras matérias de cálculo. Você
precisa aprender a ler a linguagem da matemática para ser capaz de saber o
que está sendo proposto através do problema. Tentar resolver as questões, sem
ter aprendido e memorizado a linguagem, é a mesma coisa que tentar conversar
com alguém que fala alemão, sem ter aprendido o idioma.

DICA 4 - Analise um problema e anote o resumo de suas conclusões - Anotar as


conclusões faz com que você não tenha que ficar se lembrando das conclusões
que já foram feitas. Isso libera a sua mente para pensar de forma livre e tirar
novas conclusões, sem o temor de esquecer as que já foram feitas. Essa é uma

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estratégia essencial e que deve ser sempre seguida; use papel e lápis. Pontue
seu entendimento!!

DICA 5 - Analise Passo a Passo até obter a resposta - Em muitos problemas,


para solucioná-los, temos que tirar conclusões e após isso analisar essas
conclusões, que vão levar a novas conclusões e que vão finalmente solucionar
o problema. Ou seja, o problema precisa ser analisado por etapas, passo a passo!

DICA 6 - Escolha seu livro de estudo - O livro que você está usando pode,
facilitar ou dificultar a aprendizagem dos assuntos matemáticos. Sendo assim,
adotar bons livros de matemática e com uma linguagem de fácil compreensão é
essencial, meu caro!

DICA 7 - Divirta-se com jogos (como Sudoku, damas, xadrez, aplicativos para
smartphones). Eles ajudam no seu desenvolvimento lógico. E você ainda
otimiza seu tempo se aperfeiçoando!

DICA 8 - Leia vários livros contendo um mesmo assunto - Quando não conseguir
entender um assunto complexo e de difícil raciocínio, leia outros livros sobre o
mesmo assunto. Alguns livros tornam complicados assuntos de fácil
compreensão e você pode se surpreender entendendo facilmente um assunto
que em outro livro parecia extremamente complexo. Não se acomode!

DICA 9 - Assista mais de uma vez a uma aula - Rever a aula permite a
compreensão de determinados assuntos que ficaram vagos anteriormente.

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Passe para um novo conteúdo quando estiver com facilidade na resolução de


exercícios. Seja franco consigo mesmo!

DICA 10 - Insista, persista, busque e confie em você. Você será APROVADO!

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Capítulo 2 - Matemática básica para


concursos: veja como acertar nas contas

Não é novidade para ninguém que a mais malvista das matérias de um edital é
a Matemática. Afinal, é a disciplina mais temida desde os primeiros anos da
escola. No entanto, muitos nem mesmo sabem o que pode ser considerado
matemática básica para concursos.

Mas então, como é a matemática básica para concursos?

É fato que a primeira dúvida a ser tirada sobre esse assunto é o que
exatamente os editais querem dizer com “matemática básica”. Podemos
considerar matemática básica como aquilo que é ensinado nos ensinos
Fundamental e Médio (ou seja, do sexto ano até o último ano do Ensino
Médio).

Por isso, quem quer prestar um concurso público que exija matemática básica
pode sair na frente se já tiver completado o Ensino Médio. Assim, você precisa
apenas revisar matérias que já aprendeu.

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Porém, às vezes, o que você aprendeu na escola foi ensinado de modo raso,
ou pode fazer muito tempo desde que terminou o Ensino Médio e todas essas
matérias foram esquecidas. Por isso, saber como criar um bom plano de
estudo para matemática básica para concursos é essencial. Com ele, você
estuda de forma eficiente e alcança os resultados desejados.

Para saber como montar seu plano de estudo, você deve, primeiro, saber quais
são os tópicos mais frequentes sobre matemática básica que caem nas provas.

Não se esqueça que esses tópicos podem mudar dependendo do cargo ao qual
você vai concorrer, porque cada profissão exige alguns conhecimentos
especializados. No entanto, esses são os assuntos mais recorrentes e com
maior probabilidade de cair na prova:

TÓPICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Esses assuntos comuns em provas de matemática básica para concurso são


ensinados no Ensino Fundamental, do sexto ao nono ano:

 Sistema métrico decimal;


 Razão;
 Proporção;
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 Divisão proporcional;
 Regra de três simples e composta;
 Porcentagem;
 Equações de 1 º e 2 º grau;
 Produtos notáveis;
 Fatoração algébrica;
 Área de figuras planas.

TÓPICOS DO ENSINO MÉDIO

Os tópicos abaixo são ensinados nos três anos correspondentes ao Ensino


Médio:

 Progressão aritmética e geométrica;


 Noção de função;
 Juros simples e compostos;
 Probabilidade;
 Análise combinatória;
 Matrizes e determinantes.

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Porém, de nada adianta saber todos esses conteúdos se você ainda não
domina os tópicos mais primordiais da matemática – aqueles que nos são
ensinados bem no começo da vida, no sexto ano do Ensino Fundamental (que
antigamente era chamado de quinta série).

Se você não tem ideia de como começar a estudar para a matemática básica
para concursos, comece revisando esses assuntos básicos. Assim, quando
chegar aos tópicos mais específicos, você vai ter toda a base necessária para
desenvolver seus conhecimentos.

Abaixo, listei quais são os tópicos básicos da matemática que você deve
colocar em seu plano de estudos:

 Operações básicas: soma, subtração, multiplicação, divisão,


potenciação, radiciação e expressões numéricas;
 Interpretação de problemas matemáticos que envolvam as operações
básicas;
 Divisibilidade;
 Números primos;
 Fatoração completa;
 MDC (Máximo Divisor Comum) e MMC (Mínimo Múltiplo Comum);
 Frações (frações equivalentes, operações básicas com frações,
expressões com frações, problemas envolvendo frações etc.);
 Números decimais e operações;
 Sistema métrico decimal.

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Revisando esses tópicos, você conquista base sólida para estudar os assuntos
mais comuns em concursos públicos e ainda resolve as questões com mais
facilidade.

Além disso, você pode resolver qualquer conta na ponta do lápis! O que é ainda
uma preocupação muito grande entre diversos concurseiros que estão
acostumados a usar a calculadora.

Matemática é uma matéria difícil para muitas pessoas. Sendo assim, é


importante esclarecer dois tópicos que vão facilitar seu entendimento da
disciplina e aumentar a eficiência dos seus estudos.

OS TÓPICOS NEM SEMPRE ESTÃO SEPARADOS

Na matemática básica para concursos, mentalize sempre que muitos tópicos


são embasados em outros. Por exemplo, mesmo que logaritmos não esteja na
lista de assuntos mais comuns em concursos, você precisa entender de
logaritmos para aprender juros compostos.

Por isso, tenha em mente que talvez você precise estudar muito mais do que
está previsto nessa lista.

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E quando encontrar algum assunto que você não consegue entender de jeito
nenhum, pesquise e descubra se você não precisa aprender alguma outra
matéria antes. É bem possível que isso esteja te impedindo de avançar!

RACIOCÍNIO LÓGICO VAI ALÉM DOS TÓPICOS

Você já deve ter visto em editais, ou pelo menos ter ouvido alguém
comentado, que o assunto mais cobrado em provas de concursos públicos na
área da matemática é o raciocínio lógico.

Mas por que, então, ele não está na lista de tópicos mais comuns? É porque
raciocínio lógico não é exatamente um tópico. Quando um edital diz que
raciocínio lógico é uma habilidade a ser testada na prova, ele quer dizer que as
questões não serão, necessariamente, ligadas a apenas um tópico cada uma.

Você vai ter que ler e descobrir quais são as operações necessárias para
resolvê-las – o que pode envolver um ou mais dos tópicos mencionados. Essa
resolução é o raciocínio lógico. Por isso, o melhor jeito de treiná-lo é aprender
muito bem a matemática básica para concursos e resolver muitas questões de
provas anteriores.

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Não erre! Dicas gerais para aprovação

Mesmo que você esteja fazendo um cursinho preparatório que tenha um bom
programa de estudo de matemática, seu guia sempre deve ser o edital! Não se
esqueça, ele é sagrado! Se o edital do próximo concurso ainda não tiver sido
lançado, procure pelos editais de concursos passados para se basear.

Aprender pode ser um processo lento, que exige muita paciência e tempo. Por
isso, não deixe para última hora! Comece a se planejar com antecedência, sem
correrias. Quanto mais tempo dedicar e maior for a consistência dos seus
estudos, melhor.

Enquanto algumas matérias podem ser estudadas apenas com livros e marca-
textos (ainda que isso não seja o mais recomendado), a matemática precisa de
exercícios de fixação constantes. Sem eles, você nunca vai ter certeza de que
está aprendendo! Por isso, resolva muitos exercícios nas suas horas de estudo,
busque exercícios diferentes.

Matemática pode ser uma matéria muito exaustiva para a cabeça. Por isso,
não tente passar o dia inteiro em cima dela. Alterne os estudos de matemática
com alguma matéria que seja mais leve para você não terminar o dia com
aquela sensação de exaustão.

Dica de ouro: não use calculadora enquanto estiver estudando. Você não vai
poder usá-la na prova! Estude bastante as operações básicas e resolva tudo o
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que puder na ponta do lápis. Se quiser usar a calculadora, que seja apenas para
conferir as respostas dos seus cálculos.

Lembre-se: organização é a chave para todo tipo de aprendizado. Não comece


a estudar matemática de modo aleatório, escolhendo por cima o que vai ser
estudado. Planeje seus estudos e siga esse plano fielmente todos os dias.
Comece com as matérias básicas que apresentamos aqui e adicione o que
estiver presente nos editais.

Se matemática não for sua matéria preferida, ou você não tiver muita
facilidade com ela, não se desespere: mesmo que seja difícil, nada é impossível
de aprender. Continue estudando com frequência e não pense que
matemática é só para gênios.

Não deixe os mitos de que a Matemática é a matéria mais difícil do mundo te


atrapalhar. Encare ela como todas as outras matérias: algo que você vai
estudar e aprender, no seu tempo e no seu ritmo!

Pensando assim você elimina um pré-conceito limitador e te aproxima mais da


sua vitória.

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Capítulo 3 - Raciocínio Lógico

Lógica (do grego logos) significa pensamento, ideia, argumento. Ela tem o
objetivo primordial de garantir uma linha de pensamento que chegue a
conhecimentos verdadeiros.

Podemos, então, dizer que a lógica nos ensina a lidar com os argumentos,
raciocinando corretamente para não chegarmos a conclusões equivocadas.
Estudaremos neste capítulo alguns princípios complementares da lógica
importantes para o estudo da Matemática.

PROPOSIÇÕES

Proposição é uma declaração (afirmativa ou negativa) que pode ser


classificada como verdadeira ou falsa.

São proposições:

i) “A Bahia fica na região Nordeste.”


É uma proposição verdadeira.

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ii) “O dobro de três não é seis.”


É uma proposição falsa.
iii) “Todo triângulo é equilátero.”
É uma proposição falsa.

Não são proposições, pois não podemos classificar como verdadeiras ou falsas:

i) “Antônio gosta de salada?”


É uma oração interrogativa.

ii) “Thiago, vá estudar para a prova de Biologia.”


É uma oração imperativa.

iii) “2x + 3 = 1”
É uma equação.

CONECTIVOS

A partir de proposições simples, podemos formar proposições mais


complexas, por meio do emprego de símbolos lógicos, denominados
conectivos. As proposições formadas com conectivos são chamadas
proposições compostas.

Conectivo e

Pondo-se o conectivo e (representado pelo símbolo ∧) entre duas proposições


simples A e B, obtemos uma proposição composta. Essa nova proposição é

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dita conjunção das proposições originais A e B, ou seja, é a proposição em que


se declaram ao mesmo tempo A e B.

A conjunção é verdadeira quando A e B forem ambas verdadeiras; se ao menos


uma delas for falsa, então A ∧ B é falsa.

Exemplo 1

A: Cinco é ímpar. (verdadeira)

B: A água é incolor. (verdadeira)

A ∧ B: Cinco é ímpar e a água é incolor. (verdadeira)

Exemplo 2

A: Belo Horizonte é maior do que Goiânia. (verdadeira)

B: O Rio de Janeiro é maior do que São Paulo. (falsa)

A ∧ B: Belo Horizonte é maior do que Goiânia e o Rio de Janeiro é maior do que


São Paulo. (falsa)

Conectivo ou

Pondo-se o conectivo ou (representado pelo símbolo ∨) entre duas


proposições simples A e B, obtemos uma proposição composta. Essa nova
proposição é denominada disjunção das proposições originais A e B, ou seja, é
a proposição em que se declara verdadeira pelo menos uma das proposições A
e B.

A disjunção é verdadeira quando ao menos uma das proposições A e B for


verdadeira; somente se ambas forem falsas é que será falsa.

Exemplo 1

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A: Aranhas são mamíferos. (falsa)

B: Cobras são répteis. (verdadeira)

A ∨ B: Aranhas são mamíferos ou cobras são répteis. (verdadeira)

Exemplo 2

A: O céu é azul. (verdadeira)

B: Triângulos não possuem diagonais. (verdadeira)

A ∨ B: O céu é azul ou triângulos não possuem diagonais.(verdadeira)

Implicação

As palavras se e então, com as proposições A e B na forma “se A, então B”,


determinam uma nova proposição, denominada condicional de A e B. Essa
proposição, que também é chamada de implicação, indica-se por A ⇒ B, e
pode ser lida de diversas maneiras, como:

i) Se A, então B.

ii) A implica B.

iii) A é condição suficiente para B.

iv) B é condição necessária para A.

Exemplo 1

A: Pedro foi ao Ceará.

B: Pedro foi ao Nordeste.

A ⇒ B: Se Pedro foi ao Ceará, então Pedro foi ao Nordeste. (verdadeira)

B ⇒ A: Se Pedro foi ao Nordeste, então Pedro foi ao Ceará. (falsa)


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Exemplo 2

A: Mariana passou no vestibular do ITA.

B: Mariana estudou Matemática.

A ⇒ B: Se Mariana passou no ITA, então ela estudou Matemática. (verdadeira)

A ⇒ B: Estudar Matemática é condição necessária para passar no ITA.


(verdadeira)

A condicional A ⇒ B é falsa somente quando A é verdadeira e B é falsa; caso


contrário, A ⇒ B é verdadeira.

Observe que, se A for falsa, então a implicação será sempre verdadeira. Por
exemplo:

• falsa ⇒ verdadeira, temos conclusão verdadeira. (5 é múltiplo de 3) ⇒ (5 > 3)


(verdadeira)

• falsa ⇒ falsa, temos conclusão verdadeira. (3 = 2) ⇒ (6 = 4) (verdadeira)

A ideia é que se partirmos de uma proposição falsa podemos concluir qualquer


coisa. Mas, a partir de uma proposição verdadeira, temos de deduzir outra
verdadeira.

A recíproca de uma implicação A ⇒ B é a implicação B ⇒ A.

Exemplo 3

A: O triângulo ABC é equilátero.

B: O triângulo ABC é isósceles.

A ⇒ B: Se o triângulo ABC é equilátero, então é o triângulo ABC isósceles.


(verdadeira)

B ⇒ A: Se o triângulo ABC é isósceles, então é equilátero.(falsa)

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Equivalência

Equivalência entre as proposições A e B é a proposição indicada por A ⇔ B,


pela qual se declara, ao mesmo tempo, que A ⇒ B e B ⇒ A.

Portanto, A é a condição necessária e suficiente para B, e vice-versa.

QUANTIFICADORES

Já vimos que sentenças do tipo x + 2 = 5 (ou seja, sentenças com variáveis) não
são proposições, já que não são verdadeiras ou falsas. Por isso, essas sentenças
são chamadas de sentenças abertas. Há duas maneiras de transformar
sentenças abertas em proposições: atribuindo valores específicos às variáveis
ou utilizando um dos dois tipos de quantificadores que veremos a seguir.

Proposições envolvendo quantificadores também são chamadas de


proposições quantificadas.

Quantificador universal

O quantificador universal é indicado pelo símbolo ∀, e deve ser lido “qualquer


que seja”, “para todo” ou “para cada”.

Exemplo

Se x denota um número real, temos as proposições:

i) ∀ x: 2x > 0 (verdadeira)

ii) ∀ x: x + 3 = 1 (falsa)
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Se x denota um estudante, podemos construir a proposição:

∀ x: x é inteligente. (falsa)

Escrevendo essa proposição em liguagem corrente, temos:

“todo estudante é inteligente”.

Quantificador existencial

O quantificador existencial é indicado pelo símbolo ∃, e deve ser lido “existe”,


“existe ao menos um” ou “existe um”.

Exemplo

Se x denota um número real, temos as proposições:

i) ∃ x: x + 2 = 5 (verdadeira)

ii) ∃ x: x2 + 1 < 0 (falsa)

Se x denota um estudante, podemos construir a proposição:

∃ x: x é inteligente. (verdadeira)

Escrevendo essa proposição em linguagem corrente, temos:

“existe estudante inteligente”.

OBSERVAÇÃO

Há também um tipo de quantificador, indicado pelo símbolo ∃!, que significa


“existe um único”.

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NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES

Negação de proposições simples

A negação de uma proposição A é simbolizada por ~A, que se lê “não A” ou,


simplesmente, “negação de A”. Assim, se A é falsa, então ~A é verdadeira, e,
se A é verdadeira, então ~A é falsa. Também podemos dizer que negar uma
proposição acarreta inversão de seu valor lógico.

OBSERVAÇÃO

Para qualquer proposição A, é claro que ~(~A) e A têm o mesmo valor lógico.

Exemplo

A: 4 é primo. (falsa)

~A: 4 não é primo. (verdadeira)

Negação de proposições compostas

Para negarmos uma conjunção ou disjunção, devemos inverter o valor lógico


de cada proposição e trocar “e” por “ou”, e vice-versa.

i) A negação da conjunção (A e B) é a disjunção (~A ou ~B).

ii) A negação da disjunção (A ou B) é a conjunção (~A e ~B).

Em símbolos, escrevemos:

~(A ∧ B) ⇔ (~A) ∨ (~B)

~(A ∨ B) ⇔ (~A) ∧ (~B)

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Exemplo

A: Marcos trabalha. (verdadeira)

B: Marcos joga tênis. (falsa)

A ∨ B: Marcos trabalha ou joga tênis. (verdadeira)

~(A ∨ B): Marcos não trabalha e não joga tênis. (falsa)

Negação de “todo”

Para tornarmos falsa a proposição “todo professor é alto”, devemos encontrar


pelo menos um professor que não é alto.

Portanto, seja a afirmação:

A: Todo professor é alto. (falsa)

Sua negação é:

~A: Existe (pelo menos um) professor que não é alto. (verdadeira)

~A: Nem todo professor é alto. (verdadeira)

Negação de “nenhum”

Analogamente, para negarmos a proposição “nenhum homem é fiel”,


devemos encontrar pelo menos um homem que seja fiel. Temos, então:

A: Nenhum homem é fiel. (falsa)

~A: Existe (pelo menos um) homem fiel. (verdadeira)

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~A: Algum homem é fiel. (verdadeira)

Negação de “algum” ou “existe”

A: Existe cachorro inteligente. (falsa)

Se houver um ou mais cachorros inteligentes, a proposição anterior é


verdadeira. Para torná-la falsa, não pode haver cachorro inteligente. Portanto,
a negação da proposição A é:

~A: Nenhum cachorro é inteligente. (verdadeira)

~A: Todo cachorro não é inteligente. (verdadeira)

CONTRAPOSITIVA DE UMA IMPLICAÇÃO

Definição

Dada uma implicação A ⇒ B, chamamos de contrapositiva dessa implicação a


proposição ~B ⇒ ~A.

Uma implicação qualquer e sua contrapositiva sempre têm o mesmo valor


lógico, como podemos perceber nos exemplos seguintes.

Exemplo 1

A: Jorge trabalha. (verdadeira)

B: Jorge estuda. (falsa)

A ⇒ ~B: Se Jorge trabalha, então não estuda. (verdadeira)

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B ⇒ ~A: Se Jorge estuda, então não trabalha. (verdadeira)

Exemplo 2

A: Todo número primo é ímpar. (falsa)

B: Nenhum número par é primo. (falsa)

A ⇒ B: Se todo número primo é ímpar, então nenhum número par é primo.


(verdadeira)

~B ⇒ ~A: Se algum número par é primo, então nem todo número primo é
ímpar. (verdadeira)

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Capítulo 4 - Potenciação e radiciação

Neste capítulo iremos trabalhar os conceitos da potenciação e radiação.

POTÊNCIA DE EXPOENTE NATURAL

Definição

Dados um número real a e um número natural n, com n > 1, chama-se de


potência de base a e expoente n o número an, que é o produto de n fatores
iguais a a.

Dessa definição, decorre que:

a2 = a.a, a3 = a.a.a, a4 = a.a.a.a, etc.

n fatores

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Dados um número real a, não nulo, e um número natural n, chama-se de


potência de base a e expoente –n o número a–n, que é o inverso de an.

Por definição, temos ainda que a0 = 1 (sendo a ≠ 0) e a1 = a.

Propriedades

Se a ∈ R, b ∈ R, m ∈ Z e n ∈ Z, então valem as seguintes propriedades:

( )

( )

( )

RAIZ ENÉSIMA ARITMÉTICA

Definição

Dados um número real não negativo a e um número natural n, n ≥ 1, chama-se


de raiz enésima aritmética de a o número real e não negativo b tal que bn = a.

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O símbolo √ , chamado radical, indica a raiz enésima aritmética de a. Nele, a


é chamado de radicando, e n, de índice.

√ ⇔

OBSERVAÇÕES

i) Da definição decorre √ = a, para todo a ≥ 0.


ii) Observemos na definição dada que:

Correto Incorreto
√ √

√ √

iii) Devemos estar atentos no cálculo da raiz quadrada de um quadrado


perfeito:

Exemplos

1º) √(– ) |– | e não √(– )


2º)√ , e não √

No conjunto dos números reais, temos situações distintas conforme n seja par
ou ímpar. Vamos verificar:

i) Para n par:

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Se a < 0, não existe raiz n-ésima de a.


Exemplo: √ não existe no conjunto dos números reais.

Se a = 0, a única raiz n-ésima é zero.


Exemplo: √

Se a > 0, a única raiz n-ésima de a é √ .


Exemplo: √

ii) Para n ímpar:

Qualquer que seja o número real a, existe uma única raiz n-ésima, que é
indicada por √ (ou ⁄ , como veremos adiante).

Exemplos

1º) √
2º) √

Propriedades

Se a ∈ R+, b ∈ R+, m ∈ Z, n ∈ N* e p ∈ N*, temos:

√ √

√ √ √



(√ ) √

√√ √

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Se b ∈ R+ e n ∈ N* temos √ √ . Assim, o coeficiente do radical


pode ser colocado no radicando com expoente igual ao índice do radical.

POTÊNCIA DE EXPOENTE RACIONAL

Definição

Dados um número real a (positivo), um número inteiro p e um número natural


q (q ≥ 1), chama-se de potência de base a e expoente a raiz com índice q de
ap.


⇒ √


Sendo que , define-se que .

Exemplos

1º) √ √ √

2º) √

Propriedades

As propriedades a seguir se verificam para as potências de expoente racional.

Assim, se a ∈ R , ∈ Q, ∈ Q, então valem as seguintes propriedades:

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( )

( )

( )

RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Para facilitar cálculos, é comum eliminar raízes dos denominadores das


frações, através de um processo chamado racionalização.

Por exemplo, ao realizarmos a divisão , como √ é aproximadamente



1,41,teremos que efetuar .

Porém, se racionalizarmos a fração dada (multiplicando numerador e


denominador por √ ), teremos:

√ √
√ √ √

E usando a mesma aproximação anterior, ficamos com a divisão


, que é mais simples que a primeira.

De modo geral, para racionalizarmos uma fração com denominador √ ,


multiplicamos o numerador e o denominador por √ , pois √ √
√ .

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Exemplos

√ √ √
1º)
√ √ √ √
√ √ √
2º)
√ √ √ √

Caso apareça no denominador de uma fração uma soma de radicais, devemos


utilizar os produtos notáveis.

Vejamos alguns exemplos de racionalizações:

Exemplo 1

Quando o denominador é do tipo a + b ou a – b, e a e / ou b são raízes


quadradas, lembrando que:

a2 – b2 = (a + b)(a – b)

então devemos multiplicar numerador e denominador por a – b ou a + b,


respectivamente. Assim:

√ (√ ) (√ ) √
1º)
√ √ √ (√ )

√ √ √ √ √ √ √ √
2º)
√ √ √ √ √ √ (√ ) (√ )

Quando o denominador é do tipo a – b ou a + b, e um dos dois é uma raiz


cúbica, lembrando que:

a3 – b3 = (a – b)(a2 + ab + b2)
a3 + b3 = (a + b)(a2 – ab + b2)

então devemos multiplicar o numerador e o denominador por a2 + ab + b2 ou


a2 – ab + b2, respectivamente. Assim:

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[(√ √ )] (√ √ )
√ √
√ √ [(√ √ )] √

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Capítulo 5 – Produto Notável e


Fatoração

PRODUTOS NOTÁVEIS

Os produtos notáveis são identidades que podem ser obtidas de maneira


prática. Assim, como são muito frequentes no cálculo algébrico, iremos listar
os principais:

i) Quadrado da soma de dois termos


(a + b)2 = a2 + 2.a.b + b2

ii) Quadrado da diferença de dois termos


(a – b)2 = a2 – 2.a.b + b2

iii) Produto da soma pela diferença de dois termos


(a + b)(a – b) = a2 – b2

iv) Cubo da soma de dois termos


(a + b)3 = a3 + 3.a2.b + 3.a.b2 + b3

v) Cubo da diferença de dois termos


(a – b)3 = a3 – 3.a2.b + 3.a.b2 – b3

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FATORAÇÃO

Seja uma expressão algébrica escrita como uma soma de termos. Fatorar essa
expressão significa escrevê-la na forma de um produto. Para tanto, existem
determinadas técnicas, descritas a seguir:

Fator comum

Inicialmente, identificamos um termo comum a todas as parcelas da


expressão. Em seguida, colocamos esse termo em evidência.

Exemplos

1º) ab + ac = a(b + c)
2º) 24x3y2 – 6x4y + 12x2y5 = 6x2y(4xy – x2 + 2y4)

Agrupamento

Às vezes, não é possível identificar, de início, um fator comum a todas as


parcelas da expressão. Nesse caso, formamos dois ou mais grupos com um
termo comum. Em seguida, colocamos em evidência um fator comum a todos
os grupos.

Exemplos
1º) ax + ay + bx + by = a(x + y) + b(x + y) = (x + y)(a + b)

2º) 8x2 – 4xz – 6xy + 3yz = 4x(2x – z) – 3y(2x – z) = (2x – z)(4x – 3y)

Soma e diferença de cubos

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Trata-se de identidades muito úteis em cálculo algébrico. São elas:

i) Soma de cubos
a3 + b3 = (a + b)(a2 – ab + b2)

ii) Diferença de cubos


a3 – b3 = (a – b)(a2 + ab + b2)

Exemplo

Fatorar a expressão x3 – 27. Resolução:


x3 – 27 = x3 – 33 = (x – 3)(x2 + 3x + 9)

Identificação de um produto notável

Exemplos

1º) x2 + 10x + 25 = (x + 5)2 → Quadrado da soma.

2º) a4b2 – c6 = (a2b)2 – (c3)2 = (a2b + c3)(a2b – c3) → Produto da soma pela
diferença.

3º) a3 – 3a2 + 3a – 1 = (a – 1)3 → Cubo da diferença.

Fatoração do trinômio da forma ax2 + bx + c

Sejam x1 e x2 as raízes reais do trinômio ax2 + bx + c, com a ≠ 0. Esse trinômio


pode ser escrito na forma:

( )( )

OBSERVAÇÃO

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As raízes podem ser obtidas pela Fórmula de Bháskara:

Exemplo

Fatorar a expressão x2 – 5x + 6.

Resolução:

Cálculo das raízes:

Δ = (–5)2 – 4.1.6 = 25 – 24 = 1


⇒ x1 = 2 e x2 = 3

Substituindo na forma fatorada, temos 1(x – 2)(x – 3).

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Capítulo 6 - Divisibilidade, MDC e MMC

DIVISÃO EUCLIDIANA

O algoritmo da divisão de dois números inteiros D e d, com d ≠ 0, é


representado da seguinte forma:

Dd
r q

Em que 0 ≤ r < |d| e D = qd + r.

Portanto, q é o quociente, e r é o resto da divisão de D por d,e denotamos D


por dividendo e d por divisor.

OBSERVAÇÃO

Quando temos o caso em que r = 0, então D = q.d e, assim, dizemos que D é


um múltiplo de d ou d é um divisor de D.

MÚLTIPLOS E DIVISORES DE UM NÚMERO NATURAL


Sejam dois números inteiros a e b, em que b ≠ 0. O número a será múltiplo de
b se existir um número inteiro m tal que:

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a = m.b
Daí, dizemos que:

i) a é múltiplo de b, ou

ii) a é divisível por b, ou

iii) b é divisor de a, ou

iv) b divide a.

Número par

É todo número inteiro divisível por 2, ou seja, que pode ser escrito na forma 2n,
com n ∈ Z.

Número ímpar

É todo número inteiro que não é divisível por 2, ou seja,que pode ser escrito na
forma 2n + 1, em que n ∈ Z.

CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando seu último algarismo


é par.

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma de seus


algarismos é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando o número formado


pelos dois últimos algarismos é divisível por 4.

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Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando o último algarismo é


0 ou 5.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por


3.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando o número formado


pelos 3 últimos algarismos é divisível por 8.

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma de seus


algarismos é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando o seu último


algarismo é 0.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a soma dos


algarismos de ordem ímpar menos a soma dos algarismos de ordem par é um
número divisível por 11.

Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e


por 4.

NÚMEROS PRIMOS

Um número inteiro positivo é dito primo quando admite exatamente dois


divisores positivos: o número 1 e ele mesmo.

Sendo P o conjunto dos números primos positivos, temos:

P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, ...}

OBSERVAÇÕES

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i) Se um número possui mais de dois divisores positivos, ele é chamado de


composto.

ii) O número 1 não é primo nem composto.

Reconhecimento de um número primo

Seja n um número inteiro positivo. Para verificarmos se n é primo, podemos


proceder da seguinte forma:

i) Calculamos o valor de √ .

ii) Verificamos se n é divisível por cada um dos números primos menores do


que √ .

iii) Se n não é divisível por nenhum desses números primos, então n é primo.
Caso contrário, n é composto.

Exemplo

Verificar se 97 é primo.

√ = 9,85 (aproximadamente)

Os primos menores do que √ são 2, 3, 5 e 7.

Observe que 97 não é divisível por nenhum desses números, ou seja, 97 é


primo.

DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS

Todo número natural maior do que 1 ou é primo ou pode ser escrito como um
produto de fatores primos. Esse produto é obtido pela chamada decomposição
em fatores primos ou, simplesmente, fatoração do número.
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Exemplo

Decompor em fatores primos o número 840.

840 2
420 2
210 2
105 3
35 5
7 7
1 840 = 23.3.5.7

CÁLCULO DA QUANTIDADE DE DIVISORES DE UM


NÚMERO NATURAL

i) Decompõe-se o número em fatores primos.

ii) Tomam-se os expoentes de cada fator primo, e soma-se 1 a cada um deles.

iii) Multiplicam-se os resultados anteriores. O produto é a quantidade de


divisores positivos do número.

Exemplo

Determinar a quantidade de divisores de 360.


360 2
180 2
90 2
45 3
15 3
5 5
1 23.32.51

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Assim, a quantidade de divisores é: (3 + 1)(2 + 1)(1 + 1) = 4.3.2 = 24

MÁXIMO DIVISOR COMUM (MDC)

O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais é o maior número


que é divisor de todos esses números. Para se obter o MDC entre dois ou mais
números, deve-se:

i) Decompô-los em fatores primos.

ii) Tomar os fatores primos comuns com seus menores expoentes.

iii) Efetuar o produto desses fatores.

Exemplo

Calcular o máximo divisor comum dos números 90, 96 e 54.

90 = 2.32.5 96 = 25.3 54 = 2.33

Daí, temos que MDC (90, 96, 54) = 2.3 = 6.

OBSERVAÇÃO

Dois números são ditos primos entre si quando o MDC entre eles é igual a 1.

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (MMC)

O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números naturais é o menor


número natural, excluindo o zero, que é múltiplo desses números.

Assim, para se obter o MMC entre dois ou mais números naturais, deve-se:

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i) Decompô-los em fatores primos.

ii) Tomar todos os fatores primos comuns e não comuns com seus maiores
expoentes.

iii) Efetuar o produto desses fatores.

Exemplo

Calcular o mínimo múltiplo comum dos números 90, 96 e 54.

90 = 2.32.5 96 = 25.3 54 = 2.33

Daí, temos que o MMC (90, 96, 54) = 25.33.5 = 4 320.

OBSERVAÇÃO

Podemos também calcular o MMC de dois ou mais números através da


chamada decomposição simultânea.

Refazendo o exemplo anterior, temos:

90, 96, 54 2
45, 48, 27 2
45, 24, 27 2
45, 12, 27 2
45, 6, 27 2
45, 3, 27 3
15, 1, 9 3
5, 1, 3 3
5, 1, 1 5
1, 1, 1 MMC (90, 96, 54) = 25.33.5 = 4 320

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RELAÇÃO ENTRE O MMC E O MDC

Sendo a e b dois números naturais, temos:

[MMC (a, b)].[MDC (a, b)] = a.b

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Capítulo 7 - Teoria dos Conjuntos

Entendemos a ideia de conjuntos como qualquer coleção ou grupo de objetos


ou símbolos (os quais chamamos de elementos).

Para indicar que x é um elemento de A, escrevemos x ∈ A (lê-se x pertence a


A). Se x não pertence a A, indicamos x ∉ A.

As principais maneiras de representarmos um conjunto são:

i) Por meio da enumeração de seus elementos.

Exemplo

O conjunto dos dias da semana é:


S = {domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado}

ii) Por meio de uma propriedade comum aos seus elementos.

Exemplo
A = {x ∈ N | x < 7} que corresponde ao conjunto
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}.

iii) Por meio do Diagrama de Venn (John Venn, lógico inglês, 1834-1923).

Exemplo A
2 3 6
0 1 7
4 5

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Admite-se a existência de conjuntos com um só elemento (conjuntos unitários)


e de um conjunto sem elementos, denominado conjunto vazio, e representado
por ∅ ou { }.

SUBCONJUNTOS

Dados os conjuntos A e B, dizemos que B é subconjunto de A se, e somente se,


todo elemento de B for elemento de A.

Notação: B ⊂ A (lê-se B está contido em A)

A
B

Sendo A e B conjuntos, tem-se que A ⊂ B e B ⊂ A se, e somente se, A = B.

OBSERVAÇÕES

i) Qualquer que seja o conjunto A, tem-se que A é subconjunto de A, pois todo


elemento de A é elemento de A.

ii) Qualquer que seja o conjunto A, tem-se que o conjunto vazio é subconjunto
de A, pois, se não o fosse, deveria existir pelo menos um elemento do conjunto
vazio que não pertencesse a A (que é um absurdo).

Exemplo

Dado o conjunto A = {1, 2, 3, {3, 4}}, classificar em verdadeira V ou falsa F cada


uma das seguintes proposições.

A) ( ) A possui 4 elementos.
B) ( ) 1 ∈ A e 2 ∈ A
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C) ( ) {1, 2} ⊂ A
D) ( ) {3, 4} ⊂ A
E) ( ) {{3, 4}} ⊂ A

O conjunto A possui 4 elementos, a saber, os números 1, 2 e 3 e o conjunto


binário {3, 4}; portanto, tem-se que 1 ∈ A, 2 ∈ A, 3 ∈ A e {3, 4} ∈ A.

{1, 2} ⊂ A, pois 1 e 2 são elementos de A.

{3, 4} ⊄ A, pois 4 não é elemento de A.

{{3, 4}} ⊂ A, pois {3, 4} é elemento de A.

Assim, a única proposição falsa é a letra D.

CONJUNTO DAS PARTES

Sendo A um conjunto finito, com n elementos, prova-se que o número de


subconjuntos de A é 2n.

O conjunto de todos os subconjuntos de A é chamado o conjunto das partes de


A, e será indicado por P(A).

Exemplo

Dado o conjunto A = {x, y, z}, obter o conjunto das partes de A.

Resolução:
Como o número de elementos de A é 3, conclui-se que o número de seus
subconjuntos é 23 = 8. Os subconjuntos de A são:

∅; {x}; {y}; {z}; {x, y}; {x, z}; {y, z}; A

Assim, o conjunto das partes de A é:

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P(A) = {∅, {x}, {y}, {z}, {x, y}, {x, z}, {y, z}, A}

UNIÃO

Dados os conjuntos A e B em um universo U, chama-se união (ou reunião) de A


com B ao conjunto dos elementos que pertencem a, pelo menos, um dos
conjuntos A ou B.

A ∪ B = {x ∈ U | x ∈ A ou x ∈ B}
U
A B

Exemplos

1º) {1, 2, 3, 4, 5} ∪ {4, 5} = {1, 2, 3, 4, 5}


2º) {1, 2, 3, 4} ∪ ∅ = {1, 2, 3, 4}

Propriedades

A∪B=B∪A
B⊂A⇒A∪B=A
A∪∅=A
(A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C) = A ∪ B ∪ C

INTERSEÇÃO

Dados os conjuntos A e B em um universo U, chama-se interseção de A com B


ao conjunto dos elementos comuns a A e B.

A ∩ B = {x ∈ U | x ∈ A e x ∈ B}
U
A B

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Exemplos

1º) {1, 2, 3, 4} ∩ {4, 5} = {4}


2º) {1, 2, 3, 4} ∩ ∅ = ∅

Propriedades

A∩B=B∩A
B⊂A⇔A∩B=B
A∩∅=∅
(A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) = A ∩ B ∩ C
(A ∩ B) ⊂ (A ∪ B)

DIFERENÇA

Dados os conjuntos A e B em um universo U, chama-se diferença entre A e B,


nessa ordem, ao conjunto dos elementos de A que não são elementos de B.
A − B = {x ∈ U | x ∈ A e x ∉ B}

U
A B

Exemplos

1º) {1, 2, 3, 4, 5} – {4, 5} = {1, 2, 3}

2º) {1, 2} – ∅ = {1, 2}

3º) ∅ – {1, 2} = ∅

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Propriedades

(A – B) ⊂ A
A–∅=A
∅–A=∅
A – (A ∩ B) = A – B

Exemplo

Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5, 6, 7}, obter os conjuntos A ∩ B,


A ∪ B, A – B e B – A.

Resolução:

A ∩ B = {3, 4}
A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
A – B = {1, 2}
B – A = {5, 6, 7}

COMPLEMENTAR

Chamemos de conjunto universo U o conjunto que contém todos os elementos


do contexto no qual estamos trabalhando. No Diagrama de Venn a seguir,
representamos o complementar de A em relação ao universo (indicado por
ou ̅).
U
𝐴̅
A

Dados os conjuntos A e B, com B ⊂ A, chama-se de complementar de B em


relação a A o conjunto:
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∈ ∉ –

A
B

Exemplo
Dados A = {1, 2, 3, 4} e B = {2, 4}. O complementar de B em relação a A é
.

LEIS DE MORGAN

i) (A ∪ B)C = AC ∩ BC

ii) (A ∩ B)C = AC ∪ BC

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Capítulo 8 - Conjuntos numéricos

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS

Chama-se conjunto dos números naturais – símbolo N – ao conjunto formado


pelos números 0, 1, 2, 3, ... .

Assim: N = {0, 1, 2, 3, ...}

Destacamos o conjunto N * = N – {0} = {1, 2, 3, ...} (conjunto dos números


naturais não nulos).

No conjunto dos números naturais, é sempre possível efetuarmos a soma ou a


multiplicação de dois números (essas operações estão definidas em N).
Dizemos que o conjunto dos números naturais é fechado em relação à sua
soma e à sua multiplicação. Porém, nem sempre sua subtração é possível. Por
exemplo, 3 – 5 ∉ N, daí a necessidade de um conjunto mais amplo.

CONJUNTO DOS NÚMEROSINTEIROS

Chama-se conjunto dos números inteiros – símbolo Z – ao conjunto formado


por todos os números naturais e pelos opostos.

Assim: Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}

No conjunto Z, distinguimos cinco subconjuntos notáveis:


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i) Z + = {0, 1, 2, 3, ...} = N (conjunto dos inteiros não negativos).

ii) Z – = {0, –1, –2, –3, ...} (conjunto dos inteiros não positivos).

iii) Z * = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...} (conjunto dos inteiros não nulos).

iv) Z = {1, 2, 3, ...} = N* (conjunto dos inteiros positivos).

v) Z = {..., –3, –2, –1} (conjunto dos inteiros negativos).

A soma, subtração ou multiplicação de números inteiros sempre resulta em


um número inteiro. O conjunto dos números inteiros (Z) é, portanto, fechado
em relação a essas operações.

Divisibilidade

Dizemos que o inteiro a, em que a ≠ 0, é divisor do inteiro b, ou que a divide b,


se a divisão de b por a for exata, ou seja, resto zero.

Exemplos

1º) 2 é divisor de 6, pois 6 ÷ 2 = 3.


2º) 7 divide –21, pois –21 ÷ 7 = –3.

Quando a é divisor de b, com a ≠ 0, dizemos que “b é divisível por a” ou “b é


múltiplo de a”.

Para um inteiro a qualquer, indicamos com D(a) o conjunto de seus divisores e


com M(a) o conjunto de seus múltiplos.

Exemplos

1º) D(2) = {±2, ±1} 4º) M(2) = {0, ±2, ±4, ±6, ...}
2º) D(–3) = {±3, ±1} 5º) M(–3) = {0, ±3, ±6, ±9, ...}
3º) D(0) = Z * 6º) M(0) = {0}
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Dizemos que um número inteiro p é primo se p ∉ {–1, 0, 1} e D(p) = {–p, p, –1,


1}.

Exemplo

–2, 2, –3, 3, –5, 5, –7 e 7 são primos.

Dado um número q ∉ {–1, 1}, o inverso de q não existe em Z: ∉ Z. Por isso,


não podemos definir em Z a operação de divisão. Introduziremos, então, o
conjunto dos números racionais.

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS

Chama-se conjunto dos números racionais – símbolo Q – ao conjunto das


frações que podem ser reduzidas à forma , em que a ∈ Z, b ∈ Z e b ≠ 0.

No conjunto Q, destacamos 5 subconjuntos:

i) Q += conjunto dos racionais não negativos.

ii) Q – = conjunto dos racionais não positivos.

iii) Q * = conjunto dos racionais não nulos.

iv) Q = conjunto dos números racionais positivos.

v) Q *= conjunto dos racionais negativos.

Na fração , em que b ≠ 0, a é o numerador e b, o denominador. Se a e b são


primos entre si, isto é, se MDC (a, b) = 1, então dizemos que é uma fração
irredutível.

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Assim, as frações e são irredutíveis, mas não é.


O conjunto dos números inteiros está contido no conjunto números racionais
(Z ⊂ Q), pois todo inteiro é uma fração com denominador 1.

Assim, 2 ∈ Q, pois 2 = .

Números decimais

Notemos que todo número racional , com b ≠ 0, pode ser representado por
um número decimal. Passa-se um número racional para a forma de número
decimal dividindo o inteiro a pelo inteiro b. Na passagem de uma notação para
outra, podem ocorrer dois casos:

i) O número decimal tem uma quantidade finita de algarismos, diferentes de


zero, isto é, uma decimal exata.

Exemplos
1º) 3º)

2º) 4º)

ii) O número decimal tem uma quantidade infinita de algarismos que se


repetem periodicamente, isto é, uma dízima periódica.

Exemplos

1º) ̅ (período 6)

2º) ̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅ (período 285714)

3º) ̅ (período 3)

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Podemos notar, também, que todo número na forma de decimal exata ou de


dízima periódica pode ser convertido à forma de fração e, portanto,
representa um número racional.

Quando a decimal é exata, podemos transformá-la em uma fração cujo


numerador é o numeral decimal sem a vírgula e cujo denominador é o
algarismo 1 seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do
numeral dado.

1º) 3º)

2º) 4º)

Quando a decimal é uma dízima periódica, devemos procurar sua geratriz. A


seguir, são dados alguns exemplos de como obter a geratriz de uma dízima
periódica.

Exemplo 1

Obter a fração geratriz de 0,444... .

X=0,444...
⇒ 𝑥 𝑥 ⇒𝑥
10x=4,444...

Portanto, 0,444... = .

Regra Prática

No numerador da fração, coloca-se aquilo que se repete (período); no


denominador, tantos noves quantos forem os algarismos que se repetem. No
exemplo anterior, só um algarismo (o quatro) se repete; por isso, coloca-se um
só 9 no denominador da fração.

Exemplo
0,2323232... =

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CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

Números irracionais

Existem números cuja representação decimal com infinitas casas decimais não
é periódica. Por exemplo, o numeral decimal 0,1010010001... (em que o
número de algarismos 0 intercalados entre os algarismos 1 vai crescendo) é
não periódico. Ele representa um número não racional (irracional).

Outros exemplos de números irracionais:

1º) 1,234567891011... 4º) √


2º) 6,02002000... 5º) √
3º) 34,56789101112... 6º) √ √

OBSERVAÇÕES

i) Dados α irracional e r racional não nulo, então:

α+r
α.r
α/r
⇒ são todos úm ros irr cio is
r/α

Exemplos

1º) √ 3º) √


2º) 4º)

ii) A soma, subtração, multiplicação ou divisão de dois irracionais pode resultar


em um racional ou em um irracional.

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Exemplos

1º) √ √ 3º) √ √

√ √
2º) √ √ √ 4º)

São números irracionais

Exemplos

1º) √ ( √ ) 3º) √ √


2º) √ √ 4º)

São números racionais

Números reais

Chama-se conjunto dos números reais – símbolo R – àquele formado por


todos os números com representação decimal, isto é, as decimais exatas ou
periódicas (que são números racionais) e as decimais não exatas e não
periódicas (que são números irracionais).

Dessa forma, o conjunto dos números reais (R) é a união do conjunto dos
números racionais (Q) com o conjunto dos números irracionais.

No conjunto R, destacamos cinco subconjuntos:

i) R += conjunto dos reais não negativos.

ii) R – = conjunto dos reais não positivos.

iii) R * = conjunto dos reais não nulos.

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iv) R = conjunto dos reais positivos.

v) R = conjunto dos reais negativos.

Intervalos reais
Dados dois números reais a e b, com a < b, definimos:

i) Intervalo aberto de extremos a e b é o conjunto:

]a, b[ = {x ∈ R | a < x < b}


a b

ii) Intervalo fechado de extremos a e b é o conjunto:

[a, b] = {x ∈ R | a ≤ x ≤ b}
a b

iii) Intervalo fechado à esquerda (ou aberto à direita) de extremos a e b é o


conjunto:

[a, b[ = {x ∈ R | a ≤ x < b}
a b

iv) Intervalo fechado à direita (ou aberto à esquerda)de extremos a e b é o


conjunto:

]a, b] = {x ∈ R | a < x ≤ b}
a b

Os números reais a e b são denominados, respectivamente, extremo inferior e


extremo superior do intervalo.

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Também são intervalos reais os “intervalos infinitos” assim definidos:

i) ]–∞, a[ = {x ∈ R | x < a}
a

ii) ]–∞, a] = {x ∈ | x ≤ a}
a

iii) ]a, +∞[ = {x ∈ | x > a}


a

iv) [a, +∞[ = {x ∈ | x ≥ a}


a

CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS

Vimos que √ ∈ R qualquer que seja o real a não negativo. Assim, por
exemplo, √ e √ são números reais.

Se o índice da raiz for ímpar, os radicais da forma √ , em que a ∈ R+,


também representam números reais. É o caso, por exemplo, de √ .

Por outro lado, se o radicando é negativo, e o índice da raiz é par, o radical


√ não representa elemento de R. Por exemplo,√ não é real, pois
√ = x ⇒ –1 = x2, o que é impossível, pois se x ∈ R, então x2 ≥ 0.

Para resolver esse problema com √ , introduzimos o conjunto C dos números


complexos, do qual R é um subconjunto.

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Resumo

Os conjuntos numéricos podem ser representados esquematicamente pela


figura a seguir:

N Z Q R C

Observemos que N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ⊂ C.

Notemos também que:

i) Z – N = conjunto dos números inteiros negativos.

ii) Q – Z = conjunto dos números racionais não inteiros.

iii) R – Q = conjunto dos números reais irracionais.

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