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Triagem Organização LTDA ME
Bibliotecário responsável: Tiago Pereira Nocera CRB 1/2995
Portal Educação
P842a Aromaterapia / Portal Educação.- Campo Grande: Portal Educação, 2015.
75p. : il.

Inclui bibliografia
ISBN 978-85-436-0405-3

1. Aromaterapia. I. Portal Educação. II. Título.


CDD 615.3
SUMÁRIO

1 O QUE É A AROMATERAPIA? ........................................................................................................4


2 HISTÓRIA DA AROMATERAPIA .....................................................................................................5
3 CRONOLOGIA DA AROMATERAPIA: .............................................................................................6
4 O AROMA ........................................................................................................................................11 2
5 A RESPIRAÇÃO E O AROMA .........................................................................................................12
6 O OLFATO .......................................................................................................................................13
7 VIVÊNCIAS: .....................................................................................................................................17
8 AS FASES DE INTERPRETAÇÃO DE UM AROMA .......................................................................19
9 OS ÓLEOS ESSENCIAIS.................................................................................................................25
9.1 OS TERPENOS: ............................................................................................................................25
9.2 DERIVADOS TERPÊNICOS:.........................................................................................................26
9. 3 DERIVADOS DE FENILPROPANO: .............................................................................................27
9. 4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO .........................................................................................................27
9.4 1 Destilação a vapor ....................................................................................................................28
9.4. 2 Prensagem e Obtenção à Frio ................................................................................................28
9.4. 3 Maceração ................................................................................................................................29
9.4.4 Enfloragem ................................................................................................................................29
10 USO DA AROMATERAPIA ............................................................................................................31
10. 1 MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO ......................................................................................................32
10.1.1 Inalação....................................................................................................................................32
10.1.2 Massagem Terapêutica...........................................................................................................32
10. 1.3 Aromatizadores ......................................................................................................................33
10.1.4 Banho Terapêutico .................................................................................................................34
10.1.5 Sinergias ..................................................................................................................................36
11 PRECAUÇÕES NO USO DA AROMATERAPIA ...........................................................................41
12 CONFECÇÃO DE PRODUTOS AROMATERAPÊUTICOS: ..........................................................42
12.1 SAIS DE BANHO: ........................................................................................................................42
12.2 AROMATIZADOR: .......................................................................................................................43
12.3 PERFUME ...................................................................................................................................45
12.4 ANIS-ESTRELADO......................................................................................................................46
12.5 CAMOMILA-ROMANA ................................................................................................................47
12.6 BENJOIM .....................................................................................................................................48
12. 7 CANELA-DA-CHINA ...................................................................................................................49
12.8 CÂNFORA ...................................................................................................................................49
12. 9 CEDRO .......................................................................................................................................50
12. 10 CIPRESTE ................................................................................................................................51
12.11 CITRONELA ..............................................................................................................................52
12.12 CRAVO ......................................................................................................................................53 3
12. 13 EUCALIPTO COMUM ...............................................................................................................54
12. 14 GERÂNIO .................................................................................................................................54
12.15 HORTELÃ-PIMENTA .................................................................................................................55
12. 16 YLANG-YLANG/CANANGA ......................................................................................................57
12.17 JASMIM .....................................................................................................................................57
12.18 LARANJA-DOCE .......................................................................................................................58
12. 19 LIMÃO .......................................................................................................................................59
12.20 MANJERICÃO ...........................................................................................................................60
12.21 MANJERONA ............................................................................................................................61
12.22 MIRRA .......................................................................................................................................62
12. 23 NÉROLI.....................................................................................................................................63
12. 24 OLÍBANO ..................................................................................................................................64
12.25 PALMA-ROSA ...........................................................................................................................66
12.26 PATCHULI .................................................................................................................................67
12. 27 PAU-ROSA ...............................................................................................................................68
12. 28 PETITGRAIN ............................................................................................................................68
12.29 SALSA .......................................................................................................................................69
12. 30 SÂNDALO .................................................................................................................................71
12. 31 TANGERINA .............................................................................................................................72
12. 32 TEA TREE ................................................................................................................................73
12. 33 TOMILHO..................................................................................................................................74
1 O QUE É A AROMATERAPIA?

“A aromaterapia é uma opção de vida que nos ajuda a sentir bem fisicamente,
mentalmente e emocionalmente. Seus meios para restaurar o equilíbrio do corpo e do espírito
estão fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas e seus óleos essenciais”.

Adão Roberto da Silva 4


2 HISTÓRIA DA AROMATERAPIA

Nos tempos primórdios, as ervas eram tratadas de maneira empírica e os


conhecimentos eram passados verbalmente pelas mulheres, de mãe para filha, ao longo de
milhares de anos. A vocação feminina para os cuidados da casa, colheita das ervas e geração e
manutenção da prole, facilitou a transmissão do conhecimento e aprimoramento de técnicas para
a prevenção de doenças dentro do lar. 5
A Aromaterapia faz parte dos mais antigos métodos de cura. Foi constatado o uso dos
óleos aromáticos no embalsamamento de múmias datando 6000 a.C; junto ao esqueleto havia
vasilhas com folhas e plantas medicinais. Porém, os primeiros registros só apareceram por volta
de 3000 a.C, quando foi criado o alfabeto Sumério.
Acredita-se que a história da Aromaterapia começou com a queima de madeiras, folhas,
gravetos e eucaliptos perfumados na Antigüidade. Esta prática provavelmente apareceu a partir
da descoberta de que algumas fogueiras, como as feitas de cipreste e cedro, perfumavam o ar
quando eram queimadas. Na verdade, a nossa palavra moderna perfume deriva do latim per
fumum, que significa "através da fumaça". O incenso não foi, portanto, a única utilização de
fragrância nos tempos antigos. Em algum ponto entre os anos 7000 e 4000 a.C, as tribos
neolíticas aprenderam que as gorduras dos animais, quando eram aquecidas, absorviam as
propriedades aromáticas e curativas das plantas. Talvez folhas ou flores perfumadas tenham
caído acidentalmente na gordura enquanto a carne estava sendo preparada na fogueira. A
informação obtida nesse acidente levou a outras descobertas: as plantas davam sabor à comida,
ajudavam a curar ferimentos e suavizavam a pele seca de forma bem melhor que a gordura sem
fragrância. Essas gorduras perfumadas, as precursoras das nossas modernas loções para
massagem e para o corpo, perfumavam quem as usava, protegiam a pele e os cabelos das
intempéries do tempo e dos insetos e relaxavam músculos doloridos. Elas também afetavam a
energia e as emoções das pessoas.
Podemos dizer que a Aromaterapia trabalha nosso corpo de maneira natural e holística.
Os óleos essenciais atuam no corpo restaurando nossas energias curativas e proporcionando o
balanceamento entre corpo, mente e espírito.
A fumaça ou a fumigação foi provavelmente um dos usos mais antigos das plantas
aromáticas com efeitos alucinógenos, estimulantes ou calmantes. Gradualmente esses
conhecimentos foram passados geração a geração, até chegar aos dias de hoje.
3 CRONOLOGIA DA AROMATERAPIA:

Na Babilônia foram encontradas placas de barros do ano 3000a.C, que descreviam


sobre a utilização de ervas. A Farmácia babilônica era extensa, tinha a descrição de 1.400
plantas. Porém a prática da medicina naquela época era muito precária. Heródoto, historiador
grego, dá dicas de que era o costume deitar os pacientes nas ruas e pedir opiniões as pessoas
que passavam. 6
Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers comprou um volumoso rolo de papiro. Após
ter decifrado a introdução, Ebers foi surpreendido pela seguinte frase: «Aqui começa o livro
relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano.»
Viria a provar-se ser aquele escrito o primeiro tratado médico egípcio conhecido.
Compunha-se de uma parte relativa ao tratamento das doenças internas e de uma longa e
impressionante lista de medicamentos.
Atualmente, pode afirmar-se que, 2000 anos antes do aparecimento dos primeiros
médicos gregos, já existia uma medicina egípcia, organizada como conjunto de conhecimentos e
de práticas distintas das crenças religiosas. Duas das receitas incluídas no papiro de Georg
Ebers são, efetivamente, consideradas como remontando à 6ª dinastia, ou seja, há cerca de 24
séculos antes do nascimento de Cristo.
Aproximadamente na mesma época, o Templo de Edfu desenvolveu uma escola de
medicina e mantinha um importante jardim de plantas medicinais.
Dentre as plantas mais utilizadas pelos Egípcios, é indispensável citar o zimbro, as
coloquíntidas, a romãzeira, a semente do linho, o funcho, o bordo, o cardamomo, os cominhos, o
alho, a folha de sene, o lírio e o rícino. Um baixo-relevo proveniente de Akhetaton ostenta uma
planta medicinal que posteriormente desempenharia um papel fundamental na farmacopéia da
Idade Média: a mandrágora.
Os Egípcios conheciam também as propriedades analgésicas da dormideira, utilizada,
segundo eles, na preparação do «remédio contra as crises anormalmente prolongadas».
Mais notável ainda é o conhecimento progressivamente adquirido das regras de
dosagem específicas para cada droga; prática que se ampliou ao fabrico e à administração de
todos os remédios, podendo afirmar-se que assim nasceu à receita médica e a respectiva
posologia.
Estes conhecimentos médicos iniciados no antigo Egito divulgaram-se nomeadamente
na Mesopotâmia. Em 1924, o Dr. Reginald Campbell Thompson, do Museu Britânico, conseguiu
identificar 250 vegetais, minerais e substâncias diversas cujas virtudes terapêuticas os médicos
babilônios haviam utilizado, especialmente a beladona, administrada contra os espasmos, a
tosse e a asma; os pergaminhos da Mesopotâmia mencionam ainda o cânhamo indiano, ao qual
se reconhecem propriedades analgésicas e que se receita para a bronquite, o reumatismo e a
insônia.
O nome de Cleópatra é lendário e importante para a História da Aromaterapia e está
inextricavelmente ligado à perfumaria. Cleópatra foi à última das rainhas egípcias, apesar de não
ter puro sangue egípcio. Ela, mais grega que egípcia, reinou sobre um império moribundo – a 7
força de sua personalidade foi suficiente para subjugar Júlio César, bem como Marco Antônio. Já
disseram que sua beleza não era tão notável. A sedução que exerceu sobre Marco Antônio foi
conseguida com seu uso liberal de perfumes. Há registros de que, em dada ocasião, usou
ungüentos no valor de 400 denários - caríssimo, apenas para suavizar e perfumar suas mãos.
Há histórias de Cleópatra embeber as velas de seu navio com o óleo essencial de jasmim e
todas as vezes que cruzava o Nilo, todos sabiam que era ela, pois a reconheciam pelo seu
perfume.
Também encontramos notas de faraós que usavam os ornamentos nas cabeças em
formato de cone, contendo os óleos que gotejavam pouco a pouco por seus cabelos
aromatizando-os e produzindo uma grande atração e poder sobre as pessoas.
Após a morte de Cleópatra, em 30 a.C o Egito se tornou uma província romana. Os
romanos eram ainda mais liberais no uso de perfume que os gregos. Seus perfumes eram
acondicionados em garrafas “unguentaria”, geralmente feitas de alabastro, ônix ou vidro e
usadas para banhos – os banhos romanos. Os perfumistas romanos unguentarii eram
numerosos e ocuparam um trecho específico de uma rua da cidade, a vicus thuraricus no
Velabrum. Em Cápua, cidade notável por seu luxo ocupava toda uma rua. Usavam-se três tipos
de perfume: “Ladysmata” – ungüentos sólidos, stymmata - óleos essenciais, e diaspasmata –
perfumes em pó.
Na Índia, a aromaterapia como parte da medicina ayurvédica, remonta aos tempos dos
Vedas, uma coleção de hinos datando aproximadamente 1500a.C. Nessa época, os médicos
indianos desenvolveram técnicas cirúrgicas e criaram diagnósticos avançados. O tratamento,
entretanto, era feito com ervas aromáticas e fitoterápicas. O livro sagrado da Medicina Ayurveda,
o Atharva Veda, inclui mais de 1000 ervas medicinais, muitas das quais continuam sendo
utilizadas até hoje.
A princípio eram os Gregos, e mais tarde, por seu intermédio os Romanos, os herdeiros
dos conhecimentos egípcios, desenvolvendo-os até um elevado nível. Aristóteles, espírito
universal, estudou história natural e botânica; Hipócrates, freqüentemente considerado «o pai da
medicina», reuniu com os seus discípulos a totalidade dos conhecimentos médicos do seu tempo
no conjunto de tratados conhecidos pelo nome de Corpus Hippocraticum: para cada enfermidade
descreve o remédio vegetal e o tratamento correspondente.
Catão, o Antigo, no século II a.C., mencionou no seu tratado De Re Rustica cento e vinte
plantas medicinais que cultivava no seu próprio jardim.
No início da era cristã, Dioscórides inventariou no seu tratado De Materia Medica mais
de 500 drogas de origem vegetal, mineral e animal. À semelhança dos seus predecessores, 8
esforçou-se por ter em conta o maravilhoso e separar o racional do irracional. Esta preocupação
científica nem sempre foi seguida por Plínio, o Antigo, cuja monumental História Natural contém
por vezes descrições de algum modo fantasistas.
Finalmente, o grego Galeno, cuja influência foi tão duradoura como a de Hipócrates,
ligou o seu nome especialmente ao que ainda se denomina a «escola galênica» ou «farmácia
galênica». Efetivamente, distingue-se o emprego das plantas «ao natural»; ou seja, sob a forma
de pós, das «preparações galênicas», em que solventes como o álcool, a água ou o vinagre
servem para concentrar os componentes ativos da droga, os quais serão utilizados para preparar
ungüentos, emplastros e outras formas galênicas.
O longo período que se seguiu no Ocidente, à queda do Império Romano, designado
universalmente por Idade Média, não foi exatamente uma época caracterizada por progressos
científicos. Os domínios da ciência, da magia e da feitiçaria tendem freqüentemente a confundir-
se; drogas como o meimendro-negro, a beladona e a mandrágora serão consideradas como
plantas de origem diabólica.
Assim, Joana D’Arc será acusada de ter «atormentado os Ingleses pela força e virtude
mágica de uma raiz de mandrágora escondida sob a armadura».
Contudo, não é possível acreditar que na Idade Média se perderam completamente os
conhecimentos adquiridos durante os milênios precedentes. Os monges, devido aos seus
conhecimentos do latim e do grego, foram os detentores do saber da Antiguidade; grande
número de mosteiros vangloriava-se dos seus «jardins dos simples», onde cresciam as plantas
utilizadas para o tratamento dos doentes. Ainda atualmente se conserva a memória de Santa
Hildegarda, a «santa curandeira», cujos tratados, conhecidos pelo nome de Physica, além de
resumirem os conhecimentos antigos, trazem à luz, pela primeira vez, as virtudes de algumas
plantas como a pilosela ou a arnica. No entanto, a medicina da Idade Média foi, sobretudo,
dominada pela Escola de Salerno; os eruditos que ali trabalhavam deram a conhecer, por
intermédio de sábios (como Avicena, Avenzoar e Ibn-el-Beithar) e dos textos árabes, grande
número de obras da medicina grega. Rogério de Salerno, no início do século XII, contribuiu para
os consideráveis progressos da medicina do seu tempo.
Foi, no entanto, no Renascimento, com a valorização da experimentação e da
observação direta e com o surto das grandes viagens para as Índias e as Américas, que se
originou o período de progresso no conhecimento das plantas e das suas virtudes.
No início do século XVI, o médico suíço Paracelso tentou descobrir a «alma», a «quinta-
essência» dos vegetais, de onde irradiam as suas virtudes terapêuticas.
Não dispondo, evidentemente, dos meios de análise que mais tarde seriam oferecidos 9
pela tecnologia moderna, tenta aproximar as virtudes das plantas das suas propriedades
morfológicas, da sua forma e cor: é a chamada «teoria dos sinais». O italiano Pier Andrea
Mattioli, seu contemporâneo, comenta a obra de Dioscórides e descobre as propriedades do
castanheiro-da-índia e da salsaparrilha-da-europa e descreve 100 novas espécies.
Surgem os jardins botânicos: em 1544, Luca Ghini, professor em Bolonha, funda o de
Pisa; em 1590, Veneza confia a Cortuso o de Pádua. Olivier de Serres reforma a agricultura
francesa no reinado de Henrique IV, criando também, na sua propriedade de Pradel, em
Vivarais, um admirável jardim de plantas medicinais, imitado algum tempo depois por Luís XIII,
que funda em Paris o Jardim do Rei, predecessor do atual Museu Nacional de História Natural.
O desenvolvimento das rotas marítimas, abertas a partir do final do século XV, coloca
efetivamente a Europa no centro do Mundo. Os produtos dos países longínquos abundam e,
entre eles, as plantas provenientes de outros territórios. Os conquistadores testaram em si
mesmos as propriedades medicinais de muitas das plantas, suportando a experiência das
propriedades mortais do curare; a casca de quina é utilizada para fazer baixar a temperatura nas
febres palúdicas muito antes de se ter conhecimento de como dela extrair a quinina.
A América transmitiu aos europeus o conhecimento das virtudes anestésicas e
estimulantes da folha de coca.
No período compreendido entre os anos de 1800 e 1900, aumentam os cientistas que
sintetizam mais e mais compostos químicos. Começa novamente o declínio de tratamentos ou
terapias com plantas que só voltam a serem utilizadas em meados do ano de 1914.
10

No ano de 1920 René-Maurice Gattefosse, Ph. D., químico francês especialista na área
de cosmética, cria o termo aromaterapia. Enquanto trabalhava em seu laboratório, ele sofreu um
acidente que resultou em uma queimadura de terceiro grau em sua mão e antebraço. Ele
mergulhou seu braço em uma tina contendo óleo de lavanda, crendo que era água. Para sua
surpresa, a dor da queimadura rapidamente diminuiu e durante um curto espaço de tempo, com
o contínuo emprego do óleo de lavanda, a queimadura cicatrizou completamente sem a
presença de qualquer tipo de cicatriz.
Assim, como químico, Gattefosse dedicou-se a análise do óleo essencial de lavanda e
descobriu que ele continha uma série de substâncias químicas de extraordinárias propriedades
terapêuticas.
Posteriormente, baseado nas pesquisas de Gattefosse, um médico francês, o Dr. Jean
Valnet, desenvolveu o primeiro sistema de terapia através dos óleos essenciais. Durante a
segunda guerra mundial, serviu como médico na frente armada francesa nas muralhas da China,
tratando das vítimas. Em uma ocasião, ficou sem antibióticos e tentou a administração dos óleos
essenciais. Para espanto de Valnet, os óleos essenciais possuíam um poderoso efeito em
reduzir e parar com os processos infecciosos.
Devido ao nascimento de uma nova forma de terapia, que não possuía ainda uma
denominação clara e que fazia uso dos "aromas" presentes nos óleos essenciais para tratar
corpo e mente. Gattefosse criou o termo aromaterapia, termo que em pouco tempo passou a ser
utilizado em tratamentos com aromas por todo o mundo.
Além de criar o termo que denominou o uso terapêutico de óleos essenciais, Gatefosse
escreveu o primeiro livro sobre o assunto que recebeu o mesmo nome. Atualmente a
aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e pela Organização
Mundial da Saúde.
4 O AROMA

Aroma – termo de origem latina; odor, olor, perfume agradável; cheiro; essência
odorífera.

Aromaterapia – ramo da fitoterapia - novo termo para ciência dos aromas: Aromalogia
(1989) 11

Aromacologia – é uma ciência em desenvolvimento que promovera a integração entre


áreas diversas. Tais como, a neurofisiologia, a química, a farmácia, a cosmetologia, a psicologia,
entre outras. Pretende inter-relacionar os aromas e seus efeitos psicofisiológicos.
Nada é mais marcante do que um aroma: ele pode ser inesperado, pode ser marcante,
fugaz, e mesmo assim marcar para sempre um instante de vida!

Os odores explodem suavemente em nossa memória, como minas poderosas,


escondidas sob a massa espessa de muitos anos de experiência. Basta percebermos um aroma
para que lembranças aflorem e emoções sejam sentidas.
5 A RESPIRAÇÃO E O AROMA

A respiração é formada por pares: inspiração e expiração. Ao nascer inspiramos pela


primeira vez e ao morrermos expiramos pela última vez. Ao longo da vida, cada respiração faz
com que o ar passe pelo olfato.
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas 12
elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da pressão
interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
As moléculas aromáticas flutuam até a câmara olfatória situada na parte mais alta do
nariz, atrás da região entre as duas sobrancelhas; entram em contato com os receptores
presentes no epitélio olfatório, que conduzem essas informações até o cérebro, até o sistema
límbico (tálamo e hipotálamo) onde estão os sentimentos, as memórias, as emoções e as
reações aprendidas e arquivadas.
Quando as mensagens aromáticas atingem o sistema límbico, são processadas
instantânea e intuitivamente. Por isso os aromas têm grande efeito, pois agem nos centros
cerebrais, provocando reações emocionais ou físicas.
De uma forma sutil, afetam os sentimentos relaxando ou revigorando, excitando ou
ajudando a afastar o stress.
6 O OLFATO

O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio


olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos
sensoriais (um cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada qual com pelo
menos 100 pêlos sensoriais). Os receptores olfativos são neurônios genuínos, com receptores
próprios que penetram no sistema nervoso central. 13

A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em cima da
boca e debaixo da caixa craniana. Contêm os órgãos do sentido do olfato e é forrada por um
epitélio secretor de muco.
Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta.
O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais - chamada
mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a parte inferior.
A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos e contêm
glândulas que secretam muco o que mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e o
muco é secretado em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado.
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. Os dendritos
das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos olfativos), que ficam
mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos voláteis ou de
gases perfumados ou ainda de substâncias lipossolúveis que se desprendem das diversas
substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas nasais e se dissolvem no muco que 14
impregna a mucosa amarela, atingindo os prolongamentos sensoriais.

Dessa forma, geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das
células olfativas, de onde atingem os axônios, que se comunica com o bulbo olfativo. Os axônios
se agrupam de 10-100 e penetram no osso etmóide para chegar ao bulbo olfatório, onde
convergem para formar estruturas sinápticas chamadas glomérulos. Estas se conectam em
grupos que convergem para as células mitrais. Fisiologicamente essa convergência aumenta a
sensibilidade olfatória que é enviada ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde o processo de
sinalização é interpretado e decodificado.
15

Aceitam-se a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do olfato, cada
uma com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos diferentes de cheiros que uma
pessoa consegue distinguir resultariam da integração de impulsos gerados por uns cinqüenta
estímulos básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa região localizada
em áreas laterais do córtex cerebral, que constituem o centro olfativo.

Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana,
1981.

A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-la,
produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior a quantidade
de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera no ar.
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos,
sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato tem uma
nítida vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o objeto percebido
para que haja a excitação, conferindo maior segurança e menor exposição a estímulos lesivos.
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início da
exposição a um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte também, mas, após
um minuto, aproximadamente, o odor será quase imperceptível.
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo
tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor
percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes.
Se tanto um odor pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o dominante
será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação 16
olfativa será entre doce e pútrida.
O olfato é 10 mil vezes mais sensível que o paladar.
7 VIVÊNCIAS:

Vivência I:
Comece preparando um ambiente tranqüilo para a sua meditação, longe de muitas
interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule a luminosidade. Procure
usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem como se for ouvir música, que esta seja
suave e em volume baixo. 17
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se confortavelmente.
Relaxe os músculos e passe a respirar tranqüilamente de forma circular. A respiração
circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen fiquem cheios de ar, depois
expire todo o ar que puder, sem dar pausa entre um movimento e outro. Faça isso lentamente e
logo se sentira em um estado de transe leve.
Transporte-se agora para a sua infância e identifique quais os cheiros que o rodeavam e
qual a sensação referente a cada um desses aromas.
Quais os cheiros que vêm primeiro a mente?
Qual a sensação relativa a eles; é boa ou ruim?
Lembra alguém ou situação em especial?
Veja-se agora na adolescência. Quais os cheiros que você identificou na infância e
permanecem agradáveis neste período?
Quais os cheiros que te desagradavam neste período? Por quê?
Quais de todos os cheiros que você identificou no período da infância e adolescência
que permanecem agradáveis e a que tipo de sensação eles remetem?
Vivência II
Transcreva a vivência em detalhes.
Vivência III
Compre ramas de ervas secas e separe-as em vasilhas de vidro:
Pétalas de rosas – referente aos aromas de flores
Ramas de alecrim – referente aos aromas de folhas
Canela e cravo – referente aos aromas de madeira
Casca da laranja – referente aos aromas cítricos.

Com os olhos vendados pegue cada um dos potes e sinta o aroma tentando identificá-
los e fixá-los.
Escrevam no caderno as sensações e percepções.
Ex: Qual aroma identificou primeiro?
Vivência IV
Compre os óleos essenciais básicos e comece a uni-los em uma caixinha que será a sua
caixa de aromaterapia.
Os óleos são: lavanda, laranja, alecrim e cedro.

18
8 AS FASES DE INTERPRETAÇÃO DE UM AROMA

A identificação e interpretação do aroma passam basicamente por três fases:

Recepção: o óleo essencial libera notas de cabeça; as mais voláteis. Se não fossem
voláteis, não daria para aspirá-las. A molécula também deve ser hidrossolúvel, ou pelo menos
parcialmente solúvel em água. As moléculas voláteis entram pelas narinas, são aquecidas, 19
umidificadas e captadas pelos receptores no Eptélio Olfativo, que fica dentro da cabeça a altura
das sobrancelhas.

Transmissão: Não são as moléculas que carregam o cheiro que vão para o cérebro. Na
realidade, essas moléculas odoríferas, acabam sendo eliminadas após sofrerem modificações
químicas. O que vai para o cérebro é a informação contida no cheiro.

A terceira e última fase é responsável pela identificação. O rinencéfalo é responsável


pela recepção, condução e integração das sensações olfatórias.
Ele é constituído de todas as estruturas relacionadas diretamente com a olfação.

Bulbo olfativo: é nessa pequena estrutura sólida e ovóide onde ocorre a identificação do
cheiro. Essa estrutura consegue distinguir-se o odor de queimado é de uma folha de papel ou de
uma folha de árvore; mesmo que não estejamos olhando.

Sistema Límbico
O Sistema Límbico atua no controle de nossas atividades emocionais e
comportamentais, assim como nos impulsos motivacionais.
Em 1978, o neurologista francês Paul Broca observou que na superfície medial do
cérebro dos mamíferos, logo abaixo do córtex, existe uma região constituída por núcleos de
células cinzentas (neurônios). A qual ele deu o nome de lobo límbico (que traduz a idéia de
círculo, anel), uma vez que ela forma uma espécie de borda ao redor do tronco encefálico. Esse
conjunto de estruturas, mais tarde denominado sistema límbico, surgiu com a emergência dos
mamíferos inferiores. É ele quem comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência
de todos os mamíferos.
As Estruturas Cerebrais na formação das Emoções

Algumas partes mais importantes do sistema límbico:

Amígdala
Essa é uma estrutura que fica dentro do cérebrodentro do sistema límbico. A amígdala
participa de aspectos fundamentais do comportamento social. É a amígdala que nos da a
sensação de prazer, de dor, nos faz alegre ou nos faz sofrer. Ela é como se fosse a sede de 20
nossas emoções.
A destruição experimental das amídalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios
cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente
descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas
provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras
coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de
fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo, mas não sabe se
gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior. Ela funciona de modo íntimo
com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o
animal em situação de alerta, apontando-se para fugir ou lutar.

Hipocampo
O Hipocampo é a estrutura envolvida com os fenômenos da memória de longa duração.
Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na
memória.
Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça
atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção
a ser tomada para garantir sua preservação.

Tálamo
O Tálamo é um centro de organização cerebral; como uma encruzilhada de diversas vias
neuronais onde estas podem se influenciar mutuamente antes de serem redistribuidas. As suas
ligações mais abundantes são, de longe, com o Córtex.
A principal função do Tálamo é servir de estação de reorganização dos estímulos vindos
da periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos de centros superiores. Lá fazem
sinapse com os axônios dos neurônios situados nesses locais, e daí partem novos axônios que
vão efetuar ligações em nível de outros centros superiores, principalmente o Córtex. Quase
todos os sinais ascendentes que vão para o Córtex fazem sinapse nos núcleos do Tálamo onde
são reorganizados e/ou controlados, exceptuando o sentido do olfato.

Hipotálamo
É a parte mais importante do sistema límbico. Além de seu papel no controle do
comportamento, o hipotálamo também controla várias condições internas do corpo, como a 21
temperatura, o impulso para comer e beber, etc. Essas funções internas são em conjunto
denominadas funções vegetativas do encéfalo e seu controle está relacionado com o
comportamento. O hipotálamo mantém vias de comunicação com todos os níveis do sistema
límbico.
Desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais
parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada
à aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De modo geral,
contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações
sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a
ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e destes, aos núcleos pré-
frontais, aumentando por um mecanismo de feedback negativo, a ansiedade, podendo até gerar
um estado de pânico. O Conhecimento desse fenômeno tem importante sentido prático dos
pontos de vista clínico e terapêutico.

Giro Cingulado
Situado na face medial do cérebro entre o sulco cingulado e o corpo caloso, que é um
feixe nervoso que liga os 2 hemisférios cerebrais.
Há ainda muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção
frontal coordena odores e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região
participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. A
ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens domestica-os totalmente. A
simples secção de um feixe desse giro (cingulomia), interrompendo a comunicação neural do
circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes.

Tronco Cerebral
Região responsável pelas reações emocionais.
Na verdade, nos vertebrados inferiores, como os répteis e anfíbios, é responsável pelas
respostas reflexas.
As estruturas envolvidas são a formação reticular e o lócus cérulus, uma massa
concentrada de neurônios secretores de nor-epinefrina. É importante assinalar que, até mesmo
em humanos, essas primitivas estruturas continuam participando não só dos mecanismos de
alerta, vitais para a sobrevivência, mas também da manutenção do ciclo vigília-sono.

Área Tegmental Ventral 22


Grupo de neurônios localizados em uma parte do tronco cerebral que secreta dopamina.
A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios da região
dopaminérgica mesolímbica produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao
orgasmo. Indivíduos que apresentam por defeito genético a redução no número de receptores
das células neurais dessa área tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas
satisfações comuns da vida e buscam alternativas "prazerosas" atípicas e nocivas, como por
exemplo, alcoolismo, consumo de drogas, jogo desenfreado ou desenvolvem compulsão pela
ingestão de alimentos doces.

Septo
Situado à frente do tálamo, por cima do hipotálamo. A estimulação de diferentes partes
desse septo pode causar muitos efeitos comportamentais distintos.
Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal, onde estão localizados os centros do
orgasmo (quatro para mulher e um para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona
com as sensações de prazer, normalmente aquelas associadas às experiências sexuais.

Área Pré-Frontal
Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões com o tálamo,
amígdala e outras estruturas subcorticais, explicam o importante papel que desempenha na
expressão dos estados afetivos.
Quando o córtex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas
responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. Em alguns
casos, a pessoa conquanto mantendo intactas a consciência e algumas funções cognitivas,
como a linguagem, já não consegue resolver problemas; mesmo os mais elementares. Quando
se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os
pacientes entravam em estado de "tamponamento afetivo", não mais evidenciando quaisquer
sinais de alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais
se vislumbravam quaisquer resquícios de afetividade. Existe uma tendência universal para só
considerar como afeto (e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as impressões positivas.
Com o desenvolvimento da linguagem, nomes foram atribuídos a essas e a outras
sensações, permitindo sua delimitação e explicitação a outros membros do grupo. Porém, até
hoje, dada a existência de um componente subjetivo importante, difícil de ser comunicado, não
existe uniformidade quanto à melhor terminologia a ser empregada para designar essas
sensações. Assim é que se utilizam, de maneira imprecisa e intercambiável, quase como 23
sinônimos, os termos afeto, emoção e sentimento.
Entretanto, assim pensamos, a cada uma dessas palavras deve ser atribuída uma
definição precisa, em respeito à etimologia e às diferentes reações físicas e mentais que
produzem. Afeto (do Latim affectus, significando afligir, abalar, atingir) é definido por Aurélio
como sendo "um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções,
sentimentos ou paixões, acompanhadas sempre da impressão de prazer, dor, de satisfação,
insatisfação, agrado, desagrado, alegria ou tristeza". Curiosamente, existe uma tendência
universal para só considerar como afeto (e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as
impressões positivas.
Assim, ao se dizer "sinto afeto por fulana" estou manifestando amor ou carinho; nunca
raiva ou medo. Já em relação às emoções e sentimentos, o uso se aplica nos dois sentidos: "ela
tem bons sentimentos; eu tenho sentido emoções desagradáveis”. Emoções (do Latim emovere,
significando movimentar, deslocar) é como sua própria etimologia sugere: reações manifestas
frente àquelas condições afetivas que, pela sua intensidade, mobilizam-nos para algum tipo de
ação.
Confrontando a opinião de vários autores, podemos dizer que as emoções se
caracterizam por uma súbita ruptura do equilíbrio afetivo. Quase sempre são episódios de curta
duração, com repercussões concomitantes ou consecutivas, leves ou intensas, sobre diversos
órgãos, criando um bloqueio parcial ou total da capacidade de raciocinar com lógica. Isto pode
levar a pessoa atingida a um alto grau de descontrole psíquico e comportamental. Por contraste,
os sentimentos são tidos como estados afetivos mais duráveis, causadores de vivências menos
intensas, com menor repercussão sobre as funções orgânicas e menor interferência com a razão
e o comportamento. Exemplificando: amor, medo e ódio são sentimentos; paixão; pavor e cólera
(ou ira) são emoções.
Existem ainda, duas condições bem caracterizadas que, de certa forma, estão inseridas
no contexto da vida afetiva, posto que, dependendo da intensidade dos afetos, elas podem
resultar destes e, às vezes, com eles se confundirem. Estamos nos referindo aos distúrbios do
humor, representados pelas depressões e euforias maníacas e a diminuição do estado de
relaxamento mental com reação de alerta, representada pela ansiedade.
Ao longo dos séculos, filósofos, médicos e psicólogos estudaram os fenômenos da vida
afetiva, questionando sua origem, seu papel sobre a vida psíquica, sua ação favorecedora ou
prejudicial à adaptação, seus concomitantes fisiológicos e seu substrato neuroendócrino. As 24
manifestações afetivas teriam como causa última, a capacidade da matéria viva de responder a
estímulos sobre ela incidentes. Existem duas teorias clássicas e antagônicas sobre a questão. A
primeira, defendida, por Darwin e seus seguidores, prega que as reações afetivas seriam
padrões inatos destinados a orientar o comportamento, com a finalidade de adaptar o ser ao
Meio Ambiente e, assim, assegurar-lhe a sobrevivência e a da sua espécie.
Os distúrbios orgânicos que podem acompanhar o processo seriam apenas uma
conseqüência de natureza fisiológica. Em oposição, outros, como William James, afirmam que
diante de um determinado estímulo, real ou imaginado, o organismo reagiria com uma série de
alterações neurovegetativas, musculares e viscerais. A percepção de tais alterações originaria
estados afetivos correspondente. Existe uma terceira posição, mais moderna, que propõe
soluções de compromisso entre as duas teorias clássicas. É o caso de Lehmann, o qual afirma
que o afeto é um fenômeno complexo, que se inicia por um processo central, a partir de uma
causa interna ou externa. Ele se manifesta como uma alteração do "eu" e pode desencadear
movimentos reflexos faciais e variadas alterações orgânicas.
À medida que os sintomas corporais aumentam de intensidade, o afeto torna-se mais
mobilizador e se define como uma emoção. Esta idéia encontra sustentação na clínica, no
tratamento de pacientes com fobias de desempenho, os quais, diante de situações que temem
(falar em público, por exemplo), apresentam palpitações, suores, dificuldade de respirar, etc.
Alguns óleos essenciais como: sândalo, alfazema, tangerina, cipreste, ylang-ylang, ajudam no
bloqueio dos fenômenos neurovegetativos, “esvaziam” a ansiedade, permitindo maior controle da
fobia.
9 OS ÓLEOS ESSENCIAIS

Os óleos essenciais são substâncias complexas e voláteis extraídos de folhas, flores,


frutos, madeira, cascas e raízes de ervas e árvores. Eles são compostos químicos naturais,
porém, mais seguros do que as drogas farmacêuticas, mas de ação mais lenta, pelo que são
mais recomendados como forma de tratamentos preventivo ou complementar. Os óleos
essências têm cheiro e qualidade única, sua composição pode variar de acordo com a região de 25
cultivo, o clima, a idade do terreno, o procedimento da colheita e o método de extração.
A imagem que nos vem quando pensamos em óleo, é de algo pesado, que não se
evapora, que vem de óleo de cozinha; mas este não é o caso dos óleos essências. As plantas
frescas são de 75 a 100 vezes mais concentradas do que as plantas secas e representam uma
função importante em sua bioquímica, agindo como reguladoras e mensageiras, protegendo
assim contra ataques de fungos, parasitas e doenças, além de exercer um papel fundamental na
fertilização, polinização e adaptação ambiental. Por ter uma complexidade química, o valor
terapêutico dos óleos essências é inegável, ao contrário dos produtos quimicamente sintéticos,
que atuam de um modo relativo ao composto químico ativo.
Os principais grupos químicos que constituem os óleos essências e o uso aromático:

Na saga química, temos três protagonistas principais: o Átomo de Carbono, de


Hidrogênio e de Oxigênio.

Os óleos essências pertencem a uma das três classes de compostos químicos:

1- Os Terpenos
2- Derivados Terpênicos
3- Compostos derivados de Fenilpropano.

9.1 OS TERPENOS:

Assim como o óleo essencial é o coração da aromaterapia, a molécula de isopreno é a


pedra fundamental do óleo essencial. O Isopreno, de fórmula (C5H8)n, é o bloco da construção
favorito da natureza para todos os óleos essenciais. Esse “n” subscrito na fórmula significa: Os
terpenos têm número variado de moléculas de Isopreno que formam seu esqueleto. Os
compostos terpênicos que os compõem têm consistência similar ao dos álcoois. Portanto,
recebem também o nome de óleos voláteis em virtude dessa qualidade etérea.

9.2 DERIVADOS TERPÊNICOS:


26

Quando os Hidrocarbonetos terpênicos sofrem a substituição dos átomos de hidrogênio


por grupos funcionais (nos quais o oxigênio se liga ao átomo de carbono de diferentes
maneiras), os terpenos viram Compostos Terpênicos. O tipo de substituição que ocorre impacta
diretamente as propriedades medicinais, psicológicas e energéticas dos óleos essenciais.

Grupos Funcionais mais importantes:

Ésteres
Tem efeito fungicida, sedantes e antiespamódicos. Geralmente o Aroma é agradável,
muito usado na produção de perfumes. Alguns representantes: bergamota, sálvia e lavanda.
Aldeídos terpênicos
A ação é sedante, antiinfecciosa e anti-séptica. Estão presentes na melissa, no capim-
limão e na citronela.
Cetonas
São descongestionantes em caso de asma, bronquite e resfriado. Alguns são tóxicos,
portanto devem ser usados com cautela. Alguns óleos: funcho, gengibre e hissopo.
Álcoois terpênicos
A ação é anti-séptica, antiviral e estimulante do sistema imunológico. Estão presentes
em alguns óleos como: rosa, pau-rosa, sândalo, gerânio e citronela.
Fenóis
De ação bactericida, desinfetante e estimulante, ajudam na limpeza de ferimentos e no
tratamento de inflamação, eles podem ser altamente irritante à pele. Alguns óleos: cravo, tomilho
e órego.
Óxidos
São expectorantes e bactericidas, estão presentes, por exemplo, no alecrim e na
melaleuca.
Ácidos
De poder anti-séptico e diurético, podem ajudar a baixar a febre.
Contêm vitaminas, fitormônios e antibióticos. Estão presentes no benjoim e na melissa.

9. 3 DERIVADOS DE FENILPROPANO: 27

Fenilpropano são compostos cuja estrutura tem um anel fenílico [-C6H5] com uma
cadeia lateral de 3 carbonos (propano). A ligação dupla na cadeia lateral torna as moléculas
ativas farmacologicamente; isto é, bastante reativas. Os óleos essenciais que contêm esses
compostos devem ser diluídos porque são tóxicos quando usados em alta concentração ou por
tempo prolongado.

A ação é anti-séptica, fungicida e anestésica. São encontrados nos seguintes óleos:


cravo e canela.

9. 4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO

O óleo essencial é a quintessência da planta da planta. É um trabalho árduo, porém


compensador. Existem várias maneiras de se extrair os óleos. A opção de alguns fatores
importantes:
- Rendimento de cada método,
- Aplicação final do óleo essencial,
- Localização do óleo essencial na planta,
- Maneira de preparar as plantas antes da extração.
9.4 1 Destilação a vapor

A destilação a vapor é o método mais conhecido e mais comum dos Óleos Essências. É
empregado para obter: óleos essências bastante voláteis, provenientes de folhas, flores, troncos
e sementes.
O processo é feito em um destilador, onde partes frescas ou secas das plantas são
colocadas. Em uma caldeira, o vapor circula através do material vegetal, proporcionando a 28
quebra de corpúsculos intercelulares, que se abrem, liberando o óleo essencial. As moléculas
dos óleos evaporam junto com o vapor de água, passando através da coluna, no alto do
destilador, passando para a etapa do resfriamento, através do uso de uma serpentina, onde se
condensa, juntamente com a água. A camada de óleo essencial é separada através da
decantação, sendo que a água que se apresenta como subproduto de todo este processo, após
a retirada do material ativo, é denominada água floral, destilado, hidrossol ou higrolato.

Alguns óleos essências obtidos por destilação:

Flores-Lavanda
Folhas-Patchuli
Madeira-Sândalo e Cedro

9.4. 2 Prensagem e Obtenção à Frio

São usados para a obtenção de óleos essenciais voláteis que se alteram com o calor,
como os óleos de cascas de frutas cítricas. Assim, as frutas são espremidas por meio de uma
prensa hidráulica, extraindo tanto o óleo essencial quanto o suco.
Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual se separa o óleo
essencial puro.
O rendimento máximo que se consegue neste método é de aproximadamente 80% do
conteúdo total do óleo. Só para se ter uma idéia, uma pessoa experiente consegue preparar
apenas um pouco mais de meio litro por dia.
A restrição básica é que as cascas a serem prensadas não tenham conservante,
inseticida ou qualquer outro produto que por ventura possa vir a degradar a qualidade do óleo
essencial.
Alguns óleos essenciais obtidos por prensagem:

Casca de Limão
Casca de Bergamota
Casca de Laranja 29

9.4. 3 Maceração

Na maceração, as folhas e flores são esmagadas até o ponto inicial da ruptura da


glândula. Em seguida, são colocadas em gordura depurada (purificada e inodora) ou em óleo
vegetal quente. A concentração se dá repetindo o processo. Portanto, coloca-se uma nova
massa vegetal de folhas e flores dentro do óleo vegetal já aromatizado. O processo continua a
ser repetido até a concentração de o óleo essencial ser a desejada. Pode levar até um mês para
completar este ciclo. Temos então um óleo de massagem ou um excelente ungüento.

9.4.4 Enfloragem

No método da enfloragem, basicamente, o que se faz é colocar uma camada de


pétalas sobre uma de banha ou gordura depurada que repousa sobre uma placa de vidro.
A gordura altamente purificada e inodora consiste normalmente de uma parte de sebo
(duro) misturado a duas partes de toicinho (banha de porco) como 0,6% de benjoim usado
como conservante.
O processo é novamente repetido como se estivesse se fazendo um sanduíche. A troca
das pétalas é repetida todos os dias. A freqüência depende da planta: pode ocorrer de três em
três dias, até todos os dias, como no caso do Jasmim. O ponto de saturação pode durar até 10
semanas. Após esse período, a banha fica completamente saturada com o óleo essencial da flor.
Vigência

Comece preparando um ambiente tranqüilo para a sua meditação, longe de muitas


interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule a luminosidade. Procure
usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem como se for ouvir música, que esta seja
suave e em volume baixo.
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se confortavelmente.
Relaxe os músculos e passe a respirar tranqüilamente de forma circular. A respiração 30
circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen fiquem cheios de ar, depois
expire todo o ar que puder sem dar pausa entre um movimento e outro. Faça isso lentamente, e
logo sentirá em um estado de transe leve.
De olhos fechados, perceba os aromas que compõem o ambiente. Identifique as fases
da interpretação do aroma e perceba em si mesmo o tempo e os efeitos do cheiro.

A destilação a vapor é o método mais conhecido e mais comum de extração dos Óleos
Essências. É empregado para obter óleos bastante voláteis, provenientes de folhas, flores,
troncos e sementes.
10 USO DA AROMATERAPIA

Podemos absorver oóleo essencial através da pele, (em 20 minutos o óleo já está na
corrente sanguínea) e do nariz (em 2 segundos já chega no sistema límbico), que são as vias
mais seguras.
Na pele deve-se tomar cuidado extra, para evitar reações alérgicas, sensibilizações,
queimaduras, irritações, etc. Para o uso seguro, devem-se diluir os óleos essenciais em veículos 31
carreadores, como cremes neutros e óleos vegetais, usando-os em massagens, tratamentos
estéticos, compressas, etc. Penetrando na pele, os óleos essenciais entrarão na corrente
sanguínea e agirão nos órgãos internos, sendo excretadas as quantidades não metabolizadas.
Via olfato deve-se tomar cuidado com tempo de exposição e concentração. Uma parte
do aroma inalado vai para os pulmões via traquéia, penetrando nos brônquios, bronquíolos e
alvéolos, passando para a corrente sangüínea nas trocas gasosas, agindo da mesma forma da
penetração cutânea. Outra parte do aroma vai para o cérebro, atingindo o Sistema Nervoso
Central e mais especificamente o Sistema Límbico, que é nosso antigo Cérebro das Emoções,
responsável por nossas emoções, nossos comportamentos e atitudes, nossa memória e nossos
humores. Para esta via, pode-se usar aromatizadores pessoais, aromatizadores à vela ou
elétricos e pot-pourris.
Desta forma, cada óleo essencial agirá de uma forma diferente no nosso corpo, físico,
mental e emocionalmente, de acordo com sua composição química. Por isto, podemos dizer que
a Aromaterapia é Holística, pois podemos atacar diversos males sob todos os aspectos, pois não
podemos tratá-los isoladamente. Uma gastrite nunca é somente uma gastrite, mas um conjunto
de fatores que culminam numa gastrite e assim sucessivamente. Cada pessoa é diferente das
demais e, portanto, deve ser tratada de forma única e individual. Sendo assim, na Aromaterapia
nunca se sugere um óleo essencial para uma gastrite de uma pessoa e para todas as outras que
possuem gastrite, mas será uma sinergia de óleos essenciais considerando todos os outros
aspectos da vida destas pessoas.
10. 1 MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO

Existem diversas maneiras para utilização dos benefícios que os óleos essenciais
podem trazer:

10.1.1 Inalação
32

Indicada para o tratamento das vias respiratórias, rinite, sinusite, resfriados, asma e
bronquite.

Em dois litros de água fervente, pingue 4 (quatro) gotas de óleos essenciais indicados
para o tratamento. Posicione o rosto sobre o vapor da bacia com cuidado e cubra a cabeça com
uma toalha, formando uma cabana sobre a bacia. Feche bem os olhos e inale por 3 minutos. Se
necessário, repita a aplicação por mais uma vez, totalizando 6 minutos. Nos quadros crônicos, a
freqüência deve ser de duas vezes ao dia, por três dias.

10.1.2 Massagem Terapêutica

A massagem é o método mais utilizado na aromaterapia. Ela deve ser suave e relaxante
e utiliza os vários sistemas de energia do corpo. Se você não é terapeuta em massagem,
simplesmente utilize movimentos suaves e rítmicos. Os óleos essenciais podem ser usados em
técnicas como drenagem linfática, reflexologia e Shiatsu.

33

10. 1.3 Aromatizadores

Método adequado para os tratamentos de ordem emocional e psicológica.


Os óleos essenciais, quando difundidos no ambiente, evocam sensações e memórias
que influenciam, através do sistema nervoso central, o humor e o comportamento.
Geralmente os difusores para óleos essenciais trabalham com pequenas quantidades de
óleo. Para ambientes com 20 m², utilizam-se 10 (dez) gotas, aumentando-se a quantidade
conforme o tamanho do local
Os difusores podem ser elétricos, à vela ou pastilhas que absorvem os óleos essenciais
e os difundem lentamente.
10.1.4 Banho Terapêutico

Pelos banhos, os óleos essenciais são transportados para o interior do organismo e


beneficiam vias respiratórias, funções orgânicas, pele, musculatura e circulação. Ideal para
relaxar.

34

Prepare a banheira; a temperatura da água deve estar quente ao máximo (38)


suportável pela pele. Entre na banheira e despeje lentamente a mistura de óleos essenciais.
A duração do banho deve ser de 20 minutos.
Compressa quente
Indicada para o alívio de dores como: cólicas, pancadas e distensões.
Ferva dois litros de água, pingue 10 (dez) gotas de óleos essenciais conforme o objetivo
da compressa. Tenha à mão duas toalhas, embeba uma delas na água e aplique. Quando a
toalha atingir a temperatura do corpo, troque-a por outra quente.
IMPORTANTE: Numa aplicação de compressa quente nunca deixe que a toalha esfrie
sobre o local. Aplique por no mínimo 15 minutos e pelo menos três vezes ao dia até que as
dores desapareçam totalmente.
Compressa gelada
Ideal para tratamento de inchaços, queimaduras, cicatrizes, feridas e enxaqueca.
Em um litro de água gelada, pingue 5 (cinco) gotas de óleos essenciais adequados e
aplique até que a compressa atinja a temperatura do corpo. A aplicação deve ser de 15 minutos
duas vezes ao dia.
Escalda pés
35
Encha uma bacia com água quente. Pingue 10 (dez) gotas de óleos essenciais sobre
uma colher de sopa de sal grosso e misture na bacia.
Mergulhe os pés por 15 minutos. Aplique o escalda-pés de preferência no tratamento de
dores, cansaço, frieiras e calos antes de dormir. Mantenha os pés aquecidos durante a noite.

Sauna
Os óleos essenciais são as melhores essências para sauna. Dilua o aroma segundo as
instruções do fabricante da sauna. Para a aplicação dos óleos essenciais dilua 2 (duas) gotas
por concha d’água e derrame sobre as pedras.

Pulverização

Por ser um método mais rápido que a difusão, a pulverização com spray é própria para a
recuperação e desinfecção de ambientes contaminados por germes. A pulverização é também
indicada para a aplicação psicoterapêutica do óleo essencial.
10.1.5 Sinergias

É o processo pelo qual a soma das partes forma uma nova composição. Isto é, alguns
óleos essenciais têm o poder de se acentuar mutuamente.
As sinergias permitem que um tratamento seja preciso ao histórico do indivíduo, pois se
devem levar em conta os sintomas a serem tratados, a origem do distúrbio e os fatores
psicológicos e emocionais envolvidos. 36

Como Preparar uma Sinergia

Para uma sinergia utilizamos os óleos carreadores para conduzir os óleos essenciais,
através de massagens e banhos. Em que a estrutura molecular dos óleos vegetais permite que
os óleos essenciais sejam absorvidos pela pele.
Todos os carreadores servem como veículo emoliente para diluir ou misturar um ou mais
óleos essências. Os carreadores podem ser de vários tipos: óleo vegetal, cera líquida, manteiga
e gel. Tradicionalmente os óleos vegetais são os mais utilizados nas sinergias.

A Matemática das Sinergias

Para cada 5 ml (1 colher de sobremesa) de óleo vegetal podemos adicionar no mínimo


uma gota de óleo essencial e no máximo 3 gotas. E, em dosagens maiores do óleo vegetal
utilizamos à proporcionalidade.
Ex: em uma massagem utiliza-se em média 20 ml (2 colheres de sopa) de óleo vegetal,
então acrescentaremos no mínimo 4 gotas do óleo essencial e no máximo 12 gotas.
É importante observar que na divisão das gotas dos óleos essenciais, os florais serão
utilizados em maior quantidade, por serem mais voláteis, ou seja, evaporam mais rápido. Em
seguida, as folhas, que tem volatilidade média e em menor quantidade as madeiras, que
apresentam menor volatilidade.
Em uma massagem relaxante, podemos dividir as 12 gotas em, por exemplo: 5 gotas do
óleo essencial de lavanda, 3 gotas de laranja, 3 de cipreste e 1 gota do óleo essencial de cedro.
Correlação dos óleos essenciais ao Corpo Humano:

Dividimos o corpo humano em 3 partes


Cabeça Flores
Nota alta/volátil
Cheiro redondo
Trabalham o emocional, relaxamento, são calmantes e/ou afrodisíacos
Coração/Pulmão Folhas 37
Nota média
Cheiro espetado
Trabalha o sentimento, a respiração

Pés Madeiras
Nota baixa
Cheiro forte, revigorante, estanque
Trabalham com o aterramento, a fixação.

Os óleos essenciais cítricos permeiam entre os óleos de cabeça e os do coração, podem


ser estimulantes ou relaxantes.

No preparo da Sinergia devem-se levar em conta os seguintes fatores:

Não misturar mais de quatro óleos essências


Não usar óleos com efeitos opostos
Fazer uma mistura agradável
Anamnese para o preparo da Sinergia

Data: ____/____/____

Nome
Data de nascimento: ____/_____/____ Sexo:
End.:
Bairro: Cidade: 38
Estado: Cep.:
E-mail:
Fone res.: Com.: Cel.:
Profissão: Estado civil:
Indicado por:
Motivo:

1. Hábitos:
 Álcool:( ) freqüente ( ) ocasional
 Fumo:
( ) sim – média/dia: ________ ( ) não ( ) ex-fumante – Tempo: _______
 Sono:
( ) mais de 8h ( ) menos de 8h
 Caminhada:
( ) sim- freqüência: _____________ ( ) não
 Prática de esporte:
( )sim- qual: __________________ ( ) não
 Postura diária:
( ) sentada ( ) em pé ( ) em movimento
 Dieta:
( ) sim ( ) não
 Com acompanhamento médico:
( ) sim ( ) não
 Ingestão de medicamentos:
( ) sim – quais: _______________________________________ ( ) não
 Ingestão de água:
( ) pouca ( ) moderada ( ) abundante
 PA:
Antes: ________________ Depois: _____________

2. Gestações:
 Número de gestações: ____________ Número de filhos: ___________
 Última menstruação: início ________ Término ___________________ 39
 Método contraceptivo: ______________________________________

3. Episódios Orgânicos:
( ) cardíaco ____________________ ( ) respiratório ________________
( ) diabético ____________________ ( ) circulatório _________________
( ) gastrointestinal _______________ ( ) ginecológico ________________
( ) ortopédico ___________________ ( ) enxaquecas ________________
( ) alergias ______________________ ( ) renal _____________________
( ) endócrino ____________________ ( ) dermatológicos _____________
( ) infecciosos ___________________ ( ) psicológicos _______________
( ) neurológicos __________________ ( ) psiquiátricos _______________

4. Já fez algum trabalho corporal?


( ) Sim, qual (s)? ________________________________________________
( ) Não

5. Restrições em relação a banhos e/ou massagens?


( ) Sim, quais? ________________________________________________
( ) Não

6. Hoje está passando por algum processo terapêutico?


( ) Sim, qual? ________________________________________________
( ) Não

7. Como está sente-se neste momento?


( ) Cansado ( ) estressado ( ) deprimido
( ) dores musculares/articulares ( ) tranqüilo ( ) enxaqueca
( ) desegernizado ( ) tenso ( ) agitado
( ) Sonolento ( ) insônia ( ) irritado
( ) memória debilitada ( ) ansioso

8. Qual o aroma que mais lhe agrada?


( ) floral ( ) cítrico ( ) amadeirado ( ) folha 40

9. Foi submetido a algum processo cirúrgico nos últimos 6 meses?


( ) Sim, qual? Por quê? __________________________________________
( ) Não

Observações:
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
11 PRECAUÇÕES NO USO DA AROMATERAPIA

Devem ser tomados cuidados especiais com crianças pequenas, gestantes e idosos
A aromaterapia pode ser útil durante a gravidez e o parto, mas apenas sob orientação de
um profissional qualificado.

Óleos que devem ser evitados durante a gravidez: alecrim, cedro, salvia esclaréia, 41
junípero, manjericão, manjerona, mirra, canela, erva doce, hortelã, pimenta negra.

As doses para mulheres grávidas devem ser 25% de uma dosagem mínima
recomendada; para crianças e bebês use quantidade extra diluída.

Mantenha os frascos longe do alcance das crianças.


A não ser casos indicados, não aplique óleo essencial puro diretamente na pele, pois
podem causar reações alérgicas.
É aconselhável fazer um teste de sensibilidade. Um desequilíbrio emocional, stress,
distúrbios hormonais podem alterar a sensibilidade de uma pessoa.
Os óleos essenciais são solventes e inflamáveis, portanto mantenha-os longe do fogo,
plástico e madeira.
Nunca faça uso de óleo essencial oralmente, somente sob orientação médica.
Caso queira tomar remédio homeopático consulte seu médico antes de usá-lo.
No caso de hipertensão evite os óleos de alecrim, sálvia e tomilho; epilepsia evitar os
óleos de erva doce, alecrim, sálvia e tomilho.
Óleos essenciais que não devem ser usados antes de exposição ao sol: bergamota,
limão, laranja, tangerina e cítricos em geral.
Não usar um óleo essencial por mais de três semanas, caso seja necessário, descanse
uma semana, depois retome.
Não substituir a medicação utilizada por óleos essenciais sem um acompanhamento
médico.
12 CONFECÇÃO DE PRODUTOS AROMATERAPÊUTICOS:

12.1 SAIS DE BANHO:

1 kg de sal grosso
1 colher de sopa de sulfato de magnésio
1 recipiente de vidro para mexer 42
10 ml de óleo essencial
Corante alimentício líquido a base de água, na cor de sua preferência.

Como Fazer:

Coloque o sal em uma vasilha e acrescente o sulfato de magnésio. Mexendo sempre,


coloque aos poucos o corante, conforme o tom desejado. Por último, acrescente o óleo
essencial. Deixe descansar por uma semana.

Algumas receitas de Sais de Banho

80 ml de sal grosso moído


75 gotas de óleo essencial
Óleo vegetal para dar liga (+/- 10 ml)

Limpeza Energética:

25g de Lavanda
20g de Pau-Rosa
15g de Eucalipto
15g de Limão

Afrodisíaco:

30g de Ylang-Ylang
20g de Bergamota
18g de Hortelã-Pimenta
7g de Canela

Insônia, ansiedade, depressão e dores musculares:

25g de Gerânio
20g de Laranja
15g de Eucalipto 43
10g de cedro

Banhos na banheira

Revigorante

20 ml de óleo vegetal de semente de uva


4 gotas de óleo essencial de Ylang Ylang
3 gotas de óleo essencial de alecrim
3 gotas de óleo essencial de bergamota
2 gotas de óleo essencial de cravo

Desintoxicante

20 ml de óleo vegetal de semente de uva


4 gotas de óleo essencial de lavanda
3 gotas de óleo essencial de lemongrass
3 gotas de óleo essencial de limão tahiti
2 gotas de óleo essencial de pau–rosa

12.2 AROMATIZADOR:

48 ml de água destilada
12 ml de álcool de cereais
15 a 45 gotas de óleos essenciais

Algumas receitas de Aromatizadores:

Dores Musculares e Articulares:

17g de Bergamota
13g de Gerânio 44
6g de Hortelã-Pimenta
4g de Cravo

Afrodisíaco:

17g de Ylang-Ylang
13g de Bergamota
6g de Hortelã-Pimenta
4g de Canela

Limpeza energética e relaxante:

17g de Lavanda
13g de Limão
6g de Eucalipto
4g de Pau-Rosa

Insônia, ansiedade, depressão e dores musculares:

17g de Gerânio
13g de Bergamota
6 g de Manjerona
4g de Cedro
12.3 PERFUME

Afrodisíaco

5 ml de óleo vegetal de semente de uva


1gota de óleo essencial de Ylang ylang
1 gota de óleo essencial de hortelã-pimenta
45
1 gota de óleo essencial de cravo

Para causar boa impressão

5 ml de óleo vegetal de semente de uva


1 gota de óleo essencial de gerânio
1 gota de óleo essencial de laranja
1 gota de óleo essencial de Cravo

Para memória

5 ml de óleo vegetal de semente de uva


1 gota de óleo essencial dejasmim
1 gota de óleo essencial de manjericão
1 gota de óleo essencial de cravo

Massagem

Massagem relaxante e dores musculares

20 ml de óleo vegetal de semente de uva


5 gotas de óleo essencial de lavanda
2 gotas de óleo essencial de eucalipto glóbulo
3 gotas de óleo essencial de laranja
1 gota de óleo essencial de cedro
Massagem estimulante

20 ml de óleo vegetal de semente de uva


5 gotas de óleo essencial de Ylang - Ylang
2 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta
3 gotas de óleo essencial de bergamota
1 gota de óleo essencial de cravo
46

12.4 ANIS-ESTRELADO

Illicium anisatum lour., fam. Magnoliáceas

Sin.:Illicium verum Hooker Filius.


Sin. Popular: Badiana, Anis-da-china, Badiana-da-china.
Origem (ervas): China e Japão.
País produtor (O.E) :Espanha.
Método de extração: Hidrodestilação dos frutos maduros.
Rendimento: 20 kg de semente seca para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 80 a 96% anetol. O restante fica rateado entre
limoneno, d-pineno, cineol, terpineol, safrol, candineno, estragol,1-felandreno.
Indicação terapêutica: Atonia gastrintestinal, dispepsia nervosa, cólica, enxaqueca de
origem digestiva, catarro crônico, tosse, piolho de cabelo, inapetência (falta de apetite).
Propriedades medicinais: Carminativo, digestivo, expectorante, galactogogo,
estomáquico.
Ação psicológica: Estimulante.

Modo de usar: inalação, infuso, massagem, mascar o fruto do anis-estrelado.


Sinergias: Misturam bem com óleo essencial de bergamota, laranja, melissa e funcho.

Cuidados: o óleo essencial de anis e incompatível com oxidantes (ácido nítrico,


permanganato, cromato). A água oxigenada anula a ação anti-séptica do óleo. Sais metálicos,
como ferro, fazem ocorrer precipitações. Como este óleo é feito com 15% anis-japonês (Illicium
religiosum Siebold e Zunc...) cujos componentes têm certa toxicidade, é recomendado usa-lo
com cautela e evitar o uso contínuo.

12.5 CAMOMILA-ROMANA

Anthemis nobilis, L.fam. Composta


47
Sin.: Chamaemelum nobille All., Anthemis odorata Lam., Ormensis
Sin. Populares: Camomila-nobre, Camomila-verdadeira, Camomila-odorante,
Camomila-de-paris, Marcela, Macela-flor, Macela-dourada, Macela-galega, Macela.
Origem (ervas): Europa.
Países produtores (O.E): Itália, Bélgica, França, Inglaterra, Hungria.
Método de extração: Hidrodestilação das sumidades florais.
Rendimento: 50 a 300 kg. Em média 100 kg de flores para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E.): Ésteres como isobutirato de n-butila, angelatos de
isobutila, isoamila; ésteres de ácidos (angélico, tíglico) e de álcool (metil–3–pentanol–1); ácido
metacrílico, antenol (C10h16O); nobilina, trans-pinocarvona, pinocarveol.

Indicação terapêutica: Dispepsia, flatulência, cólica, raquialgia (dor na coluna vertebral)


de origem gripal, cefaléia, úlcera intestinal, problemas de pele (eczema, dermatite, insolação),
ansiedades, depressão, irritabilidade, histeria.
Propriedades medicinais: Emanagogo, diaforético, febrífugo, anti-séptico, anti-
helmíntico, carminativo, estomáquico.
Ação psicológica: Sedativo, relaxante.

Modos de usar: Inalação. Infuso, fricções, massagem, máscara facial.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de alfazema, bergamota, rosa, néroli,
petitgrain, patchouli.

Cuidados: O óleo de Camomila-Romana costuma sofrer adulterações com essências


extraídas de outras espécies de camomila como a Anthemis Cotula L. que tem apenas 0,02a, no
máximo, 0,06% de óleo essencial comparado com 0,32 a 2% encontrados na Camomila-
Romana. Outras vezes, este óleo é contrafeito com a Chamaemelum fuscatum Vasc.
ouAnthemis fuscata Brot., Ch. grisley (samp.) Vasc., e até com a Chrysanthemum parthernium
Bernh.

Informação adicional: Este óleo azul – escuro passa a marrom-amarelado quando em


contato com ar e luz. Tem uma densidade que varia de 0,905 a 0,915 á 15ºC com índice de
refração de 1,442 a 1,448 à 20ºC. É solúvel em 1 vol. de álcool à 6 vol. de álcool à 70%.

48
12.6 BENJOIM

Sin. Estrangeiro: Luban jawi, banjawi, benjuí, benzoin, benjamim.


Sin. populares: Benjoim-de-samatra, bemjoim-de-java, benjoim-de-boréu, benjoim-da-
tailândia.
Origem (árvore):Indo-Malaia.
País produtor: (O.E): Samatra.
Método de extração: Diluição da resina em álcool seguido de destilação.
Rendimento: 20 kg da resina para extrair 1 kg O. E.
Constituintes principais (O.E): 26 a 35% de ácidos aromáticos constituído
principalmente pelos ácidos cinâmico e benzóide. Há ainda 2 a 3% de estiracina. O restante se
divide: em cinamato de fenilpropila, feniletileno, vestígios de aldeído benzóico e traços de vanilal.

Indicação terapêutica: Dermatite, rachadura dos seios, frieira, ferida, resfriado, tosse,
bronquite, catarro, laringite, leucorréio. Indicada também para esgotamento emocional, agitação
e tristeza.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, expectorante, cicatrizante e vulnerário.
Ação psicológica: Estimulante, reconfortante, animador.

Modo de usar: Inalação, fumigações com incensário, banho, massagem, compressa,


ungüento.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de gerânio, rosa, junípero, baunilha.
Informação adicional: O benjoim, conhecido como resina de benjamim, é o ingrediente
clássico do incenso. O benjoim de Sião (styrax onkinense Pierre) tem aroma mais suave e
agradável que nos faz lembrar a baunilha. Já o benjoim-de-samatra (styrax benzoin Dryand)
lembra mais o estoraque (Liquidambar orientalle Mill) da família das Hamamelidáceas. O extrato
de benjoim é solúvel em álcool a 80%.

12. 7 CANELA-DA-CHINA

Sin.: Cinnamomum obtusifolium var. cássia Perrot e Eberthardt.


49
Origem (árvore): Ásia.
País produtor: (O.E): China.
Método de extração: Hidrodestilação da casca.
Rendimento: 60 a 80 kg de casca para extrair 1 kg de óleo essencial.
Constituintes principais (O.E): 70 a 90% aldeído cinâmico, 1,5 a 12% aldeído o-
metoxicinâmico(o-meticumárico). O restante se divide em: aldeídos benzílicos, salicílico,
cumarina e alguns ácidos (cinâmico, benzílico, sacílico)
Indicação terapêutica: Resfriado, gripe, tosse, cólica, pediculose, (infestação de
piolhos), preguiça.

Propriedades medicinais: Carminativo, adstringente, emenagogo, anti-séptico,


germicida, sudorífero.
Ação psicológica: Estimulante, afrodisíaco.

Modo de usar: Inalação, difusor, compressa, xampu.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, toranja, erva-cidreira
(lemongrass), limão, citronela, laranja-doce.

Cuidados:Contra-indicado durante a gravidez. Use este óleo em dosagem bem diluída


(<1%). Para uso interno, prefira óleo de canela-do-ceilão.

12.8 CÂNFORA

Sin.: Camphora offinalis, Steudt., Laurus camphora L., Persea camphora Spreng.
Origem (árvore): Ásia oriental.
País produtor (O.E): China.
Método de extração: Destilação fracionada da madeira a vapor d’água.
Rendimento: 20 kg de lenho para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E): 30 a 40% cânfora. O restante se divide em: cineol, alfa-
terpineol, alfa-pineno, nopineno, canfeno, dipenteno, cadineno, bisaboleno, canfuzu, borneol,
linalol, piperitona, p-cimeno, eugenol, safrol.
50
Indicação terapêutica: Dor muscular, cãibra, problemas cardíacos, perturbação
nervosa, bronquite, resfriado, febre com sensação de frio, vômito, queimadura, acne.
Propriedades medicinais: Anti-séptico, hipertensor, revulsivo, analgésico,
antiinflamatório, lenitivo (alivia dores), vulnerário, estimulante, coronário, antitraças.
Ação psicológica: Antidepressivo, estimulante.

Modo de usar: Fricção com bálsamo, inalação difusor, compressa.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de hortelã-pimenta, poejo, toranja, limão,
lemongrass, laranja.
Cuidados: Evite o uso deste óleo durante a gravidez, ingestão de remédios
homeopáticos e tratamento de epilepsia. O óleo de cânfora pode causar irritação em pessoas
que tenham pele sensível.

12. 9 CEDRO

Sin.popular: Cedro vermelho.


Origem (árvore): EUA
País produtor (O.E): EUA.
Método de extração: Hidrodestilação do lenho.
Rendimento: 30 kg de madeira para extrair e 1 kg de O.E.
Constituintes principais: (O.E): Uma substância cristalina chamada cedral (Cedar
camphor) e o sesquiterpeno cedreno. O restante se divide em: limoneno, cadineno, borneol.
Indicação terapêutica: Problemas de pele (acne, dermatite, psoríase), pielite
(inflamação dos rins), problemas do couro cabeludo (seborréia, acomia queda de cabelo), caspa,
ansiedade, stress, infestação de mosquito, traças.
Propriedades medicinais: Adstringente, diurético, expectorante, repelente de insetos.
Ação psicológica: Sedativo, relaxante.

Modo de usar: Compressa, aromatização ambiental, inalação, banho, massagem (para


melhorar a respiração), cremes e loções para os cabelos (com água floral de cedro). 51
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, alfazema e vetiver.

Cuidados: este óleo essencial deve ser evitado por gestantes, pessoas com propensão
a ter pressão alta ou problemas cardíacos. Também deve ser evitado por pessoas de pele
sensível a fim de não correr o risco de uma irritação cutânea.

12. 10 CIPRESTE

Sin.:C. fastigiata Dc., C. orientalis Hort., C. pyramidalis Tar. Tozz, C. stricta Mill.
Sin.populares: Cipreste-da-Itália, Cipreste-Comum, Cipreste-Piramidal.
Origem (árvore): Europa austro-oriental e Ásia.
País produtor (O.E): França, Ásia Menor (Península ao oeste da Ásia que forma a parte
asiática da Turquia, Espanha, Marrocos).
Método de extração: Destilação a vapor das gálbulas (ramos novos com folhas)
estróbilos (pseudofrutos chamados nozes ou cones).
Rendimento: 100 kg de cones e ramos para extrair um 1 kg de óleos essenciais.
Constituintes principais (O.E): Furfural, d-pineno, d-canfeno, cimeno, d-terpineol, l-
cadineno, cânfora cipreste, silvestreno, sabinol, mirceno, careno.
Indicação terapêutica: Irritabilidade, nervosismo, ansiedade, atonia muscular, gripe,
tosse, enurese, sistema circulatório (varizes, hemorróidas, hemorragia, celulite), pés cansados,
suor nos pés, climatério (menopausa), diarréia, disenteria.

Propriedades medicinais: Adstringente, anti-séptico, vasoconstritor, cicatrizante, anti-


reumático, repelente de insetos, vulnerário, febrífugo.
Ação psicológica: Restaurador dos nervos, sedativo.

Modo de usar: Banho de assento, escalda-pés, fricção, bandagem corporal, inalação,


difusor, reflexologia (massagem dos pés com óleo essencial diluído em carreador).
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, toranja, alfazema, rosa,
laranja-cidra, zimbro, sálvia, olíbano, limão.
Cuidados: Seu uso excessivo ou em alta dosagem pode provocar vapores
(entorpecimento cerebral como se fosse embriaguez, sensação de perda de equilíbrio, vertigem). 52

12.11 CITRONELA

Cymbopogon nardus Rendl., fam Gramíneas

Sin: Andropogon nardus L., ceriferus Hack., A. schoenanthus Bth., C. winterianus.


Sin. Populares: Capim-de-Cheiro, Citronela-de-Java.
Origem (erva): Brasil, América Central.
Países produtores (O.E): Sri Lanka, Indonésia, Java, China, Taiwan, Argentina, Brasil,
Índia.
Método de extração: Destilação a vapor das folhas do capim.
Rendimento: 100 a 150 kg de folhas para extrair 1k de O.E.
Constituintes principais (O.E.): Sri Lanka: 60% geraniol, 15% citronelol, 10 a 15%
canfeno e dipenteno. O restante se divide em linalol, borneol. Entretanto, o óleo de citronela de
Java chega a ter uma quantidade expressiva de geraniol – 80 a 92%.
Indicação terapêutica: Doenças infecciosas, gripe, dor de cabeça, sinusite, cansaço.

Propriedades medicinais: Carminativo, febrífugo, sudorífera, fungicida, bactericida.


Ação psicológica: Estimulante e refrescante.

Modo de usar: Gel repelente de insetos, aromatização ambiental com spray para
(desinfetar lixeiras, tirar cheiros remanescentes de cigarros, peixes), compressa, difusor.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de Eucalipto comum, funcho, erva-cidreira
(lemongrass) e vários cítricos como a laranja-dourada, laranja-sanguínea, laranja-cidra, limão.
Cuidados: Deve ser evitado por pessoas com problemas de coração, pois sua inalação
através de difusores acelera os batimentos cardíacos. Também pode causar alergia em pessoas
que tem pele sensível.

12.12 CRAVO

53
Syzgium aromaticum (L.) Merr.& T.M, fam. Mirtáceas.

Sin.:Caryophillus Aromaticus L., C. silvestris Teysm., Eugenia caryophyllata


Thunb.,E. aromatica Baill., Jambosa caryophyllus Ndz., Myrtus caryophyllus Spreng.
Sin. Popular: Cravinho
Origem (árvore): Arquipélago de Molucas (acima da Austrália)
Países produtores (O.E): Zamzibar, Pemba, Madagascar, Sri Lanka, Indonésia.
Método de extração: Hidrodestilação dos botões florais.
Rendimento: 4 a 6 kg de botões floríferos e pedúnculos florais para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E): 70 a 98% eugenol (4-alil-2-metóxifenol), 10 a 15%
acetato de eugenila, 5 a12 % de hidrocarboneto inativo chamado humuleno que com o
cariofileno constituem a totalidade do conteúdo do óleo essencial. O restante 1% se divide em:
metilamilcetona, metil-heptil-cetona, carbinol, ácido benzílico, salicilato de metila, aldeído
coniferílico, vanilina e alguns compostos terpênicos e furfurílicos.

Indicação terapêutica: Odontologia (dor de dente), nevralgia, esgotamento mental,


sarna, verruga, calos, descamação da pele, picada de inseto, memória fraca.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, analgésico, parasiticida, anestésico,
estomáquico (ativa a secreção gástrica - vide cuidados).
Ação psicológica: Excitante, afrodisíaco.

Modo de usar: Umedeça o algodão do cotonete no óleo de cravo e massageie a


gengiva do dente cariado ou inflamado até ir ao dentista, gargarejo (solução de 1 a 5% no
máximo), difusor, compressa, ungüento.
12. 13 EUCALIPTO COMUM

Eucalyptus globulosus Labill., fam Mirtáceas

Sin.:Eucaliptus globulosus St. Lag.


Origem (árvore): Tasmânia (ilha ao sul da Austrália).
Países produtores (O.E.): Austrália, Brasil, Espanha, Portugal, Angola, África do Sul,
China, Índia. 54
Método de extração: Destilação a vapor das folhas falciformes (em forma de foice).
Rendimento: 40 a 50 kg da folha seca e ramos terminais para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 70 a 85% cineol, 5 a 15% alfa-pineno.
Indicação terapêutica: Peito congestionado, tosse, gripe, resfriado, bronquite, asma,
sinusite, febre (malária, tifo, sarampo), pneumonia, reumatismo, furúnculo, pé-de-atleta, acne,
cicatrização, bolha, ulceração.

Propriedades medicinais: Expectorante, anti-séptico (antivirial, bactericida),


anestésico.
Ação psicológica: Estimulante, refrescante.

Modo de usar: Inalação, banho, travesseiro aromático, spray, bálsamo, ungüento,


emplasto de argila, máscara facial, bandagem, loção, xarope, limpeza bucal, escalda pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de alfazema, manjerona, zimbro, pinho,
limão, alecrim, laranja-cidra, hortelã-pimenta, tea tree, sândalo, citronela.

Cuidados: Pode irritar peles sensíveis. É importante, sempre diluir os óleos essências
antes de usá-los. No caso do eucalipto-comum, use uma diluição menor ou igual a 1%. Evite o
uso com remédios homeopáticos.

12. 14 GERÂNIO

Pelargonium graveolens Art., fam. Geraniáceas

Sin. Populares: Malva-de-cheiro, gerânio-crespo.


Origem (planta): África.
Países produtores (O.E.): Japão, Egito, Rússia, Réunion (Sudoeste de Madagascar).
Método de extração: destilação a vapor da planta inteira.
Rendimento: 500 a 600 kg da planta fresca para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 65 a 78% de álcoois como geraniol, citronelol, linalol. O
restante se divide em: ésteres de linalol, borneol, terpeniol, álcool feniletílico, ácido tíglico, ácido
acético e traços de citral.
55
Indicação terapêutica: Glossite (inflamação da língua), afta, eczema, espinha, acne,
pediculose (piolho), oftalmia (inflamação nos olhos), estomatite (inflamação da membrana
mucosa da boca), ferida, úlcera, gastroenterite (inflamação do estômago), seios inchados,
enterite (inflamação do intestino), blenorragia (gonorréia), leucorréia (corrimento vaginal, medo,
depressão).
Propriedades medicinais: Vulnerário, analgésico, regulador da hipossecreções
andróginas e estrógenas, diurético, adstringente, hemostático, repelente de insetos.
Ação psicológica: Sedativo, estimulante córtex adrenal que através do ACTH
(hormônio do stress) produz hidrocortisona, que tem efeito amplo sobre os processos
metabólicos.

Modo de usar: Reflexologia, massagem das mãos, difusor, banho, escalda-pés, géis,
ducha vaginal, ungüento, cosméticos (loção, creme para as mãos, xampu), desinfetantes (ferida
e queimadura).
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de rosa, manjericão, alfazema, erva-cidreira
(lemongrass), zimbro, sálvia-esclaréia, camomila, mirra, limão.

Cuidados: Pode provocar alergias em pessoas de pele sensível. Faça uso deste óleo
em concentração diluída.
Cuidados: Pode provocar alergias em pessoas de pele sensível. Faça uso deste óleo
em concentração diluída (1%)

12.15 HORTELÃ-PIMENTA

Mentha piperita L.,fam Labiadas


Sin.:Mentha glabrata Wahl., M.hircina Hull., M. piperata Stokes, M.tenuis Frank., M.
officinalis Hull., M. hispidula Popp., M. kahirina Forsk., M. napolitana Tenore, M.odora Salisb., M.
pimentum Nees.
Sin. Populares: Menta, menta-verdadeira, hortelã-das-cozinhas.
Origem (erva): Inglaterra vinda do mediterrâneo.
Países produtores (O.E.): EUA, Inglaterra, Itália, França, Japão.
Método de extração: Destilação a vapor dos ramos da erva. 56
Rendimento: 40 a 60 kg de folhas parcialmente secas para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 50 a 78% l–mentol, 5 a 20% de ésteres computados
sob a forma de acetato de mentila e isovalerato. O restante se divide em: d-mentona,l-mentona,
cineol, isomentol, neomentona, mentofurano (2,6-dimetil-4,5,6,7-tetrahidro-benzofurano).
Indicação terapêutica: gripe, resfriado, dor de cabeça, sinusite, nariz entupido,
indigestão, flatulência, cólica, vômito, enjôo, halitose, soluços, picada de insetos, tontura, fadiga
geral, gastrite, enterite, dor de dente, problemas de pele (acne, dermatite).
Propriedades medicinais: Vaso constritor, descongestionante, antiespasmódico,
carminativo, anti-séptico, eupéptico (facilita a digestão), analgésico, repelente de mosquito e
rato.

Ação psicológica: Estimulante. Ajuda a manter a pessoa desperta, enquanto viaja.


Ajuda a concentração de crianças sonhadoras.
Modo de usar: Travesseiro aromático, banho, escalda-pés, spray para aromatização
ambiental, ungüento (nevralgia), massagem, fricção, colutório (líquido medicinal usado em
bochecho nas inflamações das mucosas bucais), aromatizante de licores, infuso teífero.

Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de alecrim, eucalipto-comum, manjerona,


lavandin, alfazema, toranja, pinho, bergamota e tea tree (para problemas de pele).

Cuidados: Este é um óleo forte – deve ser usado somente diluído numa concentração
menor que 1%. Não devem fazer uso do óleo essencial: gestantes, recém-nascidos e pessoa
que sofre de cálculo biliar, conquanto é possível fazer uso da erva sob orientação médica, neste
último caso. Também, pessoa com sono leve deve evitar usá-lo à noite para não ter insônia. De
acordo com Wichtl, bastam 0,3g do óleo puro (12 gotas aproximadamente), para produzir alguns
efeitos tóxicos.
12. 16 YLANG-YLANG/CANANGA

Cananga odorata Hook et Thoms., fam. Anonáceas

Sin.: Canangium odoratum (Lam.) Baill.,Unona odorantissimum.


Origem (árvore): Malásia, Birmânia.
Países produtores (O.E): Filipinas, Java, Ilhas Comores (ao noroeste de Madagascar).
Método de extração: Destilação das flores amarelas com vapor d’água. 57
Rendimento: 50 a 60 kg de flores para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E): Acetato de metila, acetato de benzila, benzoato, linalol,
farnesol, geraniol, eugenol, safrol, pineno, sesquiterpenos, cadineno e ácidos levemente
esterificados: acético, benzóico, fórmico, salicílico, valeriânico.

Indicação terapêutica: Depressão, frigidez, hipertensão, palpitação, raiva, hiperpinéia


(hiperventilação), tensão nervosa, cuidados da pele e do couro cabeludo.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, hipotensor, antiespasmódico.
Ação psicológica: Antidepressivo, afrodisíaco, sedativo.

Modos de usar: Banho, massagem, difusor, escalda-pés, perfume.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de jasmim, rosa, néroli, bergamota, patchuli,
canela, murta, cravo, alcaravia, laranja-cidra, gerânio.

Cuidados: Use-o em concentração de até 1% a fim de evitar náusea e dor de cabeça.

12.17 JASMIM

Jasminum officinale L. fam. Oleáceas

Sin.: Jasminum affine Royle, J. poeticum Hort., J vulgatus Lam.


Sin. Populares: Jasmim-da-itália, Jasmim-dos-açores, Jasmim-trepador, Jasmim-
galego.
Origem (trepadeira): Ásia.
Países produtores (O.E): Índia, França, Marrocos, Egito, Japão, China, Itália.
Método de extração: Enfloragem com extração do álcool.
Rendimento: 1000 kg de flores recém-colhidas para extrair 1 kg de absoluto.
Constituintes principais (O.E): Acetato de benzila, álcool benzílico, linalol, farnesol,
jasmonato de metila, cisjasmona, indol (benzopirrol).

Indicação terapêutica: Cólica menstrual, nervosismo, impotência, frigidez, insônia,


depressão, letargia, dermatite (de origem psicossomática), tosse, rouquidão, gripe, resfriado.
Indicada também para dores do parto e expulsão da secundinas do feto (membrana, placenta e 58
cordão umbilical)
Propriedades medicinais:Anti-séptico, cicatrizante, antiespasmódico, galactogogo,
sedativo.
Ação psicológica: Antidepressivo, afrodisíaco, estimulante. É indicado especialmente
para perturbações emocionais.

Modo de usar: banho, massagem, aromatização, ambiental, fricção, compressa,


ungüento, cataplasma, loção.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de canela-da-china, verbena, gengibre,
camomila, alcaravia, coentro, noz-moscada, cravo, patchuli, rosa, Ylang-Ylang, canela, sândalo.

Cuidados: O absoluto de jasmim deve ser evitado por grávidas e bebês, pois pode
causar dores de cabeça devido ao seu intenso floral de aroma rico e adocicado. Usado em
excesso, aumenta a secreção de catarro.

12.18 LARANJA-DOCE

Citrus aurantium L. subespécie sinensis Galesio, fam. Rutáceas

Sin.:Citrus aurantium var. dulcis Citrus sinensis Osbeck., Citrus aurantium Risso
Sin.populares: Laranja-doce, laranja-caipira, essência-de-portugal.
Origem (árvore): China/Conchichina.
Países produtores (O.E.): EUA, Guiné, Brasil, Itália.
Método de extração: prensagem do epicardo (casca).
Rendimento: 50 a 300 kg de casca fresca da fruta madura para extrair 1kg de óleo O.E.
Constituintes principais (O.E): 90% d-limonemo, citral, aldeído decílico, antranilato de
metila, d-linalol, d-alfa-terpineol. Há também: de 0,5 a 2,9% de aldeído sob a forma de n-octanal,
n-decanal, n-dodecanal, além de vestígios de farnesol e nerolidol.
Indicação terapêutica: Aerofagia, dispepsia, febre, nevralgia, palpitação, soluço,
insônia, vômito, bolha, tosse, bronquite, inapetência (falta de apetite).

Propriedades medicinais:Anti-séptico, febrífugo, estomáquico, antiespasmódico,


colagogo, carminativo, anticelulítico. 59

Ação psicológica: Sedativo, refrescante.

Modo de usar: Massagem, banho, difusor, infuso, inalação.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de gerânio, petitgrain, toranja, nélori, vetiver.
Cuidados: Evite exposição solar quando da aplicação do óleo essencial de massagem
corporal.

12. 19 LIMÃO

Citrus medica L. subespécie limonum Risso, fam. Rutáceas.


Sin.: Citrus limonia Osbeck., Citrus limon(L.) Burm. F., Citrus limonum Risso.

Sin. Populares: Limão azedo, limão-amargo, limão-comum, limão-da-botica, limão-


silvestre, limão-de-molho, limão-miúdo.
Origem (auranciácea arbórea): Índia.
Países produtores (O.E.): Itália, EUA, Brasil, Espanha, Israel.
Método de extração: prensagem do epicarpo (casca)
Rendimento: 100 a 150 kg de casca fresca da fruta verde para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 70 a 80% d-limoneno, 8 a 10% B-pinemo, a 8 a 10% y-
terpinemo, 2 a 4% citral. O restante se completa com: alfa-pinemo, citronelal, aldeídos, (octilíaco,
nonílico) e vários álcoois (linalol, geraniol, citronelol), que se encontram sob a forma de ésteres
(acético, cáprico, láurico).
Indicação terapêutica: Adiposidade (obesidade), afonia (perda ou diminuição da voz),
reumatismo, gota, gengivite, amigdalite, halitose, tártaro, adenite (inflamação dos glânglios
linfáticos), escorbuto (hemorragia causada pela deficiência de vit.C), hipertensão, icterícia, litíase
(pedra) biliar, sarna, picada de insetos, angina (inflamação das fauces, faringe, laringe, traquéia),
furúnculo, verruga, pústula (elevação da epiderme que contém pus), torcicolo, astenia
(debilidade), ansiedade, nervosismo, meteorismo (gases), inflamação das veias, acúmulos
linfáticos, pele gordurosa, unha quebradiça, greta (pela rachada), rinorragia (epistaxe ou
hemorragia nasal), vômito, gripe, resfriado, sinusites. 60
Propriedades medicinais:Anti-séptico, carminativo, laxante, hipotensor,
antiescorbútico, hemostático, febrífugo, anticelulítico, bactericida, imunoestimulante da
leucocitose, repelente de insetos.
Ação psicológica: Antidepressivo, calmante, ajuda a concentração, sedativo.
Modo de usar: Massagem, fricção, compressa, loção, ungüento, imersão das unhas em
óleo carreador com 3% de O.E., banho, máscara facial, suco de fruta.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de alecrim, bergamota, camomila, erva-
cidreira, funcho, gerânio, hissopo, hortelã-pimenta, ylang-ylang, jasmim, manjericão, néroli,
orégano, patchuli, rosa, sálvia-esclaréia, sálvia officinalis, toranja, verbena-limão, zimbo.

Cuidados: É um óleo que deve ser diluído antes de ser usado (concentração: 2%). Evite
exposição solar quando da aplicação do óleo essencial em massagem corporal.

12.20 MANJERICÃO

Ocimum basilicum L., fam. Labiadas

Sin:Ocimum pilosoum willd.


Sin.populares: Alfava-cheirosa, basilicum-grande, erva-real, manjericão-dos-
cozinheiros, manjericão-de-molho, quioiô, manjericão-grande, basílico, alfavaca, alfádega.
Origem (erva): Ásia oriental.
Países produtores (O.E.): Ilhas Comores (noroeste de Madagascar, África), Ilhas de
Seychelles (nordeste de Madagascar), Ilhas Réunion (sudeste de Madagascar), EUA, França,
Itália, Espanha, Java.
Método de extração: Destilação a vapor.
Rendimento: 500 a 800 kg de folhas e sumidades florais para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): Metilcavicol (estragol), cineol, linalol, eugenol, pineno,
timol, alcanfor.

Indicação terapêutica: Dor de garganta, tosse, rouquidão, amigadalite, afta, agalactia


(problemas de aleitamento), má digestão, prisão de ventre, cólica, náusea, ansiedade, insônia,
verruga, placa dentária, enxaqueca, picada de insetos. 61
Propriedades medicinais: Anti-séptico, antiespasmódico, antiespasmódico, anti-
helmíntico, carminativo, diurético, expectorante, estimulante do córtex adrenal, cefálico,
enternutatório (provoca espirros).
Ação psicológica: Tônico do sistema nervoso, sedativo.

Modos de usar: Infuso teífero para gargarejo, (afecções das vias respiratórias), infuso
para bochechos (afta), massagem, fricção, ungüento, repelente de insetos, condimento (culinária
italiana)
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, gerânio, hissopo, alfazema,
alecrim, cipreste, cedro, limão, sálvia-esclaréia, tomilho, orégano, tea-tree, zimbro.

Cuidados: Evite usar este óleo se estiver grávida. Em dosagem excessiva, o efeito
sedativo do óleo de manjericão pode se tornar altamente depressivo.

12.21 MANJERONA

Origanum majorana L. fam. Labiadas

Sin.:Majorana hortensis Moench., M. crassa Moench., M. fragans Rafin., M. ovatifolia


Stokes., M. tenuifolia S.F Gray, M. vulgaris S.F Gray.
Sin. Populares: Manjerona-verdadeira, manjerona-doce, orégano-vulgar, manjerona-
hortensis, amaracus, manjerona-inglesa, flor-de-himeneu.
Origem(erva): Nordeste da África.
Países produtores(O. E): Espanha, Tunísia, Marrocos, Egito, Hungria.
Modo de extração: Destilação a vapor
Rendimento: 100 a 200 kg e sumidade florais para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais(O. E): 40% d-terpinol e terpineno. O restante se divide em:
eugenol, linalol, geraniol, p-cimeno, metilcavicol, origanol, pineno, sabineno, Há também traços
de cânfora e borneol.
Indicação terapêutica: Flatulência, cólica, menstruação, afecções da vesícula biliar,
catarro, tosse, resfriado, asma, coriza, gota, reumatismo, contusão, tensão, tensão nervosa,
enxaqueca, depressões, angústia, insônia, hipertensão, varizes, eretismo sexual (ninfomania e
satiríase). 62
Propriedades medicinais: Expectorante, estomáquico, tônico peristáltico, antálgico
(analgésico), diaforético (faz suar), carminativo, bactericida, fungicida, galactagogo,
antiespasmódico, vagotônico (inibe o sistema simpático e estimula o parassimpático), vulnerário
(cicatrizante), diurético, vasodilatador.

Ação psicológica: Relaxante e sedativo.

Modos de usar: Infuso, inalação, banho, massagem, gargarejo, (fortalece a voz),


ungüento, fricção, condimento, licor.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de alfazema, bergamota, alecrim, eucalipto-
comum, hortelã-pimenta, cipreste, limão, zimbro.

Cuidados: Seu uso em dose elevada pode causar dor de cabeça, diminuição do apetite
sexual e provoca efeito narcótico. Deve-se evitar usar durante a gravidez.

12.22 MIRRA

Commiphora mirrha (Nees) Engl., fam. Burseráceas.

Origem (arbusto): Península arábica, Abissínia.


Países produtores (O.E.): Irã, Sudão, Somália, Líbia, Etiópia.
Método de extração: Faz-se a extração com álcool e depois a hidrodestilação.
Rendimento: 20 kg da goma oleorresina para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais: O exsudado da mirra contém 50 a 60% de uma goma
(viscosa, pegajosa, hidrossolúvel) que associada a uma oxidase acaba a hidrolisando
principalmente em arabinose. Faz-se presente também 25 a 40% de uma resina (não
hidrossolúvel) contendo: ácido comifórico, alfa-heerabomirrol, b-heerabomirrol, heeraboresena,
ácido alfa-heerabomirrólicos, ácido b-heerabomirrólicos. Finalmente de 2,5 a 10% de essência
cujos constituintes principais são: mirrol (mirrenol), ácido mirrólico, aldeído cumínico, eugenol,
fenol, terpenos e sesquiterpenos (cadinemo, heeraboleno). Há também traços dos ácidos
acéticos e palmíticos. 63

Indicação terapêutica: Piorréia (inflamação da gengiva e do ligamento alvéolo dentário


que causa o amolecimento do dente), gengivite, amigdalite, diarréia, hemorróidas, leucorréia
(corrimento vaginal), ferida, esfoladura, gripe tosse, ruga.
Propriedades medicinais: antiinflamatório, adstringente, antiespasmódico, carminativo,
vulnerário (cicatrizante de feridas), expectorante, fungicida, resolutivo (ajuda a inflamação
desaparecer sem que haja formação de pus)
Ação psicológica: Estimulante, fortificante.

Modo de usar: Massagem, gargarejo, ungüento, cotonete (mergulhar no óleo e


massagear a gengiva), máscara facial, tintura, aromatização ambiental, turibulação religiosa-
espiritual.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de gerânio, alfazema, cânfora, bergamota,
tea tree, olíbano, limão, zimbro.
Cuidados: Opte pelo óleo destilado da resina da mirra para tratamento broncopulmonar.
Como incenso para aromatização ambiental, pode-se usar a própria resina. Evite usar este óleo
durante a gestação.

12. 23 NÉROLI

Flor da laranjeira Citrus amara L., Ratáceas

Sin.:Citrus aurantium L. var. bigaradia Duhamel, C. vulgaris Risso.


Sin. Populares: Óleo da flor de laranjeira-azeda, essência-de-nélori-bigarade. “ Oleum
auranti floris aetherum”.
Origem (árvore): Eurásia.
Países produtores (O.E): Tunísia, França, Ilhas Comores (noroeste de Madagascar,
África), Espanha, Itália, Argélia, Marrocos.
Métodos de extração: Destilação a vapor das flores brancas da laranjeira-amarga.
Rendimento: 1000 kg de flores frescas para extrair 1kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 35 a 67% de álcoois predominando o d-linalol sobre o 64
alfa-terpeniol, geraniol, nerol, farnesol, nerolidol e o álcool feniletílico; 35% de hidrocarbonetos
(B-ocimeno), alfa-pinemo, canfeno, dipenteno); 6 a 24%de acetato de linalina; 0,6% antranilato
de metila; indol.

Indicação terapêutica: Depressão, taquicardia, fobia, choque, nervoso, tensão, medo,


desgosto, insônia, apatia sexual, ansiedade, diarréia, psicossomática, stress, irritação, histeria,
xerodermia (pele seca), acne, eczema, estrias, cãibra.
Propriedades medicinais: não tem

Ação psicológica: Calmante, relaxante, antidepressivo, afrodisíaco.

Modo de usar: Infuso, inalação, aromatização ambiental por difusores a froid ( a frio),
fricção, compressa, loção, massagem, banho, ungüento, escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de rosa, benjoim, alfazema, olíbano, jasmim,
gerânio, limão, sândalo, funcho, sálvia-esclaréia, camomila, cedro, alecrim.
Cuidados: É um óleo muito precioso e caro. Por isso dilua-o em carreador vegetal na
proporção de 0,5 a 1% do volume de óleo vegetal. Este é um óleo que pode ser usado por
gestantes e em crianças. É especialmente indicado para pessoas de pele sensível.

12. 24 OLÍBANO

Boswellia carterii Birdw., fam. burseráceas


Sin.:Boswellia thuifera.
Sin. Popular: Incenso.
Origem (árvores): Península arábica.
Países produtores (OE): Arábia, Omã, Somália, Irã, Iêmen.
Método de extração: Dissolução da goma-resina em álcool para posterior destilação a
vapor.
Rendimento: 10 a 15 kg de goma-resina para extrair 1 kg de OE.
Constituintes principais (exsudado): (i) 5-10% de essência composta de: alfa-pineno,
felandreno, di-penteno, alfa-tuieno, cadineno, olibanol (verbenol); (ii) 70% de uma resina
contendo: ácido bosvélico alfa, ácido bosvélico beta, acetato do acido bosvélico beta, breína, 65
olibanore-seno. O restante do exsudado se completa com: (iii) 0,5% de um princípio amargo; e
(iv) 25% a 30% de goma que se hidrolisa em arabinose, galactose e ácido 4-O-metilglicurônico.

Indicação terapêutica: Asma, tosse, resfriado, laringite, bronquite, catarro, cistite


(inflamação da bexiga), ulcerações, hemorróidas, ferimento, verruga, ruga, furúnculo, espinha,
mastite (inflamação dos seios), dispepsia, reumatismo, ansiedade, tensão.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, antiinflamatório, adstringente, fungicida,
coagulante (ferimentos), vulnerário (cicatrizante), vaso dilatador, carminativo, repelente de inseto
(fulmigações).
Ação psicológica: Ajuda a concentração, meditação, elevação, da consciência
(aprofunda a respiração que resulta num maior relaxamento). Sedativo.

Modos de usar: Massagem peitoral, creme de pele, aromatização para criar um clima
conducente à meditação ou oração, sabonete, sufumigação com a própria goma-resinosa em
incensário.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de sândalo, gerânio, rosa, manjericão,
cânfora, pimenta-do-reino, alfazema, toranja, limão, pinho, cedro, benjoim, alcaravia.

Cuidados: Este óleo, particularmente suave, é indicado para gestantes. Pessoas com
pele muito sensível, deveria usar o óleo essencial de olíbano diluído em carreador (óleo vegetal)
numa concentração de 0,5 a 1%.
12.25 PALMA-ROSA

Cymbopogon martini Stapf.var. motia, fam, Gramíneas

Sin.: Andropogon martini Roxb., A. schoenanthus L., A .pachnodes Trin., A nardus Trin.,
Cymbopogon martinianus Schultes, C.shoenanthus Spreng., C. citriodorus Link.
Origem (erva): Região do Himalaia, Índia, Afeganistão.
66
Países produtores (O.E): Índia, Madagascar, Java, Ilhas Comores (noroeste de
Madagascar).
Método de extração: Destilação a vapor das folhas e panículas (inflorescência muito
ramificada).
Rendimento: 50 a100 kg de planta para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E):75 a 95% geraniol; 3 a 15% ésteres do ácido acético e
do ácido capróico; 5 a 9% citral juntamente com percentagem escassas de outros aldeídos
(fórmico, isovalérico). O restante se completa com: dipenteno, b-ocimeno, metil-heptenona, d-
linalol, 1-alfa-terpeniol, farnesol, nerolidol, álcool cariofilênico, alfa-betulenol, B-betulenol,
humuleno, cariofileno.
Indicação terapêutica: Pé-de-atleta (micose nos pés produzidos por um fungo do
gênero (epydermophyton), acne, ruga, dermatite, eczema, pele seca, cansaço, couro cabeludo,
nervosismo, afecções da glândula tiróide, problemas estomacais.

Propriedades medicinais:Anti-séptico, regenerador celular, cicatrizante, citofilático,


emoliente, vermífugo, antiviral, nervino.

Ação psicológica: Calmante.

Modos de usar: Massagem, banho compressa, fricção, loção, máscara facial,


bandagem, difusor, escalda-pés.

Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de gerânio, sândalo, alfazema, benjoin,
gengibre, petitgrain, néroli, erva-cidreira, rosa, sálvia-esclaréia, zimbro.
Cuidado: Evite o uso prolongado deste óleo, mesmo sendo especialmente indicado para
tratamentos de pele. Se estiver grávida certifique de usá-lo diluído (1%).

12.26 PATCHULI

Pogostemom patchouli Peletier, fam. Labiadas


67

Sin.:Pogostemum heyneanum Benth., P. intermedium Benth., P. cablin Benth.


Origem (arbusto): Índia / Burma.
Países produtores (O.E): Samatra (ilha da Indonésia), Cingapura (entreposto), China,
Taiwan, Índia, Malásia.
Método de extração: Destilação a vapor das folhas secas ao sol e fermentadas.
Rendimento: 30 a 50 kg de folhas para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E.): 40 a 45% cadinemo com percentagem pequena de
eugenol e aldeído cinâmico. Este óleo encerra ainda em sua composição: 23 a 55% patchulol,
0,4 a 0,6% norpatchulenol, piridina, patchuli, cânfora patchuli e benzaldeído.

Indicação terapêutica: Acne, eczema, pele rachada, impetigo (erupção pustulosa da


pele), pele empapada, caspa, seborréia, cabelo oleoso, pele envelhecida, dermatite, retenção de
líquido, queimaduras, tinha (micose nos pêlos), parasitas, picadas de insetos, medo, falta de
concentração, tontura, ansiedade, confusão.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, cicatrizante, citofilático, febrífugo, bactericida,
fungicida, antiinflamatório, tônico, repelente de insetos, fixativo.
Ação psicológica: Sedativo (ansiedade), afrodisíaco.

Modos de usar: Massagem, difusão, banho, ungüento, fricção, loção, xampu.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, gerânio, alfazema, mirra,
néroli, rosa, gengibre, verbena, jasmim, alcaravia, noz-moscada, sândalo, vetiver, Ylang Ylang,
limão, musgo de carvalho, canela, cravo.
Cuidados: O odor intenso, balsâmico, amadeirado doce deste óleo pode causar dores
de cabeça em certas pessoas. Este óleo, em pequenas dosagens é estimulante, mas se usado
com excesso, seu efeito reverte.

12. 27 PAU-ROSA

68
Aniba rosaedora Ducke, fam. Lauráceas.
Origem (árvore): Amazônia, Brasil.
Países produtores (O. E.): Brasil, Suriname, Peru.
Método de extração: Destilação a vapor da casca e do lenho da árvore.
Rendimento: 100 kg de lascas de madeira para se obter 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E.): 70% linalol. O restante se divide em: cineol, p-
metilacetofenona e outros terpenos.

Indicação terapêutica: Estafa, nervosismo, depressão, dor de cabeça, ansiedade,


enjôo, cuidados com a pele (ruga, corte, estria, espinha) e com o couro cabeludo.
Propriedades medicinais: Anti-séptico, cefálico, hipotensor, citofilático, analgésico,
adstringente, regenerador cutâneo cicatrizante, bactericida.
Ação psicológica: Excitante, antidepressivo.

Modos de usar: Massagem, máscara facial, banho, loção, creme, xampu, difusor.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de manjericão, bergamota, alfazema,
toranja, pinho silvestre, limão, petitgrain, néroli.

Cuidados: É um óleo muito suave e seguro de usar. Inclusive faz parte de misturas
onde haja necessidade de dar corpo, suavizar os óleos mais pungentes.

12. 28 PETITGRAIN

Folhas da laranjeira Citrus amara L., fam Rutáceas


Sin.: Citrus aurantium L. Var. bicaradia Duhamel, C. Vulgaris Risso.

Sin. Populares: Óleo das folhas da laranjeira-azeda, essência-de-petitigrain.


Origem (árvore): Eurásia.
Países produtores (O.E.): EUA, Itália, França, Espanha, Marrocos, Haiti, Paraguai,
Brasil.
Método de extração: Destilação a vapor das folhas da laranjeira-azeda.
Rendimento: 100 kg de folhas para extrair 1 kg de O. E. 69
Constituintes principais (O.E.): 40 a 80% de ésteres calculados como acetato de
linalila; 10 a 20% de álcoois predominando o linalol sobre o alfa-terpeniol, geraniol, nerol,
farnesol e nerolidol. Os aldeídos não passam de 1%, incluindo vestígios de furfural. Há traços de
diversos terpenos como: beta-ocimeno, nopineno, canfeno, limoneno, dipenteno. Há também
antranilato de metila (NH2. C6H4.COOMe).

Indicação terapêutica: Ansiedade, tensão nervosa, stress, irritação, falta de


concentração, letargia mental, constipação, dispepsia, cãibra, jet lag (desorientação psicológica
e dos ritmos do corpo que ocorre em viagens internacionais).
Propriedades medicinais: Antiespasmódico, nervino, anti-séptico, digestivo, tônico
capilar.
Ação psicológica: Estimulante da memória e concentração.

Modo de usar: Massagem, aromatização ambiental, banho, compressa, ungüento,


massagem facial, cosmético [loção pós-barba (2%).
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de rosa, benjoim, alfazema, gerânio, limão,
néroli, sândalo, cedro, sálvia-esclaréia, patchuli, alecrim, zimbro.

Cuidados: Evite exposição solar quando da aplicação do óleo essencial em massagem


corporal.

12.29 SALSA

Petroselinum sativum L., fam. Umbelíferas


Sin.:Petroselinum petroselinum (L) Lyons, P. hortense Hoffmamnn, Carum petroselinum
Benth e Hook., Apium petroselinum L., A. crispum Mill., latifolium Mill., A.latifolium Mill., A.
vulgare Lam., A. tenuifolium Riv., Wydeleria portoricansis PDC.
Sin. Populares: Salsa-da-horta, salsa-comum, salsa-vulgar, salsa-hortense, salsa-de-
cheiro.
Origem (erva): Sudeste da Europa.
Países produtores: (O. E): França, Alemanha, Ásia ocidental e África setentrional.
Método de extração: Destilação a vapor dos aquênios (frutos secos) pulverizados. 70
Rendimento: 15 a 50 kg de frutos para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E):Apiol (predominante no óleo essencial origem alemã); a
miristicina (predominante no óleo essencial de origem francesa); um éter fenólico correlato e
ainda o alil-4-tetrametóxi-1, 2, 3, 6-benzeno. Há também: 1, 3, 8-p-mentatrieno, b-felandreno,
mirceno, p-metilisopropilbenzeno, terpinoleno e 50 outros componentes.

Indicação terapêutica: Acne, hematoma, edema, bolha, amenorréia, (falta de


menstruação), dismenorréia (menstruação dolorosa), reumatismo, gota, alcoolismo, inapetência
(falta de apetite), hemorróidas, litíase hepática (pedra no fígado), catarro, problemas digestivos,
picada de insetos e parasitas.

Propriedades medicinais:anti-reumático, carminativo, laxante, diurético, tônico do baço


e do fígado, anti-hemorrágico, antiespasmódico, emenagogo, estimulante biliar, antifebrífugo.

Modos de usar: massagem, banho, tintura, infuso, decocto, ablução (lavagem),


fomentação (fricção da pele com medicamento líquido), condimento, aromatizante para
alimentos, escalda-pés.
Sinergias: mistura bem com óleo essencial de Benjoim e Angélica.

Cuidados: É atribuído ao apiol da salsa propriedades emenagogas. Por isso, este óleo
não deve ser usado durante a gravidez. Uma dosagem acima de 0,3g ao dia (o que equivale a
12 gotas) produz náusea, vômito, convulsão além de ser abortivo. Aliás, 3 gotas ao dia já pode
desencadear um processo abortivo.
12. 30 SÂNDALO

Santalum álbum L., fam. Santaláceas

Sin.populares: Pau-sândalo, pau-de-sândalo, sândalo-branco, sândalo-citrino, sândalo-


branco.
Origem (árvore parasita): Índia.
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Países produtores (O.E): Província de Misore (índia), EUA, França, Alemanha,
Indonésia, Taiwan.
Método de extração: Destilação a vapor do cerne da raiz e do caule.
Rendimento: 17 a 28 kg de madeira recém-moida para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O. E):90% alfa-santalol e b-santalol. O restante se divide em:
alfa-santalol, alfa- e b-santaleno, ácido b-sántilico, teressantalol, ácido teressantálico, nortriciclo-
eka-santalano, norticiclo-eka-santalol, santeno, santenol, santelona e aldeído isovalérico.

Indicação terapêutica: Depressão, medo, insônia, letargia, pele seca, acne, inflamação,
cutânea, prurido, rachadura na pele, ferida, eczemas, bronquite, resfriados, tosse, garganta
inflamada com streptococcus e staphylococcus laringite, enjôo, azia, uretrite (inflamação da
uretra), cistite (inflamação da bexiga) de origem blenorrágica na qual ocorre eliminação purulenta
de mucosas que nem ocorre na gonorréia.
Propriedades medicinais:Anti-séptico (trato urinário), antiespasmódico, diurético,
antiinflamatório, expectorante, carminativo, adstringente, fixador (perfumes).
Ação psicológica: Calmante e afrodisíaco.

Modos de usar: Inalação, banho, escalda-pés, massagem facial, compressa (morna),


infuso, decoto (gargarejo), gel, pomada, loção, aromatização ambiental, (meditação).
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de rosa, alfazema, cravo, canela, nélori,
benjoim, cedro, ylangue-ylangue, bergamota, pimenta-do-reino, cipreste, louro-das-antilhas,
alcaravias, patchuli, gerânio, vetiver, musgo-de-carvalho, estragão, sálvia-esclaréia, zimbro.

Cuidados: O óleo de sândalo pode causar calor no estômago e até enjôo se for ingerido
5 gotas de uma só vez. Em alta dosagem (acima de 1,5g o que equivale a 60 gotas), o óleo
essencial de sândalo irá provocar irritações gástricas, renais e dérmicas.
12. 31 TANGERINA

Citrus nobilis Loureiro, fam. Rutáceas.


Sin.: Citrus reticulada, Citrus madurencis

Sin. Populares: Mandarina, mexerica.


Origem (árvore): China.
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Países produtores (O.E.): EUA, Tunísia, Brasil, China, Itália.
Método de extração: Prensagem do epicarpo (cascas).
Rendimento: 120 a 150 kg de cascas frescas para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O. E.): 88 a 90% d-limonemo, 3 a 4% citral, 3 a 4% citronelal.
Há também pequenas quantidades de geraniol, y-terpinemo, antranilato de menta.
Indicação terapêutica: Inapetência, depressão, insônia, esgotamento nervoso,
reumatismo, dor muscular (torção), retenção de líquido, celulite, estria, gases, dispepsia, prisão
de ventre, pele oleosa.
Propriedades medicinais: Estimulante, linfático, anticelulítico, estimulante do apetite,
antiespasmódico, anti-séptico, digestivo, tônico epidérmico.
Ação psicológica: Antidepressivo, nervino, sedativo, relaxante.

Modos de usar: Massagem, banho, compressa, ungüento, difusor, máscara facial, suco
escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de manjerona, limão, petitgrain, jasmim,
gerânio, rosa, néroli, Ylang-Ylang, alfazema, patchuli.

Cuidados: Evite tomar banho de sol no dia em que faz a massagem corporal com óleo
de tangerina. Este óleo suave pode ser usado por gestantes, pessoas idosas.

Toranja
Citrus paradisi MacFadyen, fam. Rutáceas

Sin.: Citrus máxima var. uvacarpa Merr e Lee, C. decumana L., C. grandis Osbeck.
Sin. populares: Grapefruit, Pomelo.
Origem(árvore): Ásia.
Países produtores (O. E): Israel, EUA, Austrália, África do Sul.
Método de extração: Prensagem de epicarpo (casca).
Rendimento: 100 a 200 kg de casca fresca para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais( O. E): Pineno, d-limoneno, linalol, citral, geraniol, cadineno.
Indicação terapêutica: Inapetência (falta de apetite), depressão, circulação, vesícula
biliar, convalescença e cansaço geral, acne, pele oleosa, gripe, resfriado.

Propriedades medicinais: Estimulante linfático, anticelulítico. O óleo essência de 73


toranja também é adstringente, depurativo, anti-séptico, digestivo, e tônico. Inclusive no passado
a toranja era também aconselhada por médicos para ser usada em casos de icterícia e malaria.
Ação psicológica: Antidepressivo, ajuda na concentração, restaurador e refrescante.

Modos de usar: Massagem, banho, compressa, ungüento, difusor, escalda-pés.


Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de cipreste, pinho, hortelã-pimenta, sálvia-
esclaréia, Ylangue-ylangue, alfazema, patchuli.

Cuidados: Não tomar sol durante o dia em que se faz uso externo desse óleo porque
pode causar doenças de pele. Evite também utilizá-lo em preparos que exijam calor ou
componentes como glicerina, oxidantes fortes, água e iodo por serem totalmente incompatíveis.

12. 32 TEA TREE

Melaleuca alternifólia (Maiden et Betche) Cheel, fam. Mitárceas.

Sin. Populares: Melaleuca.


Origem (árvore): Austrália.
País produtor (OE): Austrália.
Método de extração: Destilação a vapor.
Rendimento: 50 a 55 kg de folhas e ramos para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E.): 29,4 a 44,9% terpinemo-4-ol e 5,6 a 16,5% 1,8-cineol.
A outra metade se divide em: 7,5 a 11,5% alfa-terpinemo, 3,0 a 11,4% p-cinemo, 2,7 a 7,5% y-
terpinemo, 5,2% alfa-terpineol, 1,0 a 4,0% limonemo, 1,0 a 3,1% terpinoleno, 2,2 a 2,8% alfa-
pinemo, 2,3 a 2,7% aromadendreno e mais traços de aproximadamente 70 outros compostos.
Indicações terapêuticas: Dor de garganta, bronquite, tuberculose, sinusite, catarro,
resfriado, gripe, febre, artrite, dor muscular, contusão, halitose, piorréia (inflamação supurativa do
alvéolo dentário), gengivite, acne, espinha, brotoeja (erupção cutânea formada por pequenas
vesículas purulentas), arranhões, picadas de insetos, pés fétidos, pé-de-atleta (micose nos pés),
furúnculo, abscesso, caspa, crosta (na cabeça de bebês), pediculose (infestação por piolhos),
dermatite, psoríase (inflamação na pele com escamas sobre área eritematosa), impetigem 74
(infecção pustulosa da pele), onicomicose (micose da unha), cortes, queimadura, abrasão,
eritema solar (insolação), verruga, calo, cistite (inflamação da bexiga), vaginite, prurido anal e
genital, tinha (micose dos pelos), candidíase (infecção vaginal).
Propriedades medicinais:Anti-séptico, imunoestimulante, cicatrizante, bactericida,
germicida, antifúngico, antiinflamatório, expectorante, analgésico, anticaspa.

Modos de usar: Massagem podal (nos pés), gargarejo (dor de garganta), bochecho
(halitose), cotonete (massagem gengiva), banho, gel, xampu anticaspa, loção, condicionador
capilar, inalação, difusão (desinfecção de ambiente), desodorante, dentrifício, escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de mirra, néroli, tomilho, alfazema,
eucalipto-comum, hortelã-pimenta, pinho, sálvia-esclaréia, manjericão, bergamota, pimenta do
reino, gerânio, limão, petitgram, toranja, zimbro.

Cuidados: Pode ocorrer ocasionalmente alguma irritação dermatológica. Neste caso,


use uma concentração de 1 a 2,5%. O interessante deste óleo é que ele não foi associado a
nenhuma toxicidade, nem é corrosivo. Certamente é um óleo para fazer parte do estojo de
primeiros socorros.

12. 33 TOMILHO

Thymus vulgaris L., fam Labiadas

Sin: Tomilho- vulgar, timo.


Origem (erva): Bacia mediterrânea ocidental.
Países produtores (O.E.): França, Espanha, Itália, Grécia, Portugal.
Método de extração: Destilação a vapor das sumidades florais parcialmente secas.
Rendimento: 30 a 250 kg de erva para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E.):30,7 a 70,9% timol e 2,5 a 14,5% carvacrol. O restante
se divide em: p-cimeno (quantidade apreciável), alfa-pinemo (proporção escassa), nopinemo,
canfeno, limonemo, careno, y-terpinemo, linalol (quantidades: exíguas até predominante), alfa-
terpineol e seus acetatos, borneol, geraniol, 3 hexeno-1-ol, terpineol-4, citral, cariofileno, mais
hidrocarbonetos e álcoois sesquiterpênicos. 75

Indicação terapêutica: Stress, fadiga, insônia, bronquite, dor de cabeça, amigdalite,


tosse renitente (persistente), laringite, halitose, sinusite, cistite (inflamação na bexiga), vaginite,
pielite (inflamação das mucosas que revestem os bacinetes e cálice dos rins), pielonefrite (pielite
acompanhada de nefrite que é a inflamação do próprio rim), gastrite, reumatismo, gota, lumbago
(dores na região lombar), oxiúrios, dermatite, ftiríase (doença de pele causada por piolhos),
escabiose (sarna), ancilostomíase (parasita intestinal), verruga.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, antiespasmódico, anti-helmíntico (oxiúrios, tênia,
tricocéfalo), béquico (antitussígeno), cicatrizante, redutor de secreção catarral, diaforético,
estimulante da leucocitose (glóbulos brancos), rubefaciente, bactericida, fungicida, antivirótico,
parasiticida, antiqueda.
Ação psicológica: Antidepressivo.

Modos de usar: Infuso, teífero, gargarejo, bochecho, banho aromático, difusor,


ungüento, cataplasma, loção, condimento, dentifrício, escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de tree tree, alfazema, eucalipto comum,
pinho, bergamota, gerânio, limão, melissa, toranja, palma-rosa, cipreste, alecrim.

Cuidados: A dosagem normal para fins terapêuticos fica entre 0,06 a 0,3 ml (2 a 12
gotas) dependendo do tratamento em si. A dosagem excessiva é perigosa por causa do timol.
Os possíveis efeitos colaterais são: náuseas, vômito, dor gástrica. Surdez temporária,
taquicardia até perda da coordenação motora em virtude de confusão mental e convulsão.

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