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Inclui bibliografia
ISBN 978-85-436-0405-3
“A aromaterapia é uma opção de vida que nos ajuda a sentir bem fisicamente,
mentalmente e emocionalmente. Seus meios para restaurar o equilíbrio do corpo e do espírito
estão fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas e seus óleos essenciais”.
No ano de 1920 René-Maurice Gattefosse, Ph. D., químico francês especialista na área
de cosmética, cria o termo aromaterapia. Enquanto trabalhava em seu laboratório, ele sofreu um
acidente que resultou em uma queimadura de terceiro grau em sua mão e antebraço. Ele
mergulhou seu braço em uma tina contendo óleo de lavanda, crendo que era água. Para sua
surpresa, a dor da queimadura rapidamente diminuiu e durante um curto espaço de tempo, com
o contínuo emprego do óleo de lavanda, a queimadura cicatrizou completamente sem a
presença de qualquer tipo de cicatriz.
Assim, como químico, Gattefosse dedicou-se a análise do óleo essencial de lavanda e
descobriu que ele continha uma série de substâncias químicas de extraordinárias propriedades
terapêuticas.
Posteriormente, baseado nas pesquisas de Gattefosse, um médico francês, o Dr. Jean
Valnet, desenvolveu o primeiro sistema de terapia através dos óleos essenciais. Durante a
segunda guerra mundial, serviu como médico na frente armada francesa nas muralhas da China,
tratando das vítimas. Em uma ocasião, ficou sem antibióticos e tentou a administração dos óleos
essenciais. Para espanto de Valnet, os óleos essenciais possuíam um poderoso efeito em
reduzir e parar com os processos infecciosos.
Devido ao nascimento de uma nova forma de terapia, que não possuía ainda uma
denominação clara e que fazia uso dos "aromas" presentes nos óleos essenciais para tratar
corpo e mente. Gattefosse criou o termo aromaterapia, termo que em pouco tempo passou a ser
utilizado em tratamentos com aromas por todo o mundo.
Além de criar o termo que denominou o uso terapêutico de óleos essenciais, Gatefosse
escreveu o primeiro livro sobre o assunto que recebeu o mesmo nome. Atualmente a
aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e pela Organização
Mundial da Saúde.
4 O AROMA
Aroma – termo de origem latina; odor, olor, perfume agradável; cheiro; essência
odorífera.
Aromaterapia – ramo da fitoterapia - novo termo para ciência dos aromas: Aromalogia
(1989) 11
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em cima da
boca e debaixo da caixa craniana. Contêm os órgãos do sentido do olfato e é forrada por um
epitélio secretor de muco.
Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta.
O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais - chamada
mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a parte inferior.
A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos e contêm
glândulas que secretam muco o que mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e o
muco é secretado em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado.
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. Os dendritos
das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos olfativos), que ficam
mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos voláteis ou de
gases perfumados ou ainda de substâncias lipossolúveis que se desprendem das diversas
substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas nasais e se dissolvem no muco que 14
impregna a mucosa amarela, atingindo os prolongamentos sensoriais.
Dessa forma, geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das
células olfativas, de onde atingem os axônios, que se comunica com o bulbo olfativo. Os axônios
se agrupam de 10-100 e penetram no osso etmóide para chegar ao bulbo olfatório, onde
convergem para formar estruturas sinápticas chamadas glomérulos. Estas se conectam em
grupos que convergem para as células mitrais. Fisiologicamente essa convergência aumenta a
sensibilidade olfatória que é enviada ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde o processo de
sinalização é interpretado e decodificado.
15
Aceitam-se a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do olfato, cada
uma com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos diferentes de cheiros que uma
pessoa consegue distinguir resultariam da integração de impulsos gerados por uns cinqüenta
estímulos básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa região localizada
em áreas laterais do córtex cerebral, que constituem o centro olfativo.
Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana,
1981.
A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-la,
produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior a quantidade
de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera no ar.
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos,
sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato tem uma
nítida vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o objeto percebido
para que haja a excitação, conferindo maior segurança e menor exposição a estímulos lesivos.
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início da
exposição a um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte também, mas, após
um minuto, aproximadamente, o odor será quase imperceptível.
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo
tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor
percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes.
Se tanto um odor pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o dominante
será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação 16
olfativa será entre doce e pútrida.
O olfato é 10 mil vezes mais sensível que o paladar.
7 VIVÊNCIAS:
Vivência I:
Comece preparando um ambiente tranqüilo para a sua meditação, longe de muitas
interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule a luminosidade. Procure
usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem como se for ouvir música, que esta seja
suave e em volume baixo. 17
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se confortavelmente.
Relaxe os músculos e passe a respirar tranqüilamente de forma circular. A respiração
circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen fiquem cheios de ar, depois
expire todo o ar que puder, sem dar pausa entre um movimento e outro. Faça isso lentamente e
logo se sentira em um estado de transe leve.
Transporte-se agora para a sua infância e identifique quais os cheiros que o rodeavam e
qual a sensação referente a cada um desses aromas.
Quais os cheiros que vêm primeiro a mente?
Qual a sensação relativa a eles; é boa ou ruim?
Lembra alguém ou situação em especial?
Veja-se agora na adolescência. Quais os cheiros que você identificou na infância e
permanecem agradáveis neste período?
Quais os cheiros que te desagradavam neste período? Por quê?
Quais de todos os cheiros que você identificou no período da infância e adolescência
que permanecem agradáveis e a que tipo de sensação eles remetem?
Vivência II
Transcreva a vivência em detalhes.
Vivência III
Compre ramas de ervas secas e separe-as em vasilhas de vidro:
Pétalas de rosas – referente aos aromas de flores
Ramas de alecrim – referente aos aromas de folhas
Canela e cravo – referente aos aromas de madeira
Casca da laranja – referente aos aromas cítricos.
Com os olhos vendados pegue cada um dos potes e sinta o aroma tentando identificá-
los e fixá-los.
Escrevam no caderno as sensações e percepções.
Ex: Qual aroma identificou primeiro?
Vivência IV
Compre os óleos essenciais básicos e comece a uni-los em uma caixinha que será a sua
caixa de aromaterapia.
Os óleos são: lavanda, laranja, alecrim e cedro.
18
8 AS FASES DE INTERPRETAÇÃO DE UM AROMA
Recepção: o óleo essencial libera notas de cabeça; as mais voláteis. Se não fossem
voláteis, não daria para aspirá-las. A molécula também deve ser hidrossolúvel, ou pelo menos
parcialmente solúvel em água. As moléculas voláteis entram pelas narinas, são aquecidas, 19
umidificadas e captadas pelos receptores no Eptélio Olfativo, que fica dentro da cabeça a altura
das sobrancelhas.
Transmissão: Não são as moléculas que carregam o cheiro que vão para o cérebro. Na
realidade, essas moléculas odoríferas, acabam sendo eliminadas após sofrerem modificações
químicas. O que vai para o cérebro é a informação contida no cheiro.
Bulbo olfativo: é nessa pequena estrutura sólida e ovóide onde ocorre a identificação do
cheiro. Essa estrutura consegue distinguir-se o odor de queimado é de uma folha de papel ou de
uma folha de árvore; mesmo que não estejamos olhando.
Sistema Límbico
O Sistema Límbico atua no controle de nossas atividades emocionais e
comportamentais, assim como nos impulsos motivacionais.
Em 1978, o neurologista francês Paul Broca observou que na superfície medial do
cérebro dos mamíferos, logo abaixo do córtex, existe uma região constituída por núcleos de
células cinzentas (neurônios). A qual ele deu o nome de lobo límbico (que traduz a idéia de
círculo, anel), uma vez que ela forma uma espécie de borda ao redor do tronco encefálico. Esse
conjunto de estruturas, mais tarde denominado sistema límbico, surgiu com a emergência dos
mamíferos inferiores. É ele quem comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência
de todos os mamíferos.
As Estruturas Cerebrais na formação das Emoções
Amígdala
Essa é uma estrutura que fica dentro do cérebrodentro do sistema límbico. A amígdala
participa de aspectos fundamentais do comportamento social. É a amígdala que nos da a
sensação de prazer, de dor, nos faz alegre ou nos faz sofrer. Ela é como se fosse a sede de 20
nossas emoções.
A destruição experimental das amídalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios
cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente
descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas
provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras
coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de
fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo, mas não sabe se
gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior. Ela funciona de modo íntimo
com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o
animal em situação de alerta, apontando-se para fugir ou lutar.
Hipocampo
O Hipocampo é a estrutura envolvida com os fenômenos da memória de longa duração.
Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na
memória.
Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça
atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção
a ser tomada para garantir sua preservação.
Tálamo
O Tálamo é um centro de organização cerebral; como uma encruzilhada de diversas vias
neuronais onde estas podem se influenciar mutuamente antes de serem redistribuidas. As suas
ligações mais abundantes são, de longe, com o Córtex.
A principal função do Tálamo é servir de estação de reorganização dos estímulos vindos
da periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos de centros superiores. Lá fazem
sinapse com os axônios dos neurônios situados nesses locais, e daí partem novos axônios que
vão efetuar ligações em nível de outros centros superiores, principalmente o Córtex. Quase
todos os sinais ascendentes que vão para o Córtex fazem sinapse nos núcleos do Tálamo onde
são reorganizados e/ou controlados, exceptuando o sentido do olfato.
Hipotálamo
É a parte mais importante do sistema límbico. Além de seu papel no controle do
comportamento, o hipotálamo também controla várias condições internas do corpo, como a 21
temperatura, o impulso para comer e beber, etc. Essas funções internas são em conjunto
denominadas funções vegetativas do encéfalo e seu controle está relacionado com o
comportamento. O hipotálamo mantém vias de comunicação com todos os níveis do sistema
límbico.
Desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais
parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada
à aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De modo geral,
contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações
sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a
ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e destes, aos núcleos pré-
frontais, aumentando por um mecanismo de feedback negativo, a ansiedade, podendo até gerar
um estado de pânico. O Conhecimento desse fenômeno tem importante sentido prático dos
pontos de vista clínico e terapêutico.
Giro Cingulado
Situado na face medial do cérebro entre o sulco cingulado e o corpo caloso, que é um
feixe nervoso que liga os 2 hemisférios cerebrais.
Há ainda muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção
frontal coordena odores e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região
participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. A
ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens domestica-os totalmente. A
simples secção de um feixe desse giro (cingulomia), interrompendo a comunicação neural do
circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes.
Tronco Cerebral
Região responsável pelas reações emocionais.
Na verdade, nos vertebrados inferiores, como os répteis e anfíbios, é responsável pelas
respostas reflexas.
As estruturas envolvidas são a formação reticular e o lócus cérulus, uma massa
concentrada de neurônios secretores de nor-epinefrina. É importante assinalar que, até mesmo
em humanos, essas primitivas estruturas continuam participando não só dos mecanismos de
alerta, vitais para a sobrevivência, mas também da manutenção do ciclo vigília-sono.
Septo
Situado à frente do tálamo, por cima do hipotálamo. A estimulação de diferentes partes
desse septo pode causar muitos efeitos comportamentais distintos.
Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal, onde estão localizados os centros do
orgasmo (quatro para mulher e um para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona
com as sensações de prazer, normalmente aquelas associadas às experiências sexuais.
Área Pré-Frontal
Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões com o tálamo,
amígdala e outras estruturas subcorticais, explicam o importante papel que desempenha na
expressão dos estados afetivos.
Quando o córtex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas
responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. Em alguns
casos, a pessoa conquanto mantendo intactas a consciência e algumas funções cognitivas,
como a linguagem, já não consegue resolver problemas; mesmo os mais elementares. Quando
se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os
pacientes entravam em estado de "tamponamento afetivo", não mais evidenciando quaisquer
sinais de alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais
se vislumbravam quaisquer resquícios de afetividade. Existe uma tendência universal para só
considerar como afeto (e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as impressões positivas.
Com o desenvolvimento da linguagem, nomes foram atribuídos a essas e a outras
sensações, permitindo sua delimitação e explicitação a outros membros do grupo. Porém, até
hoje, dada a existência de um componente subjetivo importante, difícil de ser comunicado, não
existe uniformidade quanto à melhor terminologia a ser empregada para designar essas
sensações. Assim é que se utilizam, de maneira imprecisa e intercambiável, quase como 23
sinônimos, os termos afeto, emoção e sentimento.
Entretanto, assim pensamos, a cada uma dessas palavras deve ser atribuída uma
definição precisa, em respeito à etimologia e às diferentes reações físicas e mentais que
produzem. Afeto (do Latim affectus, significando afligir, abalar, atingir) é definido por Aurélio
como sendo "um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções,
sentimentos ou paixões, acompanhadas sempre da impressão de prazer, dor, de satisfação,
insatisfação, agrado, desagrado, alegria ou tristeza". Curiosamente, existe uma tendência
universal para só considerar como afeto (e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as
impressões positivas.
Assim, ao se dizer "sinto afeto por fulana" estou manifestando amor ou carinho; nunca
raiva ou medo. Já em relação às emoções e sentimentos, o uso se aplica nos dois sentidos: "ela
tem bons sentimentos; eu tenho sentido emoções desagradáveis”. Emoções (do Latim emovere,
significando movimentar, deslocar) é como sua própria etimologia sugere: reações manifestas
frente àquelas condições afetivas que, pela sua intensidade, mobilizam-nos para algum tipo de
ação.
Confrontando a opinião de vários autores, podemos dizer que as emoções se
caracterizam por uma súbita ruptura do equilíbrio afetivo. Quase sempre são episódios de curta
duração, com repercussões concomitantes ou consecutivas, leves ou intensas, sobre diversos
órgãos, criando um bloqueio parcial ou total da capacidade de raciocinar com lógica. Isto pode
levar a pessoa atingida a um alto grau de descontrole psíquico e comportamental. Por contraste,
os sentimentos são tidos como estados afetivos mais duráveis, causadores de vivências menos
intensas, com menor repercussão sobre as funções orgânicas e menor interferência com a razão
e o comportamento. Exemplificando: amor, medo e ódio são sentimentos; paixão; pavor e cólera
(ou ira) são emoções.
Existem ainda, duas condições bem caracterizadas que, de certa forma, estão inseridas
no contexto da vida afetiva, posto que, dependendo da intensidade dos afetos, elas podem
resultar destes e, às vezes, com eles se confundirem. Estamos nos referindo aos distúrbios do
humor, representados pelas depressões e euforias maníacas e a diminuição do estado de
relaxamento mental com reação de alerta, representada pela ansiedade.
Ao longo dos séculos, filósofos, médicos e psicólogos estudaram os fenômenos da vida
afetiva, questionando sua origem, seu papel sobre a vida psíquica, sua ação favorecedora ou
prejudicial à adaptação, seus concomitantes fisiológicos e seu substrato neuroendócrino. As 24
manifestações afetivas teriam como causa última, a capacidade da matéria viva de responder a
estímulos sobre ela incidentes. Existem duas teorias clássicas e antagônicas sobre a questão. A
primeira, defendida, por Darwin e seus seguidores, prega que as reações afetivas seriam
padrões inatos destinados a orientar o comportamento, com a finalidade de adaptar o ser ao
Meio Ambiente e, assim, assegurar-lhe a sobrevivência e a da sua espécie.
Os distúrbios orgânicos que podem acompanhar o processo seriam apenas uma
conseqüência de natureza fisiológica. Em oposição, outros, como William James, afirmam que
diante de um determinado estímulo, real ou imaginado, o organismo reagiria com uma série de
alterações neurovegetativas, musculares e viscerais. A percepção de tais alterações originaria
estados afetivos correspondente. Existe uma terceira posição, mais moderna, que propõe
soluções de compromisso entre as duas teorias clássicas. É o caso de Lehmann, o qual afirma
que o afeto é um fenômeno complexo, que se inicia por um processo central, a partir de uma
causa interna ou externa. Ele se manifesta como uma alteração do "eu" e pode desencadear
movimentos reflexos faciais e variadas alterações orgânicas.
À medida que os sintomas corporais aumentam de intensidade, o afeto torna-se mais
mobilizador e se define como uma emoção. Esta idéia encontra sustentação na clínica, no
tratamento de pacientes com fobias de desempenho, os quais, diante de situações que temem
(falar em público, por exemplo), apresentam palpitações, suores, dificuldade de respirar, etc.
Alguns óleos essenciais como: sândalo, alfazema, tangerina, cipreste, ylang-ylang, ajudam no
bloqueio dos fenômenos neurovegetativos, “esvaziam” a ansiedade, permitindo maior controle da
fobia.
9 OS ÓLEOS ESSENCIAIS
1- Os Terpenos
2- Derivados Terpênicos
3- Compostos derivados de Fenilpropano.
9.1 OS TERPENOS:
Ésteres
Tem efeito fungicida, sedantes e antiespamódicos. Geralmente o Aroma é agradável,
muito usado na produção de perfumes. Alguns representantes: bergamota, sálvia e lavanda.
Aldeídos terpênicos
A ação é sedante, antiinfecciosa e anti-séptica. Estão presentes na melissa, no capim-
limão e na citronela.
Cetonas
São descongestionantes em caso de asma, bronquite e resfriado. Alguns são tóxicos,
portanto devem ser usados com cautela. Alguns óleos: funcho, gengibre e hissopo.
Álcoois terpênicos
A ação é anti-séptica, antiviral e estimulante do sistema imunológico. Estão presentes
em alguns óleos como: rosa, pau-rosa, sândalo, gerânio e citronela.
Fenóis
De ação bactericida, desinfetante e estimulante, ajudam na limpeza de ferimentos e no
tratamento de inflamação, eles podem ser altamente irritante à pele. Alguns óleos: cravo, tomilho
e órego.
Óxidos
São expectorantes e bactericidas, estão presentes, por exemplo, no alecrim e na
melaleuca.
Ácidos
De poder anti-séptico e diurético, podem ajudar a baixar a febre.
Contêm vitaminas, fitormônios e antibióticos. Estão presentes no benjoim e na melissa.
9. 3 DERIVADOS DE FENILPROPANO: 27
Fenilpropano são compostos cuja estrutura tem um anel fenílico [-C6H5] com uma
cadeia lateral de 3 carbonos (propano). A ligação dupla na cadeia lateral torna as moléculas
ativas farmacologicamente; isto é, bastante reativas. Os óleos essenciais que contêm esses
compostos devem ser diluídos porque são tóxicos quando usados em alta concentração ou por
tempo prolongado.
9. 4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO
A destilação a vapor é o método mais conhecido e mais comum dos Óleos Essências. É
empregado para obter: óleos essências bastante voláteis, provenientes de folhas, flores, troncos
e sementes.
O processo é feito em um destilador, onde partes frescas ou secas das plantas são
colocadas. Em uma caldeira, o vapor circula através do material vegetal, proporcionando a 28
quebra de corpúsculos intercelulares, que se abrem, liberando o óleo essencial. As moléculas
dos óleos evaporam junto com o vapor de água, passando através da coluna, no alto do
destilador, passando para a etapa do resfriamento, através do uso de uma serpentina, onde se
condensa, juntamente com a água. A camada de óleo essencial é separada através da
decantação, sendo que a água que se apresenta como subproduto de todo este processo, após
a retirada do material ativo, é denominada água floral, destilado, hidrossol ou higrolato.
Flores-Lavanda
Folhas-Patchuli
Madeira-Sândalo e Cedro
São usados para a obtenção de óleos essenciais voláteis que se alteram com o calor,
como os óleos de cascas de frutas cítricas. Assim, as frutas são espremidas por meio de uma
prensa hidráulica, extraindo tanto o óleo essencial quanto o suco.
Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual se separa o óleo
essencial puro.
O rendimento máximo que se consegue neste método é de aproximadamente 80% do
conteúdo total do óleo. Só para se ter uma idéia, uma pessoa experiente consegue preparar
apenas um pouco mais de meio litro por dia.
A restrição básica é que as cascas a serem prensadas não tenham conservante,
inseticida ou qualquer outro produto que por ventura possa vir a degradar a qualidade do óleo
essencial.
Alguns óleos essenciais obtidos por prensagem:
Casca de Limão
Casca de Bergamota
Casca de Laranja 29
9.4. 3 Maceração
9.4.4 Enfloragem
A destilação a vapor é o método mais conhecido e mais comum de extração dos Óleos
Essências. É empregado para obter óleos bastante voláteis, provenientes de folhas, flores,
troncos e sementes.
10 USO DA AROMATERAPIA
Podemos absorver oóleo essencial através da pele, (em 20 minutos o óleo já está na
corrente sanguínea) e do nariz (em 2 segundos já chega no sistema límbico), que são as vias
mais seguras.
Na pele deve-se tomar cuidado extra, para evitar reações alérgicas, sensibilizações,
queimaduras, irritações, etc. Para o uso seguro, devem-se diluir os óleos essenciais em veículos 31
carreadores, como cremes neutros e óleos vegetais, usando-os em massagens, tratamentos
estéticos, compressas, etc. Penetrando na pele, os óleos essenciais entrarão na corrente
sanguínea e agirão nos órgãos internos, sendo excretadas as quantidades não metabolizadas.
Via olfato deve-se tomar cuidado com tempo de exposição e concentração. Uma parte
do aroma inalado vai para os pulmões via traquéia, penetrando nos brônquios, bronquíolos e
alvéolos, passando para a corrente sangüínea nas trocas gasosas, agindo da mesma forma da
penetração cutânea. Outra parte do aroma vai para o cérebro, atingindo o Sistema Nervoso
Central e mais especificamente o Sistema Límbico, que é nosso antigo Cérebro das Emoções,
responsável por nossas emoções, nossos comportamentos e atitudes, nossa memória e nossos
humores. Para esta via, pode-se usar aromatizadores pessoais, aromatizadores à vela ou
elétricos e pot-pourris.
Desta forma, cada óleo essencial agirá de uma forma diferente no nosso corpo, físico,
mental e emocionalmente, de acordo com sua composição química. Por isto, podemos dizer que
a Aromaterapia é Holística, pois podemos atacar diversos males sob todos os aspectos, pois não
podemos tratá-los isoladamente. Uma gastrite nunca é somente uma gastrite, mas um conjunto
de fatores que culminam numa gastrite e assim sucessivamente. Cada pessoa é diferente das
demais e, portanto, deve ser tratada de forma única e individual. Sendo assim, na Aromaterapia
nunca se sugere um óleo essencial para uma gastrite de uma pessoa e para todas as outras que
possuem gastrite, mas será uma sinergia de óleos essenciais considerando todos os outros
aspectos da vida destas pessoas.
10. 1 MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO
Existem diversas maneiras para utilização dos benefícios que os óleos essenciais
podem trazer:
10.1.1 Inalação
32
Indicada para o tratamento das vias respiratórias, rinite, sinusite, resfriados, asma e
bronquite.
Em dois litros de água fervente, pingue 4 (quatro) gotas de óleos essenciais indicados
para o tratamento. Posicione o rosto sobre o vapor da bacia com cuidado e cubra a cabeça com
uma toalha, formando uma cabana sobre a bacia. Feche bem os olhos e inale por 3 minutos. Se
necessário, repita a aplicação por mais uma vez, totalizando 6 minutos. Nos quadros crônicos, a
freqüência deve ser de duas vezes ao dia, por três dias.
A massagem é o método mais utilizado na aromaterapia. Ela deve ser suave e relaxante
e utiliza os vários sistemas de energia do corpo. Se você não é terapeuta em massagem,
simplesmente utilize movimentos suaves e rítmicos. Os óleos essenciais podem ser usados em
técnicas como drenagem linfática, reflexologia e Shiatsu.
33
34
Sauna
Os óleos essenciais são as melhores essências para sauna. Dilua o aroma segundo as
instruções do fabricante da sauna. Para a aplicação dos óleos essenciais dilua 2 (duas) gotas
por concha d’água e derrame sobre as pedras.
Pulverização
Por ser um método mais rápido que a difusão, a pulverização com spray é própria para a
recuperação e desinfecção de ambientes contaminados por germes. A pulverização é também
indicada para a aplicação psicoterapêutica do óleo essencial.
10.1.5 Sinergias
É o processo pelo qual a soma das partes forma uma nova composição. Isto é, alguns
óleos essenciais têm o poder de se acentuar mutuamente.
As sinergias permitem que um tratamento seja preciso ao histórico do indivíduo, pois se
devem levar em conta os sintomas a serem tratados, a origem do distúrbio e os fatores
psicológicos e emocionais envolvidos. 36
Para uma sinergia utilizamos os óleos carreadores para conduzir os óleos essenciais,
através de massagens e banhos. Em que a estrutura molecular dos óleos vegetais permite que
os óleos essenciais sejam absorvidos pela pele.
Todos os carreadores servem como veículo emoliente para diluir ou misturar um ou mais
óleos essências. Os carreadores podem ser de vários tipos: óleo vegetal, cera líquida, manteiga
e gel. Tradicionalmente os óleos vegetais são os mais utilizados nas sinergias.
Pés Madeiras
Nota baixa
Cheiro forte, revigorante, estanque
Trabalham com o aterramento, a fixação.
Data: ____/____/____
Nome
Data de nascimento: ____/_____/____ Sexo:
End.:
Bairro: Cidade: 38
Estado: Cep.:
E-mail:
Fone res.: Com.: Cel.:
Profissão: Estado civil:
Indicado por:
Motivo:
1. Hábitos:
Álcool:( ) freqüente ( ) ocasional
Fumo:
( ) sim – média/dia: ________ ( ) não ( ) ex-fumante – Tempo: _______
Sono:
( ) mais de 8h ( ) menos de 8h
Caminhada:
( ) sim- freqüência: _____________ ( ) não
Prática de esporte:
( )sim- qual: __________________ ( ) não
Postura diária:
( ) sentada ( ) em pé ( ) em movimento
Dieta:
( ) sim ( ) não
Com acompanhamento médico:
( ) sim ( ) não
Ingestão de medicamentos:
( ) sim – quais: _______________________________________ ( ) não
Ingestão de água:
( ) pouca ( ) moderada ( ) abundante
PA:
Antes: ________________ Depois: _____________
2. Gestações:
Número de gestações: ____________ Número de filhos: ___________
Última menstruação: início ________ Término ___________________ 39
Método contraceptivo: ______________________________________
3. Episódios Orgânicos:
( ) cardíaco ____________________ ( ) respiratório ________________
( ) diabético ____________________ ( ) circulatório _________________
( ) gastrointestinal _______________ ( ) ginecológico ________________
( ) ortopédico ___________________ ( ) enxaquecas ________________
( ) alergias ______________________ ( ) renal _____________________
( ) endócrino ____________________ ( ) dermatológicos _____________
( ) infecciosos ___________________ ( ) psicológicos _______________
( ) neurológicos __________________ ( ) psiquiátricos _______________
Observações:
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11 PRECAUÇÕES NO USO DA AROMATERAPIA
Devem ser tomados cuidados especiais com crianças pequenas, gestantes e idosos
A aromaterapia pode ser útil durante a gravidez e o parto, mas apenas sob orientação de
um profissional qualificado.
Óleos que devem ser evitados durante a gravidez: alecrim, cedro, salvia esclaréia, 41
junípero, manjericão, manjerona, mirra, canela, erva doce, hortelã, pimenta negra.
As doses para mulheres grávidas devem ser 25% de uma dosagem mínima
recomendada; para crianças e bebês use quantidade extra diluída.
1 kg de sal grosso
1 colher de sopa de sulfato de magnésio
1 recipiente de vidro para mexer 42
10 ml de óleo essencial
Corante alimentício líquido a base de água, na cor de sua preferência.
Como Fazer:
Limpeza Energética:
25g de Lavanda
20g de Pau-Rosa
15g de Eucalipto
15g de Limão
Afrodisíaco:
30g de Ylang-Ylang
20g de Bergamota
18g de Hortelã-Pimenta
7g de Canela
25g de Gerânio
20g de Laranja
15g de Eucalipto 43
10g de cedro
Banhos na banheira
Revigorante
Desintoxicante
12.2 AROMATIZADOR:
48 ml de água destilada
12 ml de álcool de cereais
15 a 45 gotas de óleos essenciais
17g de Bergamota
13g de Gerânio 44
6g de Hortelã-Pimenta
4g de Cravo
Afrodisíaco:
17g de Ylang-Ylang
13g de Bergamota
6g de Hortelã-Pimenta
4g de Canela
17g de Lavanda
13g de Limão
6g de Eucalipto
4g de Pau-Rosa
17g de Gerânio
13g de Bergamota
6 g de Manjerona
4g de Cedro
12.3 PERFUME
Afrodisíaco
Para memória
Massagem
12.4 ANIS-ESTRELADO
12.5 CAMOMILA-ROMANA
48
12.6 BENJOIM
Indicação terapêutica: Dermatite, rachadura dos seios, frieira, ferida, resfriado, tosse,
bronquite, catarro, laringite, leucorréio. Indicada também para esgotamento emocional, agitação
e tristeza.
Propriedades medicinais:Anti-séptico, expectorante, cicatrizante e vulnerário.
Ação psicológica: Estimulante, reconfortante, animador.
12. 7 CANELA-DA-CHINA
12.8 CÂNFORA
Sin.: Camphora offinalis, Steudt., Laurus camphora L., Persea camphora Spreng.
Origem (árvore): Ásia oriental.
País produtor (O.E): China.
Método de extração: Destilação fracionada da madeira a vapor d’água.
Rendimento: 20 kg de lenho para extrair 1 kg de O.E.
Constituintes principais (O.E): 30 a 40% cânfora. O restante se divide em: cineol, alfa-
terpineol, alfa-pineno, nopineno, canfeno, dipenteno, cadineno, bisaboleno, canfuzu, borneol,
linalol, piperitona, p-cimeno, eugenol, safrol.
50
Indicação terapêutica: Dor muscular, cãibra, problemas cardíacos, perturbação
nervosa, bronquite, resfriado, febre com sensação de frio, vômito, queimadura, acne.
Propriedades medicinais: Anti-séptico, hipertensor, revulsivo, analgésico,
antiinflamatório, lenitivo (alivia dores), vulnerário, estimulante, coronário, antitraças.
Ação psicológica: Antidepressivo, estimulante.
12. 9 CEDRO
Cuidados: este óleo essencial deve ser evitado por gestantes, pessoas com propensão
a ter pressão alta ou problemas cardíacos. Também deve ser evitado por pessoas de pele
sensível a fim de não correr o risco de uma irritação cutânea.
12. 10 CIPRESTE
Sin.:C. fastigiata Dc., C. orientalis Hort., C. pyramidalis Tar. Tozz, C. stricta Mill.
Sin.populares: Cipreste-da-Itália, Cipreste-Comum, Cipreste-Piramidal.
Origem (árvore): Europa austro-oriental e Ásia.
País produtor (O.E): França, Ásia Menor (Península ao oeste da Ásia que forma a parte
asiática da Turquia, Espanha, Marrocos).
Método de extração: Destilação a vapor das gálbulas (ramos novos com folhas)
estróbilos (pseudofrutos chamados nozes ou cones).
Rendimento: 100 kg de cones e ramos para extrair um 1 kg de óleos essenciais.
Constituintes principais (O.E): Furfural, d-pineno, d-canfeno, cimeno, d-terpineol, l-
cadineno, cânfora cipreste, silvestreno, sabinol, mirceno, careno.
Indicação terapêutica: Irritabilidade, nervosismo, ansiedade, atonia muscular, gripe,
tosse, enurese, sistema circulatório (varizes, hemorróidas, hemorragia, celulite), pés cansados,
suor nos pés, climatério (menopausa), diarréia, disenteria.
12.11 CITRONELA
Modo de usar: Gel repelente de insetos, aromatização ambiental com spray para
(desinfetar lixeiras, tirar cheiros remanescentes de cigarros, peixes), compressa, difusor.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de Eucalipto comum, funcho, erva-cidreira
(lemongrass) e vários cítricos como a laranja-dourada, laranja-sanguínea, laranja-cidra, limão.
Cuidados: Deve ser evitado por pessoas com problemas de coração, pois sua inalação
através de difusores acelera os batimentos cardíacos. Também pode causar alergia em pessoas
que tem pele sensível.
12.12 CRAVO
53
Syzgium aromaticum (L.) Merr.& T.M, fam. Mirtáceas.
Cuidados: Pode irritar peles sensíveis. É importante, sempre diluir os óleos essências
antes de usá-los. No caso do eucalipto-comum, use uma diluição menor ou igual a 1%. Evite o
uso com remédios homeopáticos.
12. 14 GERÂNIO
Modo de usar: Reflexologia, massagem das mãos, difusor, banho, escalda-pés, géis,
ducha vaginal, ungüento, cosméticos (loção, creme para as mãos, xampu), desinfetantes (ferida
e queimadura).
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de rosa, manjericão, alfazema, erva-cidreira
(lemongrass), zimbro, sálvia-esclaréia, camomila, mirra, limão.
Cuidados: Pode provocar alergias em pessoas de pele sensível. Faça uso deste óleo
em concentração diluída.
Cuidados: Pode provocar alergias em pessoas de pele sensível. Faça uso deste óleo
em concentração diluída (1%)
12.15 HORTELÃ-PIMENTA
Cuidados: Este é um óleo forte – deve ser usado somente diluído numa concentração
menor que 1%. Não devem fazer uso do óleo essencial: gestantes, recém-nascidos e pessoa
que sofre de cálculo biliar, conquanto é possível fazer uso da erva sob orientação médica, neste
último caso. Também, pessoa com sono leve deve evitar usá-lo à noite para não ter insônia. De
acordo com Wichtl, bastam 0,3g do óleo puro (12 gotas aproximadamente), para produzir alguns
efeitos tóxicos.
12. 16 YLANG-YLANG/CANANGA
12.17 JASMIM
Cuidados: O absoluto de jasmim deve ser evitado por grávidas e bebês, pois pode
causar dores de cabeça devido ao seu intenso floral de aroma rico e adocicado. Usado em
excesso, aumenta a secreção de catarro.
12.18 LARANJA-DOCE
Sin.:Citrus aurantium var. dulcis Citrus sinensis Osbeck., Citrus aurantium Risso
Sin.populares: Laranja-doce, laranja-caipira, essência-de-portugal.
Origem (árvore): China/Conchichina.
Países produtores (O.E.): EUA, Guiné, Brasil, Itália.
Método de extração: prensagem do epicardo (casca).
Rendimento: 50 a 300 kg de casca fresca da fruta madura para extrair 1kg de óleo O.E.
Constituintes principais (O.E): 90% d-limonemo, citral, aldeído decílico, antranilato de
metila, d-linalol, d-alfa-terpineol. Há também: de 0,5 a 2,9% de aldeído sob a forma de n-octanal,
n-decanal, n-dodecanal, além de vestígios de farnesol e nerolidol.
Indicação terapêutica: Aerofagia, dispepsia, febre, nevralgia, palpitação, soluço,
insônia, vômito, bolha, tosse, bronquite, inapetência (falta de apetite).
12. 19 LIMÃO
Cuidados: É um óleo que deve ser diluído antes de ser usado (concentração: 2%). Evite
exposição solar quando da aplicação do óleo essencial em massagem corporal.
12.20 MANJERICÃO
Modos de usar: Infuso teífero para gargarejo, (afecções das vias respiratórias), infuso
para bochechos (afta), massagem, fricção, ungüento, repelente de insetos, condimento (culinária
italiana)
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, gerânio, hissopo, alfazema,
alecrim, cipreste, cedro, limão, sálvia-esclaréia, tomilho, orégano, tea-tree, zimbro.
Cuidados: Evite usar este óleo se estiver grávida. Em dosagem excessiva, o efeito
sedativo do óleo de manjericão pode se tornar altamente depressivo.
12.21 MANJERONA
Cuidados: Seu uso em dose elevada pode causar dor de cabeça, diminuição do apetite
sexual e provoca efeito narcótico. Deve-se evitar usar durante a gravidez.
12.22 MIRRA
12. 23 NÉROLI
Modo de usar: Infuso, inalação, aromatização ambiental por difusores a froid ( a frio),
fricção, compressa, loção, massagem, banho, ungüento, escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de rosa, benjoim, alfazema, olíbano, jasmim,
gerânio, limão, sândalo, funcho, sálvia-esclaréia, camomila, cedro, alecrim.
Cuidados: É um óleo muito precioso e caro. Por isso dilua-o em carreador vegetal na
proporção de 0,5 a 1% do volume de óleo vegetal. Este é um óleo que pode ser usado por
gestantes e em crianças. É especialmente indicado para pessoas de pele sensível.
12. 24 OLÍBANO
Modos de usar: Massagem peitoral, creme de pele, aromatização para criar um clima
conducente à meditação ou oração, sabonete, sufumigação com a própria goma-resinosa em
incensário.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de sândalo, gerânio, rosa, manjericão,
cânfora, pimenta-do-reino, alfazema, toranja, limão, pinho, cedro, benjoim, alcaravia.
Cuidados: Este óleo, particularmente suave, é indicado para gestantes. Pessoas com
pele muito sensível, deveria usar o óleo essencial de olíbano diluído em carreador (óleo vegetal)
numa concentração de 0,5 a 1%.
12.25 PALMA-ROSA
Sin.: Andropogon martini Roxb., A. schoenanthus L., A .pachnodes Trin., A nardus Trin.,
Cymbopogon martinianus Schultes, C.shoenanthus Spreng., C. citriodorus Link.
Origem (erva): Região do Himalaia, Índia, Afeganistão.
66
Países produtores (O.E): Índia, Madagascar, Java, Ilhas Comores (noroeste de
Madagascar).
Método de extração: Destilação a vapor das folhas e panículas (inflorescência muito
ramificada).
Rendimento: 50 a100 kg de planta para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E):75 a 95% geraniol; 3 a 15% ésteres do ácido acético e
do ácido capróico; 5 a 9% citral juntamente com percentagem escassas de outros aldeídos
(fórmico, isovalérico). O restante se completa com: dipenteno, b-ocimeno, metil-heptenona, d-
linalol, 1-alfa-terpeniol, farnesol, nerolidol, álcool cariofilênico, alfa-betulenol, B-betulenol,
humuleno, cariofileno.
Indicação terapêutica: Pé-de-atleta (micose nos pés produzidos por um fungo do
gênero (epydermophyton), acne, ruga, dermatite, eczema, pele seca, cansaço, couro cabeludo,
nervosismo, afecções da glândula tiróide, problemas estomacais.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de gerânio, sândalo, alfazema, benjoin,
gengibre, petitgrain, néroli, erva-cidreira, rosa, sálvia-esclaréia, zimbro.
Cuidado: Evite o uso prolongado deste óleo, mesmo sendo especialmente indicado para
tratamentos de pele. Se estiver grávida certifique de usá-lo diluído (1%).
12.26 PATCHULI
12. 27 PAU-ROSA
68
Aniba rosaedora Ducke, fam. Lauráceas.
Origem (árvore): Amazônia, Brasil.
Países produtores (O. E.): Brasil, Suriname, Peru.
Método de extração: Destilação a vapor da casca e do lenho da árvore.
Rendimento: 100 kg de lascas de madeira para se obter 1 kg de O. E.
Constituintes principais (O.E.): 70% linalol. O restante se divide em: cineol, p-
metilacetofenona e outros terpenos.
Modos de usar: Massagem, máscara facial, banho, loção, creme, xampu, difusor.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de manjericão, bergamota, alfazema,
toranja, pinho silvestre, limão, petitgrain, néroli.
Cuidados: É um óleo muito suave e seguro de usar. Inclusive faz parte de misturas
onde haja necessidade de dar corpo, suavizar os óleos mais pungentes.
12. 28 PETITGRAIN
12.29 SALSA
Cuidados: É atribuído ao apiol da salsa propriedades emenagogas. Por isso, este óleo
não deve ser usado durante a gravidez. Uma dosagem acima de 0,3g ao dia (o que equivale a
12 gotas) produz náusea, vômito, convulsão além de ser abortivo. Aliás, 3 gotas ao dia já pode
desencadear um processo abortivo.
12. 30 SÂNDALO
Indicação terapêutica: Depressão, medo, insônia, letargia, pele seca, acne, inflamação,
cutânea, prurido, rachadura na pele, ferida, eczemas, bronquite, resfriados, tosse, garganta
inflamada com streptococcus e staphylococcus laringite, enjôo, azia, uretrite (inflamação da
uretra), cistite (inflamação da bexiga) de origem blenorrágica na qual ocorre eliminação purulenta
de mucosas que nem ocorre na gonorréia.
Propriedades medicinais:Anti-séptico (trato urinário), antiespasmódico, diurético,
antiinflamatório, expectorante, carminativo, adstringente, fixador (perfumes).
Ação psicológica: Calmante e afrodisíaco.
Cuidados: O óleo de sândalo pode causar calor no estômago e até enjôo se for ingerido
5 gotas de uma só vez. Em alta dosagem (acima de 1,5g o que equivale a 60 gotas), o óleo
essencial de sândalo irá provocar irritações gástricas, renais e dérmicas.
12. 31 TANGERINA
Modos de usar: Massagem, banho, compressa, ungüento, difusor, máscara facial, suco
escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de manjerona, limão, petitgrain, jasmim,
gerânio, rosa, néroli, Ylang-Ylang, alfazema, patchuli.
Cuidados: Evite tomar banho de sol no dia em que faz a massagem corporal com óleo
de tangerina. Este óleo suave pode ser usado por gestantes, pessoas idosas.
Toranja
Citrus paradisi MacFadyen, fam. Rutáceas
Sin.: Citrus máxima var. uvacarpa Merr e Lee, C. decumana L., C. grandis Osbeck.
Sin. populares: Grapefruit, Pomelo.
Origem(árvore): Ásia.
Países produtores (O. E): Israel, EUA, Austrália, África do Sul.
Método de extração: Prensagem de epicarpo (casca).
Rendimento: 100 a 200 kg de casca fresca para extrair 1 kg de O. E.
Constituintes principais( O. E): Pineno, d-limoneno, linalol, citral, geraniol, cadineno.
Indicação terapêutica: Inapetência (falta de apetite), depressão, circulação, vesícula
biliar, convalescença e cansaço geral, acne, pele oleosa, gripe, resfriado.
Cuidados: Não tomar sol durante o dia em que se faz uso externo desse óleo porque
pode causar doenças de pele. Evite também utilizá-lo em preparos que exijam calor ou
componentes como glicerina, oxidantes fortes, água e iodo por serem totalmente incompatíveis.
Modos de usar: Massagem podal (nos pés), gargarejo (dor de garganta), bochecho
(halitose), cotonete (massagem gengiva), banho, gel, xampu anticaspa, loção, condicionador
capilar, inalação, difusão (desinfecção de ambiente), desodorante, dentrifício, escalda-pés.
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de mirra, néroli, tomilho, alfazema,
eucalipto-comum, hortelã-pimenta, pinho, sálvia-esclaréia, manjericão, bergamota, pimenta do
reino, gerânio, limão, petitgram, toranja, zimbro.
12. 33 TOMILHO
Cuidados: A dosagem normal para fins terapêuticos fica entre 0,06 a 0,3 ml (2 a 12
gotas) dependendo do tratamento em si. A dosagem excessiva é perigosa por causa do timol.
Os possíveis efeitos colaterais são: náuseas, vômito, dor gástrica. Surdez temporária,
taquicardia até perda da coordenação motora em virtude de confusão mental e convulsão.