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Departamento de Música
Estética da Música
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Porta Alegre, 12 de dezembro de 2006
Sumário
Introdução ..................................................................... 3
A estética ....................................................................... 4
O belo ............................................................................ 4
A arte ............................................................................. 5
A música ........................................................................ 6
Conclusão ...................................................................... 7
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Introdução
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Estética - evolução
O Belo
O conceito mais espalhado de belo, desde filósofos da antiguidade até hoje é
– “aquilo que desperta um prazer deslumbrado em nós”. Mário de Andrade fala que em
arte se chama belo o que desperta prazer, mas num sentido superior, de forma
desinteressada e direta, em relação às regiões elevadas do espírito.
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O homem através dos sentidos e do espírito vive em relação com o mundo
exterior. Essas relações, tanto na arte como na relação direta com a natureza nos
despertam sensações chamadas Estéticas. “a sensação estética não provém de nenhum
raciocínio. É imediata... o homem é levado a uma atitude de contemplação pura.” (pág
16, introdução à estética- Mario de Andrade.). Desse modo, o belo reside na relação entre
o nosso mundo exterior e o nosso mundo subjetivo, surgindo daí afetos em nos como por
ex. verdade, bem, ódio, belo, amor, tristeza. A estética científico-experimental de Fechner
classificou as sensações naquelas que são apenas dos sentidos, como a sensação luminosa
ou sonora, e naquelas que se organizam a partir desses, o que constitui o objeto estético
(realidade do objeto que causa sensações estéticas - mais o menos o que se chama forma)
e que são os que se organizam realmente através da natureza e da arte. O autor também
fala que a sensação estética sempre vem acompanhadas de outras sensações simultâneas,
já que o objeto estético que gera o caráter de beleza sempre vem acompanhado do caráter
de universalidade da sensação(um universal), mas essa simultaneidade perfeita é muito
importante pra determinar o objetivo e a finalidade da arte.
A Arte
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livre e desprática do espírito idealizando a vida, já que nos tempos atuais ela tende a se
tornar livre se libertando de funções e obrigações que não remetem a verdadeira intenção
do artista.
A Arte é necessária porque o belo é uma necessidade superior do espírito. A
arte segundo Mario de Andrade é um conhecimento que esta entre o científico(passivo) e
o utilitário . O belo de uma obra de arte faz que o observador sinta que tem tais
sentimentos em si, sendo então a arte um conhecimento virtual da vida.
Concluindo, o autor fala que a idéia de arte e belo devem ser dissociadas, e
que nem tudo que nos causa sensações estéticas representa o belo, já que o mesmo é
representado pela sensação de beleza superior(espírito) e não física como ocorre com um
cheiro ou um gosto, por exemplo. E graças a essa dissociação, verificamos que a arte é
expressão e conhecimento. Quanto a arte pura (realizadora apenas do belo e com o único
objetivo de comoção estética ), o autor também fala que tem valor, mas que os artistas
desse campo não foram criadores e livres o bastante para se livrarem da teoria a uma
certa altura. “O mais difícil no aprendizado de uma teoria é libertar-se dela em seguida”
(Mario de Andrade, pág. 32, introdução ‘a estética.).
A Música
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do fato da arte ter início e fim, enquanto o natural não tem limites determinados para
acontecer.
Concluindo e resumindo, Mario de Andrade fala que a música é arte.
Portanto é uma expressão. Essa é para nós conhecimento que nos dá compreensão. E a
compreensão não é intelectual, pois não permite ser expressa pelas palavras. Apesar da
música e a palavra terem se originado da mesma fonte (a expressão), elas seguiram
caminhos diferentes, sendo a palavra organizada por convenções para o uso prático,
enquanto a música se mantém pura e intuitiva. Desse modo, como a música é a
manifestação artística que mais estimula nossa parte fisiológica e sua compreensão não se
dá pelo intelecto. Conclui o autor que ela sem mantém intermediária entre o fisiológico e
o consciente, ou seja, no subconsciente, dependendo ao mesmo tempo do ser físico
(dinamogenias) e do ser espiritual( conceitos, juízos, intuição).
Conclusão
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