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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Música

Estética da Música

Trabalho de estética da Música


Sobre texto de Mário de Andrade

Aluno Renan Luís Balzan


Professor Fernando Mattos

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Porta Alegre, 12 de dezembro de 2006

Sumário

Introdução ..................................................................... 3

A estética ....................................................................... 4

O belo ............................................................................ 4

A arte ............................................................................. 5

A música ........................................................................ 6

Conclusão ...................................................................... 7

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Introdução

Neste trabalho faço uma síntese do texto –


Introdução `a estética musical, de Mário de Andrade,
conhecido por mim na disciplina de estética da música, no
curso de música da UFRGS.
Neste, exponho o ponto de vista do autor sobre o
assunto, o qual ele mostra e argumenta usando da análise histórica
da disciplina e dos assuntos em que ela se subdivide. Mário de
Andrade trata da evolução da estética, dos métodos da mesma, o
objeto de seu estudo e sua definição, assim como a sua importância
para o artista. Para isso expõe desde o nosso funcionamento
fisiológico até as nossas necessidades sob o foco subjetivo e
espiritual.

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Estética - evolução

A estética sempre existiu desde os tempos mais antigos, mas só no século


XVIII que Alexandre Baumgarten, baseado em Aristóteles, criou o nome estética.
No início a estética era somente filosófica especulativa, tendo como
representante principal Platão. Esse esteticismo extremista deu lugar `a estética científica
que foi extremista por outro lado, sendo a experimentação a única base para a estética da
época. A biologia, a fisiologia e a psicologia marcaram essa fase. E finalmente ocorreu
nos últimos tempos o acréscimo da psicologia a ela.
Desse modo Mário de Andrade deixa claro que foram aplicados dois
métodos para o desenvolvimento e estudo da estética, sendo esses complementares para
não deixar que ocorra a especialização e o exclusivismo.
O autor fala também que o conceito de estética ainda não está bem
determinado por causa dos dois objetos, que causam uma certa confusão, em que ela
oscila; o belo e a arte.
Tendo como objetivo a sua felicidade, o homem criou três disciplinas
práticas chamadas ciências normativas, que tem por base as idéias de bem, verdade e
belo, sendo essas idéias, morais (criadas pelo homem). Assim o bem origina a moral; a
verdade origina a lógica; e o belo, como elemento e conseqüência, na manifestação
humana, origina a estética.

Definição - Estética é a disciplina do saber que estuda a Arte.

A estética pode ser subdividida de acordo com o domínio artístico referido.


Sobre a estética da música, o primeiro esteta que nos valeu estudar foi Pitágoras , criador
da física musical. No Egito, índia e China antigas, a estética era vista só sob o ponto de
vista matemático. E foi somando a esse aspecto a psicofísica e a sociologia que a estética
adquiriu o seu valor normativo e artístico.
Quanto a sua importância, Mario de Andrade fala que a estética faz parte da
técnica do músico e que não existe compositor sem estética. Também comenta da falta do
estudo atual da mesma, diferente do romantismo em que isso era uma preocupação
freqüente, com estetas como Schumann, Wagner , Liszt, Berlioz , Brahms, Debussy. A
inspiração não serve de nada sem o conhecimento para transformá-la em obra de arte.

O Belo
O conceito mais espalhado de belo, desde filósofos da antiguidade até hoje é
– “aquilo que desperta um prazer deslumbrado em nós”. Mário de Andrade fala que em
arte se chama belo o que desperta prazer, mas num sentido superior, de forma
desinteressada e direta, em relação às regiões elevadas do espírito.

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O homem através dos sentidos e do espírito vive em relação com o mundo
exterior. Essas relações, tanto na arte como na relação direta com a natureza nos
despertam sensações chamadas Estéticas. “a sensação estética não provém de nenhum
raciocínio. É imediata... o homem é levado a uma atitude de contemplação pura.” (pág
16, introdução à estética- Mario de Andrade.). Desse modo, o belo reside na relação entre
o nosso mundo exterior e o nosso mundo subjetivo, surgindo daí afetos em nos como por
ex. verdade, bem, ódio, belo, amor, tristeza. A estética científico-experimental de Fechner
classificou as sensações naquelas que são apenas dos sentidos, como a sensação luminosa
ou sonora, e naquelas que se organizam a partir desses, o que constitui o objeto estético
(realidade do objeto que causa sensações estéticas - mais o menos o que se chama forma)
e que são os que se organizam realmente através da natureza e da arte. O autor também
fala que a sensação estética sempre vem acompanhadas de outras sensações simultâneas,
já que o objeto estético que gera o caráter de beleza sempre vem acompanhado do caráter
de universalidade da sensação(um universal), mas essa simultaneidade perfeita é muito
importante pra determinar o objetivo e a finalidade da arte.

A Arte

A Arte desde suas manifestações mais rudimentares é sempre uma busca do


prazer. A primeira manifestação artística das épocas primitivas foi os enfeites feitos sobre
os utensílios de uso prático, com a intenção de torná-los também agradáveis. O que
originou a arte foi sem dúvida a beleza. Com o desenvolvimento do ser humano e da
razão o prazer passa a existir também num plano espiritual, categoria em que se encontra
o belo, propulsor das atividades artísticas dos homens. Além do prazer, outro caráter
psicológico que esteve sempre presente na arte foi a imitação, já que o homem expressa o
que sente e sente o que percebe. Somente depois da arte decorativa dos utensílios, que o
homem passou a isolar em idéias os fatores diretos da beleza, ritmo e som, pela
dissociação do movimento e do ruído, linha, cor, volume, pela dissociação das formas,
que ele desenvolveu seu conceito de arte.
Sendo a arte primitiva formada pela síntese de idéias, ela se originou de três
necessidades: expressão, prazer e comunicação.
Expressão: o que diferencia o homem dos animais é a capacidade de
expressão, o que ocorre por causa da liberdade que o espírito pode dar. A expressão
implica no conhecimento total da sensação ou do sentimento por meio da abstração e da
vontade.
Prazer: como já foi dito é a necessidade primária do homem que inclusive
gerou sua primeira manifestação artística.
Comunicação: além da necessidade de socialização, teve a do homem
relacionar-se com o mundo físico e metafísico, surgindo expressões artísticas com
finalidade religiosa (necessidade de comunicação com divindades). Dessa forma a arte
desse modo é interessada (não separa o belo do útil ). Por muito tempo o artista foi
apenas um operário das necessidades líricas do povo sendo uma pessoa designada a todas
as expressões artísticas do local. Mas a partir do momento que as artes se separaram
surge a virtuosidade. Desse modo, a arte em seu conceito evoluído se tornou expressão

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livre e desprática do espírito idealizando a vida, já que nos tempos atuais ela tende a se
tornar livre se libertando de funções e obrigações que não remetem a verdadeira intenção
do artista.
A Arte é necessária porque o belo é uma necessidade superior do espírito. A
arte segundo Mario de Andrade é um conhecimento que esta entre o científico(passivo) e
o utilitário . O belo de uma obra de arte faz que o observador sinta que tem tais
sentimentos em si, sendo então a arte um conhecimento virtual da vida.
Concluindo, o autor fala que a idéia de arte e belo devem ser dissociadas, e
que nem tudo que nos causa sensações estéticas representa o belo, já que o mesmo é
representado pela sensação de beleza superior(espírito) e não física como ocorre com um
cheiro ou um gosto, por exemplo. E graças a essa dissociação, verificamos que a arte é
expressão e conhecimento. Quanto a arte pura (realizadora apenas do belo e com o único
objetivo de comoção estética ), o autor também fala que tem valor, mas que os artistas
desse campo não foram criadores e livres o bastante para se livrarem da teoria a uma
certa altura. “O mais difícil no aprendizado de uma teoria é libertar-se dela em seguida”
(Mario de Andrade, pág. 32, introdução ‘a estética.).

A Música

Quanto ao fenômeno fisiológico, Bourgués e Denéréaz , dizem em seu livro


que, segundo a lei da difusão de Bain, toda vez que temos uma sensação sonora ela se
difunde por todo organismo e causa dinamogenías (gasto de energia e movimento). As
dinamogenías causam o ritmo dinamogënico que causam em nos um estado de
movimento. São as dinamogenias que causam em nós o prazer estético que pode ser
relacionado a sensações de dor e prazer. Concluindo os autores falam que a música
provoca então comoções que podem ser associados a acontecimentos apreciáveis
intelectualmente como amor e cólera, mas que ela não expressa isso. “Essas comoções
são de variedade quase infinita que a linguagem não consegue traduzir”. Mário de
Andrade critica os autores dizendo que não existe nada consciente que a linguagem não
possa expressar. Fala também que os autores se serviram de fenômenos gerais e somente
físicos pra explicar especificamente a sensação sonora que é também psicológica. Mário
argumenta que os autores falam que as dinamogenias são mais fortes no som que nas
palavras, o que é verdade, mas que isso resultaria em maior comoção na música do que
na poesia, o que não é certo. Concluindo, Mário de Andrade fala que dessas experiências
só se pode concluir que a música provoca dinamogenias e que essas são apenas físicas,
sendo a consciência incapaz de determiná-las, o que não significa que a música seja vaga.
Seguindo, O autor nos diz que o primeiro resultado psicológico da sensação
é o conhecimento, sem o qual a sensação não existe. Mas o mais importante é que
associado aos conhecimentos anteriores, que a sensação vira objeto de compreensão. A
compreensão, portanto, ultrapassa o terreno físico da sensação e comoção e se torna uma
abstração do espírito. A compreensão se dá de acordo com a quantidade de associações
dadas pelos conhecimentos de tempo, raça, temperamento (afinidades fisiológicas) e
sensibilidade. E é exatamente isso que diferencia a arte dos acontecimentos naturais, além

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do fato da arte ter início e fim, enquanto o natural não tem limites determinados para
acontecer.
Concluindo e resumindo, Mario de Andrade fala que a música é arte.
Portanto é uma expressão. Essa é para nós conhecimento que nos dá compreensão. E a
compreensão não é intelectual, pois não permite ser expressa pelas palavras. Apesar da
música e a palavra terem se originado da mesma fonte (a expressão), elas seguiram
caminhos diferentes, sendo a palavra organizada por convenções para o uso prático,
enquanto a música se mantém pura e intuitiva. Desse modo, como a música é a
manifestação artística que mais estimula nossa parte fisiológica e sua compreensão não se
dá pelo intelecto. Conclui o autor que ela sem mantém intermediária entre o fisiológico e
o consciente, ou seja, no subconsciente, dependendo ao mesmo tempo do ser físico
(dinamogenias) e do ser espiritual( conceitos, juízos, intuição).

Conclusão

Fica claro após a análise desse texto de Mário de Andrade (Introdução


‘a estética musical, 1995, editora hucitec) a sua perícia sobre a disciplina estética,
mais propriamente sobre estética da Música.
Nesse texto o autor explica com clareza e argumenta com segurança,
citando varias pesquisas já feitas e os trabalhos de estetas e filósofos conhecidos,
sobre os temas: estética, belo, arte e música, expondo a evolução histórica, as
conclusões equivocadas e as que merecem consideração, e o seu ponto de vista
sobre os conceitos já existentes, convencendo o leitor a respeito da sua posição
sobre as funções da música e como se dá a sua compreensão.
No meu ver, o autor escreve esse texto, inclusive com uma linguagem
relativamente simples com o objetivo de desmitificar a questão da arte e da música
que muitas vezes é vistas de forma equivocada, como é o caso do dom puro que
“veio do além”, afastando as pessoas das formas de expressão artísticas. Com essa
explicação de todas as relações fisiológicas e psicológicas que ocorrem conosco na
compreensão da música em específico, acaba essa visão de que é preciso nascer
gênio pra estudar música. Além disso, esse trabalho de Mário de Andrade
aproxima o músico atual da matéria estética e dessas questões filosóficas que a
mesma abrange, já que como o próprio autor desabafa em seu texto, hoje as
pessoas não dão mais a mesma importância a isso como, por exemplo, era dado no
período romântico.

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